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APOSTILA ESFCEX 2021

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ÍNDICE
EsFCEx
ESCOLA DE FORMAÇÃO COMPLEMENTAR DO EXÉRCITO
Comum a Todas a Áreas do Curso de 
Formação de Oficiais (CFO/QC): 
ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS, DIREITO, ESTATÍSTICA, INFORMÁTI-
CA, MAGISTÉRIO (BIOLOGIA, ESPANHOL, FÍSICA, GEOGRAFIA, HISTÓRIA, IN-
GLÊS, MATEMÁTICA, PORTUGUÊS E QUÍMICA), PEDAGOGIA E PSICOLOGIA
SL-062JH-20
CÓD: 7891122033099
EDITAL DO CONCURSO DE ADMISSÃO 2020
ÍNDICE
Língua Portuguesa 
1. Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Níveis de significação: pressupostos, subentendidos e implícitos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
3. Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
4. Ortografia oficial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5. Emprego da acentuação gráfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6. Coesão textual: referenciação e sequenciação textual. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
7. Emprego/correlação de tempos e modos verbais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
8. Estrutura morfossintática do período simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
9. Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
10. Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
11. Emprego dos sinais de pontuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
12. Concordância verbal e nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
13. Emprego do sinal indicativo de crase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
14. Colocação dos pronomes átonos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Geografia do Brasil 
1. A Organização do Espaço Brasileiro. a. A integração brasileira ao processo de internacionalização da economia; o desenvolvimento 
econômico e social; e os indicadores sociais do Brasil. b. O processo de industrialização brasileira, os fatores de localização e as suas 
repercussões: econômicas, ambientais e urbanas. c. A rede de transportes brasileira e sua estrutura e evolução. d. A questão urbana 
brasileira: processos e estruturas. e. A agropecuária, a estrutura fundiária e problemas sociais rurais no Brasil, dinâmica das fronteiras 
agrícolas e sua expansão para o Centro-Oeste e para a Amazônia. f. A população brasileira: evolução, estrutura e dinâmica. g. A distri-
buição dos efetivos demográficos e os movimentos migratórios internos: reflexos sociais e espaciais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. A Questão Regional no Brasil a. A regionalização do país: sua justificativa socioeconômica e critérios adotados pelo Instituto Brasi-
leiro de Geografia e Estatística (IBGE); as regiões e as políticas públicas para fins de planejamento. b. As regiões brasileiras: especiali-
zações territoriais, produtivas e características sociais e econômicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3. O Espaço Natural Brasileiro: seu aproveitamento econômico e o meio ambiente. a. Geomorfologia do território brasileiro: O terri-
tório brasileiro e a placa sul-americana; as bases geológicas do Brasil; as feições do relevo; os domínios naturais e as classificações do 
relevo brasileiro. b. A questão ambiental no Brasil. c. Os recursos minerais. d. As fontes de energia e os recursos hídricos. e. A biosfera 
e os climas do Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
História do Brasil 
1. Brasil Colônia: administração, economia, cultura e sociedade a. As Capitanias Hereditárias e Governos Gerais. b. As atividades 
econômicas e a expansão colonial: agricultura, pecuária, comércio e mineração. c. Os povos indígenas; escravidão, aldeamentos; 
ação jesuítica. d. Os povos africanos escravizados no Brasil. e. A conquista dos sertões; entradas e bandeiras. f. O exclusivo comercial 
português. g. Os conflitos coloniais e os movimentos rebeldes de livres e de escravos do final do século XVIII e início do século XIX. h. 
A transferência da Corte portuguesa para o Brasil e seus efeitos; o período joanino no Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. O Brasil Monárquico a. A independência do Brasil e o Primeiro Reinado. b. A Constituição de1824. c. Militares: a Guarda Nacional e o 
Exército. d. A fase regencial (1831-1840). e. O Ato Adicional de 1834. f. As revoltas políticas e sociais das primeiras décadas do Império. 
g. A consolidação da ordem interna: o fim das rebeliões, os partidos, o fortalecimento do Estado, a economia cafeeira. h. Moderni-
zação: economia e cultura na sociedade imperial. i. A escravidão, as lutas escravas pela liberdade, j. O movimento abolicionista e a 
abolição da escravatura. k. A introdução do trabalho livre e a imigração. l. Política externa: as questões platinas, a Guerra do Paraguai 
e o Exército. m. O movimento republicano e o advento da República. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3. A República brasileira a. A Constituição de 1891, os militares e a consolidação da República. b. A “Política dos governadores”. c. 
O coronelismo e o sistema eleitoral. d. O movimento operário. e. O tenentismo. f. A Revolução de1930. g. O período Vargas (1930-
1945): economia, sociedade, política e cultura. h. O Estado Novo. i. O Brasil na II Guerra Mundial;a FEB. j. O período democrático 
(1945-1964): economia, sociedade, política e cultura. k. A intervenção militar, sua natureza e transformações entre 1964 e 1985. As 
mudanças institucionais durante o período. l. O “milagre econômico”. m. A redemocratização. n. Os movimentos sociais nas décadas 
de 1970 e 1980: estudantes, operários e demais setores da sociedade. o. A campanha pelas eleições diretas. p. A Constituição de 1988. 
q. O Brasil pós-1985: economia, sociedade, política e cultura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
DICA
Como passar em um concurso público?
Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro 
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação.
É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa 
encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação .
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução 
preparou esse artigo com algumas dicas que irá fazer toda diferença na sua preparação.
Então mãos à obra!
Separamos algumas dicas para lhe ajudar a passar em concurso público!
- Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo, a aprovação no concurso. Você vai 
ter que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho.
- Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção em um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando 
você tenta focar em vários certames, devido as matérias das diversas áreas serem diferentes. Desta forma, é importante que você 
defina uma área se especializando nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área.
- Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, de-
terminado um local, os horários e dias específicos para estar estudando cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo 
não pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total.
- Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis, preci-
sa de dedicação. É praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter 
uma planilha contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo.
- Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o 
assunto estudado, é fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, caso o mesmo ainda não esteja publica-
do, busque editais de concursos anteriores. Busque refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
- Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado . 
Esses materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo muito exercícios . Quando 
mais exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame .
- Cuide de sua preparação: Não é só os estudos que é importante na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma 
menor energia e um cérebro cansado . É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é 
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.
Se prepare para o concurso público!
O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se 
planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, participando de grupos com enquetes so-
bre o mesmo, conversando com pessoas que já foram aprovadas absorvendo as dicas e experiências, analisando a banca examinadora 
do certame.
O Plano de Estudos é essencial na otimização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua 
rotina, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento contínuo.
Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, será ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estu-
dados até o dia da realização da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de última hora próximo ao dia da prova.
Está em dúvida por qual matéria começar a estudar?! Uma dica, comece pela Língua Portuguesa, é a matéria com maior requisi-
ção nos concursos, a base para uma boa interpretação, no qual abrange todas as outras matérias.
DICA
Vida Social!
Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, sempre que possível é importante 
conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você, 
através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante 
compreender que quando for aprovado, verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho.
Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Ner-
voso Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória.
Motivação!
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e as vezes bate aquele 
desânimo com vários fatores ao nosso redor. Porém a maior garra será focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
É absolutamente normal caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir 
conhecimento e experiência.
Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir mo-
tivação:
- Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos;
- Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos;
- Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados;
- Escreve o porque que você deseja ser aprovado no concurso, quando você sabe seus motivos, isso te da um ânimo maior para 
seguir focado, tornando o processo mais prazeroso;
- Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irá aparecer.
- Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta, 
felizes com seu sucesso.
Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua 
dedicação e motivação para estar realizando o seu grande sonho, de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu 
potencial.
A Solução tem ajudado há mais de 35 anos quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas 
chances de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.apostilasolucao.com.br 
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Níveis de significação: pressupostos, subentendidos e implícitos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
3. Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
4. Ortografia oficial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5. Emprego da acentuação gráfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6. Coesão textual: referenciação e sequenciação textual. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
7. Emprego/correlação de tempos e modos verbais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
8. Estrutura morfossintática do período simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
9. Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
10. Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
11. Emprego dos sinais de pontuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
12. Concordância verbal e nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
13. Emprego do sinal indicativo de crase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
14. Colocação dos pronomes átonos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
LÍNGUA PORTUGUESA
1
1. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE 
GÊNEROS VARIADOS.
LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO
Leitura
A leitura é prática de interação social de linguagem. A leitura, 
como prática social, exige um leitor crítico que seja capaz de mobi-
lizar seus conhecimentos prévios, quer linguísticos e textuais, quer 
de mundo, para preencher os vazios do texto, construindo novos 
significados. Esse leitor parte do já sabido/conhecido, mas, supe-
rando esse limite, incorpora, de forma reflexiva, novos significados 
a seu universo de conhecimento para melhor entender a realidade 
em que vive.
Compreensão
A compreensão de um texto é a análise e decodificação do 
que está realmente escrito nele, das frases e ideias ali presentes. A 
compreensão de texto significa decodificá-lo para entender o que 
foi dito. É a análise objetiva e a assimilação das palavras e ideias 
presentes no texto.
Para ler e entender um texto é necessário obter dois níveis de 
leitura: informativa e de reconhecimento.
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias sele-
tas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela ideia 
central, argumentação/desenvolvimento e a conclusão do texto. 
Quando se diz que uma pessoa tem a compreensão de algo, 
significa que é dotada do perfeito domínio intelectual sobre o as-
sunto.
Para que haja a compreensão de algo, como um texto, por 
exemplo, é necessária a sua interpretação. Para isso, o indivíduo 
deve ser capaz de desvendar o significado das construções textuais, 
com o intuito de compreender o sentido do contexto de uma frase.
Assim, quando não há uma correta interpretação da mensa-
gem, consequentemente não há a correta compreensão da mesma.
Interpretação
Interpretar é a ação ou efeito que estabelece uma relação de 
percepção da mensagem que se quer transmitir, seja ela simultânea 
ou consecutiva, entre duas pessoas ou entidades.
A importância dada às questões de interpretação de textos de-
ve-se ao caráter interdisciplinar, o que equivale dizer que a compe-
tência de ler texto interfere decididamente no aprendizado em ge-
ral, já que boa parte do conhecimento mais importante nos chega 
por meio da linguagem escrita. A maior herança que a escola pode 
legar aos seus alunos é a competência de ler com autonomia, isto é, 
de extrair de um texto os seus significados. 
Num texto, cada uma das partes está combinada com as outras, 
criando um todo que não é mero resultado da soma das partes, mas 
da sua articulação. Assim, a apreensão do significado global resulta 
de várias leituras acompanhadas de várias hipóteses interpretati-
vas, levantadas a partir da compreensão de dados e informações 
inscritos no texto lido e do nosso conhecimento do mundo.
A interpretação do texto é o que podemos concluir sobre ele, 
depois de estabelecer conexões entre o que está escrito e a reali-
dade. São as conclusões que podemos tirar com base nas ideias do 
autor. Essa análise ocorre de modo subjetivo, e são relacionadas 
com a dedução do leitor.
A interpretação de texto é o elemento-chave para o resultado 
acadêmico, eficiência na solução de exercícios e mesmo na compre-
ensão de situações do dia-a-dia.
Além de uma leitura mais atenta e conhecimento prévio sobre 
o assunto, o elemento de fundamental importância para interpretar 
e compreender corretamente um texto é ter o domínio da língua.
E mesmo dominando a língua é muito importante ter um di-
cionário por perto. Isso porque ninguém conhece o significado de 
todas as palavras e é muito difícil interpretar um texto desconhe-
cendo certos termos.
Dicas para uma boa interpretação de texto:
- Leia todo o texto pausadamente
- Releia o texto e marque todas as palavras que não sabe o sig-
nificado
- Veja o significado de cada uma delas no dicionário e anote
- Separe os parágrafos do texto e releia um a um fazendo o seu 
resumo
- Elabore uma pergunta para cada parágrafo e responda
- Questione a forma usada para escrever
- Faça um novo texto com as suas palavras, mas siga as ideias 
do autor.
Lembre-se que para saber compreender e interpretar muito 
bem qualquer tipo de texto, é essencial que se leia muito. Quanto 
mais se lê, mais facilidade de interpretar se tem. E isso é fundamen-
tal em qualquer coisa que se faça, desde um concurso, vestibular, 
até a leitura de um anúncio na rua. 
Resumindo: 
Compreensão Interpretação
O que é É a análise do que 
está escrito no texto, 
a compreensão das 
frases e ideias pre-
sentes.
É o que podemos con-
cluir sobre o que está 
escrito no texto. É o 
modo como interpret-
amos o conteúdo.
Informação A informação está 
presente no texto.
A informação está fora 
do texto, mas tem 
conexão com ele.
Análise Trabalha com a 
objetividadem, com 
as frases e palavras 
que estão escritas no 
texto.
Trabalha com a sub-
jetividade, com o que 
você entendeu sobre 
o texto.
QUESTÕES
01. SP Parcerias - Analista Técnic - 2018 - FCC
Uma compreensão da História
Eu entendo a História num sentido sincrônico, isto é, em que 
tudo acontece simultaneamente. Por conseguinte, o que procura o 
romancista - ao menos é o que eu tento fazer - é esboçar um senti-
do para todo esse caos de fatos gravados na tela do tempo. Sei que 
esses fatos se deram em tempos distintos, mas procuro encontrar 
um fio comum entre eles. Não se trata de escapar do presente. Para 
mim, tudo o que aconteceu está a acontecer. E isto não é novo, já o 
afirmava o pensador italiano Benedetto Croce, ao escrever: “Toda 
a História é História contemporânea”. Se tivesse que escolher um 
sinal que marcasse meu norte de vida, seria essa frase de Croce.
(SARAMAGO, José. As palavras de Saramago. São Paulo: Com-
panhia das Letras, 2010, p. 256)
LÍNGUA PORTUGUESA
2
José Saramago entende que sua função como romancista é 
A) estudar e imaginar a História em seus movimentos sincrôni-
cos predominantes.
B) ignorar a distinção entre os tempos históricos para mantê-
-los vivos em seupassado.
C) buscar traçar uma linha contínua de sentido entre fatos dis-
persos em tempos distintos.
D) fazer predominar o sentido do tempo em que se vive sobre 
o tempo em que se viveu.
E) expressar as diferenças entre os tempos históricos de modo 
a valorizá-las em si mesmas.
02. Pref. de Chapecó – SC – Engenheiro de Trânsito – 2016 - 
IOBV 
Por Jonas Valente*, especial para este blog.
A Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Crimes Ciberné-
ticos da Câmara dos Deputados divulgou seu relatório final. Nele, 
apresenta proposta de diversos projetos de lei com a justificativa 
de combater delitos na rede. Mas o conteúdo dessas proposições 
é explosivo e pode mudar a Internet como a conhecemos hoje no 
Brasil, criando um ambiente de censura na web, ampliando a re-
pressão ao acesso a filmes, séries e outros conteúdos não oficiais, 
retirando direitos dos internautas e transformando redes sociais e 
outros aplicativos em máquinas de vigilância.
Não é de hoje que o discurso da segurança na Internet é usado 
para tentar atacar o caráter livre, plural e diverso da Internet. Como 
há dificuldades de se apurar crimes na rede, as soluções buscam 
criminalizar o máximo possível e transformar a navegação em algo 
controlado, violando o princípio da presunção da inocência previsto 
na Constituição Federal. No caso dos crimes contra a honra, a solu-
ção adotada pode ter um impacto trágico para o debate democrá-
tico nas redes sociais – atualmente tão importante quanto aquele 
realizado nas ruas e outros locais da vida off line. Além disso, as 
propostas mutilam o Marco Civil da Internet, lei aprovada depois de 
amplo debate na sociedade e que é referência internacional.
(*BLOG DO SAKAMOTO, L. 04/04/2016)
Após a leitura atenta do texto, analise as afirmações feitas: 
I. O jornalista Jonas Valente está fazendo um elogio à visão 
equilibrada e vanguardista da Comissão Parlamentar que legisla so-
bre crimes cibernéticos na Câmara dos Deputados.
II. O Marco Civil da Internet é considerado um avanço em todos 
os sentidos, e a referida Comissão Parlamentar está querendo cer-
cear o direito à plena execução deste marco.
III. Há o temor que o acesso a filmes, séries, informações em 
geral e o livre modo de se expressar venham a sofrer censura com a 
nova lei que pode ser aprovada na Câmara dos Deputados.
IV. A navegação na internet, como algo controlado, na visão do 
jornalista, está longe de se concretizar através das leis a serem vo-
tadas no Congresso Nacional.
V. Combater os crimes da internet com a censura, para o jorna-
lista, está longe de ser uma estratégia correta, sendo mesmo per-
versa e manipuladora.
Assinale a opção que contém todas as alternativas corretas. 
A) I, II, III.
B) II, III, IV.
C) II, III, V.
D) II, IV, V.
03. Pref. de São Gonçalo – RJ – Analista de Contabilidade – 
2017 - BIO-RIO 
Édipo-rei
 
Diante do palácio de Édipo. Um grupo de crianças está ajoe-
lhado nos degraus da entrada. Cada um tem na mão um ramo de 
oliveira. De pé, no meio delas, está o sacerdote de Zeus. 
 (Edipo-Rei, Sófocles, RS: L&PM, 2013)
O texto é a parte introdutória de uma das maiores peças trági-
cas do teatro grego e exemplifica o modo descritivo de organização 
discursiva. O elemento abaixo que NÃO está presente nessa des-
crição é:
A) a localização da cena descrita.
B) a identificação dos personagens presentes.
C) a distribuição espacial dos personagens.
D) o processo descritivo das partes para o todo.
E) a descrição de base visual.
04. MPE-RJ – Analista do Ministério Público - Processual – 
2016 - FGV 
Problemas Sociais Urbanos
Brasil escola
 Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a 
questão da segregação urbana, fruto da concentração de renda no 
espaço das cidades e da falta de planejamento público que vise à 
promoção de políticas de controle ao crescimento desordenado das 
cidades. A especulação imobiliária favorece o encarecimento dos 
locais mais próximos dos grandes centros, tornando-os inacessíveis 
à grande massa populacional. Além disso, à medida que as cidades 
crescem, áreas que antes eram baratas e de fácil acesso tornam-se 
mais caras, o que contribui para que a grande maioria da população 
pobre busque por moradias em regiões ainda mais distantes.
Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais de 
residência com os centros comerciais e os locais onde trabalham, 
uma vez que a esmagadora maioria dos habitantes que sofrem com 
esse processo são trabalhadores com baixos salários. Incluem-se a 
isso as precárias condições de transporte público e a péssima infra-
estrutura dessas zonas segregadas, que às vezes não contam com 
saneamento básico ou asfalto e apresentam elevados índices de 
violência.
 A especulação imobiliária também acentua um problema cada 
vez maior no espaço das grandes, médias e até pequenas cidades: 
a questão dos lotes vagos. Esse problema acontece por dois princi-
pais motivos: 1) falta de poder aquisitivo da população que possui 
terrenos, mas que não possui condições de construir neles e 2) a 
espera pela valorização dos lotes para que esses se tornem mais 
caros para uma venda posterior. Esses lotes vagos geralmente apre-
sentam problemas como o acúmulo de lixo, mato alto, e acabam 
tornando-se focos de doenças, como a dengue.
PENA, Rodolfo F. Alves. “Problemas socioambientais urbanos”; 
Brasil Escola. Disponível em http://brasilescola.uol.com.br/brasil/
problemas-ambientais-sociais-decorrentes-urbanização.htm. Aces-
so em 14 de abril de 2016. 
A estruturação do texto é feita do seguinte modo:
A) uma introdução definidora dos problemas sociais urbanos e 
um desenvolvimento com destaque de alguns problemas; 
B) uma abordagem direta dos problemas com seleção e expli-
cação de um deles, visto como o mais importante;
LÍNGUA PORTUGUESA
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C) uma apresentação de caráter histórico seguida da explicita-
ção de alguns problemas ligados às grandes cidades; 
D) uma referência imediata a um dos problemas sociais urba-
nos, sua explicitação, seguida da citação de um segundo problema;
E) um destaque de um dos problemas urbanos, seguido de sua 
explicação histórica, motivo de crítica às atuais autoridades.
05. MPE-RJ – Técnico do Ministério Público - Administrativa 
– 2016 - FGV
O futuro da medicina
O avanço da tecnologia afetou as bases de boa parte das pro-
fissões. As vítimas se contam às dezenas e incluem músicos, jorna-
listas, carteiros etc. Um ofício relativamente poupado até aqui é o 
de médico. Até aqui. A crer no médico e “geek” Eric Topol, autor de 
“The Patient Will See You Now” (o paciente vai vê-lo agora), está no 
forno uma revolução da qual os médicos não escaparão, mas que 
terá impactos positivos para os pacientes.
Para Topol, o futuro está nos smartphones. O autor nos colo-
ca a par de incríveis tecnologias, já disponíveis ou muito próximas 
disso, que terão grande impacto sobre a medicina. Já é possível, 
por exemplo, fotografar pintas suspeitas e enviar as imagens a um 
algoritmo que as analisa e diz com mais precisão do que um derma-
tologista se a mancha é inofensiva ou se pode ser um câncer, o que 
exige medidas adicionais.
Está para chegar ao mercado um apetrecho que transforma o 
celular num verdadeiro laboratório de análises clínicas, realizando 
mais de 50 exames a uma fração do custo atual. Também é possível, 
adquirindo lentes que custam centavos, transformar o smartphone 
num supermicroscópio que permite fazer diagnósticos ainda mais 
sofisticados.
Tudo isso aliado à democratização do conhecimento, diz Topol, 
fará com que as pessoas administrem mais sua própria saúde, re-
correndo ao médico em menor número de ocasiões e de preferên-
cia por via eletrônica. É o momento, assegura o autor, de ampliar 
a autonomia do paciente e abandonar o paternalismo que desde 
Hipócrates assombra a medicina.
Concordando com as linhas gerais do pensamento de Topol, 
mas acho que, como todo entusiasta da tecnologia, ele provavel-
mente exagera. Acho improvável, por exemplo, que os hospitais 
caminhem para uma rápidaextinção. Dando algum desconto para 
as previsões, “The Patient...” é uma excelente leitura para os inte-
ressados nas transformações da medicina.
Folha de São Paulo online – Coluna Hélio Schwartsman – 
17/01/2016. 
Segundo o autor citado no texto, o futuro da medicina: 
A) encontra-se ameaçado pela alta tecnologia;
B) deverá contar com o apoio positivo da tecnologia; 
C) levará à extinção da profissão de médico;
D) independerá completamente dos médicos; 
E) estará limitado aos meios eletrônicos.
RESPOSTAS
01 C
02 C
03 D
04 B
05 B
2. NÍVEIS DE SIGNIFICAÇÃO: PRESSUPOSTOS, SUBEN-
TENDIDOS E IMPLÍCITOS. 
Texto:
“Neto ainda está longe de se igualar a qualquer um desses cra-
ques (Rivelino, Ademir da Guia, Pedro Rocha e Pelé), mas ainda tem 
um longo caminho a trilhar (...).”
Veja São Paulo, 26/12/1990, p. 15.
Esse texto diz explicitamente que:
- Rivelino, Ademir da Guia, Pedro Rocha e Pelé são craques;
- Neto não tem o mesmo nível desses craques;
- Neto tem muito tempo de carreira pela frente.
O texto deixa implícito que:
- Existe a possibilidade de Neto um dia aproximar-se dos cra-
ques citados;
- Esses craques são referência de alto nível em sua especialida-
de esportiva;
- Há uma oposição entre Neto e esses craques no que diz res-
peito ao tempo disponível para evoluir.
Todos os textos transmitem explicitamente certas informações, 
enquanto deixam outras implícitas. Por exemplo, o texto acima não 
explicita que existe a possibilidade de Neto se equiparar aos qua-
tro futebolistas, mas a inclusão do advérbio ainda estabelece esse 
implícito. Não diz também com explicitude que há oposição entre 
Neto e os outros jogadores, sob o ponto de vista de contar com 
tempo para evoluir. A escolha do conector “mas” entre a segunda e 
a primeira oração só é possível levando em conta esse dado implíci-
to. Como se vê, há mais significados num texto do que aqueles que 
aparecem explícitos na sua superfície. Leitura proficiente é aquela 
capaz de depreender tanto um tipo de significado quanto o outro, 
o que, em outras palavras, significa ler nas entrelinhas. Sem essa 
habilidade, o leitor passará por cima de significados importantes 
ou, o que é bem pior, concordará com ideias e pontos de vista que 
rejeitaria se os percebesse.
Os significados implícitos costumam ser classificados em duas 
categorias: os pressupostos e os subentendidos.
Pressupostos: são ideias implícitas que estão implicadas logica-
mente no sentido de certas palavras ou expressões explicitadas na 
superfície da frase. Exemplo:
“André tornou-se um antitabagista convicto.”
A informação explícita é que hoje André é um antitabagista 
convicto. Do sentido do verbo tornar-se, que significa “vir a ser”, 
decorre logicamente que antes André não era antitabagista convic-
to. Essa informação está pressuposta. Ninguém se torna algo que 
já era antes. Seria muito estranho dizer que a palmeira tornou-se 
um vegetal.
“Eu ainda não conheço a Europa.”
A informação explícita é que o enunciador não tem conheci-
mento do continente europeu. O advérbio ainda deixa pressuposta 
a possibilidade de ele um dia conhecê-la.
As informações explícitas podem ser questionadas pelo recep-
tor, que pode ou não concordar com elas. Os pressupostos, porém, 
devem ser verdadeiros ou, pelo menos, admitidos como tais, por-
que esta é uma condição para garantir a continuidade do diálogo 
e também para fornecer fundamento às afirmações explícitas. Isso 
significa que, se o pressuposto é falso, a informação explícita não 
tem cabimento. Assim, por exemplo, se Maria não falta nunca a 
aula nenhuma, não tem o menor sentido dizer “Até Maria compa-
receu à aula de hoje”. Até estabelece o pressuposto da inclusão de 
LÍNGUA PORTUGUESA
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um elemento inesperado.
Na leitura, é muito importante detectar os pressupostos, pois 
eles são um recurso argumentativo que visa a levar o receptor a 
aceitar a orientação argumentativa do emissor. Ao introduzir uma 
ideia sob a forma de pressuposto, o enunciador pretende transfor-
mar seu interlocutor em cúmplice, pois a ideia implícita não é posta 
em discussão, e todos os argumentos explícitos só contribuem para 
confirmála. O pressusposto aprisiona o receptor no sistema de pen-
samento montado pelo enunciador.
A demonstração disso pode ser feita com as “verdades incon-
testáveis” que estão na base de muitos discursos políticos, como o 
que segue:
“Quando o curso do rio São Francisco for mudado, será resolvi-
do o problema da seca no Nordeste.”
O enunciador estabelece o pressuposto de que é certa a mu-
dança do curso do São Francisco e, por consequência, a solução do 
problema da seca no Nordeste. O diálogo não teria continuidade se 
um interlocutor não admitisse ou colocasse sob suspeita essa cer-
teza. Em outros termos, haveria quebra da continuidade do diálogo 
se alguém interviesse com uma pergunta deste tipo:
“Mas quem disse que é certa a mudança do curso do rio?”
A aceitação do pressuposto estabelecido pelo emissor permite 
levar adiante o debate; sua negação compromete o diálogo, uma 
vez que destrói a base sobre a qual se constrói a argumentação, e 
daí nenhum argumento tem mais importância ou razão de ser. Com 
pressupostos distintos, o diálogo não é possível ou não tem sentido.
A mesma pergunta, feita para pessoas diferentes, pode ser em-
baraçosa ou não, dependendo do que está pressuposto em cada 
situação. Para alguém que não faz segredo sobre a mudança de 
emprego, não causa o menor embaraço uma pergunta como esta:
“Como vai você no seu novo emprego?”
O efeito da mesma pergunta seria catastrófico se ela se diri-
gisse a uma pessoa que conseguiu um segundo emprego e quer 
manter sigilo até decidir se abandona o anterior. O adjetivo novo 
estabelece o pressuposto de que o interrogado tem um emprego 
diferente do anterior.
Marcadores de Pressupostos
- Adjetivos ou palavras similares modificadoras do substantivo
Julinha foi minha primeira filha.
“Primeira” pressupõe que tenho outras filhas e que as outras 
nasceram depois de Julinha.
Destruíram a outra igreja do povoado.
“Outra” pressupõe a existência de pelo menos uma igreja além 
da usada como referência.
- Certos verbos
Renato continua doente.
O verbo “continua” indica que Renato já estava doente no mo-
mento anterior ao presente. 
Nossos dicionários já aportuguesaram a palavrea copydesk.
O verbo “aportuguesar” estabelece o pressuposto de que copi-
desque não existia em português.
- Certos advérbios
A produção automobilística brasileira está totalmente nas 
mãos das multinacionais.
O advérbio totalmente pressupõe que não há no Brasil indús-
tria automobilística nacional.
- Você conferiu o resultado da loteria? 
- Hoje não.
A negação precedida de um advérbio de tempo de âmbito limi-
tado estabelece o pressuposto de que apenas nesse intervalo (hoje) 
é que o interrogado não praticou o ato de conferir o resultado da 
loteria.
- Orações adjetivas
Os brasileiros, que não se importam com a coletividade, só se 
preocupam com seu bemestar e, por isso, jogam lixo na rua, fecham 
os cruzamentos, etc.
O pressuposto é que “todos” os brasileiros não se importam 
com a coletividade.
Os brasileiros que não se importam com a coletividade só se 
preocupam com seu bemestar e, por isso, jogam lixo na rua, fecham 
os cruzamentos, etc.
Nesse caso, o pressuposto é outro: “alguns” brasileiros não se 
importam com a coletividade.
No primeiro caso, a oração é explicativa; no segundo, é restriti-
va. As explicativas pressupõem que o que elas expressam se refere à 
totalidade dos elementos de um conjunto; as restritivas, que o que 
elas dizem concerne apenas a parte dos elementos de um conjun-
to. O produtor do texto escreverá uma restritiva ou uma explicativa 
segundo o pressuposto que quiser comunicar.
Subentendidos: são insinuações contidas em uma frase ou um 
grupo de frases. Suponhamos que uma pessoa estivesse em visita 
à casa de outra num dia de frio glacial e que uma janela, por onde 
entravam rajadas de vento, estivesse aberta. Se o visitante dissesse 
“Quefrio terrível”, poderia estar insinuando que a janela deveria 
ser fechada.
Há uma diferença capital entre o pressuposto e o subentendi-
do. O primeiro é uma informação estabelecida como indiscutível 
tanto para o emissor quanto para o receptor, uma vez que decorre 
necessariamente do sentido de algum elemento linguístico coloca-
do na frase. Ele pode ser negado, mas o emissor coloca o implici-
tamente para que não o seja. Já o subentendido é de responsabi-
lidade do receptor. O emissor pode esconder-se atrás do sentido 
literal das palavras e negar que tenha dito o que o receptor depre-
endeu de suas palavras. Assim, no exemplo dado acima, se o dono 
da casa disser que é muito pouco higiênico fechar todas as janelas, 
o visitante pode dizer que também acha e que apenas constatou a 
intensidade do frio.
O subentendido serve, muitas vezes, para o emissor proteger-
se, para transmitir a informação que deseja dar a conhecer sem se 
comprometer. Imaginemos, por exemplo, que um funcionário re-
cémpromovido numa empresa ouvisse de um colega o seguinte:
“Competência e mérito continuam não valendo nada como cri-
tério de promoção nesta empresa...”
Esse comentário talvez suscitasse esta suspeita:
“Você está querendo dizer que eu não merecia a promoção?”
Ora, o funcionário preterido, tendo recorrido a um subentendi-
do, poderia responder:
“Absolutamente! Estou falando em termos gerais.”
3. RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS.
GÊNEROS TEXTUAIS
São textos encontrados no nosso dia-a-dia e apresentam carac-
terísticas sócio comunicativas (carta pessoal ou comercial, diários, 
agendas, e-mail, facebook, lista de compras, cardápio entre outros).
É impossível se comunicar verbalmente a não ser por um tex-
to e obriga-nos a compreender tanto as características estruturais 
(como ele é feito) como as condições sociais (como ele funciona na 
sociedade).
Os gêneros são tipos relativamente estáveis de enunciados ela-
borados pelas mais diversas esferas da atividade humana. Por essa 
relatividade a que se refere o autor, pode-se entender que o gênero 
LÍNGUA PORTUGUESA
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permite certa flexibilidade quanto à sua composição, favorecendo 
uma categorização no próprio gênero, isto é, a criação de um sub-
gênero.
Os gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamen-
te vinculados à vida cultural e social, portanto, são entidades sócio 
discursivas e formas de ação social em qualquer situação comuni-
cativa. Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis 
e dinâmicos.
Os gêneros textuais caracterizam-se muito mais por suas fun-
ções comunicativas; cognitivas e institucionais, do que por suas pe-
culiaridades linguísticas e estruturais.
Os textos, tanto orais quanto escritos, que têm o objetivo de 
estabelecer algum tipo de comunicação, possuem algumas caracte-
rísticas básicas que fazem com que possamos saber em qual gênero 
textual o texto se encaixa. Algumas dessas características são: o tipo 
de assunto abordado, quem está falando, para quem está falando, 
qual a finalidade do texto, qual o tipo do texto (narrativo, argumen-
tativo, instrucional, etc.).
É essencial saber distinguir o que é gênero textual, gênero lite-
rário e tipo textual. Cada uma dessas classificações é referente aos 
textos, porém é preciso ter atenção, cada uma possui um significa-
do totalmente diferente da outra. 
Gêneros textuais – cada um deles possui o seu próprio estilo de 
escrita e de estrutura. Desta forma fica mais fácil compreender as 
diferenças entre cada um deles e poder classifica-los de acordo com 
suas características.
Gênero Literário –os textos abordados são apenas os literários, 
diferente do gênero textual, que abrange todo tipo de texto. O gê-
nero literário é classificado de acordo com a sua forma, podendo 
ser do gênero líricos, dramático, épico, narrativo e etc.
Tipo textual –forma como o texto se apresenta, podendo ser 
classificado como narrativo, argumentativo, dissertativo, descritivo, 
informativo ou injuntivo. Cada uma dessas classificações varia de 
acordo como o texto se apresenta e com a finalidade para o qual 
foi escrito.
Quando pensamos nos diversos tipos e gêneros textuais, de-
vemos pensar também na linguagem adequada a ser adotada em 
cada um deles. Por isso existem a linguagem literária e a lingua-
gem não literária. Diferentemente do que acontece com os textos 
literários, nos quais há uma preocupação com o objeto linguístico 
e também com o estilo, os textos não literários apresentam carac-
terísticas bem delimitadas para que possam cumprir sua principal 
missão, que é, na maioria das vezes, a de informar. 
Quando pensamos em informação, alguns elementos devem 
ser elencados, como a objetividade, a transparência e o compro-
misso com uma linguagem não literária, afastando assim possíveis 
equívocos na interpretação de um texto. 
Os gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamen-
te vinculados à vida cultural e social, portanto, são entidades sócio 
discursivas e formas de ação social em qualquer situação comuni-
cativa.
Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis e 
dinâmicos.
Os gêneros textuais caracterizam-se muito mais por suas fun-
ções comunicativas; cognitivas e institucionais, do que por suas pe-
culiaridades linguísticas e estruturais.
Tipos de Gêneros Textuais
Existem inúmeros gêneros textuais dentro das categorias tipo-
lógicas de texto, e cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. 
Em outras palavras, gêneros textuais são estruturas textuais pecu-
liares que surgem dos tipos de textos: narrativo, descritivo, disser-
tativo-argumentativo, expositivo e injuntivo.
Texto Narrativo: apresentam ações de personagens no tempo 
e no espaço. A estrutura da narração é dividida em: apresentação, 
desenvolvimento, clímax e desfecho.
Exemplos de gêneros textuais narrativos:
Romance
Novela
Crônica
Contos de Fada
Fábula
Lendas
Texto Descritivo: se ocupam de relatar e expor determinada 
pessoa, objeto, lugar, acontecimento. São textos cheios de adjeti-
vos, que descrevem ou apresentam imagens a partir das percep-
ções sensoriais do locutor (emissor).
Exemplos de gêneros textuais descritivos:
Diário
Relatos (viagens, históricos, etc.)
Biografia e autobiografia
Notícia
Currículo
Lista de compras
Cardápio
Anúncios de classificados
Texto Dissertativo-Argumentativo: encarregados de expor um 
tema ou assunto por meio de argumentações. São marcados pela 
defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam persu-
adir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese 
(apresentação), antítese (desenvolvimento), nova tese (conclusão).
Exemplos de gêneros textuais dissertativos:
Editorial Jornalístico
Carta de opinião
Resenha
Artigo
Ensaio
Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado
Texto Expositivo: possuem a função de expor determinada 
ideia, por meio de recursos como: definição, conceituação, infor-
mação, descrição e comparação.
Exemplos de gêneros textuais expositivos:
Seminários
Palestras
Conferências
Entrevistas
Trabalhos acadêmicos
Enciclopédia
Verbetes de dicionários
Texto Injuntivo: também chamado de texto instrucional, indi-
ca uma ordem, de modo que o locutor (emissor) objetiva orientar 
e persuadir o interlocutor (receptor). Apresentam, na maioria dos 
casos, verbos no imperativo.
Exemplos de gêneros textuais injuntivos:
Propaganda
Receita culinária
Bula de remédio
Manual de instruções
Regulamento
Textos prescritivos
LÍNGUA PORTUGUESA
6
QUESTÕES
01. SEDUC-CE - Professor - Língua Portuguesa – 2018 - UECE-
-CEV
Considerando que os gêneros estão agrupados em cinco mo-
dalidades retóricas correspondentes aos tipos textuais, assinale a 
opção em que a correspondência dos exemplos e as respectivas 
modalidades está correta. 
A) ARGUMENTAR: novela fantástica, texto de opinião, debate 
regrado.
B) EXPOR: seminário, conferência, entrevista de especialista.
C) NARRAR: fábula, curriculum vitae, lenda.
D) DESCREVER: regulamento, regras de jogo, carta do leitor.
02. SEDUC-CE - Professor - Língua Portuguesa– 2018 - UECE-
-CEV
Receita do amor
Ingredientes:
• 4 xícaras de carinho
• 2 xícaras de atenção
• 2 colheres de suspiros
• 8 pedaços de saudades
• 3 colheres de respeito
• Amor, sorrisos bobos, pimenta e ciúmes a gosto
Modo de preparo:
– Misture 8 pedaços de saudade com 2 xícaras de atenção em 
uma panela até virar uma mistura onde qualquer momento seja es-
pecial. Acrescente sorrisos bobos até ficar homogêneo;
– Junte todo o carinho na forma e caramelize com suspiros de 
paixão, ao sentir o cheiro de sonhos se espalhando no ambiente 
retire do fogo e acrescente uma pitada de pimenta para sentirmos a 
intensidade dentro de nós sempre que provarmos;
– Misture bem todos os ingredientes anteriores;
– Para não virar rotina, acrescente muito amor e uma colher 
de ciúmes. Para dar um pequeno sabor de dedicação, adicione 3 
colheres de respeito. (Caso erre na medida de ciúmes coloque res-
peito a gosto).
(...)
Rendimento: Duas porções
Dica de acompanhamento: Aprecie com abraços e músicas.
 Diêgo 
Cabó
Fonte:https://www.pensador.com/frase/MTgyMjExMg/. Aces-
so em 08/09/2018.
O critério que impera na determinação interpretativa do gêne-
ro apresentado é
A) o suporte.
B) o contexto.
C) a forma.
D) a função.
03. CREMESP - Oficial Administrativo - Área Administrativa – 
2016 – FCC 
Outro dia, em busca de determinada informação, caiu-me às 
mãos um calendário de 1866. Por força do hábito, examinei-o pelo 
avesso e descobri um panorama encantador. Como todos antes 
dele, foi um ano cheio de domingos. Nasceu e morreu gente. De-
clararam-se guerras e fizeram-se as pazes, não necessariamente 
nessa ordem. O barco a vapor, o telégrafo e a fotografia eram as 
grandes novidades, e já havia no ar um xodó pela tecnologia. Mas 
não adiantava: aquele mundo de 150 anos atrás continuava predo-
minantemente literário.
Eram tempos em que, flanando pelas grandes cidades, os mor-
tais podiam cruzar com os escritores nas ruas — poetas, romancis-
tas, pensadores —, segui-los até seus cafés, sentar-se à mesa do 
lado, ouvir o que eles diziam e, quem sabe, puxá-los pela manga e 
oferecer-lhes fogo. 
Talvez em nenhuma outra época tantos gênios morassem nas 
mesmas cidades, quem sabe até em bairros vizinhos. E todos em 
idade madura, no auge de suas vidas ativas e criativas.
Na Paris de 1866, por exemplo, roçavam cotovelos Alexandre 
Dumas, Victor Hugo, Baudelaire. Em Lisboa, Antero de Quental, Ca-
milo Castelo Branco, Eça de Queiroz. E, no Rio, bastava um pulinho 
à rua do Ouvidor para se estar diante de Machado de Assis e José 
de Alencar.
Que viagem, a 1866.
(Adaptado de: CASTRO, Ruy. Viagem a 1866. Disponível em: 
www.folha.uol.com.br) 
Uma característica do gênero crônica que pode ser observada 
no texto é a presença de uma linguagem 
A) imparcial, que se evidencia em: Talvez em nenhuma outra 
época tantos gênios morassem nas mesmas cidades... 
B) formal, que se evidencia em: ... já havia no ar um xodó pela 
tecnologia.
C) arcaica, que se evidencia em: Que viagem, a 1866.
D) coloquial, que se evidencia em: ... foi um ano cheio de do-
mingos
E) argumentativa, que se evidencia em: Nasceu e morreu gen-
te.
04. CREMESP - Oficial Administrativo - Área Administrativa- 
2016 – FCC 
O Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, foi a data esco-
lhida pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo 
(Cremesp) para o lançamento de uma campanha pela humanização 
da Medicina. Com o mote “O calor humano também cura”, a ação 
pretende enaltecer a vocação humanitária do médico e fortalecer 
a relação entre esses profissionais e seus pacientes, um dos pilares 
da Medicina.
As peças da campanha ressaltam, por meio de filmes, anúncios 
e banners, que o médico é especialista em pessoas e que o toque, 
o olhar e a conversa são tão essenciais para a Medicina quanto a 
evolução tecnológica.
(No Dia do Médico, Cremesp lança campanha pela humaniza-
ção da Medicina. Disponível em: www.cremesp.org.br)
Levando em conta a linguagem, o formato e a finalidade do 
texto, conclui-se que se trata de 
A) uma notícia.
B) um artigo de opinião. 
C) uma carta comercial. 
D) uma reportagem. 
E) um editorial. 
LÍNGUA PORTUGUESA
7
05. Pref. de Maceió - AL - Técnico Administrativo – 2017 - CO-
PEVE-UFAL
[...]
Nada de exageros
Consumir dentro do limite das próprias economias é um bom 
exemplo para as crianças. “Endividar-se para consumir não está cer-
to”, afirma a advogada Noemi Friske Momberger, autora do livro A 
publicidade dirigida a crianças e adolescentes, regulamentos e res-
trições. Isso vale tanto para as crianças como para os pais. É preciso 
dar exemplo. 
Não adianta inventar regras apenas para quem tem menos de 
1 metro e meio. É preciso ajudar as crianças a entender o que cabe 
no orçamento familiar. “Explico para meus filhos que não podemos 
ter algumas coisas, mesmo que muitos na escola tenham três vezes 
mais”, diz a professora de Inglês Lucia Razeira, de 30 anos, mãe de 
Vitor, de 7, e Clara, de 10.
[...] 
Disponível em:http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epo-
ca/0,,EMI58402-15228,00- EU+QUERO+EU+QUERO+EU+QUERO.
html>.Acesso em: 07 fev. 2017.
Considerando as características predominantes, o gênero textual
A) é seguramente uma reportagem em que se observam argu-
mentos do autor. 
B) se enquadra no tipo narrativo, uma vez que há predomínio 
de sequências descritivas. 
C) foi totalmente explicitado no recorte apresentado, já que diz 
respeito a um artigo de opinião.
D) é uma notícia, já que narra um fato verídico, com informa-
ções sobre a necessidade de se ensinar os limites do consumo. 
E) é delimitado pela esfera do campo opinativo, uma vez que 
defende o ponto de vista de que é preciso haver limites para o con-
sumo, por meio de três argumentos básicos.
RESPOSTAS
01 B
02 D
03 D
04 A
05 E
DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE
Discurso Direto, Discurso Indireto e Discurso Indireto Livre são 
tipos de discursos utilizados no gênero narrativo para introduzir as 
falas e os pensamentos dos personagens. Seu uso varia de acordo 
com a intenção do narrador. Há três maneiras principais de repro-
duzir a fala das personagens: o discurso direto, o discurso indireto e 
o discurso indireto livre.
Discurso Direto
O discurso direto é o expediente de citação do discurso alheio 
pela qual o narrador introduz o discurso do outro e, depois, repro-
duz literalmente a fala dele.
As marcas do discurso são:
- A fala das personagens é, de princípio, anunciada por um ver-
bo (disse e interrompeu no caso do filho e perguntou e começou a 
dizer no caso do pai) denominado “verbo de dizer” (como: recrutar, 
retorquir, afirmar, declarar e outros do mesmo tipo), que pode vir 
antes, no meio ou depois da fala das personagens (no nosso caso, 
veio depois);
- A fala das personagens aparece nitidamente separada da fala 
do narrador, por aspas, dois pontos, travessão ou vírgula;
- Os pronomes pessoais, os tempos verbais e as palavras que 
indicam espaço e tempo (por exemplo, pronomes demonstrativos 
e advérbios de lugar e de tempo) são usados em relação à pessoa 
da personagem, ao momento em que ela fala diz “eu”, o espaço em 
que ela se encontra é o aqui e o tempo em que fala é o agora.
Discurso Indireto
O discurso indireto não chega ao leitor diretamente, isto é, por 
meio das palavras do narrador. Por essa razão, esse expediente é 
chamado discurso indireto.
As principais marcas do discurso indireto são:
- falas das personagens vêm introduzidas por um verbo de dizer;
- falas das personagens constituem oração subordinada subs-
tantiva objetiva direta do verbo de dizer e, são separadas da fala do 
narrador por uma partícula introdutória normalmente “que” ou “se”;
- pronomes pessoais, tempos verbais e palavras que indicam 
espaço e tempo (como pronomes demonstrativos e advérbios de 
lugar e de tempo) são usados em relação ao narrador, ao momento 
em que ele fala e ao espaço em que está. 
Passagem do DiscursoDireto para o Discurso Indireto
No que se refere aos tempos, o mais comum é o que o verbo 
dizer esteja no presente ou no pretérito perfeito. Quando o ver-
bo dizer estiver no presente e o da fala da personagem estiver no 
presente, pretérito ou futuro do presente, os tempos mantêm-se 
na passagem do discurso direto para o indireto. Se o verbo dizer 
estiver no pretérito perfeito, as alterações que ocorrerão na fala da 
personagem são as seguintes:
Discurso direto Discurso indireto
Tempos e modos Tempos e modos
•Presente •Imperfeito
•Perfeito •Mais-que-perfeito
•Futuro(Indicativo) •Condicional
•Futuro(Conjuntivo) •Imperfeito(Conjuntivo)
•Imperativo •Conjuntivo
Demonstrativos: Demonstrativos:
Este, esta, isto ... Aquele, aquela, aquilo
Esse, essa, isso ...
Discurso direto Discurso indireto
Advérbios: Advérbios: 
• Tempo: agora,já
hoje, ontem
amanhã
logo
•Lugar: aqui cá
• Tem,po: então, naquele 
momento, logo, imediata-
mente naquele dia, no dia 
anterior, na véspera no dia 
seguinte depois
• Lugar: ali, além, acolá, lá
Vocativo Desaparece ou passa a com-
plemento indireto
LÍNGUA PORTUGUESA
8
Discurso Indireto Livre
Há uma fusão dos tipos de discurso (direto e indireto), ou seja, 
há intervenções do narrador bem como da fala dos personagens.
Não existem marcas que mostrem a mudança do discurso. Por 
isso, as falas dos personagens e do narrador - que sabe tudo o que 
se passa no pensamento dos personagens - podem ser confundidas.
As características do discurso indireto livre são:
- Não há verbos de dizer anunciando as falas das personagens;
- Estas não são introduzidas por partículas como “que” e “se” 
nem separadas por sinais de pontuação;
- O discurso indireto livre contém, como o discurso direto, ora-
ções interrogativas, imperativas e exclamativas, bem como interjei-
ções e outros elementos expressivos;
- Os pronomes pessoais e demonstrativos, as palavras indica-
doras de espaço e de tempo são usadas da mesma forma que no 
discurso indireto. Por isso, o verbo estar, do exemplo acima, ocorre 
no pretérito imperfeito, e não no presente (está), como no discurso 
direto. Da mesma forma o pronome demonstrativo ocorre na forma 
aquilo, como no discurso indireto.
Exemplos:
O despertador tocou um pouco mais cedo. Vamos lá, eu sei 
que consigo!
Amanheceu chovendo. Bem, lá vou eu passar o dia assistindo 
televisão!
QUESTÕES
01. SEDU/ES – Professor – Língua Portuguesa – 2016 - FCC
As enchentes de minha infância
Rubem Braga
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira 
junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da 
rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, 
como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa 
tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no 
quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas 
subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bana-
neiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de 
uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a 
família defronte teve medo.
Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era 
uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimi-
dade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas 
contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da 
noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, 
e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais 
e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de ma-
nhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver 
que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza 
do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para 
cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas ca-
beceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez 
crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as 
enchentes.
(BRAGA, Rubem. As enchentes de minha infância. In: Ai de ti, 
Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962, p. 157) 
Há a presença do discurso indireto em: 
A) Eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as 
casas dão fundos para o rio. 
B) Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no 
quintal deles ver até onde chegara a enchente. 
C) Então vinham todos dormir em nossa casa. 
D) Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; 
como se fazia café e se tomava café tarde da noite!
E) Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do 
Castelo, tinha caído chuva muita.
02. Câmara Legislativa do Distrito Federal - Técnico Legislativo 
– 2018 - FCC
1. Sinto inveja dos contistas. Para mim, é mais fácil escrever um 
romance de 200 páginas que um conto de duas.
2. Já se tentou explicar em fórmulas narrativas a diferença en-
tre um conto, uma novela e um romance, mas o leitor, que não pre-
cisa de teoria, sabe exatamente o que é uma coisa ou outra assim 
que começa a ler; quando termina logo, é um conto. O critério do 
tamanho prossegue invencível.
3. Para entender o gênero, criei arbitrariamente um ponto mí-
nimo de partida, que considero o menor conto do mundo, uma sín-
tese mortal de Dalton Trevisan: “Nunca me senti tão só, querida, 
como na tua companhia”.
4. Temos aí dois personagens, um diálogo implícito e uma intri-
ga tensa que parece vir de longe e não acabar com o conto. Bem, 
por ser um gênero curto, o conto é também, por parecer fácil, uma 
perigosa porta aberta em que cabe tudo de cambulhada.
5. Desde Machado de Assis, que colocou o gênero entre nós 
num patamar muito alto já no seu primeiro instante, a aparente 
facilidade do conto vem destroçando vocações.
6. Além disso, há a maldição dos editores, refletindo uma su-
posta indiferença dos leitores: “conto não vende”. Essa é uma ques-
tão comercial, não literária. Porque acabo de ler dois ótimos livros 
de contos que quebram qualquer preconceito eventual que se te-
nha contra o gênero.
7. Os contos de A Cidade Dorme, de Luiz Ruffato, que já havia 
demonstrado ser um mestre da história curta no excelente Flores 
Artificiais, formam uma espécie de painel do “Brasil profundo”, a 
gigantesca classe média pobre que luta para sobreviver, espremida 
em todo canto do país entre os sonhos e a violência.
8. Em toda frase, sente-se o ouvido afinado da linguagem colo-
quial que transborda nossa cultura pelo arcaísmo de signos singe-
los: “Mas eu não queria ser torneiro-mecânico, queria mesmo era 
ser bancário, que nem o marido da minha professora, dona Aurora”.
9. O atávico país rural, com o seu inesgotável atraso, explode 
em todos os poros da cidade moderna.
10. Já nos dez contos de Reserva Natural, de Rodrigo Lacerda, 
que se estruturam classicamente como “intrigas”, na melhor heran-
ça machadiana, o mesmo Brasil se desdobra em planos individuais; 
e o signo forte de “reserva natural” perde seu limite geográfico para 
ganhar a tensão da condição humana.
11. Como diz o narrador do conto “Sempre assim”, “é tudo uma 
engrenagem muito maior”.
(Adaptado de: TEZZA, Cristovão Disponível em: www1.folha.
uol.com.br) 
Ao se transpor a frase: “Nunca me senti tão só, querida, como 
na tua companhia” (3o parágrafo) para o discurso indireto, o trecho 
sublinhado assumirá a seguinte forma: 
A) se sentiria 
B) sentiu-se
C) se sentira 
LÍNGUA PORTUGUESA
9
D) estaria sentindo-me 
E) estava se sentindo
03. (Pref. de Natal/RN – Psicólogo – IDECAN/2016)
Conheça Aris, que se divide entre socorrer e fotografar náu-
fragos
Profissional da AFP diz que a experiência de documentar o so-
frimento dos refugiados deixou-o mais rígido com as próprias filhas. 
O grego Aris Messinis é fotógrafo da agência AFP em Atenas. 
Cobriu guerras e os protestos da Primavera Árabe. Nos últimos me-
ses, tem se dedicado a registrar a onda de refugiados na Europa. 
Ele conta em um blog da AFP, ilustrado com muitas fotos, como tem 
sido o trabalho na ilha de Lesbos, na Grécia,onde milhares de re-
fugiados pisam pela primeira vez em território europeu. Mais de 
700.000 refugiados e imigrantes clandestinos já desembarcaram no 
litoral grego este ano. As autoridades locais estão sendo acusadas 
de não dar apoio suficiente aos que chegam pelo mar, e há até a 
ameaça de suspender o país do Acordo Schengen, que permite a 
livre circulação de pessoas entre os Estados-membros.
Messinis diz que o mais chocante do seu trabalho é retratar, 
em território pacífico, pessoas que trazem no rosto o sofrimento 
da guerra. “Só de saber que você não está em uma zona de guerra 
torna isso ainda mais emocional. E muito mais doloroso”, diz Messi-
nis.Numa guerra, o fotógrafo também corre perigo, então, de certa 
forma, está em pé de igualdade com as pessoas que protagonizam 
as cenas que ele documenta. Em Lesbos, não é assim. Ele está em 
absoluta segurança. As pessoas que chegam estão lutando por suas 
vidas. Não são poucas as que morrem de hipotermia mesmo depois 
de pisar em terra firme, por falta de atendimento médico.
Exatamente por causa dessa assimetria entre o fotojornalista 
e os protagonistas de suas fotos, muitas vezes Messinis deixa a câ-
mera de lado e põe-se a ajudá-los. Ele se impressiona e se preocupa 
muito com os bebês que chegam nos botes. Obviamente, são os 
mais vulneráveis aos perigos da travessia. Messinis fotografou os 
cadáveres de alguns deles nas pedras à beira-mar.
O fotógrafo grego diz que a experiência de ver o sofrimento 
das crianças refugiadas deixou-o mais rígido com as próprias filhas. 
As maiores têm 9 e sete anos. A menor, 7 meses. Quando vê o que 
acontece com as crianças que chegam nos botes, Messinis pensa 
em como suas filhas têm sorte de estarem vivas, de terem onde 
morar e de viverem num país em paz. Elas não têm do que reclamar.
Por: Diogo Schelp 04/12/2015. Disponível em: http://veja.
abril.com.br/blog/a-boa-e-velha-reportagem/conheca-aris-que-se-
-divide-entresocorrer-e-fotografar-naufragos/.)
Dentre os recursos utilizados pelo autor, é correto afirmar acer-
ca do trecho “Só de saber que você não está em uma zona de guerra 
torna isso ainda mais emocional. E muito mais doloroso” [...] (2º§), 
em discurso direto, que sua principal função é 
A) conferir credibilidade ao texto e ampliar a informação apre-
sentada. 
B) apresentar diferentes pontos de vista, além de um conheci-
mento maior do assunto. 
C) destacar uma informação e caracterizá-la com um alto nível 
de relevância para o leitor. 
D) despertar o interesse do leitor pelo assunto tratado, apre-
sentando o fato objetivamente.
04. UEG - Professor de Nível Superior - 2018 - UEG
Era uma vez um escorpião que estava na beira de um rio, quan-
do a vegetação da margem começou a queimar. Ele ficou deses-
perado, pois, se pulasse na água, morreria afogado e, se perma-
necesse onde estava, morreria queimado. Nisso, viu um sapo que 
estava preparando-se para saltar no rio e, assim, livrar-se do fogo. 
Pediu-lhe, então, que o transportasse nas costas para o outro lado. 
O sapo respondeu-lhe que não faria de jeito nenhum o que ele esta-
va solicitando, porque ele poderia dar-lhe uma ferroada, levandoo 
à morte por envenenamento. O escorpião retrucou que o sapo pre-
cisaria guiar-se pela lógica; ele não poderia dar-lhe uma ferroada, 
pois, se o sapo morresse, ele também morreria, porque se afogaria. 
O sapo disse que o escorpião estava certo e concordou em levá-lo 
até a outra margem. No meio do rio, o escorpião pica o sapo. Este, 
sentindo a ação do veneno, vira-se para aquele e diz que só gosta-
ria de entender os motivos que fizeram que ele o picasse, já que o 
ato era prejudicial também ao escorpião. Este, então, responde que 
simplesmente não podia negar a sua natureza. 
Narrativa popular. In: SAVIOLI, Francisco Platão e FIORIN, José 
Luiz. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2006. p.87
No trecho “O sapo disse que o escorpião estava certo e con-
cordou em levá-lo até a outra margem”, tem-se um exemplo de 
discurso
A) direto 
B) metalinguístico
C) indireto 
D) direto livre
E) misto
05. Câmara Legislativa do Distrito Federal - Técnico Legislativo 
- Técnico de Arquivo e Biblioteca – 2018 - FCC
Atenção: Leia abaixo o Capítulo I do romance Dom Casmurro, 
de Machado de Assis, para responder à questão. 
Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, en-
contrei num trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu co-
nheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de 
mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A 
viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramen-
te maus. Sucedeu, porém, que como eu estava cansado, fechei os 
olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompes-
se a leitura e metesse os versos no bolso.
– Continue, disse eu acordando.
– Já acabei, murmurou ele.
– São muito bonitos.
Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não 
passou do gesto; estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de 
mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizi-
nhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram 
curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zanguei. Contei 
a anedota aos amigos da cidade, e eles, por graça, chamam-me as-
sim, alguns em bilhetes: “Dom Casmurro, domingo vou jantar com 
você.” – “Vou para Petrópolis, dom Casmurro; a casa é a mesma da 
Renânia; vê se deixas essa caverna do Engenho Novo, e vai lá passar 
uns quinze dias comigo.” – “Meu caro dom Casmurro, não cuide que 
o dispenso do teatro amanhã; venha e dormirá aqui na cidade; dou-
-lhe camarote, dou-lhe chá, dou-lhe cama; só não lhe dou moça.
Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido 
que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado 
e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de 
fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei melhor título 
para a minha narração; se não tiver outro daqui até ao fim do livro, 
vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe 
guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá 
cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão isso dos seus 
autores; alguns nem tanto.
(ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Companhia 
das Letras, 2016, p. 79-80.) 
LÍNGUA PORTUGUESA
10
Ao se transpor o trecho – Já acabei, murmurou ele. (3° pará-
grafo) para o discurso indireto, o verbo “acabei” assume a seguinte 
forma: 
A) tinha acabado.
B) acabou. 
C) estava acabando. 
D) acabaria. 
E) estaria acabando.
RESPOSTAS
01 E
02 C
03 A 
04 C
05 A
 4. ORTOGRAFIA OFICIAL. 
ORTOGRAFIA
A Ortografia estuda a forma correta de escrita das palavras de 
uma língua. Do grego “ortho”, que quer dizer correto e “grafo”, por 
sua vez, que significa escrita.
É influenciada pela etimologia e fonologia das palavras. Além 
disso, são feitas convenções entre os falantes de uma mesma lín-
gua que visam unificar a sua ortografia oficial. Trata-se dos acordos 
ortográficos.
Alfabeto
O alfabeto é formado por 26 letras
Vogais: a, e, i, o, u, y, w. 
Consoantes: b,c,d,f,g,h,j,k,l,m,n,p,q,r,s,t,v,w,x,z.
Alfabeto: a,b,c,d,e,f,g,h,i,j,k,l,m,n,o,p,q,r,s,t,u,v,w,x,y,z.
Regras Ortográficas
Uso do x/ch
O x é utilizado:
- Em geral, depois dos ditongos: caixa, feixe.
- Depois da sílaba -me: mexer, mexido, mexicano.
- Palavras com origem indígena ou africana: xavante, xingar.
- Depois da sílaba inicial -en: enxofre, enxada.
- Exceção: O verbo encher (e palavras derivadas) escreve-se 
com ch. 
Escreve-se com x Escreve-se com ch
bexiga bochecha
bruxa boliche
caxumba broche
elixir cachaça
faxina chuchu
graxa colcha
lagartixa fachada
Uso do h
O h é utilizado:
- No final de interjeições: Ah!, Oh!
- Por etimologia: hoje, homem.
- Nos dígrafos ch, lh, nh: tocha, carvalho, manhã.
- Palavras compostas: sobre-humano, super-homem.
- Exceção: Bahia quando se refere ao estado. O acidente geo-
gráfico baía é escrito sem h.
Uso do s/z
O s é utilizado:
- Adjetivos terminados pelos sufixos-oso/-osa que indicam 
grande quantidade, estado ou circunstância: maudoso, feiosa.
- Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título ou profis-
são: marquês, portuguesa, poetisa.
- Depois de ditongos: coisa, pousa.
- Na conjugação dos verbos pôr e querer: pôs, quiseram.
O z é utilizado:
- Nos sufixos -ez/-eza que formam substantivos a partir de adje-
tivos: magro - magreza, belo - beleza, grande - grandeza.
- No sufixo - izar, que forma verbo: atualizar, batizar, hospita-
lizar.
Escreve-se com s Escreve-se com z
Alisar amizade
atrás azar
através azia
gás giz
groselha prazer
invés rodízio
Uso do g/j
O g é utilizado:
- Palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: pe-
dágio, relógio, refúgio.
- Substantivos que terminem em -gem: lavagem, viagem.
O j é utilizado:
- Palavras com origem indígena: pajé, canjica.
- Palavras com origem africana: jiló, jagunço.
Escreve-se com g Escreve-se com j
estrangeiro berinjela
gengibre cafajeste
geringonça gorjeta
gíria jiboia
ligeiro jiló
tangerina sarjeta
LÍNGUA PORTUGUESA
11
Parônimos e Homônimos
Há diferentes formas de escrita que existem, mas cujo signifi-
cado é diferente.
Palavras parônimas são parecidas na grafia ou na pronúncia, 
mas têm significados diferentes. 
Exemplos:
cavaleiro (de cavalos) cavalheiro (educado)
descrição (descrever) discrição (de discreto)
emigrar (deixar o país) imigrar (entrar no país)
Palavras homônimas têm a mesma pronúncia, mas significados 
diferentes. 
Exemplos:
cela (cômodo pequeno) sela (de cavalos)
ruço (pardo claro) russo (da Rússia)
tachar (censurar) taxar (fixar taxa)
Consoantes dobradas
- Só se duplicam as consoantes C, R, S.
- Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes soam 
distintamente: convicção, cocção, fricção, facção, etc.
- Duplicam-se o R e o S em dois casos: Quando, intervocálicos, 
representam os fonemas /r/ forte e /s/ sibilante, respectivamente: 
carro, ferro, pêssego, missão, etc. Quando há um elemento de com-
posição terminado em vogal a seguir, sem interposição do hífen, 
palavra começada com /r/ ou /s/: arroxeado, correlação, pressupor, 
etc.
Uso do hífen
Desde a entrada em vigor do atual acordo ortográfico, a escrita 
de palavras com hífen e sem hífen tem sido motivo de dúvidas para 
diversos falantes.
Palavras com hífen:
segunda-feira (e não segunda feira);
bem-vindo (e não benvindo);
mal-humorado (e não mal humorado);
micro-ondas (e não microondas);
bem-te-vi (e não bem te vi).
Palavras sem hífen:
dia a dia (e não dia-a-dia);
fim de semana (e não fim-de-semana);
à toa (e não à-toa);
autoestima (e não auto-estima);
antirrugas (e não anti-rugas).
QUESTÕES
01. SEAP-MG - Agente de Segurança Penitenciário – 2018 - 
IBFC
A ortografia estuda a forma correta da escrita das palavras de 
uma determinada língua, no caso a Língua Portuguesa. É influencia-
da pela etimologia e fonologia das palavras, assim sendo observe 
com atenção o texto. 
Agente Penitenciário, Agente Prisional, Agente de Segurança 
Penitenciário ou Agente Estadual/Federal de Execução Penal. En-
tre suas atribuições estão: manter a ordem, diciplina, custódia e 
vigilância no interior das unidades prisionais, assim como no âm-
bito externo das unidades, como escolta armada para audiências 
judiciais, transferência de presos etc. Desempenham serviços de 
natureza policial como aprensões de ilícitos, revistas pessoais em 
detentos e visitantes, revista em veículos que adentram as unidades 
prisionais, controle de rebeliões e ronda externa na área do períme-
tro de segurança ao redor da unidade prisional. Garantem a segu-
rança no trabalho de ressosialização dos internos promovido pelos 
pisicólogos, pedagogos e assistentes sociais. Estão subordinados às 
Secretarias de Estado de Administração Penitenciária - SEAP, secre-
tarias de justiças ou defesa social, dependendo da nomenclatura 
adotada em cada Estado.
 Fonte: Wikipedia – *com alterações ortográficas.
Assinale a alternativa que apresenta todas as palavras, retira-
das do texto, com equívocos em sua ortografia. 
A) atribuições; diciplina; audiências; desempenham. 
B) diciplina; aprensões; ressosialização; pisicólogos. 
C) audiências; ilícitos; atribuições; desempenham.
D) perímetro; diciplina; desempenham; ilícitos.
E) aprensões; ressosialização; desempenham; audiências.
02. ELETTROBRAS – LEITURISTA – 2015 – IADES
Considerando as regras de ortografia, assinale a alternativa em 
que a palavra está grafada corretamente. 
A) Dimencionar. 
B) Assosciação. 
C) Capassitores. 
D) Xoque. 
E) Conversão.
03. MPE SP – ANALISTA DE PROMOTORIA – 2015 - VUNESP
(Dik Brownie, Hagar. www.folha.uol.com.br, 29.03.2015. Adaptado)
Considerando a ortografia e a acentuação da norma-padrão 
da língua portuguesa, as lacunas estão, correta e respectivamente, 
preenchidas por:
A) mal ... por que ... intuíto
B) mau ... por que ... intuito
LÍNGUA PORTUGUESA
12
C) mau ... porque ... intuíto
D) mal ... porque ... intuito
E) mal ... por quê ... intuito
04. PBH Ativos S.A. - Analista Jurídico – 2018 – IBGP 
Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas 
conforme as regras do Novo Acordo Ortográfico relativas à sistema-
tização do emprego de hífen ou de acentuação.
A) Vôo, dêem, paranóico, assembléia, feiúra, vêem, baiúca. 
B) Interresistente, superrevista, manda-chuva, paraquedas. 
C) Antirreligioso, extraescolar, infrassom, coautor, antiaéreo.
D) Préhistória, autobservação, infraxilar, suprauricular, inábil.
05. MPE-GO - Auxiliar Administrativo – 2018 – MPE-GO 
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do pe-
ríodo abaixo. 
Agora que há uma câmera de ________. isto provavelmente 
não _____acontecerá, mas _____vezes em que, no meio de uma 
noite __________, o poeta levantava de seu banco [...]
A) investigassâo mas ouve chuvosa
B) investigassâo mais houve chuvoza
C) investigação mais houve chuvosa
D) investigação mas houve chuvosa
E) investigação mais ouve chuvoza
RESPOSTAS
01 B
02 E
03 D
04 C
05 C
5. EMPREGO DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA. 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
A acentuação gráfica é feita através de sinais diacríticos que, 
sobrepostos às vogais, indicam a pronúncia correta das palavras no 
que respeita à sílaba tônica e no que respeita à modulação aberta 
ou fechada das vogais.
Esses são elementos essenciais para estabelecer organizada-
mente, por meio de regras, a intensidade das palavras das sílabas 
portuguesas.
Acentuação tônica 
Refere-se à intensidade em que são pronunciadas as sílabas 
das palavras. Aquela que é pronunciada de forma mais acentuada 
é a sílaba tônica. As demais, pronunciadas com menos intensidade, 
são denominadas de átonas.
De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos com 
mais de uma sílaba classificam-se em:
Oxítonos: quando a sílaba tônica é a última: café, rapaz, escri-
tor, maracujá.
Paroxítonos: quando a sílaba tônica é a penúltima: mesa, lápis, 
montanha, imensidade.
Proparoxítonos: quando a sílaba tônica é a antepenúltima: ár-
vore, quilômetro, México.
Acentuação gráfica
- Proparoxítonas: todas acentuadas (místico, jurídico, bélico).
- Palavras oxítonas: oxítonas terminadas em “a”, “e”, “o”, “em”, 
seguidas ou não do plural (s): (Paraná – fé – jiló (s)).
- Também acentuamos nos casos abaixo: 
- Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos 
ou não de “s”: (pá – pé – dó)
- Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos seguidas 
de lo, la, los, las: (recebê-lo – compô-lo)
- Paroxítonas:Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas 
em: i, is (táxi – júri), us, um, uns (vírus, fórum), l, n, r, x, ps (cadáver 
– tórax – fórceps), ã, ãs, ão, ãos (ímã – órgãos).
- Ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de 
“s”: (mágoa – jóquei)
Regras especiais:
- Ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi”, perderam o acento 
com o Novo Acordo. 
Antes agora
Assembléia Assembleia
Idéia Ideia
Geléia Geleia
Jibóia Jiboia
Apóia (verbo) Apoia
Paranóico Paranoico
 
- “i” e “u” tônicos formarem hiato com a vogal anterior, acom-
panhados

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