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EBRADI - Penal e Processo Penal - Atividades Módulo 9

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Pós-graduação EBRADI Direito Penal e Processual Penal Aplicados 
Atividades dissertativas e testes de aprendizagem do módulo 09 
 
Tema 01 – Crimes contra a vida 
Aula 01: Homicídio I 
Casuística: Leia o seguinte texto e responda: A vingança dos Vacarianos não tardou. 
Meses depois, as forças federalistas, comandadas por Xisto, retomaram Antares e conseguiram 
prender Terézio, o mais novo dos Campolargos. Xisto mandou reunir na praça os homens da 
cidade e ordenou que mulheres e crianças ficassem em suas casas. De mãos amarradas às costas, 
Terézio foi trazido à sua presença, em meio de grave silêncio. Ao redor dos dois adversários 
agrupavam-se aqueles guerreiros barbudos, sujos, suados e alguns com a pele e as vestes 
ensanguentadas do último combate. — É do conhecimento geral — bradou Xisto Vacariano —que 
os Campolargos assassinaram covardemente o meu mano Antão, que não teve o consolo de 
morrer como homem, peleando de arma na mão. Foi miseravelmente sangrado como um boi no 
matadouro. Pois agora chegou a nossa hora. Este Campolargo vai pagar pelos crimes do seu 
irmão e de todos os cachorros sarnentos de sua raça maldita! Terézio estava lívido. Mal moveu os 
lábios quando disse:—Guerra é guerra. Não peço clemência. — Não pedes nem te dou, corno filho 
duma grã-puta! Seguiu-se uma cena digna do pincel e da imaginação dum Hieronymus Bosch. 
Xisto mandou amarrar o prisioneiro pelas pernas e pendurá-lo no galho duma árvore, com a 
cabeça a pouco centímetros do solo. Depois acercou-se de sua vítima, empunhando um grande 
funil de lata, cujo longo bico lhe enfiou às cegas no ânus, profundamente. Com a cara contraída 
de dor e vergonha, Terézio cerrou os dentes, mas não deixou escapar o menor gemido. Nenhum 
daqueles homens parecia ao certo o que Xisto pretendia fazer. Um deles cochichou ao ouvido dum 
companheiro: “Acho que o Coronel vai dar uma lavagem de pimenta e mostarda nesse pica-pau”. 
Os planos de Xisto, porém, eram mais terríveis. Todos compreenderam o que ele ia fazer quando 
gritou: “Tragam o tempero pra salada!” E dois de seus homens, vindo do quintal do casarão dos 
Vacarianos, aproximaram-se, conduzindo com todo o cuidado, para não se queimarem, uma 
grande chaleira de ferro cheia de azeite em ebulição. O céu estava azul e limpo. Uma brisa de 
primavera bulia nas folhas das árvores e nas rosas-de-todo-o-ano que cobriam a cerca, ao lado da 
residência, agora deserta, dos Campolargos. Havia um grande silêncio na praça ensolarada. Xisto 
murmurou: “Sabes o que vou te fazer, sacripanta? Te incendiar as tripas”. Auma ordem sua, os 
dois homens começaram a despejar lentamente no funil todo o conteúdo da chaleira. Terézio 
Campolargo soltou um urro e começou a estrebuchar. Apenas um homem, de todos quantos 
assistiram à cena, soltou uma risada. Os outros se mantiveram num silêncio taciturno. Romualdo, 
o mais moço dos Vacarianos, acercou-se do chefe da família e protestou: “Mas isso é uma 
barbaridade, mano!”. Sem desviar o olhar da vítima, que continuava a berrar e espernear como 
um porco que está sendo sangrado, replicou: “Precisas aprender a lidar com o inimigo, menino. 
Se a coisa lhe faz mal ao estômago, toma um chazinho de erva-doce e vai pra casa te deitar”. A 
agonia de Terézio foi de curta duração. Quando suas convulsões cessaram, Xisto olhou para o céu, 
aliviado. Vieram contar-lhe então que o vigário, que estava na igreja, rezando, lhe pedia o corpo 
do jovem Campolargo para a encomendação e o sepultamento. Xisto sacudiu negativamente a 
cabeça. “Encomendar pra quê? Se esse ‘pica-pau’ tinha mesmo alma, a esta hora já entrou nos 
quintos dos infernos”. Disse isto, voltou as costas para o cadáver e tornou à sua casa, onde o 
esperava um assado de paleta de ovelha, que ele comeu com a tranquilidade dum justo. 
Classifique o homicídio narrado no trecho acima transcrito, quanto ao meio de execução, do 
romance Incidente em Antares, de Érico Veríssimo. 
▪ Resposta esperada: No que se refere ao meio de execução, o homicídio é qualificado por 
meio cruel. Decidido a matar, o autor escolhe um meio que cause na vítima um 
sofrimento desnecessário. Tanto do ponto de vista psicológico, já que a vítima nua teve 
um funil introduzido no ânus, diante de várias pessoas, como, e principalmente, 
sofrimento físico pela brutal dor pelas queimaduras internas. Note que não se trata de 
fogo, pois este não foi usado na prática do crime, mas da fórmula genérica “outro meio 
cruel”, que permite uma interpretação analógica, pois causa queimaduras idênticas ao 
fogo. 
 
Teste de aprendizagem: Sobre o homicídio, assinale a alternativa correta: 
▪ Resposta correta: Motivo de relevante valor social tem natureza coletiva. 
 
Aula 02: Homicídio II 
Casuística: Leia o seguinte texto e responda: 
Um caso real ocorrido em Rondônia. Uma moça ligou para o ex-namorado e, a pretexto de que 
iria se mudar da cidade, com ânimo homicida, propôs um último encontro entre ambos. Ele 
aceitou e no momento do encontro, ela lhe disse que iriam ter relação sexual de um modo 
inusitado. Ele, supondo que realizaria uma experiência sexual diferente, aceitou sua proposta. Ela 
falou para que ele aumentasse o som do aparelho eletrônico e que deixasse que seus olhos fossem 
vendados. Assim que ele estava deitado, com os olhos vendados, ela tirou uma faca de sua bolsa e 
lhe desferiu diversas facadas em várias partes do corpo, causando sua morte. Classifique o 
homicídio narrado no trecho acima transcrito quanto ao modo de execução. 
▪ Resposta esperada: Trata-se de homicídio praticado mediante dissimulação, razão pela 
qual é qualificado (art. 121, § 2º, IV). O que caracteriza a dissimulação é que o agente 
esconde sua intenção hostil e faz uma representação, uma encenação, fingindo que se 
trata de uma coisa, quando está prestes a matar a vítima que, em razão da encenação, 
não pode se defender. 
 
Teste de aprendizagem: Sobre o homicídio, assinale a alternativa correta: 
▪ Resposta correta: É impossível a concomitância de duas qualificadoras subjetivas. 
 
Aula 03: Apoio a suicídio e Infanticídio 
Casuística: A gestante estava sozinha em casa, em um local ermo da zona rural, quando entrou 
em trabalho de parto. As dores fortes decorrentes das contrações levaram a mulher ao desespero. 
Quando ela deu à luz um menino, ela ainda sofria e exasperava-se com a dor e, agora, com o 
choro do recém-nascido. Ela teve um surto e levou a criança em direção ao poço, para jogá-lo lá. 
Quando saía de casa, seu marido chegou, pai da criança, e ela disse que iria jogá-lo no poço. O pai, 
que não desejava aquela criança, estimulou-a a fazer isso, dizendo para jogar mesmo. Ela jogou e 
o bebê morreu. Qual o crime praticado pelo pai da criança? 
▪ Resposta esperada: Nos termos do art. 30, CP, a circunstância pessoal do estado 
puerperal, pertencente à gestante, irá se comunicar ao partícipe, o pai, no caso proposto, 
de modo que ele responderá por crime de infanticídio. Trata-se, ainda que possa gerar 
perplexidade, de uma consequência da aplicação do art. 30, CP. Atualmente, é quase 
unânime na doutrina esse entendimento. 
 
Teste de aprendizagem: Sobre o infanticídio, assinale a alternativa correta: 
▪ Resposta correta: É possível que o pai seja condenado, desde que em concurso com a 
mulher sob efeito do estado puerperal. 
 
Aula 04: Aborto 
Casuística: Leia o seguinte texto e responda: 
Giselda estava grávida, em razão de ter sido estuprada. Ela compareceu a um hospital público e 
teve uma entrevista com o médico. Tiveram uma longa conversa e o médico se convenceu, pelos 
relatos e por marcas no corpo que ainda estavam presentes, da existência do estupro e realizou o 
aborto. Ocorre que a direção do hospital entendeu que, sem autorização judicial, o aborto não 
poderia ter sido realizado. O médico cometeu crime? Explique. 
▪ Resposta esperada: O Código Penal, no art. 128, II, CP, tem uma excludente de ilicitude, 
se o médico pratica o abortono caso de uma gravidez resultante de estupro. A excludente 
não está condicionada à autorização judicial, de modo que o médico não cometeu crime, 
pois está amparado pelo art. 128, II, CP. 
 
Teste de aprendizagem: Em relação aos crimes contra a vida, dispostos no Código Penal, é 
correto afirmar: 
▪ Resposta correta: No crime de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio, disposto no 
artigo 122 do CP, a pena é duplicada se o crime é praticado por motivo egoístico.. 
 
 
 Tema 02 – Crimes contra a honra 
Aula 01: Calúnia 
Casuística: Leia, analise e responda fundamentadamente o problema abaixo: 
Tício, em uma entrevista ao vivo a um canal de televisão, afirma que “Mévio é um assassino!”. O 
entrevistador, surpreso com a gravidade da afirmação, indaga a razão de tal afirmação, ao que é 
respondido por Tício: “Porque matou uma pessoa!”. A afirmação era sabidamente falsa, restando 
evidente que Tício valeu-se de sua entrevista somente para atingir a honra de Mévio 
publicamente. Configura-se adequada a propositura de queixa-crime e eventual condenação de 
Tício pelo crime de calúnia? 
▪ Resposta esperada: A propositura de queixa-crime e eventual condenação pelo crime de 
calúnia não se mostram adequadas na questão apresentada. Isso porque, para a 
configuração do crime de calúnia, há de haver a atribuição de fato certo e determinado 
em prejuízo da honra da vítima. Por fato certo e determinado, deve-se entender pela 
necessidade de elementos referenciais de sua ocorrência (v.g.: no dia tal, às tantas horas, 
de tal maneira, Mévio teria matado tal pessoa). A atribuição genérica, sem um conteúdo 
descritivo do fato em si, remete à figura da injúria (artigo 140) e não da calúnia. Nesse 
sentido, enfatize-se, pouco importa dizer que “Mévio é um assassino” ou que “matou uma 
pessoa”. A ausência de descrição do fato permanece inalterada e, via de efeito, 
insuficiente para configurar o crime de calúnia. Tício deverá, portanto, ter rejeitada 
queixa-crime proposta pelo crime de calúnia, podendo, no entanto, responder por injúria. 
 
Teste de aprendizagem: Sobre o crime de calúnia, é correto afirmar: 
▪ Resposta correta: Trata-se de crime que ofende apenas a honra objetiva da vítima. 
 
Aula 02: Difamação 
Casuística: Leia, analise e responda fundamentadamente o problema abaixo: 
Tício é intimado a depor em ação de separação perante o juízo familiarista. Em seu depoimento, 
atesta ter conhecimento da existência de relacionamento extra conjugal por uma das partes da 
ação, descrevendo detalhes de como a relação adulterina era mantida. A parte a quem foi 
imputada a infidelidade conjugal a partir do depoimento de Tício, sentindo-se ofendida em sua 
honra, promove ação penal privada pelo crime de difamação contra este. Configura-se adequada a 
propositura de queixa-crime e eventual condenação de Tício pelo crime de difamação? Justifique. 
▪ Resposta esperada: Tanto o seguimento da ação penal privada quanto a eventual 
condenação de Tício se mostram, na conformidade do problema apresentado, como 
inviáveis. Isso porque a imputação de infidelidade conjugal por Tício se deu por ocasião 
de depoimento em juízo, na condição de testemunha, para o qual foi devidamente 
intimado, estado de coisas que não se acomoda com a intenção de ofender a honra alheia 
(animus difamandi), ficando evidenciada a intenção apenas de narrar fatos dos quais 
tinha conhecimento e eram de interesse da ação (animus narrandi).. 
 
Teste de aprendizagem: Sobre o crime de difamação, é incorreto afirmar: 
▪ Resposta correta: Exige-se a falsidade da imputação. 
 
Aula 03: Injúria 
Casuística: Leia, analise e responda fundamentadamente o problema abaixo: 
Tício encontrava-se em um estádio de futebol quando, durante a partida, começou a proferir 
xingamentos genéricos contra a torcida do time opositor ao seu. Em razão disso, um dos 
torcedores, sentindo-se ofendido, identifica Tício e decide promover contra este uma ação penal 
privada por crime de injúria. Mostra-se viável a condenação de Tício nestas circunstâncias? 
Justificar. 
▪ Resposta esperada: A condenação de Tício pelo crime de injúria mostra-se, no caso 
apresentado, como tecnicamente inviável. Isso porque a injúria é crime contra a honra 
que deve atingi-la em sua forma subjetiva, portanto, no sentimento de auto estima do 
ofendido. Corolário disso é que a ofensa deve ser proferida contra vítima certa e 
determinada, não se admitindo, para fins de injúria, a ofensa proferida contra diversas 
pessoas de forma indistinta, como, na espécie, toda uma torcida de futebol dentro de um 
estádio. 
 
Teste de aprendizagem: Sobre a consumação do crime de injúria, é correto afirmar: 
▪ Resposta correta: O delito se consuma somente quando o ofendido toma ciência da 
ofensa. 
 
Aula 04: Disposições Comuns aos Crimes Contra A Honra 
Casuística: Leia, analise e responda fundamentadamente o problema abaixo: 
Um crítico de artes cênicas, após a estreia de espetáculo teatral, publica em sua coluna em 
periódico que a atuação de seu protagonista era aquém do esperado e que o mesmo não tem 
talento o bastante para interpretar o papel. O crítico poderá ser responsabilizado por crime 
contra a honra do ator a quem se referiu? Justifique. 
▪ Resposta esperada: O crítico de artes não poderá ser responsabilizado por crime contra a 
honra do ator que criticou em sua coluna, visto que o artigo 142, inciso II prevê 
claramente a exclusão da crítica literária, artística e científica do espectro de alcance dos 
crimes contra a honra. 
 
Teste de aprendizagem: Sobre a ação penal nos crimes contra a honra, é correto afirmar: 
▪ Resposta correta: A regra é de que se procedem mediante ação penal privada, admitindo-
se exceções. 
 
 
Tema 03 – Crimes contra o patrimônio I 
Aula 01: Furto 
Casuística: Agente coloca a mão em um dos bolsos da vítima, sem que ela percebesse, mas nada 
consegue subtrair porque a vítima havia deixado todos os seus pertences em casa. Há tentativa de 
furto ou crime impossível? 
▪ Resposta esperada: Há divergência na doutrina, mas prevalece o entendimento segundo o 
qual, considerando que a vítima nada possua em seu poder, o crime é impossível, pois 
inexiste objeto material a ser subtraído. Contudo, caso o agente tente colocar a mão no 
bolso direito e nada encontre porque a carteira da vítima está no bolso esquerdo, haverá 
tentativa de furto e não crime impossível. 
 
Teste de aprendizagem: Antônio sentou-se ao lado de João, em ônibus coletivo, e subtraiu dele, 
sem que João percebesse, certa importância em dinheiro. Após deslocar-se para outro lugar do 
coletivo, sacou de uma arma de fogo, ameaçou Pedro e Paulo, subtraindo de cada um deles 1 (um) 
celular e 1 (um) relógio de ouro. Avalie o contexto e assinale a alternativa CORRETA: 
I. Há roubo em concurso formal com furto em continuidade delitiva. 
II. Cometeu furto em concurso material com roubo continuado. 
III. Há concurso formal de furto e roubo. 
IV. Há furto em concurso material com roubos em concurso formal. 
▪ Resposta correta: Apenas a assertiva IV está correta. 
 
Aula 02: Roubo 
Casuística: Um sujeito ingressa em um estabelecimento que comercializa aparelhos celulares e, 
diante de uma bancada repleta do produto, anuncia o assalto com uma arma de fogo em punho, 
mas, ao tentar se apoderar do mais novo Iphone em exposição, percebe estar o aparelho preso 
por um cabo de aço fincado na parede, impedindo sua livre disposição. O sujeito se evade sem 
nada subtrair. É admissível o reconhecimento de crime impossível no delito de roubo? 
▪ Resposta esperada: Doutrinadores, a exemplo de Rogério Greco, entendem pela 
possibilidade de crime impossível diante da impropriedade do objeto, ou seja, nas 
hipóteses em que a vítima nada possuía ou da violência empregada contra morto. O caso 
prático em apreço retrata a situação em que o agente jamais conseguiria levar a efeito o 
seu intento criminoso, não podendo responderpor roubo, mas, a depender do caso 
concreto, incidiria nos crimes lesão corporal ou ameaça ou porte ilegal de arma de fogo. 
Leciona Rogério Greco, a saber: “Mesmo considerando a natureza complexa do crime de 
roubo, não podemos deixar de concluir ser o patrimônio o bem precipuamente protegido 
por aquela figura típica. O roubo, como é cediço, está inserido no Título do Código Penal 
correspondente aos crimes contra o patrimônio e, se não há patrimônio que possa ser 
subtraído, como se pode insistir na ocorrência do roubo, mesmo tentado? Para nós, o 
agente deverá ser responsabilizado pelos atos de violência já cometidos, afastando-se, 
contudo, a possibilidade de tentativa de roubo, em face da absoluta impropriedade do 
objeto”. (GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal, Parte Especial, Vol. III. RJ: Ímpetus, 5ª 
ed., página 92). 
 
Teste de aprendizagem: Na data de 12 de maio de 2020, Tício furta um rádio da residência de 
Caio. Porém, Caio, que se encontrava no banheiro, escuta um barulho e, prontamente, visualiza 
Tício saindo de seu imóvel, conseguindo alcançá-lo. Tício, no entanto, com uma faca em punho, 
ameaçou a vítima, logrando êxito na fuga em poder do bem. Na hipótese ocorreu: 
▪ Resposta correta: Crime de roubo impróprio majorado. 
 
Aula 03: Extorsão 
Casuística: Vítima é abordada ao chegar em frente a um caixa-rápido de uma agência bancária, 
onde pretendia sacar, para si, determinada importância. Ato contínuo, o agente saca sua arma e a 
coloca em direção à cabeça da vítima, exigindo-lhe que saque todo o seu limite de crédito. Trata-
se de roubo majorado ou extorsão majorada? 
▪ Resposta esperada: As semelhanças entre os crimes de roubo e de extorsão são 
indiscutíveis, o mesmo não ocorre com as teorias desenvolvidas para diferenciar um 
delito do outro. Após muitas discussões, a doutrina acalmou-se ao distinguir essas figuras 
a partir do comportamento da vítima, ou seja, no roubo não há a colaboração da vítima, 
ao passo que, na extorsão, essa colaboração é indispensável. Ocorre que somente essa 
distinção não é necessária, pois, no roubo, a vítima, a depender do caso, é compelida a 
entregar a res furtiva ao agente. Sedimentou-se que a pedra de toque seria, para a 
configuração da extorsão, a colaboração da vítima acrescida de um fator tempo, ou seja, a 
possibilidade de refletir sobre anuir ou não ao constrangimento. No caso prático 
apresentado, muito embora a colaboração da vítima fosse imprescindível para o saque do 
dinheiro - afinal somente ela possui a senha bancária, nas condições em que se 
encontrava, ela não poderia resistir à ameaça empregada pelo agente, o que a torna a 
conduta do criminoso amoldável à figura do roubo e não da extorsão. Nos ensinamentos 
de Rogério Greco, embora dependendo da sua colaboração, mas não tendo a vítima 
tempo para refletir sobre a exigência, pois que o mal lhe seria imediato, estaríamos 
diante de um crime de roubo, e não de extorsão, mesmo que a própria vítima, depois do 
saque com o cartão, entregasse o dinheiro ao agente” (GRECO, Rogério. Curso de Direito 
Penal, Parte Especial, Vol. III. RJ: Ímpetus, 5ª ed., página 108). 
 
Teste de aprendizagem: O agente enviou para mulher casada cópias de fotografias dela nua, 
tiradas em encontro amoroso que haviam mantido. Exigiu dela o pagamento de importância em 
dinheiro sob ameaça de, caso não atendido, revelar segredo íntimo de sua vida amorosa, enviando 
as fotos ao seu marido, aos filhos e às pessoas do seu meio social. A partir desse relato, é correto 
afirmar que a situação é: 
▪ Resposta correta: Tipificada como crime de extorsão, cuja pena é de reclusão de 4 a 10 
anos e multa, pois o agente constrangeu a vítima com o objetivo de obter vantagem 
econômica. 
 
Aula 04: Extorsão mediante sequestro 
Casuística: Suponha que 10 agentes, todos unidos pelo mesmo vínculo associativo, qual seja, a 
prática de diversos crimes de extorsão mediante sequestro, contando com um líder, divisão de 
tarefas, locais para cativeiro, veículos para arrebatamento e transporte de vítimas, armas de fogo, 
estão sendo investigados pela Polícia Civil que, por intermédio de interceptação telefônica 
autorizada, descobriu a existência de três cativeiros com vítimas distintas sequestradas. O 
flagrante foi bem-sucedido e todos foram presos. Qual seria a correta tipificação? Crime de 
extorsão mediante sequestro qualificada por associação criminosa ou extorsão mediante 
sequestro qualificada por associação criminosa em concurso material com associação criminosa? 
▪ Resposta esperada: Muitos penalistas defendem a impossibilidade de concurso material 
entre o artigo 159, § 1º e o artigo 288, ambos do Código Penal, por configurar bis in 
idem. Contudo, o Superior Tribunal de Justiça possui julgados pela possibilidade de 
concurso de crimes, visto tratarem-se de delitos que tutelam bens jurídicos diversos, a 
saber: 
“HABEAS CORPUS. FORMAÇÃO DE QUADRILHA. EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO. 
NARRA MIHI FACTUM DABO TIBI IUS. DELITOS AUTÔNOMOS E INDEPENDENTES. 
BENS TUTELADOS DISTINTOS. (...) 3. In casu, há na exordial precisa descrição do delito 
autônomo previsto no art. 288, parágrafo único, do Código Penal. E, não por outro 
motivo, o Tribunal a quo, analisando os elementos de prova de que dispunha, reconheceu 
sua prática, não havendo ilegalidade a reconhecer nesta sede. (...) 5. Nos termos da 
jurisprudência desta Corte Superior, por se tratarem de delitos autônomos e 
independentes e por serem distintos os bens jurídicos tutelados, é possível a coexistência 
entre o crime de extorsão mediante sequestro, majorado pelo concurso de agentes, com o 
de formação de quadrilha ou bando (atualmente nomeado associação criminosa). 6. 
Habeas corpus não conhecido. (HC 289.885/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE 
ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 27/05/2014, DJe 09/06/2014)”. 
 
Teste de aprendizagem: Sobre o crime de extorsão mediante sequestro, é CORRETO afirmar 
que: 
▪ Resposta correta: É crime hediondo mesmo em sua forma simples, dispensando a 
verificação de resultados morte ou lesão corporal de natureza grave para a incidência da 
Lei n.º 8072/90. 
 
 
Tema 04 – Crimes patrimoniais II 
Aula 01: Apropriação Indébita 
Casuística: O síndico de um edifício decidiu utilizar o dinheiro da taxa condominial para pagar 
suas despesas pessoais. Processado criminalmente, foi condenado por apropriação indébita 
majorada pela qualidade de síndico. Inconformado, procura você em seu escritório para recorrer 
da decisão e reduzir a sua pena. Como advogado recém contratado, responda: 
Qual é o recurso cabível contra sentença condenatória em crime patrimonial e qual o fundamento 
jurídico da peça? Qual é o principal argumento a ser utilizado para diminuir a pena do réu?. 
▪ Resposta esperada: Recurso: Apelação, com fundamento no art. 593, I, do CPP. Tese: O 
síndico mencionado na majorante do art. 168 diz respeito ao síndico da falência, hoje 
administrador judicial. Há informativo do STJ nesse sentido: 
Informativo n.º 0584 - Período: 27 de maio a 10 de junho de 2016. QUINTA TURMA. 
DIREITO PENAL. HIPÓTESE DE INAPLICABILIDADE DA MAJORANTE DESCRITA NO 
ART. 168, § 1°, II, DO CP. O fato de síndico de condomínio edilício ter se apropriado de 
valores pertencentes ao condomínio para efetuar pagamento de contas pessoais não 
implica o aumento de pena descrito no art. 168, § 1°, II, do CP (o qual incide em razão de 
o agente de apropriação indébita ter recebido a coisa na qualidade de ""síndico""). Isso 
porque, conforme entendimento doutrinário, o ""síndico"" a que se refere a majorante do 
inciso II do § 1º do art. 168 do CP é o ""administrador judicial"" (Lei n. 11.101/2005), ou 
seja, o profissional nomeado pelo juiz e responsável pela condução do processo de 
falência ou de recuperação judicial. Além do mais, o rol que prevê a majorante é taxativo 
e não pode ser ampliado por analogia ou equiparação, até porque todas as hipóteseselencadas no referido inciso - ""tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, 
testamenteiro ou depositário judicial"" - cuidam de um munus público, o que não ocorre 
com o síndico de condomínio edilício, em relação ao qual há relação contratual. REsp 
1.552.919-SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 24/5/2016, DJe 1/6/2016. 
A nulidade, por sua vez, relaciona-se exclusivamente a atos processuais, isto é, inerentes 
a um expediente judicial, não havendo, portanto, a hipótese de nulidade de ato produzido 
em procedimento administrativo preparatório de ação penal. Eventual irregularidade na 
produção de prova na fase inquisitorial deverá ser sanada pelo juiz durante a instrução 
do processo – ou mesmo antes, se for preciso –, sob a égide da ampla defesa e do 
contraditório, como, por exemplo, a produção de determinado laudo pericial. Assim 
entende o C. Superior Tribunal de Justiça, como se depreende dos seguintes julgados: 
“A jurisprudência desta Corte Superior de Justiça consolidou-se no sentido de que 
eventuais máculas na fase extrajudicial não têm o condão de contaminar a ação penal, 
dada a natureza meramente informativa do inquérito policial.” (STJ, RHC 54.032/RS, Rel. 
Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 27/06/2017, DJe 01/08/2017). "É 
cediço que o inquérito policial é peça meramente informativa, de modo que o exercício do 
contraditório e da ampla defesa, garantias que tornam devido o processo legal, não 
subsistem no âmbito do procedimento administrativo inquisitorial" (STJ, RHC 57.812/PR, 
Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, DJe 22/10/2015). 
 
Teste de aprendizagem: No crime de apropriação indébita previdenciária, a possibilidade de o 
juiz deixar de aplicar a pena, se presentes determinadas situações expressamente previstas em 
lei, constitui hipótese de: 
▪ Resposta correta: Perdão judicial. 
 
Aula 02: Estelionato 
Casuística: Fingindo ser uma representante do carnê do Baú da Felicidade, Estela ia de porta em 
porta oferecer vantagens e oportunidades únicas para quem lhe desse dinheiro vivo. Tal conduta 
se repetiu na casa de Alessandra. Estela disse: “se me der 500 reais hoje, eu consigo te colocar no 
programa Porta da Esperança do domingo que vem e ainda tirar foto com o Silvio Santos.” 
Alessandra, fã de Silvio e empolgada com a proposta, vai ao caixa eletrônico, saca 500 reais e 
entrega para Estela. Estela nunca mais voltou ao Bairro, lesando diversos moradores. Valendo-se 
apenas das informações apresentadas no caso concreto responda: 
1) Estela praticou algum crime? Qual? 
2) Alessandra praticou algum crime por querer levar vantagem sobre os demais clientes do Baú 
da Felicidade? Qual? 
▪ Resposta esperada: Estela praticou estelionato, pois fingiu ser de uma empresa para 
obter vantagem indevida mediante ardil em detrimento do patrimônio de Alessandra. 
Alessandra foi vítima do estelionato e, apesar da torpeza bilateral, não praticou nenhuma 
infração penal. 
 
Teste de aprendizagem: Acerca dos delitos de estelionato e outras fraudes e do crime de 
receptação, assinale a opção CORRETA: 
▪ Resposta correta: Tratando-se do delito de estelionato, se o criminoso é primário e é de 
pequeno valor o prejuízo causado, o juiz poderá aplicar somente a pena de multa. 
 
Aula 03: Receptação 
Casuística: Patrícia decide comprar um bolsa de grife, porém não tinha muitos recursos 
financeiros para fazê-lo. Para resolver essa pendência, decide ir a uma loja de comércio popular e 
comprar uma bolsa falsificada. O produto que custa 20 mil reais em loja oficial da marca, é 
vendida por 50 reais no comércio paralelo. Após a aquisição, pergunta-se: 
Patrícia praticou algum crime? Qual? 
▪ Resposta esperada: Sim, Patrícia praticou receptação culposa, nos termos do art. 180, § 
3.º do Código Penal, pela desproporção do valor do bem e do preço apresentado. 
 
Teste de aprendizagem: No que concerne aos crimes contra o patrimônio: 
▪ Resposta correta: Se configura o crime de receptação mesmo se a coisa tiver sido 
adquirida pelo agente sabendo ser produto de crime não classificado como de natureza 
patrimonial. 
 
Aula 04: Imunidades absolutas 
Casuística: Amanda, após assinar o seu divórcio com Pedro e após ter ciência pelas redes sociais 
de que seu ex-marido estava com uma nova namorada, decidiu, no dia 01.01.2017, subtrair para si 
toda a coleção de relógios de Pedro. Esperou ele ir viajar no final de semana, utilizou a chave do 
apartamento dele que ainda estava em sua posse, ingressou no imóvel e efetivamente subtraiu 13 
relógios dele. Chegando de viagem, Pedro pediu ao condomínio as imagens da câmera para tentar 
descobrir dados do criminoso que subtraíra seus relógios e ficou surpreso ao ver a sua ex-mulher 
praticando o delito. Após muito refletir (muito mesmo), em 01.09.2017, Pedro vai até o Distrito 
Policial perto de sua residência para apresentar notitia criminis contra Amanda. Foi informado 
que não poderia fazê-lo por força da decadência. Justifique se o delegado agiu certo nesse caso? 
▪ Resposta esperada: O delegado agiu certo nesse caso. O crime de furto é, em regra, de 
ação penal pública incondicionada. Porém, se o furto for praticado por ex-cônjuge, o art. 
182 diz que só poderá ser instaurada ação penal condicionada à representação do 
ofendido. E, para representar, o ofendido tem 6 meses, sob pena de decadência do direito 
de representação, contados da data da ciência da autoria do delito.. 
 
Teste de aprendizagem: Marcondes, necessitando de dinheiro para comparecer a uma festa no 
bairro em que residia, decide subtrair R$ 1.000,00 do caixa do açougue de propriedade de seu pai. 
Para isso, aproveita-se da ausência de seu genitor, que, naquele dia, comemorava seu aniversário 
de 63 anos, para arrombar a porta do estabelecimento e subtrair a quantia em espécie necessária. 
▪ Resposta correta: Marcondes deverá responder pelo crime de furto qualificado. 
 
 
Tema 05 – Crimes contra a dignidade sexual 
Aula 01: Estupro 
Casuística: Leia o seguinte texto e responda: 
Um homem, pretendendo manter conjunção carnal com uma mulher, empregou arma de fogo, 
para obrigá-la a se dirigir a um local ermo, local em que tirou sua blusa e passou a fazer carícias 
nos seios da vítima, com as mãos e a boca, em seguida despiu a vítima e quando estava prestes a 
introduzir o pênis na vagina da vítima, foi surpreendido por outras pessoas que impediram a 
continuidade do ato. Houve estupro tentado ou consumado? 
▪ Resposta esperada: Trata-se crime de estupro consumado. O estupro se consuma com o 
constrangimento da vítima, mediante violência ou grave ameaça, a conjunção carnal ou 
atos libidinosos. No caso proposto, a vítima foi constrangida, mediante grave ameaça 
praticada com arma, a permitir que nela se praticasse atos libidinosos, caracterizados 
pelos toques nos seios da vítima. Ainda que pretendesse atingir a conjunção carnal e não 
conseguiu, os atos praticados são suficientes para o fim de se consumar o estupro. 
 
Teste de aprendizagem: Renato, advogado sênior de um escritório renomado em São Paulo, está 
interessado em sua secretária, Beth. Em uma das muitas noites em que ficavam sozinhos até 
tarde no escritório trabalhando, Renato aproveitou-se da situação e a forçou ter relações sexuais 
com ele, mediante grave ameaça. Baseado nessa história, qual crime Renato comete: 
▪ Resposta correta: Estupro. 
 
Aula 02: Estupro de vulnerável 
Casuística: Leia o seguinte texto e responda: 
Um jovem consumiu excessivamente bebidas alcoólicas em uma festa e ficou prostrado, sem 
reação alguma. Um colega seu de universidade, aproveitando-se que ele não se mexia, tirou sua 
roupa e lhe fez diversas carícias por todo o corpo, masturbando-se e ejaculando sobre o jovem. A 
cena foi vista por um terceiro. O autor do fato, em seu interrogatório no inquérito policial 
instaurado para apurar tal fato, alegou que não foi ele que ofereceu bebida alcoólicapara a vítima 
e que ambos já tinham mantido relação sexual, uma vez, cerca de seis meses antes do ocorrido. 
Pergunta-se: diante de tal alegação, é correto afirmar que não houve crime? 
▪ Resposta esperada: A alegação do autor do fato é absolutamente irrelevante, pois o 
estupro de vulnerável se configura se a vítima não pode, por qualquer razão, oferecer 
resistência. Não importa se foi o autor que lhe retirou a capacidade de resistência ou se 
foi a vítima voluntariamente. Ademais, eventual relacionamento em nada interfere na 
configuração do crime. 
 
Teste de aprendizagem: Uma mulher de 25 anos está deitada na rua, em total estado de 
embriaguez, quando um homem tira sua blusa e beija sofregamente seus seios. Quando ele se 
preparava para retirar sua calça, dois homens se aproximaram. Diante da aproximação, o agente 
resolveu fugir. Sobre este fato, é correto dizer: 
▪ Resposta correta: Houve estupro de vulnerável consumado. 
 
Aula 03: Crimes envolvendo a prostituição 
Casuística: Leia o seguinte texto e responda: 
Gerard encontra uma ex-colega de colégio, que é “garota de programa” de luxo. Ele está passando 
por sérias dificuldades financeiras e, em razão disse, ela lhe dá um cheque de R$5.000,00 como 
presente. Ela diz que eles eram muito amigos e que ela sente um imenso carinho por ele. Diz, 
ainda, que ele não precisa lhe pagar. Gerard aceita aquele cheque. Ele cometeu crime de 
rufianismo? 
▪ Resposta esperada: Gerard não cometeu crime. O crime de rufianismo é habitual e exige 
a reiteração de condutas. Embora ele tenha tirado vantagem da prostituição alheia, ele 
não é sustentado por sua amiga prostituta. Trata-se de uma vantagem eventual, o que 
não é suficiente para a configuração do crime. 
 
Teste de aprendizagem: Sobre o crime de “casa de prostituição”, é correto dizer que se trata de 
delito: 
▪ Resposta correta: Habitual. 
 
Aula 04: Tráfico de pessoas 
Casuística: Leia o seguinte texto e responda: 
Gerônimo é piloto de avião e recebe a incumbência de levar, em uma aeronave monomotor, um 
recém-nascido que será levado a uma cidade para ser adotado por um casal que não pode ter 
filhos. Segundo lhe disseram, o casal irá registrar a criança como se fosse filha biológica deles. Era 
a primeira vez que ele fazia isso. Contudo, a polícia estava investigando uma quadrilha de adoção 
ilegal e surpreendeu Gerônimo quando estou pousou no local de destino levando o bebê. Desse 
modo, impediu-se a adoção ilegal. Não ocorrendo a adoção, houve a consumação do crime?? 
▪ Resposta esperada: O crime é consumado. Quando há o transporte, desde que seja com 
uma das finalidades previstas nos incisos do art. 149-A, o crime é consumado. Nesse caso, 
Gerônimo transportou a criança, com o fim de realizar adoção ilegal, estando consumado 
o crime (art. 149-A, IV, CP). 
 
Teste de aprendizagem: Com base no conteúdo visto em aula, assinale a alternativa 
INCORRETA, sobre tráfico de pessoas: 
▪ Resposta correta: A pena é aumentada de um terço até a metade se o agente for primário 
e não integrar organização criminosa. 
 
 
Tema 06 – Crimes contra a paz pública 
Aula 01: Associação criminosa 
Casuística: Efetuada a prisão de Marcelo e Ronaldo, durante a instrução processual não foi 
apurado nada de concreto a respeito da imputação do animus associativo, ou seja, a vontade dos 
agentes em unirem-se de modo estável e permanente, com a finalidade específica voltada para a 
prática do tráfico ilícito de entorpecentes. Em nenhum momento afirmaram que os acusados 
estavam realmente associados para a traficância. Entretanto, Marcelo e Ronaldo foram 
condenados (dentre outras imputações) por associação para o tráfico, com base no artigo 35 da 
Lei 11.343/06, a 5 anos de reclusão. Como advogado(a) de defesa, indique a providência cabível? 
▪ Resposta esperada: Deverá o(a) advogado(a) interpor recurso de apelação para que seja 
excluído o reconhecimento de formação de associação para o tráfico diante da 
insuficiência de provas. Subsidiariamente, se houver condenação, que seja com base no 
concurso de agentes. 
 
Teste de aprendizagem: No que tange ao crime de associação criminosa, consoante a nova 
redação do artigo 288 do Código Penal, conferida pela Lei n° 12.850/2013, é CORRETO afirmar 
que: 
▪ Resposta correta: No crime de associação criminosa, a pena aumenta-se até a metade se a 
associação for armada ou houver participação de criança ou de adolescente. 
 
Aula 02: Milícia privada 
Casuística: O Juiz de Direito 12ª Vara Criminal da Comarca Gama proferiu sentença 
condenatória imputando aos réus Marcos, André e Antônio a prática do delito previsto no artigo 
288-A pelo simples fato de terem sido flagrados no centro da cidade do Rio de Janeiro portando 
01 revólver calibre 38 e 06 munições intactas. Como advogado (a) de defesa do réu Antônio, 
indique a providência cabível. 
▪ Resposta esperada: Deve-se ser interposto recurso de apelação pleiteando a absolvição 
dos réus quanto à imputação do artigo 288-A, uma vez que o simples fato de se 
associarem não fornece indícios para comprovar a formação de milícia privada. 
 
Teste de aprendizagem: Analise as proposições relativas ao crime de constituição de milícia 
privada: 
I - O crime de constituição de milícia privada caracteriza-se como delito plurissubjetivo ou de 
concurso necessário. 
II - O crime de constituição de milícia privada não exige, para sua configuração, um elemento 
subjetivo especial, podendo a prática recair sobre qualquer crime previsto no ordenamento 
jurídico brasileiro. 
III - O artigo 288-A do Código Penal brasileiro constitui um tipo penal aberto, posto que o 
legislador não definiu o que se pode entender por “organização paramilitar”, “milícia particular”, 
“grupo” e “esquadrão”. 
IV - Para configuração do crime de associação criminosa não se exige a realização do fim visado, 
mas tão somente o simples fato de figurar como integrante da associação. 
V - A pena é aumentada até o dobro se houver a participação de criança ou adolescente. 
Diante das assertivas supramencionadas, pode-se afirmar que: 
▪ Resposta correta: Estão corretas as alternativas I, III e IV. 
 
Aula 03 – Organização criminosa 
Casuística: Carlos foi condenado pela prática do crime de tráfico de entorpecentes previsto no 
artigo 33 da 11.343/06 e a este não foi reconhecido o benefício previsto no artigo 33, §4º da 
referida lei sob alegação de pertencer à organização criminosa. A referida sentença transitou em 
julgado. Todavia, sobreveio a lei 12.850/13 que conceituou o que é organização criminosa e Carlos 
não se enquadrava naquele conceito. Como advogado(a) de defesa, indique a providência cabível. 
▪ Resposta esperada: Como advogado(a) de defesa, deve-se ingressar com Revisão Criminal 
para requerer o enquadramento do cliente no artigo 33, §4º com seus consequentes 
benefícios, uma vez que não preenche os requisitos de pertencer à uma organização 
criminosa. 
 
Teste de aprendizagem: Acerca da Lei n° 12.850/2013, que versa sobre organização criminosa, é 
CORRETO afirmar que: 
▪ Resposta correta: A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo 
da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução. 
 
Aula 04: Quadrilha na Lei de Drogas 
Casuística: Fernando e Cláudio são flagrados fazendo uso de entorpecentes em praça pública. Tal 
fato restou amplamente comprovado e demonstrado durante a instrução processual. Todavia, no 
momento da condenação, magistrado “a quo” proferiu sentença condenando Fernando pela 
prática do delito previsto no artigo 35 da lei 11.343/06. Como advogado(a) de defesa, indique 
providência cabível? 
▪ Resposta esperada: Deve ser interposta apelação para requerer a absolvição dos réus, 
tendo em vista que o artigo 35 da lei 11.343/06 se refere expressamente à prática dos 
delitos tipificados no artigo 33, “caput” e artigo 34, §1º e artigo 36. No caso em apreço, 
Fernando eCláudio poderiam incidir somente no delito previsto no artigo 28, Lei 
11.343/06 (consumo). 
 
Teste de aprendizagem: Sobre o crime de associação para fins de tráfico de drogas, previsto no 
artigo 35 da Lei nº 11.343/2006, é CORRETO afirmar que: 
▪ Resposta correta: Nas mesmas penas deste crime incorre quem se associa para a prática 
reiterada do financiamento de tráfico de drogas. 
 
 
Tema 07 – Crimes contra a fé pública 
Aula 01: Moeda falsa 
Casuística: Ler, analisar e responder fundamentadamente o problema abaixo: 
Tício utiliza uma cédula grosseiramente falsificada, para adquirir um determinado bem no 
comércio. A despeito da impossibilidade de enganar a média dos homens, dada a péssima 
qualidade da falsificação, ainda assim consegue efetuar a compra. Poderá responder por algum 
crime? Qual? Justificar. 
▪ Resposta esperada: No caso apresentado, Tício não poderá ser responsabilizado por 
crime de moeda falsa, visto que é fundamental que a moeda tenha o condão de ludibriar 
o homem mediano. No entanto, visto que a despeito da grosseira falsificação da cédula 
Tício, ainda assim, conseguiu ludibriar um comerciante de forma isolada, poderá, então, 
ser responsabilizado pelo crime de estelionato (Súmula 73 STJ: “A utilização de papel-
moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da 
competência da Justiça Estadual.”). 
 
Teste de aprendizagem: Com relação ao crime Moeda Falsa, previsto no Código Penal, é correto 
afirmar que: 
▪ Resposta correta: O tipo comporta a conduta de fabricar ou alterar, mediante falsificação, 
a moeda metálica ou papel-moeda, de curso legal no Brasil ou no exterior. 
 
Aula 02: Falsidade documental 
Casuística: Ler, analisar e responder fundamentadamente o problema abaixo: 
Um indivíduo apresenta nos autos de uma ação penal, recibos de pagamento de valores referentes 
a uma locação imobiliária. A veracidade da existência de tais pagamentos e, portanto, da 
informação contida em tais recibos é contestada pelo Ministério Público, que requer a realização 
de perícia documental. Configura-se adequada e viável a realização de perícia documental nesta 
situação? 
▪ Resposta esperada: O caso descrito remete à possibilidade de falsidade nas informações 
contidas nos recibos de pagamento de locação imobiliária. Tratar-se-ia, portanto, de 
crime de falsidade ideológica. Considerando que no crime de falsidade ideológica o 
documento é fisicamente genuíno, porém as informações nele contidas são falsas, não há 
como pleitear-se a realização de perícia documental. Esta seria possível, e necessária, se 
se tratasse de crime de falsidade material, em que o documento é fisicamente falso. 
 
Teste de aprendizagem: Sobre os crimes de falsidade documental, assinale a alternativa correta: 
▪ Resposta correta: A falsidade ideológica é crime comissivo e omissivo. 
 
Aula 03: Uso de Documento Falso 
Casuística: Ler, analisar e responder fundamentadamente o problema abaixo: 
Mévio, falsifica um documento público e posteriormente dele faz uso. Por qual (is) crime (s) 
deverá responder? Justificar. 
▪ Resposta esperada: No caso apresentado, Mévio deverá responder só e somente pelo 
crime de uso de documento falso, em função da aplicação da regra de consunção, 
segundo a qual o crime meio é absorvido pelo crime fim. 
 
Teste de aprendizagem: Sobre o crime de uso de documento falso é correto afirmar: 
▪ Resposta correta: Trata-se de tipo penal remetido. 
 
Aula 04: Outras Falsidades (Identidade, Adulteração de Sinal e Fraude em 
Concurso) 
Casuística: Ler, analisar e responder fundamentadamente o problema abaixo: 
“Um indivíduo identifica-se falsamente perante uma autoridade policial que o intimou nos autos 
de inquérito. Descoberta a falsidade é denunciado pelo delito do artigo 307, alegando, em 
memoriais, não se caracterizar o delito em vista do princípio da não autoincriminação.” 
Configura-se viável a alegação da defesa? 
▪ Resposta esperada: Não se mostra viável o acolhimento da tese de defesa, visto que o 
direito a não autoincrimação alcança somente fatos e não a qualificação do indivíduo 
(Súmula 522-STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é 
típica, ainda que em situação de alegada autodefesa). 
 
Teste de aprendizagem: Sobre o crime de fraudes em certames de interesse público é correto 
afirmar que: 
▪ Resposta correta: Trata-se de crime que exige além do dolo genérico, também o dolo 
específico. 
 
 
Tema 08 – Crimes praticados por funcionário contra a Administração Pública 
Aula 01: Peculato 
Casuística: Imagine que, por erro, um cidadão entrega a um funcionário público determinada 
quantia em dinheiro. O funcionário, ciente de tal circunstância, não devolve o dinheiro ao 
cidadão, não informa o ocorrido aos seus superiores e, finalmente, apropria-se do dinheiro. Qual 
crime esse agente público praticou? 
▪ Resposta esperada: O funcionário público praticou a conduta expressa no tipo penal 
constante do artigo 313, do Código Penal, que prevê: “Apropriar-se de dinheiro ou 
qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem”. 
 
Teste de aprendizagem: O funcionário público que se apropria de dinheiro de que tem a posse 
em razão do cargo comete o crime de: 
▪ Resposta correta: Peculato. 
 
Aula 02: Concussão 
Casuística: Determinado policial militar disse de forma impositiva ao assaltante que acabou de 
prender em flagrante, com o intuito de se locupletar indevidamente, que somente muito dinheiro 
o faria "aliviar sua barra". Tal conduta se amolda ao crime de concussão ou corrupção passiva? 
▪ Resposta esperada: Não obstante a possibilidade de divergência sobre a conduta 
praticada pelo agente de segurança pública, entende-se que em virtude de o agente ter se 
manifestado de maneira impositiva, seria o suficiente para a caracterização do crime de 
concussão, haja vista ter o policial exigido vantagem indevida e não apenas solicitado. 
 
Teste de aprendizagem: No crime de concussão, a circunstância de ser um dos agentes 
funcionário público: 
▪ Resposta correta: É elementar, comunicando-se ao concorrente particular, se este 
conhecia a condição daquele. 
 
Aula 03: Corrupção passiva 
Casuística: Policiais Militares Ambientais comparecem a um assentamento e constatam a 
extração ilegal de madeira (crime ambiental). Trabalhadores assentados pedem aos policiais que 
não adotem providências, no que são prontamente atendidos e os policiais se retiram, sem que 
qualquer providência fosse implementada. Diante da afirmação anterior, e com relação aos 
crimes contra a Administração Pública, qual crime praticaram os Policiais Militares? 
▪ Resposta esperada: A pedido de terceiros, os Policiais Militares deixaram de praticar um 
ato de ofício, incidindo no crime de corrupção passiva privilegiada, nos termos do artigo 
317, § 2º, do CP. 
 
Teste de aprendizagem: Imagine que um policial, em abordagem de rotina, identifique e efetue 
a detenção de um indivíduo procurado pela justiça. Assim que isso ocorre e antes de apresentar o 
indivíduo à autoridade de Polícia Judiciária (Delegado de Polícia), o policial recebe verbalmente, 
do detido, a seguinte proposta: soltar o indivíduo para que ele vá até o caixa eletrônico e busque 
R$ 500,00, a serem entregues ao policial em troca de sua liberdade. O policial aceita a proposta e 
solta o detido, que não retorna e não cumpre com a promessa de pagamento. 
Diante dessa hipótese, o policial: 
▪ Resposta correta: O policial praticou o delito de corrupção passiva. 
 
Aula 04: Prevaricação 
Casuística: João, funcionário público, teve desavenças pessoais no trabalho com Pedro. Com o 
desejo de vingar-se do seu desafeto, João retarda indevidamente um ato de ofício que devia 
praticar, com o claro objetivo de prejudicar Pedro. Analise a conduta praticada por João. 
▪ Resposta esperada: João retardou, indevidamente, ato de ofício para satisfazersentimento pessoal, tendo sua conduta subsumida ao tipo penal constante do artigo 319, 
do CP. 
 
Teste de aprendizagem: Para que o crime de prevaricação em umas das suas formas legais reste 
configurado, é preciso que o funcionário público: 
▪ Resposta correta: Deixe de praticar ato de ofício para satisfazer interesse ou sentimento 
pessoal. 
 
 
Tema 09 – Crimes praticados por particulares contra a Administração Pública 
Aula 01: Resistência 
Casuística: Roberto encontrava-se defronte o seu estabelecimento quando se depara com João, 
um desconhecido, discutindo com sua esposa. Ficou observando que a briga ganhava contornos 
cada vez mais agressiva até o momento em que João agarrou sua esposa pelos braços, passando a 
sacudi-la. Roberto, segurando-se para não intervir, permaneceu inerte. Contudo, João deu um 
soco no rosto da mulher, momento em que Roberto, recordando-se do artigo 301, do CPP, sobre a 
possibilidade de qualquer um do povo prender alguém em flagrante delito, resolve intervir, dando 
ordem de prisão a João, imobilizando-o. Porém, João reagiu, empurrando Roberto e evadindo-se. 
Roberto dirigiu-se à delegacia e, além de testemunhar acerca das lesões provocadas na mulher, 
noticiou o crime de resistência por ele sofrido. 
Procede a notícia crime em relação à resistência? 
▪ Resposta esperada: Não se configura o delito de resistência contra o particular que 
resolva prender alguém em flagrante (art. 301, CPP), caso haja oposição, ainda que 
violenta. Qualquer do povo está autorizado a realizar prisão em flagrante, mas isso não o 
transforma em funcionário competente para realizá-la, razão pela qual aquele que resiste 
responderá pelo mal causado, a exemplo de lesões corporais, mas não como incurso no 
artigo 329, do CP. 
 
Teste de aprendizagem: São pressupostos do delito de resistência que: 
I. O ato ao qual se opõe seja legal; 
II. A violência ou ameaça seja praticada contra o policial que executar o ato; 
III. A oposição seja praticada mediante violência ou ameaça. 
Está correto o contido em: 
▪ Resposta correta: I e III, apenas. 
 
Aula 02: Desobediência 
Casuística: João teve seu veículo roubado, acionando rapidamente a polícia militar que, instantes 
depois, logrou êxito em encontrar os agentes em posse do automóvel, sendo todos presos em 
flagrante. Os agentes de segurança pública acionaram a vítima para que procedesse ao 
reconhecimento do bem e dos criminosos, ordenando que permanecesse no local. No entanto, a 
vítima ingressou no veículo e foi embora para sua casa. A vítima praticou o crime de 
desobediência? 
▪ Resposta esperada: A vítima, nesse caso, malgrado tenha desobedecido à ordem legal, 
praticou o delito de exercício arbitrário das próprias razões. 
 
Teste de aprendizagem: A conduta de resistir passivamente à execução de ordem legal advinda 
de funcionário competente tipifica o crime de: 
▪ Resposta correta: Desobediência. 
 
Aula 03: Desacato 
Casuística: Um particular dirige-se à sala de audiência do fórum e, diante do magistrado, o 
chama de desonesto. Não contente, esse mesmo particular, tendo ciência do endereço residencial 
do juiz, passa defronte a sua casa e, aos berros, o chama de corrupto. Defina criminalmente as 
condutas praticadas pelo particular. 
▪ Resposta esperada: As duas situações retratadas na questão definem com precisão a 
diferença entre os delitos de desacato e injúria contra funcionário público. O crime de 
desacato exige para a sua caracterização que a ofensa seja praticada na presença do 
funcionário público (situação 1), ao passo que na injúria, a ofensa é proferida na ausência 
do agente público, mas, em ambas as hipóteses, exige-se relação de causalidade com 
função exercida. 
 
Teste de aprendizagem: Assinale a alternativa que exemplifica o crime de desacato: 
▪ Resposta correta: “X”, ao ter seu veículo apreendido pelo Delegado de Polícia “Z”, 
gesticula a ele de forma obscena utilizando o dedo médio da mão. 
 
Aula 04: Corrupção ativa 
Casuística: José ofereceu R$ 1.000,00 para João, Oficial de Justiça, deixar de citá-lo numa ação 
cível. João aceitou a oferta, mas José deixou de honrá-la. Nesse caso, José responderá por 
corrupção ativa? 
▪ Resposta esperada: Sim. Malgrado não tenha José entregado a vantagem, o mero 
oferecimento consuma o delito em comento, tratando-se de crime formal. 
 
Teste de aprendizagem: Paulo, sócio administrador de agência de turismo, ofereceu uma viagem 
à Europa a Jack, agente fiscal de rendas, para determina-lo a não autuá-lo por sonegação de 
tributo estadual. Jack aceitou a oferta, viajou e, quando voltou, foi até a empresa e lavrou auto de 
infração pela sonegação do referido tributo. Nesse caso, 
▪ Resposta correta: Jack responderá por corrupção passiva e Paulo por corrupção ativa. 
 
 
Tema 10 – Crimes contra a Administração da Justiça 
Aula 01: Denunciação Caluniosa 
Casuística: João, sabendo que Mário, seu vizinho, roubou um veículo, dirige-se à delegacia e, 
intencionado a prejudicar Mário por acreditar que ele cobiça sua esposa, comunica à autoridade 
pública o ocorrido, acrescentando, no entanto, circunstâncias das quais sabe serem falsas, 
narrando que Mário roubou o veículo em concurso com mais quatro agentes e mediante emprego 
de um fuzil. Quando, na verdade, Mário subtraiu o veículo sozinho mediante grave ameaça 
exercida verbalmente. 
É possível imputar o crime de denunciação caluniosa a João? 
▪ Resposta esperada: Não. O tipo penal é claro ao prever apenas a imputação falsa de 
“crime”, não acrescentando no preceito primário circunstâncias legais. Diferentemente 
seria a hipótese de João, sabendo que Mário praticou um furto, comunicar à autoridade a 
ocorrência falsa de um delito de roubo. Nesse caso, João responderia por denunciação 
caluniosa. 
 
Teste de aprendizagem: O Código Penal brasileiro, em relação ao crime de denunciação 
caluniosa, dispõe: 
▪ Resposta correta: Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, 
instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade 
administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente. 
 
Aula 02: Falso Testemunho e Falsa Perícia 
Casuística: Pedro fez afirmação falsa como perito em processo judicial, praticando o crime de 
falsa perícia previsto no artigo 342 do Código Penal. Na qualidade de advogado de Pedro, para 
que ele não seja punido, qual seria a conduta juridicamente adequada a se tomar? 
▪ Resposta esperada: Na qualidade de advogado de Pedro, visando à sua absolvição, a 
assistência jurídica adequada seria a retratação até a sentença no crime onde o falso foi 
proferido. Caso a retratação ocorra na ação penal contra Pedro, ele poderá ser 
beneficiado pela atenuante da confissão. 
 
Teste de aprendizagem: A, testemunha compromissada, mediante suborno, presta falso 
testemunho, em fases sucessivas de um processo penal, por homicídio doloso, ou seja, no 
inquérito policial, na instrução criminal e em plenário. A cometeu crime de: 
▪ Resposta correta: Falso testemunho único, com aumento de pena. 
 
Aula 03: Coação no curso do processo 
Casuística: Um delegado federal, por motivos de cunho pessoal, notadamente um acidente de 
trânsito que havia se envolvido, procurou a médica responsável pelo atendimento dos feridos e 
exigiu a entrega das fichas médicas, o que desencadeou a comunicação pela médica à 
Corregedoria da Polícia Federal sobre abuso de autoridade praticado pelo delegado. Tempos 
depois, ciente da instauração de procedimento administrativo, o delegado dirigiu-se ao 
consultório da médica e, após pedido de desculpas, pediu a ela que negasse qualquer tipo de 
violência empregada quando de seu depoimento na corregedoria. A médica, sentindo-se 
ameaçada, relatou o ocorrido à polícia, dando ensejo à investigação e propositura de ação penal 
pelo MPF contra o delegado federal por crime de coação no curso do processo. 
Na qualidade deadvogado, qual seria defesa técnica mais adequado para caso? 
▪ Resposta esperada: O caso apresentado retrata uma situação verídica, que resultou na 
absolvição do delegado federal em decisão proferida pelo TRF 2ª região, na Apelação 
200750500026788 RJ, por meio da qual o colegiado entendeu pela ausência de violência 
ou grave ameaça, a saber: “conforme bem salientado na sentença a quo, ante o teor dos 
depoimentos, se pode extrair que, o delegado foi ao consultório da médica não para pedir 
desculpas, mas sim para tentar convencê-la a omitir a agressão sofrida. No entanto, tal 
pedido por parte do acusado e o fato do mesmo ter possivelmente causado medo à 
médica, não conduz à conclusão de que a intimidação sofrida teria ocorrido na forma de 
violência ou de ameaça, mesmo que velada, suficiente para caracterizar o tipo descrito. 
Inclusive, cabe ressaltar que a própria médica em seu depoimento foi categórica ao 
responder a pergunta da defesa, no sentido de ter o acusado dado a entender que 
causaria à depoente algum mal grave, negando contundentemente. Nesse contexto, 
confirmo o juízo absolutório exarado em primeiro grau, vez que os elementos apurados 
não se apresentam suficientes para caracterizar o ilícito em debate. Ante o exposto, nego 
provimento ao recurso do MPF, mantendo a sentença na sua integralidade”. 
 
Teste de aprendizagem: Aquele que, usando de violência, com o fim de favorecer interesse 
alheio, contra pessoa que funciona em processo administrativo, comete o crime de: 
▪ Resposta correta: Coação no curso do processo. 
 
Aula 04: Favorecimento Pessoal e Favorecimento Real 
Casuística: Analise as três situações a seguir: 
(i) Advogado que instrui a testemunha de defesa a declarar que o acusado estava em sua casa no 
momento do crime. 
(ii) Advogado que, procurado pelo cliente foragido da polícia, adquire uma passagem aérea para 
que ele fique um período fora do país, visando à extinção da punibilidade pela ocorrência da 
prescrição. 
(iii) Advogado que, procurado pelo cliente foragido da polícia, o orienta a fugir para outro Estado 
até o advento da prescrição da pretensão punitiva? 
▪ Resposta esperada: As duas primeiras situações retratam conduta criminosa praticada 
pelo advogado. Na primeira, o advogado deverá responder como partícipe no delito de 
falso testemunho. Não obstante esse crime seja de mão própria, é possível o concurso de 
agentes na modalidade participação. Na segunda hipótese, o advogado responderá pelo 
delito de favorecimento pessoal, pois efetivamente proporcionou ao criminoso 
assistência, comprando uma passagem aérea, promovendo sua fuga. Na terceira situação, 
diferentemente da segunda, o simples induzimento ou instigação ao autor de crime a 
furtar-se da ação de autoridade não tipifica a conduta do artigo 348, do CP. 
 
Teste da aprendizagem: Após realizarem o roubo de um caminhão de carga, os roubadores não 
sabem como guardar as coisas subtraídas até o transporte para outro Estado no dia seguinte. 
Diante dessa situação, procuram Paulo, amigo dos criminosos, e pedem para que ele guarde a 
carga subtraída no seu galpão por 24 horas, admitindo a origem ilícita do material. Paulo, para 
ajudá-los, permite que a carga fique no seu galpão, que é utilizado como uma oficina mecânica, 
até o dia seguinte. A polícia encontra na mesma madrugada todo o material no galpão de Paulo, 
que é preso em flagrante. Diante desse quadro fático, Paulo deverá responder pelo crime de: 
▪ Resposta correta: Favorecimento Real.

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