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Terapia Ocupacional Contribuições ao SUAS Volume II Crefito2 CARTILHA

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Terapia Ocupacional
na Assistência Social (SUAS)na Assistência Social (
Volume 2 • Setembro 2015
 Coletânea: Terapia Ocupacional e o SUAS
 Câmara Técnica da Terapia Ocupacional da 2ª Região - Cre� to-2
 Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 2ª Região - Cre� to-2
TeRAPIA OCUPACIOnAl
 nA AssIsTÊnCIA sOCIAl
Organizadores
José Naum de Mesquita Chagas
Denise Dias Barros 
Marta Carvalho de almeida 
samira lima da Costa
Publicação em material impresso: iniciativa da Câmara técnica de terapia ocupacio-
nal em Contextos sociais do CreFito-2.
ABRATO – Associação Brasileira 
dos Terapeutas Ocupacionais
Projeto METUIA USP/UFSCar
Realização
2015
apoio: 
 reNeto - rede Nacional de ensino e Pesquisa em terapia ocupacional
 aBrato - associação Brasileira dos terapeutas ocupacionais
Chagas, José Naum de Mesquita; Barros, Denise Dias; alMeiDa, 
Marta Carvalho; Costa, samira lima de. 
Terapia Ocupacional na Assistência Social - José Naum de Mesquita 
Chagas, Denise Dias Barros, Marta Carvalho almeida, samira lima de 
(orgs)- rio de Janeiro, rJ CreFito2,2015
64p. ; 14,8x 21 cm. 
isBN 98-85-65118-04-0 
1. terapia ocupacional 2. assistência social 3. Parâmetros 4. atuação 
Profissional 5. serviços socioassistênciais.
COnselhO eDITORIAl
Monica Villaça gonçalves
Beatriz akemi takeiti
Camila santiago da rocha
ana Carolina santos de souza
Carla da silva santana
Terapia Ocupacional e Assistência Social |3
CRefITO-2 - Gestão 2015/2019
Diretoria
Presidente: Dra. regina Maria de Figueirôa
Vice-Presidente: Dr. omar luis rocha da silva
Diretora secretária: Dra. isis simões Menezes
Diretor tesoureiro: Dr. robson de Jesus Pavão
Conselheiros efetivos
Dr. Bruno Vilaça ribeiro
Dra. isis simões Menezes
Dr. Jorge luis da silva Nascimento
Dr. José antunes da Fonseca Filho
Dr. omar luis rocha da silva
Dra. Paula Maria Passos dos santos
Dra. regina Maria de Figueirôa
Dr. robson de Jesus Pavão
Dra. Valéria Martins Quintão rocha
Conselheiros suplentes
Dra. adalgisa ieda Maiworm Bromerschenckel
Dr. edson Virginio rodrigues
Dra. luciene abreu santos
Dra. Marisa Bacellar
Dr. odir de souza Carmo
Dra. Patrícia Valesca Ferreira Chaves
Dra. renata Campos Velasque
Dra. sandra Maria da silva Carneiro
sede Rio de Janeiro
rua Felix da Cunha, 41, tijuca, 
rio de Janeiro - rJ
CeP 20260-300
telefone: (21) 2169-2169
e-mail: Crefito2@crefito2.org.br
subsede sul fluminense / 
Volta Redonda - RJ
endereço: rua 18-B, 43, sala 405 - edifício Centro 
empresarial, Vila santa Cecília - Volta redonda - rJ. 
CeP: 27260-100. 
Veja o mapa.
telefone: (24) 3343-3930
e-mail: subsedevoltaredonda@crefito2.org.br
subsede norte fluminense / 
Campos dos Goytacazes - RJ
endereço: rua alvarenga Filho, 114, sala 607 - 
Condomínio CDt, Pelinca - Campos dos goytacazes 
- rJ. CeP: 28035-125. 
Veja o mapa.
telefone: (22) 3025-2580
e-mail: subsedecampos@crefito2.org.br
www.crefito2.org.br
Terapia Ocupacional e Assistência Social |5
sumário
InTRODUÇÃO
Terapia Ocupacional social: notas acerca das ações na Assistência social e 
para o desenvolvimento comunitário ......................................................... 8
Marta Carvalho de almeida, Carla regina silva soares, Denise Dias Barros, Débora galvani
TeRAPIA OCUPACIOnAl sOCIAl: COnTRIBUIÇÕes PARA ORIenTAR A 
ATUAÇÃO nO ÂMBITO DA POlÍTICA nACIOnAl De AssIsTÊnCIA sOCIAl .. 12
CAPÍTUlO 1
Terapia Ocupacional nos serviços de Proteção social Básica do sUAs ....... 13
Marta Carvalho de almeida, Carla regina silva soares, ana Paula serrata Malfitano, 
roseliesquerdo lopes, Fátima Correa oliver, ana Cristina Fagundes souto
1. serviço de Proteção e Atendimento Integral à família (PAIf) ........... 13
1.2. serviço de Convivência e fortalecimento de Vínculos ................... .16
- Descrição específica para crianças até 6 anos: ..................................................16
- Descrição específica para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos: .....................18
- Descrição específica para adolescentes de 15 a 17 anos: ...................................20
- Descrição específica para idosos: ......................................................................22
1.3. serviço de Proteção social Básica no Domicílio para Pessoas com 
Deficiência e Idosas ............................................................................ 23
CAPÍTUlO 2
Terapia Ocupacional nos serviços de Proteção social especial do sUAs - 
Média Complexidade ............................................................................... 27
Denise Dias Barros, samira lima da Costa, sandra Maria galheigo, Maria isabel garcez 
ghirardi, Patrícia leme de oliveira Borba, Marina Picazzio Perez, Marta aoki
2.1. serviço de Proteção e Atendimento especializado a famílias e 
Indivíduos (PAefI) .12 .......................................................................... 27
2.2. serviço especializado em Abordagem social ................................ 30
2.3. serviço de Proteção social a Adolescentes em Cumprimento de 
Medida socioeducativa de liberdade Assistida (lA) e de Prestação de 
serviços à Comunidade (PsC) .............................................................. 31
2.4. serviço de Proteção social especial para Pessoas com Deficiência, 
Idosas e suas famílias ........................................................................ 33
2.5. serviço especializado para Pessoas em situação de Rua .............. .34
CAPÍTUlO 3
Terapia Ocupacional nos serviços de Proteção social especial do sUAs - Alta
Complexidade ......................................................................................... 39
Maria do Carmo Castiglione, Carla regina silva, andréa Fedeger, Maria helena Morgani de 
almeida, Débora galvani, samira lima da Costa, evelin Cristina Cadrieskt ribeiro, José Naum 
Mesquita Chagas
3.1. serviço de Acolhimento Institucional nas modalidades: Abrigo 
Institucional, Casa-lar, Casa de Passagem e Residência Inclusiva ......... 39
3.2. serviço de Acolhimento em República ........................................... 43
Para jovens: .......................................................................................................43
Para adultos em processo de saída das ruas: .......................................................45
Para idosos: ......................................................................................................47
3.3. serviço de Acolhimento em família Acolhedora ............................ 48
3.4. serviço de Proteção em situações de Calamidades Públicas e de 
emergências ....................................................................................... 49
AneXO .................................................................................................... 51
Glossário de base para a Terapia Ocupacional na Assistência social
Marta Carvalho de almeida, Denise Dias Barros, Carla regina silva soares, Débora galvani
AneXO I
resolução Nº. 383/2010 ................................................................................................58
AneXO II
resolução Nº. 17/2011 ..................................................................................................62
8 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
Terapia Ocupacional social: notas acerca 
das ações na Assistência social e para o 
desenvolvimento comunitário
Marta Carvalho de almeida 
Carla regina silva soares 
Débora galvani
Denise Dias Barros
Nas últimas décadas, a terapia ocupacional tem se caracterizado por pro-
mover processos que oportunizam, estimulam e incrementam a participação so-
cial de pessoas, grupos sociais e comunidades que experimentam impedimentos 
ou se confrontam com obstáculos para realizar atividades significativas para si 
e para seu meio social. esses impedimentos caracterizam-se por suas conexões 
com problemáticas diversas, de ordem física, psíquica, cognitiva, sensorial ou so-
cial. assim, considerando que a participação em atividades significativas integra 
o exercício dos direitos de todos os homens, a terapiaocupacional vem criando e 
aplicando tecnologias orientadas para a autonomia e a emancipação desses seg-
mentos. suas ações são desenvolvidas por meio de metodologias que privilegiam o 
diálogo e o efetivo envolvimento das pessoas acompanhadas, no âmbito do plane-
jamento, da implementação e da discussão e construção partilhada das propostas 
de atenção às suas necessidades. a participação, bem como o protagonismo de 
pessoas e coletivos é, portanto, o componente essencial das práticas do terapeuta 
ocupacional, que opera com estratégias, processos e recursos para ampliá-la.
No Brasil, a profissão teve seu início concomitante à implantação dos cursos 
de formação profissional, ao final da década de 1950. tomando a realização de 
atividades enquanto elemento organizador do processo de intervenção ou acom-
InTRODUÇÃO
Terapia Ocupacional e Assistência Social |9
panhamento de indivíduos e grupos, a profissão transformou-se ao longo do 
tempo e desenvolveu reflexões e práticas apropriadas, tanto a meios urbanos 
como rurais, aos campos da saúde, da assistência social, da educação, do meio 
ambiente, da arte e da cultura. isso se deu de forma concomitante à consolida-
ção da atuação sobre diferentes condicionantes e diversas faces e dimensões dos 
processos que restringem as ações da pessoa e/ou dos coletivos e produzem a 
dissolução de vínculos com o social.
especialmente a partir da década de 1980, o acúmulo crítico possibilitou o de-
senvolvimento e a especialização em terapia ocupacional social. as raízes dessa 
abordagem se encontram ligadas a estudos e práticas desenvolvidas em 
processos de desinstitucionalização e de incentivo à participação e protagonismo 
social, por meio dos quais se tornou possível evidenciar um conjunto de contri-
buições significativas da profissão para a composição de ambientes pautados por 
ações potencializadoras do empoderamento pessoal e social. Dada essa direção, 
construída historicamente, verificou- se crescente atuação da terapia ocupacional 
social (ou terapia ocupacional nos Contextos sociais) junto a pessoas ou co-
letivos que vivenciam situações de vulnerabilidade social e encontram dificuldades 
para terem garantidos seus direitos e, consequentemente, suas reais oportunidades 
de participação na vida social.
É possível afirmar, portanto, que há algumas décadas os profissionais de tera-
pia ocupacional têm desenvolvido ações e práticas no âmbito da assistência social 
acompanhando, junto a outros profissionais, o projeto de consolidá-la enquanto 
política pública de universalização de direitos. Nesse processo, sempre histórico e 
coletivo, desenvolveu fundamentação e práticas que podem ser atualmente reco-
nhecidas em sua correspondência com os diferentes níveis de complexidade do 
sistema e os distintos serviços que os compõem. assim, espera-se que o reconhe-
cimento dos terapeutas ocupacionais enquanto profissionais habilitados a atender 
as especificidades dos serviços socioassistenciais, bem como a realizar funções de 
gestão no sistema Único de assistência social – oficializado na resolução CNas 
n.17, de 20.06.2011 – possibilite o incremento da diversidade de respostas ofe-
recidas às necessidades sociais da população, ampliando a efetividade das inter-
venções realizadas e o impacto social promovido pelos serviços socioassistenciais.
É importante destacar que a contribuição da terapia ocupacional pode ser es-
10 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
pecialmente relevante no que diz respeito à vida cotidiana das pessoas e grupos 
acompanhados, articulando suas expressões culturais e econômicas. Pesquisas de-
senvolvidas nesse campo têm contribuído para agregar complexidade à compreen-
são e ao manejo das atividades cotidianas enquanto operadoras da participação 
social, tendo em vista que, em terapia ocupacional, as atividades desenvolvidas 
junto a pessoas ou grupos não representam um fim em si mesmo e são alicerçadas 
na produção de sentidos e na construção da realidade social considerada em 
sua diversidade e complexidade. as atividades são elementos organizadores da 
abordagem profissional e, enquanto tecnologias de mediação sócio-ocupacional, 
podem embasar o desenvolvimento de processos de constituição ou reconstituição 
de identidades pessoais e coletivas, que incidem na transformação de percursos e 
histórias de vida (hábitos, modos de realização da vida cotidiana, saberes, co-
nhecimentos, desenvolvimento da vida econômica, ocupacional, comunicacio-
nal e expressiva de pessoas e coletivos). as ações da terapia ocupacional ativam 
elementos que permitem operar com a memória social e o imaginário coletivo en-
quanto componentes do processo de produção de conhecimentos e na formulação 
de projetos pessoais e coletivos. Desse modo, o universo sociocultural e histórico 
orienta a construção partilhada de soluções. em práticas com foco na esfera so-
ciocultural, a terapia ocupacional tem trabalhado no sentido de implementar es-
tratégias fundamentadas em soluções criativas e participativas para as demandas 
culturais da população, privilegiando sua inscrição territorial e o acesso aos meios 
de formação, criação, difusão e fruição artístico-cultural.
Finalmente, cabe dizer que, se tem sido evidente o compromisso da terapia ocu-
pacional brasileira com a construção de uma sociedade em que a igualdade entre 
os homens prevaleça nas mais distintas formas de interação e que a diversidade 
seja efetivamente enriquecedora para o conjunto social, muito ainda há que ser 
construído pelos profissionais no sentido de aprimorar criticamente sua interven-
ção. isso deverá ocorrer de modo concomitante à participação na construção de 
serviços, programas e ações efetivas da assistência social no sentido de combater 
as iniqüidades e promover a superação da tradição clientelista e patrimonialista 
que caracterizou a assistência social brasileira por longo período da nossa histó-
ria. Caberá grande esforço de todos os profissionais da assistência social para 
que o protagonismo da população seja constantemente estimulado, por meio das 
Terapia Ocupacional e Assistência Social |11
diferentes contribuições que advêm das distintas profissões. também nesse sentido, 
compreende-se que cabe aos terapeutas ocupacionais atuarem em consonância 
com a lógica do trabalho em rede, de forma a colaborar na construção das ações 
intersetoriais, potencializando parcerias e articulações.
Com vistas a contribuir nesse processo, buscou-se neste material elucidar ações 
da terapia ocupacional na assistência social, tomando-se por referência as dis-
tinções contidas na tipificação Nacional dos serviços socioassistenciais, que se 
orienta com base nos diferentes níveis de complexidade do sistema Único de as-
sistência social.
12 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
Terapia Ocupacional social: 
Contribuições Para Orientar a 
Atuação no Âmbito da Política 
nacional de Assistência social
Terapia Ocupacional e Assistência Social |13
Terapia Ocupacional nos serviços de Proteção 
social Básica do sUAs
Marta Carvalho de almeida 
Carla regina silva soares 
ana Paula serrata Malfitano 
roseli esquerdo lopes 
Fátima Correa oliver
ana Cristina Fagundes souto
1.1. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF)
O terapeuta ocupacional:
1. atua na prevenção da ruptura dos vínculos familiares e no seu fortalecimen-
to, promovendo sociabilidade que envolva o fazer em família, e/ou entre 
famílias, por meio de atividades grupais significativas no contexto das reali-
dades locais e para a família e seus membros;
2. atua na prevenção da ruptura de vínculos comunitários e no seu fortaleci-
mento, promovendo, por meio de atividades, experiências que propiciem 
o desenvolvimento ou ampliação das redes de suporte e de trocas sociais, 
afetivas, econômicas e de informações entre os participantes;
3. implementa processos de realização de atividades em família por meio das 
quaisseja valorizada a constituição de relações de interdependência e 
a consolidação de laços afetivos e sociais, de modo a estimular, manter e/
ou ampliar a capacidade protetiva das famílias;
CAPÍTUlO 1
14 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
4. Promove atividades que, enquanto tecnologias de mediação sócio-ocupacio-
nal, oferecem oportunidades para que os participantes se apropriem mate-
rial e simbolicamente de seus espaços de vida e convivência, exercitem seu 
protagonismo sobre estes e fortaleçam suas relações em redes sociais;
5. Desenvolve, por meio da proposição de atividades grupais e comunitárias, 
estratégias que impliquem no desencadeamento de processos de re-
constituição da memória, da história coletiva e da história das relações 
intergeracionais;
6. Promove experiências que possibilitam a identificação individual e coletiva 
de dificuldades e potencialidades de famílias, grupos e comunidades;
7. Desenvolve processos de constituição e reconstituição das histórias de vida 
dos sujeitos, bem como formas de expressão da memória coletiva;
 
8. Desenvolve ações de inclusão digital e de acesso às tecnologias de comuni-
cação e informação como ferramentas de empoderamento pessoal e social 
a serem aplicadas na reivindicação e exercício de direitos e na produção 
autoral das pessoas, grupos, famílias ou comunidades;
9. Propõe e implementa a realização de atividades que favorecem o acesso 
a experiências diversas de manifestações culturais, artísticas e expressivas, 
desportivas, ritualísticas, lingüísticas entre outras, bem como a consolidação 
de relações dialógicas pautadas pela cidadania e pelo reconhecimento do 
valor da diversidade de saberes;
10. atua na mediação e superação de conflitos entre membros das famílias e 
entre famílias e a comunidade, mediante a proposição de atividades grupais 
e comunitárias participativas em que haja interdependência no fazer;
Terapia Ocupacional e Assistência Social |15
11. realiza visitas domiciliares e acompanhamento de famílias para conheci-
mento de sua história ocupacional e de participação na comunidade em que 
habita, a fim de desenvolver estratégias de inclusão sociocomunitária e de 
pertencimento social, cultural e econômico;
12. Propicia a realização de atividades que valorizam os saberes, os modos de 
vida e os laços familiares e de apoio já existentes, oferecendo oportunidade 
para pessoas, famílias, grupos ou comunidades vivenciarem experiências de 
auto-valorização;
13. Disponibiliza seus conhecimentos, informações e tecnologias para auxiliar 
pessoas, famílias, grupos e comunidades na organização e sustentabilidade 
de sua vida cotidiana, no que diz respeito a suas atividades de vida diária e 
de vida prática;
14. Desenvolve atividades e estratégias de mediações sócio-ocupacionais, econômi-
cas e cooperativas ou outras formas associativas e/ou individuais de geração de 
renda, de produção de bens, de serviços e de valores sociais e culturais junto a 
pessoas, famílias, grupos e comunidades em situação de vulnerabilidade;
15. Constrói, em conjunto com as famílias, atividades de participação comunitária 
a fim de promover a conscientização da cidadania, dos deveres e direitos;
16. atua de maneira interdisciplinar na abordagem e atenção às famílias e na 
gestão de projetos e serviços;
17. auxilia na reorganização da vida cotidiana familiar, tendo em vista a poten-
cialização dos benefícios de proteção social obtidos;
18. estimula e opera com a participação e a adesão da população aos aconteci-
mentos locais que potencializem trocas comunitárias e permitam a formação 
16 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
de redes de suporte no território, bem como a apropriação dos recursos e 
dispositivos comunitários;
19. integra seu trabalho às iniciativas interdisciplinares dos serviços de proteção 
e atendimento integral à família.
 
1.2. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
- Descrição específica para crianças até 6 anos:
o terapeuta ocupacional:
20. atua no fortalecimento do vínculo familiar por meio da proposição de ativi-
dades grupais significativas para a família e seus membros e para o contexto 
das realidades locais, criando oportunidades para o fazer em família e para 
o incremento de suas relações;
21. atua no fortalecimento do vínculo familiar por meio da proposição de ativi-
dades significativas para a criança e sua família, que favoreçam o desenvol-
vimento das relações de cuidado;
22. Desenvolve atividades junto à família e às crianças que possibilitem e garan-
tam o pleno desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e social das crianças, 
bem como o respeito ao conjunto de seus direitos;
23. acompanha e estimula a criança em seu processo de desenvolvimento, res-
peitando a cultura e os modos de vida predominantes;
24. avalia, realiza e acompanha encaminhamentos para outros serviços que 
oferecem possibilidades de desenvolvimento das crianças, incluindo o in-
gresso e a frequência na escola, o convívio com outras crianças, o acesso a 
equipamentos de saúde, cultura, esporte e lazer da comunidade;
Terapia Ocupacional e Assistência Social |17
25. Valoriza as atividades lúdicas e as vivências de brincadeira em família 
e em comunidade como momentos privilegiados de fortalecimento de víncu-
los e de apropriação do espaço coletivo;
26. Promove a participação na vida familiar e comunitária de crianças com de-
ficiência, mediante a identificação de necessidades e demandas individuais 
e familiares, atuando no sentido de remover barreiras (atitudinais e físicas) e 
de buscar recursos para o desenvolvimento de potencialidades e de acesso 
aos direitos, considerando a valorização dos conhecimentos e recursos já 
existentes;
27. Promove atividades que favoreçam a participação e circulação social de crian-
ças com deficiência no território em que habitam e em diferentes espaços cul-
turais e sociais, favorecendo a expressão criativa e as trocas sociais essenciais 
para lidar com preconceitos, enfrentar estigmas e os processos de exclusão so-
cial deles derivados;
28. realiza atividades que sejam facilitadoras de trocas afetivas e sociais entre 
pais e filhos e entre membros da família (considerando todas as suas diferen-
tes composições), para ampliar experiências e para facilitar a superação de 
conflitos;
29. Desenvolve atividades (lúdicas, jogos, teatro, expressão artística, festas, entre 
outros) com efetiva participação das crianças da comunidade, promovendo, 
ao mesmo tempo, a conscientização da cidadania;
 
30. Promove experiências de troca sociais na comunidade, por meio de ativida-
des que favoreçam o reconhecimento da existência de questões comuns e a 
elaboração de soluções e ações partilhadas coletivamente.
18 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
- Descrição específica para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos:
o terapeuta ocupacional:
31. realiza atividades de acordo com as necessidades e demandas de cada 
momento da criança/adolescente, segundo as necessidades e singularidades 
de idade, gênero, língua, cultura, modos de vida, para:
- mediar relações entre as crianças/adolescentes e a comunidade, entre elas, 
os técnicos e o serviço e entre os serviços e a comunidade, como facilitado-
ras para a leitura das necessidades e das demandas;
- fortalecer redes de suporte e contribuir para a construção de relações em 
novas redes sociais, promovendo espaços de interdependência, além do 
protagonismo infantil e juvenil;
- favorecer o fortalecimento do vínculo familiar por meio de atividades sig-
nificativas para a criança e sua família, que envolvam o fazer em família e 
impliquem na reconstituição da história e identidade familiar;
- promover o acesso de crianças, adolescentes e jovens aos recursos dispo-
níveis na comunidade, tais como atividades de cultura, esporte, lazer, edu-
cação, além de festas, comemorações e diferentes formas socioculturais de 
expressão, que potencializem evalorizem o pertencimento e as identidades 
locais;
- criar condições para a participação das crianças e adolescentes com defici-
ência na vida familiar, coletiva e comunitária, identificando necessidades e 
demandas individuais e familiares, removendo barreiras (atitudinais e físicas) 
nos ambientes e territórios em que participam, como também buscando recur-
sos para o desenvolvimento de potencialidades e de acesso a direitos com a 
valorização dos conhecimentos e recursos já existentes;
Terapia Ocupacional e Assistência Social |19
- realizar atividades que sejam facilitadoras de trocas afetivas e sociais entre 
pais e filhos, entre membros da família (considerando todas as suas dife-
rentes composições), ampliando experiências e facilitando a superação de 
conflitos;
32. Desenvolve atividades (lúdicas, jogos, teatro, expressão artística, festas, entre 
outros) com efetiva participação das crianças e adolescentes na comunidade, 
promovendo, ao mesmo tempo, a conscientização da cidadania, de seus 
direitos e deveres;
33. Facilita o acesso às experiências diversas de manifestações culturais, artísti-
cas e expressivas, desportivas, ritualísticas, lingüísticas, entre outras;
34. Desenvolve iniciativas de cooperação com serviços e programas da 
saúde, da educação, da cultura e do esporte entre outras;
 
35. Promove atividades em grupos de adolescentes para facilitar as trocas rela-
cionais e auxiliar na construção de redes de apoio;
36. Promove atividades que favoreçam a participação e circulação social de 
crianças, adolescentes e jovens com deficiência no território em que ha-
bitam e em diferentes espaços culturais e sociais, favorecendo a expressão 
criativa e as trocas sociais essenciais para lidar com preconceitos, enfrentar 
estigmas e os processos de exclusão social deles derivados;
37. auxilia na organização da vida cotidiana e educacional de crianças e ado-
lescentes que se encontrem em situação de vulnerabilidade ou processos de 
fragilização de vínculos.
20 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
- Descrição específica para adolescentes de 15 a 17 anos:
o terapeuta ocupacional:
38. Fortalece o convívio familiar e comunitário por meio de inserção dos adoles-
centes em atividades da comunidade, tais como: atividades escolares, espor-
tivas, culturais, artísticas e de lazer, valorizando os saberes do adolescente e 
dos modos de vida locais;
39. Promove a iniciação de preparação dos adolescentes para o trabalho, a 
partir de grupos de conversa e discussão, atividades experimentais, grupos 
de construção de interesse e de trocas de saberes;
40. Promove estratégias e atividades em grupos de adolescentes para facilitar as 
trocas relacionais e auxiliar na construção de redes de apoio;
41. Constrói, com os adolescentes, atividades de participação comunitária a fim 
de promover a conscientização da cidadania, dos deveres e direitos.
42. Facilita o acesso de adolescentes às experiências diversas de manifestações 
culturais, artísticas e expressivas, desportivas, ritualísticas, lingüísticas, entre 
outras;
43. Constrói com os adolescentes e jovens, atividades de construção de itine-
rários e participação em territórios ampliados e, que se configurem como 
exercício do direito à cidade, particularmente nas metrópoles;
44. Promove a participação na vida familiar e comunitária de adolescentes com 
deficiência, identificando necessidades e demandas individuais e familiares, 
removendo barreiras (atitudinais e físicas) nos ambientes e territórios em 
que participam como também buscando recursos para o desenvolvimento 
de potencialidades e de acesso aos direitos com a valorização dos conheci-
mentos e recursos já existentes;
Terapia Ocupacional e Assistência Social |21
45. auxilia na organização da vida cotidiana e educacional de adolescentes 
e jovens que se encontrem em situação de vulnerabilidade ou processos de 
fragilização de vínculos;
46. Contribui para a elaboração dialogada de projetos de vida singulares, pro-
movendo as estratégias e atividades capazes de organizar a vida cotidiana, 
favorecer o pertencimento familiar e grupal e a adesão a um projeto de futu-
ro;
47. Desenvolve atividades potencializadoras de práticas identitárias;
 
48. Favorece a mediação de conflitos, mediante atividades grupais e comunitá-
rias que tematizem e problematizem tais conflitos, por meio da realização e 
participação em atividades significativas construídas de forma dialogada;
49. Valoriza processos e atividades em que haja interdependência no fazer;
50. Potencializa a capacidade do adolescente de ser protagonista nas ações de-
senvolvidas na comunidade, valorizando seus conhecimentos e a realização 
de atividades que façam sentido para ele;
51. Promove acesso às tecnologias de comunicação, informação, de inclusão 
digital, enquanto ferramentas de empoderamento dos adolescentes;
52. Promove atividades que favoreçam a participação e circulação social de 
adolescentes com deficiência no território em que habitam e em diferentes es-
paços culturais e sociais, favorecendo a expressão criativa e as trocas sociais 
essenciais para lidar com preconceitos, enfrentar estigmas e os processos de 
exclusão social deles derivados.
22 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
- Descrição específica para idosos:
o terapeuta ocupacional:
53. Promove atividades culturais, expressivas, esportivas, corporais, lúdicas e de 
convivência visando à valorização de saberes e habilidades e a criação de 
oportunidades para desenvolvimento de novos saberes e de trocas de conhe-
cimentos e experiências, além de ampliar e fortalecer redes de apoio;
54. Promove atividades e experiências que criam oportunidades para que o ido-
so exercite seu direito de escolha e decisão;
55. Desenvolve atividades que visam evitar ou reduzir o confinamento do idoso 
em domicílio;
56. Desenvolve atividades que visam à manutenção da autonomia e do envelhe-
cimento ativo, com vistas a postergar e/ou evitar a estadia em serviços de 
acolhida;
57. avalia e encaminha necessidades e demandas específicas, decorrentes do 
processo de envelhecimento, sempre que possível em conjunto com os idosos 
e/ou seus familiares;
58. Promove a convivência familiar com o idoso por meio do desenvolvimento 
de atividades que criam oportunidades para o respeito e valorização de sua 
experiência de vida;
59. Constrói com os idosos e/ou familiares e/ou seus cuidadores atividades de 
participação comunitária, a fim de promover a conscientização e exercício da 
cidadania;
60. Promove a convivência entre as diferentes faixas etárias de forma a 
prevenir e combater preconceitos entre as diversas gerações e a envolver o 
Terapia Ocupacional e Assistência Social |23
idoso na participação e protagonismo comunitário, valorizando sua presença 
na comunidade;
 
61. Desenvolve atividades e experiências que oferecem oportunidades para res-
gate, reconstrução e valorização da memória do idoso enquanto pessoa e 
também representante de uma geração, valorizando encontros intergeracio-
nais;
62. auxilia na organização da vida cotidiana, da vida prática e ocupacional 
de idosos, conhecendo necessidades e demandas individuais e familiares, 
contribuindo para o reconhecimento de barreiras (atitudinais e físicas) nos 
ambientes e territórios em que participam, como também buscando recursos 
para o desenvolvimento de potencialidades e de acesso a direitos, com a 
valorização dos conhecimentos e recursos já existentes.
1.3. Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas 
com Deficiência e Idosas
o terapeuta ocupacional:
63. Participa dos processos de identificação das famílias que têm pessoas com 
deficiências e/ou idosas entre seus membros, no território de abrangência 
do serviço, e no reconhecimento de sua inserção familiar e comunitária;
64. Promove visitas e acompanhamento domiciliar a pessoas com deficiências e/
ou idosas e suas famílias visandoa valorização de saberes e modos de vida, 
de laços familiares existentes e do diálogo permanente entre profissionais e 
moradores dos domicílios;
24 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
65. Constrói, juntamente com as famílias, processos de valorização das pessoas 
com deficiências e/ou idosas por meio da expressão e reconhecimento de 
suas histórias de vida familiar e individual e da valorização da memória 
familiar e das relações intergeracionais;
66. Possibilita que as pessoas com deficiência e seus familiares realizem ativi-
dades significativas, facilitadoras de trocas sociais e afetivas na família e na 
comunidade;
67. Desenvolve atividades que apóiem a pessoa com deficiência ou idosa no de-
senvolvimento de suas atividades da vida cotidiana valorizando seus pontos 
de vista e conhecimento;
68. Favorece a mediação de conflitos entre familiares, pessoas com deficiên-
cia e/ou idosas por meio de atividades grupais significativas, realizadas no 
domicílio e/ou na comunidade, onde os conflitos possam ser explicitados e 
problematizados;
69. Promove a participação na vida familiar e comunitária de pessoas com de-
ficiências e de idosos identificando necessidades e demandas individuais e 
familiares, removendo barreiras (atitudinais e físicas) nos ambientes e 
territórios em que participam, como também buscando recursos para o 
desenvolvimento de potencialidades;
70. Possibilita a participação e adesão das pessoas com deficiência e/ou 
idosas às atividades culturais, artísticas, educacionais e vocacionais realiza-
das na comunidade potencializando as trocas sociais e afetivas, bem como 
a circulação, visibilidade e os processos de inclusão social;
71. Promove atividades e cria alternativas para que as pessoas com deficiências e/
ou idosas e suas famílias possam acessar serviços de apoio, como transporte 
(habitual, especial ou adaptado), equipamentos de ajuda (cadeiras de ro-
das, aparelhos auditivos, andadores, órteses, próteses, entre outros), serviços 
Terapia Ocupacional e Assistência Social |25
de saúde, de habilitação ou de reabilitação; além de serviços de habitação, 
visando ao acesso aos direitos sociais estabelecidos;
72. identifica as pessoas com deficiência e/ou idosas em situação de vulnerabili-
dade pela fragilidade de vínculos familiares e sociais e/ou pela condição de 
deficiência, que necessitam de auxílio para desenvolvimento de atividade da 
vida cotidiana e para a manutenção da vida;
73. apóia e auxilia as pessoas com deficiência e/ou idosas e seus familiares na 
organização e desenvolvimento de atividades da vida cotidiana, de forma 
a evitar situações que propiciem acidentes, abandono, negligência e maus 
tratos, assim como outras situações de violência;
74. identifica e participa da criação de alternativas para lidar com famílias que 
vivem situações em que estão evidentes o abandono, a negligência e os maus 
tratos, assim como outras formas de violência entre seus familiares, inclusive 
as pessoas com deficiência e/ou idosas;
75. Contribui para a elaboração de plano de acompanhamento e desenvolvimento 
do idoso ou da pessoa com deficiência e para a construção de instrumentos de 
avaliação das ações e estratégias desenvolvidas nos serviços.
26 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
Terapia Ocupacional e Assistência Social |27
Terapia Ocupacional nos serviços de Proteção 
social especial do sUAs - Média Complexidade
Denise Dias Barros samira lima da Costa 
sandra Maria galheigo
Maria isabel garcez ghirardi
Patrícia leme de oliveira Borba
Marina Picazzio Perez
Marta aoki
2.1. Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e 
Indivíduos (PAEFI)
o terapeuta ocupacional:
76. atua no fortalecimento do vínculo familiar por meio da proposição de ativi-
dades grupais significativas no contexto das realidades locais e para a famí-
lia e seus membros, criando oportunidades para o fazer em família e para o 
incremento de suas relações;
77. Promove a construção ou reconstrução da história de vida familiar valori-
zando, por meio das atividades, as singularidades dos sujeitos e da família, 
considerando sua inserção na comunidade;
78. Desenvolve atividades com as famílias nas quais a interdependência do 
fazer oportunize o reconhecimento e o respeito aos direitos de cada um;
CAPÍTUlO 2
28 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
79. Desenvolve atividades e experiências com as famílias por meio das quais se 
oportunize o respeito à heterogeneidade e a vivência de relações horizontali-
zadas;
80. Desenvolve estratégias que impliquem em processos de reconstituição e ex-
pressão da memória, história coletiva, história das relações intergeracionais;
81. realiza atividades que facilitem aos indivíduos e às famílias o acesso a ex-
periências diversas de expressão, tais como culturais, artísticas, esportivas, 
ritualísticas, lingüísticas, entre outras;
82. Desenvolve atividades de inclusão digital e de acesso às tecnologias de co-
municação e informação, enquanto ferramentas de empoderamento dos in-
divíduos e famílias;
83. Promove atividades por meio das quais se reconstitui, valoriza e/ou ressig-
nifica os circuitos, os espaços de pertencimento e de mútuo reconhecimento 
individuais, grupais e familiares, fundamentais na história e nas práticas 
sociais, tanto urbanas quanto rurais;
84. auxilia na constituição de redes de suporte, valorizando os saberes, os mo-
dos de vida e os laços familiares e de apoio já existentes;
85. trabalha, por meio das atividades, a reconstrução de sentido, a valorização 
de potencialidades e conhecimentos, favorecendo as trocas afetivas, econômi-
cas e de redes de apoio, nas situações de crise pessoal e/ou coletiva;
 
86. Promove a construção e reorganização das atividades da vida cotidiana e 
da vida laborativa das famílias e indivíduos que vivenciam ou vivenciaram 
violações de direitos;
87. auxilia na elaboração de projetos de vida individuais e familiares;
Terapia Ocupacional e Assistência Social |29
88. Promove, por meio de atividades em grupo, do diálogo e do fazer, a com-
preensão de dinâmicas relacionais;
89. atua de modo a valorizar e cooperar com o trabalho em equipe multidisci-
plinar na abordagem e atenção às famílias;
90. Desenvolve metodologias para a reorganização da vida cotidiana familiar 
tendo em vista a potencialização dos benefícios obtidos;
91. auxilia os membros da família no encaminhamento e busca por trabalho;
92. Favorece as atividades em grupos comunitários voltados para a identificação 
conjunta dos potenciais econômicos das comunidades e das alternativas 
de geração de renda, relações de trocas materiais e simbólicas e de forma-
ção de valores;
93. Promove e incrementa a participação e adesão aos acontecimentos locais 
que potencializem as trocas em relação à vida em comunidade;
94. realiza atividades em grupo com as famílias para otimizar as trocas de co-
nhecimento;
95. Desenvolve atividades que permitam a mediação e superação de conflitos na 
família e entre famílias e comunidade;
96. Desenvolve junto com a família estratégias de criação e/ou fortalecimento de 
redes de suporte e de enfrentamento das dificuldades, com a constituição de 
relações dialógicas pautadas pela cidadania e pelo reconhecimento do valor 
da diversidade de saberes.
30 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
2.2. Serviço Especializado em Abordagem Social
o terapeuta ocupacional:
97. Participa da busca ativa no território a fim de identificar a incidência de tra-
balho infantil e outras formas de exploração, situação de rua (nas diferentes 
faixas etárias), produzindo a leitura de cada situação e sua especificidade, 
a fim de promover o acesso à benefícios e a rede assistencial;
98. Compõe equipe multidisciplinar e auxilia na elaboração de estratégias para 
lidar com situações-limite cotidianas e de emergência;
99. ativa e fortalece redes de apoio a fim de facilitar e efetivaro acesso a servi-
ços e bens necessários à situação emergencial e a manutenção da garantia 
de direitos;
100. auxilia no reconhecimento do território e na problematização de demandas 
emergenciais e suas intervenções;
101. elabora ações de reinserção comunitária em parceria com a rede de 
serviços territorial;
 
102. elabora ações de divulgação do trabalho realizado e de sensibilização da 
comunidade para o reconhecimento de situações-limite;
103. Desenvolve junto com a família e a comunidade estratégias de criação e/ou 
fortalecimento de redes de suporte e de enfrentamento das dificuldades.
Terapia Ocupacional e Assistência Social |31
2.3. Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento 
de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Presta-
ção de Serviços à Comunidade (PSC)
o terapeuta ocupacional:
104. Compreende o contexto do ato infracional e seu significado na trajetória de 
vida do(a) adolescente, compreendendo as atividades como tecnologias de 
mediação sócio- ocupacional e metodologia de leitura da dinâmica social 
para a construção de laços de confiança;
105. Contribui para a elaboração dialogada de projetos junto aos (às) adoles-
centes, focando as estratégias e atividades capazes de organizar a vida 
cotidiana, favorecer o pertencimento familiar e grupal e a adesão a um 
projeto de futuro não atrelado à prática do ato infracional;
106. Desenvolve atividades como instrumento de auto-valorização do adolescente, 
visando a ampliação dos espaços socioculturais e a emancipação pessoal e 
social;
107. Desenvolve atividades junto aos adolescentes que contribuam para a defesa 
e a conscientização de seus direitos e deveres;
108. Compõe equipe multidisciplinar e auxilia na criação de ofertas de ativida-
des coletivas e individuais que se alinhem às necessidades dos (as) adoles-
centes;
109. trabalha, por meio das atividades, a reconstrução de sentido, a valorização 
de potencialidades, habilidades e conhecimentos dos adolescentes, favorecen-
do as trocas afetivas e de confiança, e a constituição de redes sociais e de 
apoio;
32 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
110. auxilia na constituição de redes de suporte, valorizando os saberes, os modos 
de vida e os laços familiares e de apoio já existentes ao adolescente;
111. Colabora na construção de projetos que contemplem ações territoriais, uti-
lizando de serviços e equipamentos ofertados no próprio território, fortale-
cendo o pertencimento do (a) adolescente e sua adesão e permanência na 
escola e em cursos técnico- profissionalizantes, e a outras oportunidades que 
ampliem as perspectivas de projetos de futuro;
112. atua, conjuntamente com a rede de serviços de atenção aos adolescentes 
em geral, no sentido de favorecer o acolhimento e a compreensão sobre as 
questões mais específicas do ato infracional, circunscrevendo esta prática no 
interior da trajetória de vida do adolescente e, principalmente, como resulta-
do do atual cenário político-econômico-social brasileiro;
 
113. Busca parcerias que possam ser beneficiadas com as atividades advindas da 
prestação de serviço na comunidade, esclarecendo e divulgando seu 
caráter eminentemente educativo;
114. atua de modo a valorizar e cooperar com o trabalho em equipe multidisci-
plinar na abordagem e atenção aos adolescentes;
115. realiza atividades em grupo com as famílias, para otimizar as 
trocas de conhecimento, com vistas a esclarecer e refletir sobre temáticas 
que permeiam a situação específica do ato infracional, bem como as temáti-
cas da juventude;
116. Desenvolve junto com a família estratégias de criação e/ou fortalecimento 
de redes de suporte e de enfrentamento das dificuldades das famílias e dos 
adolescentes;
117. auxilia os membros da família na (re)construção da sua relação junto ao 
Terapia Ocupacional e Assistência Social |33
adolescente, com referência ao lugar de autoridade, responsabilidade e afe-
to dos pais ou responsáveis/tutores.
2.4. Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Defici-
ência, Idosas e suas Famílias
o terapeuta ocupacional:
118. atua com base na sua participação em discussões que se realizam no âm-
bito das políticas públicas, sobretudo quanto às ações voltadas a prevenir o 
abrigamento e a segregação de pessoas com deficiência, de pessoas idosas 
e de seus cuidadores;
119. organiza, juntamente com a comunidade e/ou movimentos sociais, fóruns 
de discussões que visem melhorar a inclusão e convivência de pessoas com 
deficiência e idosos em espaços da comunidade, na rede assistencial e em 
equipamentos culturais e sociais, bem como a diminuir as atitudes preconcei-
tuosas, discriminatórias e /ou violadoras de direitos;
120. Desenvolve, junto a pessoas com deficiência, idosos, suas famílias e/ou cui-
dadores, atividades que fortaleçam os vínculos, a convivência, o respeito 
mútuo e a interdependência;
121. realiza atividades em grupo com as famílias/cuidadores, com vistas a pro-
mover a reflexão e percepção das implicações advindas da necessidade de 
oferecer cuidados por tempo prolongado para um membro da família;
122. realiza atividades em grupo junto à pessoa com deficiência, ao idoso, sua 
família e/ou cuidadores, que ofereçam oportunidades de refletir sobre e/ou 
transformar suas atividades cotidianas no sentido de garantir a manutenção 
dos vínculos, evitar desgastes e modificar as condições que geram e perpetu-
am ações de violação de direitos;
34 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
123. Desenvolve atividades que atuem como instrumento de valorização das po-
tencialidades/capacidades das pessoas com deficiência, das pessoas idosas 
e de seus familiares/cuidadores;
 
124. auxilia no encaminhamento de pessoas com deficiência e idosos para equi-
pamentos de saúde, cultura, esporte e lazer da comunidade, visando promo-
ver o acesso aos seus direitos, a obtenção de recursos tais como transporte 
especial ou adaptado, e a aquisição de equipamentos de ajuda, como ca-
deira de rodas, órteses, andadores, entre outros;
125. realiza atividades junto ao idoso ou a pessoa com deficiência visando a di-
minuição da condição de dependência ou de seu agravamento, estimulando 
suas possibilidades de autonomia, bem como a de seus cuidadores;
126. Desenvolve atividades que promovem a criação e/ou expansão da rede de 
suporte social de pessoas com deficiência, idosos e seus familiares/cuida-
dores, visando apoiar a família , promover a diminuição das dificuldades 
que apresentam no âmbito das tarefas do cuidar e evitar a sobrecarga dos 
cuidadores;
127. auxilia na criação e manutenção de redes de suporte às pessoas com defici-
ência, idosos e seus familiares/cuidadores, estimulando o fortalecimento de 
vínculos entre estes e a comunidade por meio da realização de atividades;
2.5. Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua
o terapeuta ocupacional:
128. Promove atividades – como a projeção de filmes, debates, culinária, festas, 
entre outros – que sejam significativas e se constituam através do diálogo, 
considerando a heterogeneidade deste grupo social (gênero, idade, modos 
de viver a rua, entre outros) e as trajetórias de vida;
Terapia Ocupacional e Assistência Social |35
129. Facilita o contato inicial com pessoas em situação de rua, criando, desta 
forma, espaços potenciais para a troca de informações e para a expressão 
de necessidades individuais e coletivas;
130. Compreende suas trajetórias individuais e grupais, assim como as carac-
terísticas de sua circulação na cidade e as redes de serviços e apoios que 
utilizam;
131. Promove a leitura da demanda através da construção de um processo de 
interação no qual se criam laços de confiança, identificando conjuntamente 
necessidades, desejos e atividades que produzam sentido;
132. realiza o estudo e auxilia na organização da vida cotidiana, da vida prática 
e ocupacional de pessoas em situação de rua (no caso dejovens e adultos);
133. Favorece a inclusão digital e o acesso às tecnologias de comunicação e in-
formação;
134. elabora projetos de vida singulares, de forma dialogada, focando as estraté-
gias e atividades capazes de organizar a vida cotidiana, favorecer o perten-
cimento familiar (se for o caso), grupal e a adesão a um projeto de futuro;
135. Colabora na construção de projetos que contemplem ações territoriais, insti-
tucionais, familiares, grupais e individuais;
 
136. reconhece demandas específicas da experiência de vida nas ruas e as en-
caminha (se necessário acompanhá-las) para a rede de serviço, a partir do 
conhecimento de políticas setoriais e intersetoriais e dos recursos da comuni-
dade;
137. Promove a conscientização da cidadania, dos deveres e direitos;
36 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
138. Contribui com o desenvolvimento de sociabilidades;
139. Cria espaços de expressão individual e grupal, com o objetivo de valorizar 
e fortalecer as redes sociais e identitárias, compreendendo a importância da 
cultura nos espaços da rua para favorecer laços, relações e produzir media-
ção social;
140. trabalha a reconstrução de sentido, a valorização de potencialidades e co-
nhecimentos já existentes, favorece as trocas afetivas, econômicas e de redes 
de apoio, em situações de crise pessoal e/ou coletiva;
141. Constrói soluções para problemas comuns de forma partilhada;
142. Facilita a construção de espaços de encontro, articulação, produção e ex-
pressão cultural;
143. ativa e fortalece redes sociais no território como: espaços religiosos, de lazer 
e de formação, espaços de participação política, entre outros;
144. Colabora com o acesso às redes de serviços e projetos nas áreas da cul-
tura, saúde, educação, arte, esporte, orientação jurídica, reconhecendo e 
valorizando as escolhas e a produção de sentido nas trajetórias individuais, 
articulada a uma construção dialogada das necessidades;
145. trabalha com a participação e adesão aos acontecimentos no território e em 
circuitos de pertencimento, que potencializem as trocas em relação à vida em 
comunidade;
146. atua na construção de autonomia como processo de construção de redes de 
suporte;
147. Facilita o acesso às trocas econômicas e ao mercado formal de trabalho;
Terapia Ocupacional e Assistência Social |37
148. Constrói e desenvolve, com a equipe multiprofissional e com as pessoas em 
situação de rua, estratégias para lidar com situações-limite cotidianas e de 
emergência;
149. Compõe a equipe multiprofissional e coopera na elaboração e realização de 
ações interdisciplinares.
38 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
Terapia Ocupacional e Assistência Social |39
Terapia Ocupacional nos serviços de Proteção 
social especial do sUAs - Alta Complexidade
Maria do Carmo Castiglione 
Carla regina silva 
andréa Fedeger
Maria helena Morgani de almeida 
samira lima da Costa Débora galvani
evelin Cristina Cadrieskt ribeiro
José Naum Mesquita Chagas
3.1. Serviço de Acolhimento Institucional nas modalidades: Abrigo 
Institucional, Casa- Lar, Casa de Passagem e Residência Inclusiva
o terapeuta ocupacional:
150. Facilita e promove a organização cotidiana institucional, criando e valori-
zando os momentos de convívio e de trocas relacionais e de afeto;
151. elabora projetos singulares de vida de forma dialogada, focando as estraté-
gias e atividades capazes de organizar a vida cotidiana, favorecer o perten-
cimento familiar e grupal e a adesão a um projeto de futuro;
152. Desenvolve brincadeiras, jogos e atividades criativas como instrumentos im-
portantes para possibilitar a transformação de relações e de espaços indife-
renciados em espaços de acolhimento e de produção de vida;
153. elabora a grade de atividades institucionais internas do serviço de acolhi-
mento, ofertando alternativas de âmbito educacional, de lazer e de cultura 
CAPÍTUlO 3
40 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
para os acolhidos;
154. oferece atenção individualizada, de forma a contribuir para a comunica-
ção, expressão e elaboração de conflitos, lançando mão de atividades lúdi-
cas, artísticas, corporais, verbais, entre outras;
155. Promove atividades grupais que possibilitem o resgate e o registro da identi-
dade do sujeito, valorizando as singularidades e a história de cada um;
156. Constrói estratégias para lidar com situações-limite cotidianas e com mo-
mentos mais difíceis durante o período de acolhida e permanência na insti-
tuição;
157. Propõe e estabelece rotina rica em experiências e trocas, que favorecem o 
desenvolvimento emocional, afetivo, intelectual e cidadão;
158. Promove atividades grupais que facilitam a troca de experiências entre os 
técnicos da equipe e os usuários, visando colaborar com a organização da 
vida cotidiana do serviço de acolhimento, a convivência entre as pessoas 
envolvidas e o respeito às particularidades;
 
159. Promove o acesso a experiências diversas de expressão, tais como: 
culturais, artísticas, esportivas, ritualísticas, lingüísticas, entre outras;
160. oferece espaços individuais e grupais de escuta e acolhimento, com atenção 
especial às situações de violência vivenciadas;
161. Promove experiências de atividades lúdicas que auxiliem no desenvolvimen-
to infantil, no caso de crianças acolhidas;
162. estabelece espaços de diálogo e participação nas tarefas da casa, no caso 
de adolescentes acolhidos;
Terapia Ocupacional e Assistência Social |41
163. oferece espaços de apoio ao sofrimento e a discussão sobre os direitos da 
mulher, contribuindo para a ressignificação de seu momento e o delineamen-
to de novos projetos de futuro;
164. Desenvolve iniciativas voltadas à preparação dos adolescentes e adultos 
para o trabalho, a partir de grupos de conversa e discussão, atividades 
experimentais, grupos de construção de interesse e trocas de saberes e iden-
tificação dos circuitos de trocas econômicas;
165. Compõe a equipe multiprofissional e elabora ações interdisciplinares, além 
de refletir sobre o papel do técnico e suas responsabilidades durante o aco-
lhimento institucional;
166. Conhece o território e busca parcerias locais e iniciativas para a integração 
comunitária;
167. Colabora na construção de projetos que contemplem ações territoriais, insti-
tucionais, familiares, grupais e individuais;
168. identifica necessidades e desejos das pessoas de forma dialogada, conside-
rando suas trajetórias individuais e sociais;
169. Fortalece o convívio familiar e comunitário por meio de inserção e participa-
ção em atividades da comunidade, valorizando os saberes e modos de vida 
locais, reconstituindo as possibilidades de retorno à família, quando possível;
170. elabora a grade de atividades externas ao serviço de acolhimento, viabili-
zando ações no território, tais como: matrícula na escola, participação em 
atividades de cultura e lazer em equipamentos públicos, inserção em cursos 
profissionalizantes, acompanhamento em serviços de saúde, e outras de-
mandas individuais de cada acolhido;
42 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
171. envolve o adolescente na participação comunitária, a fim de promover a 
conscientização da cidadania, dos deveres e direitos;
172. Desenvolve ações voltadas para a organização da vida cotidiana e educa-
cional de crianças e adolescentes abrigados;
173. Contribui na construção do retorno da criança e do adolescente à sua família 
nuclear ou ampliada;
174. Promove atividades grupais que abordem o fortalecimento de vínculos e fa-
cilitem a dinâmica operativa da vida cotidiana institucional;
 
175. Promove atividades significativas que favoreçam a relação entre pais e filhos, 
objetivando recuperar e fortalecer os laços familiares e o estabelecimento de 
laços de confiança e solidariedade entre os membros da família;
176. acompanha o momento da visita de familiares, a fim de oferecer suporte a 
qualquer necessidade deste momento, utilizando atividadesque valorizem e 
facilitem a interação entre os membros da família;
177. atua na construção do projeto de saída do acolhimento;
178. encaminha, quando necessário, a pessoa para serviços de acolhi-
mento de permanência maior, garantindo sua proteção, bem como respei-
tando a manutenção de grupos familiares;
179. auxilia no processo de elaboração de pareceres técnicos sobre a situação 
social dos acolhidos, quando solicitada essa demanda à instituição;
180. Fundamenta a intervenção realizada na operacionalização de uma medida 
provisória e excepcional, tendo como base, no caso de crianças e adolescen-
tes, o artigo 101 do estatuto da Criança e do adolescente (eCa).
Terapia Ocupacional e Assistência Social |43
3.2. Serviço de Acolhimento em República
Para jovens:
o terapeuta ocupacional:
181. Colabora na construção do projeto de chegada do jovem na república;
182. Promove atividades grupais que abordem o fortalecimento de vínculos e fa-
cilitem a dinâmica operativa da vida cotidiana da república;
183. Promove atividades que favorecem a independência e a autonomia para a 
realização de forma compartilhada das atividades cotidianas na casa;
184. incentiva a participação dos jovens em atividades da república que facilitem 
as trocas, o convívio, apropriação do espaço e a gestão partilhada;
185. Valoriza e implementa processos e atividades em que haja interdependência 
no fazer;
186. oferece atenção individualizada aos jovens, de forma a contribuir 
para a comunicação, expressão e elaboração de conflitos;
187. elabora projetos singulares de vida de forma dialogada, focando as es-
tratégias e atividades capazes de organizar a vida cotidiana, favorecer o 
pertencimento e a adesão a um projeto de futuro;
188. encaminha e acompanha o jovem para auxílios específicos, relacionados às 
demais políticas setoriais (e intersetoriais), quando necessário;
189. oferece apoio para situações-limite, na busca de aportes para a manuten-
44 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
ção do jovem na república, bem como encaminhamentos para a vivência e 
superação dos conflitos;
 
190. Promove experiências destinadas à discussão das questões concernentes à 
juventude, abordando temáticas como: sexualidade, substâncias psicoativas, 
emprego e outras;
191. apóia a realização de atividades escolares, esportivas, culturais, artísticas e 
de lazer, estimulando o protagonismo dos jovens;
192. Promove grupos de discussão entre os jovens para facilitar as trocas relacio-
nais e auxiliar na construção de redes de apoio;
193. Favorece as trocas afetivas, econômicas e de informações por meio das ati-
vidades;
194. Desenvolve iniciativas que visem à preparação dos jovens para o trabalho e 
sua inserção produtiva, a partir de grupos de conversa e discussão, ativida-
des experimentais e grupos de construção de interesse;
195. Promove acesso às tecnologias de inclusão digital;
196. Discute e viabiliza projetos de vida para a saída da república;
197. encaminha e acompanha a inserção em cursos profissionalizantes e em ou-
tras possibilidades de ingresso no mundo do trabalho;
198. Fomenta alternativas legais de acesso à renda;
199. Desenvolve o conhecimento dos recursos do território ou da comunidade 
para criar formas de interação dos jovens em diferentes espaços sociais.
Terapia Ocupacional e Assistência Social |45
Para adultos em processo de saída das ruas:
200. Colabora na construção do projeto de chegada do adulto na república e 
facilita sua inserção na dinâmica da casa;
201. Constrói de forma dialogada a análise de suas necessidades e projetos de 
futuro;
202. realiza estudo e auxilia na organização da vida cotidiana, da vida 
prática e ocupacional dos moradores;
203. Desenvolve atividades culturais, de convivência, artísticas, esportivas, corpo-
rais, lúdicas, rodas de conversa, entre outros, que sejam significativas aos 
moradores, respeitem sua condição de adulto e sejam construídas de forma 
dialogada;
204. Colabora com a construção compartilhada das regras da república, respei-
tando as características culturais do grupo social;
205. Facilita o convívio, a dinâmica operativa da vida cotidiana da república e as 
trocas entre os moradores e entre moradores e técnicos;
206. Qualifica e potencializa espaços de encontros coletivos entre os moradores da 
república, favorecendo as trocas afetivas, econômicas e de informações;
 
207. Cria espaços de expressão individual e grupal, com o objetivo de valorizar 
e fortalecer as redes sociais e identitárias, compreendendo a importância da 
cultura nos espaços da rua para favorecer laços, relações e produzir media-
ção social;
208. trabalha a reconstrução de sentido, a valorização de potencialidades e co-
nhecimentos já existentes, favorece as trocas afetivas, econômicas e de redes 
apoio, em situações de crise pessoal e/ou coletiva;
46 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
209. Constrói formas alternativas de geração de renda e facilitar o acesso ao 
mercado formal de trabalho;
210. Favorece a inclusão digital e o acesso às tecnologias de comunicação e in-
formação;
211. Promove a conscientização da cidadania, dos deveres e direitos;
212. Contribui com o desenvolvimento de sociabilidades;
213. Constrói possibilidades de trocas entre os espaços da república e a comuni-
dade;
214. elabora projetos de vida singulares, de forma dialogada, focando as estraté-
gias e atividades capazes de organizar a vida cotidiana, favorecer o perten-
cimento familiar (se for o caso), grupal e a adesão à um projeto de futuro;
215. Colabora na construção de projetos que contemplem ações territoriais, insti-
tucionais, familiares, grupais e individuais;
216. reconhece demandas específicas da experiência de vida nas ruas (em espe-
cial da fase da construção da saída da situação de rua) e as encaminha (se 
necessário acompanhá-las) para a rede de serviço, a partir do conhecimento 
de políticas setoriais e dos recursos da comunidade;
217. Valoriza e implementa processos e atividades em que haja interdependência 
no fazer;
218. oferece atenção individualizada aos moradores, de forma a contribuir para 
a comunicação, expressão e elaboração de conflitos;
219. encaminha e acompanha o adulto para auxílios específicos, relacionados às 
demais políticas setoriais, quando necessário;
Terapia Ocupacional e Assistência Social |47
220. oferece apoio para situações-limite, na busca de aportes para a manuten-
ção da pessoa na república, bem como encaminhamentos para a vivência 
dos conflitos;
221. Discute e viabiliza projetos de vida para a saída da república;
222. encaminha e acompanha a inserção em cursos profissionalizantes e em ou-
tras possibilidades de permanência e de melhor qualificação no mercado de 
trabalho;
223. Desenvolve o conhecimento dos recursos do território ou da comunidade, de 
forma partilhada, para criar formas de interação dos moradores em diferen-
tes espaços sociais.
 
Para idosos:
224. Colabora na construção do projeto de chegada do idoso na república e faci-
lita sua inserção na dinâmica da casa, a partir da mobilização do potencial 
ativo e participativo do idoso;
225. Promove atividades sociais, culturais, de convivência, expressivas, corporais 
e de lazer significativas aos moradores, possibilitando a expressão, identifi-
cação e compartilhamento de necessidades individuais e coletivas;
226. Mobiliza recursos para a atenção aos idosos quanto às necessidades in-
dividuais e coletivas relativas à comunicação, expressão e elaboração de 
conflitos entre os moradores, favorecendo convívio e relações interpessoais 
e sociais satisfatórias.
227. identifica necessidades inerentes e específicas ao processo de envelhecimen-
to biopsicossocial, favorecendo uso de capacidades bem como redução e 
ajustes às limitações e restrições na participação em atividades na república;
48 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
228. Desenvolve atividadesque favoreçam a autonomia e a independência em 
atividades básicas e instrumentais da vida diária requeridas para manter-se 
na república e em comunidade;
229. avalia a indicação e acompanha o acesso a equipamentos de auto-ajuda em 
caso de dificuldades para a prática de atividades básicas e instrumentais da 
vida diária.
3.3. Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora
o terapeuta ocupacional:
230. Participa da escolha de crianças e adolescentes com perfil para in-
tegração ao Programa de Famílias acolhedoras, utilizando-se de recursos 
verbais e não-verbais para conhecimento da criança, do adolescente, bem 
como de sua família de origem;
231. Participa do cadastro e seleção de famílias candidatas a famílias acolhedo-
ras, utilizando as atividades como tecnologia de mediação sócio-ocupacio-
nal para seleção de tais famílias;
232. Compõe a equipe de recepção da criança ou do adolescente a ser encami-
nhado para a família acolhedora, lançando mão de recursos expressivos 
e lúdicos para o seu acolhimento;
233. Discute com a família acolhedora a reorganização da vida cotidiana a 
partir da chegada de uma nova criança ou adolescente;
234. auxilia a família acolhedora no acesso a serviços sociais para a nova criança 
ou adolescente, tais como ingresso na escola, participação em atividades 
locais de cultura e lazer, acesso a serviços de saúde e outros;
Terapia Ocupacional e Assistência Social |49
235. oferece aportes sociais para a família acolhedora, por meio da presença, 
suporte e respostas às demandas apresentadas;
 
236. acompanha as famílias de origem, com vistas a, quando possível, auxiliar no 
retorno da criança ou do adolescente;
237. encaminha os membros da família de origem para serviços socioassistenciais 
que ampliem suas redes de suporte;
238. auxilia a reorganização da vida cotidiana da família de origem para o 
retorno de seu filho.
3.4. Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e 
de Emergências
o terapeuta ocupacional:
239. Contribui para a avaliação de como desastres e/ou catástrofes afetam pes-
soas, grupos e comunidades;
240. Contribui para a análise das situações geradas por desastres e/ou catás-
trofes adotando perspectiva psicossocial comunitária e sociocrítica, e con-
siderando a comunidade atingida a partir dos contextos: sócio-histórico, 
geográfico, político, econômico, cultural e ambiental;
241. Colabora com a elaboração do Plano de emergência, a partir do mapea-
mento dos principais riscos presentes e emergenciais;
242. Contribui com o planejamento e a gestão de respostas globais às necessida-
des e demandas verificadas junto à população atingida, definindo priorida-
des de intervenção no seu âmbito profissional;
50 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
243. elabora planos de atenção específicos às populações mais vulneráveis, nas 
situações de calamidades, emergências e catástrofes;
244. atua com vistas a favorecer o acesso dos usuários do serviço à rede de ser-
viços socioassistenciais;
245. atua com vistas a promover o acesso dos usuários do serviço aos seus direi-
tos; Contribui para implantar e/ou criar ambiente digno e seguro em aloja-
mentos e ou moradias provisórias;
246. intervêm junto a pessoas, grupos e comunidades atingidas tendo como ferra-
mentas o cenário local dos desastres, articulando as ações e políticas relacio-
nadas, os sistemas de resposta às emergências (organizações nacionais e in-
ternacionais, civis e militares) de forma a integrar a intervenção humanitária;
247. Desenvolve atividades junto à população atingida de forma a estimular e 
favorecer o protagonismo pessoal e social na defesa de seus direitos e na 
elaboração e proposição de soluções para seus problemas;
248. Contribui para a integração das iniciativas socioassistenciais e as lideranças 
locais das comunidades a fim de promover e fortalecer as potencialidades 
presentes na própria região atingida ou nas proximidades dela;
 
249. realiza diagnóstico e avaliação acerca das atividades sócio-ocupacionais e 
necessidades ocupacionais imediatas de pessoas, grupos e da comunidade;
250. identifica e intervém sobre os problemas inerentes às atividades da vida co-
tidiana de pessoas, grupos e comunidades atingidas, de modo a favorecer 
sua reorganização e realização;
251. Favorece a organização da vida cotidiana, familiar e social em situações de 
acolhimento provisório, abordando cuidados pessoais, repouso, alimenta-
ção, sociabilidade e lazer.
Terapia Ocupacional e Assistência Social |51
252. Utiliza atividades como tecnologia de mediação socioassistencial para pro-
mover a reconstituição e reconstrução de pessoas e da vida comunitária das 
comunidades atingidas;
253. Promove a convivência familiar e comunitária por meio do desenvolvimento 
de atividades significativas e apropriadas ao contexto;
254. Desenvolve atividades que visam à manutenção das redes sociais da popu-
lação atingida;
255. Promove, por meio de atividades, a identificação individual e coletiva das 
redes de
256. apoio e sua ativação de acordo com as necessidades verificadas;
257. Mobiliza e organiza grupos comunitários para o desenvolvimento de ações 
coletivas solidárias;
258. orienta famílias, educadores e profissionais envolvidos no acolhi-
mento de desalojados, desabrigados e atingidos indiretamente pelos de-
sastres para que colaborem com a minimização dos efeitos negativos das 
situações disruptivas.
52 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
GlOssÁRIO De BAse PARA A TeRAPIA 
OCUPACIOnAl nA AssIsTÊnCIA sOCIAl
Marta Carvalho de almeida
Denise Dias Barros
samira lima da Costa
Carla regina silva soares 
Débora galvani
Acessibilidade
Possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento 
para a utilização de edificações, espaço, mobiliário, equipamento 
urbano e outros elementos, com segurança e autonomia. Diz respeito 
a todas as parcelas da população de uma determinada sociedade, 
abrangendo o acesso físico e de comunicação.
Atividades 
humanas
Conjunto de ações significativas, comunicativas e relacionais que cons-
titui práticas histórico-culturais, integra a história, as trajetórias, a me-
mória e o imaginário coletivo ou individual, e pode ser expressão de 
pessoas, grupos, coletivos, comunidades e sociedades. estão relacio-
nadas às questões básicas e complexas da existência e à subjetividade 
inerente ao homem. são realizadas e significadas em um campo cultu-
ral, no qual, por meio de sua realização, o ser humano se apropria da 
cultura, ao mesmo tempo em que se objetiva nela, tornando-se sujeito. 
elemento centralizador e orientador da construção dos processos de in-
tervenção de terapia ocupacional, a atividade é desenvolvida enquanto 
tecnologia de mediação sócio-ocupacional para favorecer e 
viabilizar o bem-estar e o desenvolvimento humano com autonomia na 
vida cotidiana, a emancipação e o pertencimento social, bem como 
o desenvolvimento socioambiental, educativo, econômico e cultural de 
grupos e comunidades.
Atividade
de vida 
diária (AVDs)
são atividades consideradas fundamentais para viver no mun-
do social, permitindo a sobrevivência básica e o bem-estar de pessoas 
e coletivos. segundo resolução 316/2006 do CoFFito, abrangem a 
mobilidade funcional, os cuidados pessoais, a comunicação funcional, 
a administração de hardware e dispositivos ambientais e a expressão 
sexual. são comuns entre indivíduos de determinado contexto social, es-
tando relacionadas a rotinas formais desenvolvidas enquanto práticas 
histórico-culturais. Podem ser chamadas de atividades Básicas de Vida 
Diária (aBVD) e atividades Pessoais da Vida Diária (aPVD).
AneXO
Terapia Ocupacional e Assistência Social |53
Atividades 
Instrumentais 
de Vida 
Diária (AIVD)
atividades que apóiam a vida diária dentro de casa e na comuni-
dade e que, frequentemente, requerem complexidade de interações. 
segundo a resolução 316/2006 do CoFFito, incluem a administra-
ção domésticae as capacidades para a vida em comunidade. são 
comuns entre indivíduos de determinado contexto social, estando 
relacionadas a rotinas formais desenvolvidas enquanto práticas 
histórico-culturais. Podem ser chamadas de atividades de Vida Prática 
(aVPs).
Vida 
Cotidiana
o termo expressa a existência de um âmbito da vida que se caracteri-
za pela presença de hábitos, repetições e regularidades das ativi-
dades realizadas, sendo estas a sustentação da reprodução essencial 
da vida social, cultural e econômica, comunitária, grupal, familiar ou 
individual. a vida cotidiana é produzida nas práticas sociais his-
tóricas e pode ser alvo privilegiado de reflexão sobre mudan-
ças sociais, bem como importante espaço de transformações 
pessoais. existenciais e de modos de interação com o outro. a vida 
cotidiana é formada e produzida na rede de trocas e de relações e 
se articula aos modos de vida coletivos e comunitários, e às 
dinâmicas identitárias e de pertencimento.
Desvantagem 
social
Privação, ruptura ou fragilização da participação social em 
igualdade de direitos e condições. Ver também “Vulnerabilidade”.
fragilização 
dos vínculos
Processo por meio do qual ocorre o enfraquecimento das re-
lações e da interação social de um indivíduo, em seus as-
pectos qualitativos e quantitativos, podendo este atingir diferentes 
dimensões da vida, como o trabalho, a família, o lazer, e a vida comu-
nitária, entre outras. Considerando suas diversas configurações, pode 
alcançar um estágio no qual ocorre uma ruptura total dos vínculos 
sociais. Quando aplicado a uma sociedade ou comunidade, o ter-
mo se associa ao processo de ruptura de redes sociais e de suporte/
apoio. Ver também “redes de suporte”.
fortalecimento 
dos vínculos
Processo por meio do qual ocorre a criação, reconstrução e/ou inten-
sificação de redes sociais e de suporte, de favorecimento de processos 
identitários e de pertencimento, da reprodução da vida econômica, 
afetiva e social de pessoas, grupos, famílias e comunidades, tendo por 
base os direitos humanos, sociais, a cidadania e o respeito à diversi-
dade e suas diferentes formas de expressão.
54 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
história 
ocupacional
É composta por experiências passadas e presentes que envolvem as 
atividades da vida cotidiana, o trabalho, o lazer, as diferen-
tes atividades comunicacionais e expressivas (incluindo as atividades 
artísticas), a produção de valores, papéis e relações sociais; in-
teresses pessoais; bem como as dimensões culturais e religiosas. 
expressa as relações pessoa(s)-contexto ou coletivos em estratégias de 
mudança construídas enquanto práticas histórico-culturais. Vincula-se 
à noção mais abrangente de atividades humanas, sua motivação e os 
afetos envolvidos em sua realização; envolvendo, ainda, os sentidos 
atribuídos a estas, os modos de sua realização (incluindo 
dificuldades) e sua integração ao contexto micro e macro social. o 
histórico ocupacional de pessoas, grupos e comunidades é multidi-
mensional e complexo, e pode ser compreendido da perspectiva da 
produção e concretização do bem-estar, da emancipação, da parti-
cipação social e do desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e social 
dos sujeitos que a produzem.
Acompanhamen-
to do histórico 
ocupacional
Processo de identificação, compreensão e acompanhamento, a partir 
da relação dialógica, da história individual e/ou coletiva de pessoas, 
grupos, famílias e/ou comunidades, com vistas ao bem-estar e à eman-
cipação dos mesmos.
Ocupação
são encontradas várias definições no campo da terapia ocupacional 
para o termo. resumida e basicamente, aplica-se às atividades estru-
turantes da vida cotidiana que, dotadas de significado e valor pes-
soal e sociocultural, promovem e expressam a participação desejada 
ou necessária de pessoas ou coletivos na sociedade.
Mediação 
sócio- ocupacio-
nal
envolve construção de oportunidades e ações a partir da relação dia-
lógica a fim de promover a participação econômica, social e cultural.
Participação
atuação, interação e envolvimento efetivo, voluntário e satisfatório 
em atividades humanas e ocupações desejadas e congruentes com as 
expectativas existentes na cultura, de modo a influir no seu desenvolvi-
mento e resultado. o sujeito que participa afeta e é afetado.
Participação 
social
atuação, interação e envolvimento efetivo e organizado em ações 
cuja abrangência envolve a vida em sociedade e seus processos 
decisórios, podendo ter relação com a vida associativa ou sócio-comu-
nitária. envolve ações que refletem a consciência do indivíduo acerca 
de sua posição em um dado contexto ou sistema social.
Terapia Ocupacional e Assistência Social |55
Projetos 
de vida
Construídos sempre em diálogo com as pessoas, situa-se no terre-
no do pertencimento grupal e/ou comunitário. exercício da cidadania, 
caracteriza-se pela abertura para o novo, referência ao futuro e pelo 
caráter indelegável da ação projetada. Na construção de projetos 
de vida, articulam-se a identificação das necessidades, desejos e ativi-
dades que produzem sentido com o fortalecimento das redes sociais e 
do elemento que orienta um processo de elaboração de conflito ou de 
programa ligado à mudança pessoal e social, de produção cultural e 
social. trata-se de definir momentos e objetivos de procesos que facili-
tem uma possibilidade de mudança, capaz de mobilizar as capacida-
des de seus membros, suas habilidades, suas ações, suas emoções, suas 
redes socais e economicas, assim como as expressões e conhecimentos 
para alcançá-la. Não se restringe à noção de “plano” em seu sentido 
prescritivo, na medida em que é elemento fundamental da constituição 
das identidades, dando sentido a trajetória pessoal ou coletiva e a 
experiências de vida, e está envolvido por uma visão retrospectiva e 
prospectiva.
Tecnologia 
Assistiva
Área de aplicação de conhecimento que se traduz em uma 
técnica, procedimento, metodologia, estratégia, prática, produto ou 
recurso específico, que busca ampliar ou proporcionar o desempenho 
de atividades necessárias e pretendidas por uma pessoa com defici-
ência ou incapacidade, com vistas à sua autonomia, independência, 
qualidade de vida e inclusão social.
Tecnologias de 
comunicação, 
informação
Ferramentas de empoderamento pessoal e social a serem apli-
cadas na reivindicação e exercício de direitos e na produção 
autoral das pessoas, grupos, famílias, comunidades e sociedades, 
a partir da realização de atividades que favorecem o acesso a ex-
periências diversas de manifestações culturais, artísticas e expressivas, 
desportivas, ritualísticas, lingüísticas entre outras
Conceitos em destaque
Acompanhamen-
to 
individual
realizado processualmente a partir da relação dialógica no sen-
tido de acompanhar e favorecer por meio de atividades mediadoras 
a construção/reconstrução de redes se suporte e o acesso a 
rede socioassistencial, a participação social, as expressões pessoais e 
coletivas e a sustentabilidade do cotidiano. tais ações podem se des-
dobrar em projetos de vida e em projetos coletivos e grupais.
Demandas
Necessidades e/ou desejos individuais e coletivos explicitados por 
pessoas, famílias, grupos e/ou comunidades ou identificados pelo 
profissional que atua junto aos mesmos. Devem ser problematizadas 
na relação dialógica, privilegiando o entendimento do contexto social, 
cultural e histórico além, do exercício da cidadania, do acesso aos di-
reitos e das intervenções de natureza socioassistencial compreendidas 
em sua complexidade e em suas diversas formas de expressão.
56 | Terapia Ocupacional e Assistência Social 
Diversidade 
cultural
É composta por marcadores culturais expressos por diferentes lingua-
gens, modo de pensamento,

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