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APOSTILA D ADM II parcial

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DIREITO ADMINISTRATIVO 
II 
APOSTILA ESQUEMATIZADA 
 
 
 
 
 
 
Professor Sidney Amorim 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentação 
 
Essa apostila de Direito Administrativo II procura atender às necessidades 
básicas previstas na ementa do curso conforme instruído pelo MEC. Os qua-
dros e os esquemas que são apresentados foram construídos de forma a re-
sumir o conteúdo da matéria, de modo lúdico e prático, facilitando o seu en-
tendimento e a sua memorização. 
Contudo, tal esquematização não exime o aluno de estudar bons livros de 
doutrina a respeito dos institutos que são tratados aqui, os quais contém um 
conteúdo mais pormenorizado e contextualizado em seus cursos e manuais. 
A presente apostila é uma adaptação do livro DIREITO ADMINISTRATIVO 
ESQUEMATIZADO QUADRO A QUADRO, de minha autoria. O formato em 
esquemas, os textos curtos e resumitivos e os vários quadros sinópticos 
propiciam ao estudante de Direito a fixação e a mentalização do conteúdo, 
promovendo assim um aproveitando maior da grande carga programática, 
comum nos cursos jurídicos. 
Desejo a todos, assim, bons estudos em 2020! 
 
 
 
 
Professor Sidney Amorim 
3 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. Improbidade administrativa .................................. 4 
 
2. Licitações e contratos administrativos .......... 26 
 
3. Bens públicos ............................................................. 34 
 
4. Serviços Públicos ...................................................... 42 
 
5. Intervenção do Estado na propriedade ........... 43 
 
6. Controle da Administração .................................... 95 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor Sidney Amorim 
4 
 
1. Improbidade administrativa 
 
 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Regulamenta os atos de improbidade ad-
ministrativa previstos no art. 37, §4º, da 
CF/1988. 
É uma norma de eficácia limitada, pois só 
ganhou aplicabilidade com a edição da Lei 
de Improbidade. 
Institui o princípio probidade, considera-
do como sendo um subprincípio da mora-
lidade administrativa. 
Princípios Expressos – LIMP: Legalidade. 
Impessoalidade. Moralidade. Publicidade. 
A CF/1988 não definiu a competência 
legislativa nessa matéria, mas entende-se 
que é da União, privativamente. 
É uma LEI NACIONAL, pois alcança os 
agentes públicos das três esferas (FED / 
EST/ MUN). 
Não se aplica a atos praticados antes da vigência da LIA – 
ainda que ocorrida após a CF/88. 
 
 
AMBIENTES DE ATUAÇÃO DO AGENTE PÚBLICO ÍMPROBO 
Administração 
Direta e Indireta. 
Empresas 
incorporadas ao 
patrimônio público. 
Entidade de que o 
Estado participe no 
patrimônio ou na sua 
receita anual (+50%) 
Entidade que receba 
subvenção, benefício 
ou incentivo, fiscal ou 
creditício do Estado. 
 
 
A LIA ALCANÇA 
O particular, pessoa física ou jurídica, que 
induza ou concorra para o ato de impro-
bidade ou dele se beneficie. O particular, 
sozinho, não pratica ato de improbidade. 
Os sucessores do agente ímprobo, 
nos casos de enriquecimento ilícito e dano 
ao erário – espécies de atos de improbidade 
Adm. 
A LIA NÃO ALCANÇA 
STF – Os agentes políticos, em relação aos atos de improbidade para cujos fatos haja 
norma específica definida como crime de responsabilidade1. A ideia é evitar o bis in 
iden. 
 
1 RC 2.138/2007. A Lei 1.079/1950 define os crimes de responsabilidade e seus agentes 
responsáveis, que são o Presidente da República e seus ministros de Estado, o Governador e seus 
secretários de Estado, o Procurador-Geral da República e os ministros do STF. 
Professor Sidney Amorim 
5 
 
 
 
 
CONCEITO DE AGENTE PÚBLICO 
É todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por 
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou 
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na Administração Pública e nas entidades 
acima mencionadas (ambientes). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUJEITOS E PÓLOS NA LEI DE IMPROBIDADE 
ATO DE IMPROBIDADE AÇÃO DE IMPROBIDADE 
SUJEITO ATIVO SUJEITO PASSIVO SUJEITO ATIVO SUJEITO PASSIVO2 
O agente público 
e o terceiro 
concorrente 
Os entes jurídicos 
prejudicados 
Os entes jurídicos 
prejudicados 
O agente público 
e o terceiro 
concorrente 
Improbidade própria – praticado pelo agente público. 
Improbidade imprópria – praticado pelo particular que se beneficie. 
Há legitimidade ativa concorrente entre as entidades prejudicadas e o MP para propor 
a ação de improbidade. 
É raro, mas é possível uma ação de improbidade entre particulares, como uma ONG 
contra familiares de um agente público falecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 Considera-se também que essas partes (entidades prejudicadas e agentes/terceiros) estão no pólo ativo 
e passivo da demanda, respectivamente. 
Professor Sidney Amorim 
6 
 
 
 
ESPÉCIES DE ATOS DE IMPROBIDADE 
Os que importam em 
enriquecimento ilícito 
(12) 
Os que causem 
prejuízo ao Erário 
(15) 
Os que atentam 
contra os princípios da 
Administração Pública 
(7) 
Decorrentes de Concessão ou Aplicação Indevida 
de Benefício Financeiro ou Tributário 
 
 
 
 
 
Os que importam em enriquecimento ilícito 
“Auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de car-
go, mandato, função, emprego ou atividade nas [entidades já mencionadas].” 
Esse ato de improbidade é uma espécie de conceito do que significa “enriquecimento 
ilícito”, sendo que os outros 12 atos de improbidade, previstos no art. 9º, são gêneros 
dessa espécie principal. 
 
 
 
Os que causam prejuízo ao erário 
“Qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, 
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das [entidades.]” 
Esse ato de improbidade é uma espécie de conceito do que significa “prejuízo ao erá-
rio”, sendo que os outros 21 atos de improbidade, previstos no art. 10, são gêneros 
dessa espécie principal. 
STJ – Exige-se a comprovação efetiva do dano diante da impossibilidade de con-
denação ao ressarcimento por dano hipotético ou presumido.3 
 
 
 
 
3 REsp 1.127.143 e REsp 1.038.777 
Professor Sidney Amorim 
7 
 
 
 
 
Os que atentam contra os princípios da Administração Pública 
“Qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, 
legalidade, e lealdade às instituições (...).” 
Esse ato de improbidade é uma espécie de conceito do que significa “atentado aos 
princípios da Administração”, sendo que os outros 10 atos de improbidade, previstos 
no art. 10, são gêneros dessa espécie principal. 
STJ – É punível a improbidade tentada nos casos em que o ato não se realiza por moti-
vos alheios à vontade do agente, ocorrendo na espécie, atentado aos princípios da 
Administração Pública.4 
 
 
 
 
Os que decorrem de concessão ou aplicação indevida 
de benefício financeiro ou tributário 
Incluído em 30/12/2016 
e com efeitos desde 
30/12/2017.5 
Refere-se somente 
à cobrança do ISS6, 
cuja alíquota não pode ser 
menor que 2%.7 
A intenção é evitar 
a “guerra fiscal” para atrair 
grandes empresas 
e mantê-las instaladas. 
As penalidades são a perda 
da função pública e a suspensão 
dos direitos políticos de 5 a 8 anos. 
E a multa prevista é de até 3 vezes 
o valor do benefício concedido 
pelos gestores. 
Como não informa a variação culposa, a caracterização desse ato exige dolo.4 REsp 1.014.161. 
5 Lei Complementar 157/2016. 
6 Imposto sobre serviços de qualquer natureza, um imposto municipal cobrado das empresas instaladas ou 
que venha a instalar-se no Município. 
7 Por força do art. 6º da LC 157/2016, os Municípios tiveram até 01/06/2018 para revogar os benefícios 
financeiros e fiscais que desatendam à alíquota mínima de 2% do ISS. Assim, a doutrina entende que 
somente condutas praticadas após essa data são puníveis pela LIA. 
Professor Sidney Amorim 
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DESTAQUES 
Enriquecimento ilícito Prejuízo ao Erário Violação a princípios da ADM 
Receber comissão, gratifi-
cação ou presente por 
quem tenha interesse. 
Celebrar contrato sem 
observar a lei ou sem dota-
ção orçamentária. 
Revelar fato ou circunstância 
de que tem ciência e que 
deva manter em segredo. 
Receber vantagem para 
TOLERAR a exploração de 
QQ atividade ilícita. 
Permitir, facilitar ou concor-
rer para que terceiro enri-
queça ilicitamente. 
Revelar ou permitir o “vaza-
mento” do teor de medidas 
políticas ou econômicas. 
Aceitar emprego de PF ou 
PJ interessada no ato do 
agente ATIVO. 
Doar bens e valores, ainda que 
com fins educativos ou assis-
tenciais, sem observar as for-
malidades legais. 
Deixar de prestar contas, 
quando estiver obrigado a 
fazê-lo. 
Doutrina STJ 
Todos os atos de improbidade 
previstos na LIA formam 
uma lista EXEMPLIFICATIVA 
O princípio da insignificância 
e a teoria dos delitos de bagatela 
não se aplicam aos atos de 
improbidade administrativa, pois 
envolve a moralidade administrativa e não 
somente a ótica econômica. 
Assim como na Responsabilidade Civil 
do Estado, é pressuposto necessário 
a demonstração do NEXO CAUSAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor Sidney Amorim 
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ELEMENTOS SUBJETIVOS NO ATO DE IMPROBIDADE 
ENRIQUECIMENTO 
ILÍCITO 
PREJUÍZO 
AO ERÁRIO 
ATENTADO A 
PRINCÍPIOS 
ADMINISTRATIVOS 
AÇÕES AÇÕES OU OMISSÕES 
DOLOSAS 
CULPOSAS E 
DOLOSAS 
DOLOSAS 
Trata-se de vantagem 
patrimonial indevida 
em razão do cargo 
Trata-se de dano 
ao patrimônio público 
Trata-se de violação 
aos deveres públicos 
de honestidade e lealdade 
OS QUE DECORREM DE CONCESSÃO OU APLICAÇÃO INDEVIDA DE 
BENEFÍCIO FINANCEIRO OU TRIBUTÁRIO 
DOLOSA 
 
PENALIDADES 
NA CF/1988 (art. 37, §4º) NA LIA (art. 12) 
Suspensão dos direitos políticos Suspensão dos direitos políticos 
Perda da função pública Perda da função pública 
Indisponibilidade dos bens 
Perda de bens e valores acrescidos 
ilicitamente 
Ressarcimento ao Erário Ressarcimento integral do dano 
 Pagamento de multa civil 
Proibição de contratar com a Administra-
ção e receber benefícios 
SEGUNDO O STF8: 
A ampliação, pela LIA, do rol de sanções 
mínimas previstas na CF/88, não represen-
ta nenhuma inconstitucionalidade. 
A perda de bens e/ou valores é espécie de 
ressarcimento, portanto uma devolução ao 
patrimônio público do que lhe foi subtraído. 
 
8 AgRg no RE 598.588. 
Professor Sidney Amorim 
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QUADRO-RESUMO DAS PENALIDADES 
 
ENRIQUECIMENTO 
ILÍCITO 
PREJUÍZO AO 
ERÁRIO 
ATENTADO AOS 
PRINCÍPIOS DA 
ADM. PÚBLICA 
Suspensão dos 
direitos políticos 
De 8 a 10 anos De 5 a 8 anos De 3 a 5 anos 
Perda da 
função pública 
SIM SIM SIM 
Perda de bens e 
valores acrescidos 
ilicitamente 
SIM 
SIM, 
se concorrer 
tal circunstância 
NÃO 
Ressarcimento 
integral do dano 
SIM 
quando houver 
SIM 
SIM 
quando houver 
Pagamento de 
multa civil 
De até 3x o valor 
do acréscimo 
patrimonial 
De até 2x o valor 
do dano 
De até 100x 
o valor do salário 
do agente 
 Proibição de 
contratar com a 
Adm. e receber 
benefícios 
Pelo prazo de 
10 anos 
Pelo prazo de 
5 anos 
Pelo prazo de 
3 anos 
Essas penalidades são cumulativas com outras sanções penais, civis 
e administrativas cabíveis. 
Na fixação das penas o juiz leva em conta a extensão do dano causado 
e o proveito patrimonial obtido pelo agente. 
 
 
 
 
 
 
Professor Sidney Amorim 
11 
 
OUTRAS PENALIDADES POR ATO DE IMPROBIDADE 
Inelegibilidade Crime de Responsabilidade 
CF, art. 14, §9º e LC 64/90 CF, art. 85, V e Lei 1.079/50 
Perda/Suspensão de direitos políticos Demissão de servidor público 
CF, art. 145, V Lei 8.112/90, art. 132, I 
Prefeitos que descumprem o Estatuto da Cidade 
Lei 10.257/2001, art. 52 
 
 
 
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 
E PROCESSO JUDICIAL 
 
PRELIMINAR IMPORTANTE: 
A AÇÃO DE IMPROBIDADE NÃO É UMA AÇÃO POPULAR! 
Embora sejam mecanismos processuais semelhantes e que combatem atos 
que ofendam a moralidade administrativa, elas são bem distintas entre si. 
 
AÇÃO DE IMPROBIDADE AÇÃO POPULAR 
CF, art. 37, §4º e Lei 8.429/90 CF, art. 5º, LXXIII e Lei 4.717/65 
Combate atos de improbidade adm. Combate atos lesivos à moralidade adm. 
Legitimidade ativa: 
Só MP e PJ interessada podem ajuizar 
Legitimidade ativa: 
Qualquer cidadão pode ajuizar 
Visa uma séria de possíveis sanções (perda 
da função pública, multa, etc.) 
Visa anular ato lesivo à moralidade adm. e a 
perdas e danos. 
Não há impedimento para que se proponha ações simultâneas de improbidade e 
ação popular pela mesma conduta lesiva. 
 
Professor Sidney Amorim 
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VIA ADMINISTRATIVA 
1. Qualquer 
pessoa 
REPRESENTAÇÃO 
(RP) 
Autoridade 
Administrativa 
(AA) 
Investigação para 
apurar ATO 
de Improbidade 
Se for ato de improbidade que enseje enriquecimento ilícito 
ou lesão ao patrimônio público, a AA deve representar ao MP para 
indisponibilidade de bens do indiciado. 
2. MP 
De Ofício / Requerimento de Autoridade Adm. (RQ) / RP 
Pode requisitar 
instauração de 
Inquérito Policial 
Procedimento Administrativo 
Se a pessoa frustrar-se com a via Administrativa, poderá procurar diretamente o MP 
para fazer a denúncia por ato de improbidade. 
 
 
REPRESENTAÇÃO (RP) 
Requisitos Resultados 
Qualificação do representante 
Rejeitada: Acolhida: 
Informações sobre o fato e sua autoria 
Provas de que tenha conhecimento Por ausência dos 
requisitos 
Apuração pela 
COMISSÃO 
PROCESSANTE9 Por escrito e assinada 
STJ – Admite-se instauração de procedimento administrativo investigativo até mesmo 
por denúncia anônima, desde que esta seja verossímil10. 
 
 
 
 
9 Na 8.112, vira um PAD. 
10 RMS 30.510. 
Professor Sidney Amorim 
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COMISSÃO PROCESSANTE (CP) 
1. Oficia ao MP e TC para informar sobre a 
RP. 
É obrigatório. 
2. O MP e o TC, por RQ, designam 
representante para acompanhar o PA. 
É facultativo. 
3. Havendo indícios de responsabilidade, a CP entra com RP ao MP ou Procuradoria para 
que peçam o sequestro11 dos bens ao Juízo. 
NÃO é a CP que pede o 
sequestro ao Juízo, mas o 
MP ou a Procuradoria. 
O sequestro NÃO se aplica 
aos atos que atentam aos 
princípios da administração. 
O sequestro de bens no exte-
rior é possível, respeitados 
os tratados internacionais. 
 
MEDIDAS CAUTELARES 
 
Indisponibilidade de bens do indiciado12 
Dispensa o periculum in mora concreto 
(prova ou iminência de dilapidação de 
patrimônio), exigindo-se somente 
o fumus boni iuris 
(indícios da prática de improbidade).13 
Se o objetivo for ressarcimento ao erário, 
alcança bens antes ou depois do suposto 
ato de improbidade. Se for perdimento 
de bens ou valores ilícitos, alcança somente 
os bens após o ato de improbidade.14Sequestro, investigação, exame ou blo-
queio de bens15 
Bloqueio de contas bancárias e aplica-
ções financeiras no exterior16 
 
Afastamento cautelar do agente público17 
É medida excepcional e pode perdurar por no máximo 180 dias.18 
 
 
 
 
11 Pelo Novo CPC, o sequestro de bens passou a ser regido pelas disposições atinentes às tutelas de urgência 
(art. 300 e ss). 
12 Art. 7º. 
13 REsp 1.190.846 
14 REsp 1.461.892 e RMS 6.197. Extraído do Blog O Processo (www.processo.com). Recomendo a consulta. 
15 Art. 16. 
16 Art. 16, §2º. 
17 Art. 20, pu. 
18 STJ: MC 19.214. 
http://www.processo.com/
Professor Sidney Amorim 
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VIA JUDICIAL 
 
AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
LEGITIMADOS PRAZO RITO 
MP e/ou PJ interessada 
30 dias da medida cautelar 
de sequestro dos bens 
Ordinário 
NATUREZA ACORDO? MP 
Ação Cível 
Admite-se celebração 
de acordo de 
não persecução cível19 
SEMPRE atua: ou como 
Autor ou Fiscal da Lei 
sob pena de nulidade 
STF – A efetiva aplicação das sanções é de competência privativa do Poder Judiciário20, 
não podendo ser realizada pela Administração Pública. 
 
Observação 1 Observação 2 
Se o MP for Autor e a PJ interessada quiser 
entrar no feito, o MP pode aceitar seu 
ingresso, em litisconsórcio facultativo, 
caso tal medida seja útil ao processo. 
A Fazenda Pública promoverá as ações21 
necessárias à complementação do 
ressarcimento, se houver. 
STJ – É cabível a propositura de Ação Civil Pública por ato de improbidade 
administrativa diante da natureza difusa do interesse tutelado.22 
 
 
REGRA IMPORTANTE 
A ação precisa conter um mínimo de documentos que justifiquem a existência de ato de 
improbidade, ou conter as razões fundamentadas de sua inexistência, sob pena de res-
ponsabilidade por dano processual, especialmente a litigância de má-fé, previsto no CPC. 
 
 
19 Inovação trazida em 23/01/2020 pela Lei Anticrime (Lei 13.964/2019). Antes, era vedada a transação, 
acordo ou conciliação nas ações de improbidade. 
20 RTJ, 195/73. 
21 Essas “ações” da Fazenda Pública NÃO SÃO outras ações por improbidade, mas procedimentos de natu-
reza fiscal, como o não recolhimento do IR, por exemplo. 
22 REsp 507.142. 
Professor Sidney Amorim 
15 
 
 
 
 
ATOS DO JUIZ 
1. NOTIFICAÇÃO Ao requerido Para oferecer 
Manifestação 
por escrito23 
Em 15 dias 
 
2. DECISÃO 
(Em 30 dias) 
Ou 
Receber a Inicial 
Citação Cabe Agravo 
Ou 
Rejeitar a Inicial, 
se convencido da: 
1. Inexistência do ato de improbidade 
2. Improcedência da Ação 
3. Inadequação da via eleita 
3. CITAÇÃO 
Ao réu 
Para apresentar 
Contestação 
Aplica-se o prazo de 
15d do CPC24 
Em qualquer fase do processo, o juiz pode extinguir a ação sem resolução do mérito, se 
for reconhecida a inadequação da ação de improbidade. 
4. SENTENÇA 
Se procedente para Reparação do Dano, deve determinar 
o seu pagamento à PJ prejudicada. 
Se procedente para a Perda de Bens, deve determinar a 
sua reversão à PJ prejudicada. 
STJ – Não há julgamento extra ou ultra petita quando o juiz acrescenta à condenação 
sanções não pedidas na Inicial.25 
STJ – É cabível a propositura de Ação Civil Pública por ato de improbidade 
administrativa diante da natureza difusa do interesse tutelado.26 
 
 
 
 
 
23 Também chamado de Defesa Prévia. 
24 Não há prazo expresso na LIA. 
25 STJ: AgRg 1.125.634. 
26 REsp 507.142. 
Professor Sidney Amorim 
16 
 
ALGUNS EXEMPLOS DE REJEIÇÃO DA INICIAL 
Inexistência 
do ato de improbidade 
Improcedência 
da ação 
Inadequação 
da via eleita 
O juiz entende que se trata 
de mera irregularidade 
administrativa, como o 
acúmulo indevido de 
cargos públicos, quando o 
agente efetivamente traba-
lhou (REsp 1245622-RS). 
O juiz entende que o 
prefeito não foi desonesto, 
mas inábil e despreparado 
na conduta de um concurso 
público 
(REsp 2139940-MG). 
O juiz entende que o 
terceiro particular não 
praticou ato de improbida-
de em concurso com o 
agente, devendo tal ação 
ser deslocada para a esfera 
penal. 
 
 
DISPOSIÇÕES PENAIS e GERAIS 
Litigância de má-fé Trânsito em julgado 
A litigância de má-fé é crime (detenção + 
multa) e sujeita o autor a indenizar o 
denunciado por perdas e danos (materi-
ais/morais/imagem) que houver provo-
cado. 
A perda da função pública e a suspensão dos 
direitos políticos só se efetivam com o trân-
sito em julgado da sentença condenatória. 
Afastamento cautelar Autonomia das sanções 
É possível o afastamento cautelar do 
agente público, pela autoridade adminis-
trativa ou judicial, quando a medida se 
fizer necessária à instrução processual. 
As sanções da LIA independem de efetiva 
ocorrência de dano ao patrimônio público e 
da aprovação ou rejeição das contas pelo 
Tribunal de Contas. 
Demissão Aplicação da prevenção 
A LIA prevê pena de demissão, a bem do 
serviço público, ao agente que se recusa a 
prestar sua declaração de bens ou a 
prestar falsa. 
Aplica-se o instituto de PREVENÇÃO nas 
ações de improbidade, ainda que em varas 
diferentes, nos feitos que possuam a 
mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. 
Crime praticado pelo autor? 
Só há crime na LIA para o Autor da denúncia quando ele sabe que o denuncia-
do é inocente. A pena é de detenção de 6 a 10 meses e multa + eventual 
indenização. 
 
Professor Sidney Amorim 
17 
 
PRESCRIÇÃO 
Agentes ocupantes de: 
Terceiros que: 
Induzam 
concorram 
se beneficiem 
Mandatos 
Cargos Comissionados 
Funções de Confiança 
Agentes ocupantes de: 
Cargos Efetivos 
Empregos Públicos 
 
5 ANOS, contados após o 
término de seus exercícios. 
Prazo prescricional previsto 
em lei específica para faltas 
disciplinares, puníveis com 
demissão a bem do serviço 
público.27 
5 ANOS após o término do 
exercício do agente público 
(STF) 
Obs.: A prescrição não se aplica às ações de ressarcimento de danos causados ao erário 
ou ao patrimônio público, pois SÃO IMPRESCRITÍVEIS (CF/1988, ART.37, §5º). 
 
 
JURISPRUDÊNCIA DO STJ 
ENUNCIADO PRECEDENTES 
Os Agentes Políticos sujeitos a crime de 
responsabilidade, ressalvados os atos 
ímprobos cometidos pelo Presidente da 
República (art. 86 da CF) e pelos 
Ministros do Supremo Tribunal Federal, 
não são imunes às sanções por ato de 
improbidade previstas no art. 37, § 4º, da 
CF. 
REsp 1191613/MG, Rel. Ministro BENEDITO 
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
19/03/2015, DJe 17/04/2015. 
REsp 1168739/RN, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, 
PRIMEIRA TURMA, julgado em 03/06/2014, DJe 
11/06/2014. 
EDcl na AIA 000045/AM, Rel. Ministra LAURITA VAZ, 
CORTE ESPECIAL, julgado em 21/05/2014, DJe 
28/05/2014. 
O assédio sexual é considerado ato de 
improbidade administrativa que atenta 
contra os princípios da Administração 
Pública. 
Processo sob sigilo judicial, oriundo de SC, Rel. Minis-
tro Humberto Martins, SEGUNDA TURMA, julgado em 
21/05/2013, DJe 28/05/2013. Responsável pela 
assistência e pela minuta: Sidney Amorim. 
 
JURISPRUDÊNCIA DO STJ 
 
27 Para o servidor federal e distrital é de 5 anos (Lei 8.112/1990, art. 142, I, e Lei Compl. 840/2011, art. 208, 
I). 
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https://intranet.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27RESP%27.clas.+e+@num=%271191613%27)+ou+(%27REsp%27+adj+%271191613%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO&fr=veja
https://intranet.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27RESP%27.clas.+e+@num=%271168739%27)+ou+(%27REsp%27+adj+%271168739%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO&fr=vejahttps://intranet.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27EDAIA%27.clas.+e+@num=%27000045%27)+ou+(%27EDcl%20na%20AIA%27+adj+%27000045%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO&fr=veja
Professor Sidney Amorim 
18 
 
ENUNCIADO PRECEDENTES 
Os agentes políticos municipais se sub-
metem aos ditames da Lei de Improbidade 
Administrativa - LIA, sem prejuízo da 
responsabilização política e criminal esta-
belecida no Decreto-Lei n. 201/1967. 
AgRg no REsp 1425191/CE, Rel. Ministro MAURO 
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 
10/03/2015, DJe 16/03/2015. 
AgRg no AREsp 353745/RO, Rel. Ministra ASSUSETE 
MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 
03/03/2015, DJe 10/03/2015. 
É inadmissível a responsabilidade obje-
tiva na aplicação da Lei 8.429/1992, exi-
gindo-se a presença de dolo nos casos dos 
arts. 9º e 11 (que coíbem o enriquecimen-
to ilícito e o atentado aos princípios admi-
nistrativos, respectivamente) e ao menos 
de culpa nos termos do art. 10, que censu-
ra os atos de improbidade por dano ao 
Erário. 
AgRg no REsp 1500812/SE, Rel. Ministro MAURO 
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 
21/05/2015, DJe 28/05/2015. 
AgRg no REsp 968447/PR, Rel. Ministro NAPOLEÃO 
NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
16/04/2015,DJe 18/05/2015. REsp 1238301/MG, Rel. 
Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado 
em 19/03/2015, DJe 04/05/2015. 
O Ministério Público tem legitimidade ad 
causam para a propositura de Ação Civil 
Pública objetivando o ressarcimento de 
danos ao erário, decorrentes de atos de 
improbidade. 
REsp 1261660/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES 
MAIA FILHO, Rel. p/ Acórdão Ministro BENEDITO 
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
24/03/2015, DJe 16/04/2015. 
REsp 1435550/PR, Rel. Ministro HUMBERTO 
MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/10/2014, 
DJe 11/11/2014. 
O Ministério Público estadual possui legi-
timidade recursal para atuar como parte 
no Superior Tribunal de Justiça nas ações 
de improbidade administrativa, reservan-
do- se ao Ministério Público Federal a 
atuação como fiscal da lei. 
AgRg no AREsp 528143/RN, Rel. Ministro BENEDITO 
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
07/05/2015, DJe 14/05/2015. 
AgRg no REsp 1323236/RN, Rel. Ministro HERMAN 
BENJAMIN, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
10/06/2014, DJe 28/11/2014. 
A ausência da notificação do réu para a 
defesa prévia, prevista no art. 17, § 7º, da 
Lei de Improbidade Administrativa, só 
acarreta nulidade processual se houver 
comprovado prejuízo (pas de nullité sans 
grief). 
EREsp 1008632/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL 
MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/02/2015, 
DJe 09/03/2015. 
AgRg no REsp 1336055/GO, Rel. Ministro HERMAN 
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 
10/06/2014, DJe 14/08/2014. 
 
 
 
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https://intranet.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AGRESP%27.clas.+e+@num=%271425191%27)+ou+(%27AgRg%20no%20REsp%27+adj+%271425191%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO&fr=veja
https://intranet.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AGARESP%27.clas.+e+@num=%27353745%27)+ou+(%27AgRg%20no%20AREsp%27+adj+%27353745%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO&fr=veja
Professor Sidney Amorim 
19 
 
JURISPRUDÊNCIA DO STJ 
ENUNCIADO PRECEDENTES 
A presença de indícios de cometimento de 
atos ímprobos autoriza o recebimento 
fundamentado da petição inicial nos ter-
mos do art. 17, §§ 7º, 8º e 9º, da Lei n. 
8.429/92, devendo prevalecer, no juízo 
preliminar, o princípio do in dubio pro 
societate. 
AgRg no AREsp 604949/RS, Rel. Ministro HERMAN 
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 
05/05/2015, DJe 21/05/2015. 
AgRg no REsp 1466157/MG, Rel. Ministro MAURO 
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 
18/06/2015, DJe 26/06/2015. 
REsp 1504744/MG, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, 
PRIMEIRA TURMA, julgado em 16/04/2015, DJe 
24/04/2015. 
O termo inicial da prescrição em improbi-
dade administrativa em relação a particu-
lares que se beneficiam de ato ímprobo é 
idêntico ao do agente público que praticou 
a ilicitude. 
AgRg no REsp 1510589/SE, Rel. Ministro BENEDITO 
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
26/05/2015, DJe 10/06/2015. 
REsp 1433552/SP, Rel. Ministro HUMBERTO 
MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 25/11/2014, 
DJe 05/12/2014. 
A eventual prescrição das sanções decor-
rentes dos atos de improbidade adminis-
trativa não obsta o prosseguimento da 
demanda quanto ao pleito de ressarcimen-
to dos danos causados ao erário, que é 
imprescritível (art. 37, § 5º da CF). 
AgRg no AREsp 663951/MG, Rel. Ministro HUMBERTO 
MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 14/04/2015, 
DJe 20/04/2015. 
AgRg no REsp 1481536/RJ, Rel. Ministro MAURO 
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 
18/12/2014, DJe 19/12/2014. 
É inviável a propositura de ação civil de 
improbidade administrativa exclusivamen-
te contra o particular, sem a concomitante 
presença de agente público no polo pas-
sivo da demanda. 
AgRg no AREsp 574500/PA, Rel. Ministro HUMBERTO 
MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 02/06/2015, 
DJe 10/06/2015. 
REsp 1282445/DF, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES 
MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
24/04/2014, DJe 21/10/2014. 
É possível o deferimento da medida acau-
telatória de indisponibilidade de bens em 
ação de improbidade administrativa nos 
autos da ação principal sem audiência da 
parte adversa e, portanto, antes da notifi-
cação a que se refere o art. 17, § 7º, da Lei 
n. 8.429/92. 
AgRg no AREsp 460279/MS, Rel. Ministro HERMAN 
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 
07/10/2014, DJe 27/11/2014. 
REsp 1197444/RJ, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES 
MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
27/08/2013, DJe 05/09/2013.
 
 
 
Professor Sidney Amorim 
20 
 
JURISPRUDÊNCIA DO STJ 
ENUNCIADO PRECEDENTES 
Na ação de improbidade, a decretação de 
indisponibilidade de bens pode recair 
sobre aqueles adquiridos anteriormente ao 
suposto ato, além de levar em considera-
ção, o valor de possível multa civil como 
sanção autônoma. 
REsp 1461892/BA, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, 
SEGUNDA TURMA, julgado em 17/03/2015, DJe 
06/04/2015. 
REsp 1461882/PA, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, 
PRIMEIRA TURMA, julgado em 05/03/2015, DJe 
12/03/2015. 
No caso de agentes políticos reeleitos, o 
termo inicial do prazo prescricional nas 
ações de improbidade administrativa 
deve ser contado a partir do término do 
último mandato. 
AgRg no AREsp 161420/TO, Rel. Ministro HUMBERTO 
MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado 03/04/2014, 
DJe 14/04/2014. 
REsp 1290824/MG, Rel. Ministra ELIANA CALMON, 
SEGUNDA TURMA, julgado em 19/11/2013, DJe 
29/11/2013. 
Nas ações de improbidade administrativa, 
não há litisconsórcio passivo necessário 
entre o agente público e os terceiros 
beneficiados com o ato ímprobo. 
AgRg no REsp 1421144/PB, Rel. Ministro BENEDITO 
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
26/05/2015, DJe 10/06/2015. 
REsp 1261057/SP, Rel. Ministro HUMBERTO 
MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/05/2015, 
DJe 15/05/2015. 
A revisão da dosimetria das sanções apli-
cadas em ação de improbidade admi-
nistrativa implica reexame do conjunto 
fático-probatório dos autos, encontrando 
óbice na súmula 7/STJ, salvo se da leitura 
do acórdão recorrido verificar-se a 
desproporcionalidade entre os atos prati-
cados e as sanções impostas. 
AgRg no REsp 1452792/SC, Rel. Ministro BENEDITO 
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
26/05/2015, DJe 10/06/2015. 
AgRg no REsp 1500812/SE, Rel. Ministro MAURO 
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 
21/05/2015, DJe 28/05/2015. 
AgRg no REsp 1372421/SP, Rel. Ministro HERMAN 
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 
07/04/2015, DJe 22/05/2015. 
 
 
 
EXERCÍCIOS – IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
 
1. CESPE – Analista Judiciário TJ-PA 2020 
Julgue os itens a seguir, considerando as disposições da Lein.º 
8.429/1992. 
I A lei aplica-se a terceiro que, mesmo não sendo servidor público, induza 
ou concorra para a prática de ato de improbidade ou dele se beneficie. 
II Atos omissivos podem ser considerados para a configuração de lesão ao 
patrimônio público. 
Professor Sidney Amorim 
21 
 
III O Ministério Público deverá ser cientificado pela autoridade adminis-
trativa sobre os atos que ensejarem enriquecimento ilícito ou lesão ao 
patrimônio público. 
IV Constitui ato de improbidade administrativa revelar fato ou circuns-
tância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permane-
cer em segredo. 
Assinale a opção correta. 
a) Apenas os itens I, II e III estão certos. 
b) Apenas os itens I, II e IV estão certos. 
c) Apenas os itens I, III e IV estão certos. 
d) Apenas os itens II, III e IV estão certos. 
e) Todos os itens estão certos. 
 
 
 
2. CESPE – Analista Judiciário TJ-PA 2020 
Em uma ação de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério 
Público, foi proferida sentença de procedência dos pedidos, com aplicação 
da sanção de perda da função pública ao réu, que é servidor público. 
A respeito dessa situação hipotética, é correto afirmar que a imposição da 
referida sanção 
a) depende da comprovação de dano financeiro ao patrimônio público, 
sendo imprescindível, para aplicação da pena, aguardar o trânsito em jul-
gado da sentença. 
b) depende da comprovação de efetivo dano financeiro ao patrimônio 
público, podendo a pena, por ter natureza política, ser efetivada antes do 
trânsito em julgado da sentença. 
c) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio pú-
blico, sendo imprescindível, para a efetivação da pena, aguardar o trânsito 
em julgado da sentença. 
d) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio pú-
blico, podendo a pena, por ter natureza administrativa, ser efetivada antes 
do trânsito em julgado da sentença. 
e) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio pú-
blico, mas a pena, por ter natureza penal, só poderá ser efetivada após o 
trânsito em julgado da sentença. 
 
 
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Professor Sidney Amorim 
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3. IBFC – Técnico Judiciário TRE-PA 2020 
Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas 
na legislação específica, está o responsável pelo Ato de Improbidade sujei-
to às cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, 
de acordo com a gravidade do fato. Acerca das penas previstas na Lei da 
Improbidade Administrativa nº 8.429/1992, assinale a alternati-
va incorreta. 
a) Na hipótese de atos de improbidade administrativa que importem en-
riquecimento ilícito, haverá perda dos bens ou valores acrescidos ilicita-
mente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, 
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 8 (oito) a 10 
(dez) anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acrésci-
mo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, 
ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritá-
rio, pelo prazo de 10 (dez) anos. 
b) Na hipótese de atos de Improbidade Administrativa que causem prejuí-
zo ao erário, haverá ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou 
valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circuns-
tância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cin-
co) a 8 (oito) anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do 
dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios 
ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por 
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 
5 (cinco) anos. 
c) Na fixação das penas previstas nessa Lei o juiz levará em conta a exten-
são do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo 
agente. 
d) Na hipótese de atos de Improbidade Administrativa que atentam con-
tra os princípios da administração pública, ocorrerá a perda da função 
pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e 
multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou tributá-
rio concedido. 
 
 
 
 
 
 
Professor Sidney Amorim 
23 
 
4. CESPE – Analista Judiciário TJ-PA 2020 
A Lei de Improbidade (Lei nº 8.429/92) prevê a aplicação de sanções 
àqueles que praticarem condutas caracterizadas como atos de improbida-
de. É sanção prevista na referida lei: 
a) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, por prazo de três 
a dez anos, a depender do tipo de improbidade cometida. 
b) confisco de ativos, em montante correspondente ao quádruplo da lesão 
ocasionada ao erário. 
c) pena privativa de liberdade, em regime de reclusão, de três a oito anos, 
a depender do tipo de improbidade cometida. 
d) perda da nacionalidade brasileira, para os agentes que forem brasilei-
ros naturalizados. 
e) liquidação compulsória das empresas que se envolverem em atos de 
improbidade. 
 
 
5. CESPE – Promotor de Justiça MPE-CE 2020 
Servidor público estadual usou, em proveito próprio, veículo da adminis-
tração pública estadual, para fins particulares. 
Nesse caso, a conduta do servidor 
a) configura ato de improbidade administrativa que importa enriqueci-
mento ilícito, se tiver havido dolo. 
b) configura ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário, 
mesmo que não tenha havido dolo. 
c) configura ato de improbidade administrativa que atenta contra os prin-
cípios administrativos, mesmo que não tenha havido dolo. 
d) não configura ato de improbidade administrativa, porque a Lei de Im-
probidade Administrativa não se aplica à esfera estadual. 
e) não configura ato de improbidade administrativa, por ausência de tipi-
ficação expressa na Lei de Improbidade Administrativa. 
 
 
6. FCC – Analista Legislativo AL-PA 2020 
No que se refere aos sujeitos ativos de atos de improbidade, podem sê-lo, 
dentre outros, os 
a) diretores de empresas estatais, no âmbito da Administração Indireta, e 
titulares de cargo efetivo e ocupantes de cargos em comissão, na Adminis-
tração Direta. 
Professor Sidney Amorim 
24 
 
b) titulares de cargo efetivo, empregados públicos e ocupantes de cargos 
em comissão, desde que ocupem funções de direção ou chefia. 
c) servidores públicos ocupantes de cargo efetivo, desde que já adquirida 
estabilidade. 
d) servidores públicos ocupantes de cargo ou emprego públicos, desde 
que investidos em suas funções há pelo menos três anos. 
e) ocupantes de cargo efetivo ou investidos em cargo ou função públicas, 
desde que tenham se submetido a concurso público para admissão. 
 
 
7. CESPE – Auxiliar Judiciário TJ-PA 2020 
A Lei n.º 8.429/1992 
I aplica-se apenas aos servidores públicos da administração pública direta 
e fundacional. 
II estabelece a necessidade de observância dos princípios da legalidade, 
da impessoalidade, da moralidade e da publicidade. 
III prevê a indisponibilidade de bens como medida para assegurar o inte-
gral ressarcimento do dano causado ao erário. 
IV excetua os atos omissivos como possíveis caracterizadores do ato de 
improbidade. 
Estão certos apenas os itens 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) I, III e IV 
e) II, III e IV. 
 
8. IBFC – Analista Judiciário TRE-PA 2020 
Acerca do procedimento administrativo e do processo judicial (improbi-
dade administrativa lei nº 8.429/1992), assinale a alternativa incorreta. 
a) Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa com-
petente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática 
de ato de improbidade 
b) Havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as partes re-
querer ao juiz a interrupção do prazo para a contestação, por prazo não 
superior a 30 (trinta) dias 
c) Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de 
improbidade, o juiz extinguirá o processosem julgamento do mérito 
Professor Sidney Amorim 
25 
 
d) A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministé-
rio Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da 
efetivação da medida cautelar 
 
9. CESPE – Analista Judiciário TJ-PA 2020 
De acordo com a legislação pertinente e a jurisprudência dos tribunais 
superiores, na hipótese de o prefeito de determinado município desviar 
dolosamente recursos públicos obtidos pelo ente municipal mediante 
convênio com a União, 
a) a ação de ressarcimento ao erário será submetida ao prazo prescricio-
nal quinquenal. 
b) a ação de improbidade administrativa prescreverá em cinco anos, con-
tados a partir da data do fato. 
c) ainda que o tribunal de contas local condene o prefeito ao ressarcimen-
to ao erário, o Poder Judiciário também poderá condená-lo em ressarci-
mento ao erário em ação civil pública por improbidade administrativa. 
d) não será possível a configuração do ato de improbidade administrativa 
se o prefeito tiver agido culposamente. 
e) o magistrado, em ação de improbidade administrativa, será obrigado a 
aplicar todas as penalidades legalmente previstas para a conduta, subme-
tendo-se à discricionariedade regrada somente a dosimetria da pena. 
 
10. CESPE – Analista Judiciário TJ-PA 2020 
De acordo com a Lei n.º 8.429/1992, constitui ato de improbidade admi-
nistrativa que atenta especificamente contra os princípios da administra-
ção pública qualquer ação ou omissão que violar os deveres de honestida-
de, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, e notadamente 
a) negar publicidade aos atos oficiais. 
b) facilitar para que terceiro se enriqueça ilicitamente. 
c) conceder indevidamente benefício administrativo ou fiscal. 
d) representar negligência na arrecadação de tributo e na conservação do 
patrimônio público. 
e) consistir em uso, em proveito próprio, de bens ou valores integrantes 
do acervo patrimonial da administração pública. 
 
 
Gabarito 1e, 2c, 3d, 4a, 5a, 6a, 7c, 8b, 9c,10a.

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