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Pirita: Mineral Sulfeto Comum

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
TAINÁ ROCHA DA SILVA
PIRITA – FeS2
Tubarão
2019
TAINÁ ROCHA DA SILVA
PIRITA – FeS2
Projeto apresentado à disciplina de Mineralogia, do curso de Química bacharel, da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Orientador: Vitor Santini Müller
Tubarão
2019
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Pirita	9
Figura 2 - Pirita no mármore	10
Figura 3 - Mina de pirita Navajun, Espanha.	10
Figura 4 - Pirita no formato cúbico perfeito.	11
Figura 5 - Usos da Pirita	13
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	5
2.	REFERENCIAL TEÓRICO	6
2.1.	MINERIAIS	6
2.2. IDENTIFICAÇÃO DE MINERAIS	7
2.2.1. Identificação pelas propriedades físicas	7
 2.2.1.1. Propriedades Físicas	8
 2.2.1.2. Reação com Ácido Cloridrico	8
 2.2.1.3. Outras Propriedades	8
2.3. PIRITA	8
3.	HISTÓRICO DA PIRITA	9
4.	CARACTERÍSTICAS GERAIS	11
5.	CARACTERÍSTICAS MINERALÓGICAS	12
6.	OCORRÊNCIA	12
7.	UTILIZAÇÃO	13
7.1. APLICAÇÃO NA ENGENHARIA CIVIL	14
8. CURIOSIDADES	14
8.1. PIRITA, A PEDRA DA PROSPERIDADE.	15
 8.2. SISTEMA PREENCHE COM PIRITA AS FRENTES QUE JÁ FORAM MINERADAS	16
8.2.1. Vantagens na adoção de novo projeto	16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	17
1. 
2. INTRODUÇÃO 
A pirita é o mineral sulfeto mais comum e disseminado. É conhecido como “ouro dos tolos”, pois sua aparência brilhante engana mineradores iniciantes que a tomam como ouro. Frágil e venenosa quando aquecida (pois ela exala dióxido sulfúrico, um gás venenoso), requer cuidado no seu uso.
Além disso, a pirita forma-se tantos nas temperaturas altas como baixas, mas as massas maiores se formam provavelmente em temperatura alta. Ocorre como segregação magmática direta e como um mineral acessório da rocha ígnea, também em depósitos de filões e metamórficas de contato. Pode ser encontrada nas rochas sedimentares (principalmente argilosas carbonosas), sendo tanto de origem primária como secundária e também costuma ocupar certos tipos de rochas anteriormente revestidas de fósseis. (DANA, 1969).
O dissulfeto de ferro (FeS2) possui duas estruturas cristalinas, cúbica para a pirita e ortorrômbica para a marcassita. Dentre estas variações alotrópicas, a pirita é sem dúvida a mais referenciada. Na verdade, não é somente em relação ao seu dimorfo que se destaca, pois, dentre todos os minerais sulfetados o mais estudado, provavelmente, é a pirita. A alta ocorrência na crosta terrestre, aparecendo em diversos cenários geoquímicos e as propriedades eletroquímicas da pirita são as causas motivadoras, em grande parte, da maioria dos estudos encontrados na literatura. No Brasil encontra-se pirita em quantidades exploráveis em Ouro Preto, Rio Claro, nas jazidas de chumbo e zinco do vale da Ribeira, em Cerro Azul, a noroeste e ao norte de Minas e nas camadas de carvão do sul do País (PUC RIO).
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1. MINERIAIS
O termo mineralogia deriva da palavra latina MINERA, de provável origem céltica, (mina, jazida de minério, filão), que forma o adjetivo do latim mineralis, “relativo às minas” e o substantivo do latim minerale (produto das minas), que deu origem ao adjetivo e substantivo português mineral, acrescido do sufixo grego logía (ciência, tratado, estudo). Portanto:
“Mineralogia é o estudo dos minerais em todos os seus aspectos (químicos, físicos, de formação/origem, ocorrência e seus usos/aplicações).”
A definição de mineral possui algumas controvérsias:
1. Para alguns é toda substância homogênea, sólida ou líquida, de origem inorgânica e que surge, naturalmente, na crosta terrestre, normalmente com composição química definida e, que se formada em condições favoráveis, terá estrutura atômica ordenada condicionando sua forma cristalina e suas propriedades físicas;
2. Para outros, trata-se de substância com estrutura interna ordenada (cristais), de composição química definida, origem inorgânica e que ocorre naturalmente na crosta terrestre ou em outros corpos celestes (MHE, 2011).
Logo, mineral é considerado:
i) um sólido homogêneo (quanto as suas propriedades físicas e químicas) ou que exibe variações sistemáticas restritas;
ii) de composição química definida (composições variáveis dentro de certos limites);
iii) com estrutura cristalina (estrutura reticular = ordem atômica tridimensional dos seus átomos, denominado de estrutura do cristal);
iv) de origem inorgânica;
v) de ocorrência natural na crosta terrestre.
2.2. IDENTIFICAÇÃO DE MINERAIS 
Uma das dificuldades enfrentadas pelos colecionadores de minerais que não são geólogos ou engenheiros de minas é a identificação das peças de sua coleção. Alguns minerais são bastante comuns na natureza e no comércio, sendo por isso bem conhecido dos colecionadores. Outros, porém, são muito procurados não pela beleza, mas pela raridade, e podem não ser de fácil identificação.
Quando a peça é adquirida por compra obviamente já vem identificada. Mas, infelizmente, muitas lojas não oferecem segurança nesse aspecto, pois às vezes não sabem exatamente o que estão vendendo ou sabem, mas não escrevem o nome corretamente. Isso é comum em lojas do Brasil.
Há dois caminhos: um é procurar alguém que entenda do assunto, como um geólogo ou pelo menos um colecionador muito experiente; outro é o próprio colecionador tentar identificar o mineral, com o uso de manuais, dicionários ou guias de mineralogia. O Museu de Geologia do Serviço Geológico do Brasil - CPRM, em Porto Alegre (RS), oferece serviço gratuito de identificação de minerais e faz doação de minerais e rochas a escolas.
Tentar identificar minerais é uma tarefa que pode ser difícil, mas que será cada vez mais fácil à medida que se for adquirindo experiência. Nas orientações a seguir, vamos tratar da identificação de minerais no estado bruto (não lapidados) e sem o uso de equipamentos ou análises sofisticadas (BRANCO, 2008).
2.2.1. Identificação pelas propriedades físicas
A identificação de minerais pelo exame a olho nu utiliza as propriedades físicas das pedras e, como exceção, o comportamento quando atacado pelo ácido clorídrico (também chamado de ácido muriático) diluído e a frio.
Os livros de mineralogia geralmente apresentam os minerais classificados pela composição química, iniciando com os elementos nativos (ouro, prata, diamante, enxofre etc.), que são os quimicamente mais simples, passando a seguir para os de composição cada vez mais complexa (sulfetos, cloretos, sulfatos, carbonatos, silicatos e assim por diante).
2.2.1.1. Propriedades Físicas
São muitas as propriedades físicas usadas na identificação dos minerais. Cada espécie, porém, tem aquelas que lhe são mais típicas. Para algumas, é fundamental a cor (ex.: malaquita, azurita); para outras, densidade, cor e brilho (galena, por exemplo); algumas têm como propriedade diagnóstica o magnetismo (ex.: magnetita, pirrotita) ou a clivagem (calcita, micas etc.). A prática ensina o que cada espécie tem de mais característico.
2.2.1.2. Reação ao Ácido Clorídrico
Há substâncias que sob a ação de uma gota de ácido clorídrico diluído a 10% e a frio dão uma efervescência, liberando dióxido de carbono. Exemplos disso são a calcita, o coral, as pérolas e a maioria das conchas. Como a calcita é um mineral muito comum, vale a pena ter esse ácido sempre à mão. (uma gota de ácido clorídrico diluída não afeta sua pele, mas pode furar sua roupa).
2.2.1.3. Outras Propriedades
Há várias outras propriedades úteis na identificação de minerais. Entre elas estão radioatividade (ex. monazita), flexibilidade (ex. cobre, prata), elasticidade (ex. micas), sabor (ex. halita, calcantita), odor (ex. enxofre) e fratura (que pode ser serrilhada, irregular etc.) (BRANCO, 2008).
2.3. PIRITA
Pirita ou pirite, também pirite de ferro ou pirita de ferro é um dissulfeto de ferro, FeS2. Tem os cristais isométricos que aparecem geralmente como cubos, mas também frequentemente como octaedros ou piritoedros (dodecaedros com faces pentagonais). Tem uma fratura ligeiramente desigual e conchoidal, uma dureza de 6-6.5 na escala de Mohs, e uma densidade de 4,95 a 5,10.Devido ao seu brilho metálico e à cor amarelo-dourada, recebeu também o apelido de ouro-dos-tolos (ou ouro-dos-parvos); ironicamente, contudo, pequenas quantidades de ouro podem às vezes ser encontradas disseminadas nas piritas. Com efeito, dependendo da quantidade de ouro, a pirita aurífera pode mesmo ser uma fonte valiosa deste metal precioso. Em piritas podem ocorrer também arsênio, níquel, cobalto e cobre.
4. HISTÓRICO DA PIRITA
O nome pirita vem do grego e significa pedra de fogo. Atualmente, a maioria das pessoas já ouviu falar de pirita como o ouro de tolos devido aos seus cristais brilhantes da cor do ouro. Essa característica chamou a atenção de muitas culturas diferentes. É bastante comum encontrar nessas culturas histórias de fraude, trapaça e reivindicações alquimísticas. 
A pirita ocupa um lugar único na história da humanidade, tornou-se parte integrante da tradição mineira na América durante o século 19, presença em textos antigos sumérios, na filosofia grega e poesia medieval. A pirita era popular na época romana como uma fonte de faíscas quando golpeado com aço. Ela também foi usada como uma fonte de ignição, na maioria das armas de fogo. A pirita acompanhou os alquimistas medievais desde os árabes antigos, chinês, indianos, e pelos mundos clássicos. Ela mostrou ser um mineral fundamental para o desenvolvimento de várias culturas antigas.
 A pirita está presente nas origens de nossa arte, impregnadas em diversos objetos de cerâmicos e pinturas das mais variadas culturas. A sua influência se estende pela evolução humana, formação de sociedades, através da ciência e da indústria. Portanto, a pirita é pré-requisito para compreender os ambientes antigos, modernos do nosso planeta (SANTANA, 2016). 
Figura 1 – Pirita
Fonte: poderdaluz.com.br
A pirita parece ser a responsável pela velha história que diz que “as ruas de Londres foram pavimentadas com ouro”. Isso porque foram utilizados salpicos de pirita ferrosa no calçamento que brilham como ouro ao serem iluminados pelo Sol. A pirita é encontrada com frequência em rochas geologicamente denominadas hidrotermais, formadas há milhões de anos, quando a água entrou em contato com pedras incandescentes. Ela desenvolve-se em abundância no mármore e na ardósia. (HOWIE, 1992).
Figura 2 – Minério bruto de pirita em Mármore branco 
Fonte: br.depositphotos.com
No Brasil, encontra-se pirita em quantidades exploráveis em Ouro Preto, Rio Claro, nas jazidas de chumbo e zinco do vale da Ribeira, em Cerro Azul, a noroeste e ao norte de Minas e nas camadas de carvão do sul do País.
A Mina de Pirita Navajun é o único lugar conhecido no mundo onde a pirita tem formas perfeitas de cristais cúbicos. Navajun é uma vila situada na província de La Rioja, na Espanha.
Figura 3 - Mina de pirita Navajun, Espanha.
Figura 4 - Pirita no formato cúbico perfeito.
Fonte: lariojaturismo.com
A mina está localizada a 4 km da cidade de Navajún, na Serra de Alcarama. O local foi descoberto em 1965 e, ao longo dos anos, a pirita de Navajún foi totalmente introduzida no mercado internacional de coleta, sendo cada vez mais apreciado e valorizado, tornando-se referência no campo da mineralogia espanhola. Além disso, graças a este trabalho, a pirita de Navajún se tornou um dos símbolos de La Rioja (LA RIOJA TURISMO).
5. CARACTERÍSTICAS GERAIS 
· Sulfeto de ferro, também conhecida com "Ouro dos tolos".
· Cúbico, amarelo-claro, brilho metálico, friável, sem clivagem, geralmente em cubos de faces estriadas, formando também octaedros, grãos ou massas informes.
· É o mais comum dos sulfetos, ocorrendo em todos os tipos de rochas e, inclusive, em meteoritos.
· É usado para obtenção de ácido sulfúrico, extração de enxofre e, menos frequentemente, de ferro.
Figura 5 - Cristal cúbico de pirita
Fonte: minelarespoderosos.blogspot.com
6. CARACTERÍSTICAS MINERALÓGICAS 
É um Dissulfeto de Ferro (FeS2) e tem como composição química: 53,4% S, 46,6% Fe. 
Tabela 1 – Característica da Pirita
	Característica
	Descrição
	Classificação Química
	Sulfetos
	Brilho
	Metálico
	Clivagem
	Fraca
	Cor
	Amarelo latão e preto
	Fratura
	Conchoidal
	Transparência
	Opaco
	Dureza
	6 – 6,5
	Densidade relativa
	4,95 – 5,10
	Hábito
	Cúbico
	Tenacidade
	Friável com faces estriadas, octaédrico.
	Traço
	Preto esverdeado
Fonte: geologia.ufc.br
7. OCORRÊNCIA 
As massas maiores formam-se em temperaturas mais altas. Em rochas ígneas, ocorre como mineral acessório, em veios hidrotermais e depósitos metamórficos de contato. É bastante comum em rochas sedimentares. Associam-se com vários minerais, principalmente esfarelita, calcopirita e galena (UFC, 2016).
Sua cristalização é formada por cristais cúbicos estriados ou com massas granulares, mas também pode apresentar-se como um octaedro.
8. UTILIZAÇÃO
É extraída para aquisição de ouro ou cobre que ocorre junto com ela. É utilizada principalmente como fonte de enxofre para o ácido sulfúrico e caparrosa (sulfato ferroso).
A pirita tem sido usada, tradicionalmente, na fabricação de aço: o ferro contido nela é extraído por meio de tratamento térmico cuidadosamente controlado. Dela, a indústria também obtém o ácido sulfúrico, utilizado no refino de petróleo, em fertilizantes, tintas e explosivos. De forma geral, a pirita pode ser convertida também, através de processos hidrometalúrgicos e pirometalúrgicos, em produtos comerciais tais como sais sulfato férrico e ferroso e óxidos de ferro. 
Figura 6 - Usos da Pirita
Fonte: UFRGS
Na indústria da mineração a pirita é muitas vezes explorada devido à presença de ouro ou cobre associados. A pirita é um importante reservatório mineral de enxofre e matéria-prima na fabricação de sulfato ferroso e ácido sulfúrico. (PUC-Rio).
Os "garimpeiros de novos materiais" estão interessados em uma riqueza renovável. E a pirita pode ser a fonte para uma nova geração de células solares, muito mais baratas de se fabricar. As células solares hoje são caras porque são difíceis de fabricar e usam matérias-primas Caras. Já a pirita é barata e ambientalmente benigna. (Redação do Site Inovação Tecnológica, 2011).
A pirita de ferro - obtida a partir do beneficiamento seletivo do carvão mineral – é aplicada com sucesso em processos industriais, principalmente para correção do teor de enxofre no ferro fundido, objetivando adequar sua qualidade aos níveis requeridos. Também é utilizado em diversos processos industriais como fonte de enxofre. Apresentada ao mercado na forma granular. 
7.1. APLICAÇÃO NA ENGENHARIA CIVIL
As rochas que contêm pirita são impróprias para construções porque a pronta oxidação desse mineral serviria não só para desintegrar a rocha, mas também para manchá-la, com o óxido de ferro produzido. (DANA, 1969)
No entanto, como já foi dito, a pirita tem sido usada, tradicionalmente, na fabricação de aço. Daí vem a principal aplicação da pirita na Engenharia Civil já que o sistema construtivo em aço apresenta vantagens significativas sobre o sistema construtivo convencional.
 Maior área útil: As seções dos pilares e vigas de aço são substancialmente mais esbeltas do que as equivalentes em concreto, resultando em melhor aproveitamento do espaço interno e aumento da área útil, fator muito importante principalmente em garagens.
8. CURIOSIDADES
O aspecto da pirita, como a cor e o brilho, lembra muito o ouro nativo e pode enganar muitos iniciantes. Mas as semelhanças são só essas, suas outras propriedades são totalmente diferentes. Por exemplo, ao ser aquecido, ela exala o dióxido sulfúrico, que é um gás venenoso.
As propriedades distintas entre o ouro e a pirita são usadas em testes para identificá-los. Veja a seguir os dois métodos principais:
· Passar corrente elétrica, pois o ouro conduz eletricidade assim como todo metal, mas a pirita não;
· Morder levemente, se for ouro, ficará a marca dos dentes, pois ele é maleável; já a pirita é dura e quebradiça, pois é um composto iônico.
Entretanto, a pirita não serve somente para passar-se por ouro, ela possui também aplicações importantes. Por exemplo, a partirdela, é produzido o ácido sulfúrico (H2SO4), que é a substância química mais utilizada nas indústrias, tanto que o consumo per capita dele constitui um importante indicador do desenvolvimento técnico do país. Esse mineral também pode ser convertido em sulfato férrico, sulfato ferroso e óxidos de ferro ou como fonte do próprio enxofre.
Nas siderúrgicas, a pirita pode ser usada para a produção de ferro e, consequentemente, do aço (liga metálica do ferro).
A pirita também é confundida com outro mineral, a marcassita, que é um polimorfo da pirita, ou seja, ambas possuem a mesma fórmula química (FeS2), mas suas estruturas cristalinas são diferentes. Elas possuem propriedades parecidas, mas a pirita pode ser usada para produzir braceletes, colares etc., enquanto a marcassita não pode ser usada com essa finalidade porque vira pó (FOGAÇA, 2019).
8.1. PIRITA, A PEDRA DA PROSPERIDADE.
A Pirita é um cristal mineralizado considerada uma pedra preciosa energicamente e famosa tanto por sua beleza, mas também pela energia única que atrai prosperidade e riqueza. Sua cor varia desde o amarelo ouro até o mais opaco e acinzentado, e por causa de seu brilho é muitas vezes confundido com o ouro.
Diante de diversos benefícios, a Pirita Mineral se destaca na proteção e por ser fortemente ligada a uma energia única que purifica e traz cura para a pessoa que a carrega. Confira a história e os benefícios completos dessa pedra.
Os Incas a usavam como espelho acreditavam que era um presente dos Deuses para a beleza e prosperidade. E na medicina homeopática era utilizada para curar as doenças respiratórias e trazer vitalidade. Mais tarde recebeu o nome de ouro-dos-tolos, isso porque sua cor dourada fazia com que algumas pessoas se confundissem e consequentemente achassem que era ouro (TONIN, Juliana).
8.2. SISTEMA PREENCHE COM PIRITA AS FRENTES QUE JÁ FORAM MINERADAS
Para diminuir as áreas degredadas em Treviso, o mineiro Lucas Roberto Teixeira, 45 anos, que trabalha na Mina Cruz de Malta das empresas Rio Deserto em Treviso no Sul de Santa Catarina, tem uma tarefa muito importante.
Ele é um dos profissionais que atua com o sistema back fill, colocando no subsolo o rejeito do carvão que antes ficava exposto no meio ambiente. "Estamos colocando a pirita nas áreas já mineradas. Serve tanto para sustentar o teto, como dar mais segurança aos mineiros no subsolo. Assim não prejudica o meio ambiente", destaca Teixeira.
O rejeito piritoso que vem do lavador é descarregado num funil na superfície que cai embaixo da mina. Teixeira transporta com a máquina LGD toda  a pirita e vai preenchendo as galerias onde já foi retirado o carvão (JOB, 2011).
8.2.1. Vantagens na adoção de novo projeto 
O primeiro ponto positivo, segundo o geólogo, é pelo impacto visual, já que o rejeito está sendo colocado no subsolo. “Hoje, as carboníferas, nos depósitos de rejeito da superfície, são obrigadas a envelopar com argila a pirita”, afirma.
O engenheiro ambiental, Jones Martins, destaca que quando a mina encerrar suas atividades e desligar os exaustores, o rejeito não entrará em contato com o oxigênio, evitando a liberação de águas ácidas. “O rejeito contém pirita, que é sulfeto de ferro, enxofre e outros minerais pesados, e este mineral em contado com oxigênio e água, torna a água ácida”.
Segundo os especialistas, é importante destacar que a pirita está confinada no subsolo, nas galerias mineradas, não haverá espaços vazios, mesmo que tenha o deslocamento do material é muito pequeno e não chegará à superfície, deixando de haver subsidência, isto é, os terrenos na superfície não cairão e casas não racharão mais. (JOB, 2011)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SANTANA, Genilson P., O lado histórico da pirita – FeS2, 2018, [Internet]. Disponível em <http://blog.clubedaquimica.com/o-lado-historico-da-pirita-fes2/>. Acesso em 12 de Novembro de 2019.
Pirita FeS2, [Internet], Disponível em <http://www.dnpm-pe.gov.br/Detalhes/Pirita.htm>. Acesso em: 16 de Novembro de 2019.
PEIXOTO, Amanda, FERREIRA, Diego, Catálogo De Minerais Do Laboratório De Mineralogia [Internet], UFC, fortaleza, 2016. Disponível em: <https://geologia.ufc.br/wp-content/uploads/2017/05/catalogo-mineralogia.pdf> Acesso em: 16 de Novembro de 2019.
Howie, Robert A.; Minerais – Constituintes das Rochas. 2 ed.; Ed. Fund. Calouste Gulbenkian; 1992.
Dana, James; Manual de Mineralogia. Vol 1; Ed. Livro Técnico S.A.; Rio de Janeiro; 1969
La Rioja Turismos, Mina de piritas de Navajún, [Internet], Disponível em <https://lariojaturismo.com/lugar-de-interes/mina-de-piritas-de-navajun/d3374fc6-c6bc-4b7f-a9a5-faa9c3cb3710> Acesso em: 18 de Novembro de 2019.
JOB, Ulisses; Sistema preenche com pirita as frentes que já foram mineradas, [Internet]. SATC - Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina; Santa Catarina; 2011. Disponível em: <http://www.satcweb.com.br/_sitenovo/interna.php?i_conteudo=6605&titulo=Sistema%20preenche%20com%20pirita%20as%20frentes%20que%20já%20foram%20mineradas>. Acesso em 20 de Novembro de 2019.
PUC – Rio, Introdução a Pirita, [Internet]. Disponível em: <http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/7361/7361_2.PDF>. Acesso em 20 de Novembro de 2019.
Museu de Mineralogia. Minerais, 2011, [internet], Minérios e Rochas Heinz Ebert, Disponível em: <https://museuhe.com.br/minerais/>. Acesso em: 20 de Novembro de 2019.
FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Ouro dos tolos"; [Internet], Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/ouro-dos-tolos.htm. Acesso em 21 de novembro de 2019.
BRANCO, Pércio de M., Como Identificar os Minerais, 2008, Serviço Geológico do Brasil - CPRM, [Internet], Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Como-Identificar-os-Minerais-1042.html>. Acesso em: 21 de Novembro de 2019.
TONIN, Juliana V. Conheça mais sobre a Pirita – A pedra da prosperidade e boa energia [internet], iQUILÍBRIO, Disponível em <https://www.iquilibrio.com/blog/terapias-alternativas/cristaloterapia/pedra-pirita/> Acesso em 22 de Novembro de 2019.

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