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12 EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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1 
 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 
1 
 
 
 
FACUMINAS 
 
A história do Instituto FACUMINAS, inicia com a realização do sonho de um 
grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a FACUMINAS, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A FACUMINAS tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
Sumário 
 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 
2. PARA UMA COMPREENSÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR .................. 5 
3. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO MÉDIO .............. 8 
4. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR .......................................................................... 9 
5. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA 
EDUCAÇÃO (9394/96) ............................................................................................. 12 
6. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA ED. INFANTIL E NO 1º CICLO DO ENSINO 
FUNDAMENTAL, QUEM DEVE APLICAR? ............................................................ 13 
7. FASE MOTORA ESPECIALIZADA (UTILIZAÇÃO PERMANENTE NA VIDA 
DIÁRIA, RECREATIVA E COMPETITIVA) DE 7 A 10 ANOS (ESTÁGIO 
TRANSITÓRIO) DE 11 A 13 ANOS (ESTÁGIO DE APLICAÇÃO) 14 ANOS E ACIMA 
(ESTÁGIO DE UTILIZAÇÃO PERMANENTE) ......................................................... 16 
8. COMO É A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA ......... 18 
9. AS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA ...... 20 
10. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR – COMO SE PREPARAR PARA AULAS EM 
ESCOLAS ................................................................................................................. 20 
11. PCN: OS PRINCIPAIS PARÂMETROS QUE DEVEM SER APRESENTADOS 
NO ENSINO FUNDAMENTAL .................................................................................. 21 
12. COMO A EDUCAÇÃO FÍSICA É APRESENTADA NO ENSINO MÉDIO ...... 23 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 25 
1. BONA, V. de. Tecnologia e infância: ser criança na contemporaneidade. 
2010. Disponível em: http://www.bdtd.ufpe.br/handle/123456789/3812. Data de 
acesso: 20 nov 2017. ............................................................................................... 25 
 
 
3 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
De acordo com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da educação) a organização do 
ensino no Brasil deve ser dividida nas seguintes etapas, são elas: 
 Educação Infantil – creches (de 0 a 3 anos). É gratuita, mas não obrigatória. E 
pré-escolas (de 4 e 5 anos) – gratuita. 
 Ensino Fundamental – anos iniciais (do 1º ao 5º ano) e anos finais (do 6º ao 9º 
ano) – É obrigatório e gratuito. 
 Ensino Médio – O antigo 2º grau (do 1º ao 3º ano). 
 Ensino Superior 
O Ensino Fundamental I compreende o 1º ano (antigo CA) até o 5º ano (antiga 4ª 
série). A faixa etária dos alunos vai de 6 anos até aproximadamente 10 anos. Não 
levando em consideração a distorção série idade. 
É nesta faixa etária que acontecem diversas transformações no desenvolvimento 
infantil, por isso, os estímulos devem ser constantes, o “novo” deve ser sempre 
inserido no cotidiano da criança para que ela aprenda a lidar com as situações do dia-
a-dia e a vencer os obstáculos que surgirão. Além disso, o “corpo físico” também deve 
ser educado. “Tudo o que tem influência na conduta e na personalidade é Educação” 
(CONFEF, 2006). 
De acordo com Freire (1992), o movimento corporal deve ser interpretado como um 
recurso pedagógico valioso no ensino fundamental, especialmente no primeiro 
segmento do ensino, pois “a mão escreve o que a mente pensa a respeito do mundo 
com o qual a criança interage” (Freire, 1992, p. 81). 
Em uma época onde muito se discute acerca das inovações tecnológicas a que a 
sociedade está submetida, alguns assuntos acabam sendo deixados de lado. Inserção 
das mídias nas escolas, nas aulas, nos momentos familiares e em todas as esferas 
da vida, seja por um computador, um game, um tablet ou um celular. 
4 
 
 
Diversos estudos já têm, inclusive, discutido como isso está afetando a rotina das 
pessoas, em especial a das crianças e jovens (PAIVA, COSTA, 2015; BONA, 2010). 
A influências desta tecnologia tem aspectos benéficos, tais como diversão, 
apropriação de linguagem específica e possibilidades no ensino, formando novas 
gerações “caracterizadas por independência de pensamento que estão construindo 
uma nova cultura” (BONA, 2010, p.27, 28). 
Porém o inverso também pode ser atribuído, tais como “crianças se vestindo 
como adultos, brincadeiras se modificando e desaparecendo, em especial as 
brincadeiras de rua nos grandes centros, incidência maior de crimes envolvendo 
menores, meninas modelos com 12 a 13 anos de idade fazendo sucesso” 
(MAGNABOSCO, SIVA, 2005, s/p). 
A criança que precisa da escola para aprender é a mesma que 
domina a computação. E a atração da escola, sem o brilho, sem 
a cor e sem o movimento que a eletrônica oferece, se perde e 
entra em crise. A velocidade de acesso à informação e ao 
conhecimento vicia a criança na instantaneidade e a velocidade 
da escola frustra o aluno (MAGNABOSCO, SILVA, 2005, s/p.). 
Deixando a tecnologia e focando na criança, o presente artigo apresenta a 
importância da Educação Física no ensino infantil, destacado como tal atividade pode 
promover o desenvolvimento integral da criança na fase da primeira infância, 
momento este onde é construído o acervo motor de cada ser humano. 
Esse tema foi escolhido para evidenciar a importância de inserir a atividade 
física de forma responsável na vida da criança, sabendo que a Educação Física em 
qualquer faixa etária traz diversos benefícios a saúde, bem-estar e mais qualidade de 
vida. 
 
 
5 
 
 
2. PARA UMA COMPREENSÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
ESCOLAR 
A Educação Física no Brasil, de sua implantação (1930) aos dias atuais, passou 
primeiramente pelas influências do sistema político brasileiro, seguindo o padrão de 
políticas internacionais, onde exercia o papel de formar o cidadão forte, com saúde e 
moralidade cívica, integrado à nação, e o poderio militar se sobressaia como forma de 
nacionalismo. Nesse período, a Educação Física Escolar preocupou-se com a saúde 
e a higiene dos escolares, levando à sua concepção biológica, fazendo com que o 
aluno despertasse para o sentido de saúde, através da criação de hábitos higiênicos, 
do convívio com a água e exercícios ao ar livre, servindo dessa forma, aos objetivos 
de grupos interessados em sua implantação (MOREIRA et al , 2004). 
De acordo com os autores citados, seguindo-se a esse período (1946-1968), a 
Educação Física passa pela ascensão do fenômeno esportivo. Nessa época, a 
disciplina foi incluída como obrigatória para os cursos de primário a médio até os 18 
anos de idade, determinada pela LDB promulgada em 1961. 
Como afirma BETTI (1991), em 1971, pela LDB 5.692/71, a Educação Física 
recebe nova regulamentação, segundo a qual a “Educação Física, Desportiva e 
Recreativa” deve integrarcomo atividade escolar, todos os graus de escolaridade 
oficial, sendo entendida como atividade, que por seus meios, processos e técnicas 
deve desenvolver forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais do aluno. 
A partir desse período, a Educação Física Escolar passa a ser objeto de 
estudos mais aprofundados, seguindo novas concepções, que levam a disciplina ao 
campo dos domínios motor, cognitivo e afetivo, compreendendo o indivíduo como um 
todo (MOREIRA et al , 2004). Os autores destacam ainda, que a Resolução do 
Conselho Federal da Educação Nº 03/87 fixou para a formação profissional em 
Educação Física: os conhecimentos filosóficos do ser humano, da sociedade e o 
técnico. 
Desta forma, ganham força os estudos acadêmicos, surgindo novas 
concepções de ensino, confirmando as novas tendências a serem aplicadas à 
Educação Física Escolar, destacando-se a Desenvolvimentista (TANI et al , 1988), a 
6 
 
 
Construtivista (FREIRE, 1987), a Crítico-Superadora (COLETIVO DE AUTORES, 
1992) e a Educação Motora (DE MARCO et al , 1995). 
Pesquisas acadêmicas não costumam ser aplicadas na prática imediatamente. 
Observamos que há falta de um intercâmbio de informações, facilitando a chegada à 
escola dessas informações e avanços da área no ensino da Educação Física Escolar. 
Vemos o profissional de Educação Física Escolar atuante nas escolas, refém 
de uma cultura esportivista, não entendendo a Educação Física como uma disciplina 
que atende ao desenvolvimento completo do indivíduo, tanto motor, como cognitivo e 
afetivo-social. 
O professor de Educação Física Escolar parece ainda enfatizar o conteúdo 
procedimental acima do conceitual e do atitudinal, independentemente do nível 
escolar em que esteja sendo ministrada a aula, embora reconheçamos que para cada 
idade e fase de desenvolvimento, deva sobressair um dos tipos de conteúdo, isto é: 
na Educação Infantil acentua-se o procedimental, com menor ênfase para o 
conceitual; já no Ensino fundamental deve ocorrer maior ênfase no conceitual; e no 
ensino médio, o conteúdo atitudinal deverá sobressair-se sobre o procedimental e o 
conceitual, salientando que um conteúdo nunca é aplicado sozinho, somente com 
maior ou menor ênfase, mas sempre juntos (FREIRE, SORIANO, DE SANTO, 1998). 
Infelizmente, esta atitude está repetindo-se nos profissionais recém-formados, que 
tiveram contato direto na sua formação acadêmica com as mais recentes abordagens 
metodológicas da Educação Física, e mesmo assim repetem procedimentos 
ultrapassados. Creditamos este fato à facilidade de utilização do conteúdo 
procedimental, culturalmente aceito como o mais adequado perante a sociedade, que 
ainda não consegue compreender a Educação Física senão pela via dos Esportes. 
Nossos pais e nós mesmos passamos por esse processo, ou seja, encaramos 
a Educação Física Escolar com a única função de preparar a criança para ser um 
atleta, deixando de observá-la como meio de exploração de todas as potencialidades 
de desenvolvimento do indivíduo: emocional, social, cognitiva, moral, entre outros. 
A Educação Física Escolar começa pouco a pouco a ser encarada como uma 
disciplina obrigatória, valorizada pelos professores de outras áreas e pais de alunos, 
7 
 
 
embora ainda o que vemos é a importância ficar apenas na teoria e não ser realmente 
aplicada à prática. Entretanto, iniciou-se o processo de valorização. Na Educação 
Infantil, a Educação Física desempenha um papel de relevada importância, pois a 
criança desta fase está em pleno desenvolvimento das funções motoras, cognitivas, 
emocionais e sociais, passando da fase do individualismo para a das vivências em 
grupo. 
A aula de Educação Física é o espaço propício para um aprendizado através 
das brincadeiras, desenvolvendo-se os aspectos cognitivo, afetivo-social, motor e 
emocional conjuntamente. 
Devemos destacar a influência que os pais exercem, em primeira instância, em 
seu filho dentro de casa, nessa fase de desenvolvimento, devendo partir dos 
professores de Educação Física, a iniciativa de trabalhar para um maior entendimento 
e compreensão do valor dessa área para o desenvolvimento integral da criança, 
perante a direção, professores polivalentes e pais. 
A interdisciplinaridade surge como ferramenta para tal valorização. Na 
Educação Infantil, e mais notadamente no Ensino Fundamental e Médio, há uma 
valorização demasiada de áreas como Língua Portuguesa, Matemática, Ciências e 
História em detrimento de Educação Física e Educação Artística, que são tidas como 
culturalmente inferiorizadas. 
O fortalecimento do status da Educação Física no currículo escolar, levará ao 
fomento de sua valorização pela sociedade. Efetivamente, o professor de Educação 
Física Escolar deve manter-se atualizado com os conhecimentos advindos das 
pesquisas acadêmicas, encurtando o longo tempo que os resultados dessas 
pesquisas levam para serem aplicados no dia-a-dia escolar. 
 
 
 
 
8 
 
 
3. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO 
MÉDIO 
A Educação Física, enquanto componente curricular da Educação Básica, 
assume a tarefa de introduzir e integrar o aluno na cultura corporal do movimento, 
formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la para usufruir do 
jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e práticas de aptidão 
física, em benefício da qualidade de vida. 
No Ensino Médio notamos que a desmotivação com relação às aulas de Educação 
Física é muito grande. Por isso as aulas apresentam características próprias e 
inovadoras, atendendo às novas fases cognitivas, afetivas e sociais que os 
adolescentes apresentam nessa faixa etária. Visamos um trabalho vinculado ao lazer, 
saúde e competição esportiva fazendo uma interligação com outros assuntos, já que 
essa faixa etária nos permite fazer uma abordagem mais complexa de aspectos 
socioculturais e biológicos. 
A incidência cada vez maior de adolescentes e jovens obesos, com dificuldades 
oriundas da falta de movimento, com possibilidades de acidentes cardiovasculares, 
leva-nos a pensar na Educação Física para o Ensino Médio voltada para o 
conhecimento da Aptidão Física e Saúde. 
Nesse caso, na Educação Física, até mesmo no período noturno, existe a 
possibilidade de reunir os alunos por grupos de interesse e necessidades e, junto a 
eles, desenvolver projetos de atividades físicas especiais. 
Como os alunos do Ensino Médio noturno estão expostos a algumas circunstâncias 
negativas devido às mudanças de hábito do homem, destacando-se o stress, que traz 
junto com ele as doenças psicossomáticas como a ansiedade, frustação e depressão. 
Por isso, é necessária a inclusão de programas escolares que valorizem o 
aprendizado e a prática de exercícios de elevação e manutenção da frequência 
cardíaca em limites submáximos, alongamento, flexibilidade, relaxamento e 
compensação com o objetivo de uma melhor qualidade de vida. É domínio de senso 
comum que a prática de atividade física no período noturno desencadearia maiores 
graus de cansaço aos alunos inibindo o seu desempenho escolar. Essa ideia, porém, 
tem gerado posições equivocadas quanto à permanência da Educação Física no 
período noturno. 
9 
 
 
Existe uma variedade de substâncias químicas que são produzidas pelo 
cérebro e outros tecidos. Entre elas podemos citar a endorfina, cuja ação se parece 
com a morfina, no sentido de serem capazes de reduzir a sensação de dor e produzir 
um estado de euforia. Muitos investigadores relataram que a atividade física facilita a 
secreção da endorfina e esse efeito persiste por até 5 horas após a prática do 
exercício físico. 
Assim, pode-se concluir que a atividade física traz benefícios mentais e físicos 
se praticada sem exagero. É importante ressaltar que a atividade corporal é um 
elemento fundamental da vida, através da qual nossos alunos poderão garantir mais 
qualidade de vida. Nessecaso, a Educação Física Escolar vem somar-se à educação 
intelectual e moral, visando à formação do aluno em uma educação integral – corpo, 
mente e espírito. 
 
4. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
“A LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 20 de Dezembro de 1996, 
tornou obrigatório o ensino da Educação Física escolar nas escolas de ensino básico” 
(educação infantil, ensino fundamental e ensino médio). (PLANALTO, 2006), antes 
era obrigatório apenas a partir do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e Ensino Médio. 
Porém essa falta de obrigatoriedade não respeitava o Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA- Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990), nele diz que “a criança e o 
adolescente tem direito a educação, a cultura, ao esporte e ao lazer” (APOSTILAS & 
CURSOS, 1990 p.6) também contrariava a Carta Internacional da Educação Física e 
do Desporto (aprovada em 21 de Novembro de 1978 pela conferência geral da 
UNESCO em sua 20ª reunião, celebrada em Paris), que diz em seu artigo 1º que “é 
direito fundamental de todo ser humano de praticar Educação Física e o desporto” 
(CONFEF, 2006). 
De acordo com BARBOSA (2001 p.19) 
É esse poder legal, representado por leis e decretos, que confere a Educação 
Física o “status” de disciplina obrigatória do currículo escolar da Educação Básica, 
10 
 
 
permitindo que sua ação pedagógica se exerça com autoridade e legitimidade, ainda 
que construídas sobre conceitos estereotipados e comprometidos com interesses 
capitalistas. 
 
BRANDÃO (1980 apud JERONIMO, 1998, p.4), diz que a Educação Física escolar: 
É importante, pois educa pelo movimento o indivíduo por completo. Por isso a 
Ed. Física não educa o físico, educa o movimento que o corpo realiza. [...] Através da 
Ed. Física escolar o indivíduo poderá se tornar capaz de pensar, sentir e realizar os 
movimentos. Poderá ser capaz de criar meios para satisfazer-se de maneiras 
prazerosas em seus momentos de lazer. Por isso também a Educação Física é 
educação. 
Desta forma considera-se que “a educação física escolar está na formação das 
crianças, principalmente enfatizando o quanto pode ser importante à motricidade para 
o desenvolvimento da inteligência, dos sentimentos e das relações sociais” (FREIRE, 
1992 p.15). 
COSTA (1983 apud JERONIMO, 1998, p. 4) diz que “a Educação Física 
praticada nas escolas de 1º grau, assume a formação integral do homem ajuda-o a 
conhecer-se, dominar-se, a relacionar-se com os outros e com o mundo e buscar, a 
sua autonomia”. 
A nossa sociedade, em grande parte, vê a Educação Física escolar como “uma 
disciplina responsável apenas pela prática de treinamento desportivo e pela prática 
recreativa e/ou de lazer” (BARBOSA, 2001 p. 17), sem se interessar com a real 
finalidade e importância da disciplina. 
Veem apenas como aula de recreação. Há casos de pais que acham que a 
Educação Física é aula de bagunça, sem conteúdo, dizem: “brincar, meu filho brinca 
em casa” ignorando ou mesmo desconhecendo o seu verdadeiro propósito. 
Que professor de Educação Física nunca escutou de colegas de trabalho (outros 
professores e funcionários da mesma unidade de trabalho) a seguinte colocação: 
11 
 
 
“Agora vocês vão para a aula de recreação”? Ou até mesmo “ a (o) tia (o) de recreação 
chegou”. 
Geralmente acontece com os profissionais da Ed. Infantil ou aqueles que não 
têm conhecimento sobre a Ed. Física. São poucos os professores das outras áreas 
que reconhecem de fato a importância da disciplina, em alguns casos acham que é 
importante apenas para tira-los de sala por algum tempo para que o (a) professor (a) 
da sala possa descansar. 
A Ed. Física na escola é considerada por muitos (sociedade e integrantes da 
própria instituição de ensino) como um momento de brincadeiras jogadas e sem 
sentido ou como treinamento desportivo onde as relações entre professores e alunos 
passam a ser vista como: “professor-treinador e aluno-atleta” (MATTOS e NEIRA, 
2000 p. 10). Isto contribui para “colocar os alunos como ‘máquinas de rendimento’ as 
quais tem por fim atingir a capacidade de obtenção dos melhores resultados nas 
competições interescolares” (COSTA, 2003). Essa Ed. Física era pertinente nas 
décadas de 70, 80 e não a Ed. Física de hoje, que ao longo dos anos foi evoluindo e 
se modificando, através de pesquisas e estudos e finalmente somos reconhecidos 
como educadores, apesar de muitas pessoas ainda ignorarem essa conquista. 
 
Os PCNs de 1997 colocam que a prática da Educação física na escola poderá 
favorecer a autonomia dos alunos para monitorar as próprias atividades, regulando o 
esforço, traçando metas, conhecendo as potencialidades e limitações, sabendo 
distinguir situações de trabalho corporal que podem ser prejudiciais a sua saúde. 
Por esse motivo deve estar integrada em todos os planos da educação. No PPP 
da escola, nos planejamentos de secretarias de educação e em todas as outras áreas 
que tenha por finalidade a educação. 
Atualmente a escola possui a tarefa de desenvolver no aluno habilidades para que ele 
se integre e viva na sociedade. 
ETCHEPARE; PEREIRA; ZINN, (2003 apud GARCIA e COICEIRO, 2010, p. 1) 
dizem que: 
12 
 
 
Nesse caso, a Educação Física Escolar nos anos iniciais do Ensino 
Fundamental deve ensinar a importância do movimento humano, suas causas e 
objetivos, e criar condições para que o aluno vivencie esse movimento de diferentes 
formas para que possa usá-lo no seu cotidiano, dentro e fora da escola. 
 
No Fórum mundial sobre a Educação Física que aconteceu em Berlim (1999), 
verificou-se que a educação física necessita de: 
“Professores bem formados e qualificados, nas escolas e nos estabelecimentos 
de ensino”; Horários fixos no programa escolar, para todas as crianças e adolescente; 
Equipes e espaços suficientes; Que se dê apoio aos professores e as escolas para 
que se possa ter uma educação física de qualidade. Aceitação dos demais 
profissionais das escolas. A adoção dessas medidas é fundamental para que os 
conteúdos de ensino de Educação Física Escolar sejam trabalhos juntos aos 
discentes de forma mais eficaz. 
 
5. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E A LEI DE DIRETRIZES E 
BASES DA EDUCAÇÃO (9394/96) 
A LDB em seu artigo nº 26 § 3º fala da inclusão da Ed. Física como componente 
curricular obrigatório da educação básica, “A Educação Física integrada à proposta 
pedagógica da escola, é componente curricular da educação básica, ajustando-se às 
faixas etárias e às condições da população escolar sendo facultativa nos cursos 
noturnos” (BRASIL, MEC, Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 1999, p. 45). 
Apesar da lei (que foi sancionada em 1996), a realidade da Ed. Física no nosso 
país é outra. 
Na educação infantil, é frequente se ver escolas (privadas ou públicas), que 
não ofereçam a Ed. Física aos alunos. Algumas escolas oferecem ao 1º ciclo do 
ensino Fundamental (1º ano ao 5º ano), porém, se vê disciplina frequentemente, 
apenas no 2º e 3º ciclo (Fundamental II e Ensino Médio). A afirmativa acima não se 
dá principalmente em escolas da rede pública, a qual deveria dar o exemplo. Estados 
13 
 
 
e Municípios, através de suas secretarias de educação, não interpretam a lei como 
ela realmente é. 
 
6. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA ED. INFANTIL E NO 1º 
CICLO DO ENSINO FUNDAMENTAL, QUEM DEVE APLICAR? 
O CONFEF (Conselho Federal de Ed. Física) diz em seu 2º capitulo art. 9º que: 
O profissional de Educação Física é especialista em atividades físicas, nas suas 
diversas manifestações- ginásticas, exercícios físicos (...) lazer, recreação (...) sendo 
de sua competência prestar serviços que favoreçam o desenvolvimento da educação 
e da saúde(...). 
É fato que a Educação Física, seja ela na escola ou em qualquer outro local, 
deve ser aplicada por um profissional devidamente graduado em Ed. Física. Porém, 
se analisarmos, não é o que acontece na educação infantil e nem no 1º ciclo do ensino 
fundamental.A função de introduzir as “brincadeiras” acaba ficando para a (o) profª (º) 
regente da classe. O PCN da EF diz que o aluno deverá ser capaz de enfrentar 
desafios corporais em jogos e brincadeiras, respeitando regras; interagir com os 
colegas sem discriminar por razões físicas, socioculturais ou de gênero; enfrentar 
situações de competição respeitando regras; estabelecer relações entre a prática de 
exercícios e a saúde; valorizar e vivenciar manifestações da cultural corporal de 
maneira receptiva. 
De acordo com a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileira (LDB 
9394/96), a Educação Física deve estar presente em todo o Ensino Básico, sendo 
componente curricular obrigatório da Educação Infantil ao Ensino Médio (LDB, art. 26, 
§ 3º). 
A respeito da formação profissional exigida para lecionar na educação básica, 
a LDB admite nível superior para profissionais de Ed. Física, como formação mínima. 
Para o exercício do magistério na educação infantil e no 1º ciclo do ensino 
fundamental a modalidade Normal, oferecida em nível médio (Art. 62). 
14 
 
 
Porém, de acordo com o texto da lei, gera-se uma brecha nela, possibilitando 
a atuação de dois profissionais nesta função. O (A) Profº (ª) regente, com formação 
em curso Normal e/ou com nível superior em Pedagogia, e o (a) professor (a) 
especialista, graduado em licenciatura plena em educação física, também em nível 
superior. 
Sendo assim, quem deve ministrar as aulas de educação física nessas séries? 
Na LDB, encontramos de forma explícita a obrigatoriedade da educação física em toda 
a Educação Básica, isto é da Educação Infantil ao Ensino Médio. Mais não diz qual 
profissional é responsável pela aplicação da matéria. Na Educação Infantil e no 1º 
ciclo do ensino Fundamental, é costume que haja apenas um professor para as 
matérias. E não um professor de história para lecionar história, um matemático para o 
ensino da matemática... Mas será que esses professores estão preparados para 
ministrar as aulas de Ed. Física? Segundo Devide (2013), “como um profissional de 
educação, sem formação superior em EF, terá condições de desenvolver um trabalho 
com os seus alunos, com fins de atingir sequer uma pequena parte destes aspectos 
propostos pelo PCN de EF?” Há alguns anos atrás, era comum que os cursos de 
graduação em pedagogia, não tivessem tanta preocupação com o ensino da Ed. 
Física, hoje em, dia isso vem mudando, sendo clara a atual preocupação em dar bases 
aos futuros pedagogos no que diz respeito a Ed. Física. 
Porém, essa base diz respeito à orientação e não a aplicação real da disciplina. 
Segundo Sayão (2002) falta ao educador à vivência de experiências corporais lúdicas 
através da brincadeira e dos jogos, para completar a sua ação pedagógica com as 
crianças. 
No que diz respeito aos cursos de Formação de professores (Ensino Médio) 
Ayoub (2005) afirma que “temas relacionados à área da educação física raramente 
são estudados nos cursos de formação de professores, ou, quando são, acabam 
sendo abordados equivocadamente de forma reducionista (p.144)”. 
 
15 
 
 
Sabe-se que o curso normal do ensino médio e o normal superior são frágeis e 
na maioria das vezes não instrumentaliza os futuros professores a atuarem com a Ed. 
Física no primeiro segmento de ensino (Freire, 1992). 
Muitas vezes, inclusive, as aulas destes cursos reproduzem aulas tradicionais, 
em que o aspecto motor, com ênfase no esporte como conteúdo central, a execução 
de fundamentos esportivos, a performance técnica e o ensino de regras são os 
objetivos finais, balizando critérios de avaliação (Barbosa, 1999). O profissional de Ed. 
Física deve ainda estar atento às fases do desenvolvimento motor, para criar aulas 
cada vez mais atraentes e conseguir assim obter êxito nos objetivos propostos. 
Sendo assim, se o profissional de Ed. Física estuda, se capacita para tal por 
que deixar que outros profissionais ministrem as aulas? Além disso, o CONFEF 
(Conselho Federal de Educação Física), junto com os CREF´s (Conselho Regional de 
Educação Física) diz em seu estatuto, que as atividades físicas devem ser ministradas 
por profissionais graduados em Ed. Física, sendo considerado exercício ilegal da 
profissão quando ministradas por não profissionais da área. Deixa claro em seu 
capítulo II 8º artigo, as atribuições do profissional de Ed. Física. 
Compete exclusivamente ao profissional de Ed. Física, coordenar, planejar, 
programar, prescrever, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, orientar, ensinar, 
conduzir, treinar administrar, implantar, implementar, ministrar, analisar, avaliar e 
executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como, prestar serviços de 
auditoria, consultoria e assessoria realizar treinamentos especializados, participar de 
equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos 
e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas, desportivas e similares. 
O CONFEF define atividade física sendo “todo movimento corporal voluntário 
humano, que resulta num gasto energético acima dos níveis de repouso, 
caracterizado pela atividade do cotidiano e pelos exercícios físicos”. 
 
 
16 
 
 
7. FASE MOTORA ESPECIALIZADA (UTILIZAÇÃO PERMANENTE 
NA VIDA DIÁRIA, RECREATIVA E COMPETITIVA) DE 7 A 10 
ANOS (ESTÁGIO TRANSITÓRIO) DE 11 A 13 ANOS (ESTÁGIO 
DE APLICAÇÃO) 14 ANOS E ACIMA (ESTÁGIO DE 
UTILIZAÇÃO PERMANENTE) 
Cada faixa etária acima mencionada tem sua fase própria e importante no 
desenvolvimento, por isso cada uma delas deve ser respeitada, cabe ao profº 
conhecer cada uma dessas fases e respeitar suas individualidades e o tempo de cada 
criança, e neste aspecto o profº de Ed. Física é o que melhor se encaixa nessa 
afirmativa, já que o mais preparado dos profºs no que diz respeito a psicomotricidade. 
As crianças da educação infantil e do ensino fundamental I estão em fase de 
formação, de busca de conteúdo. São nessas fases que acontecem à preparação para 
o mundo externo, para a alfabetização, para o aprendizado em geral, para o 
desenvolvimento motor, etc. Daí a importância das aulas de Ed. Física nos anos 
iniciais. 
O Brincar da Ed. Física se diferencia ao de casa pelo fato de ser um brincar 
instruído, ensina, por exemplo, como movimentar o corpo, na escola o aluno está 
sendo instruído, monitorado o tempo todo. 
O brincar, que acontece com frequência nas aulas de Ed. Física, é de suma 
importância para o aprendizado dos conteúdos escolares, sendo contrário à forma 
somente falada da educação. 
VALLE (2010, p. 26) citando Vygotsky diz que: 
Vygotsky explica que, ao brincar, a criança interpreta as ações dos adultos, 
projetando-se no mundo deles, assumindo um comportamento e desempenhando 
papéis que nem sempre são infantis. 
O autor também destaca que, ao brincar, a criança altera a dinâmica da vida 
real, pois não reproduz o jogo da mesma forma em que a situação foi vivenciada. 
Segundo o autor, o “jogo da criança não é uma recordação simples do vivido, mas sim 
17 
 
 
a transformação criadora das impressões para a formação de uma nova realidade que 
responda às exigências e inclinações da própria criança” (VYGOTSKY, 1998, p. 12 
em: A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.) 
O brincar é de vital importância para o desenvolvimento do ser humano, é tão 
importante para o desenvolvimento do organismo quanto o alimento, os exercícios, o 
repouso. O simples ato de brincar faz com que a criança não apenas imite o cotidiano, 
mas também a transforma. 
Através das brincadeiras, se imita, se imagina, vivencia, se cria, representa e 
se comunica. 
CANABARRO (2011) ainda diz que: O brincar permite que cada um seja autor 
de seus papéis, escolhendo-os, elaborando-os e agindo de acordo com suas fantasias 
e conhecimentos, podendo inclusive solucionar problemas que possam aparecer. Está 
é uma ocasião de internalizar e elaborar sentimentose emoções desenvolvendo o 
senso de justiça e moral como diz Piaget. 
A Ed. Física é a aula mais lúdica oferecida na escola. É nela que a criança cria, 
recria, pula, imagina, se diverte, corre, desenha, pinta, estimula-se. O LÚDICO que 
segundo o dicionário MICHAELIS (2011) quer dizer o que se refere a jogos e 
brincadeiras. 
O termo lúdico tem origem do latim ludus e significa jogo. É este termo que 
melhor abrange e define as atividades desenvolvidas nas aulas de Ed. Física. Quando 
estão brincando, as crianças não têm medo de errar processando seus 
conhecimentos. Brincar utilizando a música, as danças, às cantigas de rodas, poemas, 
lendas, historias, amplia o pensar sobre o mundo. Ajuda a formar os futuros cidadãos. 
Vygotsky ao observar as brincadeiras das crianças, já concluía que elas 
criavam suas situações imaginárias onde sempre existiam regras. Para Piaget (1978), 
portanto, ao brincar, a criança utiliza suas estruturas cognitivas e coloca em prática 
ações que estimulam sua aquisição de conhecimentos. 
18 
 
 
KICHIMOTO (1993, p. 110) diz que: (...) Brincando (...) as crianças aprendem 
(...) a cooperar com os companheiros (...). A obedecer às regras do jogo (...), a 
respeitar os direitos dos outros (...), a acatar a autoridade (...) a assumir 
responsabilidades, a aceitar penalidades que lhe são impostas (...), a dar 
oportunidades aos demais (...), a viver em sociedade. 
Além da Ed. Física ser responsável pelo desenvolvimento motor, à atividade 
física também combate diversas doenças ligadas ao sedentarismo como a diabetes, 
a obesidade, doenças cardíacas, promove o fortalecimento de músculos e 
articulações, entre vários outros benefícios. 
GALLAHUE, 2005. Diz que “o desenvolvimento motor é parte de todo o 
comportamento humano. O desenvolvimento cognitivo, o desenvolvimento afetivo e o 
desenvolvimento motor, estão relacionados”. 
O objetivo da Educação Física escolar de acordo com Barros, 1972 apud Costa, 
(2003, p. 16) é “desenvolver espontaneidade em diversas situações e o 
desenvolvimento orgânico e funcional, atribuídos a Ed. Física, melhoram os fatores 
de coordenação e execução dos movimentos”. 
O ideal seriam aulas de Ed. Física três vezes por semana, trinta minutos por 
dia, para descaracterizar a “inatividade” dos alunos, deixando-os na faixa etária dos 
considerados “ativos” e não sedentários. Já que muitos dos alunos só praticam 
exercícios na escola, devido a vários fatores entre eles a “era digital” (computadores, 
vídeo games, tabletes, celulares, etc.). 
 
8. COMO É A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO 
FÍSICA 
Para tornar-se um profissional da área, o interessado deve fazer um curso 
superior reconhecido pelo Ministério da Educação. Uma dica muito boa é você visitar 
o portal do MEC: http://portal.mec.gov.br/instituicoes-credenciadas, e verificar se a 
19 
 
 
faculdade, a universidade ou o centro universitário que você pretende ingressar é 
reconhecido. 
Durante a graduação, o aluno terá que cumprir horas estágios, atividades 
complementares, aulas práticas e teóricas e no final do curso provavelmente realizará 
um projeto, monografia ou trabalho de conclusão de curso. Após receber o diploma, o 
profissional buscará uma sede do Conselho Regional de Educação Física, o CREF, 
solicitando a carteirinha. De acordo com o Conselho para se registrar é necessário: 
Documentação Necessária para Registro de Graduados 
 Cópia autenticada do diploma; 
 Cópia autenticada do Histórico Escolar Oficial; 
 Cópia e original do RG e CPF; 
 Cópia e original de Certidão de Casamento; 
 Cópia e original de comprovante de Residência; 
 Duas fotos 3×4 para documento oficial; 
 Além desses documentos paga-se uma taxa de inscrição. Para se registrar e obter 
mais informação basta acessar a página do CREF da sua região. 
A formação pode ser licenciatura ou bacharelado. Se você é um apaixonado 
por sala de aula, gosta de crianças e tem toda uma didática para dar aula, a 
licenciatura está dentro do seu perfil. Em média são 3 anos de curso e é obrigatório o 
estágio nas escolas de ensino fundamental e médio. 
Agora se você gosta da vida agitada das academias, clubes, estúdios e spas o 
melhor é optar por bacharelado. Vale ressaltar que o profissional em bacharel não 
pode lecionar em escolas. 
 
 
20 
 
 
9. AS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO 
FÍSICA 
A grande vantagem da nossa área de atuação é que ela é bem ampla e 
atualmente o mercado de trabalho carece de profissionais da educação, por isso 
acredito que a empregabilidade está em alta. Tanto a licenciatura quanto o bacharel 
preparam e inferem as atividades e exercícios físicos. Mas somente o licenciado 
poderá lecionar para educação infantil, ensino fundamental e ensino médio e também 
elaborar pesquisas científicas. Já a área do bacharel é mais vasta, o principal mercado 
de trabalho são academias, clubes, empresas e instituições privadas, condomínios, 
pousadas, resorts, colônias de férias e spas. O que vem ganhando cada vez mais 
espaço é o personal trainer que dá assistência personalizada e individual ao cliente. 
Podemos trabalhar como treinador, colaborador na área de reabilitação física e 
olha só que maravilha, você sabia que podemos trabalhar também com organização 
de eventos esportivos, como marketing esportivo, por exemplo? Porém em algumas 
dessas áreas de atuação são exigidas especializações. 
 
10. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR – COMO SE PREPARAR PARA 
AULAS EM ESCOLAS 
A priori, o professor deve conhecer os alunos, suas limitações, materiais 
disponíveis para então fazer o plano de aula. As aulas de Educação Física no ensino 
fundamental I, por exemplo, é muito esperada pelos pequenos e podem ser montadas 
aulas divertidas através de brincadeiras lúdicas e tradicionais que valoriza a cultura 
local. Já para os maiores, jogos de competição, esporte coletivo que demandam 
regras mais complexas. 
Planejar sempre as suas aulas segundo o espaço, o material e o número de 
alunos é fundamental. Lugares pequenos e com bastantes objetos não é indicado para 
uma aula que exigisse corrida e movimentos muito bruscos, porque o risco de 
acidentes seria maior. 
21 
 
 
 
 
 
11. PCN: OS PRINCIPAIS PARÂMETROS QUE DEVEM SER 
APRESENTADOS NO ENSINO FUNDAMENTAL 
Os primeiros Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) foram elaborados no 
ano de 1994 por um grupo de professores e pesquisadores selecionados pelo 
Ministério da Educação e Desporto e Secretaria de Ensino Fundamental. No ano de 
1998 foram criados os PCNs para os ciclos 3º e 4º que corresponde de 5ª a 8º série, 
produzindo inclusive um documento, listado a seguir, para a área de Educação Física. 
 A principal proposta para a Educação Física é ter a cidadania como um alicerce, ou 
seja, ela deve formar cidadãos que desenvolvam valores como dignidade, respeito 
mútuo e solidariedade ao participar de atividades físicas; 
 Conhecer, valorizar, respeitar a diversidade das manifestações da cultura corporal; 
 Reconhecer–se como parte do meio, praticando atos saudáveis e sabendo que essas 
práticas são boas para a saúde individual e coletiva; 
 Identificar que somos todos diferentes tanto nos conceitos de saúde, como padrão de 
beleza e desempenho. 
 Exigir e organizar espaços adequados para promover atividades físicas e de lazer. 
Os principais pontos apresentados para uma proposta de Educação Física cidadã são: 
 Inclusão; 
 Dimensões dos conteúdos; 
 Temas transversais. 
A inclusão significa que as aulas de Educação Física devem ser ministradas 
para todos os alunos sem exceção, ou seja, sem discriminação ou preconceito com 
22 
 
 
alunos portadores de necessidades especiais, alunos com sobrepeso, alunos de 
etnias diferentes, alunos repetentes e/ou por gênero. 
Neste sentido entendo que os Parâmetros Curriculares propõem que as aulas 
de Educação Física tenham integração e que os professores devem incentivare 
promover alunos que de alguma forma se sente ou são excluídos. E também levantar 
essa discussão, fazer com que os alunos tenham essa consciência de inclusão. 
Neste sentido entendo que os Parâmetros Curriculares propõem que as aulas 
de Educação Física tenham integração. Os professores também devem incentivar e 
promover alunos que de alguma forma se sente ou são excluídos. Além de levantar 
essa discussão, é importante que os alunos tenham essa consciência de inclusão. 
O segundo ponto são as dimensões dos conteúdos, isto é, as aulas práticas, 
como é o caso dos esportes, danças, brincadeiras dirigidas e jogos, uma vez que eles 
devem ser ensinados e refletidos pelos alunos. Através de tais atividades os alunos 
conhecerão o seu próprio corpo, quais as atitudes que eles devem ter quando praticam 
essas atividades corporais e por quê eles estão realizando essas atividades. 
Por exemplo, supomos que os alunos estão aprendendo atletismo, além do 
conhecimento adquirido eles saberão quais os benefícios resultantes dessa prática 
esportiva, pois as pessoas praticam atletismo, qual o vínculo desse esporte com os 
meios de comunicação, etc. 
O terceiro ponto são os temas transversais que são trabalhados por todas as 
disciplinas escolares, são eles: 
 Ética; 
 Meio ambiente; 
 Trabalho e consumo; 
 Orientação sexual; 
23 
 
 
 Pluralidade cultural; 
 Saúde. 
Como são temas sociais inseridos em nossa realidade, os PCNs têm como 
principal proposta à cidadania, cabe à escola desenvolver no aluno a capacidade de 
refletir, opinar e participar desses temas. 
 
12. COMO A EDUCAÇÃO FÍSICA É APRESENTADA NO ENSINO 
MÉDIO 
No ano passado foi divulgada uma medida provisória em que a Educação 
Física seria uma das disciplinas que poderia tornar-se facultativa no ensino médio e 
que cá entre nós, seria extremamente plangente. O CONFEF (Conselho Federal de 
Educação Física) repudiou tal medida e declarou que o governo estava andando na 
contramão no que diz pesquisas recentes sobre o alto grau de obesidade e 
sedentarismo na idade infanto-juvenil. Por hora o governo voltou atrás. 
Segundo os Parâmetros Curriculares, o objetivo é apresentar a Educação 
Física de forma lúdica, educativa e contributiva para introduzir o conhecimento aos 
alunos, dando continuidade ao trabalho feito durante o ensino fundamental, porém há 
uma evasão considerável nas aulas dessa disciplina no ensino médio. Para o 
professor é um desafio buscar os interesses dos alunos pelas aulas e assim conseguir 
atingir o objetivo proposto. 
Segundo os mesmos Parâmetros Curriculares, com o progresso da tecnologia 
adquirimos aspectos positivos e negativos. Em relação aos enfoques negativos, 
muitos jovens estão expostos a doenças psicossomáticas como a ansiedade, a 
frustração, a depressão e a insatisfação. E em relação ao corpo, doenças como 
obesidade e hipertensão arterial, adquiridas principalmente com o sedentarismo. 
A Educação Física neste sentido tem um papel fundamental, pois cabe ao 
professor desenvolver projetos que incluam alunos em programas que reverencia a 
24 
 
 
prática de atividades físicas, alongamentos, relaxamento, jogos e esportes e produza 
com isso uma melhor qualidade de vida e bem-estar. 
A prática de esportes é fundamental para o aluno desenvolver habilidades não 
só do ponto de vista físico, mas também emocional como, por exemplo, saber ganhar 
e perder, trabalhar em conjunto e também a tomada de decisões para seu 
desenvolvimento. Compete ao professor apresentar debates com assuntos de 
interesse da comunidade como higiene, primeiros socorros e saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
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e suas contribuições no desenvolvimento da criança. Revista Iberoamericana de 
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BENTO, Antonio. Como Fazer uma revisão de literatura: Considerações teóricas e 
praticas. Revista JA (Associação Academica da Universidade da Madeira), nº65, Ano 
VII, p.42-44,2012. 
1. BONA, V. de. Tecnologia e infância: ser criança na contemporaneidade. 2010. 
Disponível em: http://www.bdtd.ufpe.br/handle/123456789/3812. Data de 
acesso: 20 nov 2017. 
CAMPÃO, D.S; CECCONELLO, A. P. A contribuição da Educação Física no 
desenvolvimento psicomotor na Educação infantil. Buenos Aires: Revista Digital, ano 
13, n 123, agosto de 2008. 
FONSECA, V. Manual de Observação psicomotora: Significação psiconeurológica 
dos fatores psicomotores. Porto Alegre: Artes Médicas. 1995 
GALLARDO, Jorge S. et al. Educação física escolar: do berçário ao ensino médio. Rio 
de Janeiro: Lucerna, 2005. 
HAMZE, A. Educação como desenvolvimento global. Canal do Educador. Brasil 
Escola, 2017. 
MAGNABOSCO, M.; SILVA, M. C. O fim da infância. Anais do I Simpósio de 
Tecnologia e Sociedade Curitiba. UTFPR/PPGTE. 
MATTOS, Mauro Gomes; NEIRA, Marcos Garcia. Educação Física Infantil: 
Construindo o Movimento na Escola. 4ª. ed. São Paulo, 2008. 
PAIVA, N. M. N.; COSTA, J. S. Influências da tecnologia na Infância: desenvolvimento 
ou ameaça? Psicologia Pt.

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