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Bullying: O Fenômeno da Violência nas Escolas

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FACULDADE INTEGRADA DE ARAGUATINS 
PÓS-GRADUAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sara Maria São Mateus Sousa 
 
 
Bullying 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Castanhal-PA 
2020 
Introdução 
Bullying é um fenômeno que envolve repetidas e intencionais agressões contra 
uma ou mais pessoas com o intuito de prejudicá-las e afetá-las negativamente. 
Esse tipo de ocorrência é comum na sociedade brasileira, especialmente por 
conta da ideia histórica de violência como fonte de poder, verificável em grandes 
episódios, como na Ditadura Militar de 64, que utilizava a repressão como forma 
de controle e se espalhou no imaginário popular; e de despreparo governamental 
em lidar com situações que ocorrem em ambientes de sua responsabilidade, 
como o do ensino básico. 
O bullying pode afetar severamente o psicológico de uma pessoa. De início é 
perceptível que o bullying se baseia na ideia de que a violência é um método de 
obter poder perante as minorias. 
Não foi por acaso, que tal ideia de efetividade da violência se espalhou no âmbito 
privado e familiar, formando pais e responsáveis que criam seus filhos de 
maneira agressiva com o objetivo de educá-los com a punição, mas acabam 
infiltrando no indivíduo a crença de que essa é uma forma válida de se impor. 
Tal noção leva à ocorrência do bullying nas mais diversas esferas, seja no 
trabalho, com um chefe que ameaça seu funcionário devido à sua religião, seja 
na escola, onde colegas batem em outro por conta de suas características 
físicas. 
 
O que é bullying? 
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais 
ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais 
colegas. 
O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, 
brigão. 
Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, 
tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. 
“É uma das formas de violência que mais cresce no mundo”, afirma Cléo Fante, 
educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas 
Escolas e Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868). 
Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, 
como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. 
O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar 
emocional e fisicamente o alvo da ofensa. 
Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e 
adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou 
separatistas podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo 
de trauma que influencie traços da personalidade. 
Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do 
jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio. 
O que não é bullying? 
Discussões ou brigas pontuais não são bullying. 
Conflitos entre professor e aluno ou aluno e gestor também não são 
considerados bullying. 
Para que seja bullying, é necessário que a agressão ocorra entre pares (colegas 
de classe ou de trabalho, por exemplo). 
Todo bullying é uma agressão, mas nem toda a agressão é classificada como 
bullying. 
Para Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da 
Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), 
para ser dada como bullying, a agressão física ou moral deve apresentar quatro 
características: a intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a 
presença de um público espectador e a concordância do alvo com relação à 
ofensa. 
” Quando o alvo supera o motivo da agressão, ele reage ou ignora, desmotivando 
a ação do autor”, explica a especialista. 
Bullying na escola 
O bullying pode acontecer no condomínio, na vizinhança, em grupos ou 
agremiações esportivas etc., mas o local onde mais acontece esse tipo de crime 
é na escola. Fatores sociológicos e psicológicos explicam esse fenômeno: é na 
escola onde os jovens passam grande parte de seu tempo e interagem com um 
número maior de pessoas. 
Também é na escola o lugar onde os reflexos da sociedade fazem com que se 
crie uma espécie de micro-organismo social, que tende a recriar a sociedade em 
um espaço menor e isolado. A sociedade em geral é agressiva e excludente, e 
esses fatores tendem a se repetir entre os jovens no âmbito escolar. 
Na escola, os cruéis padrões de beleza e comportamento ditados pela sociedade 
aparecem como normas. Em geral, um grupo dominante reafirma e dita 
esses padrões dentro do âmbito escolar, fazendo com que se estabeleça uma 
regra (a normalidade) e tudo aquilo que fuja dessa regra seja considerado como 
inferior e digno de sofrimento e exclusão. O grau de popularidade dos que se 
consideram superiores e a sua maior aceitação pelo grupo fazem com que eles 
se sintam no direito de tratar mal aqueles que não são populares e não se 
enquadram no padrão do grupo. 
Além da intimidação, da perseguição e da violência psicológica, o bullying pode 
levar à violência física. Os profissionais da educação devem ficar atentos para 
evitar os casos de bullying e resolver a situação, conscientizando os agressores 
e auxiliando as vítimas. 
 
 
 
Perfil do Agressores 
O agressor, em geral, tem uma mente perversa e às vezes doentia. Ele é 
consciente de seus atos e consciente que suas vítimas não gostam de suas 
atitudes, mas agride como forma de se destacar entre seu grupo. Assim, os 
agressores pensam que serão mais populares e sentem o poder com esses atos. 
Os agressores buscam vítimas que normalmente destoam da maioria por alguma 
peculiaridade. Os alvos preferenciais são: 
• os alunos novatos; 
• os extremamente tímidos; 
• os que têm traços físicos que fogem do padrão; 
• os que têm excelente boletim, o que serve para atiçar a inveja e a vingança dos 
menos estudiosos. 
 
Consequências do bullying 
As consequências do bullying podem ser devastadoras e irreversíveis para a 
vítima. Os primeiros sintomas são o isolamento social da vítima, que não se vê 
como alguém que pertence àquele grupo. A partir daí, pode haver uma queda no 
rendimento escolar, queda na autoestima, quadros de depressão, transtorno 
de ansiedade, síndrome do pânico e outros distúrbios psíquicos. Quando não 
tratados, esses quadros podem levar o jovem a tentar o suicídio. 
Se os traumas do bullying não forem tratados, a vítima pode guardar aquele 
sofrimento em seu subconsciente, que virá a se manifestar diversas vezes em 
sua vida adulta, dificultando as relações pessoais, a vida em sociedade, 
afetando a sua carreira profissional e até levando ao desenvolvimento de vícios 
em drogas e álcool. 
 
Tipos de Bullying 
• Cyberbullying: quando o bullying ocorre por meio das tecnologias da 
informação, seja internet (redes sociais, e-mails, etc.) e/ou celulares (torpedos). 
• Verbal: quando o bullying acontece por meio de palavras de baixo calão, 
apelidos e insultos. 
• Moral: associado ao bullying verbal, ele ocorre através de boatos, difamações 
e calúnias. 
• Físico: quando o bullying envolve a agressões físicas, seja empurrão, bater, 
chutes, etc. 
• Psicológico: quando o bullying envolve aspectos que afetam o psicológico, por 
exemplo, chantagem, manipulação, exclusão, perseguição, etc. 
• Material: quando o bullying é definido por ações que envolvem roubo, furtos e 
destruição de objetos pertencentes a alguém. 
• Sexual: nesse caso, o bullying é cometido por meio de abusos e assédios 
sexuais. 
 
https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/autoestima.htm
https://brasilescola.uol.com.br/doencas/doenca-ansiedade.htm
https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/sindrome-panico.htm
https://brasilescola.uol.com.br/drogas/
https://brasilescola.uol.com.br/doencas/alcoolismo.htm
https://www.todamateria.com.br/cyberbullying/
Como identificar o alvo do bullying? 
O alvo costuma ser uma criança ou um jovem com baixa autoestima e retraído 
tanto na escola quanto no lar. 
“Por essascaracterísticas, dificilmente consegue reagir”, afirma o pediatra Lauro 
Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção 
à Infância e Adolescência (Abrapia). 
Aí é que entra a questão da repetição no bullying, pois se o aluno procura ajuda, 
a tendência é que a provocação cesse. 
Além dos traços psicológicos, os alvos desse tipo de violência costumam 
apresentar particularidades físicas. 
As agressões podem ainda abordar aspectos culturais, étnicos e religiosos. 
“Também pode ocorrer com um novato ou com uma menina bonita, que acaba 
sendo perseguida pelas colegas”, exemplifica Guilherme Schelb, procurador da 
República e autor do livro Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil. 
 
Lei sobre o bullying escolar 
 
No dia 6 de novembro de 2016, foi sancionada no Brasil pela presidente Dilma 
Rousseff a Lei 13.185, que institui o Programa de Combate à Intimidação 
Sistemática. A lei composta por oito artigos torna a luta contra o bullying escolar 
uma política pública de educação e implementa uma série de ações que visam 
a erradicar o bullying por meio de campanhas publicitárias, capacitação dos 
profissionais da educação para lidarem com casos de bullying e o diálogo mais 
estreito entre a escola e a família. Veja a transcrição dos artigos 2º, 3º e 4º dessa 
lei: 
 
 
Art. 2º Caracteriza-se a intimidação sistemática (bullying) quando há violência 
física ou psicológica em atos de intimidação, humilhação ou discriminação e, 
ainda: 
 
I - Ataques físicos; 
II - Insultos pessoais; 
III - Comentários sistemáticos e apelidos pejorativos; 
IV - Ameaças por quaisquer meios; 
V - Grafites depreciativos; 
VI - Expressões preconceituosas; 
VII - Isolamento social consciente e premeditado; 
VIII - Pilhérias. 
Parágrafo único. Há intimidação sistemática na rede mundial de computadores 
(cyberbullying), quando se usarem os instrumentos que lhe são próprios para 
depreciar, incitar a violência, adulterar fotos e dados pessoais com o intuito de 
criar meios de constrangimento psicossocial. 
Art. 3º A intimidação sistemática (bullying) pode ser classificada, conforme as 
ações praticadas, como: 
I - Verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente; 
II - Moral: difamar, caluniar, disseminar rumores; 
III - Sexual: assediar, induzir e/ou abusar; 
IV - Social: ignorar, isolar e excluir; 
V - Psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, 
chantagear e infernizar; 
VI - Físico: socar, chutar, bater; 
VII - Material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem; 
VIII - Virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou 
adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de 
criar meio de constrangimento psicológico e social. 
Art. 4º Constituem objetivos do Programa referido no caput do art. 1º : 
I - Prevenir e combater a prática da intimidação sistemática (bullying) em toda a 
sociedade; 
II - Capacitar docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações 
de discussão, prevenção, orientação e solução do problema; 
III - Implementar e disseminar campanhas de educação, conscientização e 
informação; 
IV - Instituir práticas de conduta e orientação de pais, familiares e responsáveis 
diante da identificação de vítimas e agressores; 
V - Dar assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores; 
VI - Integrar os meios de comunicação de massa com as escolas e a sociedade, 
como forma de identificação e conscientização do problema e forma de preveni-
lo e combatê-lo; 
VII - Promover a cidadania, a capacidade empática e o respeito a terceiros, nos 
marcos de uma cultura de paz e tolerância mútua; 
VIII - Evitar, tanto quanto possível, a punição dos agressores, privilegiando 
mecanismos e instrumentos alternativos que promovam a efetiva 
responsabilização e a mudança de comportamento hostil; 
IX - Promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os 
tipos de violência, com ênfase nas práticas recorrentes de intimidação 
sistemática (bullying), ou constrangimento físico e psicológico, cometidas por 
alunos, professores e outros profissionais integrantes de escola e de 
comunidade escolar. 
Conclusão 
Com todo esse estudo concluímos o quanto é prejudicial o bullying na vida do 
ser humano. 
Também sabemos que violência não é combatida com mais violência. Às vezes, 
punições aos agressores são necessárias quando estes extrapolam qualquer 
limite razoável, porém, na maioria das vezes, os agressores também são jovens 
que sofrem por algum motivo. Nesses casos, a melhor maneira de solucionar o 
problema é pelo diálogo e conscientização. É necessário conscientizar aqueles 
que assistem, repetem ou indiretamente contribuem com o bullying, pois eles 
também mantêm o sistema de agressividade funcionando. 
Para além das campanhas governamentais e não governamentais, é necessário 
que as famílias se unam com os profissionais da educação para que todos 
possam trabalhar na conscientização de seus filhos e no apoio emocional de que 
as vítimas do bullying necessitam. 
Em suma, o governo deve investir mais na preparação dos professores, em 
palestras feitas para os pais e campanhas a fim de impedir que o problema do 
bullying se alastre ainda mais e prejudique ainda mais pessoas na sociedade. É 
necessário que haja conscientização eficaz para que todos compreendam o 
bullying como um retrocesso, não como frescura ou exagero dos jovens. E 
retrocesso se combate com avanço e investimento. 
 
 
 
Referencias 
DIANA, Daniela. “Bullying”. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/bullying/ 
PORFíRIO, Francisco. "Bullying"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/bullying.htm. 
Texto: Revista Escola. Disponível em: https://escoladainteligencia.com.br/o-que-
e-bullying/ 
https://www.stoodi.com.br/redacao/redacao-pronta-bullying/ 
 
https://www.todamateria.com.br/bullying/
https://escoladainteligencia.com.br/o-que-e-bullying/
https://escoladainteligencia.com.br/o-que-e-bullying/
https://www.stoodi.com.br/redacao/redacao-pronta-bullying/
	Perfil do Agressores
	Consequências do bullying
	Tipos de Bullying
	Como identificar o alvo do bullying?
	O alvo costuma ser uma criança ou um jovem com baixa autoestima e retraído tanto na escola quanto no lar.
	“Por essas características, dificilmente consegue reagir”, afirma o pediatra Lauro Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia).
	Aí é que entra a questão da repetição no bullying, pois se o aluno procura ajuda, a tendência é que a provocação cesse.
	Além dos traços psicológicos, os alvos desse tipo de violência costumam apresentar particularidades físicas.
	As agressões podem ainda abordar aspectos culturais, étnicos e religiosos.
	“Também pode ocorrer com um novato ou com uma menina bonita, que acaba sendo perseguida pelas colegas”, exemplifica Guilherme Schelb, procurador da República e autor do livro Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil.
	Lei sobre o bullying escolar

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