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URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 2 Urgência e Emergência – Questões comentadas URGÊNCIA E EMERGÊNCIA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA (X, A, B, C, D, E) 01. (CESPE – TER BA – 2017 – ENFERMEIRO) O atendimento pré-hospitalar de vítimas de trauma é frequentemente realizado com base em protocolo que compreende uma avaliação primária e uma secundária. A avaliação primária é baseada no método ABCDE, que compreende cinco etapas, entre elas, a etapa de circulação e controle de hemorragias, que: a) deve ser realizada após a exposição do paciente, a fim de se detectarem outras lesões. b) dispensa a infusão de solução cristaloide, realizada somente na avaliação secundária. c) dispensa a determinação exata de pressão arterial, para que se proceda imediatamente à ressuscitação do paciente. d) é prioritária em relação às demais. e) deve ser realizada após a avaliação neurológica. DICA DO AUTOR: A avaliação ABCDE do atendimento ao traumatizado segue uma ordem de prioridades: A – (Airway) – Vias aéreas e controle da coluna cervical; B – (Breathing) – Respiração e Ventilação; C – (Circulation) – Circulação com controle de hemorragia; D – (Disability) – Exame neurológico sumário; E – (Exposure) – Exposição com controle da hipotermia. O famoso mnemônico do trauma “abcde” ganhou na 9ª edição do PHTLS 2018, no capítulo 6 , mais uma letra. O “x’ de hemorragia exsanguinante, ou seja, hemorragia externa grave. Alternativa A: INCORRETA. A exposição do paciente é a última etapa, onde deve-se atentar também para o controle da temperatura. ¹ Alternativa B: INCORRETA. Pode-se repor volemia com solução cristaloide isotônica, com o objetivo de manter pressão sistólica > 80 mmHg. Esta reposição pode ocorrer na etapa C (Circulation), ainda na avaliação primária. ¹ Alternativa C: CORRETA. A tomada de decisão quanto ao início da RCP dispensa mensuração da pressão arterial. Se o paciente estiver irresponsivo, sem respirar ou respirando em gasping, deve-se iniciar a RCP de qualidade, focando nas compressões torácicas em detrimento da ventilação. É importante ressaltar que entre a verificação de parada cardiorrespiratória e o início das compressões, o tempo não pode ser superior a 10 segundos. ¹ 3 Urgência e Emergência – Questões comentadas Alternativa D: INCORRETA. Com a nova atualização de 2018, a etapa X (hemorragia exsanguinante) entra como prioridade. A abordagem a esta, deve ser antes mesmo do manejo das vias aérea uma vez que, epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias aéreas ser responsável pelos óbitos em um curto período de tempo, o que mais mata no trauma são as hemorragias graves. ¹ Alternativa E: INCORRETA. O correto é antes da avaliação neurológica. ¹ REFERÊNCIAS 1. American Heart Association. Guidelines for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care. Circulation [Internet]. 2015 LESÃO CEREBRAL TRAUMÁTICA 02. (PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO – 2017 – INSPETOR DE SEGURANÇA) Perda momentânea da consciência com alteração da memória após traumatismo cranioencefálico sem lesão de tecido cerebral. Essa é a definição de: a) contusão cerebral b) crise convulsiva c) concussão cerebral d) edema cerebral Alternativa A: INCORRETA. A contusão cerebral é uma lesão grave do cérebro que normalmente acontece após um traumatismo craniano grave causado por um impacto direto e violento na cabeça, como o que acontece durante acidentes de trânsito ou quedas de grande altura, por exemplo. É possível desenvolver sequelas, como problemas de memória, dificuldades de atenção ou alterações das emoções, especialmente durante o tratamento, quando o cérebro ainda não está completamente recuperado. ¹ Alternativa B: INCORRETA. Uma convulsão ocorre quando há uma atividade elétrica anormal do cérebro. Essa atividade anormal pode passar despercebida ou, em casos mais graves, pode produzir uma alteração ou perda de consciência acompanhada de espasmos musculares involuntários - que é definido como crise convulsiva ou convulsão. ¹ Alternativa C: CORRETA. A concussão é uma perda da consciência e, algumas vezes, da memória de curta duração que ocorre após uma lesão cerebral e que não causa nenhuma lesão orgânica evidente. As concussões causam uma disfunção cerebral, mas não acarretam lesão estrutural visível. Elas podem ocorrer mesmo após um traumatismo 4 Urgência e Emergência – Questões comentadas crânio-encefálico menor, dependendo da intensidade com que o cérebro foi mobilizado no interior da caixa craniana. ¹ Alternativa D: INCORRETA. Edema cerebral é um acúmulo excessivo de água nos espaços intracelular e/ou extracelular do cérebro. ¹ REFERÊNCIAS 1. Brain Trauma Foundation, American Association of Neurological Surgeons, Congress of Neurological Surgeons, et al. Guidelines for the management of severe traumatic brain injury. Introduction. J Neurotrauma 2016; 4th edition. TRAUMA RAQUIMEDULAR 03. (IBGP – CISSUL MG – 2017 – ENFERMEIRO) Uma equipe de Suporte Avançado de Vida do SAMU está atendendo uma vítima de mergulho em águas rasas com traumatismo raquimedular e com quadro de choque neurogênico, dos achados semiológicos abaixo. Assinale aquele achado que MELHOR caracteriza o quadro e permite a diferenciação clínica dos demais tipos de choque. a) Taquicardia. b) Pele fria e úmida. c) Bradicardia. d) Hipotensão. DICA DO AUTOR: CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE: cardiogênico; hipovolêmico; distributivo - anafilático, neurogênico e séptico; obstrutivo. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO TIPO DE CHOQUE: hipovolêmico – hemorrágico: diminuição do volume sanguíneo (principais causas: hemorragias, vômitos e diarreias); distributivo: alterações do tônus vascular (pode ser: neurogênico, séptico ou anafilático); cardiogênico: coração (interferência no bombeamento do coração). ¹ Alternativa A: INCORRETA. Característica dos demais tipos de choque, exceto o neurogênico.¹ Alternativa B: INCORRETA. Característica dos demais tipos de choque, exceto o neurogênico.¹ 5 Urgência e Emergência – Questões comentadas Alternativa C: CORRETA. O choque neurogênico é o único dos tipos de choque que apresenta temperatura da pele quente e seca. Ocorre bradicardia devido a redução do débito cardíaco, provocado pela redução da contratilidade miocárdica. ¹ Alternativa D: INCORRETA. Ocorre hipotensão, no entanto não é uma exclusividade deste tipo de choque. ¹ REFEFÊNCIAS 1. Prehospital Trauma Life Support (PHTLS) atendimento pré-hospitalar ao traumatizado, 8ª edição. NAEMT & ACS. 2016, Editora Elsevier. TRAUMA MUSCULOESQUELÉTICO 04. (CONSULPLAN – TRE RJ – 2017 – ENFERMEIRO) Em trauma de membros superiores e inferiores, o pulso e a perfusão dos membros devem ser avaliados. Assinale a alternativa que cita corretamente os pulsos que podem ser avaliados nos traumas de membros superiores. a) Braquial e radial. b) Radial e poplíteo. c) Poplíteo e tibial posterior. d) Tibial posterior e braquial. DICA DO AUTOR: Além dos pulsos superiores, o socorrista deve atentar aos pulsos dos membros inferiores. Assim, quando falamos de sistema arterial nos membros inferiores (MMII), temos que verificar os pulsos arteriais acessíveis. Dentre eles, estão os das artérias: Femoral: entre a espinha ilíaca ântero-superior e a sínfise púbica, logo abaixo do ligamento inguinal; Poplítea: no cavado poplíteo, atrás do joelho; Pediosa: no dorso do pé, entre músculo extensor longo do hálux e extensor longo dos dedos (no topo do pé, próximo ao dedão); Tibial posterior: logo atrás do maléolo medial. ¹ Alternativa A: CORRETA. Os pulsos que podem ser avaliados nos membros superiores (MMSS): Compreende a palpação das artérias radial, ulnar, braquial e axilar. ¹ Alternativa B: INCORRETA. O poplíteo é palpado em membros inferiores. ¹ Alternativa C: INCORRETA. O poplíteo e o tibial posterior são palpados em membros inferiores. ¹ 6 Urgência e Emergência – Questões comentadas Alternativa D: INCORRETA. O tibial posterior é palpado em membros inferiores. ¹ REFEFÊNCIAS 1. Prehospital TraumaLife Support (PHTLS) atendimento pré-hospitalar ao traumatizado, 8ª edição. NAEMT & ACS. 2016, Editora Elsevier. TRAUMA ABDOMINAL 05. (INICIATIVA GLOBAL – CIAS MG – 2017 – TÉCNICO DE ENFERMAGEM) O trauma abdominal é responsável por um número expressivo de mortes evitáveis. A melhor forma de prevenir essas mortes é suspeitar de possíveis lesões intra-abdominais. No ambiente pré-hospitalar, a avaliação do trauma abdominal pode ser muito difícil. Os achados abaixo descritos elevam o índice de suspeição de lesão abdominal, EXCETO: a) Volante entortado. b) “Sinal do cinto de segurança”. c) Nível de choque menor do que o explicado por outras lesões. d) Mecanismos de lesão compatível com desaceleração rápida ou forças de compressão significativas. DICA DO AUTOR: Embora os órgãos abdominais sejam mais frequentemente lesionados em eventos com grande quantidade de energia cinética com desaceleração rápida, tais lesões podem ser discretas, portanto todos os dispositivos ou equipamentos envolvidos no trauma devem ser avaliados, incluindo cinto de segurança, airbags ou roupas acolchoadas. ¹ Alternativa A: CORRETA. Não consta na literatura como indicativo de lesão abdominal. ¹ Alternativa B: CORRETA. Quando há uma desaceleração brusca, o cinto de segurança tende a travar. Este mecanismo, dependendo do trauma, causa o “sinal do cinto de segurança” no qual é possível visualizar o hematoma no corpo da vítima correspondente ao cinto. ¹ Alternativa C: INCORRETA. Um dos indicadores de lesão abdominal é o grau de choque maior do que o pode ser explicado por outras lesões. ¹ Alternativa D: CORRETA. Como citado acima, existem sinas compatíveis com desaceleração brusca, que podem indicar lesão abdominal. ¹ 7 Urgência e Emergência – Questões comentadas REFERÊNCIAS 1. Prehospital Trauma Life Support (PHTLS) atendimento pré-hospitalar ao traumatizado, 8ª edição. NAEMT & ACS. 2016, Editora Elsevier. TRAUMA DE TÓRAX 06. (IADES - 2019 - ENFERMEIRO) Durante a avaliação de um paciente com trauma torácico, há possibilidade de identificação de pneumotórax aberto. O pneumotórax aberto exige um cuidado rápido de enfermagem para estabilização do paciente. Esse cuidado consiste na realização de: a) curativo de três pontos. b) ventilações de resgate – 10 por minuto. c) radiografia de tórax de emergência. d) descompressão pleural. e) compressões torácicas de emergência. DICA DO AUTOR: A ocorrência de um ferimento na parede torácica que atinja todas as camadas da mesma permite a entrada de ar atmosférico na cavidade pleural, resultando em um imediato equilíbrio entre as pressões intratorácica e atmosférica. Se a lesão da parede for igual ou superior a dois terços do diâmetro da traqueia da vítima, a cada incursão respiratória o ar passará preferencialmente pelo ferimento da parede, visto que ele tende a passar pelo local de menor resistência. O resultado é um prejuízo considerável da ventilação efetiva, resultando em hipóxia. Pneumotórax aberto é o pneumotórax com uma abertura pérvia na parede do tórax; quando a abertura é grande o bastante, a mecânica respiratória é prejudicada. ¹ Alternativa A: CORRETA. O Tratamento inicial do pneumotórax aberto consiste na realização de um curativo quadrangular que cubra todas as bordas da lesão. Apenas três de seus lados devem ser fixados com esparadrapo ou similar. O objetivo é produzir um efeito de válvula. Quando o paciente inspirar, a sucção da ferida fará o curativo colabar, impedindo a entrada de ar. Quando o paciente expirar, o lado não fixado permitirá o escape de ar. ¹ 8 Urgência e Emergência – Questões comentadas Alternativa B: INCORRETA. Também conhecida como “respiração boca a boca” a ventilação de resgate não é indicada neste caso, haja vista que não há PCR. Além do mais, a ventilação poderia agravar o pneumotórax. ¹ Alternativa C: INCORRETA. A radiografia é um exame complementar de solicitação médica e não um cuidado de enfermagem para estabilização. ¹ Alternativa D: INCORRETA. A descompressão pleural, realizada com agulha ou cateter, é conduta médica para estabilização do paciente. ¹ Alternativa E: INCORRETA. A compressão está contraindicada, uma vez que o caso não é de PCR. ¹ REFERÊNCIAS 1. Prehospital Trauma Life Support (PHTLS) atendimento pré-hospitalar ao traumatizado, 8ª edição. NAEMT & ACS. 2016, Editora Elsevier. CUIDADOS AO PACIENTE COM DISTÚRBIOS MÚSCULO ESQUELÉTICOS 07. (UFTM - 2018 - TÉCNICO EM ENFERMAGEM) Os traumas esqueléticos podem acontecer em qualquer etapa da vida, mas as fraturas de quadril acontecem muito frequentemente em pessoas idosas, o que acaba tornando este um fator que contribui para a mortalidade de pessoas acima de 75 anos. Analise as assertivas e atribua V para as assertivas verdadeiras e F para as falsas. Escolha a alternativa que apresenta a sequência CORRETA. ( ) Clientes idosos que sofrem fraturas têm maiores chances de apresentar complicações, por comumente associarem à condição atual, doenças crônicas pré-existentes. ( ) A imobilidade decorrente da fratura torna o cliente mais propenso a lesões de pele, o que pode estar agravado pela alterações decorrentes do envelhecimento fisiológico da pele, e se caso ocorrer, incontinência urinária. ( ) Idosos hospitalizados podem apresentar confusão após a ocorrência da fratura, resultante de estresse, medicamentos, privação do sono ou outras complicações, como, processos infecciosos. ( ) Complicações neurovasculares são raras em caso de fraturas em idosos, o que dispensa preocupação e avaliação da equipe de enfermagem voltada ao membro afetado. A sequência CORRETA é: 9 Urgência e Emergência – Questões comentadas a) V – F – V – V b) F – V – V – V c) V – V – F – F d) V – V – V – F DICA DO AUTOR: A melhor maneira de reduzir a mortalidade e a morbidade do trauma entre os idosos é certamente a prevenção. Algumas estratégias, em diferentes momentos, podem concorrer tanto para que essa prevenção ocorra como para a diminuição das complicações advindas das injúrias sofridas, como por exemplo: a) Educar a população idosa e familiares sobre a importância da prevenção de acidentes e promover programas que possam influenciar na legislação acerca dos cuidados e direitos dos idosos; b) Criar e ensinar para o paciente e familiares, mecanismos de atendimento primário que venham a impedir a piora das lesões durante o processo de queda bem como durante transferência do paciente para tratamento; c) Promover a prevenção ou redução das complicações durante o tratamento e após retorno do idoso ao seu ambiente familiar ou outros. Assertiva I: CORRETA. A presença de doenças que ocasionem redução da capacidade física pode acarretar efeitos sobre o controle postural do indivíduo. As principais condições patológicas que predispõem à queda são: doenças cardiovasculares, neurológicas, osteomusculares, endocrinológicas, geniturinária, psiquiátricas e sensoriais. ¹ Assertiva II: CORRETA. O decúbito prolongado é um fator desencadeante de lesão por pressão, além disso, a pele desidratada por conta do envelhecimento fisiológico e problemas como incontinência urinária, deixando a pele úmida por tempo prolongado, também são fatores importantes para a presença de LPP. ¹ Assertiva III: CORRETA. O paciente idoso por si só já apresenta disposição para confusão. Quando submetido a internação, ambiente estressante, infusão de drogas, dentre outros, tal disposição torna-se substancial. ¹ Assertiva IV: INCORRETA. Complicações neurovasculares NÃO são raras em caso de fraturas em idosos, o que NÃO dispensa a preocupação e avaliação da equipe de enfermagem voltada ao membro afetado. REFERÊNCIAS 1. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Buksman S, Vilela ALS, Pereira SRM, Lino VS, Santos VH. Projeto Diretrizes. Quedas em idosos: prevenção. São Paulo: Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina; 2008. 10 Urgência e Emergência – Questões comentadas IMV:MÉTODO S.T.A.R.T E MÉTODO C.R.A.M.P08. (AOCP - EBSERH - 2017 - ENFERMEIRO URGÊNCIA E EMERGÊNCIA) A equipe está atendendo acidente com múltiplas vítimas pelo método START. O paciente, após manobras, não obedece a solicitações verbais, porém sua frequência respiratória é maior que 30/minutos e sua perfusão periférica (enchimento capilar) é maior que dois segundos. Qual cartão deve ser usado na Triagem desse paciente? a) Cartão Azul. b) Cartão Preto. c) Cartão Vermelho. d) Cartão Amarelo. e) Cartão Verde. DICA DO AUTOR: O método S.T.A.R.T utiliza do mnemônico “30-2-pode fazer” para triar as vítimas de um incidente, no qual “30” avalia a capacidade respiratória em um minuto, “2” a qualidade da perfusão periférica em 2 segundos e “pode fazer” o nível de consciência dessa vítima para seguir os comandos dos socorristas. Essa avaliação inicial dura aproximadamente 30 segundos e não deve ultrapassar 60 segundos. Portanto, é rápida e não requer equipamentos médicos especializados. O método C.R.A.M.P é utilizado com o mesmo objetivo da tabela S.T.A.R.T., com o diferencial que a tabela C.R.A.M.P. possui parâmetros mais específicos devendo então ser utilizada por médicos. A classificação das vítimas também é feita através de cores e a prioridade de atendimento é a mesma do método S.T.A.R.T. O método C.R.A.M.P. é um dos mais difundidos internacionalmente e foi popularizado na América do Sul por especialistas argentinos em medicina de desastres. A sigla surgiu da reunião das iniciais das seguintes palavras: Circulação - C; Respiração - R; Abdômen - A; Motor ou movimento - M; Psiquismo ou palavra - P. Alternativa A: INCORRETA. O cartão azul é utilizado na Triagem de Manchester, no qual o atendimento é não urgente, podendo ser realizado em até 240 minutos. Os casos com essa classificação consistem em dor leve, escoriações, contusões, procedimentos simples, curativos e receitas. ¹ Alternativa B: INCORRETA. O cartão preto é utilizado quando não há movimento respiratório na vítima. Corresponde também aos pacientes terminais, com lesões de extrema gravidade e cujo prognósticos são sombrios, que, mesmo atendido imediatamente por equipe médica experiente, irão falecer. ¹ Alternativa C: CORRETA. prioridade 1 Corresponde aos feridos graves, com lesões severas, em situações de riscos iminentes, cujas probabilidades de sobreviver dependem 11 Urgência e Emergência – Questões comentadas de cuidados imediatos, por equipe médica experiente, em local adequado (pacientes de alto risco). Alternativa D: INCORRETA. prioridade 2 Corresponde aos feridos com lesões graves, mas, que por não estarem em estado de risco iminente, tem menor prioridade que os de alto risco, já que sua sobrevivência independe de cuidados imediatos. Alternativa E: INCORRETA. Prioridade 4 Pacientes com lesões leves e baixo nível de risco e são liberados para controle ambulatoriais. REFERÊNCIAS 1. Prehospital Trauma Life Support (PHTLS) atendimento pré-hospitalar ao traumatizado, 8ª edição. NAEMT & ACS. 2016, Editora Elsevier. QUEIMADURAS 09. (IBADE - 2019 - ENFERMEIRO) Paciente M.S.S 58 anos deu entrada em uma unidade de pronto atendimento de urgência e emergência, com quadro de queimadura causada por uma combustão em um acidente de trabalho. Ele apresentava queimadura extensa no tórax anterior e em todo o membro superior (direito e esquerdo). O enfermeiro realizou o cálculo de porcentagem da extensão queimada para determinação das necessidades hídricas que serão prescritas pelo médico de plantão. Seguindo as orientações da Cartilha para tratamento de emergência das queimaduras do Ministério da Saúde, o percentual da superfície corporal atingida desse paciente, calculada pelo enfermeiro utilizando a Regra dos Nove, é de aproximadamente: a) 34% b) 22% c) 29% d) 36% e) 27% DICA DO AUTOR: As queimaduras podem ser classificadas segundo sua extensão. Para fazer o cálculo da Superfície Corporal Queimada (SCQ), utiliza-se a Regra dos Nove e apresenta-se o resultado da soma em percentagem (% de SCQ), para adultos: cabeça (frente e atrás) = 9%; costas = 18%; tórax = 18%; braço direito = 9%; braço esquerdo = 9%; períneo = 1%; 12 Urgência e Emergência – Questões comentadas perna direita = 18%; perna esquerda = 18% Alternativa A: INCORRETA. Tronco frente + braço direito + braço esquerdo = 36% Alternativa B: INCORRETA. Tronco frente + braço direito + braço esquerdo = 36% Alternativa C: INCORRETA. Tronco frente + braço direito + braço esquerdo = 36% Alternativa D: CORRETA. Tronco frente + braço direito + braço esquerdo = 36% Alternativa E: INCORRETA. Tronco frente + braço direito + braço esquerdo = 36% REFERÊNCIAS 1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Cartilha para tratamento de emergência das queimaduras / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012. 20 p. : il. – (Série F. Comunicação e Educação em Saúde). PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E RCP: SUPORTE BÁSICO DE VIDA 10. (FUNDEP - UPA CS - 2018 - ENFERMAGEM) Sobre os sinais de parada cardiorrespiratória (PCR), é correto afirmar: a) A ausência de movimentos respiratórios (apneia) é determinante para o estado de PCR. b) A respiração agônica indica que os batimentos cardíacos ainda estão presentes. c) O estado de inconsciência indica a necessidade imediata de iniciar as manobras de reanimação cardiopulmonar. d) A ausência de pulso carotídeo é sinal patognomônico de PCR. DICA DO AUTOR: A American Heart Association criou no seu Guideline um elo estruturado numa sequência de intervenções aplicadas de forma integrada e contínua. O primeiro elo envolve o reconhecimento precoce da PCR e o chamado do sistema de emergência disponível. O segundo elo é caracterizado pelo suporte básico de vida e o terceiro é a desfibrilação precoce. O emprego de medidas avançadas de suporte de vida, como intubação e emprego de drogas, é o quarto elo. O quinto elo foi adicionado na última revisão sobre o tema, realizada em 2010. Nesse consenso, é reforçada a importância dos cuidados pós- ressuscitação aplicados aos sobreviventes da PCR, como a hipotermia induzida. 13 Urgência e Emergência – Questões comentadas Alternativa A: INCORRETA. Não há necessidade de ausência de movimentos respiratórios para se atestar uma PCR. Na realidade, em muitos casos ocorre o chamado gasping ou respiração agônica. ¹ Alternativa B: INCORRETA. Lembrar que a presença de respiração agônica ou “gasping” deve ser considerada como ausência de respiração, logo ausência de batimentos cardíacos. Alternativa C: INCORRETA. Determina-se que há uma PCR quando, além da irresponsividade, não há pulso carotídeo e nem respiração ou respiração em gasping. Alternativa D: CORRETA. ‘’patognomônico’’ significa específico de uma determinada doença. De fato a ausência do pulso carotídeo é característico de PCR. ¹ REFERÊNCIAS 1. American Heart Association. Guidelines for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care. Circulation [Internet]. 2015 PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E RCP: SUPORTE AVANÇADO DE VIDA 11. (IBGP - CISSUL MG - 2017 - ENFERMEIRO) Uma equipe de suporte avançado de vida atendeu uma vítima de parada cardiorrespiratória com o ritmo assistolia realizando as seguintes ações não listadas em ordem cronológica de realização. São ações que devem ser executadas, EXCETO: a) Desfibrilação. b) Administração de adrenalina. c) Compressões torácicas externas. d) Intubação orotraqueal. DICA DO AUTOR: A American Heart Association criou no seu Guideline um elo estruturado numa sequência de intervenções aplicadas de forma integrada e contínua, para o suporte avançado de vida no ambiente intra hospitalar. O primeiro elo envolve a vigilância e a prevenção, seguido de reconhecimento da PCR e acionamento da equipe de emergência por profissionais de 14 Urgência e Emergência – Questões comentadas saúde básica. O terceiroelo já se trata do início da RCP, seguido da rápida desfibrilação pela equipe de ressuscitação e finalizando com o quinto elo que envolve os cuidados pós- PCR. ¹ Alternativa A: INCORRETA. O desfibrilador é usado em ritmos chocáveis como fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso. ¹ Alternativa B: CORRETA. a evidência existente recomenda o uso da Adrenalina durante a parada cardíaca como recomendação classe IIb, quer dizer que deve ser considerada porque os benefícios podem superar os riscos. A recomendação é usar 1 mg de adrenalina a cada 3-5 min. ¹ Alternativa C: CORRETA. O socorrista deve iniciar a RCP com 30 compressões torácicas seguida de duas respirações. Vale ressaltar que a RCP deve ser de qualidade, ou seja, comprimir o tórax com frequência (velocidade de 100 a 120/min) e profundidade adequadas (cerca de 2 polegadas ou 5cm mas não superior a 2,4 polegadas ou 6cm), permitindo retorno do tórax após cada compressão e minimizando interrupções e ventilações excessivas. ¹ Alternativa D: CORRETA. Além da intubação, pode-se intervir com aspiração em casos de obstrução. ¹ REFERÊNCIAS 1. American Heart Association. Guidelines for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care. Circulation [Internet]. 2015 SÍNDROME CORONÁRIA AGUDA: IAM 12. (COPERVE UFSC - 2018 - TÉCNICO EM ENFERMAGEM) O paciente R.D.S., internado na Clínica Médica com diagnóstico de hipertensão arterial, diabetes mellitus descompensada e angina pectoris, relata que está com uma leve dor epigástrica e nas costas. Considerando essa queixa em relação ao quadro clínico do paciente, é correto afirmar que: a) no infarto agudo do miocárdio, o paciente sempre tem dor retroesternal irradiada para ombro e mandíbula. b) no infarto agudo do miocárdio, a pressão arterial deve estar aumentada. c) as enzimas troponinas estão diminuídas no infarto agudo do miocárdio. d) a cianose de extremidades é um sinal muito frequente no infarto agudo do miocárdio. 15 Urgência e Emergência – Questões comentadas e) o infarto agudo do miocárdio em pacientes diabéticos pode se manifestar com sintomas atípicos. Alternativa A: INCORRETA. Vale ressaltar que deve-se ter cuidado com termos semelhantes a “sempre” que indicam totalidade ou exclusão completa. A dor pode se irradiar para pescoço, costas e braços (a “famosa” irradiação para braço esquerdo é apenas uma das possibilidades). ¹ Alternativa B: INCORRETA. Infarto também pode ocorrer se o fluxo sanguíneo para o coração é severamente diminuído, em situações como a pressão arterial muito baixa (choque). ¹ Alternativa C: INCORRETA. Na realidade é um sinal de choque. ¹ Alternativa D: CORRETA. Na pessoa com diabetes, os sinais clássicos de infarto agudo como a dor forte no peito, irradiando para o braço podem não ser muito evidentes. Em algumas pessoas, os sintomas de falta de ar (dispneia) surgida sem explicação, uma sensação de mal estar generalizado com sudorese, náuseas e vômitos, um desmaio inexplicável e até mesmo uma descompensação da glicose podem ocorrer. Isso ocorre por conta de outra complicação da diabetes: neuropatia autonômica. ¹ REFERÊNCIAS 1 Sociedade Brasileira de Cardiologia. V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST. Volume 105, Nº 2, Suplemento 1, Agosto 2015 TAQUIARRITMIAS 13. (AOCP - EBSERH - 2017 - ENFERMEIRO) Fibrilação Ventricular, Taquicardia Ventricular sem pulso, Atividade Elétrica sem pulso e assistolia são mecanismos considerados modalidades de: a) parada respiratória. b) parada cardíaca. c) trombose periférica. d) embolia pulmonar. e) desfibrilação ventricular à direita. Alternativa A: INCORRETA. Ausência de fluxo de ar nos pulmões. ¹ 16 Urgência e Emergência – Questões comentadas Alternativa B: CORRETA. Contração ineficaz ou ausência de batimentos cardíacos. ¹ Alternativa C: INCORRETA. Formação de coágulos no interior de vasos periféricos. ¹ Alternativa D: INCORRETA. Obstrução de vaso pulmonar por um trombo. ¹ Alternativa E: INCORRETA. Correção de corrente elétrica cardíaca irregular por aplicação de carga elétrica. ¹ REFERÊNCIAS 1 Sociedade Brasileira de Cardiologia. V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST. Volume 105, Nº 2, Suplemento 1, Agosto 2015 BRADIARRITMIAS 14. (AOCP - EBSERH - 2017 - ENFERMEIRO) A bradicardia é uma frequência cardíaca lenta em comparação com a faixa de normalidade para a idade e o nível de atividade da criança. É um sinal indicativo de Parada Cardiorrespiratória (PCR) iminente em bebês e crianças, especialmente quando associada à instabilidade hemodinâmica. O enfermeiro deve estar atendo aos sinais de comprometimento cardiopulmonar relacionados à bradicardia. Assinale a alternativa que apresenta um desses sinais. a) Hipertensão. b) Manutenção do nível de consciência. c) Perfusão inadequada dos órgãos-alvo. d) Manutenção do padrão e frequência respiratória. e) Perfusão periférica satisfatória. DICA DO AUTOR: Bradicardia é um termo utilizado na medicina para designar uma diminuição na frequência cardíaca. Convenciona-se como normal no ser humano uma frequência cardíaca entre 60 e 100 batimentos por minuto. Alternativa A: INCORRETA. Na realidade ocorre hipotensão. ¹ Alternativa B: INCORRETA. Pode ocorrer tontura e desmaio. ¹ 17 Urgência e Emergência – Questões comentadas Alternativa C: CORRETA. Ocorre má perfusão sistêmica e podem surgir sinais e sintomas de choque. ¹ Alternativa D: INCORRETA. Na realidade pode ocorrer respiração de Cheyne-Stokes ou dificuldade respiratória. ¹ Alternativa E: INCORRETA. Como dito anteriormente, na realidade ocorre má perfusão sistêmica. ¹ REFERÊNCIAS 1 Sociedade Brasileira de Cardiologia. V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST. Volume 105, Nº 2, Suplemento 1, Agosto 2015 AVE 15. (COMPERVE - SESAP RN - 2018 - ENFERMAGEM) O Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou encefálico é a doença que mais mata os brasileiros e a principal causa de incapacidade no mundo. Apesar de atingir com mais frequência indivíduos acima de 60 anos, o AVC pode ocorrer em qualquer idade. Sobre o AVC, analise as afirmativas a seguir. I Entre os fatores de maior risco para o AVC, estão o sexo feminino, a raça branca e o uso de anticoncepcional. II O AVC infantil pode ocorrer em lactentes, crianças e mesmo antes do nascimento. III Os sinais de alerta mais comuns de um AVC incluem a assimetria da face, a fraqueza em um dos braços ou perna, a dificuldade de fala ou a dor de cabeça súbita. IV Se houver rapidez no atendimento do AVC, o medicamento que dissolve o coágulo, no AVC isquêmico, pode ser dado aos pacientes até 6 horas do início dos sintomas , o que pode reduzir a probabilidade de sequelas. Dentre as afirmativas, estão corretas a) I e II. b) II e III. c) I e IV. 18 Urgência e Emergência – Questões comentadas d) III e IV. DICA DO AUTOR: O acidente vascular cerebral (AVC), também chamado de acidente vascular encefálico (AVE), infarto cerebral, isquemia cerebral, trombose cerebral ou derrame é uma complicação do sistema nervoso central que ocorre quando o suprimento de sangue para uma região do cérebro é interrompido ou substancialmente reduzido, privando o tecido cerebral de oxigênio e nutrientes. O derrame cerebral é chamado de AVC isquêmico quando o infarto cerebral ocorre por obstrução ao fluxo de sangue em uma artéria cerebral, ou AVC hemorrágico, quando a redução do suprimento sanguíneo surge em decorrência do rompimento de um vaso cerebral. ¹ Assertiva I: INCORRETA. Pessoas do sexo masculino e a raça negra exibem maior tendência ao desenvolvimento de AVC. O uso de pílulas anticoncepcionais pode favorecer o surgimento de AVC, principalmente em mulheres fumantes, ou com hipertensão arterial, ou com enxaqueca. ¹Assertiva II: CORRETA. De fato pode ocorrer em qualquer idade. ¹ Assertiva III: CORRETA. Utiliza-se também o mnemônico SAMU: Sorria, Abrace, Música, Urgente. ¹ Assertiva IV: INCORRETA. Se houver rapidez no atendimento do AVC, até 4,5 horas do início dos sintomas um medicamento que dissolve o coágulo pode ser dado aos pacientes com AVC isquêmico, o tipo mais comum de AVC, diminuindo a chance de sequelas. ¹ Gabarito: B REFERÊNCIAS 1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual de rotinas para atenção ao AVC / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especiali zada. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. 50 p. : il PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDIOVASCULAR 16. (UPNET/IAUPE - UPE - 2017 - ENFERMEIRO) Sobre as cirurgias de grande porte, analise as afirmativas abaixo e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas. 19 Urgência e Emergência – Questões comentadas ( ) São complicações pós-operatórias imediatas do transplante de fígado: sangramento, infecção, rejeição e demora na recuperação da função do enxerto, trombose da artéria hepática e trombose da veia porta. ( ) No pós-operatório de transplante de fígado, há um elevado risco de atelectasia e alterações da razão ventilação – perfusão em consequência da lesão do diafragma durante o procedimento cirúrgico, da anestesia prolongada, da imobilidade e da dor. ( ) No pós-operatório de transplante renal, o rim de um doador cadáver pode passar por necrose tubular aguda e, portanto, pode não funcionar por 2 ou 3 semanas, período durante o qual a anúria, oligúria ou poliúria podem se desenvolver. ( ) Uma das complicações do pós-operatório da revascularização do miocárdio é a diminuição do débito cardíaco provocado pela hipovolemia. Para reposição de líquido, são prescritas soluções coloides, concentrado de hemácias ou soluções cristaloides. Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA. a) V-V-F-F b) F-V-V-F c) V-V-V-V d) F-F-F-V e) V-V-V-F Assertiva I: VERDADEIRA. Para isso, a equipe deve estar atenta a prevenção de infecção, utilização de imunossupressores, deambulação e avaliação da utilização de anticoagulantes. ¹ Assertiva II: VERDADEIRA. Atelectasia é o colapso de uma parte dos pulmões. O confinamento na cama e a pouca deambulação também são fatores de risco. ¹ Assertiva III: VERDADEIRA. Perda de função renal com anúria ou diminuição abrupta da diurese. Pode manifestar-se cedo ou tardiamente no pós-transplante, associada ou não com infecção urinária. ¹ Assertiva IV: VERDADEIRA. Hipovolemia é o estado de diminuição do volume sanguíneo, mais especificamente do volume de plasma sanguíneo. Para isso, deve-se infundir soluções coloides, concentrado de hemácias ou soluções cristaloides. ¹ Gabarito: C REFERÊNCIAS 1. BRUNNER, L. S.; SUDDARTH, D. S. Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 2404p. 20 Urgência e Emergência – Questões comentadas INTOXICAÇÕES EXÓGENAS 17. (IADES - CORREIOS - 2017 - ENFERMEIRO DO TRABALHO) Qual alternativa a seguir apresenta o conceito de intoxicação. a) Expressão patológica da reação biológica adversa decorrente da interação entre o agente tóxico e o organismo. b) Conjunto de sinais e sintomas que evidenciam a ação tóxica causada por um xenobiótico em um organismo vivo. c) Propriedade potencial que as substâncias químicas apresentam, em maior ou menor grau, de causar um efeito nocivo ao interagirem com organismos vivos. d) Probabilidade de uma substância produzir dano sob determinadas condições de exposição. e) Probabilidade de uma substância não produzir dano sob determinadas condições de exposição. DICA DO AUTOR: A intoxicação pode ocorrer tanto por drogas de abuso (depressoras do SNC, estimulantes do SNC, perturbadoras do SNC), quanto por medicamentos (AINEs, benzodiazepínicos, opiáceos, opióides, etc), por álcoois tóxicos (metanol, etilenoglicol), por metais (chumbo mercúrio), gases tóxicos (cianeto, monóxido de carbono), por saneantes domésticos, por praguicidas, por rodenticidas (chumbinho), por produtos veterinários e por plantas. ¹ Alternativa A: INCORRETA. Na realidade este é o conceito de efeito tóxico (nocivo). ¹ Alternativa B: CORRETA. Este é o conceito de intoxicação. ¹ Alternativa C: INCORRETA. Conceito de toxicidade. ¹ Alternativa D: INCORRETA. Conceito de perigo. ¹ Alternativa E: INCORRETA. Conceito de risco. ¹ REFERÊNCIAS: 1. Manual de Toxicologia Clínica: Orientações para assistência e vigilância das intoxicações agudas / [Organizadores] Edna Maria Miello Hernandez, Roberto Moacyr Ribeiro Rodrigues, Themis Mizerkowski Torres. São Paulo: Secretaria Municipal da Saúde, 2017. 465 p. 21 Urgência e Emergência – Questões comentadas ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS 18. (AOCP - EBSERH - 2017 - ENFERMEIRO) Homem de 54 anos deu entrada no Pronto-Socorro, com história de picada por serpente em região maleolar de pé direito há um dia, apresentando dor e edema endurado até a altura do joelho do membro afetado, infartamento ganglionar em região inguinal direita e diurese hematúrica. Após avaliação do paciente, este recebeu o diagnóstico de picada por jajaraca, sendo-lhe indicado administração de soro a) anticrotálico. b) antibotrópico. c) antilaquético. d) antielapídico. e) antiloxoscélico. DICA DO AUTOR: A jararaca pertence ao grupo Botrópico, onde encontram-se também as cobras jararacuçu, urutu, cruzeira, caissaca. ¹ Alternativa A: INCORRETA. Anticrotálico = cascavel. ¹ Alternativa B: CORRETA. Antibotrópico = jararacas. ¹ Alternativa C: INCORRETA. Antilaquético = surucucu. ¹ Alternativa D: INCORRETA. Antielapídido = cobra-coral. ¹ Alternativa E: INCORRETA. Antiloxoscélico = acidente por Aranha Marrom. ¹ REFERÊNCIAS 1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: volume único [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação-geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. – 2. ed. - Brasília : Ministério da Saúde, 2017. 705p.: il. 22 Urgência e Emergência – Questões comentadas REANIMAÇÃO NEONATAL 19. (IBCF - EBSERH - 2017 - ENFERMEIRO) Considerando a assistência de enfermagem ao recém-nascido na sala de parto, assinale a alternativa correta. a) A pontuação do escore de Apgar varia de 0 a 5, considerando que a nota 5 indica melhor sucesso neonatal b) O escore de Apgar tem a finalidade de avaliar a vitalidade neonatal c) O escore de Apgar deve ser realizado obrigatoriamente antes de iniciada a reanimação cardiopulmonar (RCP), pois é um parâmetro para determinar a necessidade de RCP d) O escore de Apgar avalia três sinais: frequência cardíaca, esforço respiratório e cor e) O escore de Apgar deve ser realizado no terceiro e décimo minutos de vida DICA DO AUTOR: O escore de Apgar consiste na avaliação de 5 itens do exame físico do recém-nascido, com 1, 5 e 10 minutos de vida. Os aspectos avaliados são: freqüência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele. Para cada um dos 5 itens é atribuída uma nota de 0 a 2. Somam-se as notas de cada item e temos o total, que pode dar uma nota mínima de 0 e máxima de 10. Uma nota de 8 a 10, presente em cerca de 90% dos recém-nascidos significa que o bebê nasceu em ótimas condições. Uma nota 7 significa que o bebê teve uma dificuldade leve. De 4 a 6, traduz uma dificuldade de grau moderado, e de 0 a 3 uma dificuldade de ordem grave. Importante ressaltar que o Apgar não deve ser utilizado para avaliar a necessidade de se iniciar RCP, haja vista que ele é utilizado para avaliar a resposta do RN às manobras. A RCP é iniciada conforme o protocolo (ausência de pulso carotídeo, irresponsividade, ausência de movimento respiratório ou “gasping”). ¹ Alternativa A: INCORRETA. A pontuação do escorede Apgar varia de 0 a 2 onde o somatório da pontuação corresponde (no mínimo 0 e no máximo 10 ) e considerando que a nota de 7- 10 indica melhor adaptação à vida extrauterina. Alternativa B: CORRETA. É o método mais comumente empregado para avaliar o ajuste imediato do recém-nascido à vida extra-uterina, avaliando suas condições de vitalidade Alternativa C: INCORRETA. O Boletim de Apgar não deve ser usado para indicar o início da reanimação. Alternativa D: INCORRETA. O escore de Apagar avalia 5 sinais objetivos: Frequência Cardíaca, Respiração, Tônus Muscular, Reflexos ( estímulo nasal ) e Cor. Alternativa E: INCORRETA. Escore de Apagar é útil para avaliar a resposta do RN às 23 Urgência e Emergência – Questões comentadas manobras de reanimação no 1º e 5º minutos de vidae, se necessário, no 10º, 15º e 20º minutos. REFERÊNCIAS 1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012. 318 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n° 32) SEPSE E CHOQUE SÉPTICO 20. (IDECAN - INCA - 2017 - MÉDICO) Assinale, a seguir, um parâmetro INCORRETO dentre as metas a serem alcançadas durante a ressuscitação volêmica em pacientes com sepse: a) PAM > 65 mmHg. b) Lactato < 30 mg/dl. c) PVC entre 8 e 12 mmHg. d) Saturação venosa central ≥ 70%. DICA DO AUTOR: A sepse pode ser definida como a resposta sistêmica a uma doença infecciosa, seja ela causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários; o choque séptico é uma condição com risco de vida causada por uma infecção grave, localizada ou em todo o sistema, que requer atenção médica imediata. Os sintomas incluem pressão arterial baixa, braços e pernas pálidos e gelados, calafrios, dificuldade respiratória e diminuição da produção de urina. ¹ Alternativa A: CORRETA. A pressão arterial média (PAM) representa a pressão média exercida pelo sangue quando ele circula através das artérias. Em um caso de ressuscitação volêmica em sepse, a PAM deve estar > 65 mmHg. ¹ Alternativa B: INCORRETA. O lactato deve ser < 1mmol/L. ¹ Alternativa C: CORRETA. Pressão venosa central é a medida da pressão existente nas grandes veias de retorno ao átrio direito do coração e representa a medida de capacidade relativa que o coração tem em bombear o sangue venoso. A PVC deve estar entre 8 e 12 mmHg. ¹ 24 Urgência e Emergência – Questões comentadas Alternativa D: CORRETA. A medida da saturação venosa central de oxigênio (SvcO2) tem sido proposta como alternativa a saturação venosa mista (SvO2). Este deve ser ≥ 70%. ¹ REFERÊNCIAS 1. Instituto Latino-Americano de Sepse Sepse: um problema de saúde pública / Instituto Latino-Americano de Sepse. Brasília: CFM, 2015. 90 p PORTARIA 1600/2011 21. (COMPERVE - PREFEITURA DE NATAL RN - 2018 - ENFERMAGEM) A Portaria do Ministério da Saúde Nº 1.600, publicada em 7 de julho de 2011, reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). Tendo por base essa temática, analise as afirmativas abaixo. I O acolhimento com classificação do risco, a qualidade e a resolutividade na atenção constituem a base do processo e dos fluxos assistenciais de toda a Rede de Atenção às Urgências e devem ser requisitos de todos os pontos de atenção. II A organização da Rede de Atenção às Urgências tem a finalidade de integrar internamente os equipamentos de saúde, objetivando restringir o acesso dos usuários em situação de urgência e emergência ao profissional de saúde e à gestão. III A sala de estabilização é um dos componentes da Rede de Atenção às Urgências. IV A Rede de Atenção às Urgências priorizará as linhas de cuidados cardiovascular e neonatal. Sobre a Rede de Atenção às Urgências, estão corretas as afirmativas: a) III e IV. b) II e IV. c) I e II. d) I e III. Assertiva I: CORRETA. § 3º O acolhimento com classificação do risco, a qualidade e a resolutividade na atenção constituem a base do processo e dos fluxos assistenciais de toda Rede de Atenção às Urgências e devem ser requisitos de todos os pontos de atenção.¹ 25 Urgência e Emergência – Questões comentadas Assertiva II: INCORRETA. § 1 º A organização da Rede de Atenção às Urgências tem a finalidade de articular e integrar todos os equipamentos de saúde, objetivando ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna. ¹ Assertiva III: CORRETA. Art. 4º A Rede de Atenção às Urgências é constituída pelos seguintes componentes: I - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde; II - Atenção Básica em Saúde; III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências; IV - Sala de Estabilização; V - Força Nacional de Saúde do SUS; VI - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas; VII - Hospitalar; e VIII - Atenção Domiciliar. ¹ Assertiva IV: INCORRETA. § 4º A Rede de Atenção às Urgências priorizará as linhas de cuidados cardiovascular, cerebrovascular e traumatológica. Gabarito: D REFERÊNCIAS Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1600 de 207 de julho de 2011. Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências, e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS) [Internet]. PORTARIA 2.048/02 22. (IBGP - CISSUL MG - 2017 - TÉCNICO EM ENFERMAGEM) Segundo a Portaria GM/MS nº 2048/2002, define-se ambulância como um veículo (terrestre, aéreo ou aquaviário) que se destine exclusivamente ao transporte de enfermos. Sobre a classificação das ambulâncias e sua tripulação, analise as afirmativas abaixo: I. Tipo B: Ambulância de Suporte Básico: veículo destinado ao transporte inter-hospitalar de pacientes com risco de morte conhecido e ao atendimento pré-hospitalar de pacientes com risco de morte desconhecido, não classificado com potencial de necessitar de intervenção médica no local e/ou durante transporte até o serviço de destino. Equipe: 2 profissionais, sendo um o motorista e um técnico ou um auxiliar de enfermagem. II. Tipo C: Ambulância de Suporte Avançado: veículo destinado ao atendimento e transporte de pacientes de alto risco em emergências pré-hospitalares e/ou de transporte inter-hospitalar que necessitam de cuidados médicos intensivos. Deve contar com os equipamentos médicos necessários para esta função. Equipe: 3 profissionais, sendo um motorista, um enfermeiro e um médico. 26 Urgência e Emergência – Questões comentadas III. Tipo E: Aeronave de Transporte Médico: aeronave de asa fixa ou rotativa utilizada para transporte inter-hospitalar de pacientes e aeronave de asa rotativa para ações de resgate, dotada de equipamentos médicos homologados pelo Departamento de Aviação Civil – DAC. Equipe: 3 profissionais, um médico, um enfermeiro ou técnico de enfermagem e um piloto. IV. VIR – Veículo de Intervenção Rápida: Este veículo, também chamado de veículo leve, veículo rápido ou veículo de ligação médica é utilizado para transporte de médicos com equipamentos que possibilitam oferecer suporte avançado de vida nas demais ambulâncias de suporte básico de vida. Estão CORRETAS as afirmativas. a) I e II apenas. b) I e IV apenas. c) II, III e IV apenas. d) I, II, III e IV. DICA DO AUTOR: esta portaria aprova o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência. ¹ Assertiva I: CORRETA. Tipo B: Ambulância de Suporte Básico: veículo destinado ao transporte inter-hospitalar de pacientes com risco de morte conhecido e ao atendimento pré-hospitalar de pacientes com risco de morte desconhecido, não classificado com potencial de necessitar de intervenção médica no local e/ou durante transporte até o serviço de destino. Equipe: 2 profissionais,sendo um o motorista e um técnico ou um auxiliar de enfermagem. Assertiva II: INCORRETA. Tipo C é ambulância de resgate, a de suporte avançado é Tipo D. ¹ Assertiva III: INCORRETA. Na equipe, além do piloto, deve ter médico e enfermeiro ao invés de técnico de Enfermagem. ¹ Assertiva IV: INCORRETA. VIR – Veículo de Intervenção Rápida: Este veículo, também chamado de veículo leve, veículo rápido ou veículo de ligação médica é utilizado para transporte de médicos com equipamentos que possibilitam oferecer suporte avançado de vida nas demais ambulâncias de suporte básico de vida. Gabarito: B 27 Urgência e Emergência – Questões comentadas REFERÊNCIAS 1. BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria n. 2048/GM 05 de novembro de 2002: Aprova o regulamento técnico dos sistemas estaduais de urgência e emergência. Brasília, 2002.
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