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SCAPS 2- 02/10/20 Vigilância em Saúde Questões norteadoras →Como ocorre a vigilância em saúde em um território? →Quais são as áreas de atuação da vigilância em saúde? → Quais são as áreas de vigilância em saúde que foram visualizadas no território de sua UBS? →Quais são as áreas de atuação da vigilância sanitária em um território? →Como a vigilância sanitária pode contribuir para o controle das doenças e agravos à saúde? →Quais são os atributos essenciais da atenção primária? E os atributos derivados? VIGILÂNCIA EM SAÚDE ➱VIGILÂNCOA: Observar atentamente, estar atento a atentar em estar de sentinela, procurar, campear, cuidar, precaver-se, acautelar-se ➱SAÚDE: O mais completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença. Um olhar a partir de determinantes sociais!! Logo, os determinantes sociais INFLUENCIAM as questões relacionadas a saúde. Qual é o campo de observação? TERRITÓRIO: país > estado > município ➱Vigilância é a OBERVAÇÃO CONTÍNUA (não apenas em um dado momento e sim sua evolução) da distribuição e TENDÊNCIAS da incidência (agravos/melhora) de doenças mediante a COLETA SISTEMÁTICA, consolidação e avaliação de informes de morbidade e mortalidade. →Assim como de outros dados RELEVANTES, e a REGULAR disseminação dessas informações a todos os que necessitam conhecê-la Langmuir, 1963 ➱Constitui-se em um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde, visando o PLANEJAMENTO e a IMPLEMENTAÇÃO de medidas de saúde pública para a PROTEÇÃO da saúde da população, a PREVENÇÃO e CONTROLE de RISCOS, agravos e doenças, bem como para a PROMOÇÃO da SAÚDE. MS, Portaria 3.252/2009 ➱Analisar PERMANENTEMENTE a SITUAÇÃO de saúde da população, articulando-se num CONJUNTO de AÇÕES que se destinam a CONTROLAR DETERMINANTES, RISCOS e DANOS à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo a INTEGRALIDADE da ATENÇÃO, o que inclui tanto a abordagem INDIVIDUAL como COLETIVA dos PROBLEMAS de saúde. MS, Portaria 3.252/2009 Na Prática ✓ IDENTIFICAR PROBLEMAS de saúde pública. ✓ Detectar EPIDEMIAS. ✓ DOCUMENTAR a DISSEMINAÇÃO de doenças. ✓ Identificar FATORES de RISCO que envolvem a ocorrência de DOENÇAS. ✓ Recomendar medidas necessárias para PREVENIR ou CONTROLAR a ocorrência de específicos AGRAVOS à saúde. ✓ Avaliar o IMPACTO de MEDIDAS de INTERVENÇÃO por meio de COLETA e ANÁLISE SISTEMÁTICA de INFORMAÇÕES. →Em 2003 o MINISTÉRIO DA SAÚDE, faz a criação da SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE →Reúne todas as ações da vigilância em saúde em uma única estrutura e a coordenação das ações é compartilhada com os gestores estaduais e municipais. →Essa PORTARIA trouxe uma divisão entre 6 áreas. →Em 22 de dezembro de 2009, o Ministério da Saúde publicou a Portaria GM n. 3.252 que aprova as diretrizes para execução e financiamento das ações de vigilância em saúde, define os seus componentes como sendo: →Em 2008: foi atualizado para 4 áreas. Vigilância em Saúde no SUS PORTARIA 1378/2013 (Revoga a Portaria 3252/2009) Art 3º: As ações de Vigilância em Saúde são COORDENADAS com as demais ações e serviços desenvolvidos e ofertados no Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir a INTEGRALIDADE da atenção à saúde da população. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ➱É um conjunto de ações direcionadas para o conhecimento, a DETECÇÃO ou PREVENÇÃO de qualquer MUDANÇA nos FATORES DETERMINANTES e CONDIONANTES de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de RECOMENDAR e ADOTAR as medidas de PREVENÇÃO e CONTROLE das doenças ou agravos. 1-VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 2-PROMOÇÃO DE SAÚDE 3-VIGILÂNCIA DA SITUAÇÃO DE SAÚDE 4-VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL 5-VIGILÂNCIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR 6-VIGILÂNCIA SANITÁRIA NÚCLEOS DE AÇÃO da vigilância epidemiológica: →Doenças TRANSMISSIVEIS →Doenças NÃO TRANSMISSIVEIS →IMUNIZAÇÃO FUNÇÕES: ✓ COLETAR, PROCESSAR e INTERPRETAR dados; ✓ Promover AÇÕES de CONTROLE e recomendar MEDIDAS de controle apropriadas; ✓ Avaliar a EFETIVIDADE das medidas de controle (consciência de cuidado) ✓ DIVULGAÇÕES de INFORMAÇÕES pertinentes. Notificação Compulsória ➱Uso da NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA: nada mais é do que a COMUNICAÇÃO OBRIGATÓRIA à AUTORIDADE de saúde. →Sendo realizada pelos MÉDICOS, PROFISSIONAIS de SAÚDE ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a OCORRÊNCIA de SUSPEITA ou CONFIRMAÇÃO de doença, AGRAVO ou EVENTO de saúde pública. →São descritos na Lista Nacional de Notificação Compulsoria, podendo ser IMEDIATA ou SEMANAL. As doenças e agravos relacionados devem ser prontamente notificados pelas: Secretaria MUNICIPAL de Saúde ↓ Secretaria ESTADUAL de Saúde ↓ MINISTÉRIO da Saúde Sinan ➱SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO – SINAN: tem por objetivo o REGISTRO e PROCESSAMENTO dos DADOS sobre AGRAVOS de NOTIFICAÇÃO em todo o TERRITÓRIO NACIONAL, fornecendo INFORMAÇÕES para ANÁLISE do PERFIL da MORBIDADE e contribuindo, desta forma, para a tomada de DECISÕES em NÍVEL MUNICIPAL, ESTADUAL e FEDERAL. →A partir da alimentação do banco de dados do SINAN, pode- se calcular indicadores epidemiológicos de incidência, prevalência, letalidade e mortalidade Pode também, a partir dos indicadores: ✓ Realizar ANÁLISES, de acordo com as CARACTERÍSTICAS de PESSOA, TEMPO e LUGAR, particularmente, no que tange às DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS de notificação obrigatória ✓ Avaliar a QUALIDADE dos dados. ✓ Avaliar as INTERVENÇÕES. PROMOÇÃO DA SAÚDE ➱Conjunto de intervenções individuais, coletivas e ambientais responsáveis pela atuação sobre os determinantes sociais da saúde VIGILÂNCIA EM SITUAÇÃO DE SAÚDE ➱Desenvolve ações de monitoramento contínuo do País, Estado, Região, Município ou áreas de abrangência de equipes de atenção à saúde, por estudos e análises que identifiquem e expliquem problemas de saúde e o comportamento dos principais indicadores de saúde, contribuindo para um planejamento de saúde mais abrangente VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL ➱Conjunto de ações que propiciam o CONHECIMENTO e a DETECÇÃO de MUDANÇA nos FATORES DETERMINANTES e CONDICIONANTES do MEIO AMBIENTE que INTERFEREM na SAÚDE humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde. EXEMPLOS: Rompimento da barragem de rejeitos do Fundão, em Mariana (MG) - novembro de 2015 - Quais as implicações para a saúde? – AMBIENTAIS, SOCIAIS, ECONOMICOS, EMOCIONAL. Podendo ser QUÍMICOS também: como o césio37 VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR ➱Visa à PROMOÇÃO da SAÚDE e à REDUÇÃO da MORBIMORTABILIDADE da população trabalhadora, por meio da INTEGRAÇÃO de AÇÕES que intervenham nos agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processos produtivos VIGILÂNCIA SANITÁRIA ➱ Conjunto de ações capazes de ELIMINAR, DIMINUIR ou PREVENIR RISCOS à SAÚDE e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da PRODUÇÃO e CIRCULAÇÃO de BENS e da PRESTAÇÃO de SERVIÇOS do interesse da saúde, abrangendo o controle de BENS de CONSUMO, que direta ou indiretamente se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo, e o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. EXEMPLOS: alimentos ofertados em restaurantes, farmácias a circulação e armazenamento de remédios, serviços de saúde e sua organização para que não sejam produtores de danos, todas as etapas da produção ao consumo. →AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA: Promotora da PROTEÇÃO da saúde da população por intermédio do controle sanitário da PRODUÇÃO e da COMERCIALIZAÇÃO de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos AMBIENTES,dos PROCESSOS, dos INSUMOS e das TECNOLOGIAS a eles relacionadas, bem como o controle de portos, aeroportos e fronteiras (TRANSPORTE) →Tem um poder de POLÍCIA, pode INTERDITAR e fechar lojas/produtores etc. →NOTIVISA: é um sistema informatizado desenvolvido pela Anvisa para receber notificações de incidentes, eventos adversos e queixas técnicas relacionadas ao uso de produtos e de serviços sob vigilância sanitária. REFLEXÃO →Ações de vigilância epidemiológica, ambiental etc. Só se fazem nas divisões institucionalizadas? →Seria então a Vigilância em Saúde uma somatória das atividades das “Vigilâncias” institucionais? NÃO!!!!!! Um enfermeiro da “ESF do Rochedale” pode observar e intervir no território sobre riscos relacionados à saúde ambiental (zoonoses, descarte de resíduos, terrenos abandonados, criadouros de mosquitos). Um enfermeiro da “UBS da Vila dos Remédios” pode observar e identificar, durante um atendimento, agravos relacionados ao trabalho do usuário – e incluir esta questão no plano de cuidados Um enfermeiro no “Hospital Antonio Giglio” está fazendo vigilância epidemiológica quando identifica e descreve casos de infecção hospitalar; e adota medidas para prevenção e controle deste tipo de agravo O OLHAR DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE ➱ Opera com o raciocínio EPIDEMIOLÓGICO, buscando compreender os ELEMENTOS da REALIDADE para identificar riscos e intervir para prevenir danos. ➱ RISCO e DANO: É a possibilidade de que um evento ocorra e a consequência que ele pode causar. →É um arcabouço importante para as AÇÕES da ATENÇÃO BÁSICA! →É uma PROPOSTA DE MODELO DE CUIDADO Que Vigilância é essa que estamos falando? →Aquela que CUIDA DE PESSOAS/CONTROLA DOENÇAS →Aquela que VIGIA →Aquela que QUALIFICA →Aquela que MONITORA →Aquela que INFORMA →Aquela que DECIDE Qual das três concepções define melhor a Vigilância em Saúde? VIGILANCIA EM SAUDE COMO VIGILANCIA EM SAUDE COMO VIGILANCIA EM SAUDE COMO Análise de situações de saúde Proposta de “integração” institucional entre a Vigilância e epidemiológica e a Vigilância sanitária Uma proposta de redefinição das práticas sanitárias CONCLUSÕES TEMPORÁRIAS ➱ A vigilância em saúde é um modo de agir e pensar! ➱ Fundamentada em diferentes disciplinas (epidemiologia, geografia, gestão,ciências sociais, pedagogia,comunicação) ➱ Vigilância em saúde recorre a uma ASSOCIAÇÃO de TECNOLOGIAS (materiais e não materiais) para enfrentar PROBLEMAS (danos e riscos), NECESSIDADES e determinantes sócio-ambientais da saúde. Que estratégias adotar para a integração das diferentes áreas da Vigilância em Saúde na Atenção Básica? →Vigilância EPIDEMIOLÓGICA (doenças transmissíveis e não transmissíveis); →Vigilância AMBIENTAL em Saúde (exposições ambientais) →Vigilância SANITÁRIA (vigilância de agentes químicos, físicos e biológicos que possam causar doenças ou agravos); →Vigilância da Saúde do TRABALHADOR (vigilância das condições e ambientes de trabalho que possam causar doenças ou agravos à saúde). ➱ “Vigilância em todas as políticas de saúde” - superar a fragmentação vigilância – programas – planejamento - atenção ➱ Modelos FLEXÍVEIS e AMPLOS de capacitação para os PROFISSIONAIS do SUS (não apenas os de VS, mas todos os que participam do processo) REFERÊNCIAS 1. Vidor,A.C.Vigilância em saúde. In:Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática/ Organizadores, Gustavo Gusso, José Mauro Ceratti Lopes. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed, 2012. 2. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria MS/GM nº 3.252, de 22 de dezembro de 2009: Aprova as diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios e dá outras providências. Diário Oficial da União, 2009. 3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúd: volume unico / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. – 1. ed. atual. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017 4. Brasil. Ministério da Saúde - http://portalms.saude.gov.br
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