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Instituto Médio Politécnico Messalo Disciplina: Enfermagem Medico-Cirurgico Curso: Enfermagem Geral Tema: Dor "Por uma Enfermagem Organizada, de Qualidade e Valorizada" Atendimento Humanizado Um paciente não é só um paciente O pai de alguém. A mãe de alguém. O filho de alguém. Avô, avó de alguém. Ele é o amor de alguém. Melhor amigo de alguém. O amor da vida de alguém. Objectivos Definir o conceito de dor; Descrever a classificação fisiopatologica da dor; Mencionar e explicar os principais tipos de dor; Explicar o método de avaliação da dor, usando escala especificas; Descrever princípios básicos da terapêutica analgésica e os três níveis de tratamento. Dor A dor é experimentada por praticamente todas as pessoas, e é geralmente o motivo de procura de cuidados de saúde, por parte dos utentes, pois incapacita e angustia mais do que qualquer doença isolada. É uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a lesão real ou potencial dos tecidos. Classificação fisiopatológica da dor Nociceptiva: causada por lesão dos tecidos mas a via nervosa está intacta; Ex: abcesso cutaneo Neuropática: causada por lesão do sistema nervoso central ou periférico; Ex: neuropatia periferica Mista: causada por lesão dos tecidos e do sistema nervoso; Ex: traumatismo Psicogénica: a dor é gerada por processos psíquicos, não há nenhum componente orgânico associado. Tipos de dor Dor somática: é a forma de dor nociceptiva decorrente da lesão dos tecidos da periferia do corpo. Tende a ser bem localizada e a apresentar qualidade bem distinta (ex: rasgadura, pontada, queimadura, aperto). Dor visceral: é a forma de dor nociceptiva decorrente da lesão visceral . Também chamada de dor surda, é profunda, difusa, difícil de caracterizar, e geralmente se acentua com o funcionamento da víscera afectada (ex:dor que aumenta com a ingestão de alimentos). Métodos de avaliação da dor Para avaliar a intensidade da dor são usados instrumentos que podem servir para documentar a necessidade de intervenção, avaliar a eficácia da intervenção anterior, e identificar a necessidade de outras intervenções caso a primeira tenha sido ineficaz no alívio da dor. São usados escalas da dor para sua avaliação. Exemplos: numerica, analogica visual e de faces. Tipos de dor Dor Aguda De início recente ; (dura de 0 a 1 mês) Resulta de uma doença, de um trauma ou de uma lesão (causa especifica); Desenvolvimento rápido; Após o diagnóstico e o tratamento da causa, geralmente cessa. Dor Crónica Persiste/intermitente por um período longo, em média 3 meses (mais de 1 měs); Altera a qualidade de vida da pessoa (biológica, social, profissional, afectiva, e comportamental); Pode ser episódica; Incapacita o indivíduo Controlo da dor No tratamento da dor são considerados alguns factores tais como: Gravidade da dor; Efeitos lesivos da dor e; Previsão da duração da dor. Após a avaliação da dor são estabelecidas condutas terapêuticas de controlo e alívio da dor. Princípios básicos para o controlo da dor: - Boa comunicação entre equipe, paciente e família; - Avaliação multidisciplinar e multifactorial completa; - Tratamento precoce em todos os estágios da doença; - Paciente e família como unidade de cuidado; - Administração de analgésicos nas 24 horas; - Avaliação e seguimento contínuo; ☼ Em princípio, sempre acreditar que o paciente que sofre dor, realmente sente dor. Tratamento não farmacológico O tratamento não farmacológico, consiste em controlar a dor através de técnicas de distracção como assistir um filme, praticar exercícios leves a moderados, fazer massagens, aplicação de calor ou frio com compressas, banhos, entre outros. Após o início da terapia é necessário avaliar se as intervenções realizadas foram eficazes com o uso de escalas de avaliação da dor, caso seja necessário uma possível modificação da terapia. Princípios básicos da terapêutica analgésica Via oral: sempre que possível, deve-se optar pela via oral para administração da medicação analgésica, uma vez que é mais confortável do que a via injectável, e que permite ao utente maior controlo sobre a situação e mais autonomia no auto-cuidado. Características pessoais do indivíduo: a dosagem e escolha do analgésico devem ser definidas de acordo com estado geral e as características da dor de cada utente. Cont. Uso de adjuvantes: adjuvantes podem ser usados para aumentar o efeito do tratamento, para controlar os efeitos adversos e controlar sintomas que contribuem para a dor do utente, como por exemplo: ansiedade, depressão, etc. Informação sobre o medicamento: deve-se fornecer aos utentes informações precisas sobre nomes dos medicamentos, dose, intervalos das medicações, efeitos colaterais, etc. Níveis de tratamento da dor Nível I: contém analgésicos convencionais, menos potentes ou não opiáceos. Exemplo: aspirina e paracetamol associados com medicamentos adjuvantes que podem ser fármacos anti-inflamatórios (ex:diclofenac), ou conforme a necessidade. Nível II: engloba os analgésicos de potência intermédia ou também designados opiáceos fracos. Exemplo: codeína/tramadol. Estes medicamentos são administrados em casos de dor moderada e também em caso de não se registar alívio da dor na administração dos fármacos do nível I. Níveis de tratamento da dor Nível III: contém analgésicos mais fortes ou também opiáceos fortes. Exemplo: morfina/petidina. São administrados opiáceos fortes se a combinação dos fármacos dos níveis I e II não for efectiva no alívio da dor. Cuidados de Enfermagem Avaliação da dor usando a escala da dor; Avaliação dos factores agravantes ou aliviantes da dor; Tomar a posição de conforto; Avaliar os sinais vitais; Administrar os analgésicos prescritos; Monitorar a dor depois da administração terapêutica. Referência Bibliográfica Brunner LS; Suddarth DS. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 10ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005. Geovanni T, Castro AVA. Enfermagem: manual de estágio. São Paulo: Corpus Editora; 2007. Ministério da Saúde do Brasil. Instituto Nacional de Câncer. Cuidados paliativos oncológicos: Controle da dor. Rio de Janeiro: INCA; 2001.
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