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Dor-2019

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Instituto Médio Politécnico Messalo
 	Disciplina: Enfermagem Medico-Cirurgico 
 Curso: Enfermagem Geral
 Tema: Dor
"Por uma Enfermagem Organizada, de Qualidade e Valorizada"
 Atendimento Humanizado
 Um paciente não é só um paciente
 O pai de alguém.
 A mãe de alguém.
 O filho de alguém.
 Avô, avó de alguém.
 Ele é o amor de alguém.
 Melhor amigo de alguém.
 O amor da vida de alguém.
Objectivos 
Definir o conceito de dor;
Descrever a classificação fisiopatologica da dor;
Mencionar e explicar os principais tipos de dor;
Explicar o método de avaliação da dor, usando escala especificas;
Descrever princípios básicos da terapêutica analgésica e os três níveis de tratamento.
Dor 
 A dor é experimentada por praticamente todas as pessoas, e é geralmente o motivo de procura de cuidados de saúde, por parte dos utentes, pois incapacita e angustia mais do que qualquer doença isolada.
É uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a lesão real ou potencial dos tecidos.
Classificação fisiopatológica da dor
Nociceptiva: causada por lesão dos tecidos mas a via nervosa está intacta; Ex: abcesso cutaneo 
Neuropática: causada por lesão do sistema nervoso central ou periférico; Ex: neuropatia periferica 
Mista: causada por lesão dos tecidos e do sistema nervoso; Ex: traumatismo
Psicogénica: a dor é gerada por processos psíquicos, não há nenhum componente orgânico
associado. 
Tipos de dor
 Dor somática: é a forma de dor nociceptiva decorrente da lesão dos tecidos da periferia do corpo. Tende a ser bem localizada e a apresentar qualidade bem distinta (ex:
rasgadura, pontada, queimadura, aperto).
 Dor visceral: é a forma de dor nociceptiva decorrente da lesão visceral .
Também chamada de dor surda, é profunda, difusa, difícil de caracterizar, e geralmente se acentua com o funcionamento da víscera afectada (ex:dor que aumenta com a ingestão de alimentos).
 
Métodos de avaliação da dor
Para avaliar a intensidade da dor são usados instrumentos que podem servir para documentar a necessidade de intervenção, avaliar a eficácia da intervenção anterior, e identificar a necessidade de outras intervenções caso a primeira tenha sido ineficaz no alívio da dor.
São usados escalas da dor para sua avaliação.
Exemplos: numerica, analogica visual e de faces.
Tipos de dor 
Dor Aguda
De início recente ; (dura de 0 a 1 mês)
Resulta de uma doença, de um trauma ou de uma lesão (causa especifica);
Desenvolvimento rápido;
Após o diagnóstico e o tratamento da causa, geralmente cessa.
Dor Crónica
Persiste/intermitente por um período longo, em média 3 meses (mais de 1 měs);
Altera a qualidade de vida da pessoa (biológica, social, profissional, afectiva, e comportamental);
 Pode ser episódica;
Incapacita o indivíduo
Controlo da dor 
No tratamento da dor são considerados alguns factores tais como:
 Gravidade da dor; 
Efeitos lesivos da dor e;
Previsão da duração da dor. 
Após a avaliação da dor são estabelecidas condutas terapêuticas de controlo e alívio da dor.
Princípios básicos para o controlo da dor:
- Boa comunicação entre equipe, paciente e família;
 
 - Avaliação multidisciplinar e multifactorial completa;
 
 - Tratamento precoce em todos os estágios da doença;
 
- Paciente e família como unidade de cuidado;
 
 - Administração de analgésicos nas 24 horas;
 
 - Avaliação e seguimento contínuo;
 ☼ Em princípio, sempre acreditar que o paciente que sofre dor, realmente sente dor.
Tratamento não farmacológico
O tratamento não farmacológico, consiste em controlar a dor através de técnicas de distracção como assistir um filme, praticar exercícios leves a moderados, fazer massagens, aplicação de calor ou frio com compressas, banhos, entre outros.
Após o início da terapia é necessário avaliar se as intervenções realizadas foram eficazes com o uso de escalas de avaliação da dor, caso seja necessário uma possível modificação da terapia.
Princípios básicos da terapêutica analgésica
Via oral: sempre que possível, deve-se optar pela via oral para administração da medicação
analgésica, uma vez que é mais confortável do que a via injectável, e que permite ao utente
maior controlo sobre a situação e mais autonomia no auto-cuidado.
Características pessoais do indivíduo: a dosagem e escolha do analgésico devem ser
definidas de acordo com estado geral e as características da dor de cada utente. 
Cont.
Uso de adjuvantes: adjuvantes podem ser usados para aumentar o efeito do tratamento, para controlar os efeitos adversos e controlar sintomas que contribuem para a dor do utente, como por exemplo: ansiedade, depressão, etc.
Informação sobre o medicamento: deve-se fornecer aos utentes informações precisas sobre
nomes dos medicamentos, dose, intervalos das medicações, efeitos colaterais, etc.
Níveis de tratamento da dor
Nível I: contém analgésicos convencionais, menos potentes ou não opiáceos. Exemplo:
aspirina e paracetamol associados com medicamentos adjuvantes que podem ser fármacos anti-inflamatórios (ex:diclofenac), ou conforme a necessidade.
Nível II: engloba os analgésicos de potência intermédia ou também designados opiáceos
fracos. Exemplo: codeína/tramadol. Estes medicamentos são administrados em casos de dor moderada e também em caso de não se registar alívio da dor na administração dos fármacos do nível I.
Níveis de tratamento da dor
 Nível III: contém analgésicos mais fortes ou também opiáceos fortes. Exemplo: morfina/petidina. São administrados opiáceos fortes se a combinação dos fármacos dos níveis I e II não for efectiva no alívio da dor.
Cuidados de Enfermagem
Avaliação da dor usando a escala da dor;
Avaliação dos factores agravantes ou aliviantes da dor;
Tomar a posição de conforto;
Avaliar os sinais vitais;
Administrar os analgésicos prescritos;
Monitorar a dor depois da administração terapêutica. 
Referência Bibliográfica 
Brunner LS; Suddarth DS. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 10ª Edição. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2005.
Geovanni T, Castro AVA. Enfermagem: manual de estágio. São Paulo: Corpus Editora; 2007.
Ministério da Saúde do Brasil. Instituto Nacional de Câncer. Cuidados paliativos oncológicos: Controle da dor. Rio de Janeiro: INCA; 2001.

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