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FILO CHORDATA: Cordados Subtítulo Profª Érika B. Buchignani INTRODUÇÃO Do grego chorda que significa cordão. É o maior filo, ecologicamente muito importante e provavelmente o mais bem conhecido. Compreende alguns grupos invertebrados, bem como todos os vertebrados. Inclui todos os grandes animais presentes atualmente na Terra. Ocorre em todos os habitats: aquático (marinho e água doce) e terrestre. 2 CARACTERES ESPECÍFICOS NOTOCORDA DORSAL: é a primeira estrutura de sustentação do corpo de um cordado. Constitui um bastonete flexível, todavia rígido, sobre o qual agem os músculos para efetivar a locomoção. Ocorre em todos os cordados, pelo menos na fase embrionária. Em muitas espécies, a notocorda desaparece durante o desenvolvimento embrionário e não ocorre nos adultos. TUBO NERVOSO DORSAL: oco presente em algum momento do ciclo vital. Persiste no anfioxo e nos vertebrados e, nas ascídias adultas praticamente desaparece, restringindo-se apenas a um gânglio nervoso. FENDAS BRANQUIAIS: pares desenvolvem-se nos lados da faringe embrionária. Em vertebrados superiores que respiram por pulmões (aves e mamíferos), as brânquias desenvolvem-se somente no embrião (não persistem e desparecem antes do nascimento). Nos peixes, onde a respiração é branquial, a fenda apresenta em suas margens filamentos contendo vasos sanguíneos, para formar a brânquia funcional. Nos anfíbios, que se transformam de larvas aquáticas em adultos que respiram ar, as brânquias perdem-se durante a metamorfose. Obs: todos os cordados aquáticos, desde os tunicados até os anfíbios respiram por brânquias. Todas estas características (Notocorda, tubo nervoso e fendas branquiais) aparecem em alguma fase da vida, ou seja, não necessariamente precisam ser todas aparentes, porém em alguma etapa do desenvolvimento embrionário o indivíduo apresentou todas as características descritas. Em conjunto, definem os Chordata, separando-os de todos outros filos. CARACTERES GERAIS (presentes em todos os Cordados, mas não exclusivas) Triblásticos Simetria bilateral Celoma bem desenvolvido Segmentados (metaméricos) Endoesqueleto Sexos geralmente separados; ovíparos ou vivíparos Frequentemente com uma cauda projetando-se atrás do ânus CLASSIFICAÇÃO Um dos critérios utilizados para classificar os cordados refere-se à substituição do tecido conjuntivo, que forma a notocorda, por tecido ósseo. Em alguns cordados não ocorre esta substituição, sendo a notocorda a única estrutura de sustentação do corpo: são considerados cordados primitivos e reunidos no subfilo PROTOCHORDATA (gr. protos = primitivo). Dividem-se em UROCHORDATA e CHEFALOCHORDATA. Os cordados em que ocorre esta substituição - a notocorda ser substituída pela coluna vertebral - estão reunidos no subfilo VERTEBRATA. Os vertebrados são também denominados craniados, pois a porção anterior do sistema nervoso central - encéfalo - fica abrigada no interior de uma caixa óssea denominada crânio. Em oposição, os protocordados que não possuem crânio são chamados de acraniados. Os cordados dividem-se em: Subfilo UROCHORDATA (tunicados) Exemplo: ascídias. São animais exclusivamente marinhos. A maioria das espécies vive fixada, isoladas ou em colônias, em rochas à beira-mar. Secretam pela epiderme uma túnica protetora. Notocorda e cordão nervoso somente na larva. Subfilo CEPHALOCORDATA Exemplo: anfioxo (ambas as extremidades do corpo afiladas). Ambiente marinho, águas rasas, semi-enterrados na areia ou natantes. Epiderme uniestratificada, sem escamas; musculatura segmentada. SUPERCLASSE PISCES CLASSE CYCLOSTOMATA (Agnatos = sem mandíbula) Ex: lampréia (água doce) e feiticeira ou peixe bruxa (água salgada) Boca circular com ventosa, nadadeiras pouco desenvolvidas e crânio rudimentar São ectoparasitas aquáticos. CARACTERES GERAIS Peixes cartilaginosos e peixes ósseos Mandibulados (gnatostomados) Corpo fusiforme (hidrodinâmico) Aquáticos Membros em forma de nadadeira Respiração branquial Linha lateral: canais na pele ou poros nas escamas. Detectam mudanças na pressão ou na corrente marítima Escamas cobrindo o corpo com muitas glândulas mucosas Coração com 2 cavidades: 1 átrio e 1 ventrículo Temperatura do corpo variável (ectotérmicos ou heterotérmicos) CLASSE CONDRICHTHYES (gr. chondros = cartilagem + ichthyes = peixe Peixes com esqueleto cartilaginoso Exemplo: tubarões, raias e quimeras Caracteres gerais: Todos são predadores e praticamente todos habitam oceanos. Pele rija, coberta por pequenas escamas placóides Boca ventral, com dentes cobertos de esmalte 5 a 7 fendas branquiais, sem opérculo Válvula espiral no intestino: retarda a passagem do alimento e oferece maior área para absorção. Nadadeiras pares (peitoral) e ímpares (caudal e dorsal) São dióicos, com fecundação interna Existem nos machos duas projeções carnosas nas nadadeiras pélvicas denominadas de cláspers que introduzem o sêmen na cloaca da fêmea. Geralmente são ovíparos e possuem desenvolvimento direto (a maioria dos tubarões e raias). Algumas espécies são ovovivíparas, onde as fêmeas retêm os ovos no interior até o final do desenvolvimento embrionário (Ex: tubarão branco). Raros são vivíparos, onde os filhotes se alimentam se substâncias que retiram do sangue materno, portanto, semelhante a uma placenta. CLASSE OSTEICHTHYES (gr. oesteon = osso + ichthyes = peixe) Peixes com esqueleto ósseo Exemplo: sardinha, atum, cavalo marinho, bagre, cascudo, piranha, dourado, pacu Caracteres gerais Habitam todos os tipos de água: doce, salobra, salgada, quente ou fria Pele com muitas glândulas mucosas, geralmente com escamas dérmicas; alguns sem escamas. Boca anterior Respiração por 4 pares de brânquias cobertas por opérculo Bexiga natatória: é um “saco” revestido de paredes finas ligada à faringe por um ducto. É preenchida por gases e atua como órgão hidrostático para ajustar o peso do peixe em diferentes profundidades. As barbatanas são sustentadas por raios ósseos ou por vezes cartilagíneos. As barbatanas impares incluem duas dorsais e uma anal, bem como barbatana caudal simétrica. A forma da barbatana caudal condiciona a forma de deslocação do animal: barbatanas arredondadas aumentam a capacidade de manobra mas geralmente a velocidade é baixa, enquanto barbatanas bifurcadas ou em forma de foice permitem grandes velocidades. As barbatanas pares são as peitorais, logo atrás do opérculo, e as pélvicas. Cada barbatana tem o seu próprio conjunto de músculos, o que permite um movimento independente, aumentando a capacidade de manobra. Dióicos, fecundação externa, desenvolvimento indireto (alevinos) Grande maioria são ovíparos. CURIOSIDADE: A pirambóia respira tanto no rio quanto no seco. Como os outros peixes, a pirambóia tem guelras, órgãos respiratórios que funcionam debaixo d’água. Quando seca o rio, ela se entoca na lama e respira pela boca e narinas. Há, ainda, outros peixes que, apesar de não terem pulmões, desenvolveram órgãos com o mesmo papel. É o caso do pirarucu, comum na Amazônia. Ele tem um aparelho respiratório perto da boca e não respira embaixo da água: sobe à superfície e abocanha uma porção de ar.
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