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Pericárdio, coração e parede torácica

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Parede torácica + pericárdio + 
coração 
Anatomia
 
• Sistema circulatório- engloba sistema cardiovascular 
(do coração e dos vasos) e sistema linfático 
• O tórax é a parte do tronco entre o pescoço e o 
abdome, e possui os principais órgãos dos sitemas 
respiratório e circulatório 
 
Parede torácica 
• Inclui a caixa torácica, que é formada pelas costelas e 
cartilagens costais, é sustentada pelo esterno e 
vértebras torácicas. Ela protege órgãos internos e 
abdominais contra forças externas; resiste à 
pressões internas geradas pela retração elástica dos 
pulmões e movimentos respiratórios; proporciona 
fixação para membros superiores e sustentar seu 
peso; proporciona fixação para músculos do 
abdome, pescoço, dorso e respiratórios, e que 
movimentam e mantém posição dos membros 
superiores em relação ao tronco 
• Estrutura formada por ossos e cartilagens: costelas 
(12 pares), esterno e coluna vertebral 
• As costelas se fundem completamente ao esterno 
por volta dos 70 anos de idade (ossificação 
completa); a cartilagem costal vai diminuindo com o 
tempo 
• Função principal: proteção de estruturas/vísceras 
torácicas (coração, pulmões, grandes vasos); além 
disso ela protege vísceras/órgãos abdominais 
superiores, por ex: fígado (lado direito), baço (lado 
esquerdo) 
• Ela é uma estrutura dinâmica com função na 
mecânica respiratória 
• Ela é formada pelas costelas (12 de cada lado), pelo 
esterno (dividido em e partes: manúbrio, corpo do 
esterno, e processo tifoide) e pelas vértebras 
torácicas (fazem parte da coluna vertebral) (são 12 
vértebras, que delimitam posteriormente a parede 
torácica) 
 
➢ Costelas: 
• Uma das formas de classificar uma costela é chamar 
de costela típica ou costela atípica 
➢ Costela típica: apresenta mesmas características das 
outras costelas (apenas o tamanho se diferencia); são 
semelhantes; da 3ª a 9ª costela, são as semelhantes 
• Possui: cabeça; crista da cabeça; colo; tubérculo – 
face articular lisa articula-se com processo transverso 
da véretbra correspondente, e na face não articular 
rugosa há fixação do ligamento costotransversário; 
corpo; ângulo da costela – marca limite lateral de 
fixação dos m. profundos do dorso às costelas; sulco 
– proteção para nervos e vasos intercostais 
• Costela atípica: 1ª, 2ª, 10, 11ª e 12ª são costelas atípicas; 
são costelas diferentes; 10,11ª e 12ª são diferentes por 
conta da sua articulação com a coluna vertebral; 1 e 
2ª são diferentes pois apresentam características 
(acidentes) anatômicas diferentes 
• 1ª costela: apresenta o tubérculo do músculo 
escaleno anterior (onde esse músculo do pescoço 
se fixa); tem sulco para a veia subclávia (anterior) e 
um sulco para a artéria subclávia (posterior); essas 3 
estruturas são próprias dessa costela; possui o corpo 
mais largo, é a mais curta e curva das verdadeiras 
• 2ª costela: apresenta a tuberosidade do músculo 
serrátil anterior (característica específica); a cabeça 
tem 2 faces para articulação com corpos das 
vértebras T1 e T2 
• 10ª-12ª tem apenas 1 face articular em suas cabeças e 
articulam-se com 1 vértebra; 11ª-12ª são curtas e não 
tem colo nem tubérculo 
• Outra forma de classificar costelas: costelas 
verdadeiras, costelas falsas e costelas flutuantes; essa 
forma tem relação com a conexão da costela com o 
esterno 
• Verdadeiras: são costelas vertebro-costais; se fixam 
diretamente ao esterno pela sua cartilagem costal; 1ª-
7ª costela são verdadeiras 
• Falsas: são vertebro-condrais; 8ª, 9ª e 10 costelas; se 
fixam na cartilagem costal da costela acima, ou seja, 
há conexão indireta com esterno 
• Flutuantes: 11ª e 12ª; elas não se fixam anteriormente 
ao esterno; elas terminam na parede anterolateral do 
abdômen; são costelas livres 
• Cartilagens costais: O rebordo costal é formado pela 
fixação das cartilagens costais; elas contribuem para 
a elasticidade da parede torácica 
• Espaços intercostais: separam costelas e suas 
cartilagens; existem 11 espaços e nervos intercostais; 
são ocupados por músculos e membranas 
intercostais e dois conjuntos de vasos sanguíneos e 
nervos intercostais; se alargam na inspiração 
 
➢ Esterno: 
• O centro côncavo do manúbrio é a incisura 
jugular/supraesternal, que é aprofundada pelas 
extremidades esternais das clavículas, formando as 
articulações esternoclaviculares 
• Sincondrose da 1ª costela; sínfise manubrioesternal; 
ângulo do esterno saliente; corpo no nível de T5-
T9; incisuras costais 
• Esternebras (4 segmentos primordiais do esterno) 
articulam-se por sincondroses esternais. As 
articulações se fundem entre a puberdade e os 25 
anos. As linhas de fusão das 4 esternebras formam 3 
cristas transversais 
• O processo tifoide é uma referência mediana para o 
limite superior do fígado, centro tendíneo do 
diafragma e margem inferior do coração; a sínfise 
tifosternal indica o limite inferior da parte central da 
cavidade torácica, e é o local do ângulo subcostal da 
abertura inferior do tórax 
 
➢ Aberturas do tórax: 
• A abertura superior é uma passagem que permite a 
comunicação com o pescoço, incluindo traqueia, 
esôfago, nervos e vasos que suprem e drenam a 
cabeça e membros superiores 
• A inferior forma o anel de origem do diafragma; 
excursões dele controlam o volume e pressão 
interna da cavidade torácica; estruturas que passam 
do tórax para o abdome ou vice-versa atravessam 
aberturas no diafragma ou passam posteriormente a 
ele 
 
➢ Movimentos da parede torácica: 
• Durante expiração passiva, diafragma, músculos 
intercostais e outros relaxam, reduzindo o volume 
intratorácico e aumentando a pressão intratorácica. 
Há diminuição da pressão intra-abdominal e 
descompressão das vísceras abdominais. Isso permite 
a retração do tecido elástico pulmonar distendido, o 
que produz pressão subatmosférica nas cavidades 
pleurais 
• A altura da parte central da cavidade torácia 
aumenta durante inspiração, quando a contração do 
diafragma causa sua descida, comprimindo vísceras 
abdominais; o volume intratorácico aumenta 
• Contração dos m. intercostais aumenta a dimensão 
AP do tórax. O movimento das costelas nas 
articulações costovertebrais causa a elevação das 
extremidades anteriores das costelas (movimento 
em alavanca de bomba). O que resulta em 
movimento anteroposterior do esterno. Há também 
aumento da dimensão transversal do tórax, elevando 
partes mais laterais das costelas (movimento em alça 
de balde) 
• A associação desses movimentos causa o 
deslocamento anterior, superior e lateral da caixa 
torácica 
 
➢ Cavidade torácica: 
• O assoalho da cavidade torácica é o diafragma 
• A cavidade torácica possui 2 cavidades 
pleuropulmonares (direita e esquerda), que abrigam 
os pulmões; e o mediastino, que fica atrás do 
esterno, sendo a cavidade central 
• As estruturas viscerais do mediastino são unidas por 
tecido conjuntivo frouxo, e isso, e a elasticidade dos 
pulmões e da pleura parietal de cada lado do 
mediastino permitem a acomodação do movimento 
de suas estruturas 
• Subdivisões- mediastino superior e mediastino inferior 
(anterior, médio e posterior) 
• Plano transverso do tórax (plano imaginário) divide 
mediastino em superior e inferior; ele passa entre as 
vértebras T4 e T5 e vai até ângulo do esterno 
(região de articulação entre o manúbrio e o corpo 
do esterno) 
• Mediastino inferior- está entre plano transverso do 
tórax e diafragma; tudo que está na frente do 
pericárdio (mediastino anterior); atrás do pericárdio 
(mediastino posterior); o próprio pericárdio, o 
coração e raízes de seus vasos formam o 
mediastino médio 
• Mediastino anterior- pequenos vasos, pequenas veias 
e tecido adiposos, sem estruturas importantes 
• Mediastino médio- coração e pericárdio 
• Mediastino posterior- grandes artérias, como aorta, 
esôfago, nervos, veias importantes 
• Mediastino superior- existem grandes estruturas, 
como grandes artérias, parte da aorta ascendente e 
seusramos, grandes veias, como veias 
braquicefalicas, esôfago, traqueia, timo (estrutura do 
sistema imunológico; involui com a idade, ou seja, na 
criança é maior e pode estar localizado no 
mediastino anterior tbm) 
 
➢ Correlações clínicas: 
• A dor torácica é o sintoma mais importante de 
doença cardíaca. Também pode estar presente em 
doença pulmonar, distúrbios intestinais, da vesícula 
biliar e musculoesqueléticos. 
• A fratura da 1ª costela (rara) pode lesar o plexo 
braquial de nervos e vasos subclávios; costelas 
intermediárias são fraturadas com maior frequência; 
a extremidade fraturada pode lesar o pulmão e/ou o 
baço (ex); são dolorosas pois partes fraturadas se 
movem ao rir, tossir, respirar; nas costelas inferiores 
podem lacerar o diafragma e acarretar hérnia 
diafragmática 
• O tórax instável é uma lesão dolorosa que 
compromete a ventilação, afetando a oxigenação do 
sangue, resultante de fraturas múltiplas das costelas 
• A toracotomia é a abertura cirúrgica da parede 
torácica para penetrar na cavidade pleural; o acesso 
lateral é mais satisfatório para entrada na caixa 
torácica; na retirada de um pulmão (pneumectomia) 
é necessário retirar o periósteo da costela, e um 
segmento da costela para obter melhor acesso; 
fragmentos perdidos das costelas regeneram-se a 
partir do periósteo intacto 
• Variação anatômica – o número de costelas pode 
ser aumentado pela presença de costelas cervicais 
e/ou lombares, ou diminuído pela ausência do 12º 
par; as cervicais podem interferir com as estruturas 
neurovasculares na região superior do tórax; costelas 
supranuméricas podem confundir a identificação dos 
níveis vertebrais em imagens diagnósticas 
• A grande elasticidade de costelas e cartilagens 
costais em crianças pode lesar o interior do tórax; 
em idosos, as cartilagens costais perdem sua 
elasticidade e tornam-se frágeis, podem sofrer 
calcificação 
• Fraturas do esterno não são comuns; geralmente é 
cominutiva (osso é quebrado em vários pedaços); há 
o risco de lesão cardíaca (contusão miocárdica, 
ruptura cardíaca, tamponamento) ou pulmonar 
• A flexibilidade das costelas e cartilagens costais 
permite o afastamento das metades do esterno em 
procedimentos que exigem a esternotomia mediana 
(como a revascularização do miocárdio); essa divisão 
propicia boa exposição para retirada de tumores 
pulmonares; sutura por fio metálico une as metades 
do esterno após a cirurgia 
• O corpo do esterno é usado para biópsia por agulha 
da medula óssea, onde a agulha perfura o osso fino 
e penetra o osso esponjoso vascularizado; pode ser 
usada para recolher amostras de medula óssea para 
transplante e detecção de câncer metástico e 
anormalidades sanguíneas 
• As metades do esterno fetal podem não se fundir. A 
fenda esternal completa é uma anomalia em que 
pode haver protusão do coração; fendas parciais no 
manúbrio podem ser reparadas por aposição direta 
e fixação das metades esternais; o recuo do esterno 
ou a projeção (peito de pombo) são variações 
anômalas mais evidentes/acentuadas na infância 
• Na síndrome do desfiladeiro torácico, estruturas que 
emergem são afetadas por obstruções da abertura 
superior do tórax, na base do pescoço, e as 
manifestações clínicas envolvem o membro superior 
• A luxação da costela é o deslocamento de uma 
cartilagem costal em relação ao esterno; são 
comuns em esportes de contato; complicações 
podem resultar da compressão ou lesão de nervos, 
vasos e músculos adjacentes; o deslocamento das 
articulações intercondrais acomete 8ª,9ª e 10ª 
costelas, lesando estruturas adjacentes como o 
diafragma e/ou o fígado, causando dor, sobretudo 
durante inspiração profunda 
• A separação da costela = luxação da junção 
costocondral entre a costela e sua cartilagem costal; 
nas separações da 3ª-10ª costelas é comum haver 
ruptura do pericôndrio e do periósteo 
• A paralisia da metade do diafragma decorrente de 
lesão do suprimento motor pelo nervo frênico não 
afeta a outra metade pois as inervações de cada 
cúpula são separadas; pode ser observada 
radiologicamente por observação de seu movimento 
paradoxal; em vez de descer durante inspiração por 
conta da contração do diafragma, a cúpula paralisada 
ascende e é empurrada para cima por conta das 
vísceras abdominais que são comprimidas pela 
cúpula ativa; na expiração, a cúpula paralisada desce 
por conta da pressão positiva dos pulmões 
 
Pericárdio: 
• É uma estrutura que possui subdivisões; é uma 
mebrana fibrosserosa que cobre o coração e o início 
de seus grandes vasos 
• Possui vascularização feita pela artéria pericárdico-
frênica (ramo da artéria torácica interna) (principal); 
contribuições menores de sangue da artéria 
musculofrênica (ramo terminal da torácica interna), 
art. esofágica, bronquial e frênica superior (ramos da 
parte torácica da aorta), artérias coronárias 
• As cavidades pleurais primordiais são pequenas 
demais para acompanhar o rápido crescimento dos 
pulmões, que por sua vez, invadem o mesênquima 
da parede do corpo, dividindo-o em 2 camadas: 
externa, que vai se tornar a parede torácica definitiva 
e interna (membranas pleuropericárdicas) que 
contém nervos frênicos e forma o pericárdio fibroso. 
Assim, o saco pericárdico pode ser uma sede de dor 
• A drenagem venosa é feita por veias pericárdico-
frênicas (tributárias das veias torácicas internas) 
• É inervado pelos nervos frênicos (origem primária 
de fibras sensitivas), nervo que vai para o diafragma 
(principal), pelo nervo vago, próprio tronco simpático 
(vasomotores) 
• A parede inferior do saco pericárdico fibroso 
apresenta-se fixada e confluente com o centro 
tendíneo do diafragma. O local de continuidade foi 
denominado ligamento pericardicofrênico, que 
permite que o coração fique preso dentro do saco 
fibroso 
• O pericárdio é dividido em pericárdio fibroso e 
pericárdio seroso 
• Parte mais externa (fibroso)- mais resistente; 
protege coração contra superenchimento súbito 
• Parte mais interna (seroso)- parte mais delicada- se 
divide em 2 lâminas: lâmina parietal (relacionado com 
pericárdio fibroso pois está mais próximo da parede), 
e lâmina visceral ou epicárdio (mais próxima do 
coração) 
• Entre essas lâminas há a cavidade pericárdica; possui 
líquido pericárdico que lubrifica as lâminas diminuindo 
o atrito 
➢ Correlações clínicas: 
• O seio transverso do pericárdio é importante para 
cirurgiões cardíacos. Após abertura anterior do saco 
pericárdico pode-se introduzir um dedo através 
desse seio posteriormente a parte ascendente da 
aorta e ao tronco pulmonar; o cirurgião insere um 
clampe cirúrgico ou ligadura ao redor desses 
grandes vasos, insere os tubos de um aparelho de 
circulação extracorpórea e fecha a ligadura, 
interrompendo ou desviando a circulação de sangue 
nessas artérias durante cirurgia cardíaca 
• Toda a parte torácica da VCI (após ascender a 
atravessar diafragma) é envolvida pelo pericárdio. 
Assim, é preciso abrir o saco pericárdico para expô-
las; a parte terminal da VCS tem uma parte dentro e 
outra fora desse saco 
• A pericardite causa dor torácica; pode deixar o 
pericárdio seroso áspero, e o atrito dessas 
superfícies ásperas pode soar como um farfalhar de 
seda durante a ausculta com o estetoscópio sobre a 
margem esquerda do esterno e costelas superiores 
• O aumento da cavidade pericárdica pode ser 
ocasionado por acúmulo de líquido advindo de 
capilares pericárdicos (derrame pericárdico); a 
tuberculose, por exemplo, pode aumentar essa 
quantidade de líquido nessa cavidade, levando ao 
derrame pericárdico; depende do tempo que o 
líquido foi se acumulando (pois se foi lento da tempo 
do pericárdio se adaptar, e aí esse derrame 
inicialmente pode ser assintomático); trauma pode 
provocar o acúmulo rápido desse líquido, não dando 
tempo do pericárdio se acomodar, e esse acúmulo 
de líquido pode começar a comprimir o coração, 
provocando o tamponamento cardíaco (quando a 
quantidade delíquido pericárdico começa a 
comprimir o coração); sintomas - tríade de beck 
(relacionada com compressão do coração) - veias do 
pescoço e face ficam extremamente 
túrgidas/dilatadas pois elas não conseguem drenar 
para o coração (que está sendo comprimido), além 
disso o paciente fica com pressão baixa, ele fica 
hipotenso, pois o coração não consegue relaxar para 
contrair, e ele apresenta abafamento das gulhas 
cardíacas (ao escutar os batimentos, as gulhas 
cardíacas, o som do coração fica muito baixo, pois o 
líquido atrapalha a transmissão do som). Tríade está 
relacionado com a turgência jugular, hipotensão 
arterial e abafamento dos sons cardíacos; uma agulha 
deve ser inserida para drenar o sangue 
• A presença de sangue na cavidade do pericárdio 
(hemopericárdio) também causa tamponamento 
cardíaco; pode ser causado por perfuração de área 
enfraquecida do músculo cardíaco em razão do 
infarto do miocárdio prévio e hemorragia para a 
cavidade pericárdica após cirurgia; em pacientes com 
pneumotórax (ar na cavidade pleural) o ar pode 
dissecar o tecido conjuntivo e entrar no saco 
pericárdico = pneumopericárdio 
• A drenagem de líquido na cavidade pericárdica 
(pericardiocentese) é necessária para aliviar o 
tamponamento cardíaco; uma agulha é introduzida 
através do 5º ou 6º espaço intercostal esquerdo; o 
saco pericárdico também pode ser alcançado 
através do ângulo infraesternal com introdução 
superoposterior da agulha, que evita o pulmão e 
pleuras. Deve-se tomar cuidado para não perfurar 
art. torácica interna e seus ramos terminais; uma 
toracotomia de emergência pode ser realizado para 
fazer uma incisão no saco pericárdico, aliviar o 
tamponamento e estabelecer a estase da 
hemorragia do coração 
• O dobramento anormal do coração embrionário 
pode causar inversão da posição do coração, 
provocando dextrocardia; quando a transposição 
afeta apenas o coração, a anomalia é complicada por 
anomalias cardíacas graves, como a transposição das 
grandes artérias; quando a transposição envolve o 
coração e vísceras torácicas e abdominais, a função 
cardíaca costuma ser normal 
 
Coração: 
• Ele é revestido por uma estrutura serosa, que é o 
pericárdio 
• Ele é uma bomba muscular de autoajuste; tem 
aproximadamente o tamanho de uma mão fechada; 
pesa aproximadamente entre 250-350 gramas; o 
coração tem relação com superfície corporal de 
cada um 
• Ele tem a parte direita com dois átrios (duas 
cavidades de recepção de sangue) e cavidades de 
ejeção de sangue (ventrículos) 
• O átrio direito recebe o sangue (venoso) do corpo 
pela veia cava superior e inferior; do átrio direito 
passa para o ventrículo direito, e ele joga através das 
artérias pulmonares para o pulmão; no pulmão 
ocorre a hematose, onde o sangue venoso se torna 
sangue arterial; esse sangue “limpo” (arterial) volta 
para o coração através das veias pulmonares, que 
chegam no átrio esquerdo, e de lá passa para o 
ventrículo esquerdo, e o sangue sai da aorta e é 
distribuído por todo o corpo 
• Pequena circulação = circulação pulmonar = 
circulação do coração para o pulmão; grande 
circulação = circulação sistêmica = do coração para 
o corpo e vive e versa 
• O coração tem 3 paredes: parte mais interna 
(endotélio + tec. Conj. Subendotelial) - endocárdio; 
parte do meio - miocárdio, onde está a musculatura; 
parte mais externa - epicárdio – camada externa fina 
• As paredes do coração são formadas principalmente 
por miocárdio espesso, sobretudo nos ventrículos 
• A contração dos ventrículos produz movimento de 
torção por conta da orientação helicoidal dupla das 
suas fibras musculares cardíacas 
• As fibras musculares estão fixadas ao esqueleto 
fibroso do coração, estrutura que forma 4 anéis 
fibrosos que circundam os óstios das valvas, trígono 
fibroso direito e esquerdo, e partes membranáceas 
dos septos interatrial e interventricular 
• Esse esqueleto: mantém tais óstios permeáveis e 
impede que sejam distendidos em excesso por um 
aumento do volume de sangue bombeado através 
deles; oferece fixação para as válvulas e miocárdio; 
forma um “isolante” elétrico, de modo que a 
contração de átrios e ventrículos seja independente 
• Na parte externa, os átrios são demarcados dos 
ventrículos pelo sulco coronário (atrioventricular); e 
VD e VE são separados pelos sulcos 
interventriculares (IV) anterior e posterior 
• O ápice do coração é formado pela parte 
inferolateral do VE; situa-se posteriormente ao 5º 
espaço intercostal esquerdo em adultos; permanece 
imóvel durante o ciclo cardíaco; é o local de 
intensidade máxima dos sons de fechamento da 
valva mitral (batimento apical); situa-se sob o local 
onde batimentos podem ser auscultados na parede 
torácica 
• A base do coração é a face posterior do coração; 
formada pelo AE e menor contribuição do AD; 
voltada as vértebras T6-T9 e está separada pelo 
pericárdio, seio pericárdico oblíquo, esôfago e aorta; 
estende-se superiormente até a bifurcação do 
tronco pulmonar e inferiormente até o sulco 
coronário; recebe veias pulmonares nos lados direito 
e esquerdo do AE e veias cavas superior e inferior 
no AD 
• O coração possui 4 faces: esternocostal (anterior) – 
formada pelo VD principalmente; diafragmática 
(inferior) – VE e parte do VD, relacionada ao centro 
tendíneo do diafragma; pulmonar direita – AD; 
pulmonar esquerda – VE 
• 4 margens do coração: direita; inferior; esquerda; 
superior 
• Configuração externa: vista anterior - visualização do 
ventrículo esquerdo, ventrículo direito, veia cava 
superior, artéria aorta, tronco pulmonar (se divide em 
artérias pulmonares); na visão da base do coração - 
visualização do átrio direito (mais vertical), veia cava 
superior e inferior, do átrio esquerdo (mais 
horizontal), vê-se quatro veias pulmonares chegando 
no átrio esquerdo; na parte de trás visualiza-se a 
aurícula direita (no átrio direito) e a aurícula esquerda 
(no átrio esquerdo) 
 
➢ Ciclo cardíaco: 
• É como o sangue passeia pelo coração 
• Veia cava superior e veia cava inferior trazem 
sangue do corpo rico em CO2 para o átrio direito, e 
o seio coronário drena sangue do coração 
• Do átrio direito o sangue passa para o ventrículo 
direito; entre o átrio e o ventrículo direito existe a 
valva atrioventricular direita ou valva tricúspide 
• O sangue sai do VD através do tronco pulmonar, 
que se divide em artéria pulmonar direta (que vai 
para o pulmão direito) e artéria pulmonar esquerda 
(que vai para o pulmão esquerdo), que vão levar o 
sangue rico em CO2 (cor vinho) para os pulmões 
• Após a hematose, o sangue volta para o coração 
através do átrio esquerdo, que recebe as 4 veias 
pulmonares, que levam sangue rico em oxigênio (cor 
vermelho vivo) 
• Do átrio esquerdo passa para o ventrículo esquerdo 
através da valva atrioventricular esquerda ou 
bicúspide ou mitral; o ventrículo esquerdo contrai e 
empurra o sangue através da artéria aorta para ser 
distribuído para todo o corpo; a medida que esse 
sangue vai perdendo seus nutrientes e oxigênio, ele 
volta pelas veias cavas e o ciclo recomeça 
• O som do coração = Tum é o estalido do 
fechamento das AV (quando o sangue vai dos átrios 
para os ventrículos) e quando as semilunares se 
fecham é o TA (quando os ventrículos ejetam 
sangue) 
• Artéria é o vaso que sai do coração; o vaso que 
chega ao coração é uma veia 
• Nem toda artéria sai diretamente do coração, mas 
foge do coração, sentido do sangue centrífugo, 
“fuga do centro” 
• O sentido do sangue na veia é centrípeto, e ele se 
aproxima do coração 
• Valva atrioventricular direita tem 3 cúspides e a valva 
AV esquerda tem 2 cúspides; a função da valva é 
possibilitar o fluxo de sangue do átrio para o 
ventrículo e impedir o refluxo 
• A valva bicúspide se fecha em linha e da tricúspide é 
em Y. O fechamento em linha é mais efetiva contra 
refluxo do que o fechamento em Y. Do lado direito a 
valva não se fecha por pressão, ela se fecha por 
volumede sangue, logo, a valva tricúspide é mais 
sensível a volume, e a bicúspide do lado esquerdo é 
mais sensível a pressão 
• A valva semilunar aórtica e pulmonar. Elas impedem 
refluxo dos vasos para ventrículo. Na sístole 
ventricular as valvas AV se fecham e as semilunares 
se abrem. Na diástole ventricular, as valvas AV se 
abrem e as semilunares se fecham 
• Aparelho valvar nos ventrículos é formado pelas 
cúspides, músculos papilares e cordas tendíneas. Os 
músculos papilares esquerdos são mais grossos para 
suportar a pressão 
• Valva é o conjunto de válvulas 
➢ Átrio direito: 
• Possui parte lisa e parte rugosa 
• Forma a margem direita do coração 
• Recebe sangue venoso da VCS, VCI e seio 
coronário (tronco venoso curto que recebe maioria 
das veias cardíacas) na parte posterior lisa (seio das 
veias cavas) 
• O óstio do seio coronário fica entre o óstio AV 
direito e óstio da VCI 
• Parte rugosa é chamada de músculos pectíneos; 
estão presentes em uma parte do átrio direito e nas 
aurículas esquerda e direita; isso tem a ver com 
remanescente embrionário da formação do coração 
e do átrio direito 
• A aurícula direita é uma bolsa muscular que se 
projeta do AD como uma câmara adicional, que 
aumenta a capacidade do átrio e se superpõe à 
parte ascendente da aorta 
• Cavidade cardíaca mais à direita do coração 
• Na região lisa, é possível visualizar o septo interatrial 
(septo entre átrio direito e esquerdo); nesse septo 
há uma estrutura arredondada denominada fossa 
oval (remanescente embrionário; na vida fetal é 
chamado de forame oval), e no feto o sangue chega 
direto pela veia cava inferior, e chegando lá o sangue 
vai direto do átrio direito para o átrio esquerdo pois 
o sangue já está oxigenado, do átrio esquerdo vai 
para o ventrículo esquerdo e de lá para o corpo; 
quando nascemos, instantaneamente, por conta de 
uma diferença de pressão, esse forame oval se 
fecha e o átrio direito passa o sangue para o 
ventrículo direito, que vai jogar o sangue para o 
pulmão que vai fazer a oxigenação 
 
➢ Ventrículo direito: 
• Forma a maior parte da face esternocostal, pequena 
parte da diafragmática e quase toda a margem 
inferior do coração 
• A valva atrioventricular direita é formada por 3 
válvulas/cúspides; essas válvulas protegem o óstio 
AV direito; estão fixadas aos músculos papilares (m. 
papilar anterior – maior e mais proeminente, m. 
papilar posterior – menor que o anterior, e m. papilar 
septal – origina-se do SIV) através das cordas 
tendíneas 
• Os músculos papilares se contraem antes da 
contração do VD, tensionando as cordas, que evitam 
separação e inversão das válvulas durante a sístole 
• É a cavidade cardíaca mais anterior do coração 
• O sangue entra pelo óstio AV direito 
• É possível observar o septo interventricular (entre 
ventrículo direito e esquerdo); por conta da pressão 
arterial maior no VE, a parte muscular do SIV (maior 
parte do septo) é muito espessa e salienta-se para a 
cavidade do VD, a parte membranácea é muito 
menor; inferiormente à válvula septal da valva AV 
direita, a membrana é um SIV, mas superiormente é 
um septo atrioventricular (separa AD do VE) 
• Trabécula septo-marginal é uma estrutura que sai da 
parte inferior do septo interventricular e vai em 
direção ao músculo papilar anterior; ela conduz o 
ramo direito do fascículo AV, pertencente ao 
sistema de condução do coração/ do complexo 
estimulante do coração. Tal “atalho”, reduz o tempo 
de condução, permitindo a contração coordenada do 
músculo papilar anterior 
• Rugosidade no interior do ventrículo são as 
trabéculas cárneas 
• Valva semilunar pulmonar: é como se fosse 3 
saculações; e quando o ventrículo direito contrai o 
sangue sai superiormente e para a esquerda por lá; 
quando esse ventrículo relaxa (diástole) o sangue 
não consegue voltar por essa valva, pois impede que 
o sangue no tronco pulmonar retorne para o 
ventrículo direito 
 
➢ Átrio esquerdo: 
• Forma a maior parte da base do coração 
• Possui parede lisa; possui músculos pectíneos na 
aurícula esquerda (rugosidade), mas no átrio 
esquerdo não possui; possui veias pulmonares (4) (2 
superiores e 2 inferiores), e trazem sangue rico em 
oxigênio do pulmão para o coração; dele o sangue 
passa para o ventrículo esquerdo 
• Uma depressão semilunar no septo interatrial indica o 
assoalho da forame oval 
• Cavidade mais posterior do coração 
 
➢ Ventrículo esquerdo: 
• Forma o ápice do coração, quase toda sua face 
esquerda, maior parte da face diafragmática e 
margem esquerda 
• Mais hipertrofiado e espesso fisiologicamente que o 
ventrículo direito, pois ele precisa jogar o sangue 
para o corpo inteiro 
• Cavidade cardíaca mais à esquerda 
• A valva atrioventricular esquerda só tem 2 válvulas 
(bicúspide); só há dois músculos papilares (anterior e 
posterior), e esses músculos são maiores; as cordas 
tendíneas fixam cúspide ao m. papilar, que são mais 
espessas no ventriculo esquerdo 
• Ele possui rugosidade em seu interior (trabéculas 
cárneas) 
• Possui uma via de saída, de parede lisa: vestíbulo da 
aorta, levando ao óstio da aorta e à valva da aorta 
 
➢ Valvas cardíacas: 
• Na diástole as duas valvas atrioventriculares estão 
abertas, para que o sangue passe do átrio para o 
ventrículo, e na sístole elas se fecham, impedindo o 
refluxo do sangue 
• O fechamento e abertura das valvas semilunares 
ocorre de forma inversa. Na diástole, elas (valva 
aórtica e pulmonar) se fecham, pois quando o 
coração relaxa o sangue na aorta tende a voltar pro 
ventrículo esquerdo e o sangue no tronco pulmonar 
tende a voltar para o ventrículo direito, impedindo o 
refluxo; na sístole elas se abrem, pois o coração se 
contrai (ventrículos contraem), e o sangue precisa 
passar do ventrículo direito para o tronco pulmonar 
e do ventrículo esquerdo para a aorta 
• Válvulas semilunares não possuem cordas tendíneas 
para sustentá-las; a força exercida sobre elas é 
menor do que a exercida sobre as valvas AV 
• Superior a cada válvula semilunar, paredes das 
origens do tronco pulmonar e da parte ascendente 
da aorta são dilatadas formando os seios da aorta e 
do tronco pulmonar; o sangue nesses seios e a 
dilatação da parede impedem a adesão das válvulas 
à parede do vaso, o que poderia impedir o 
fechamento 
 
Coração e correlações clínicas: 
• Comunicação interatrial - houve um defeito 
congênito, e o orifício oval não se fechou = defeito 
no septo interatrial (CIA) 
• Quando a criança está na barriga da mãe, a pressão 
sanguínea no lado direito é muito alta, pois o pulmão 
está fechado, e o sangue passa pelo forame oval 
para o lado esquerdo. Quando a criança nasce, a 
pressão desse lado direito despenca, pois o pulmão 
se abre, e o lado esquerdo passa a ter maior 
pressão. Logo, o sangue no lado esquerdo tende a 
voltar para o lado direito, porém uma “trave” fecha o 
forame, impedindo a comunicação atrial, que vai se 
fibrosar. Se essa “trave” sofrer algum defeito ou for 
muito curta, quando ela fechar, um pouco do orifício 
permanece e ocorre a CIA 
• Caso esse forame não se feche, os AD e VD 
estarão sendo sobrecarregados, e o tronco 
pulmonar será dilatado, pois o sangue oxigenado é 
desviado do AE por essa CIA. Logo, ocorre 
hipertrofia dos AD e VD e artérias pulmonares. Uma 
hipertrofia feita pela sobrecarga provoca dilatação 
irreversível. Hipertrofia e dilatação são irreversíveis. O 
problema é quando a hipertrofia vira uma dilatação 
• Para fechar o orifício cirurgicamente, parte de 
pericárdio bovino é colocado na região 
• A detecção do CIA envolve o sopro, que pode ser 
auscultado em todos os focos cardíacos; é 
requisitado um ecocardiograma pelo tórax, para 
confirmar o sopro e definir o tamanho da 
comunicação; quanto maior o orifício, maior o som 
• Comunicações interventriculares causam um desvio 
de sangue da esquerda para a direita; um grande 
desvio aumenta o fluxo sanguíneo pulmonar, 
causando doençapulmonar grave (hipertensão) e 
pode acarretar em insuficiência cardíaca 
• Inflamação do pericárdico = pericardite deixa o 
líquido mais grosso, e o coração na contração faz o 
barulho de “roçar de seda”, que é o atrito 
pericárdico, que é quando o líquido está inflamado. 
Diagnóstico = auscultar coração. Se ela complicar, a 
quantidade de líquido na cavidade pericárdica 
aumenta e provoca o derrame pericárdico. Pode ser 
assintomático. Esse derrame pode evoluir para um 
tamponamento cardíaco, que é a compressão do 
coração. O tempo que esse líquido vai se 
acumulando determina a gravidade, pois caso se 
acumule de forma lenta o pericárdio vai se 
adaptando, mas se for um acúmulo rápido. Em caso 
de trauma, sangue na cavidade pericárdica se 
acumula rapidamente, comprimindo o coração 
• Tríade de Beck: veias do pescoço e face ficam 
dilatadas, pois sangue não consegue chegar ao 
coração (turgência jugular); a pressão do paciente 
está muito baixa (hipotensão arterial); abafamento 
dos sons cardíacos 
• Ecocardiograma é um método de registro da 
posição e movimento do coração por meio do eco 
de feixes de ondas de ultrassom direcionadas através 
da parede torácica; pode identificar derrame 
pericárdico, mesmo que o paciente esteja 
assintomático. Tuberculose pode dar derrame 
pericárdico, que é inicialmente assintomático; a 
ecocardiografia Doppler mostra e registra o fluxo de 
sangue através do coração e grandes vasos por 
ultrassonografia Doppler, sendo útil no diagnóstico de 
problemas do fluxo sanguíneo através do coração, 
como defeitos septais, estenose e regurgitação 
valvar 
• Massagem cardíaca no caso do tamponamento não 
ajuda, pois mais sangue se acumula no pericárdio. 
Tratamento: enfiar agulha para retirar líquido 
pericárdico, dando tempo para que o paciente 
chegue ao coração 
• Qualquer obstrução de uma coronária ou ramo da 
coronária pode levar a dor torácica = angina 
pectoris; leva a falta de sangue de determinado 
segmento cardíaco, logo, a falta de oxigenação para 
células musculares estriadas cardíacas; atividades que 
induzam a maior atividade cardíaca acentuam a dor, 
que é aliviada por um período de repouso; o 
medicamento nitroglicerina sublingual dilata art. 
coronárias (e outras), aumentando fluxo sanguíneo, 
aliviando congestão cardíaca, diminuindo a carga de 
trabalho e necessidade de oxigênio do coração 
• O infarto agudo do miocárdio ocorre quando uma 
artéria se obstrui e uma parte do coração 
vascularizada por ela morre (necrosa); a obstrução é 
causada pela aterosclerose; a formação instantânea 
do trombro obstrui 100% da artéria, e pode provocar 
a isquemia, podendo ocorrer a necrose 
• Depósitos lipídicos (placa de ateroma) na túnica 
íntima das art. coronárias provoca a estenose de 
suas luzes. À medida que avança, canais colaterais 
compensam o baixo fluxo. Apesar desse mecanismo, 
o miocárdio pode não receber oxigênio suficiente, e 
a insuficiência do suprimento sanguíneo para o 
coração (isquemia miocárdica) pode resultar em IAM 
• No caso de obstrução lenta e parcial de grandes 
ramos das coronárias, uma circulação colateral une 
essas artérias aos vasa vasorum na túnica adventícia 
da aorta e das artérias pulmonares e aos ramos das 
art. torácica interna, bronquial e frênica 
• Quando o paciente está com dor torácica e se faz 
um diagnóstico de isquemia, de infarto, pode ser 
tratado com trombolítico (injeção que dissolve o 
trombo que está obstruindo a artéria, e o sangue 
passa a passar ali novamente, e aquela região do 
coração não necrosa) (ex: tromboquinase – enzima); 
o trombolítico não age na placa de ateroma 
• A angioplastia é um método em que se introduz um 
cateter com um balão, e um stent e a artéria é 
desobstruída, pois o balão sufla e esmaga a placa 
contra a parede do vaso e o stent mantém essa 
artéria dilatada; o cateterismo é só para ver o interior 
da coronária 
• Existem stents farmacológicos que evitam a 
inflamação da placa de ateroma 
• Se fatores de risco não forem cuidados a placa de 
gordura poderá se agravar novamente 
• A revascularização miocárdica envolve as pontes de 
safena, de mamária onde se coloca cirurgicamente 
outra artéria ou veia para passar sangue para a 
região que pode faltar sangue por conta da 
obstrução, proporcionando um desvio ao redor da 
estenose arterial; a veia safena magna e a art. radial 
são comuns 
• A angioplastia de resgate esmaga o trombo e a 
placa de ateroma 
• Se a obstrução for em bifurcação não tem como 
colocar stent 
• Na radiografia de tórax é possível identificar possíveis 
aumentos das câmaras do coração; a imagem 
precisa precisa mostrar o perfil e parte anterior do 
tórax 
• No cateterismo cardíaco, um cateter radiopaco é 
inserido numa veia periférica e empurrado até o AD, 
VD, tronco pulmonar e artérias pulmonares, 
respectivamente. Essa técnica permite registrar 
pressões intracardíacas e colher amostras de sangue 
• Embriologia do AD – o átrio primitivo é 
representado, no adulto, pela aurícula direita. O átrio 
definitivo é aumentado pela incorporação do seio 
venoso embrionário. A parte do seio venoso 
incorporada ao átrio definitivo forma o seio das veias 
cavas, no adulto; antes do nascimento, a valva da VCI 
direciona o sangue oxigenado que retorna da 
placenta pela veia umbilical e VCI em direção ao 
forame oval, e o sangue passa para o AE. O forame 
possui uma válvula unidirecional, permitindo a 
passagem de sangue da direita para a esquerda 
• A percussão do coração permite avaliar a densidade 
e o tamanho do coração. A técnica consiste em dar 
batidas no tórax com um dedo enquanto se ouve e 
percebe diferenças na condução das ondas sonoras. 
É realizada no 3º,4º e 5º espaços intercostais 
• O desprendimento de trombos, formados nas 
paredes do AE, faz com que passem à circulação 
sistêmica e ocluam artérias periférica. A oclusão de 
uma artéria que irriga o encéfalo provoca um AVC, 
podendo afetar visão, cognição ou função motora 
de partes do corpo controladas pela área agora 
lesada (isquêmica) do encéfalo 
• A doença cardíaca valvular causa estenose 
(incapacidade de abertura completa da valva, 
tornando mais lento o fluxo sanguíneo que sai de 
uma câmara) ou insuficiência (ausência de 
fechamento completo da valva, por conta de um 
nódulo sobre as válvulas, fibrose ou retração das 
válvulas, impedindo o encontro das suas margens, 
permitindo o refluxo), resultando em aumento do 
trabalho cardíaco; a restrição do fluxo sob alta 
pressão ou a passagem do sangue através de uma 
abertura estreita para um vaso ou câmara, 
produzem turbulência, que causa o sopro; distúrbios 
valvares podem ser congênitos ou adquiridos, e a 
insuficiência pode resultar da doença da valva ou de 
suas estruturas de sustentação, pode ser aguda ou 
crônica; a estenose é crônica e decorrente de 
anomalia valvar; valvuloplastia é uma cirurgia em que 
valvas são substituídas, usando-se próteses valvares 
artificiais feitas de materiais sintéticos, xenoenxertos 
também são usados (transplante de outras espécies) 
• A angiografia coronariana permite ver artérias 
coronárias em arteriogramas coronarianos; um 
cateter é introduzido na parte ascendente da aorta 
através da artéria femoral, e sua extremidade é 
introduzida na abertura de uma artéria coronária 
• O ramo IV anterior dá origem aos ramos septais que 
irrigam o feixe AV, e os ramos da ACD irrigam os 
nós SA e AV, logo, partes do complexo estimulante 
tendem a ser afetadas por sua oclusão, e pode 
haver um bloqueio cardíaco; ventrículos se contraem 
independentemente em sua própria frequência e 
átrios contraem normalmente se o nó SA for 
poupado; a lesão de um dos ramos provoca uma 
contração assincrônica tardia; nesses casos pode-se 
implantar um marca-passo cardíaco para aumentar a 
frequência ventricular de contração 
• O marca-passo cardíaco artificial é implantado no 
tecido subcutâneo; produzem impulsos elétricos que 
iniciam contrações ventricularesem uma frequência 
pré-determinado 
• Em casos de parada cardíaca, a ressuscitação 
cardiopulmonar (RCP) é utilizada para restabelecer o 
débito cardíaco e a ventilação pulmonar. O aumento 
da pressão intratorácica força a saída do sangue do 
coração para as artérias, e quando o inverso ocorre, 
o coração se enche novamente com sangue 
• A fibrilação consiste em espasmos múltiplos e 
rápidos das fibras musculares; na fibrilação atrial 
contrações rítmicas normais são substituídas por 
espasmos descoordenados das paredes atriais, o 
ventrículo responde de maneira irregular, mas a 
circulação permanece satisfatória; na fibrilação 
ventricular, os espasmos irregulares não mantém a 
circulação sistêmica, não há débito cardíaco eficaz 
(arritmia) 
• A desfibrilação cardíaca consiste em um choque 
elétrico administrado ao coração através da parede 
torácica; esse choque interrompe os movimentos 
cardíacos e logo depois o coração pode voltar a 
bater da maneira mais normal 
• O coração é insensível ao toque, frio e calor, porém, 
a isquemia e o acúmulo de metabólitos estimulam as 
terminações nervosas no miocárdio; a dor referida 
cardíaca é um fenômeno no qual estímulos cardíacos 
são percebidos como dor originada em uma parte 
superficial do corpo; a dor anginosa é percebida 
como irradiada das regiões subesternal e peitoral 
esquerda para o ombro e membro superior 
esquerdo (pois os segmentos da medula espinal 
desses nervos cutâneos do braço são comuns às 
terminações viscerais para as art. coronárias); a dor 
visceral está relacionada com a isquemia 
 
 
➢ Vascularização: 
• O endocárdio e o tecido subendocárdio recebem 
oxigênio e nutrientes por difusão ou por 
microvascularização das câmaras do coração 
• Os vasos sanguíneos estão integrados ao tecido 
adiposo, atravessam a superfície do coração abaixo 
do epicárdio; as vezes partes dos vasos estão 
entranhadas no miocárdio; são afetados pela 
inervação simpática e parassimpática 
• A artéria coronária forma uma coroa em volta do 
coração; tem direita e esquerda; elas saem do seio 
aórtico (saculações que fazem parte da valva aórtica), 
na parte ascendente da aorta; elas irrigam o 
miocárdio e epicárdio 
• Essas saculações fazem essa valva se fechar; do 
esquerdo sai coronária esquerda e do direito 
coronária direita 
• Na sístole, as saculações se abrem e o sangue passa 
pela aorta; na diástole, o sangue enche as saculações 
e impede o refluxo de sangue, e nesse momento as 
coronárias recebem sangue 
• Se o coração estiver batendo a 250 vezes por 
minuto, por exemplo, ele quase não está tendo 
diástole, logo, as coronárias não se enchem 
adequadamente de sangue, e sente dor no peito. 
Manobra vagal ou medicamentos que diminuam a 
frequência cardíaca são indicados 
• Com a destruição da válvula aórtica, um sopro será 
gerado, e o sangue volta para o VE, e esse 
vazamento faz com que a coronária esquerda, por 
exemplo, não receba sangue suficiente. A 
insuficiência aórtica pode levar a um sintoma de dor 
torácica 
• Artéria coronária direita: sai e vai dando vários 
ramos; sai da aorta entre o tronco pulmonar e a 
aurícula direita, seguindo no sulco coronário; ela 
supre o AD, maior parte do VD, parte do VE (face 
diafragmática), nós SA e AV, parte do septo IV 
• Ramos da coronária direita: 
• Ramo do nó sinoatrial- próximo do local onde entra a 
veia cava superior entra no AD, onde está localizado 
o nó sinoatrial; ramo do cone arterial- a região entre 
o VD e o tronco pulmonar é chamado de cone 
arterial, logo, a artéria que vai para o cone arterial 
recebe esse nome; ramo atrial - vai para região do 
átrio direito; ramo marginal direito- está indo para a 
margem direita do coração, em direção ao ápice; 
ramo do nó atrioventricular - se origina na cruz do 
coração (junção dos septos IV e IA e câmaras 
cardíacas), é uma pequena artéria que entra em 
direção ao nó atrioventricular, o ramo é pequeno; 
ramo interventricular posterior - grande ramo que 
vai em direção ao ápice do coração passa entre os 
ventrículos pela parte debaixo (posterior) do 
coração; esses ramos do nó SA e nó AV vão para o 
complexo estimulante, inervam estruturas do sistema 
de condução do coração 
• Artéria coronária esquerda: sai da aorta entre o 
tronco pulmonar e a aurícula esquerda, seguindo o 
sulco coronário; ela supre o AE, maior parte do VE, 
parte do VD, maior parte do SIV, inclusive o feixe 
AV através dos ramos septais IV perfurantes, e o nó 
SA (40% das pessoas) ;ela começa terminando, se 
bifurcando em 2 ramos terminais: 
• Ramo interventricular anterior- passa entre os 
ventrículos anteriormente até o ápice do coração, e 
dele se origina o ramo diagonal (lateral). Também 
costuma fazer anastomose com o ramo IV posterior 
da ACD; ramo circunflexo- circula o coração e dele 
se origina o ramo marginal esquerdo 
• A circulação colateral coronariana é possível na 
maioria dos corações 
 
➢ Drenagem venosa: 
• Seio coronário (grande veia que drena o coração): 
formado pela união de 3 veias- veia cardíaca magna 
(maior) (lado esquerdo); veia cardíaca parva (lado 
direito); e veia cardíaca média (veia interventricular 
posterior) 
• A veia cardíaca magna é a principal tributária do seio; 
ela drena áreas do coração supridas pela ACE; sua 1ª 
parte, a veia IV anterior ascende com o ramo IV 
anterior da ACE; sua 2ª parte segue com o ramo 
circunflexo da ACE para chegar ao seio (o sangue 
flui na mesma direção em um par artéria + veia) 
• A veia média acompanha o ramo IV posterior; a veia 
parva acompanha o ramo marginal direito da ACD 
• 3 veias: seio coronário; veia cava superior e veia 
cava inferior, que desembocam no AD 
• Veias cardíacas mínimas (veias de Tebesio) – 
pequenas veias do VD, que jogam o sangue do 
miocárdio direto na cavidade; são avalvulares; 
existem em todas as cavidades; 1% do sangue das 
câmaras retorna para o miocárdio por essas veias 
• O sangue da cavidade pode voltar por essas veias 
também; essas veias podem servir como uma rede 
de colateral; podem possibilitar que o sangue no VE 
entre no miocárdio, na região que sofre o infarto, 
minimizando a necrose 
• No jovem, o infarto é mais fulminante, pois não deu 
tempo de preparar veias para receber mais sangue. 
O idoso possui maior rede vasos, mais neoformação 
de veias e artérias 
 
Estruturas que formam complexo estimulante do coração: 
• Nó sinoatrial; nó AV; feixe atrioventricular ou 
fascículo atrioventricular; esse fascículo se divide em 
ramo direito e ramo esquerdo 
• O nó sinoatrial é um condensado de células 
especializadas localizados próximo ao óstio da veia 
cava superior. Estas células possuem a propriedade 
do automatismo 
• O nó AV fica próximo ao óstio do seio coronário 
acima do anel tricúspide, na parte baixa do septo 
interatrial, ele retarda os impulsos, fazendo com que 
o estímulo sofra um atraso fisiológico 
• A fibrilação atrial o átrio pode estar batendo a 400 
bat/min, mas o paciente está bem, pois a contração 
ventricular não se altera 
• Se o nó AS parar de funcionar o nó AV assume, se 
o nó AV parar de funcionar as fibras de purkinje 
assumem 
• Na anatomia as fibras de Purkinje são denominadas 
ramos subendocárdicos 
 
Frequência cardíaca: 
• A velocidade padrão é 25mm/s; 25 mm = 1 s, 1 mm 
= 0,04 s; 0,04 s = 1mm, 60 s = 1500 mm 
• A frequência cardíaca é descoberta (BPM) ao dividir 
o intervalo R-R por 1500 
 
Inervação do coração: 
• O coração é suprido por fibras nervosas autônomas 
do plexo cardíaco, que é dividido em parte superficial 
e profunda 
• O plexo é formado por fibras simpáticas, 
parassimpáticas e aferentes viscerais que conduzem 
fibras reflexas e nociceptivas do coração. Elas são 
distribuídas ao longo de vasos coronários para 
componentes do complexo estimulante 
• A inervação simpática provém de fibras pré-
ganglionares e pós-ganglionares; essa segunda 
termina nos nós AV e SA; a estimulação provoca 
taquicardia, aumento da conduçãodo impulso, da 
força de contração e do fluxo sanguíneo através dos 
vasos coronários 
• A estimulação adrenérgica direta (pelas fibras 
nervosas simpáticas) e indireta (pelos hormônios 
adrenais) do nó AS e tecido condutor, aumenta a 
contratilidade atrial e ventricular, pois aumenta a 
frequência de despolarização das células marca-passo 
e condução AV; maioria dos receptores 
adrenérgicos nos vasos coronários consiste em 
receptores Beta, que quando ativados, causam 
relaxamento do m. liso vascular e, portanto, dilatação 
arterial, o que aumenta a oferta de oxigênio e 
nutrientes para o miocárdio durante atividades 
intensas 
• A inervação parassimpática provém de fibras pré-
ganglionares dos nervos vagos; a estimulação 
provoca bradicardia, reduz força de contração e 
constringe artérias coronárias, poupando energia 
entre períodos de maior demanda; fibras parass. pós-
ganglionares liberam acetilcolina, que se liga a 
receptores muscarínicos para reduzir frequências de 
despolarização das células marca-passo e a 
condução AV e diminuir contratilidade atrial 
 
Perguntas: 
1-Quais vasos delimitam os seios transverso e oblíquo do 
pericárdio? 
2-O que delimita o mediastino em superior e inferior e o 
que delimita o mediastino em anterior, médio e posterior? 
3-Quais estruturas desembocam no átrio direito e quais 
estruturas desembocam no átrio esquerdo? 
4-Diferencie a trabécula septomarginal das trabéculas 
cárneas 
.5-Qual câmara cardíaca forma a face esternocostal do 
coração? 
6-Quais são os ramos da coronária esquerda? 
 
1- Seio transverso é um recesso (espaço) que se 
localiza atrás da aorta e do tronco pulmonar e na 
frente da veia cava superior; durante sangramento 
da aorta, ao colocar o dedo nesse seio é possível 
parar o sangramento por uns instantes; o seio 
oblíquo é um recesso em fundo cego que se localiza 
atrás do pericárdio, os vasos fazem pressão do 
pericárdio para dentro e delimitam esse seio: 4 veias 
pulmonares e veia cava inferior; há um tipo de 
massagem cardíaca = massagem cardíaca 
intratorácica, que é feita em situações em que a 
parede torácica for lacerada (ex), logo, a parte 
próxima do diafragma é aberta, a região da fixação 
do pericárdio ao diafragma é separada. No meio de 
uma cirurgia ou a caminho do hospital essa 
massagem pode ser realizada 
2- A linha imaginária, chamada de plano transverso do 
tórax delimita o mediastino em inferior e superior. Ele 
passa entre o disco intervertebral entre T4 e T5 
até o ângulo do esterno; a serosa que envolve o 
coração (pericárdio) divide o mediastino inferior em 
médio, anterior e posterior. Pericárdio e coração 
estão no m. médio. O mediastino anterior só possui 
alguns veias e tecido adiposo 
3- No átrio direito a veia cava superior, a veia cava 
inferior e seio coronário; no átrio esquerdo 4 veias 
pulmonares 
4- A trabécula septomarginal existe no ventrículo direito 
somente, é uma trave muscular que sai do septo 
interventricular e vai em direção a margem do 
coração, dando carona ao ramo direito, conduzindo-
o. Fascículo átrio-ventricular se divide em ramo 
direito e esquerdo. Do lado direito é o miocárdio é 
fino, e no esquerdo é grosso (não precisando dessa 
trabécula); a trabécula cárnea é a rugosidade que 
existe na parte interna dos 2 ventrículos. Essa 
rugosidade existe porque a fibra muscular cardíaca é 
em espiral, logo, as fibras terminam em “nós”, o que 
vai formar essa rugosidade 
5- Face esternocostal = face anterior. Ventrículo direito 
6- Ramo interventricular anterior (fica na parte anterior 
do coração) e ramo circunflexo (circula o coração) 
 
• Valvas tricúspide e bicúspide, depois de formadas, se 
mantém fechadas durante toda a gestação? Na vida 
intrauterina por volta de 6-8 semanas o coração 
começa a bater, e essa valvas se formam nesse 
momento. O forame oval é um meio pelo qual o 
sangue passa do átrio direito para o esquerdo. A 
comunicação canal arterial é uma comunicação entre 
a artéria pulmonar esquerda e a aorta. O sangue que 
chega no ventrículo direito (ao invés de passar no 
forame) e vai para a aorta através do canal arterial. 
No nascimento essa comunicação também se fecha, 
e se forma o ligamento arterioso (remanescente 
desse canal arterial). O PCA (persistência do canal 
arterial), sobrecarrega o coração, e precisa ser 
operado 
 
Mediastino Superior e Grandes vasos 
• O mediastino, ocupado pela massa de tecido entre 2 
cavidades pulmonares, é o compartimento central da 
cavidade torácica; 
• O mediastino superior situa-se superiormente ao 
plano transverso do tórax; em direção 
anteroposterior seu conteúdo é: 
• Timo; grandes vasos, com veia braquiocefálica e 
VCS, arco da aorta e raízes de seus principais ramos 
(tronco braquiocefálico, art. carótida comum 
esquerda e art. subclávia esquerda); nervos vago e 
frênico e o plexo cardíaco de nervos; ducto torácico 
e troncos linfáticos; vísceras cervicais (traqueia e 
esôfago) e nervo laríngeo recorrente esquerdo 
 
Mediastino Posterior: 
• Fica localizado inferiormente ao plano transverso do 
tórax, anteriormente às vértebras T5-T12, 
posteriormente ao pericárdio e ao diafragma e entre 
a pleura parietal dos 2 pulmões 
• Contém a parte torácica da aorta; o ducto torácico 
e os troncos linfáticos, os linfonodos mediastinais 
posteriores, as veias ázigo e hemiázigo, o esôfago e 
o plexo nervoso esofágico 
 
Mediastino anterior: 
• Situa-se entre o corpo do esterno e os m. 
transversos do tórax e o pericárdio posteriormente; 
é contínuo com o mediastino superior no ângulo do 
esterno e é limitado inferiormente pelo diafragma 
• É formado por tecido conjuntivo frouxo; gordura; 
vasos linfáticos; linfonodos e ramos dos vasos 
torácicos internos 
 
❖ Níveis das vísceras em relação as divisões do 
mediastino: o nível das vísceras em relação as 
subdivisões do mediastino depende da posição da 
pessoa (gravidade); quando uma pessoa está em 
decúbito dorsal, as vísceras estão em posição mais 
alta (superior); a gravidade puxa as vísceras para 
baixo quando estamos na posição vertical 
❖ Mediastinoscopia e biópsias do mediastino: ao induzir 
o endoscópio por uma incisão na raiz do pescoço, 
superior à incisura jugular do manúbrio, anterior a 
traqueia; na mediastinoscopia, cirurgiões podem ver 
ou biopsiar linfonodos mediastinais para investigar 
metástase de células cancerosas 
❖ Alargamento do mediastino: qualquer estrutura no 
mediastino pode contribuir para o alargamento 
patológico, frequente após trauma na cabeça, por 
ex, que causa hemorragia no mediastino pela ruptura 
de grandes vasos como a aorta ou a VCS; o linfoma 
maligno causa grande aumento dos linfonodos 
mediastinais e tal alargamento; a hipertrofia do 
coração é uma causa comum do alargamento do 
mediastino inferior

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