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Planejamento Estratégico Situacional

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O PES foi criado por Carlos Matus, autor chileno, ministro da economia. O ponto 
de partida para se pensar no planejamento é a estrutura, a disponibilidade de 
material de recurso, a quantidade de pessoas, dentre outros, o planejamento 
incorpora aspectos de gerência, aspectos organizacionais e a ênfase no 
momento tático-operacional, ou seja, no planejamento da conjuntura e na 
avaliação e atualização constante do plano, o planejamento passa a estar ligado 
à ação e aos resultados/impactos e não somente ao cálculo que antecede a 
ação. 
O planejamento começa pelo problema, que não pode ser apenas um “mal-
estar” ou uma necessidade sentida pela população, um problema nunca é 
“solucionado” definitivamente, mas uma intervenção eficaz na realidade deve 
produzir um intercâmbio positivo de problemas. O ator social, são as pessoas 
que estão dentro da situação e que precisam ser contempladas no planejamento, 
deve ter base organizativa, ter um projeto definido e controlar variáveis 
importantes para a situação. Já a situação pode ser de múltiplas dimensões da 
realidade: política, econômica, ideológica, cultural, ecológica, visão 
interdisciplinar e multisetorial, é dinâmica, articulando passado presente e futuro, 
além de ser ativa. 
O processo de planejamento portanto diz respeito a um conjunto de princípios 
teóricos, procedimentos metodológicos e técnicas de grupo que podem ser 
aplicados a qualquer tipo de organização social que demanda um objetivo, que 
persegue uma mudança situacional futura. 
Os principais argumentos são: 
1. Mediação entre o presente e o futuro – analise do impacto que decisões 
tomadas hoje farão no futuro. Qual o custo da postergação de problemas 
complexos? Que tipo de efeitos futuros determinada política pública 
resultará? Estes impactos futuros aumentarão ou diminuirão a eficácia do 
nosso projeto de governo? 
2. Prever varias possibilidades de futuro – quando se trabalha com questões 
sociais, se envolvem múltiplos atores e múltiplos fatores, decorre desta 
percepção, a necessidade de elaborar estratégias e desenha cenários 
possíveis 
3. Capacidade para lidar com surpresas – como não a uma previsibilidade 
certa devemos então, através de técnicas de governo apropriadas, 
preparar-nos para enfrentar surpresas com planos de contingência, com 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL 
 
rapidez e eficácia, desenvolvendo habilidades institucionais capazes de 
diminuir a vulnerabilidade do plano. 
4. Mediação entre o passado e o futuro – capacidade de aprender com erros 
do passado 
5. Mediação entre o Conhecimento e a Ação – o processo de planejamento 
pode ser comparado a um cálculo técnico-político, pois nem sempre a 
decisão puramente técnica é mais racional que a política, e vice-versa. 
A concepção tradicional de planejamento é uma ideia de algo mais estático, o 
sujeito planeja e o objeto é controlado, e as reações dos agentes e atores são 
previsíveis, o que não é previsível é irrelevante. A proposta do Planejamento 
Estratégico Situacional é completamente diferente, nada é estático e nada é 
irrelevante, o calculo do planejamento é interativo e depende de inúmeros 
fatores, o sujeito que planeja esta incluído no objeto planejado. 
Momentos de aplicação do PES: 
Momento explicativo – tem como primeiro passo o “diagnostico”, uma analise 
para planejamento de limites e potencialidades, ambiente externo e interno, 
identificação e seleção de momentos estratégicos, montar os fluxos de 
explicação do problema com as cadeias causais respectivas, seleção das 
causas fundamentais. 
No momento explicativo pode-se construir a árvore do problema. Cada problema 
deve ser identificado em termos de o quê, quem, quando e onde, descrição e 
explicação do problema para identificar os nós críticos. 
O problema pode ser classificado em atuais, exigem solução imediata, em 
potenciais, exigem ações de controle ou intervenção dos fatores de risco, e em 
solucionados, exigem ações de manutenção ou de consolidação epidemiológica 
para evitar reincidência. 
Momento normativo – desenhar ações ou projetos concretos sobre cada nó 
crítico, formular as operações do plano, definir os recursos necessários, os 
produtos e resultados esperados, além de construir possíveis cenários e tentar 
diminuir vulnerabilidades do plano. 
Momento estratégico – analisar os atores sociais envolvidos no plano, 
interesses, motivações e poder em cada uma das operações, estabelecer um 
programa direcional para o plano, construir um plano de ação que seja viável e 
factível 
Momento tático-operacional – é a definição do modus operandi de execução do 
plano, momento de execução do plano, agendar reuniões de gerenciamento, 
executar, avaliar, mudar ações, elaborar relatórios, prestar contas, afixar o plano 
mês a mês em um lugar visível para todo o grupo e acrescentar no plano uma 
coluna para descrever a situação atual e possíveis encaminhamentos.

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