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1 2 SUMÁRIO 1 Introdução ................................................................................................... 4 2 INTRODUÇÃO A NEGÓCIOS DIGITAIS .................................................... 5 3 O que são negócios digitais? ...................................................................... 6 3.1 Características dos negócios digitais ................................................... 6 3.2 Atualização permanente ....................................................................... 6 3.3 Conectividade ....................................................................................... 7 3.4 Tecnologias existentes ......................................................................... 8 3.5 Transformação digital ........................................................................... 8 3.6 Competitividade .................................................................................... 8 3.7 Marketing contínuo ............................................................................... 9 3.8 Novos modelos de negócio .................................................................. 9 3.9 Diferença entre e-commerce e e-business ......................................... 10 4 Mercado de Afiliados ................................................................................ 11 4.1 Características que um afiliado precisa ter. ........................................ 12 4.2 Agências de Lançamentos ................................................................. 13 4.3 Blogueiros .......................................................................................... 14 4.4 YouTubers .......................................................................................... 15 4.5 Produtos Digitais de Recorrência ....................................................... 16 4.6 Afiliados de produtos físicos ............................................................... 17 4.7 Os desafios do mercado digital .......................................................... 19 5 A CULTURA DO BRASIL .......................................................................... 20 6 “GESTORES QUE NÃO VIRARAM LÍDERES AINDA PODERÃO SE TORNAR INOVADORES DIGITAIS? ” ...................................................................... 22 3 6.1 Como faremos a mudança? ............................................................... 22 6.2 Os transtornos do mundo digital ......................................................... 24 6.3 O que é transformação digital? .......................................................... 25 6.4 Qual o impacto da transformação digital nas grandes empresas? ..... 26 6.5 Sustentabilidade Digital ...................................................................... 26 6.6 Cooperação e compartilhamento ....................................................... 27 6.7 Instantaneidade .................................................................................. 27 6.8 Custumer centric ................................................................................ 28 6.9 COMO AS EMPRESAS PODEM SE ADAPTAR A ESSAS INOVAÇÕES E MUDANÇAS? ..................................................................................................... 28 6.10 Revisão de processos ..................................................................... 29 6.11 Negócios digitais bem-sucedidos .................................................... 30 6.12 E-commerce .................................................................................... 31 7 Perfil do empreendedor digital .................................................................. 33 7.1 Casos de sucesso .............................................................................. 35 8 O futuro dos negócios digitais ................................................................... 36 9 Bibliografia ................................................................................................ 41 4 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 5 2 INTRODUÇÃO A NEGÓCIOS DIGITAIS Fonte: school4life.com.br O mercado digital está em alta no Brasil. Nas últimas décadas, é possível notar o crescimento de áreas como o marketing digital, produção digital, e-commerce, serviços de plataformas online e muito mais. Esse acontecimento se deve justamente ao aumento da presença da tecnologia na vida das pessoas. Mais habituadas com aquilo que é digital, as pessoas passaram a ter a tecnologia como parte de suas vidas. Incluindo todas as classes sociais, idades e objetivos. Como consequência, o mercado está em expansão e oferecendo cada vez mais oportunidades para quem deseja empreender. Antes de mergulhar no mundo de negócios digitais, entretanto, você precisa se preparar para ter sucesso. O ponto de partida para alguém se posicionar enquanto marca na internet pode variar. O desemprego, a busca por uma complementação da renda ou simplesmente a tentativa de aproveitar o momento em que o consumidor se volta para a internet são alguns dos fatores possíveis. O fato é que o volume de negócios digitais cresce diariamente e a internet é cada vez mais o lugar onde todos estão. 6 3 O QUE SÃO NEGÓCIOS DIGITAIS? Os negócios digitais são aqueles que fazem uso da tecnologia e da internet para desenvolver e comercializar padrões mais modernos de produtos e serviços. É uma outra era de mercado, revolucionada pela web, em que consumidores e fornecedores estão cada vez mais conectados. As funcionalidades surgidas dessa transformação já estão presentes no dia a dia das pessoas. Um exemplo é a possibilidade de consultarmos cardápios e fazermos um pedido em um restaurante com um simples toque na tela do celular. Sem contar que algumas das empresas mais rentáveis do planeta (Amazon, Uber, Airbnb, entre outras) operam somente por via digital, não possuindo, sequer, sedes físicas para atender seus clientes. 3.1 Características dos negócios digitais Alguns elementos se apresentam comuns aos negócios digitais. Eles são inerentes às metodologias aplicadas para iniciar um novo empreendimento, ampliar a atuação de um comércio ou aumentar a receita. Os novos modelos de negócio digitais abriram uma série de possibilidades no setor empresarial com as quais eles conseguiram satisfazer as demandas dos clientes e do mercado atual. Com a evolução tecnológica, pudemos ver mudanças nos Digital Business e em seus novos modelos de negócios digitais. Graças a isso, surgiram em empresas de diversos setores, como mídia, companhias aéreas, turismo ou intermediários financeiros. Já estamos diante de uma era em que a maneira como uma empresa gerencia seu relacionamento com os consumidores superará o atual modelo de intermediação de empresapara empresa. 3.2 Atualização permanente O primeiro passo para ter sucesso no mundo online é se preparando para esse mercado. É fundamental conhecer o que acontece digitalmente em sua área de 7 atuação, pesquisando o público, os concorrentes, os diferenciais oferecidos por outras empresas, as experiências buscadas pelo seu consumidor etc. Esse levantamento inicial de informações, na verdade, nunca deve se esgotar. Considerando a rápida evolução das tecnologias e a inconstância do comportamento de consumo, é preciso renovar o aprendizado constantemente. A atualização de informações e tendências passou a ser requisito essencial para se manter competitivo. E são muitas as maneiras de buscar essa renovação: cursos online, blogs, fóruns, palestras, workshops, entre outras. 3.3 Conectividade Fonte: docmanagement.com.br Essa é a palavra de ordem para os novos negócios. O sucesso das redes sociais (e, inclusive, o êxito das vendas por meio delas) é prova disso. As pessoas querem estar próximas umas das outras e também das marcas que admiram. Querem manifestar suas opiniões e, acima de tudo, serem ouvidas. Conquistar espaço nas mídias sociais é fruto da construção de uma proximidade com a audiência. O benefício de fomentar a interação, respondendo dúvidas e comentários, é a obtenção de um maior conhecimento do público. E 8 conhecê-lo significa perceber tendências, identificar oportunidades, corrigir erros e implementar melhorias. Se pensarmos na expansão da mobilidade digital, fica ainda mais clara a necessidade de as empresas se adaptarem. Elas devem estar acessíveis em vários dispositivos e, principalmente, promoverem o gerenciamento remoto de suas funções corporativas. 3.4 Tecnologias existentes Para atender à demanda online, muitas ferramentas já foram desenvolvidas e facilitam as operações. Alguns exemplos são os mecanismos de comunicação com o usuário (chatbots), os formulários editáveis para pesquisas de satisfação, as plataformas de pagamento e os sistemas de controle logístico (para envio e acompanhamento de remessas de mercadoria). Cada uma delas é pensada para otimizar os processos e facilitar a interação do usuário, e podem ser encontradas, inclusive, em versões gratuitas. Portanto, o uso dessas tecnologias é uma forma de gerar valor para o cliente, poupando custos. 3.5 Transformação digital Incorporar essa concepção pode simbolizar mais que implementar ferramentas: significa incentivar uma mudança cultural. Nesse contexto, até mesmo o papel do profissional de TI ganha relevância tática para os resultados e para a busca pelo protagonismo no mercado. 3.6 Competitividade Com relativo baixo custo para operacionalização, o número de novos negócios no ambiente digital é cada vez maior. Com uma concorrência altíssima, o desafio de 9 continuar sendo lembrado é enorme. Ser o escolhido pelo cliente, então, é uma grande vitória. Essa quantidade de opções na concorrência acaba influenciando a fidelidade dos clientes. O interesse permanente pelas melhores experiências cria um quadro de brevidade no relacionamento comercial com o público. Inseridos nessa conjuntura, os gestores devem lançar mão de novidades e melhorias no atendimento para garantir a competitividade. 3.7 Marketing contínuo O conceito de marketing diz respeito a estabelecer uma ponte entre a marca ou o produto e seu público consumidor. Na internet, tanto o conceito quanto as estratégias envolvidas ganham uma dimensão maior. O universo web exige o desenvolvimento de uma conexão entre a marca e a audiência, incentivando a formação de seguidores capazes de defender a empresa. Esse é um dos requisitos para se chegar a tão sonhada autoridade. Nesse intuito, o marketing trabalha de maneira incessante para tornar a marca relevante a ponto de ser buscada e encontrada, culminando na fidelização do cliente. 3.8 Novos modelos de negócio Uma preocupação que deve ser permanente é a tentativa de encontrar referências inovadoras com foco na satisfação dos clientes. Proporcionar experiências cada vez melhores é um diferencial importante, uma vez que as pessoas se mostram dispostas a pagar por isso e expressam constante interesse nesse aspecto. 10 3.9 Diferença entre e-commerce e e-business Quando nos referimos a e-commerce, estamos falando do “comércio eletrônico” de artigos ou serviços. Essas transações não ultrapassam a esfera virtual, isto é, a escolha, o contato e o pagamento são feitos pela internet. Apenas eventuais contatos telefônicos via SAC e referentes ao transporte do objeto são realizados fora dessa cadeia digital. O e-business (negócio eletrônico) tem um formato mais amplo. Contempla as relações comerciais com parceiros e fornecedores, além dos clientes, e mantém uma estrutura completa de processos setorizados. Ele pode agregar um conjunto de sistemas eletrônicos aplicados ao negócio: ERP (Enterprise Resource Planning ou Sistema Integrado de Gestão Empresarial) — ferramenta que integra e gerencia todas as atividades diárias da empresa; SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) — meio utilizado para estabelecer contato com o cliente, tirando dúvidas e recebendo sugestões e reclamações; CRM (Customer Relationship Management ou Gestão de Relacionamento com o Cliente) — é um conjunto de práticas e tecnologias com foco no cliente, para gerenciar todas as interações e usar as informações estrategicamente para aumentar as vendas; BI (Business inteligence ou Inteligência de Negócios) — softwares capazes de processar dados de outros sistemas. A partir deles, são mapeados cenários e fornecidas previsões de resultados como suporte ao planejamento corporativo; SCM (Supply Chain Managment ou Gestão da Cadeia de Suprimentos) — sistema que possibilita o gerenciamento dos processos de logística; E-commerce — plataforma de comércio eletrônico que pode ser utilizada como uma das estratégias do e-business. O e-commerce refere-se a compra e venda de bens de serviços através de canais electrónicos, como a internet. 11 Produtores digitais são profissionais que oferecem conteúdo em forma digital como um produto, não como conhecemos os produtos fisicamente, mas que é disponibilizado pela internet. Nesse sentido temos diferentes opções de produtos, tais como e-books, cursos online, programas, arquivos para download em diferentes formatos (áudios, documentos, planilhas), acesso a sites de membros, dentre outros. Por exemplo, se você cria um curso e hospeda o conteúdo em uma plataforma e vende pela internet você tem um produto digital. O produtor é o responsável por esse produto, sendo normalmente o seu criador ou detentor dos direitos autorais. O termo produtor é muito utilizado dentro das plataformas de afiliados, e pode se referir ao principal responsável pela venda do produto ao mercado, mesmo que ele não seja aquele que o produz de fato. 4 MERCADO DE AFILIADOS Fonte: profes.com.br 12 O afiliado é aquele que faz a divulgação e a indicação desse produto para venda, realizando o papel de vendedor, só que numa relação virtual. Nesse caso, ele receberá uma remuneração por cada venda que ocorrer, conhecida como comissão. O afiliado é um profissional que conhece sobre diferentes processos de divulgação desses produtos, desde a formação de carta de vendas, a geração de tráfego (acessos virtuais) e as campanhas de divulgação. O mesmo usará uma plataforma tal como Hotmart, Monetizze e Eduzz para intermediar esse processo e garantir o recebimento de comissões. Para que a pessoa atue como afiliado de determinado produto, ele precisará receber autorização do produtor na plataforma, após concedida ele receberá um link de afiliado que vai direcionar possíveis compradores para esse link. A comissão é dada quando a compra é realizadautilizando o seu link, pois a plataforma consegue identificar baseada em diferentes tecnologias, que a venda veio por uma indicação específica. 4.1 Características que um afiliado precisa ter. Assim como um produtor digital ou dono de e-commerce, o afiliado também é um empreendedor. Isso porque ele deve gerir seu próprio negócio, desenvolver habilidades de vendas e produtividade. Mesmo que você decida trabalhar apenas em suas horas extras, o que já é um grande passo, deverá ser comprometido com o seu negócio. Veja quais características um afiliado deve ter para alcançar resultados satisfatórios: Assiduidade: tornar-se um afiliado significa não ter um chefe para lhe dizer o que fazer. Dessa forma, você deve programar uma frequência de trabalho que o mantenha focado. Perseverança: um dos grandes problemas de se empreender é pensar que os resultados surgirão repentinamente ou com pouco esforço. De forma alguma essa é a realidade dos empreendedores. E, por isso, é importante ter muita dedicação e 13 persistência para continuar trabalhando mesmo quando não houver resultados aparentes. Resiliência: mesmo estudando e aplicando todas as técnicas em seu negócio, é possível que você encontre dificuldades pelo caminho. Nesse momento, o ideal é parar, analisar a situação, os números conquistados até agora e entender o que pode estar dando errado. Talvez seja a hora de mudar de estratégia. Pequenas modificações em suas táticas podem encaminhar seu negócio para uma nova e melhor direção. Humildade: essa característica é fundamental para quem está começando ou já tem longa experiência com o universo empreendedor. O ser humano é intelectualmente incapaz de saber ou ser bom em tudo que existe. Por esse motivo, seja humilde para pedir ajuda quando preciso e para ouvir quando alguém fizer sugestões a você. Ser sedento por aprendizado: definitivamente, o estudo deve ser seu aliado em uma jornada empreendedora. E, cá entre nós, em qualquer jornada profissional que pretenda seguir. Desenvolva o hábito da leitura e perceba como suas decisões serão cada vez mais perspicazes e embasadas. Colocar em prática: não seja uma pessoa apenas teórica, pois só a prática e, muitas vezes, o erro, movimentarão seu negócio. Pode-se citar diversas outras habilidades para alcançar um mindset empreendedor, mas, a princípio, preocupe-se com as que foram citadas e, naturalmente, você descobrirá por conta própria outras qualidades que deverá desenvolver. 4.2 Agências de Lançamentos Ultimamente surgiram empresas especializadas em lançamentos de produtos digitais. Necessariamente, essas empresas não possuem um produto próprio, elas cuidam de todo o processo de criação e divulgação de um produto que vem de um especialista detentor de um conhecimento valioso no mercado. 14 Vários especialistas buscam parcerias com uma agência de lançamento, pois não querem ter o trabalho de transformar esse conhecimento em um produto e consequentemente, administrar todo esse processo, ou sequer sabem como começar a fazer isso. A agência tornou-se um elemento de suma importância dentro da cadeia de comercialização de produtos digitais, permitindo que profissionais antes dedicados somente em vender seu conhecimento um a um, em forma de hora profissional tal qual faz um professor, pudessem escalar a venda por meio de produtos digitais. 4.3 Blogueiros Fonte: vidadeblogueira.com.br Os chamados “blogueiros” são criadores e administradores de conteúdo, através de um blog, normalmente focado em temas, que visam construir uma audiência. A audiência, quando bem aproveitada, pode gerar grande retorno financeiro, os blogs permitem diferentes formas de monetização, que vão desde posts patrocinados até receita de adsense, que é a veiculação de anúncios do Google dentro do site, cuja remuneração é feita pelos cliques ou visualizações geradas. 15 Outras plataformas de anúncios nativos também geram monetização para os blogueiro, e a produção de conteúdos tem se mostrado um excelente negócio para quem o faz com qualidade. Os jornais atuais viraram portais de conteúdo, e usam da mesma estratégia de monetização na internet. Na prática, viraram negócios digitais. Muitos blogueiros descobriram também, de modo recente, a possibilidade de vender produtos como afiliados, ou seja, eles escolhem um produto digital que esteja alinhado com o blog e produzem textos ou espalham banners utilizando os links de afiliados desses produtos. Como são considerados grandes influenciadores as vendas se tornam uma forte possibilidade de monetização. 4.4 YouTubers Fonte: portalregiaooeste.com.br Com a divulgação de faturamentos milionários de alguns YouTubers famosos, a cada dia novos aventureiros ingressam na produção de conteúdo, obtendo a remuneração baseada na quantidade de cliques e visualizações dos anúncios constantes nos vídeos. O Google nesse caso é um parceiro de negócios, e reparte a receita paga pelos anunciantes com os produtores de conteúdo. O que para muitos é 16 apenas uma diversão, para os YouTubers é um negócio digital altamente rentável, e eles fazem de tudo para prender a atenção do público, e para aumentar a audiência. Recentemente o Google mudou suas diretrizes de anúncios, e isso fez com que muitos canais altamente remunerados perdessem grande parte da monetização. Um assunto delicado, devido a rotatividade, porque na internet as coisas mudam com muita rapidez. 4.5 Produtos Digitais de Recorrência Hoje em dia os produtos digitais de recorrência no Brasil, estão apenas começando. Isso demonstra a evolução, e tudo leva a crer que esse mercado vai crescer significativamente nos próximos anos. Ainda há muito que se aprender com essa modalidade, pois ela tem particularidades, como o preço baixo e a recorrência de pagamento mensal. Na recorrência temos uma diversidade de serviços, que vão desde plataformas de serviços de marketing digital a serviços de gestão financeira. Há também as plataformas de conhecimento, que vendem uma assinatura com acesso a conteúdo focado em determinados temas, nesse ponto temos desde plataformas de empreendedorismo, empreendedorismo digital e cursos livres. Há também a recorrência nos licenciamentos de softwares, esse modelo de negócios tem mudado a atuação de grandes empresas, que antes se dedicavam apenas a venda de software. Essas empresas entenderam que é melhor disponibilizar um serviço pelo pagamento mensal e ganhar durante anos, do que cobrar uma única vez pela venda do produto. O mercado de assinaturas vai crescer de forma célere nos próximos anos. 17 4.6 Afiliados de produtos físicos Fonte: comoempreendernanet.com As modalidades alternativas que são os produtos físicos. Tem-se como exemplo um blogueiro no nicho de emagrecimento que antes vendia apenas cursos com técnicas para emagrecer, pode vender suplementos, sendo comissionado por meio do link de afiliado. Essa é mais uma possibilidade que o mercado digital proporciona. Mas, quais são as vantagens que temos dentro dos mercados essencialmente online? Segue algumas sugestões: Vantagens dos negócios digitais Partindo do pressuposto defendidas pelos especialistas, que ensinam como construir um negócio digital, é o fato que esse tipo de empreendimento permite a liberdade de espaço para que se trabalhe onde desejar. Hoje dispomos de vários exemplos de nômades digitais, que validam essa possibilidade de liberdade geográfica. Por conta de um trabalho minucioso com a contabilidade de empresas digitais, temos atendido muitos desses empreendedores. No que diz respeito das vantagens dos negócios digitais, outro aspecto que deve ser destacado é que um negócio digital exige menos estrutura do que negócios físicos. Por exemplo, há alguns anos uma pessoa que possuísse 20 títulosde DVDs que comercializava em todo o Brasil, cada venda precisava ser embalada e 18 despachada levando dias para chegar ao destino. Além disso, era necessário produzir os DVDs, o que envolvia gráficas, duplicadores, montagem, embalagem e estoque. Tudo isso consumia espaço e mão de obra. No mercado digital com uma estrutura muito menor de produção e gerenciamento, consegue-se entregar muito mais conteúdo de forma automática. Essa é uma vantagem significativa para um negócio próprio, produzir mais com menos recursos. Não me resta dúvida que o mercado digital tem muitas vantagens, porém tem também muitos desafios. Outra vantagem que fica muito evidente nas empresas, é que o capital inicial necessário para começar um negócio digital é muito inferior ao capital que seria necessário para um negócio físico. A estrutura é menor, e você pode começar até na sua casa, com apenas um computador. Primeiramente a estrutura física mínima necessária para começar nesse mercado toda pessoa tem. Isso é uma grande vantagem perante os negócios tradicionais. Tem-se como exemplo, ao analisar o caso de um empreendedor que decide abrir uma loja de roupas. O investimento inicial será de pelo menos no mínimo: - Estrutura da loja (vitrine, manequins, móveis); - Ponto comercial; - Locação comercial; - Pintura e preparação; - Estoque inicial; - Funcionários; - Marketing e divulgação. Depois de dispor de toda essa estrutura, terá de manter um capital para suprir o seu ponto de equilíbrio, que é o momento em que as suas receitas geram lucro suficiente para pagar seus custos fixos. Passará cerca de um ano de incertezas, até saber se o negócio efetivamente vai dar certo. O mercado digital se difere do mercado comum, o investimento é muito menor, proporcionalmente o risco também, e se você optar por um segmento dentro do mercado que não está trazendo o retorno que gostaria, em pouco tempo você pode 19 mudar o rumo do negócio. Se ao invés disso tivesse montado uma loja de roupas, não teria condições, de transformar o seu negócio do dia para a noite, numa sorveteria. Vale ressaltar esse mercado não é feito somente de vantagens. 4.7 Os desafios do mercado digital Fonte: equipmentfa.com As vantagens do mercado digital trazem também muitos desafios. Um deles é que o mercado ficou muito mais complexo para as empresas digitais, na prática as operações digitais se tornaram mais complicadas. Há alguns anos, no mercado o que se oferecia era um e-book ou um minicurso de orientações sobre determinados temas. Hoje produtos digitais são transformados da simples oferta do e-book em cursos complementares sobre o tema vendido. O produto é entregue de diferentes formas, que vão além dos vídeos propriamente ditos, como encontros ao vivo, materiais de apoio em formato de mapas mentais e por aí vai. Ou seja, a entrega do produto final se tornou muito mais completa. Tudo isso acontece porque os clientes se tornaram mais exigentes. Se você quer ter a satisfação dos seus clientes, precisará entender que no mercado digital da atualidade você terá de ter uma entrega muito maior do que a entrega que era oferecida há três ou quatro anos atrás. O mercado mudou e continuará em mudança. 20 Além disso, outros fatores tornaram o mercado mais complexo, como o número de empresas concorrentes disputando o mesmo nicho. Isso fez com que produtores digitais, que antes dominavam o mercado, passassem inovar seus produtos acrescentando novidades e consequentemente entregando muito mais do que entregavam nos anos atrás. Esse foi, por exemplo, um dos motivos que levou muitos empreendedores digitais a incluir encontros presenciais aos compradores, um encontro ao vivo ajuda tangibilizar a entrega de um produto de alto preço nesse mercado, e por sua vez atende a exigência do cliente que paga um preço mais alto. Esse público novo e mais exigente gerou crescimento de reclamações sobre produtos e figuras públicas no mercado digital. Até grupos no Facebook foram criados para denunciar problemas, nas promessas versus entrega no mercado digital. Surgiram também muitos haters que atuam visando quebrar a credibilidade de produtos e produtores digitais. O alto preço atraiu a pirataria, e não raro vemos produtos com valores de milhares de reais sendo entregues a preços irrisórios, em sites de comércio eletrônico. Assim, produtores bem estabelecidos tem o desafio de mapear a proteger seus conteúdos digitais. 5 A CULTURA DO BRASIL Fonte: leticiaeducacaodigitalucs.blogspot.com 21 O foco da discussão sobre inovação está apontado excessivamente na tecnologia. A grande atenção das empresas tradicionais ainda está em metas e em pressões feitas pelos acionistas, e os CEOs precisam confrontar este modelo. Os debates de inovação são fragmentados, gerando um atraso na tomada de consciência e na decisão de onde colocar o foco e o investimento. As empresas ainda não escutam suas pessoas. Muitas vezes os colaboradores estão mais prontos para as iniciativas de inovação dos que os executivos da diretoria, que têm tomado decisões com base no medo pós-crise. O mundo já luta com uma espada de Luz e continuamos insistindo na espada de pau. Entre uma maioria de mindset obsoleto alguns se destacam pela visão de futuro, mas ainda de forma rasa como agentes de mudança. Há uma apressada mistura do antigo com o novo sem a devida adaptação cultural. Os cases em andamento vêm apresentando conflitos nocivos para a manutenção o ambiente de negócios e o progresso da inovação. As pílulas de conhecimento são dispersas, tendenciosas e em excesso, o que afeta negativamente o aprendizado humano tão definitivo para a nova era. 22 6 “GESTORES QUE NÃO VIRARAM LÍDERES AINDA PODERÃO SE TORNAR INOVADORES DIGITAIS? ” Fonte: brasil.emeritus.org Não temos mais tempo para cuidar do que não fizemos nos últimos dez anos. Muito já se falou de liderança estratégica, hábil na influência de pessoas, em áreas de RH tornarem-se áreas de negócio e em criar equipes de trabalho autônomas. Poucos deram ao assunto a importância devida. Quem trabalhou na transformação, fez a lição de casa; quem adiou, precisa acelerar seu desenvolvimento. Os novos colaboradores não se submetem mais a líderes operacionais falhos no relacionamento interpessoal, nem a segredos estratégicos que limitam a atuação e a visão do grupo que precisa fazer as entregas. 6.1 Como faremos a mudança? Áreas de RH são catalisadoras desse movimento, mas a maioria ainda desconhece os formatos e o mindset digital. Executivos precisam assumir essa posição, e se não souberem como, precisam abrir espaço para quem sabe, sem delegar a tarefa e sim trabalhar de forma cooperada. 23 Algumas empresas dão carta branca a equipes de inovação sem manter uma malha básica como teia e pano de fundo. Altíssimo risco, e é possível que a iniciativa não se sustente ou que o ambiente fique tão conflitante que inovar se torne insustentável. Precisamos educar a alta gerência e os atores influentes das empresas, discutir a remodelagem do negócio com base no que pode ser não no que já foi. Precisamos construir juntos o novo mindset, preparar os líderes da mudança e guiá-los na condução de estratégias digitais e exponenciais. Os projetos precisam estar alinhados com um propósito, obrigatório a partir de agora para empresas de qualquer tamanho, e cada ação deve ir compondo a nova cultura digital como a montagem de um grande quebra cabeça. Educação aliada a experiências de aprendizado e desenvolvimento podem demorar um pouco mais do que labs avulsos, mas se mostram mais sólidos a médio prazo. Empresas com foco no longo prazo faturam e empregam mais que as empresas com foco no curto prazo. Em um primeiro momento, talvez tenhamos que criar uma cultura híbrida.Em um segundo momento podemos empoderar mais os inovadores que os operadores do negócio, e com o tempo, podemos ter criado uma comunidade de talentos digitais capazes de fazer com que a nova cultura seja mais forte que a vigente até agora. 24 6.2 Os transtornos do mundo digital Fonte: em.com.br Se presenciamos o surgimento de uma nova cultura, significa que também estamos sujeitos a conviver com os transtornos próprios deste mundo virtual. A superexposição, a necessidade de sempre adquirir a mais nova tecnologia e o vício em estar sempre conectado são alguns dos limites que este mundo começa a nos apresentar. Segundo estudos realizados pela Universidade de la Salle nos Estados Unidos, existem cerca de 2, 2 bilhões de usuários de internet no mundo. Deste número, cerca de 50 milhões podem ser considerados viciados na rede. “A pessoa pode ser considerada viciada na internet quando ela passa a ter prejuízos na sua vida cotidiana, porque só quer ficar on-line. Ela deixa de estudar, trabalhar e ter um convívio social saudável para ficar na rede”, analisa a psicóloga Renata Maransaldi, que trabalha no projeto AnjoTI, grupo que oferece ajuda às pessoas com transtornos compulsivos como vício de jogos, compras e internet. A internet continua mudando o mundo e nós somos os protagonistas desta mudança. Somos testemunhas de um novo modo de difundir a informação e o conhecimentos. 25 6.3 O que é transformação digital? Fonte: iinterativa.com.br A transformação digital ainda é um terreno relativamente desconhecido pelas empresas. Muitas organizações tratam o processo como uma mudança de dentro para fora ou como um fim em si mesmo, quando, antes de tudo, verifica-se a necessidade de uma mudança cultural. Hoje em dia, milhares de pessoas têm acesso a uma tecnologia que, outrora, seria inimaginável: um smartphone realiza diversas tarefas impossíveis para os melhores computadores de décadas atrás, por exemplo. Nesse sentido, a incorporação irreversível das inovações deste século conduz à mudança do jeito como as coisas são feitas e daquilo que as pessoas apreciam. Isto é, há uma transformação de valores, hábitos e costumes da sociedade. Trata-se, portanto, de uma mudança cultural que se apoia no meio digital. Com efeito, surge a pressão externa por adaptação das empresas, que precisam aprimorar processos, produtos e serviços para atender às exigências. Logo, a tecnologia, que foi o vetor de transformações sociais importantes, torna-se o instrumento para que a organização faça os ajustes e se mantenha competitiva. https://blog.fnq.org.br/gerenciamento-desempenho-processos/ 26 6.4 Qual o impacto da transformação digital nas grandes empresas? O papel básico de um negócio é criar e entregar valor para seus clientes. Consequentemente, uma mudança naquilo que as pessoas desejam ou necessitam se reflete na gestão, liderança, cultura e estratégia das organizações e lutar contra isso pode ser uma tarefa inglória. Essa pressão é trazida por consumidores já inseridos no mundo digital, logo, mais exigentes, maduros e com voz ativa sobre os produtos e serviços postos no mercado. Exemplos das novas exigências de clientes potenciais e convertidos são os seguintes: 6.5 Sustentabilidade Digital Fonte: canaltech.com.br As pessoas têm uma preocupação genuína com o sustentável em diferentes aspectos, como ética, meio ambiente e economia. Dessa forma, comumente, denunciam práticas que se opõem a esse princípio, reconhecendo a boa conduta das empresas. Sustentabilidade significa “dar suporte a alguma condição, a algo ou a alguém em algum processo ou tarefa no presente sem que comprometa as gerações futuras 27 de atenderem as suas próprias necessidades”. Esta é uma palavra que está muito na moda, tanto em relação ao meio ambiente quanto ao mundo dos negócios, em um momento que as empresas se esforçam para que suas atividades não impactem negativamente na questão ambiental. Este termo vai além do conceito de TI verde ou TI sustentável que, em um primeiro momento, focava apenas no ecossistema das operações de TI como descarte de equipamentos e resíduos, consumo de energia e até mesmo o custo ambiental da produção de mais e mais servidores. 6.6 Cooperação e compartilhamento O sentido de propriedade também sofreu alterações com os novos tempos. Tornou-se comum as pessoas abandonarem seus automóveis para usar bikes patrocinadas, Uber, Cabify e outros recursos compartilhados – sem contar as soluções que, aos olhos do consumidor, seriam gratuitas, como aplicativos de carona ou uma simples caminhada. Por outro lado, nesses mesmos exemplos, muitos bens de consumo passam a integrar a criação e entrega de um valor para os demais, como no caso dos motoristas que utilizam o veículo particular em apps de transporte. Sendo assim, surge uma nova dinâmica em que cooperação, compartilhamento, empoderamento de consumidores e eliminação de intermediários ganham a frente dos usos individuais da propriedade. O ter fica em segundo plano em relação à exploração efetiva do recurso. 6.7 Instantaneidade O consumidor atual é alguém que se acostumou a não esperar, o que contrasta frequentemente com os processos morosos de muitas empresas. Algumas organizações são do tempo em que se aguardava a revelação do filme para acessar as imagens capturadas, enquanto as gerações de hoje vivem em um mundo de visualização em tempo real nos smartphones. 28 6.8 Custumer centric As organizações atuais também encontram o desafio de se tornarem centradas nas necessidades dos clientes. A transformação digital das grandes empresas deixou de ser apenas um instrumento de mudanças internas (de rotinas e processos com ERPs, por exemplo) e passou a ser exigida na maneira de atender ao consumidor. Resumidamente, a adaptação da liderança, gestão, estratégia e cultura da organização a essas novas demandas é o principal impacto da transformação digital. Não à toa, pois é algo que merece uma atenção especial das grandes empresas. 6.9 COMO AS EMPRESAS PODEM SE ADAPTAR A ESSAS INOVAÇÕES E MUDANÇAS? Fonte: google.com.br Para o sucesso da transformação digital, não há necessidade de migrar todos os processos analógicos do dia para a noite. Embora transversal, ou seja, com impacto que percorre todas as áreas do negócio, é possível pautar a mudança por um processo de construção de pilares. 29 A partir deles, o modelo é estruturado gradualmente, permitindo que mesmo um empreendimento de grande porte se adapte aos novos patamares. Os quatro principais pontos são os seguintes: 6.10 Revisão de processos A transformação requer a mudança dos processos da empresa, mesmo quando já bem estabelecidos. Para tanto, é preciso mapear e revisar as práticas existentes com três finalidades: Verificar a viabilidade da transição do analógico para o digital, porque tudo o que puder migrar, via de regra, deve ser migrado; Buscar maior agilidade, especialmente em pontos como redução da burocracia e do esforço do cliente para ter acesso às soluções; Ser customer centric, ou seja, orientar os processos com base nas necessidades reais dos clientes e não em suposições ou ideias vagas a esse respeito. Ferramentas de negócios digitais As soluções prontas são extremamente úteis para o êxito de projetos na internet. Conheça algumas! Criação de blogs e sites WordPress: ideal para criar blogs e sites, é o mais popular, e os usuários têm grande facilidade de utilização. Oferece diversidade de plugins e temas, adaptáveis a inúmeros segmentos e objetivos. Wix: excelente ferramenta para criação de sites profissionais, inclusive adaptados para celulares. Publicação de vídeos YouTube: a maior plataforma de vídeos do mundo permite a hospedagem e a transmissão ao vivo (YouTubelive). O site também é o segundo buscador mais utilizado pelos internautas, perdendo apenas para o Google. Vimeo: uma alternativa ao YouTube, já que oferece mais funcionalidades. Banco de imagens https://blog.fnq.org.br/reduzir-burocracia-em-processos-gerenciais/ 30 Pixabay: permite baixar imagens em alta resolução gratuitamente. Fotolia: oferece milhões de imagens a preços acessíveis e sem cobrança de direitos autorais. Automação de marketing digital Leadlovers: essa ferramenta integra diversos serviços em um só lugar. Oferece hospedagem de domínios, criação de landing pages, publicação de cursos online, e- mail marketing, gestão de leads etc. Mailchimp: trabalha qualificação e nutrição de leads via e-mail marketing. Oferece também recursos de gerenciamento de campanhas. E tudo gratuitamente. Towk.to: facilita o contato com os visitantes do site por meio de um chat online. Conteúdo online em vídeo (webinário, aula online) Facebook Live: cada vez mais utilizado por empresários, esse recurso permite receber comentários em tempo real durante a execução da live. Webinar Jam: elabora o processo completo de um webinár, ou seja, inscrição dos participantes, customização de botões para call to action, chat online, pesquisas e replay. 6.11 Negócios digitais bem-sucedidos Baixo investimento inicial, know-how compartilhado por outros profissionais e ferramentas prontas para início imediato. Essas são algumas das vantagens de iniciar um negócio digital. Para colocar em prática todo esse suporte, diversos exemplos de negócios podem ser considerados: 31 6.12 E-commerce Fonte: mercadoeconsumo.com.br A venda de mercadorias pela internet realizada por meio de plataformas de loja virtual é definida como e-commerce. Ele difere das vendas nas redes sociais por possuir uma infraestrutura integrada de pagamento e remessa. Vendas pelo Facebook Embora seja uma possibilidade mais simples, o Facebook tem se mostrado um grande aliado dos pequenos negócios. A rede possui um alto potencial de engajamento e conta com recursos para divulgação, acompanhamento e medição de resultados. Marketplace Da mesma forma que a loja virtual, o marketplace também concentra a venda de produtos pela internet. Porém, trata-se de uma plataforma que recebe vários lojistas de um mesmo segmento, centralizando as buscas por determinados itens num mesmo site. Os marketplaces são mediados por uma empresa responsável pela administração do site, a qual lucra com o percentual sobre cada venda. 32 Infoprodutos É uma maneira de compilar um conhecimento a respeito de determinado assunto, transformando essa informação em um produto digital. Essas opções são rentáveis e têm alta escalabilidade. Alguns exemplos são: curso online, e-book, webinars, template, programa de áudio, palestra etc. Canal no YouTube A renda de um canal vem dos anunciantes que chegam a partir do momento em que o número de seguidores cresce. O progresso do consumo de conteúdo em vídeo no Brasil foi de 90% entre 2014 e 2017. Esse número, por si só, já demonstra todo o potencial do mercado de vídeos. Desenvolvimento de aplicativos Os aplicativos e outros softwares mobile apresentam demanda crescente. Diversas startups atuam a partir de seus aplicativos. Além disso, empresas já consolidadas também estão se tornando presentes no formato mobile. Ou seja, a oportunidade para desenvolvedores se multiplicou. Aulas de língua estrangeira A procura pelo aprendizado de uma língua estrangeira é permanente. Para quem domina outro idioma, dar aulas pela rede é uma excelente alternativa de renda. Para iniciar o trabalho, basta desenvolver planos de aula orientados a diferentes perfis (nível de conhecimento e idade, por exemplo) e ter à disposição o Skype e uma boa conexão de internet. A divulgação do serviço pode ser feita por blog ou redes sociais. Programa de afiliados O afiliado faz uma ponte entre o dono do produto e o público, geralmente por meio de seu blog. Ele recebe algumas recompensas na medida em que consegue escalar o volume de acesso ao fornecedor a partir de anúncios em sua página pessoal. Publicidade Modelo que pode se tornar muito rentável ao atingir um bom patamar de seguidores. A fórmula é servir o público com conteúdo de alta qualidade (em texto, podcast ou vídeo) e comercializar artigos da marca e espaço para publicidade. 33 Produção de conteúdo Conteúdo de qualidade é um dos recursos mais eficazes para atrair leads e mantê-los na jornada de compra. Consequentemente, o mercado de produção tem sido muito lucrativo. Uma vez que as finalidades podem ser distintas (informação, entretenimento, educação), há diferentes possibilidades de configuração: textos para redes sociais e blogs, podcasts e vídeos. 7 PERFIL DO EMPREENDEDOR DIGITAL Fonte: deliverymuch.com.br Antes de começar a falar especificamente do empreendedorismo digital, não podemos deixar de reforçar dois pontos importantes. Negócios digitais não são apenas para empresas em fase inicial. Assim como também não exigem uma migração total de uma organização para o modelo digital. Possivelmente, empresas já estruturadas e estabilizadas terão, em algum momento, que desenvolver recursos voltados para atender uma demanda na web. O empreendedor também não é alguém que está começando um trabalho do zero. Ser empreendedor pode ser a característica (muito importante, por sinal) de um empresário ou gestor já atuante. O empreendedorismo está relacionado a uma 34 postura de criar soluções, pensar criativamente e realizar o que ainda não foi feito. Portanto, essa atitude pode ser adotada em qualquer contexto, profissional ou não. O profissional empreendedor, caso não tenha todas as características e habilidades que citaremos a seguir, certamente pode desenvolvê-las. Para isso, empenho e disciplina são fundamentais. Iniciativa Uma das capacidades mais desejadas em um profissional é que ele tenha predisposição para agir. Em ambientes empreendedores, como os dos startups, essa aptidão é amplamente incentivada. Para praticar a iniciativa, é preciso conhecimento prévio, observação de oportunidades e comprometimento com a decisão tomada. Ou seja, junto com essa qualidade há uma série de outras que fazem toda a diferença para desenvolver a criatividade e o autogerenciamento. Dinamismo Principalmente no mercado digital, as mudanças ocorrem de forma muito rápida. Para acompanhar esse cenário, não há como o profissional deixar de ter um perfil dinâmico e adaptável a tantas novidades. O dinamismo tem a ver com velocidade para pensar em soluções e tomar decisões. E está relacionado ao interesse em aprender e à curiosidade de saber coisas novas. Organização Saber administrar o tempo e as prioridades são qualidades essenciais para realizadores. A organização permite que a energia de trabalho seja distribuída de maneira correta, proporcionalmente à importância que cada tarefa merece. O empreendedor também sabe da necessidade de planejar sua rotina e o negócio que está administrando. O correto desempenho de qualquer projeto depende de um plano estruturado, com ações, prazos e metas. E a organização é o que garante uma execução perfeita. 35 Perseverança Em uma entrevista, Steve Jobs afirmou que boa parte do que separa empreendedores vitoriosos daqueles que falham é pura perseverança. Ou seja, ter fracassos durante a jornada de colocar uma ideia em prática é comum. Sendo assim, faz parte do processo utilizar os erros como aprendizado para tentar mais uma vez. Por essa razão, ser perseverante é um traço presente em todos aqueles que conseguem prosperar em seus projetos. Perseverar também significa ser paciente para encontrar oportunidades e agir estrategicamente. Liderança Ser líder, nestecontexto, não está associado à hierarquia. A liderança deve ser um atributo que torna alguém capaz de comunicar com clareza e conduzir equipes a um objetivo em comum. Ao empreendedor cabe pôr em prática a liderança que estimula ideias e novas soluções e, ao mesmo tempo, desenvolve meios de colocá- las em prática. Ele é a pessoa que alia conhecimentos técnicos e operacionais a uma elevada capacidade de gestão. Estar à frente de um time de alta performance não é uma tarefa simples, mas deve se tornar um objetivo diário a alcançar. 7.1 Casos de sucesso Conheça algumas empresas que aproveitaram o potencial da web e transformaram suas ideias em grandes resultados: Buscapé O site, que faz comparações de preços entre e-commerces no Brasil, foi um dos primeiros negócios digitais de sucesso no país. Começou como um startup até chegar a ser a maior companhia de pesquisa de preços da América Latina. QuintoAndar O QuintoAndar é um aplicativo Brasileiro de aluguel de imóveis residenciais que nasceu para simplificar o processo de locação do início ao fim. Conectamos proprietários e inquilinos de um jeito prático e seguro. 36 Peixe Urbano Repetindo a referência vitoriosa da Groupon, tornou-se rapidamente um grande startup. Para alcançar esse resultado, os empreendedores colocaram em prática conhecimentos adquiridos no Vale do Silício e levaram o Peixe Urbano a concorrer diretamente com a gigante que os inspirou. Slack Essa interface de comunicação interna nas empresas nasceu como uma plataforma de chat. Passando a aprimorar a interação entre equipe a partir de vários recursos, tornou-se uma das mais importantes ferramentas de suporte a projetos. Kekanto O aplicativo ajuda o usuário a encontrar os melhores estabelecimentos para conhecer. De tão promissora, a empresa recebeu investimentos milionários e hoje está presente em 15 países. A startup de mobilidade urbana rapidamente se profissionalizou, se expandiu e conseguiu chegar ao patamar de disputar mercado com ninguém menos que a Uber. 8 O FUTURO DOS NEGÓCIOS DIGITAIS Fonte: thecnosystem.com.br 37 O processo de transformação digital é contínuo e a propensão dos empreendimentos em inovar é irreversível. Sendo assim, a tecnologia continuará remodelando os processos industriais e comerciais, além das maneiras como os clientes participam da cadeia de negócio. Hoje, a burocracia está sendo simplificada e a assinatura eletrônica, que possui valor legal, já dispensa as assinaturas dos documentos em papel. É um ganho em agilidade e velocidade no fluxo de trabalho, o que não se pensava há poucos anos. Naquela mesma época, não existia o conceito de escritório digital, que oferece economia e mobilidade para empresas de todos os portes. O digital representa a oportunidade de reinventar modelos para proporcionar benefícios cada vez mais abrangentes em todos os setores. O ecossistema da tecnologia não interrompe sua evolução e, para sobreviver ao futuro, as corporações precisam estar inseridas nisso. A internet tem mudado a forma como nos comunicamos, estudamos, trabalhamos e a maneira como consumimos. É uma revolução, e adaptar-se a essa realidade é questão de sobrevivência. A maneira de pensar e fazer negócios também foi diretamente impactada por essa transformação e a inovação nas empresas se tornou um objetivo tão buscado quanto a própria venda. Por essas razões, os negócios digitais se tornaram parte de um novo mercado, que é mutante, volátil e está em expansão ininterrupta. A hiperconectividade é um caminho sem volta. Seguir nele, portanto, não é mais opção, é apenas questão de decidir como começar. Muitas empresas bem conhecidas usam esses modelos de negócios que informaremos nesta seção. Segue como estão aplicados esses modelos de negócios em empresas de sucesso: Peer To Peer No mercado, os modelos de negócio Peer To Peer (p2p) se diferenciam por colocar duas partes em contato envolvidas em uma transação, sejam produtos ou serviços. Neste modelo de negócio, temos o emergente Uber, o bem conhecido Airbnb 38 ou a rede social LinkedIn. Por que é necessário que ambas as partes participem? Porque uma dessas partes não pode existir sem a outra. Ou seja, nenhum desses três exemplos que mostraremos pode existir se não tiverem contato com seus clientes. Além disso, o mercado precisa que ambas as partes interajam. Nesse modelo, as empresas estão muito atentas às demandas do mercado. Vejamos o exemplo do Airbnb. Se um grupo de amigos deseja passar suas férias perto da praia de forma econômica, ou um casal procura passar alguns dias em uma casa no centro de Paris, você pode encontrar um lugar no aplicativo de forma rápida e fácil e a preços diferentes que se ajustam a o que você queira. Isso surge quando as empresas emergentes procuram cobrir necessidades que os outros não oferecem e, ao mesmo tempo, a demanda é criada. Código aberto O modelo de código aberto é caracterizado pelo uso de softwares de acesso livre, o que dá capacidade a uma comunidade de programadores para contribuir. Empresas como a Red Hat, por exemplo, ganham dinheiro cobrando assinaturas premium e serviços associados ao seu software de código aberto. No ano passado, a empresa gerou mais de 2 milhões e meio de dólares em receita, dos quais mais de 2 milhões foram de assinaturas e cerca de 345 milhões vieram de treinamento e serviços. Mas todos esses valores não se traduzem em renda direta para a empresa, esses modelos de negócios também envolvem despesas, como vendas e marketing, para distribuir seus serviços. Conforme destacado em seu relatório anual, graças ao modelo de negócios de código aberto, a Red Hat tem três vantagens principais: Ótima distribuição através de licenças gratuitas de seu software. Assinaturas de pagamento para clientes Premium e empresariais. Eles criam um modelo de negócios baseado em código aberto e seu sucesso depende em grande parte da capacidade do projeto de envolver a comunidade de desenvolvedores e colaboradores no trabalho do código-fonte para melhorá-lo. 39 Freemium Este termo, cunhado pelo empresário americano Fred Wilson, é uma combinação das palavras “Free” e “Premium”. A ideia por trás deste modelo é oferecer um produto ou conteúdo gratuitamente, reservando o bom conteúdo para pagamento. O conteúdo do pagamento para usuários é conhecido como Premium. Às vezes, o conteúdo do Freemium inclui publicidade ou marketing integrado, embora a esperança do negócio digital seja que as receitas e lucros de publicidade, graças aos usuários premium, sejam suficientes Hoje em dia, atrair anunciantes para este tipo de iniciativa é muito importante, especialmente quando a publicidade é a principal fonte de renda de uma empresa. Vários estudos mostraram que apenas 5-15% dos usuários estão dispostos a pagar por conteúdo nessas plataformas. Empresas como a Adobe (com seu Acrobat PDF Reader) ou o Skype são exemplos desse modelo. No caso da Adobe, os usuários podem usar a versão gratuita do Acrobat para ler arquivos PDF, mas se quiserem modificar ou editar o conteúdo desses arquivos, eles devem pagar pela versão atualizada. LinkedIn, a rede profissional, o Dropbox, o serviço de hospedagem na nuvem, o iCloud, a nuvem da Apple ou o Flickr são algumas das plataformas mais conhecidas que utilizam o modelo Freemium / Premium. As empresas que optam por esse modelo devem garantir que possuam: Uma base sólida de clientes empresariais Um funil de conversão otimizado para transformar usuários gratuitos em pagos Uma infra-estrutura tecnológica capaz de lidar com uma ampla base de usuários gratuitos Assinatura Modelo no qual o associado adere a planos mensais de pagamento para ter acesso a conteúdo exclusivo e direcionado a alguma área de conhecimento ou infoproduto. Exemplosdisso são jornais, revistas, sites que comercializam insights a partir de minicursos, entrevistas e palestras online. 40 Estamos vivendo em uma economia por assinatura. Os serviços mais divertidos e focados no cliente que conhecemos hoje, da Netflix ao Spotify e ao Amazon Prime, seguem um modelo de assinatura. Este modelo pode ser muito poderoso porque tem algumas vantagens: Uma base de clientes fixa por um período de tempo Um fluxo contínuo de receita previsível à medida que os assinantes pagam antecipadamente Em termos de planejamento de negócios, este sistema fornece uma visão mais clara das necessidades da empresa Em suma, muitas empresas estão “subscrevendo” esse modelo, pois permitem que elas criem um fluxo de receita sustentável ao longo do tempo. No entanto, é essencial observar que criar esse tipo de modelo não é uma tarefa simples. Na verdade, empresas como Netflix e Spotify gastam bilhões de dólares para produzir conteúdo original que pode fazer os assinantes desejarem renovar seu plano. 41 9 BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini; VALENTE, José Armando. Tecnologias e Currículo: trajetórias convergentes ou divergentes? São Paulo: Paulus, 2011. Capítulo 3. Pp. 27-37 BANNELL, R.; DUARTE, R.; CARVALHO, M. C.; PISCHETOLA, M.; MARAFON, G.; CAMPOS, G. H. B. de. Educação no século XXI: cognição, tecnologias e aprendizagens. Petrópolis/Rio de Janeiro: Vozes/PUC-Rio, 2016. BARATTO, Silvana Simão; CRESPO, Luís Fernando. Cultura Digital ou Cibercultura. IN: Rev. Científica Eletrônica UNISEB, Ribeirão Preto, v.1, n.2, p. 16- 25, ag/dez.2013. BARICHELLO, Eugenia. O Marketing Viral Como Estratégia Publicitária Nas Novas Ambiências Midiáticas. Em Questão: Porto Alegre, 2012. v.16, n.1, p.29-44. BOUCHERVILLE, Gisele Cristina de; BORGES, Eliane Medeiros. Transposição Do Saber E Cultura Digital. 2018. BUCKINGHAM, David. Aprendizagem e Cultura. Digital. 2008 COVALESKI, Rogério. Publicidade Híbrida. Curitiba: Maxi Editora, 2010. HERNANDES, Anderson. EMPRESAS DIGITAIS - GESTÃO PRÁTICA DE UM NEGÓCIO DIGITAL, Tactus Editora Ltda, São Paulo, 2017.
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