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Crioterapia na Medicina Esportiva

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CRIOTERAPIA
A Crioterapia é o uso de qualquer substancia que promova a retirada de calor do corpo,
gerando consequente redução da temperatura tecidual com finalidade terapêutica. Essa
técnica é muito utilizada na medicina esportiva, principalmente no tratamento da dor em
lesões musculoesqueléticas recentes. (FALEIRO E SOARES, 2007).
A aplicação de frio em uma área lesionada ou dolorosa é uma prática antiga. No século IV
A.C. a crioterapia era utilizada no controle da dor e edema. Durante a idade média, quando
não se conhecia a anestesia, o gelo foi utilizado com o objetivo de promover analgesia
através de seus efeitos de inibição da dor antes e após cirurgias (FALEIRO E SOARES,
2007; LOPES, 2009, RODRIGUES 1995).
A terapia fria faz vasoconstrição no local da aplicação, reduzindo o metabolismo do tecido
local. Diminuindo mediadores químicos da inflamação, tais como a histamina, o qual é
liberada pelas células danificadas para o tecido circundante. Embora a reação inflamatória é
necessário para estimular a liberação de neurotransmissores e encaminhar mastócitos para
a área lesada para ocorrer a reparação.
A inflamação causa hipóxia nos tecidos. A crioterapia reduz a exigência de oxigénio das
células em torno do tecido lesionado, reduzindo o seu metabolismo, o que lhes permite
sobreviver ha condição hipóxica. Na sequência de uma exposição prolongada a frio, uma
vasodilatação reativa ocorre quando o corpo pede para reaquecer o tecido refrigerado para
evitar danos. Identificado pela primeira vez em 1930, esta reação foi chamado de resposta a
caça, talvez, porque ele foi muitas vezes observado nos dedos dos pés, orelhas, e nariz de
caçadores. Este fenômeno, ou vasodilatação reflexa, não foi observada em um estudo
sobre o efeito de resfriamento de um envoltório de gel aplicado a perna de um cavalo
durante 30 minutos. Aplicações frias têm um direto efeito sobre a velocidade de condução
dos nervos sensoriais, que carregam mensagens de dor ao cérebro. Num estudo clássico,
uma aplicação de compressas de gelo 20 minutos diminuiu significativamente de condução
do nervo suficiente para proporcionar analgesia. (PORTER, 1998)
A crioterapia pode ser aplicada por meio de bolsas de gelo, bolsas de gel, imersão em água
com gelo, bolsas químicas e spray (LOPES, 2009). Indicam-se aplicações com duração de
15 a 20 minutos, no local da inflamação. E aplicação durante 15 a 20 minutos, três ou
quatro vezes ao dia nos três primeiros dias após a intervenção cirúrgica (CANAPP
JR,2007). A crioterapia é contraindicada em casos de lesões abertas (devido à
vasoconstrição que a crioterapia provoca) e em áreas isquêmicas (STEISS; LEVINE, 2005).
E também em animais que apresentam pouca ou nenhuma sensibilidade dolorosa (MILLIS,
2005; CANAPP JR, 2007
REFERÊNCIAS
FALEIROS, R. R.; SOARES, A. S. Indicações de crioterapia na traumatologia equina. Rev.
Vet. Zootec. Minas, n.93, p-32- 36, 2007.
RODRIGUES, A. Crioterapia. 1ª ed., São Paulo: Cefespar, 1995, p.3-19; 29-43; 53-61;
65-111; 125- 241.
LOPES, A.D. Crioterapia. Em: Fisioterapia Veterinária. São Paulo: Manole, 2ed., p.66- 70,
2009.
CANAPP, D. A. Select modalities. Clinical Techniques in Small Animal Practice. v. 22, p.
160-165, 2007.
MILLIS, D. L.; FRANCIS, D.; ADAMSON, C. Emerging Modalities in Veterinary.
Veterinary clinic of North America: small animal practice: rehabilitation and physical
therapy. v. 35, n. 6, p.1335-1355, nov. 2005
STEISS, J. E.; LEVINE, D. Physical Agent Modalities.Veterinary Clinic of North
America: mall animal practice: rehabilitation and physical therapy. v. 35, n. 6, p. 1317-1333,
nov. 2005.
PORTER, M; The New Equine Sports Therapy, Lexington, The Blood-Horse, p.51-60, dec
1998.

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