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1 @claimafra – MED UFOB 
Morte do produto conceptual antes de sua expulsão ou 
extração completa do corpo da mãe. 
Ausência de respiração ou outro sinal de vida, como 
batimentos cardíacos, pulsações do cordão umbilical 
ou movimentos efetivos dos músculos de contração 
voluntária. 
- Há divergência quanto ao tempo de duração da 
gravidez. 
Para o CID-10 óbito fetal é definido como: Feto pesando 
1000g ou mais, idade gestacional presumida maior ou 
igual a 28 semanas. 
CLASSIFICAÇÃO 
 Precoces: Fetos com 500g ou mais, com 22 
semanas ou mais e medindo 25cm ou mais. 
 Tardios: Fetos com 1000g ou mais, 28 sem ou 
mais, medindo 35 cm ou mais. 
 Anteparto: antes do parto. 
 Intraparto: Ocorre após o início do trabalho de 
parto e antes do nascimento. Pele íntegra 
(aspecto macerado > 6-12h). 
OBS: Alguns autores definem óbito fetal a partir de 20 
ou 22 semanas. 80% ocorrem antes do termo. Metade 
antes de 28 semanas. 
ETIOLOGIA 
 
DIAGNÓSGITCO 
 Clínico 
Percepção materna de cessação dos movimentos 
fetais, diminuição ou desaparecimentos dos sintomas 
gestacionais, sangramento ou contrações uterinas. 
EXAME OBSTÉTRICO: 
Discrepância entre IG e altura uterina, ausência de 
BCF, redução do líquido amniótico, líquido amniótico de 
aspecto achocolatado ou normal. 
 Exame complementar: 
1. Ultrassonografia: padrão ouro para o 
diagnóstico de óbito fetal. Ausência de 
movimentos fetais e batimentos cardíacos; 
Sinais de óbito antigo: superposição de ossos 
do crânio (Spalding), hiperflexão da coluna 
vertebral (Hartley), sinal do halo craniano 
(Devel), Gases na circulação fetal (robert). 
2. Laboratorial: negativação do Beta HCG. 
ULTRASSONOGRAFIA 
- Ausência de atividade cardíaca registo ao doppler 
 
- Ausência de fluxo sanguíneo. Falta de sinal ao 
doppler. 
 
 
2 @claimafra – MED UFOB 
ROTEIRO PARA INVESTIGAÇÃO DE CASOS DE 
ÓBITO FETAL 
 Materna: Glicemia em jejum, função 
tireoidiana, tipos sanguíneo ABO e Rh e 
pesquisa de anticorpos irregulares, teste de 
keihauer-Betke, sorologias maternas (sífilis, 
citomegalovírus, parvovírus, rubéola, 
toxoplasmose, HIV), pesquisa de anticorpos 
antifosfolipídicos: anticoagulante lúpico e 
anticorpos anticardiolipina, pesquisa de 
trombofilias hereditárias. 
 Fetoanexial: Exame macroscópico – sinais 
dismórficos, necropsia, radiografia de corpo 
inteiro do concepto, determinação do cariótipo, 
exame histológico de placenta, cordão e 
membranas, teste de k-Betke: presença de 
partes fetais no líquido. 
 
 
CONDUTA NO ÓBITO FETAL 
Ativa ou expectante: 
Avaliar: Tempo de óbito fetal 
CONDUTA EXPECTANTE 
Conduta expectante em até 4 semanas do diagnóstico. 
80 a 90% das mulheres entram em trabalho de parto 
em 02 semanas. 
Conduta a ser tomada em decisão conjunta com a 
paciente e familiares. 
 
COMPLICAÇÕES DA CONDUTA EXPECTANTE 
 Risco de coagulopatia: Coagulopatia pelo 
consumo crônico, liberação gradual de fator 
tecidual (tromboplastina) a partir da placenta 
para a circulação materna. Ocorre depois de 4 
semanas, mais comum no DPP, fazer testes de 
coagulação materna. 
 Obstétricos: Rotura prematura de membranas 
ovulares, DPP, placenta prévia, incisões 
uterinas prévias, risco de isoimunisação-RH, 
patologias clínicas maternas. Nesse caso 
realizar conduta ativa. 
CONDUTA ATIVA 
Dependerá de fatores relacionados: 
1. Idade gestacional e volume uterino 
2. Intercorrências clínicas e/ou obstétricas 
associadas. 
3. Presença de cicatriz uterina 
4. Condição do colo uterino. 
A cesárea deve ser evitada. 
Prostaglandinas são mais efetivas que a ocitocina ou a 
amniotomia para superar os obstáculos de um colo 
desfavorável e propiciar o parto vaginal. 
 
COMPLICAÇÕES NA CONDUTA ATIVA 
Hemorragia: aborto incompleto, atonia uterina ou lesão 
uterina. 
 
3 @claimafra – MED UFOB 
Taquissistolia: 05 ou mais contrações em 10 min 
detectadas por 2x consecutivas (20 min). 
Efeitos secundários: Proporcionais à dose utilizada 
1. Náuseas e vômitos 
2. Diarreia 
3. Febre e calafrios. 
INDICAÇÕES DE CESÁREA 
 
DECLARAÇÃO DE ÓBITO 
 Quando não emitir: Óbito fetal, com gestação 
menos de 20 semanas, ou peso fetal menor 
que 500g, ou estrutura menor que 25cm. 
Nota: a legislação atualmente permite que, na prática, 
a emissão da DO seja facultativa para os casos que a 
família queira realizar o sepultamento do produto de 
concepção. 
Considerar como horário do óbito a hora do parto, 
mesmo se o óbito tiver acontecido há dias. Colocar 
como nome “Feto morto de fulana de tal”. 
PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO DE ÓBITO 
- Não assinar DO em branco, não deve haver emendas 
ou rasuras, preencher com letra de forma e sem 
abreviaturas, no campo 30 (número de filhos tidos, 
vivos ou mortos ou abortos) não se inclui o falecido a 
que se referir a declaração, mesmo assinalando-se no 
campo I da DO, que se trata de um óbito fetal, devemos 
escrever o nome do falecido APENAS como natimorto. 
Em óbitos fetais, a hora e data do óbito serão as 
mesmas do nascimento, pois este é o momento em que 
estamos atestando óbito, momento em que estamos 
vendo o corpo (quando o médico pode confirmar o 
óbito). 
- Óbito fetal é uma das complicações da gestação de 
maior impacto obstétrico e psicológico para a mulher. 
Porém, é pouco valorizado pela sociedade, apesar de 
seus efeitos serem tão importantes quanto a morte de 
uma criança nascida viva. 
Efeitos psicológicos em mães, pais e familiares. 
Reações psicológicas agudas como medo, culpa e 
vontade de fugir podem levar à depressão pós-parto 
grave. 
Problemas psicológicos: depressão, ansiedade, 
comportamento obsessivo-compulsivo, culpa, 
vergonha, conflitos conjugais, ideação suicida, uso de 
droga e estresse pós-traumático.

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