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Fonte: https://atividadesparaprofessores.com.br/poesias-de-festa-junina/ em 16.05.2020 Poesias de Festa Junina “Ao João damos as mãos Ao Antônio o coração Pedro e Paulo emoção Então vamos dançar Estes dias festejar Com animação e alegria” Autoria:Ângela Lugo —————————- PEDIDO EM ORAÇÃO Diana Lima Eu pedi numa oração Ao querido São João Prá ninguém soltar balão São João me perguntou Se aprendi no CORAÇÃO Mais esta lição Ele parabenizou e mandou Com Santo Antonio reforçar Santo Antonio me falou Eu sou santo de fazer casar Isto é com cada consciência Todos sabem do perigo Mas prometo ir falar Com a Divina Providência E aproveita pede já Para o seu par encontrar Que é tempo também de namorar Posso te fazer casar Para casar eu disse não Eu só vim fazer o pedido Prá ninguém soltar balão Festa Junina Prá dançar quadria no sertão é mais mió sanfoneiro e violeiro tomam conta do forró não precisa orquestra pra animar a festa o fungado da sanfona vai-se até o nascer do sol(bis) Piriri piriri piriri Toca o fole na palhoça piriri piriri piriri como é bom São João na roça(bis) https://atividadesparaprofessores.com.br/poesias-de-festa-junina/ LUIS GONZAGA —————————- Olha pro céu, meu amor Vê como ele está lindo Olha praquele balão multicor Como no céu vai sumindo Foi numa noite, igual a esta Que tu me deste o teu coração O céu estava, assim em festa Pois era noite de São João Havia balões no ar Xóte, baião no salão E no terreiro O teu olhar, que incendiou Meu coração. Composição: Luiz Gonzaga / José Fernandes —————————- FOGOS, ROJÕES, SIMPATIAS Bernardino Matos É festa na roça, muita alegria ao redor da fogueira, um agradecimento sincero pela colheita conseguida, muita comida típica, danças e festejos a noite inteira, milho assado, pamonha, canjica, variedade de comida. Fogos de artifícios, bombas, rojões, cerveja e cachaça , a sanfona choraminga, o zabumba bem forte ressoa, o triângulo entra no ritmo,o casamento é uma graça, simpatias as mais diversas, um grito de esperança ecoa. Antes da meia-noite, uma faca bem amolada atravessa a bananeira, diante do sol nascente, sem que ninguém perceba, a faca é retirada, surgirão na lâmina as iniciais do namorado, deixando a alma faceira. nasce, então uma esperança, de uma bela companhia na caminhada. Numa bacia cheia de água, uma vela acesa pinga, mais uma simpatia, pouco a pouco ou as iniciais de um nome ou de um rosto o visual, aparecerão nítidos, nas pequenas ondas que se formam, que alegria, estará a caminho um amor que de tão verdadeiro já é figura real. Muitos se divertem, pulando por cima da fogueira, sem nada queimar, outros, com meia sola de crosta nos pés, caminham sobre o braseiro, sente-se um cheiro esquisito,de sola queimada e de um chulé de matar, que felicidade, meu Deus, proteja esses desfavorecidos o ano inteiro. Lá no céu São João contempla tudo e fica feliz de tanta bondade e fé, a simplicidade do povo, o jeito simples e rude de ser feliz e de amar, percorrerá os pontos de luzes que se fixam em frente a casinhas de sapé. proteja esse povo solidário, torne o caminho sereno, pra vida deles melhorar. —————————- SÃO JOÃO Augusta Schimidt Lua cheia iluminando o céu Fogueira ardendo na terra Corações entrelaçados Abraços apertados No arrasta pé da paixão Era noite de São João. Damas vestidas de chita Cavalheiros com chapéu na mão A quadrilha marcava a festa Como manda a tradição E ao som da velha sanfona Que não parava de tocar Trocavam juras de amor Esperando o sol raiar. —————————- FESTA DE SANTO ANTONIO Ilona Bastos Santo António vou festejar, Levo um arquinho e um balão, Toda a noite vou bailar, Ao meu amor dar a mão. Vou comprar um manjerico E ofertá-lo ao meu amor. É viçoso, verde, rico, Vermelho, o cravo, um esplendor. Sua quadra popular É de amor uma mensagem: “Pelas ruas a dançar Só verei a tua imagem.” Aqui se salta a fogueira, Ali se ri, a brincar, Além se canta, altaneira, Uma canção popular. No arraial, enfeitado, De luzes, grinaldas, balões, Cintilantes, lado a lado, Batem nossos corações. —————————- FESTA DUS INTÊRIÔ Marcial Salaverry Nóis qué convidá oceis prum rastapé qui vai contecê nu fim du meis… vai de um tudo aqui tê… tem muié bunita como quê…. também vai tê tudo di bão prá cumê… todos vão se adeverti, cê vai vê… tem churrasco, qui é prá mode u bucho enchê… e pinga da boa prá tudo nóis bebê… adispois veim u sanfonero prá tocá… prá mode nóis dançá… as muié nóis pode garrá… só num pode singraçá… carece di respeitá… pruque si fizé farseta… vacilô… vai casá… Intão tá tudu convidadu… podi si achegá… Festa caipira num teim hora di começá… e meno inda di cabá… vai durando inquanto nóis guentá… nóis gosta di vivê, di comê, di bebê, i di dançá… vamu si achegando moçada… qui as moça tá tudu arrupiada… vai entrá sortera, i saí casada… adispois, é só cuidá da fiarada. —————————- A CAMINHO DA ROÇA Schyrlei Pinheiro Não faço troça, carrego a viola, acompanho o sanfoneiro até o dia raiar. Não pulo a fogueira antes de casar, ponho fogo na emoção, pedindo a São Pedro a chave do teu coração. São João esta dormindo, Santo Antonio ainda não, as brasas estão tinindo, bebam do quentão, cuidado com os fogos, apaguem o balão. No céu, as estrelas brilham, iluminando o sertão os pares estão dançando, com grande empolgação, animando a festa de ocasião —————————- FESTAS JUNINAS Faffi (Silvia Giovatto) Balão no céu, festa na terra, está era a tradição do mês de junho… Vestido de chita, chapéu de palha fogueira, quentão, pipoca… corações apaixonados e a tradicional quadrilha, a cobra aparecia e mudava o rumo da dança depois vinha a chuva…e a gente entrava no túnel pra não se molhar. Já não se faz mais festa como antigamente, agora o balão cresceu e virou incendiário as fogueiras chegam quase ao pico do céu, e não dá mais pra pular… Santo António não é mais casamenteiro São João não quer mais acender a fogueira São Pedro esconde a sete chaves o segredo do céu. O tempo passa, e na ânsia de melhorar o povo faz tudo errado…porquê será? Quero pular a fogueira como laiá pulava Quero dançar quadrilha de mãos dadas com o meu amor Quero doce-de-batata-doce, pipoca, quentão e maçã do amor Quero ver o arraial com bandeirinhas coloridas Quero balãozinho de loja, nada de balãozão Quero correio elegante e arrasta-pé Quero que São João acenda a fogueira, no meu coração! —————————- CIRANDA DO AMOR Luiza Helena G.Viglioni Terra No arraiá do amor, ciranda , cirandinha.. em volta da fogueira meu amor estou a ver na noite de São João. O céu muito estrelado, a lua a surgir, dançando coladinho no ritmo da sanfona meu amor fala baixinho: -vamos ficar, até o sol nascer na ciranda do amor. —————————- FESTA DE SANTO ANTONHO Vyrena Foi na festa de Santo Antonho qui cunheci meu amô. Foi só se batê os zóio qui nóis se enamorô. Fumo inté na procissão pra pedi pru santo a bênção, mais in veiz di i rezano nóis ia se namorano. O santo nem disconfiô i continuô nóis ajudano. Tanto isso é vredade qu’ inté hoje tamo se amano! Pru isso moça sortera a isperança num pode perdê. Corre pra festança minina qui tudo pode acontecê! —————————- ENSAIO P’RA SÃO JOÃO (c) Azoriana Na Baía o São João alegre vai a cantar colorido é o balão para o porto enfeitar. Venham todos à Terceira Embalados pelo mar Um baile feito n’areia E nas fogueiras saltar. Vamos, toca a marchar pelas ruas da cidade Angra é amiga do mar ao leme vem a saudade. Vamos, toca a sorrir pelas ruas da cidade Brava Gente a colorir este jardim d’amizade. Foguetes riscam os céus a lua beija a Marina o reflexo vem de Deus Encanta a nossa Rainha! Angra bela cidade entre festas e arraiais ternura em qualquer idade embeleza o nosso cais. —————————- FESTAS JUNINAS Giovânia Correia Tá chegando Santo Antonio, e eu vou me animar. Vou pedir novamente ao Santo, para me ajudar a casar. Ele que é o Santo Padroeiro, Dos que vivem a buscar. Um amor, que seja verdadeiro, e que possa se perpetuar… No dia 24, do meu querido São João, vou pedir a esse Santinho. Uma benção pro meu coração. Pulo até fogueira,pra receber sua benção. E no dia de São Pedro. Também não vou me esquecer. Espero que ele também possa , os meus desejos atender. Festas Juninas são por mim muito esperadas. Fico numa grande animação. Danço quadrilha, como pipoca Não deixo de beber o meu quentão. Paçoca, pamonha e vinho quente. Adoro essa nossa tradição. Ao som de uma velha sanfona. Acalento o meu coração. Fico aqui a esperar. Comendo um pouco de amendoim. Espero que esse ano. O meu bem lembre de mim… E quando as festas juninas chegarem. Irei até o amanhecer… Vou pular até fogueira. Para o meu amor me querer —————————- FESTAS JUNINAS Mário Osny Rosa Santo Antonio, São João e, São Pedro é hora de soltar balão. No salão dançando a quadrilha, O caminho da roça se trilha. Na fogueira de São João, Assando muito pinhão. Rapadura e amendoim, Ainda temos quindim. Pedindo a Santo Antonio, O santo casamenteiro. Todas estão confiantes, Num casamento certeiro. No mês das festas juninas, É São Pedro quem anima. Com suas benções divinas, Aos festeiros da esquina. —————————- “ARRAIÁ” DE SÃO JOÃO Simone Borba Pinheiro Os fogos anunciavam a subida dos balões, que o céu iluminavam a noite de São João. Barraquinhas de pipoca, cachorro quente e quentão, a moça vendendo “bitoca” e os moços dizendo:- Que “bão”!… Com balões e lindas bandeiras, o “arraiá”, estava enfeitado, para as muitas brincadeiras, sem poder ficar sentado. No auge da festa animada, no quintal entra a quadrilha: À frente a noiva mimada, com a barriga na virilha. O noivo, o bem amado, tremia sem parar de medo do sogro armado, que só fazia gritar. O padre só gaguejava em frente a tal situação, e a mãe da noiva rezava pra acabar a confusão. Casamento realizado, o sogro se acalmou, o amor estava selado e a festa continuou. —————————- FESTAS JUNINAS Denise Severgnini No meu Rio Grande querido Os santos são tradicionais Santo Antônio é o primeiro No dia treze de julho É o santo casamenteiro. No dia vinte e quatro, Festejamos sem bobeira As quentinhas fogueiras Em homenagem a São João. No dia vinte e nove, Mais um santo é lembrado São Pedro do Rio Grande É o homenageado! As festas juninas No sul do Brasil são fenomenais Com seus folguedos divertidos E alimentos sortidos… É a pipoca quentinha… O pinhão descascado… O quentão fumegante… E a batata assada… Com ansiedade, Esperamos O mês de junho chegar Para os queridos santos Poder festejar. —————————- S. ANTONIO,S. JOÃO,S. PEDRO Suzette Duarte Nos três santos populares Eu vou saltar a fogueira, Despertos certos olhares, Pra verem a minha braseira. Diz-me pois ó meu santinho Arranjas-me um namorado? Vou dar-te um recadinho Seja ele bem delicado… S. Antonio de ti espero Um marido prazenteiro, Um moço novo eu quero, Pra lhe tocar o pandeiro. A S. João vou pedir Um bonito cordeirinho, Com ele eu possa seguir Levando na mão o arquinho. S.Pedro por ser o último A sua chave lhe vou pedir: Espero que não dificulto Se eu pró céu poder ir. Abençados santinhos Nestas Festas Juninas, Recebem os recadinhos Destas ditosas meninas… —————————- OS MILAGRES DE SANTO ANTONIO Margaret Pelicano Com vestido xadrezinho, nas maria-chiquinhas, laços de fitas, o rosto pintadinho e sardas para disfarçar, lá vai Rosinha velha, em busca de um par… Todos se ajeitam a quadrilha começa e a jovem senhora a chorar… Cadê meu Chico Bento, meu corôa ciumento que não vem me embalar? E os jovens nem percebem que ela também está a amar! Que ela tem o mesmo direito, de fazer simpatias, tomar quentão, comer canjica, observar as chamas da fogueira, que estão a crepitar… Mas eis que chega um velho novo, charmoso, gostoso, olhar a disparar, setas encantadas, e o coração dela põe-se em fogueira a pular… a mente pensa em enfiar a faca na bananeira para ver se com ele vai casar… Com novo ânimo, meio sorriso no olhar, esquece o Chico Bento, sorri toda faceira, se aproxima como quem não quer nada e sussurra? Tá na hora do ‘olha a chuva’ quer vir aqui se abrigar? Ele aceita, bigodão marcado de carvão, dá-lhe o braço, pula a cobra, faz mesuras…. e nessa hora, chove alegria para todo lugar… Rosinha encontrou novo amor com a ajuda de Santo Antônio, e sua promessa já pode pagar! —————————- É FESTA CAIPIRA… VAI TÊ… Lídia Valéria Peres Meu ranchinho é bem piquititinho, mas vai dá pra acunchegá. Vai tê muita gente, cantoria, dança e viola, tamém muito arrastapé… Queru vê gente chegano, gente cantano, pra todu mundu si oiá. Meu ranchu num tem janela, cas paredi tudo torta, ma num é isso qui vai trapaiá. Tem um fugão na cuzinha, vamu fazê pipoca, e sempri u quentaum isquentá. Minha sogra vai sê uma tristura, puis gosta di fuxicá. Ela custuma rogá praga ni quem garra nu dançá. A genti isqueci a véia e vai pru terrero si alegrá. Vai tê paçoca da boa e minduim pra isquentá. Na fuguera, vamu assá u mio qui é pro gais num cabá. Dispois da cantoria, vamu dançá a quadria e vamo namorá, bejá, cantá… i si a sogra véia num tivé pertu, nóis podi até si abraçá. Eu tô falano tudu issu, purque si propaganda num façu, num vai tê arrastapé… Vô ficá nu meu cantinho, co meu véio, tadinho… tá bem acabadu, increncado… Tem dor nu corpu, u coitado… u pé tá sempri inchadu, purisso, só fica sentadu. Eu só façu memu propaganda purque gosto di festa di São Juão, purque si mexu u méu pé, u meu véio fica arrepiadu, cum ciúmi, coitado! Si ficá nervosu, cumeça a xingá… joga tudo pru chão. Dispois ninguém sigura i o baile podi acabá. Vai sê uma noiti linda, tudu mundo filiz si deliciano co quentaum… Vai sê taum baum! Eu gostu di romaria, di festança, di fuguera e até dispois, pá pagá us pecadu, fazê uma porcissão… São Juão fica contenti, purque sabi qui a genti gosta das noiti di São Juão. Taum baum!… Dispois qui u baile acabá, nóis ajueia nu artá, nóis fála cum sentimentu profundu: Meu Deus,nóis tem muinta fé, mais num dexa acabá essa aligria qui faiz bem pra todu mundo. Viva a noiti di São Juão, a fuguera, o arrastapé, u quentaum… i a nossa uniaum! Taum baum! ————————————- SÃO JOÃO NO SERTÃO Socorrinha Castro / florzinh@ Menina de chita florada, enfeitada de botão, com seu chapéu de fita, menina, estás linda nessa noite de são João. No terreiro, o sanfoneiro, com sua sanfona afinada, puxa o fole a noite inteira, prá alegrar a moçada. Num arrasta pé no sertão, em noites de São João, todo mundo dança feliz, quando o sanfoneiro arretado, puxa o fole animado, e, toca as músicas do Luís. E, até mesmo o sanfoneiro, toca e dança sem parar, avisando prá moçada, que não pode cochilar. E, ao redor da fogueira, as moças namoradeiras, arriscam pedir prá São João, que fale com Santo Antônio, prá arrumar depressa um dono, que encante seu coração. E, o céu todo estrelado, enfeitado de balão, ao som da alegre sanfona, alegra o coração. Iluminando o terreiro, dizendo pro mundo inteiro, que não existe mais belo, que um arrastar de chinelo, no São João lá do sertão. Poesias de Festa Junina
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