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Revisão Discursiva História Geral
Idade Moderna e Contemporânea
 
1. (Ufpr 2014) Leia o excerto de texto escrito pelo anarquista Neno Vasco (1878-1920), na edição de Primeiro de Maio de 1914 do jornal brasileiro “A Voz do Trabalhador”: 
“Eis a festa do 1º de Maio, isto é, a manifestação proletária que a inconsciência de uns, a astúcia e velhacaria de outros e a cumplicidade de todos reduziram em tantas partes a uma absurda ‘festa do trabalho’, como lhe chamam os burgueses complacentes. (…) Vós, só o podereis festejar quando tiverdes conquistado. E é dessa conquista que se trata, tanto no 1º de Maio como nos outros dias.” 
(Neno Vasco. O Significado do 1º de Maio. In: A Voz do Trabalhador, Ano VII, números 53-64, 1º de maio de 1914) - <http://passapalavra.info/2009/09/11694>. 
Discorra sobre o sentido original do Primeiro de Maio no final do século XIX e explique as razões da indignação expressa no texto acima. 
 
2. (Unicamp 2014) Um motivo para a melhoria da dieta ao longo do século XIX era que chegavam cada vez mais alimentos do que chamamos de “periferia” da Europa, denominação vaga que engloba a Rússia e a Europa do Leste, como também das zonas de abastecimento do Novo e do Velho Mundo. Grande parte da Europa acabou por beneficiar-se dessas importações, mas os países mais necessitados desses produtos eram aqueles onde a industrialização e o desenvolvimento urbano ocorreram com maior ímpeto, ou seja, Grã-Bretanha, os Países Baixos e a Alemanha. Do Novo Mundo chegavam o açúcar, o café e o cacau, e da China, do Ceilão e da Índia chegavam o chá e o arroz.
(Adaptado de Norman J. G. Pounds, La Vida Cotidiana: historia de la cultura material. Barcelona: Editorial Crítica, 1992, p. 507-509.)
a) Explique a relação entre o processo de industrialização e importação de alimentos na Europa.
b) Por que a dieta europeia melhorou ao longo do século XIX? 
 
3. (Unesp 2014) Sob qualquer aspecto, este [a Revolução Industrial] foi provavelmente o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela Grã-Bretanha. É evidente que isto não foi acidental.
(Eric Hobsbawm. A era das revoluções: 1789-1848, 1986.)
Aponte dois fatores que justifiquem a importância dada pelo texto à Revolução Industrial e indique dois motivos do pioneirismo britânico. 
 
4. (Uel 2013) Leia o texto a seguir.
A tecnologia tem sido o catalizador da mudança social desde antes do matemático grego Arquimedes demonstrar que a água pode ser levantada para irrigar um terreno ressecado acima de um fluxo de água, por meio de um mecanismo contínuo propulsor dentro de um tubo flexível. Contudo, ao mesmo tempo, a diferença entre os contemplados e os tecnologicamente carentes tornou-se um abismo. Para cada um que agora compra sua passagem de avião, trem e ingresso de teatro online, milhões ainda esperam pela eletricidade e por água limpa corrente.
(Adaptado de: JARDINE, L. Como a tecnologia afeta a transformação social. In: SWAIN, H. Grandes questões da História. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010. p.255-259.)
a) Com base no texto, descreva duas características fundamentais da Revolução Industrial inglesa do século XVIII.
b) Discuta as relações entre desenvolvimento tecnológico e bem-estar social no mundo contemporâneo. 
 
5. (Unesp 2012) Noite após noite, quando tudo está tranquilo
E a lua se esconde por trás da colina,
Marchamos, marchamos para realizar nosso desejo.
Com machado, lança e fuzil!
Oh! meus valentes cortadores!
Os que com golpes fortes
As máquinas de cortar destroem.
Oh! meus valentes cortadores! (...).
(Canção popular inglesa do início do século XIX. Citada por: Luzia Margareth Rago e Eduardo F. P. Moreira. O que é Taylorismo, 1986.)
A canção menciona os “quebradores de máquinas”, que agiram em muitas cidades inglesas nas primeiras décadas da industrialização. Alguns historiadores os consideram “rebeldes ingênuos”, enquanto outros os veem como “revolucionários conscientes”. Justifique as duas interpretações acerca do movimento. 
 
6. (Unicamp 2010) Na Europa, até o século XVIII, o passado era o modelo para o presente e para o futuro. O velho representava a sabedoria, não apenas em termos de uma longa experiência, mas também da memória de como eram as coisas, como eram feitas e, portanto, de como deveriam ser feitas. Atualmente, a experiência acumulada não é mais considerada tão relevante. Desde o início da Revolução Industrial, a novidade trazida por cada geração é muito mais marcante do que sua semelhança com o que havia antes.
(Adaptado de Eric Hobsbawm, O que a história tem a dizer-nos sobre a sociedade contemporânea?, em: Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 37-38.)
a) Segundo o texto, como a Revolução Industrial transformou nossa atitude em relação ao passado?
b) De que maneiras a Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX alterou o sistema de produção? 
 
7. (Unifesp 2010) A paz não passa de um engodo, de uma quimera, de um sonho fugaz; a indústria tornou-se o suplício dos povos, depois que uma ilha de piratas [refere-se à Inglaterra] bloqueia as comunicações (...) e transforma suas fábricas e oficinas em viveiros de mendigos.
(Charles Fourier. Théorie des quatre mouvements (1808), in OEuvres complètes. Paris: Anthropos, vol. I, 1978, citado por Elias Thomé Saliba. As utopias românticas. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.)
O fragmento, escrito em 1808, mostra a visão de Charles Fourier acerca do nascimento das fábricas. Explique
a) por que o autor chama as fábricas de “viveiros de mendigos”.
b) o que leva o autor a afirmar que a Inglaterra “bloqueia as comunicações”. 
 
8. (Uerj 2010) 
Coketown era uma cidade de tijolos vermelhos, ou melhor, de tijolos que seriam vermelhos se a fumaça e as cinzas permitissem, cidade de máquinas e de altas chaminés. Apresentava muitas ruas largas, todas iguais, e muitas ruazinhas ainda mais iguais, cheias de pessoas também muito iguais, pois todas saíam e entravam nas mesmas horas, andando com passo igual na mesma calçada, para fazer o mesmo trabalho, e para elas cada dia era parecido com o da véspera e com o dia seguinte.
CHARLES DICKENS
In: ENDERS, Armelle e outros. História em curso. Rio de Janeiro: FGV, 2008.
A Revolução Industrial provocou grandes mudanças em algumas cidades inglesas a partir de finais do século XVIII. A imagem de Birmingham, de 1886, e o fragmento do romance Tempos difíceis, publicado em 1854, apresentam sinais dessas transformações.
Apresente uma mudança causada pelo processo de industrialização nas cidades inglesas e uma de suas consequências para as condições de vida do operariado. 
 
9. (Fgvrj 2015) Em 1640, dois processos de transformação iniciaram-se quase simultaneamente, na Inglaterra e em Portugal: a Revolução Inglesa e a Restauração Portuguesa.
a) Compare esses processos dos pontos de vista social, político e econômico.
b) Explique como a História da Inglaterra e a de Portugal acabaram por se articular no século XVII. 
 
10. (Ufpr 2015) Leia o excerto da “Declaração de Direitos” (Bill of Rights), assinada pelo rei Guilherme de Orange, em 1689, após a chamada Revolução Gloriosa na Inglaterra em 1688:
"Os Lords (...) e os membros da Câmara dos Comuns, declaram, desde logo, o seguinte:
1. Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real para suspender as leis ou seu cumprimento (...).
5. Que os súditos têm direitos de apresentar petições ao Rei, sendo ilegais as prisões, vexações de qualquer espécie que sofram por esta causa. (...).
13. Que é indispensável convocar com frequência os Parlamentos para satisfazer os agravos, assim como para corrigir, afirmar e conservar as leis.”
A partir do documento acima e de seus conhecimentos sobre a Revolução Gloriosa e seus desdobramentos, explique por que ela é interpretada como uma revolução liberal, parlamentar e burguesa. 
 
11. (Ufrn 2013) O historiador Christopher Hill se notabilizou pelos seus estudos sobre a Revolução Inglesa do século XVII (Revolução Puritana/RevoluçãoGloriosa). Considerando essa revolução como um evento capital não só da história inglesa, mas também da história de todo o mundo contemporâneo, Christopher Hill afirma: 
Se você observar a Inglaterra no século XVI, verá que é uma potência de segunda classe, levando um embaixador inglês em 1640 a dizer que seu país não gozava de qualquer consideração no mundo. O que era verdade. Mas já no começo do século XVIII a Inglaterra é a maior potência mundial. Logo, alguma coisa aconteceu no meio disso. 
MARQUES, Adhemar M.; BERUTTI, Flávio C.; FARIA, Ricardo de M. História contemporânea através de textos. São Paulo: Contexto, 2012. p. 12. 
a) Mencione e explique duas mudanças que contribuíram para a Inglaterra, no começo do século XVIII, se tornar a maior potência mundial. 
b) Justifique por que a Revolução Inglesa do século XVII pode ser considerada um evento capital de todo o mundo ocidental contemporâneo. 
 
12. (Unicamp 2011) Na Inglaterra, por volta de 1640, a monarquia dos Stuart era incapaz de continuar governando de maneira tradicional. Entre as forças sociais que não podiam mais ser contidas no velho quadro político, estavam aqueles que queriam obter dinheiro, como também aqueles que queriam adorar a Deus seguindo apenas suas próprias consciências, o que os levou a desafiar as instituições de uma sociedade hierarquicamente estratificada. 
(Adaptado de Christopher Hill, “Uma revolução burguesa?”. Revista Brasileira de História, São Paulo, vol. 4, nº 7, 1984, p. 10.)
a) Conforme o texto, que valores se contrapunham à forma de governo tradicional na Inglaterra do século XVII?
b) Quais foram as consequências da Revolução Inglesa para o quadro político do país? 
 
13. (Uerj 2009) O rei é vencido e preso. O Parlamento tenta negociar com ele, dispondo-se a sacrificar o Exército. A intransigência de Carlos, a radicalização do Exército, a inépcia do Parlamento somam-se para impedir essa saída "moderada"; o rei foge do cativeiro, afinal, e uma nova guerra civil termina com a sua prisão pela segunda vez. O resultado será uma solução, por assim dizer, moderadamente radical (1649): os presbiterianos são excluídos do Parlamento, a câmara dos lordes é extinta, o rei decapitado por traição ao seu povo após um julgamento solene sem precedentes, proclamada a república; mas essas bandeiras radicais são tomadas por generais independentes, Cromwell à testa, que as esvaziam de seu conteúdo social.
	RENATO JANINE RIBEIRO. In: HILL, Christopher. "O mundo de ponta-cabeça: ideias radicais durante a Revolução Inglesa de 1640". São Paulo: companhia das letras, 1987.
O texto faz menção a um dos acontecimentos mais importantes da Europa no século XVII: a Revolução Puritana (1642-1649). A partir daquele acontecimento, a Inglaterra viveu uma breve experiência republicana, sob a liderança de Oliver Cromwell. Dentre suas realizações mais importantes, destaca-se a decretação do primeiro Ato de Navegação.
Explique a importância do Ato de Navegação para a economia inglesa e aponte duas ações políticas da República Puritana. 
 
14. (Pucrj 2015) A gravura abaixo se intitula A derrubada em massa e foi produzida em 1794 para defender o programa revolucionário dentro e fora da França. À esquerda, um revolucionário aciona uma máquina em cuja roda lê-se “Declaração dos Direitos do Homem” e, acima da máquina elétrica, lê-se “Eletricidade republicana gerando nos déspotas uma comoção que derruba seus tronos”. No cabo elétrico, sucedem-se os impulsos “Liberdade, Fraternidade, Unidade, Indivisibilidade da República” que derrubam dois imperadores, vários reis e um papa.
Considerando esta gravura no contexto revolucionário em que foi produzida:
a) identifique duas ações tomadas pelos revolucionários, durante o período da Convenção Nacional (1792-1795), para garantir a “unidade e indivisibilidade da República” contra os que julgavam serem seus adversários internos;
b) explique por quais motivos o autor da gravura representa o enfrentamento das coalizões europeias como uma guerra universal contra todos os regimes despóticos. 
 
15. (Uema 2015) “Aproximamo-nos do segundo centenário do Congresso de Viena, quando, depois da Revolução Francesa e das Guerras Napoleônicas, delegações de praticamente todos os estados europeus então se aproximaram para participar dessa cúpula histórica entre setembro de 1814 e junho de 1815, na cidade de Viena”. 
Fonte: Associação dos Historiadores Latino-Americanos e do Caribe – ADHILAC. Disponível em: <http://adhilac.com.ar/?p=9219>. Acesso em: 21 set. 2014. (Adaptado e traduzido do espanhol) 
Explique a função do Congresso de Viena no processo de reorganização dos países europeus após a derrota de Napoleão Bonaparte. 
 
16. (Uerj 2015) Carta de Convocação dos Estados Gerais
Por ordem do Rei.
Temos necessidade de nossos fiéis súditos para nos ajudarem a superar todas as dificuldades em que nos achamos e para estabelecer uma ordem constante e invariável em todas as partes do governo que interessam à felicidade dos nossos súditos e à prosperidade de nosso reino. Esses grandes motivos nos determinaram convocar a assembleia dos Estados de todas as províncias sob nossa obediência, para que seja achado, o mais rapidamente possível, um remédio eficaz para os males do Estado e para que os abusos de toda espécie sejam reformados e prevenidos.
Versalhes, 24 de janeiro de 1789.
Adaptado de MATTOSO, K. de Q.. Textos e documentos para o estudo de história contemporânea. São Paulo: Edusp, 1976
A convocação dos Estados Gerais deu início à Revolução Francesa, ocasionando um conjunto de mudanças que abalaram não só a França, mas também o mundo ocidental em finais do século XVIII.
Cite um motivo para a convocação dos Estados Gerais na França, em 1789, e apresente duas consequências da Revolução Francesa para as sociedades europeias e americanas. 
 
17. (Uel 2014) Observe a imagem a seguir.
Explique o contexto histórico da Revolução Francesa destacando o posicionamento do autor da imagem quanto à Igreja Católica. 
 
18. (Unesp 2014) 
A charge ilustra as três ordens sociais existentes na França antes da Revolução de 1789. Identifique essas três ordens e justifique o posicionamento dos personagens na charge. 
 
19. (Fuvest 2014) O problema agrário era portanto o fundamental no ano de 1789, e é fácil compreender por que a primeira escola sistematizada de economia do continente, os fisiocratas franceses, tomara como verdade o fato de que a terra, e o aluguel da terra, era a única fonte de renda líquida. E o ponto crucial do problema agrário era a relação entre os que cultivavam a terra e os que a possuíam, os que produziam sua riqueza e os que a acumulavam.
Eric Hobsbawm. A era das revoluções. 1789‐1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982, p. 29.
a) Caracterize o momento social e econômico por que a França passava no período a que se refere o texto.
b) Quais são as principais diferenças entre as propostas fisiocratas e as práticas mercantilistas anteriores a elas? 
 
20. (Pucrj 2013) As transformações ocorridas nas Américas durante a Era das Revoluções Atlânticas estiveram marcadas por dois grandes eventos, ambos igualmente radicais: (a) a Revolução Americana, que, com a independência das 13 colônias em 1776, causou uma primeira séria fratura na ordem do Antigo Regime e cujo pioneirismo na criação da primeira república moderna não seria esquecido e (b) a Revolução de Santo Domingo, no Haiti, nos anos de 1790, a qual veio associada a uma gigantesca, única e bem sucedida rebelião de escravos nos tempos modernos. Esta libertou os escravos e criou a segunda república independente do novo mundo.
a) Explique a contribuição da Revolução Americana para a ideia de República no mundo moderno.
b) Caracterize como os cidadãos franceses, em meio às próprias experiências revolucionárias iniciadas em 1789 na metrópole, reagiram à rebelião dos escravos em sua colônia e à subsequente abolição da escravidão. 
 
21. (Unicamp 2013) Observe a distribuição de custos dos camponeses franceses, em percentual da colheita,às vésperas da Revolução de 1789. Esses custos referem-se ao arrendamento da terra, ao custo das sementes e aos impostos pagos ao rei, ao senhor da terra e ao clero.
a) Relacione os dados apresentados com as condições vividas pelos camponeses na França do final do Século XVIII.
b) Por quais motivos a questão econômica foi um elemento importante para o Terceiro Estado durante a Revolução Francesa? 
 
22. (Unesp 2013) 
Esta representação da Bastilha, prisão política do absolutismo monárquico, foi pintada em 1789. Indique dois elementos da tela que demonstrem a solidez e a força da construção e o significado político e social da jornada popular de 14 de julho de 1789. 
 
23. (Ufg 2013) Leia o hino a seguir.
Avante, filhos da Pátria,
O dia de glória chegou!
Contra nós da tirania,
O estandarte ensanguentado se ergueu
Ouvis nos campos
Rugir esses ferozes soldados?
Vêm eles até os vossos braços
Degolar vossos filhos, vossas mulheres!
Às armas, cidadãos,
Formai vossos batalhões,
Marchemos, marchemos!
Que um sangue impuro
Banhe o nosso solo!
LISLE, Joseph Rouget de. A Marselhesa. Disponível em: <www.ambafrance-br.org/A-Marselhesa>. Acesso em: 14 nov. 2012. (Adaptado).
“A Marselhesa” foi apropriada como canção revolucionária em 1793, no ano III. Passando por modificações em sua letra, no final do século XIX, em meio à corrida imperialista europeia, a composição tornou-se hino nacional francês. Diante do exposto,
a) relacione um trecho da composição “A Marselhesa” ao contexto revolucionário francês;
b) explique a mudança ocorrida na ideia de nacionalismo no final do século XIX, relacionando-a à apropriação de “A Marselhesa” como hino nacional francês. 
 
24. (Ufes 2015) Em 9 de junho de 1815, encerrou-se o Congresso de Viena, que contou com a presença de representantes diplomáticos das principais nações europeias, após mais de uma década de conflitos intitulados, posteriormente, de guerras napoleônicas. 
a) Analise dois impactos das guerras napoleônicas para o Brasil. 
b) Indique duas consequências ou resultados do Congresso de Viena para os países europeus. 
 
25. (Pucrj 2009) A Revolução Liberal de 1830 na França sepultou definitivamente as intenções restauradoras do Congresso de Viena de 1815, motivando uma onda de progressismo e de ímpeto revolucionário, que levaria às revoluções de 1848 e a diversos movimentos nacionalistas do período. A partir desta afirmativa:
a) APRESENTE uma resolução do Congresso de Viena que exemplifique suas "intenções restauradoras".
b) INDIQUE um princípio do Liberalismo que caracterize a "onda de progressismo e o ímpeto revolucionário" ocorridos na primeira metade do século XIX. 
 
26. (Uerj 2008) A União Europeia dá continuidade ao seu processo de ampliação. Com o ingresso da Bulgária e Romênia em 2007, o bloco passa a contar com 27 países-membros.
	(www.dw-world.de)
Vem de longe o esforço europeu para desenvolver estratégias que garantam a paz e o equilíbrio entre as nações que formam o continente. No século XIX, por exemplo, a tentativa realizada pelas nações participantes do Congresso de Viena (1814-1815) foi rompida com a unificação alemã, fruto da política empreendida por Bismarck.
Apresente dois objetivos do Congresso de Viena e um efeito da unificação alemã sobre as relações políticas europeias estabelecidas na época. 
 
27. (Uff 2004) "Poucas vezes a incapacidade dos governos em conter o curso da história foi demonstrada de forma mais decisiva do que na geração pós-1815. Evitar uma segunda Revolução Francesa, ou ainda a catástrofe pior de uma revolução europeia generalizada tendo como modelo a francesa, foi o objetivo supremo de todas as potências que tinham gasto mais de 20 anos para derrotar a primeira"
	Hobsbawm, Eric. "A Era das Revoluções". Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982, p. 127
O período conhecido como Restauração representou a vitória das potências europeias contra o domínio napoleônico. Reunidos no Congresso de Viena, entre setembro de 1814 e junho de 1815, os países vencedores estabeleceram o princípio da legitimidade, que significou a sua recomposição territorial e a restauração dos governos, tal como existiam antes do avanço napoleônico.
Analise o papel da Santa Aliança na preservação dos princípios estabelecidos pelo Congresso de Viena, indicando a nação cuja atuação foi decisiva para a Restauração. 
 
28. (Ufrrj 2000) 	"Em nome da Santíssima e Indivisível Trindade e conforme as palavras das Sagradas Escrituras (...), Suas Majestades o Imperador da Áustria, o Rei da Prússia e o Imperador da Rússia (...) permanecerão unidos por laços de verdadeira e indissolúvel fraternidade; considerando-se compatriotas, EM TODA OCASIÃO E EM TODO LUGAR ELES PRESTARÃO ASSISTÊNCIA, AJUDA E SOCORRO (...)."
	(Artigo 1o do Tratado da Santa Aliança.)
O trecho destacado no texto anterior demonstra o caráter intervencionista da Santa Aliança no processo de Restauração europeia após a derrota napoleônica (1814 /1815 ).
Esta política das grandes potências absolutistas não conseguiu, porém, impedir por muito tempo o processo histórico que se desenvolvia, então, no continente europeu.
a) Explique o que as potências continentais europeias pretendiam evitar com a criação da Santa Aliança.
b) Cite um inibidor da ação da Santa Aliança na América Latina neste período. 
 
29. (Fuvest 2013) As guerras napoleônicas, entre o final do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX, tiveram consequências diretas muito importantes para diversas regiões do mundo. Mencione e explique uma delas, relativa
a) ao leste da Europa;
b) ao continente americano. 
 
30. (Pucrj 2012) Surpreendidas pela invasão napoleônica em 1807, as duas Coroas ibéricas tiveram desdobramentos políticos diferenciados. No caso espanhol, a captura do Rei Fernando VII por Napoleão acelerou a luta pela autonomia nas cidades e províncias de todo o Império. No caso português, a transmigração da família real para a colônia permitiu desdobramentos mais lentos ao Império luso.
Tendo em vista a conjuntura descrita acima,
a) cite duas medidas tomadas pelo Príncipe Regente D. João, a partir de 1808, que tenham favorecido a manutenção do controle português sobre as províncias brasílicas e seus territórios;
b) identifique uma característica das independências na América hispânica também encontrada nos movimentos pela independência ocorridos na América portuguesa. 
 
31. (Ufu 2012) Texto 1 
Depois que o Estado ficou em estado de orfandade política devido à ausência e prisão de Fernando VII, os povos reassumiram o poder soberano. Ainda que seja verdade que a nação havia transmitido esse poder aos reis, sempre foi com um caráter reversível, não somente no caso de uma deficiência total, mas também no de uma deficiência momentânea e parcial. 
Fragmento do Regulamento da Divisão de Poderes, Buenos Aires, 1811. Apud PAMPLONA, Marco A. e MÄDER, Maria Elisa (orgs.). Revoluções de independências e nacionalismos nas Américas. Região do Prata e do Chile. São Paulo: Paz e Terra, 2007, p. 251. 
Texto 2 
Para sustentar a escravidão dos povos, não têm outro recurso que transformar em mérito o orgulho de seus sequazes e cobri-los de distinções que criam uma distância imensa entre o infeliz escravo e seu pretendido senhor. Essa é a origem dos títulos de condes, marqueses, barões, etc., que a corte da Espanha prodigalizava para duplicar o peso de seu cetro de ferro que gravitava sobre a inocente América. Longe de nós tão execráveis e odiosas preeminências; um povo livre não pode ver brilhar o vício diante da virtude. Estas considerações estimularam a Assembleia a expedir a seguinte LEI: 
A Assembleia Geral ordena a extinção de todos os títulos de condes, marqueses e barões no território das Províncias Unidas do Rio da Prata. 
O redator da Assembleia, n. 9. 29 de maio de 1813. In. PAMPLONA, Marco Antônio e MÄDER, Maria Elisa (orgs.). Revoluções de independências e nacionalismos nas Américas; regiões do Rio da Prata e Chile. São Paulo: Paz e Terra, 2007, p.110. (Adaptado) 
Os textos apontam para ânimos distintosrelativos ao processo de independência na América espanhola.
a) Explique o contexto histórico europeu relacionado ao início do processo revolucionário na América espanhola.
b) Identifique as mudanças no processo de independência do Rio da Prata a partir dos documentos acima apresentados. 
 
32. (Ufmg 2011) Em 21 de novembro de 1806, em Berlim, Napoleão Bonaparte assinou um decreto, em que se estabeleciam as bases do que ele próprio denominou Bloqueio Continental.
Leia este trecho desse decreto:
Considerando [...] Que a Inglaterra considera inimigo todo indivíduo que pertence a um Estado inimigo e, por conseguinte, faz prisioneiros de guerra não somente as equipagens dos navios armados para a guerra, mas ainda as equipagens das naves de comércio e até mesmo os negociantes que viajam para os seus negócios; [...] Decretamos o que segue: Artigo 1º As Ilhas Britânicas são declaradas em estado de bloqueio, Artigo 2º Qualquer comércio e qualquer correspondência com as Ilhas Britânicas ficam interditados [...] Artigo 3º Qualquer indivíduo, súdito da Inglaterra, qualquer que seja sua condição, que for encontrado nos países ocupados por nossas tropas ou pelas tropas de nossos aliados, será constituído prisioneiro de guerra. Artigo 4º Qualquer loja, qualquer mercadoria, qualquer propriedade pertencente a um súdito da Inglaterra será declarada boa presa. Artigo 5º O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer mercadoria pertencente à Inglaterra, ou proveniente de suas fábricas e de suas colônias é declarada boa presa.
Campo Imperial de Berlim, 21 de novembro de 1806.
A partir da leitura desse trecho e considerando outros conhecimento sobre o conflito, explique as diferenças relacionadas às políticas praticadas pela França e pela Inglaterra. 
 
33. (Uff 2007) A Revolução Francesa de 1789 foi pródiga em gerar ideias e projetos de reforma social dos mais diversos e radicais. Um deles, por sua projeção futura, merece ser destacado: a Conspiração dos Iguais, cuja crítica à propriedade estava respaldada na crença de que ela era "odiosa em seus princípios e mortífera nos seus efeitos". No entanto, a Conspiração dos Iguais não conseguiu concretizar seu projeto de defesa da abolição da propriedade privada.
Com base nesta afirmativa:
a) mencione o principal líder da Conspiração dos Iguais;
b) discuta a principal reforma napoleônica em relação à propriedade e suas repercussões na Europa. 
 
34. (Uerj 2006) Para cúmulo da desgraça foram os soberanos da Espanha obrigados a renunciar aos seus direitos, a abdicar de seu trono e a solicitar o seu mesmo Povo a que faltasse à fé e juramento de fidelidade, que havia prestado à Real Família Reinante; a pedir por fim que obedecesse a seus próprios inimigos.
Depois disto, quem se atreverá a duvidar da sábia política do Príncipe Regente de Portugal, em mudar a sua Corte para o Brasil?
	(Adaptado de "Correio Braziliense", 1808. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado/Instituto Uniemp, edição fac-similar, 2000.)
a) O texto acima remete a um acontecimento, decorrente da política internacional, ocorrido na Península Ibérica na primeira década do século XIX.
 Indique esse acontecimento e seu principal objetivo em relação a Portugal.
b) A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil pode ser considerada importante para o processo de independência do Brasil.
 Apresente um argumento que justifique esse ponto de vista. 
 
35. (Fgv 2005) A Revolução Francesa foi marcada por uma série de reviravoltas políticas. Em novembro de 1799, o general Napoleão Bonaparte liderou um golpe de Estado que pôs fim ao Diretório, inaugurando uma nova fase da História francesa.
a) Quais eram as características do Código Civil estabelecido por Napoleão?
b) Em que medida o Código Civil chocava-se com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789? 
 
36. (Fuvest 2005) "A mais extravagante ideia que possa germinar no cérebro de um político é acreditar que basta a um povo entrar de mão armada num país estrangeiro para lhe fazer adotar as suas leis e a sua Constituição. Ninguém estima os missionários armados, e o primeiro conselho que a natureza e a prudência dão é repeli-los como inimigos."
	Robespierre, janeiro de 1792.
a) Por que a ocupação da Espanha pelo exército napoleônico, em 1808, tornou o texto profético?
b) Há no momento atual alguma situação à qual o texto pode ser referido? Por quê? 
 
37. (Ufsc 2015) A anexação da Crimeia pela Rússia, a guerra civil na Síria, a permanente tensão no Iraque e o fortalecimento nacionalista na Europa despertam um antigo debate: uma crise regional é capaz de provocar um conflito global, como ocorreu há cem anos? 
Estudiosos consideram remota a chance do enredo que levou à Primeira Guerra, cuja origem é uma crise localizada entre a Sérvia e o Império Austro-Húngaro após o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, em Sarajevo. 
O complexo sistema de alianças na Europa levou a uma reação em cadeia que provocou a ampliação do conflito. Em quatro anos, a guerra matou ao menos 11 milhões de pessoas. 
Ao mesmo tempo, desmantelou impérios, instigou o nacionalismo étnico, delimitou novas fronteiras na Europa e desencadeou a Segunda Guerra (1939-1945). 
“A guerra é o ponto de partida para compreendermos o contexto atual da Europa e do mundo. Marcou o início da era em que vivemos. Depois de 100 anos, ainda estamos lidando com consequências políticas e sociais dela”, diz Stephen Badsey, do departamento de História e Estudos sobre Guerra da Universidade de Wolverhampton.
COLON, Leandro. 100 anos da 1a Guerra. Folha de São Paulo, 28 jun. 2014. Sessão Mundo, p. A17.
a) Cite três novos países europeus resultantes dos tratados assinados com o fim da Primeira Guerra Mundial.
b) A economia brasileira sofreu alguns impactos em decorrência da Primeira Guerra Mundial. Cite e explique um deles. 
 
38. (Pucrj 2015) Cem anos após o seu início, a Grande Guerra ainda se apresenta como um desafio para os historiadores que procuram entender a dimensão do conflito. Duas grandes alianças político-militares se enfrentaram e, por seu poder destrutivo, é comum que 1914-1918 seja mencionado como o fim de uma era. Sobre a I Guerra Mundial, faça o que se pede.
a) Explique uma razão que levou à formação de uma das alianças que se enfrentaram no conflito;
b) Cite duas mudanças ocorridas no cenário social e político do pós-guerra 
 
39. (Fgv 2015) A Primeira Guerra Mundial envolveu todas as grandes potências, e na verdade todos os Estados europeus, com exceção da Espanha, os Países Baixos, os três países da Escandinávia e a Suíça. E mais: tropas do ultramar foram, muitas vezes pela primeira vez, enviadas para lutar e operar fora das suas regiões (...).
HOBSBAWM, E. Era dos extremos. O breve século XX (1914-1991). Trad., São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 31.
a) Quais foram as motivações econômicas do conflito citado no texto?
b) Como a guerra influenciou e dividiu os movimentos e partidos socialistas do período?
c) Apresente duas transformações decorrentes diretamente do conflito. 
 
40. (Fuvest 2015) Observe o mapa.
a) Explique uma razão do expansionismo japonês nas décadas de 1930 e 1940. 
b) Aponte um país atual da região da antiga Indochina Francesa, destacada no mapa, e caracterize sua posição no contexto industrial mundial do século XXI. 
 
41. (Unesp 2014) 1. Exigimos, baseando-nos no direito dos povos a disporem de si mesmos, a reunião de todos os alemães em uma Grande Alemanha.
2. Exigimos a ab-rogação [revogação] dos Tratados de Versalhes e de Saint-Germain.
3. Exigimos territórios para a alimentação de nosso povo e para o estabelecimento de seu excedente de população.
4. Não pode ser cidadão senão aquele que faz parte do povo. Não pode fazer parte do povo senão aquele que tem sangue alemão, qualquer que seja sua confissão. Consequentemente, nenhum judeu pode fazer parte do povo.
5. Aquele que não é cidadão não pode viver na Alemanha senão como hóspede e deve ser submisso à legislação aplicável aos estrangeiros.
(Programa do PartidoNacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, 1920. In: Kátia M. de Queirós Mattoso. Textos e documentos para o estudo da história contemporânea (1789-1963), 1977. Adaptado.)
Explique as origens da exigência contida no item 2 do Programa do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães e cite duas ações, realizadas pelos nazistas após sua chegada ao poder, que derivaram do que é proposto nos itens 4 e 5 desse Programa. 
 
42. (Uerj 2012) 
A Primeira Guerra Mundial provocou uma reorganização político territorial da Europa, como se observa nos mapas. Duas ideias orientaram essa reorganização: a do Estado-nação e, no caso da fronteira russa, a do cordão sanitário.
A partir da análise dos mapas, identifique a mudança ocorrida na organização política europeia após a Primeira Guerra.
Em seguida, indique o motivo que levou ao estabelecimento da política do cordão sanitário naquele momento. 
 
43. (Ufjf 2011) Observe o mapa abaixo:
O mapa retrata a África partilhada por países europeus em um processo conhecido como imperialismo.
a) Analise as repercussões desse processo de desenvolvimento do capitalismo desde o final do século XIX.
b) Relacione os impactos desse processo sobre as origens da Primeira Grande Guerra Mundial. 
 
44. (Fuvest 2011) Este livro não pretende ser um libelo nem uma confissão, e menos ainda uma aventura, pois a morte não é uma aventura para aqueles que se deparam face a face com ela. Apenas procura mostrar o que foi uma geração de homens que, mesmo tendo escapado às granadas, foram destruídos pela guerra.
Erich Maria Remarque, Nada de novo no front. São Paulo: Abril, 1974 [1929], p.9. 
Publicado originalmente em 1929, logo transformado em best seller mundial, o livro de Remarque é, em boa parte, autobiográfico, já que seu autor foi combatente do exército alemão na Primeira Guerra Mundial, ocorrida entre 1914 e 1918. Discuta a ideia transmitida por “uma geração de homens que, mesmo tendo escapado às granadas, foram destruídos pela guerra”, considerando:
a) As formas tradicionais de realização de guerras internacionais, vigentes até 1914 e, a partir daí, modificadas.
b) A relação da guerra com a economia mundial, entre as últimas décadas do século XIX e as primeiras do século XX. 
 
45. (Ufrn 2012) A charge a seguir, publicada na França em 1885, refere-se a um episódio específico de um fenômeno histórico, cujas repercussões atingiram diversos continentes até as primeiras décadas do século XX.
Analise os elementos que compõem a charge e responda: 
a) Qual o fenômeno histórico a que ela faz referência? Entre o século XIX e as primeiras décadas do século XX, que relações de poder existiam entre as nações? 
b) Mencione dois aspectos (acontecimentos ou ideias) que se relacionam a esse fenômeno histórico. 
 
46. (Unicamp 2012) A aventura à Amazônia liderada pelo naturalista Louis Agassiz estendeu-se de 1865 a 1866 e passou por várias regiões do Brasil: de Minas Gerais ao Nordeste e à Amazônia. Foi orientada pela teoria criacionista, que se opunha à teoria de Charles Darwin. Apesar de participar da expedição, o filósofo norte-americano Willian James questionou alguns estereótipos sobre os trópicos. 
(Adaptado de Maria Helena P. T. Machado, “Algo mais que o paraíso”, Revista de História da Biblioteca Nacional, no. 52. Rio de Janeiro, jan. 2010, p.70.) 
a) Qual a importância da teoria de Charles Darwin para o debate científico do século XIX. 
b) Identifique dois estereótipos relativos às terras e às gentes do Brasil no século XIX. 
 
47. (Fuvest 2011) Viver numa grande cidade implica o reconhecimento de múltiplos sinais. Trata-se de uma atividade do olhar, de uma identificação visual, de um saber adquirido, portanto. Se o olhar do transeunte, que fixa fortuitamente uma mulher bonita e viúva ou um grupo de moças voltando do trabalho, pressupõe um conhecimento da cor do luto e das vestimentas operárias, também o olhar do assaltante ou o do policial, buscando ambos a sua presa, implica um conhecimento específico da cidade.
Maria Stella Bresciani, Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza. São Paulo: Brasiliense, 1982, p.16. Adaptado.
O texto mostra como o forte crescimento territorial e demográfico de algumas cidades europeias, no século XIX, redefiniu formas de convivência e sociabilidade de seus habitantes as quais, em alguns casos, persistem até hoje.
a) Cite e explique dois motivos do crescimento de cidades como Londres e Paris, no século XIX.
b) Indique e analise uma característica, dentre as mencionadas no texto, que se faça presente em grandes cidades atuais. 
 
48. (Ufg 2007) Observe a imagem e o texto a seguir.
"Tempos modernos", filme de 1936, cuja temática ultrapassa a tragédia da existência individual e coloca em cena o conflito entre o homem e o taylorismo.
	BODY-GENDROT, Sophie. Uma vida privada francesa segundo o modelo americano. In: DUBY, Georges; ARIES, Philippe. "História da vida privada". V.3, p. 535. [Adaptado].
Considerando a imagem e o fragmento,
a) indique duas características do taylorismo; 
b) explique o novo tipo de conflito sugerido no texto. 
 
49. (Uerj 2007) 
Por volta de 1860/70, a economia capitalista ganha ritmo acelerado, contribuindo para a superação do chamado capitalismo livre-concorrencial. Apesar do progresso, as grandes cidades europeias não estavam isentas de sérios problemas sociais. As cités (vilas), amontoados de barracos, eram as únicas moradias acessíveis para muitos trabalhadores parisienses. Essa situação influiu no significativo aumento da imigração europeia.
Aponte um elemento característico das transformações verificadas nas economias capitalistas durante a segunda metade do século XIX e explique como esse processo influenciou o aumento da imigração europeia para a América em finais desse século. 
 
50. (Pucsp 2007) 	CRESCIMENTO ECONÔMICO X 	 AQUECIMENTO GLOBAL
Leia com atenção:
	"A História da economia mundial desde a Revolução Industrial tem sido - de acelerado progresso técnico, de contínuo, mas irregular crescimento econômico, e de crescente 'globalização', ou seja, de uma divisão mundial cada vez mais elaborada e complexa de trabalho - uma rede cada vez maior de fluxos e intercâmbios que ligam todas as partes da economia mundial ao sistema global."
	Adaptado de Eric Hobsbawn. "Era dos extremos. O breve século XX. 1914-1991". São Paulo: Companhia das Letras, 1994, p. 92.
	"Os países industrializados dividem-se entre os partidários de um acordo que imporia a redução dos gases efeito-estufa (maior parte da União Europeia) e os promotores de uma estabilização das emissões e de soluções econômicas flexíveis (Estados Unidos, Canadá, Austráulia, Nova Zelândia, Japão, Rússia, Ucrânia, Noruega). Os países emergentes consideram que os problemas climáticos são causados pelos países industrializados e insistem em priorizar e não restringir seu crescimento e desenvolvimento econômico".
	Marie-Françoise Durand et alli. "Atlas de la Mondialisation". Paris: Sciences Po - Les Presses, 2006, p. 87, tradução nossa.
	O relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) denominado "Mudança Climática 2007: a Base da Ciência Física" foi divulgado internacionalmente no início de fevereiro de 2007.
	Suas afirmações são contundentes: vivemos e viveremos uma era de aquecimento global, cujas consequências serão mudanças climáticas pertubadoras.
	Diante do que afirma este relatório e considerando os textos e o mapa, procure descrever:
- As ocorrências históricas que definiram a divisão mundial do trabalho no século XX e tornaram países como Estados Unidos, China e Rússia alguns dos maiores emissores de gases-estufas, em quantidades absolutas. 
 
51. (Uema 2015) Em seu discurso sobre a anexação da região da Crimeia, nos primeiros meses de 2014, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que “no coração e na mente das pessoas, a Crimeia sempre foi uma parte inseparável da Rússia”. 
Fonte: Disponível em: <http://exame.abril.com.br/mundo/notícias/15-frases-de-vladimir-putin-sobre-a-anaexacao-da-crimeia#2>.Acesso em: 19 ago. 2014. 
O texto se insere nos conflitos recentemente deflagrados na Ucrânia, envolvendo projetos separatistas em regiões como a Crimeia e os interesses russos no país. Ao afirmar que “(...) no coração e na mente das pessoas”, a Crimeia “sempre” foi parte da Rússia, Vladimir Putin está fazendo referência a um período histórico em que toda a região (Rússia, Ucrânia e Crimeia e outras Nações) compunha um mesmo país. 
a) Qual o nome da associação dos países citados no texto que perdurou entre os anos de 1922 a 1991? 
b) Explique UMA razão para a dissolução dessa associação de países. 
 
52. (Ufpr 2014) Atente para este cartaz de propaganda produzido na União Soviética nos anos 1930, que diz “Seja como o Grande Lênin foi” (1938). Estabeleça a diferença entre o plano econômico de Lênin para a nascente União Soviética e o plano econômico aplicado por Joseph Stalin, ao suceder Lênin, e responda: por que Stálin e Lênin são retratados juntos nestas propagandas?
 
 
53. (Unesp 2013) O Governo Provisório foi deposto; a maioria de seus membros está presa. O poder soviético proporá uma paz democrática imediata a todas as nações. Ele procederá à entrega aos comitês camponeses dos bens dos grandes proprietários, da Coroa e da Igreja... Ele estabelecerá o controle operário sobre a produção, garantirá a convocação da Assembleia Constituinte para a data marcada... garantirá a todas as nacionalidades que vivem na Rússia o direito absoluto de disporem de si mesmas.
O Congresso decide que o exercício de todo o poder nas províncias é transferido para os Soviets dos deputados operários, camponeses e soldados, que terão de assegurar uma disciplina revolucionária perfeita. O Congresso dos Soviets está persuadido de que o exército revolucionário saberá defender a Revolução contra os ataques imperialistas.
(Proclamação do Congresso dos Soviets, outubro de 1917. Apud Marc Ferro. A Revolução Russa de 1917, 1974.)
O documento, divulgado em outubro de 1917, relaciona diversas decisões do novo governo russo.
Quais eram as principais diferenças políticas e sociais entre o governo que se iniciava (Congresso dos Soviets) e o que se encerrava (Governo Provisório)? Cite uma das realizações do novo governo, explicando o contexto em que se deu. 
 
54. (Pucrj 2012) “O movimento operário brasileiro viveu anos de fortalecimento entre 1917 e 1920, quando as principais cidades brasileiras foram sacudidas por greves. Vários grupos operários no Brasil e no mundo acreditavam que havia chegado o momento de colocar um fim à exploração capitalista e construir uma nova sociedade.”
Movimento Operário In: www.cpdoc.fgv.br
a) Identifique um acontecimento mundial, à época, que se relacione diretamente com o fortalecimento do movimento operário no Brasil.
b) Caracterize duas propostas do movimento operário brasileiro, durante a Primeira República. 
 
55. (Unicamp 2012) A Primeira Guerra Mundial abalou profundamente todos os povos envolvidos, e as revoluções de 1917-1918 foram, acima de tudo, revoltas contra aquele holocausto sem precedentes, principalmente nos países do lado que estava perdendo. Mas em certas áreas da Europa, e em nenhuma outra mais que na Rússia, foram mais que isso: foram revoluções sociais, rejeições populares do Estado, das classes dominantes e do status quo. 
(Adaptado de Eric Hobsbawm, Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 262-263.) 
a) Relacione a Primeira Guerra Mundial e a situação da Rússia na época. 
b) Cite e explique um princípio da Revolução Russa de 1917. 
 
56. (Unicamp 2011) Existem épocas em que os acontecimentos concentrados num curto período de tempo são imediatamente vistos como históricos. A Revolução Francesa e 1917 foram ocasiões desse tipo, e também 1989. Aqueles que acreditavam que a Revolução Russa havia sido a porta para o futuro da história mundial estavam errados. E quando sua hora chegou, todos se deram conta disso. Nem mesmo os mais frios ideólogos da guerra fria esperavam a desintegração quase sem resistência verificada em 1989. 
(Adaptado de Eric Hobsbawm, “1989 – O que sobrou para os vitoriosos”. Folha de São Paulo, 12/11/1990, p. A-2.)
a) No contexto entre as duas guerras mundiais, quais seriam as razões para a Revolução Russa ter simbolizado uma porta para o futuro?
b) Identifique dois fatores que levaram à derrocada dos regimes socialistas da Europa após 1989. 
 
57. (Uerj 2011) Cuba e as reformas do bloco socialista: back to the future?
Os líderes cubanos excitaram a imaginação do mundo ao lançarem em setembro o mais radical pacote de medidas. As reformas cubanas trazem logo à mente duas grandes ondas de reforma na antiga União Soviética: a Nova Política Econômica - NPE, nos anos 1920, e o início da Perestroika, em meados dos anos 1980. Em ambas, inicialmente, as medidas tomadas e o espírito condutor eram bastante parecidos, mas os resultados das duas foram completamente diferentes. Qual desses caminhos seguirá Cuba, em um mundo cada vez mais globalizado?
Ângelo Segrillo 
Adaptado de O Globo, 19/09/2010
No mundo contemporâneo, países socialistas viveram situações de crise, contornadas por meio da promoção de reformas, como as mencionadas no texto.
Aponte um princípio comum à Nova Política Econômica e à Perestroika. Em seguida, indique principal resultado de cada uma dessas políticas promovidas pelo governo soviético. 
 
58. (Unesp 2010) A Revolução Russa é o acontecimento mais importante da Guerra Mundial.
(LUXEMBURGO, Rosa. A revolução russa. Lisboa: Ulmeiro, 1975.)
A frase de Rosa Luxemburgo, polonesa então radicada na Alemanha, associa diretamente a ocorrência da Revolução Russa com a Primeira Guerra Mundial.
Indique e analise possíveis vínculos entre os dois processos, destacando os efeitos da Guerra na vida interna da Rússia. 
 
59. (Unesp 2011) 
A tela de Eugène Delacroix celebra a revolução de julho de 1830 na França, que derrubou o rei Carlos X e encerrou o período da Restauração.
Explique o significado do movimento de 1830 e identifique, através da análise da tela, dois elementos que atestem sua relação com a Revolução de 1789. 
 
60. (Pucrj 2009) 
A primeira imagem representa o sonho de construir repúblicas democráticas por toda Europa, em 1848. A marcha fraterna dos povos, cada qual com sua bandeira, simboliza os ideais nacionalistas em voga na primeira metade do século XIX. A segunda imagem retrata o Kaiser Guilherme II e caracteriza o nacionalismo exacerbado que alimentou todas as potências europeias entre 1890 e 1914, contribuindo para a eclosão da Primeira Grande Guerra.
Com base nessas imagens e em seus conhecimentos:
a) INDIQUE duas diferenças entre o nacionalismo que caracterizou a "Primavera dos Povos" e o que conduziu à Primeira Guerra.
b) CITE duas rivalidades nacionalistas que ocorreram em solo europeu e que exemplifiquem o nacionalismo exacerbado caracterizado na segunda imagem. 
 
61. (Ufrrj 2006) "Qualquer historiador reconhece-a imediatamente: as barbas, as gravatas esvoaçantes, os chapéus dos militantes, as bandeiras tricolores, as barricadas, o sentido inicial de libertação, de imensa esperança e confusão otimista. Era a 'primavera dos povos' - e, como a primavera, não durou".
	(Eric Hobsbawm "Era do Capital", Paz e Terra, RJ, 1982, p.33).
As revoluções de 1848 tiveram seu início na França, em fevereiro daquele ano, com a derrubada do "Rei Burguês", Luís Felipe, e se estenderam por diversos Estados europeus em pouco tempo.
a) Exponha um resultado da forte participação operária, já de base socialista, na derrubada do "Rei Burguês".
b) Explique as palavras de Hobsbawm sobre a duração da "primavera dos povos". 
 
62. (Ufrj 2005) 
Intensos debates na Paris de 1848 (M. Carnavalet, Paris)
A historiografia tradicionalmente considera a revolução de 1848, na França, como um divisor de águas na história dos movimentos populares europeus do século XIX. Justifique tal afirmativa. 
 
63. (Uerj 2004) DISCURSO À CÂMARA DOS DEPUTADOS DE PARIS
No momento em que estamos, creio que dormimos sobre um vulcão(...). Não ouvis então, por uma espécie de intuição instintiva que não se pode analisar, mas que é certa, que o solo treme de novo na Europa? Não ouvis então ... como direi? ... um vento de revolução que paira no ar?
29 de janeiro de 1848
(TOCQUEVILLE, A. Lembranças de 1848. As jornadas revolucionárias em Paris. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.)
As palavras de Tocqueville concretizaram-se ao longo do ano de 1848, marcado por uma série de revoluções que agitaram não só a Europa, como também a América.
Em relação a este ano, identifique:
a) duas condições relacionadas às camadas populares que contribuíram para a eclosão das revoluções na França;
b) um movimento revolucionário ocorrido no Brasil, apontando um fator para sua eclosão. 
 
64. (Uerj 2015) Um novo memorial foi inaugurado no campo de concentração nazista de Mauthausen, na Áustria, com a presença de três chefes de Estado: o austríaco Heinz Fischer, o húngaro Janos Ader e o polonês Bronislaw Komorowski, além da ministra israelense da Justiça, Tzipi Livni. O novo memorial - “Mauthausen, lugar de um crime” - inclui duas exposições que revelam o dia a dia do campo de concentração através de entrevistas com 48 sobreviventes. No total, duzentas mil pessoas, procedentes de quarenta países, incluindo cerca de cinquenta mil judeus, foram detidas até 1945 em Mauthausen. Ao menos noventa mil morreram devido ao extenuante trabalho nas minas de granito, à má nutrição, às doenças e às execuções.
Adaptado de notícias.r7.com, 05/05/2013.
O Holocausto vem sendo cada vez mais associado à memória histórica de sociedades europeias. Indique duas repercussões do Holocausto para o contexto internacional posterior ao fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Indique, também, a importância simbólica da criação de memoriais como o citado na reportagem. 
 
65. (Fuvest 2014) 
As duas imagens acima foram divulgadas durante a Segunda Guerra Mundial, respectivamente, na União Soviética e na Alemanha.
a) Indique semelhanças e diferenças de maior relevância entre elas, no tocante à relação forma‐conteúdo.
b) Qual era a situação político‐militar vivida por esses países, no momento em que os cartazes foram produzidos? 
 
66. (Uerj 2014) 
O personagem Capitão América, criado em 1941, é um cidadão norte-americano, voluntário na experiência para criar supersoldados que defendam o mundo de ameaças.
Identifique o conflito internacional em curso na época da criação do personagem. Em seguida, aponte duas medidas adotadas, nos anos de 1941 e 1942, pelo governo dos E.U.A. com relação ao conflito. 
 
67. (Fuvest 2013) Observe a foto abaixo, tirada no Gueto de Varsóvia, em 1943, durante a ocupação nazista da Polônia.
a) Por que o menino porta uma estrela nas costas e o que essa estrela representava nas zonas de domínio nazista?
b) Explique a dinâmica de funcionamento do Gueto de Varsóvia e o que ele representou na dominação nazista da Polônia. 
 
68. (Uerj 2013) 
O cartaz acima, divulgado pelo Comitê de Coordenação e Produção de Guerra norte-americana durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), tornou-se um dos símbolos dos esforços patrióticos frente ao conflito armado. Nele, retratava-se também um novo ideal para a condição feminina.
Explicite duas repercussões da Segunda Guerra Mundial para o mundo do trabalho na sociedade norte-americana. 
 
69. (Pucrj 2012) “No campo da política mundial, eu dedicarei esta nação à política da boa vizinhança – uma vizinhança que resulte do respeito mútuo e, devido a isso, respeite o direito dos outros – uma vizinhança que respeite suas obrigações e respeite a santidade dos seus acordos para com todos os seus vizinhos do mundo inteiro”.
Discurso de posse de Franklin D. Roosevelt, em 1933.
Fonte: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/eua_vizinhanca.htm
a) Apresente dois objetivos da política de Roosevelt, relacionando-os ao contexto mundial do entre-guerras.
b) Identifique dois efeitos da política inaugurada por esse discurso para as relações entre os países americanos no contexto da Segunda Guerra Mundial. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
O privilégio de iniciar o primeiro julgamento da história por crimes contra a paz no mundo impõe uma grave responsabilidade. Os crimes que procuraremos condenar e punir foram tão premeditados, tão maléficos e devastadores, 1que o mundo civilizado não pode tolerar que sejam ignorados, 2uma vez que este não seria capaz de sobreviver à repetição daqueles. Que quatro grandes nações, arrebatadas pela vitória e ainda ofendidas pela injúria, optem por evitar a vingança e entreguem voluntariamente à lei os seus inimigos capturados é um dos mais significativos tributos já pagos pelo Poder à Razão. O senso comum da humanidade exige que a lei não se restrinja a punir os pequenos crimes da gente miúda. A lei deve atingir também aqueles que detenham grandes poderes e que os usem de forma deliberada e articulada para pôr em ação males os quais não deixam ileso nenhum lar deste mundo. É um caso dessa magnitude que as Nações Unidas apresentarão a Vossas Excelências.
Robert H. Jackson. “Opening address for the United States.” In: Office of United States chief counsel for prosecution of axis criminality. Nazi conspiracy and aggression. Washington: United States Government Printing Office, 1946, p. 114 (tradução com adaptações). 
70. (Unb 2011) A partir do texto, extraído do discurso proferido na abertura do Tribunal Internacional de Nürembergue, em 1945, julgue os itens a seguir.
a) Vários réus levados à Corte Penal de Nürembergue, entre 1945 e 1946, foram julgados culpados por crimes contra a humanidade, condenação que já se havia tornado comum na Europa, desde a promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos pela Assembleia Nacional francesa, em 1791.
b) Entre os crimes julgados pelo referido tribunal, está o de extermínio sistemático de milhões de pessoas que pertenciam a grupos considerados politicamente indesejáveis pelo regime nacional-socialista alemão. Os judeus europeus foram as principais vítimas do Holocausto e, em menor escala, também foram perseguidos cidadãos da Polônia e da União Soviética, pessoas com deficiências físicas, comunistas e socialdemocratas alemães, homossexuais, bem como testemunhas de Jeová.
c) Entre as causas que levaram o Partido Nacional-Socialista a conquistar o poder na Alemanha no período que antecedeu a Segunda Grande Guerra, destaca-se o ressentimento generalizado da sociedade alemã devido às indenizações de guerra impostas no Tratado de Versalhes. Tais indenizações inviabilizaram, na década de 20 do século passado, o crescimento econômico e sacrificaram a vida social desse país fato que marcou todo o período denominado República de Weimar. A crise econômica e social da Alemanha, nessa época, justificou a posterior ofensiva militar nacional-socialista em busca da ampliação dos limites territoriais do terceiro Reich.
d) O pagamento, pela Alemanha, das indenizações estipuladas no Tratado de Versalhes foi concluído apenas em 2010, a título de comemoração pelo quadragésimo aniversário da reunificação alemã. 
 
71. (Unesp 2009) Violências e guerras entre povos caracterizam a história da humanidade, assim como projetos e tentativas de evitá-las. No século XX, foram criados organismos internacionais com a finalidade de pacificar as relações entre nações e países: a Liga das Nações em 1919 e a Organização das Nações Unidas (ONU) em 1945. Apesar de suas declarações favoráveis à solução negociada dos conflitos, nem a Liga das Nações nem a ONU conseguiram impedir, completamente, a deflagração de guerras. Dê dois exemplos de conflitos ocorridos no século XX, que cada um desses organismos não conseguiu evitar. Justifique a relativa fragilidade desses organismos internacionais. 
 
Gabarito: 
Resposta da questão 1:
 O Primeiro de Maio surgiu como resultado da indignação e das manifestações em busca de melhores condições de trabalho dos operários após a Primeira Revolução Industrial. O autor do artigo demonstra indignação porque, segundoele, a comemoração do Primeiro de Maio foi transformada em algo festivo, não condizente com a originalidade da comemoração do dia. 
Resposta da questão 2:
 a) O processo de industrialização dos países europeus contou com um fator comum: o êxodo dos trabalhadores do campo para as cidades. Nesse sentido, a mão de obra que anteriormente lavrava os campos e produzia os alimentos que abasteciam os países passou a trabalhar nas recém-criadas fábricas, criando a necessidade de importação de alimentos.
b) Como o próprio texto deixa claro, a dieta melhorou porque a Europa passou a importar alimentos de “novos” lugares, ampliando a quantidade e a variedade de produtos. Nesse contexto, o neocolonialismo promovido na África e na Ásia contribuiu para essa melhora, porque os países europeus passaram a importar novos alimentos de localidades como a Índia e a China. 
Resposta da questão 3:
 A Revolução Industrial gerou uma série de transformações no mundo, tais como: a consolidação do capitalismo, o surgimento de proletariado, a separação entre capital (burguesia) e trabalho (operário), intensificou o êxodo rural, entre outros. O pioneirismo da Inglaterra na Revolução Industrial se deve a um conjunto de fatores, entre eles: marinha forte, recursos naturais como ferro e carvão, acúmulo de capital, estabilidade política, ética protestante, entre outros. 
Resposta da questão 4:
 a) Sobre a revolução industrial, o candidato deve articular uma resposta que aponte suas características: o surgimento da manufatura, a urbanização, o surgimento do proletariado, o surgimento da indústria de bens de consumo, a expulsão do homem do campo, o cercamento das terras, a exploração do trabalho assalariado.
b) Espera-se que o candidato articule uma reflexão demonstrando como o desenvolvimento tecnológico pode contribuir para o desenvolvimento humano e até mesmo para a preservação ambiental. Essas tecnologias não estão, contudo, disponíveis para todos, o que reforça a desigualdade existente. Em suma, o candidato deverá argumentar sobre os aspectos contraditórios das relações entre desenvolvimento tecnológico e bem-estar social. 
Resposta da questão 5:
 O movimento dos quebradores de máquinas entre os séculos XVIII e XIX, na Inglaterra, também conhecido por “Ludismo”, reuniu operários nos principais centros urbanos, que invadiam as fábricas e destruíam as máquinas.
Para alguns, em especial os autores marxistas, eram rebeldes ingênuos, pois representaram um movimento espontâneo, sem ideologia, objetivos concretos ou forma mais acabada de organização, portanto, fadados à derrota. Para outros, eram revolucionários conscientes, encaixando-se nessa visão, historiadores mais tradicionais que entendem que os operários tinham consciência do papel nefasto das máquinas e das fábricas em suas vidas, responsáveis pelo aumento do desemprego e pela precarização do trabalho; ou ainda os historiadores anarquistas, que consideram que o movimento organizado de massas tem potencial revolucionário e, de alguma forma, pretende se opor ao “status quo”. 
Resposta da questão 6:
 a) De acordo com o texto sim, pois antes da Revolução Industrial, “o passado era o modelo para o presente e o futuro”, pois o velho representava a sabedoria, experiência e a memória. Depois da Revolução Industrial, novidade surgida a cada geração ganhou mais importância em relação a sua semelhança com o que havia antes. 
b) A Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX promoveu a substituição da produção artesanal como sistema de produção predominante pelo sistema fabril. Promoveu também a mecanização da produção e a perda o controle por parte do trabalhador sobre o processo de trabalho, isto é, a alienação. 
Resposta da questão 7:
 a) Nas fábricas dos primeiros tempos da Revolução Industrial, os operários trabalhavam em precárias condições, devido às longas jornadas de trabalho em ambiente em insalubre, sujeitos a acidentes e a castigos físicos e em troca de salários insignificantes.
b) A afirmação de Charles Fourier de que a Inglaterra “bloqueia as comunicações”, remete, no contexto em que se deu, à hegemonia inglesa no comércio internacional, condição que a Inglaterra ostentava desde o século XVII e que foi consolidada com a Revolução Industrial no século XVIII. 
Resposta da questão 8:
 Uma das mudanças:
• expansão, diversificação e maior complexidade da paisagem urbana
 • separação entre bairros operários, mais próximos das zonas de localização das indústrias, e bairros nobres, áreas de lazer e logradouros destinados à administração
 • alteração do espaço natural decorrente da concentração industrial em áreas urbanas, causadora de efeitos poluentes e de degradação ambiental, associados tanto à aplicação dos progressos tecnológicos na mecanização da produção quanto aos processos de expansão e de concentração demográfica
 • crescimento populacional decorrente da ampliação da demanda por mão de obra e alimentado por feixes migratórios originários das áreas rurais
Uma das consequências:
• crescente divisão do trabalho
• padronização dos ritmos de vida
• exploração da mão de obra infantil e feminina
• crescimento dos índices de violência e criminalidade
Entre as consequências as Revolução Industrial, a intensificação do processo de urbanização da sociedade foi uma das mais significativas, porém as precárias condições de vida e trabalho a que foram submetidas as populações operárias geravam situações como as descritas no texto. 
Resposta da questão 9:
 a) No século XVII ocorreu na Inglaterra um intenso conflito entre o Parlamento que representava as ideias liberais burguesas e capitalistas contra os reis que lutavam para manter o absolutismo e seus privilégios. Este processo culminou com a Revolução Gloriosa de 1689 que consistiu em uma revolução burguesa que destruiu o absolutismo implantando a monarquia parlamentarista. Foi a vitória das ideias liberais de Locke. Em 1640, ocorreu a Restauração Monárquica Portuguesa, que através da ajuda inglesa, livrou-se do domínio espanhol.
b) De 1580 até 1640 a nação portuguesa esteve atrelada a Espanha no contexto da União Ibérica. A partir de 1640, com a Restauração Monárquica, Portugal ficou muito atrelado e submisso a Inglaterra. Como exemplo podem ser citados o Tratado de Methuem de 1703 que acabou transferindo boa parte do ouro do Brasil para os cofres da Inglaterra bem como a vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 escoltado pela marinha britânica. 
Resposta da questão 10:
 O século XVII na Inglaterra foi caracterizado por um intenso conflito entre o “velho” (estruturas feudais e poder absoluto para o rei) e o “novo” (forças capitalistas ligadas a burguesia e ao Parlamento que defendia maior liberdade política e econômica). Todo este século de conflito culminou na famosa Revolução Gloriosa de 1689, apoiada nas ideias liberais do filósofo John Locke, mentor teórico desta revolução. Foi a vitória do “novo” sobre o “velho”, Jaime II foi deposto, acabou a monarquia absolutista e foi implantada a monarquia parlamentarista constitucional. Foi a vitória das ideias liberais de Locke, do Parlamentarismo e da classe burguesa que desejava maior liberdade política e econômica para implementar seus negócios. Foi um grande passo para a Revolução Industrial. A Revolução Gloriosa teve a mesma natureza histórica da Revolução Francesa, isto é, uma revolução burguesa que destruiu o “Antigo Regime”, Absolutismo e o Mercantilismo. 
Resposta da questão 11:
 a) Durante o século XVII a burguesia inglesa assumiu o controle político do país, através da Revolução Puritana, consolidada décadas depois pela Revolução Gloriosa, dando ao governo um caráter empreendedor. Após a Revolução Puritana, durante o governo de Oliver Cromwell, o país adotou o “Ato de Navegação”, que permitiu a ampliação do comércio das empresas inglesas e se chocou com a principal potência naval da época, a Holanda, que perdeu rotas e áreas de comércio.
b) Ela marca a ascensão política da burguesia apoiada em novos ideais que deram origem ao iluminismo, que sepropagará na Europa e América a partir de então. 
Resposta da questão 12:
 a) Pode-se dizer que UM grande valor se contrapunha a monarquia Stuart, a Liberdade. Segundo o texto, a ascensão da burguesia no plano econômico se fazia sentir também na vida política e essa classe pretendeu ocupar lugar de comando na vida do país. Dentro do mesmo contexto se desenvolveu a oposição à religião do Estado, o anglicanismo, e esta foi dirigida, principalmente, pelos puritanos, grande parte deles burgueses, com o argumento de que a religião deveria se desvincular do Estado.
b) A Revolução Inglesa – puritana e gloriosa – foi responsável pela eliminação do absolutismo na Inglaterra e pela adoção de um modelo baseado no Parlamento. A monarquia parlamentarista inglesa foi o primeiro modelo político liberal na história moderna e esteve baseada nos princípios iniciais do iluminismo a partir das teorias de John Locke. 
Resposta da questão 13:
 A decretação do primeiro Ato de Navegação (1651) determinou que o transporte de produtos importados pela Inglaterra deveria ser feito apenas em navios ingleses ou pertencentes aos países de origem dos respectivos produtos, ampliando o processo de acumulação de capitais.
Duas das ações:
- dissolução do Parlamento
- conquista da Jamaica à Espanha
- supressão da Câmara dos Lordes
- vitórias militares contra a Holanda e a Espanha
- submissão da Irlanda e da Escócia, outra vez, à Inglaterra
- confisco e leilão das terras pertencentes à Igreja Anglicana e aos nobres que apoiaram o rei
- autoproclamação de Cromwell como Lorde Protetor das Repúblicas da Inglaterra, Escócia e Irlanda 
Resposta da questão 14:
 a) O período da Convenção Nacional ( 21 de setembro de 1792 a 1º. de outubro de 1795) começa com a abolição da Monarquia e a instauração da Primeira República Francesa. Neste período, a República Francesa conduzirá, ao mesmo tempo, uma guerra revolucionária contra as coalizões europeias e uma guerra civil contra realistas e federalistas, qualificados de "contrarrevolucionários". A percepção de que a pátria e a república estavam em perigo levou os republicanos a tomarem um conjunto de medidas para enfrentar os "inimigos da revolução" como as insurreições federalistas contra Paris, os levantes realistas contra o regime republicano (Vendéia e Lyon) e a penúria, a carestia e a crise econômica e social. As medidas concretas tomadas para enfrentar os riscos da divisão interna foram:
- A criação do Tribunal Revolucionário (março de 1793), que julgava os opositores da República e não permitia nenhum tipo de recurso às decisões que emanava. Durante o período do Terror, este tribunal emitiu cerca de 5.342 sentenças, das quais mais da metade resultaram na pena de morte.
- A reorganização dos exércitos (agosto de 1793) e a imposição do alistamento em massa para todos os homens celibatários entre 18 e 25 anos, aumentando os efetivos e incorporando batalhões de voluntários que agora integram um exército que aos poucos é "nacionalizado". 
- O decreto da "Lei dos Suspeitos" (setembro de 1793), pela qual o clero refratário é declarado suspeito, parentes da nobreza emigrada são aprisionados ou eliminados e membros da nobreza em geral são indiciados e presos.
- A proclamação do "governo revolucionário" (outubro de 1793), suspende a aplicação da constituição de 1793 e as liberdades individuais são suspensas até o "retorno da paz". A tomada de decisão é centralizada e as decisões da Convenção são aplicadas de imediato.
- A repressão à guerra da Vendéia (1793-1796), que explodiu como reação ao recrutamento obrigatório no exército revolucionário decretado pela Convenção Nacional, à perseguição do clero e à imposição de novos impostos para custear as despesas militares na contenção das invasões dos exércitos coligados externos. Estas e outras medidas que possam ser citadas pelos candidatos estão incluídas no Regime do Terror (1793-1794), período caracterizado pelo predomínio político dos membros do Comitê de Salvação Pública (liderados por M. Robespierre) que adotaram um programa repressivo contra os adversários da República Jacobina.
- A execução do rei Luis XVI e de alguns membros da família real.
b) A segunda parte da questão solicita ao candidato que se refira ao processo de expansão revolucionária decorrente da decisão de enfrentar a Primeira Coalizão (1793-97) das monarquias europeias, criada após o julgamento e a execução de Luís XVI (janeiro de 1793). O contexto de produção da gravura é marcado pela internacionalização da guerra revolucionária, que passa a se apresentar como uma oposição entre duas ordens políticas e sociais opostas: a da França republicana e revolucionária (com os seus valores destacados nas legendas dentro da gravura) e a da Europa do Antigo Regime (representada pelos soberanos em queda). Fizeram parte desta Primeira Coalizão os impérios austríaco e russo; os reinos da Prússia, da Espanha, de Portugal, de Nápoles, Sardenha e Sicília; a Grã Bretanha as Províncias Unidas e os realistas franceses emigrados. Neste contexto, em 1793, o Comitê de Salvação Pública tomou uma decisão grávida de consequências: anexar os territórios conquistados fora da França, implantando neles a nova ordem republicana. O candidato, para referir-se a este processo de internacionalização/expansão da guerra revolucionária que motivou o autor da gravura a produzir aquela sátira política, poderá referir-se à expansão dos ideais revolucionários, seja em termos das conquistas militares, seja em termos da difusão das ideias revolucionárias operadas em decorrência da guerra. 
Resposta da questão 15:
 Após a Era Napoleônica, o mapa político europeu estava completamente alterado. As grandes potências absolutistas trataram de reorganizar os governos europeus no Congresso de Viena. Preocupando-se, principalmente, em garantir a permanência dos reis absolutistas no poder, Rússia, Prússia, Inglaterra, Áustria e França discutiram a resolução das questões de fronteiras e a legitimidade dos governos que reassumiram as Monarquias após a derrota napoleônica. 
Resposta da questão 16:
 Entre as causas para a convocação dos Estados Gerais em meados de 1789, o aluno pode citar a crise financeira, a proposta de equidade fiscal, endividamento do Estado francês e o encaminhamento de uma reforma tributária por parte do Estado. Entre as consequências podem ser citados a divisão do poder político, defesa da ideia de liberdade, crise do absolutismo monárquico, defesa da ideia de igualdade jurídica, substituição da ideia de súdito pela ideia de cidadão, fim da sociedade estamental (fim dos privilégios de nascimento ou de origem) e o estabelecimento da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão. 
Resposta da questão 17:
 A Revolução Francesa, 1789-1799, foi uma Revolução realizada pelo Terceiro Estado (burguesia, pobres urbanos, camponeses) sob a liderança da burguesia inspirada no ideário Iluminista que se pautava principalmente nas ideias de liberdade e igualdade. Os pensadores do Iluminismo criticavam o Antigo Regime que consistia no Absolutismo e Mercantilismo. A França estava em grave crise econômica e financeira devido ao luxo da corte dos Bourbons instalada no Palácio de Versalhes, a ajuda aos EUA na guerra de independência, ao tratado feito com a Inglaterra que tanto prejudicou a indústria francesa, a crise na agricultura que impossibilitava o povo de obter o alimento básico. Enquanto isso, o Primeiro Estado composto pelo Clero e o Segundo Estado constituído pela nobreza possuíam privilégios como isenção tributária, pensões, entre outros. Somente o Terceiro Estado pagava impostos e mantinha o Estado. O voto era por estamento o que favorecia a manutenção dos privilégios. Neste cenário em que as estruturas política e econômica estavam saturadas é que propiciou a tão relevante Revolução Francesa. 
Resposta da questão 18:
 A sociedade francesa do Antigo Regime era hierarquizada e estratificada, dividida em três estados:
Primeiro Estado: Clero;
Segundo Estado: Nobreza;
Terceiro Estado: Trabalhadores e Burguesia.Na dinâmica social francesa, apenas o Terceiro Estado pagava impostos, sustentando, assim, toda a sociedade. Por isso, na charge, o nobre e o clérigo estão “nas costas” do trabalhador. 
Resposta da questão 19:
 a) A França na segunda metade do século XVIII estava em profunda crise social e econômica. O país vivia o Antigo Regime, Absolutismo e Mercantilismo. Havia o Primeiro Estado, o Clero, o Segundo Estado, Nobreza e o Terceiro Estado constituído pela burguesia, camponeses, homens pobres da cidade, que, juntos, representavam 95% da população francesa. Os dois primeiros Estados não pagavam impostos e a nobreza ainda recebia pensões do Estado. Assim, somente o Terceiro estado pagava impostos mantendo o Estado. O voto era por estamento e cada Estado tinha direito a um voto. A burguesia apoiada em ideias Iluministas defendia o voto por cabeça e, não por estamento, considerando que o Terceiro Estado possuía maioria. Na economia, a França estava mergulhada em uma grave crise econômica e financeira devido aos gastos excessivos da corte, o apoio no processo de independência dos EUA e o tratado comercial entre Inglaterra e França que tanto prejudicou a burguesia francesa.
b) A política mercantilista caracterizava-se, entre outros, pelo intervencionismo estatal na economia através do protecionismo e pelo metalismo enquanto os fisiocratas defendiam a liberdade econômica através do laissez faire laissez passer e que a riqueza vem da terra, da agricultura. 
Resposta da questão 20:
 a) O estudante poderá ressaltar, no caso da República americana, a adoção da igualdade de condição entre todos os homens livres e pactuantes do novo contrato. Poderá também sublinhar o direito à liberdade, que a partir de então foi apresentada como universal, não mais restrita aos ingleses (a chamada liberdade dos ingleses), podendo por conseguinte ser reivindicada para todos os homens. Porém, a contribuição mais importante que o candidato poderá ressaltar diz respeito às primeiras experiências com o governo representativo, ensaiadas na jovem república. A ideia de que o povo deve governar por meio de representantes e de que esse corpo eleitoral deve ser o responsável pela seleção dos governantes viria complementar a união em curso entre os princípios republicanos e o liberalismo que marcaram o final do século XVIII.
O estudante ainda poderá falar das diferenças entre as formas de governos, associando a experiência americana à adoção do presidencialismo, contrastando-o com o parlamentarismo ou mesmo com o regime de colegiado. E, por último, poderá explicar a particularidade da República americana diferenciando-a das repúblicas da antiguidade (associadas ou à democracia direta ateniense ou à república romana aristocrática, dirigida pelo Senado) e das repúblicas aristocráticas de Veneza, da Holanda e mesmo da Polônia até o final do século XVIII.
b) O estudante deverá recordar como, em meio aos intensos debates e ações radicais que marcaram a escalada revolucionária de 1789 aos anos do Terror, os franceses da metrópole guardaram as bandeiras da “liberdade, igualdade e fraternidade” para si apenas. Opuseram-se ferozmente não apenas à rebelião de escravos em Santo Domingo como à libertação de sua colônia (apelidada à época de a “joia francesa do Caribe”). Ironicamente, coube aos revolucionários haitianos, inspirados nessas mesmas ideias metropolitanas, combaterem os canhões e da marinha da França revolucionária que foram submetê-los e tentar mantê-los sob o jugo colonial. 
Resposta da questão 21:
 a) Cerca de 65% dos resultados da produção não eram apropriados pelo camponeses, gerando dificuldades e o risco da fome e miséria para os camponeses, gerando um alto grau de insatisfação por parte deles.
b) As dificuldades econômicas para as camadas populares, tanto para os camponeses como para os trabalhadores urbanos, foram utilizadas pela burguesia para destruir o Antigo Regime e efetivar uma nova ordem, baseada no liberalismo econômico, igualdade jurídica e liberalismo político. 
Resposta da questão 22:
 A solidez e a força da construção podem ser observadas em vários elementos da pintura, como as elevadas muralhas, a falta de entradas e saídas, o fosso que cerca, o destaque dado com a centralização da Bastilha, retratando-a com imponência.
A “jornada de 14 de julho”, ou a queda da Bastilha, é considerada como marco inicial da Revolução Francesa, que significou a luta contra o absolutismo. 
Resposta da questão 23:
 a) “A Marselhesa” foi composta no período de guerra entre a França e as outras monarquias europeias. Considerando-se suas distintas apropriações, muitas passagens da composição relacionam-se ao contexto revolucionário francês, por exemplo (o candidato deve relacionar apenas um trecho da composição ao contexto):
- “Avante filhos da Pátria” ou ainda “Às armas, cidadãos”: nestas passagens, a conclamação à guerra se sustenta no sentimento nacional (daí a referência a filhos da pátria e cidadãos), emergente durante a era revolucionária.
- “Que um sangue impuro/banhe o nosso solo”: nesta passagem, a alusão à sangue impuro (do invasor) é uma metáfora da ambiência da guerra. A composição explicita a presença dos inimigos (da revolução e/ou da mudança) e a ameaça à pátria.
- “Contra nós da tirania”: nesta passagem, encontra-se a exposição do princípio da Revolução: a luta contra a tirania, identificada no privilégio aristocrático e representada, sobretudo, pela figura do Rei.
b) No final do século XIX, há uma mudança importante em relação à ideia de nacionalismo, definida pelo contexto de competição entre os estados nacionais europeus. Para explicar a mudança, é importante salientar que, no período jacobino, o nacionalismo francês era uma expressão revolucionária e inclusiva, ou seja, ser cidadão francês significava, mais do que simplesmente nascer em território francês, defender os princípios da Revolução, alicerçados na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Entretanto, a partir da corrida imperialista, o sentimento nacional passou a estar associado a viver em um território definido (ter uma nação), a ter uma língua e uma cultura (francesa, alemã, italiana, assim por diante), a possuir colônias e a se sentir parte integrante do projeto civilizacional europeu. Em virtude disso, cada vez mais, o nacionalismo conclamaria à defesa da nação, à posse de territórios coloniais e à guerra. Assim, a apropriação de “A Marselhesa” é bem-vinda, na medida em que o hino, elaborado em um contexto de invasão (a França lutava contra os regimes monárquicos da Europa, em 1792), exortava o sentimento nacional e qualificava a guerra como heroica e gloriosa. 
Resposta da questão 24:
 a) A principal característica das Guerras Napoleônicas relacionada ao Brasil está associada a invasão de Portugal e a transferência da Corte para a Colônia. Do ponto de vista político, o Brasil se tornou a sede do Império Português, daqui do Rio de Janeiro partiam as ordens para os territórios portugueses na África e no Oriente, assim como para aqueles que ficaram em Portugal no processo de resistência e nas negociações com os ingleses. Do ponto de vista econômico as mudanças se associam à abertura dos portos às nações amigas, permitindo o comércio direto que, na prática, significou o fim do monopólio português e, para muitos, o fim do pacto colonial.
b) O Congresso de Viena se baseou no “Princípio da Legitimidade”, que orientou a restauração monárquica e absolutista nos países europeus. Dinastias derrubadas pelas guerras napoleônicas foram reestabelecidas e reconhecidas internacionalmente, destacando-se os governos de Portugal e Espanha.
Outra decisão importante se refere às fronteiras, sendo que a França foi obrigada a devolver territórios que havia conquistado e ocupado. Apesar da ideia de “equilíbrio” as antigas fronteiras, alguns territórios e ilhas foram dominados por novos agentes, destacando-se a Inglaterra e houve a preocupação de desmembrar o antigo Império Germânico, que deu origem a 38 novos Estados independentes, na prática enfraquecendo a

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