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Legislação e Direito Ambiental - Unidade 2

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DENISE RICARDO RUFINO | GESTÃO AMBIENTAL
UNIDADE 2: POLÍTICA NACIONAL 
DO MEIO AMBIENTE – LEI N° 
6.938/81
TÓPICO 1 – DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – SISNAMA
TÓPICO 2 – PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA LEI DE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
TÓPICO 3 – INSTRUMENTOS DA LEI DE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
 TÓPICO 4 – PODER DE POLÍCIA AMBIENTAL
DO SISTEMA NACIONAL 
DO
MEIO AMBIENTE – 
SISNAMA
SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – 
SISNAMA
Integrantes do SISNAMA:
• Órgão Superior
• Órgão Consultivo e Deliberativo
• Órgão Central
• Órgão Executor
• Órgãos Seccionais
• Órgãos Locais.
ESTRUTURA DO SISNAMA
• Órgão Superior: Conselho de Governo
Órgão de assessoramento direto do Presidente da República na formulação da 
política nacional e das diretrizes governamentais para o meio ambiente e os 
recursos ambientais.
• Órgão Consultivo e Deliberativo: Conselho Nacional do Meio 
Ambiente (CONAMA)
O Conselho tem a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de 
Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os 
recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e 
padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e 
essencial à sadia qualidade de vida.
O CONAMA edita normas ambientais complementares à Lei, visando a sua fiel 
execução, devendo estar sempre de acordo com leis formais ambientais e com 
a Constituição Federal de 1988.
O Conselho é composto por Plenário, Comitê de Integração de Políticas 
Ambientais, Grupos Assessores, Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalho e é 
presidido pelo Ministro do Meio Ambiente e sua Secretaria Executiva é exercida 
pelo Secretário-Executivo do MMA, sendo um colegiado representativo de cinco 
setores (órgãos federais, estaduais e municipais, setor empresarial e sociedade 
civil).
As Câmaras Técnicas são instâncias encarregadas de desenvolver, examinar
e relatar ao Plenário as matérias de sua competência.
Os Grupos de Trabalho são criados por tempo determinado para analisar, 
estudar e apresentar propostas sobre matérias de sua competência.
• Órgão Central: Ministério do Meio Ambiente (MMA)
A Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República foi transformada
em Ministério do Meio Ambiente com a Lei n° 8.490/92 e logo renomeada para
Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal pela Lei n° 8.746/93.
Tem como finalidade planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão 
federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio 
ambiente.
Integram a estrutura básica do Ministério do Meio Ambiente o Conselho
Nacional do Meio Ambiente, o Conselho Nacional da Amazônia Legal, o 
Conselho Nacional de Recursos Hídricos, o Conselho de Gestão do Patrimônio 
Genético, o Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente, o 
Serviço Florestal Brasileiro, a Comissão de Gestão de Florestas Públicas e até 
cinco Secretarias.
• Órgão Executor: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis (IBAMA)
Tem como finalidade exercer o poder de polícia ambiental, executar
ações das políticas nacionais de meio ambiente, referentes às atribuições 
federais, relativas ao licenciamento ambiental, ao controle da qualidade 
ambiental, à autorização de uso dos recursos naturais e à fiscalização, 
monitoramento e controle ambiental.
• Órgão Executor: Instituto Chico Mendes (ICMBio)
Cabe ao instituto executar as ações do Sistema Nacional de Unidades de
Conservação, podendo propor, implantar, gerir, proteger, fiscalizar e monitorar
as unidades de conservação ambiental instituídas pela União, bem como
fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e 
conservação da biodiversidade e exercer o poder de polícia ambiental para a 
proteção das unidades de conservação federais.
• Órgãos seccionais: órgão e entidades estaduais
São responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e 
fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental, 
possuindo competência material e legislativa para elaboração de normas dentro 
da sua jurisdição.
• Órgãos locais: órgãos e entidades municipais
Os órgãos ou entidades municipais são responsáveis pelo controle e
fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições.
Poderão elaborar normas supletivas e complementares e padrões relacionados
com o meio ambiente (artigo 24, inciso VI e § 1º e 2º, da CF/88), observando, 
ainda, os que forem estabelecidos pelo CONAMA.
PRINCÍPIOS E 
OBJETIVOS DA LEI DE 
POLÍTICA
NACIONAL DO MEIO 
AMBIENTE
PRINCÍPIOS DA LEI DE POLÍTICA NACIONAL DO 
MEIO AMBIENTE
Os princípios da Política Nacional do Meio Ambiente não se confunde com os 
princípios do direito do ambiente, sendo formulações distintas.
Estabelece o artigo 2º da Lei n° 6.938/81:
1. Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando 
o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente 
assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
2. Racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
3. Planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
4. Proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
 5. Controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente 
poluidoras;
6. Incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso 
racional e a proteção dos recursos ambientais;
7. Acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
8. Recuperação de áreas degradadas;
9. Proteção de áreas ameaçadas de degradação;
10. Educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação
da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do 
meio ambiente.
OBJETIVOS GERAIS DA LEI DE POLÍTICA 
NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
O artigo 2º, caput, da Lei nº 6.938/81, estabelece como objetivo geral a
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida,
visando assegurar, no país, condições ao desenvolvimento socioeconômico, 
aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida 
humana.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA LEI DE POLÍTICA 
NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
❏ À compatibilização do desenvolvimento econômico social com a 
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
❏ À definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à 
qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
❏ Ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e das 
normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
❏ Ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientada 
para o uso racional de recursos ambientais;
❏ À difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de 
dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública 
sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio 
ecológico;
❏ À preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua 
utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a 
manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;
❏ À imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou 
indenizar os danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização 
de recursos ambientais com fins econômicos.
Os objetivos têm por escopo dar efetividade ao desenvolvimento sustentável 
previsto constitucionalmente, garantir o desenvolvimento socioeconômico e os 
interesses da segurança nacional e proteger a dignidade da vida humana 
previstos na lei infraconstitucional.
INSTRUMENTOS DA 
LEI DE POLÍTICA
NACIONAL DO MEIO 
AMBIENTE
O ESTABELECIMENTO DE PADRÕES DE 
QUALIDADE AMBIENTAL
Estabelecer padrões de qualidade ambiental significa definir parâmetros 
socialmente toleráveis para a utilização de bens naturais.
As normas, resoluções, instruções normativas, estabelecem os padrões
de qualidade ambiental, ao que os níveisacima serão considerados poluição.
Esse critérios são estabelecidos por meio de pesquisas e análises da qualidade
ambiental. Trata-se de uma necessidade imprescindível para a compatibilização 
das atividades do homem com a sustentabilidade.
O ZONEAMENTO AMBIENTAL
Com a realização do zoneamento ambiental, busca-se evitar a ocupação do
solo urbano ou rural de maneira desordenada, respeitando as características 
ambientais de cada região, planejando o uso e a ocupação do solo e a 
utilização de recursos naturais.
Conceito: o zoneamento consiste em dividir o território em parcelas nas quais 
se autorizam determinadas atividades ou se interdita, de modo absoluto ou 
relativo, o exercício de outras atividades.
À União compete “elaborar planos nacionais e regionais de ordenação do 
território e de desenvolvimento econômico e social”.
Aos Estados compete, “mediante lei complementar, instituir regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por 
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o 
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum”.
É da competência dos municípios “promover, no que couber, adequado 
ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do 
parcelamento e da ocupação do solo urbano.
É o município que exerce a tarefa mais importante quanto ao uso e ocupação 
do solo, objetivando a ordenação do desenvolvimento da cidade e garantindo o 
bem-estar social. Por outro lado, o plano diretor é o instrumento adequado para 
estabelecer os critérios gerais de ordenação dos espaços urbanos.
A AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS
A implantação de qualquer atividade ou obra efetiva ou potencialmente 
poluidora, que de alguma forma causa alteração lesiva ao meio ambiente, está 
condicionada a uma avaliação prévia para que se possa exigir do 
empreendedor as medidas necessárias para se alterar ou compensar os efeitos 
negativos de sua operação.
Se tratando de empreendimento de pouco impacto, exige-se apenas uma 
avaliação de impacto ambiental, ao ponto de que outro mais complexo, com 
significativa degradação, requer-se a realização de um estudo de impacto 
ambiental.
ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA OU EPIA
O Estudo de Impacto Ambiental é uma modalidade de Avaliação de Impacto
Ambiental e deve ser realizado para subsidiar o procedimento de licenciamento 
de atividades potencialmente poluidoras, nos termos do artigo 225, § 1º, inciso 
IV, da Constituição Federal.
Art. 3º CONAMA: A licença ambiental para empreendimentos e atividades
consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa
degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e 
respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA).
Cabe ao empreendedor providenciar a realização do Estudo de Impacto
Ambiental.
A norma ambiental se refere, também, ao Relatório de Impacto Ambiental
– RIMA, que constitui um documento que apresenta as conclusões do Estudo
de Impacto Ambiental de forma clara e acessível aos interessados.
O LICENCIAMENTO E A REVISÃO DE 
ATIVIDADES EFETIVA OU POTENCIALMENTE 
POLUIDORAS
O meio ambiente é qualificado como patrimônio público, bem de uso comum do 
povo, devendo ser necessariamente protegido, sendo que a utilização de 
recursos naturais depende de prévio consentimento do Poder Público, que é 
concedido por meio de procedimento de licenciamento ambiental.
O licenciamento ambiental é um procedimento administrativo pelo qual
o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a
operação de empreendimentos e atividades utilizadores de recursos 
ambientais.
Após a conclusão de todas as fases do licenciamento ambiental (procedimento
administrativo), a Administração Pública expedirá a Licença Ambiental (ato
administrativo), em que o órgão competente estabelece as condições, 
restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas.
ESPÉCIES DE LICENÇAS AMBIENTAIS (ART. 8º DA RESOLUÇÃO Nº 237/97 
DO CONAMA)
I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do
empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, 
atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e 
condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação.
II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento
ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, 
programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e 
demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante.
III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou
empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das 
licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes 
determinados para a operação.
COMPETÊNCIA PARA LICENCIAR (ART. 4º, 5º E 6º DA RESOLUÇÃO N° 
237/97 DO CONAMA)
Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis - IBAMA, o licenciamento ambiental de 
empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental de 
âmbito nacional ou regional:
I - localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no 
mar territorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em 
terras indígenas ou em unidades de conservação do domínio da União;
II - localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados;
III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais
do País ou de um ou mais Estados;
IV - destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e 
dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear 
em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão 
Nacional de Energia Nuclear - CNEN;
V - bases ou empreendimentos militares, quando couberem, observada a 
legislação específica.
Compete ao órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal o 
licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades:
I - localizados ou desenvolvidos em mais de um município ou em
unidades de conservação de domínio estadual ou do Distrito Federal;
II - localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação 
natural de preservação permanente relacionadas no artigo 2º da Lei nº 4.771, 
de 15 de setembro de 1965, e em todas as que assim forem consideradas por 
normas federais, estaduais ou municipais;
III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um 
ou mais municípios;
IV – delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por
instrumento legal ou convênio.
Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da 
União, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento 
ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e 
daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado por instrumento legal ou 
convênio.
PRAZO DE VALIDADE DAS LICENÇAS
As licenças ambientais caracterizam-se por uma estabilidade temporária e 
precisam ser renovadas. O órgão ambiental competente estabelecerá os 
prazos de validade de cada tipo de licença:
❖ O prazo de validade da Licença Prévia (LP) deverá ser, no mínimo, o 
estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e 
projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo ser 
superior a cinco anos.
❖ O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser, no mínimo, 
o estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou 
atividade, não podendo ser superior a seis anos.
❖ O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá considerar os 
planos de controle ambiental e será de, no mínimo, quatro anos e, no 
máximo, dez anos.
SUSPENSÃO OU CANCELAMENTO DA LICENÇA AMBIENTAL (ART. 19 DA 
RESOLUÇÃO N° 237/97 DO CONAMA)
O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá
modificar os condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender
ou cancelaruma licença expedida, quando ocorrer: 
a) violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais; 
b) omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a 
expedição da licença; e 
c) superveniência de graves riscos ambientais e de saúde.
A CRIAÇÃO DE ESPAÇOS TERRITORIAIS 
ESPECIALMENTE PROTEGIDOS PELO PODER 
PÚBLICO FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL
A criação de espaços territorialmente protegidos tem previsão constitucional no 
inciso III, § 1º do art. 225, demonstrando tamanha preocupação do legislador 
constituinte com a proteção de espaços ambientalmente importantes.
Dentre as áreas de proteção temos:
a) as áreas de preservação permanente (art. 2º e 3º do Código Florestal);
b) áreas de reserva legal (art. 16 do Código Florestal);
c) unidades de conservação da natureza (Lei n° 9.985/2000).
DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (ARTIGO 3º, INCISO II, DA 
LEI Nº 12.651/2012)
Considera-se área de preservação permanente, nos termos do artigo 3ª,
inciso II, do Código Florestal – Lei nº 12.651/2012, a área protegida, coberta ou 
não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos 
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o 
fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das 
populações humanas.
De acordo com o Código Florestal – Lei nº 12.651/2012, a intervenção ou
a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente 
somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de 
baixo impacto ambiental previsto nesta Lei.
DAS ÁREAS DE RESERVA LEGAL (ARTIGO 3º, INCISO III, DA LEI Nº 
12.651/2012)
Reserva florestal legal “é a preservação de parte de uma área maior de
determinada propriedade particular com o objetivo da preservação da 
vegetação ali existente”.
É a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada 
nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo 
sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a 
reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da 
biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora 
nativa.
DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA (LEI N° 9.985/2000)
Entende-se por unidade de conservação o espaço territorial e seus recursos
ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais
relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de 
conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual 
se aplicam garantias adequadas de proteção.
O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes 
categorias de unidade de conservação:
I - Estação Ecológica
II - Reserva Biológica
III - Parque Nacional
IV - Monumento Natural
V - Refúgio de Vida Silvestre.
A Estação Ecológica tem como objetivo a preservação da natureza e a
realização de pesquisas científicas, sendo de posse e domínio públicos, ao que 
as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de 
acordo com o que dispõe a lei.
A Reserva Biológica tem como objetivo a preservação integral da biota e 
demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana 
direta ou modificações ambientais.
O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas 
naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a 
realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de 
educação e interpretação ambiental.
O Monumento Natural tem como objetivo básico preservar sítios naturais
raros, singulares ou de grande beleza cênica.
O Refúgio de Vida Silvestre tem como objetivo proteger ambientes naturais 
onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou 
comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória.
 
PODER DE POLÍCIA 
AMBIENTAL
PODER DE POLÍCIA AMBIENTAL
A Constituição da República de 1988, nos termos do art. 23, incisos VI, VII e
VIII; art. 24, incisos VI e VII, e art. 30, destaca a proteção ambiental como uma 
das atribuições a serem exercidas pela União, Estados, Distrito Federal e 
municípios.
Através do poder de polícia, a Carta Magna autorizou os órgãos de 
administração direta e indireta a impor as mais variadas formas de sanções, 
com o fim de defender e proteger os bens ambientais de uso comum dos 
cidadãos.
O Direito Ambiental, agindo de forma preventiva ou repressiva através do poder 
de polícia ambiental, visa assentar uma ordem pública do meio ambiente, 
resguardando os bens ambientais.
A proteção do meio ambiente é o fundamento norteador a ser adotado pelo 
Estado ao exercer o seu poder de polícia ambiental, visando à preservação do 
meio ambiente e do equilíbrio ecológico.
Cada um dos órgãos que compõe o Sistema Nacional do Meio Ambiente, 
responsáveis pela proteção do meio ambiente, possui o poder de polícia 
ambiental, ou seja, pode aplicar as penalidades cabíveis aos infratores, 
inclusive interditando ou fechando estabelecimentos industriais que tenham 
descumprido determinação legal ou regulamentar.
CONCEITO
O poder de polícia é exercido igualmente pelos poderes Legislativo e Executivo, 
em razão do princípio da legalidade, que determina que a Administração 
Pública só poderá impor obrigações ou proibições em virtude de lei.
O poder de polícia estatal pode incidir em duas áreas de atuação: a 
administrativa e a judiciária.
Administrativa: caráter eminentemente preventivo (impedir as ações 
antissociais), também poderá exercer o poder de polícia de forma repressiva, 
como quando realiza a apreensão da habilitação de motorista infrator, e incide 
sobre bens, direitos ou atividades.
Judiciária: atua de forma repressiva, punindo os infratores da lei penal.
ELEMENTOS
O poder de polícia corresponde a uma atividade negativa e possui como 
elementos a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade.
Discricionariedade: Administração Pública pode manifestar competência 
discricionária e atos a respeito dos quais a atuação administrativa é totalmente 
vinculada.
Autoexecutoriedade: permite à Administração Pública executar imediatamente 
as suas decisões, compelindo e coagindo o administrado com seus próprios 
meios, sem a necessidade de reportar-se previamente ao Poder Judiciário.
Coercibilidade: é um pressuposto da autoexecutoriedade, ao que “o ato de 
polícia só é autoexecutório porque dotado de força coercitiva”.
LIMITAÇÕES
Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado 
pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do 
processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, 
sem abuso ou desvio de poder.
Por ser atividade submetida à lei, o Estado não pode, no uso de seu poder de 
polícia, imiscuir-se na intimidade privada dos cidadãos nem no seu domicílio.

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