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Globalização e Interdependência

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Globalização e interdependência. Conceitos e discussão teórica aplicados a casos de estudo
Globalização é um conceito extremamente recente, este em meados da década de 1980 e substitui conceitos como internacionalização e transnacionalização, o que faz com que a definição concreta deste seja ainda muito debatido. Dependendo da área de estudo onde a Globalização é analisada, vão ser destacados aspetos diferentes desta, o que dificulta então ainda mais estabelecer um conceito universal. 
Tem aqui uma etapa para perceber!!
DAVID HELD e ANTHONY MCGREW destacam quatro fatores que acontecem devido a globalização e que ajudam então a definir esta:
· A compressão espaço-temporal (tangível e intangível). A dimensão da facilidade de movimento quer seja físico ou não (As ideias circulam e circulam muito mais rápido devido a esta compressão de espaço tempo).
· A interdependência das economias e das sociedades; (obrigatório esta interdependência para termos um mundo Globalizado).
· A erosão das fronteiras e das barreiras geográficas à atividade socioeconômica;
· A integração global (consciência da situação global), alterações climáticas, direitos humanos e das crianças são algo que necessita desta consciência mundial.
Há vários entraves mesmo no mundo atual a este processo de globalização. A coreia do Norte (Sociedade fechada) onde há aqui um entrave a troca de informações, fluxos, matérias, e com uma fronteira física bem delimitada, ou mais recentemente a situação pandémica onde a circulação de pessoas e até de informação está limitada constituem um entrave a esse processo de Globalização. 
Harvey mostra como a globalização está presente até nas pequenas coisas e que nós nem prestamos atenção. Dando o exemplo do pequeno-almoço Harvey mostra que há uma intricada rede de relações sociais, económicas entre outras para podermos estar ali a tomar o nosso pequeno-almoço calmamente.
Primavera árabe 'a intensificação das relações sociais mundiais que ligam realidades distantes em tal uma forma de que os acontecimentos locais são moldados por eventos ocorrendo muitas milhas de distância e vice-versa'
Giddens (1990:64)
Entre Dez. de 2010 e Jan. 2011 uma séria de conflitos e de instabilidade surgiram no norte de Africa e no Médio Oriente. 
Começou na Tunísia a 18 de dezembro com protestos contra o Regime em vigor, onde se procurava melhores condições e maior liberdade, estendendo-se depois a Argélia (29 de Janeiro), Egipto (25 de Janeiro), Sudão (30 de Janeiro), Iémen (27 de Janeiro), Irão (14 de Janeiro), entre outros.
Este acontecimento foi potenciado quase como um fator de contágio na circulação de informação através de grupos de redes sociais como o Facebook, onde houve uma troca de informação e ideologias que ajudaram a promover estas agendas pela liberdade, muitos parecidos entre os países. Isto ajuda a perceber a facilidade a que a informação circula o derrubar de Barreiras Físicas e de fronteiras e também a consciencialização daquilo que acontece noutros países e noutra geografia que não a nossa. 
 
O que os diversos autores dizem e veem a Globalização?
WATERS (1996:3) Globalização:
Waters diz nos que a Globalização é “Um processo social no qual as limitações geográficas nos arranjos sociais e culturais diminuem e no qual as pessoas tornam-se cada vez mais conscientes que essas limitações estão diminuindo”. Aqui podemos perceber que este ator se foca nas questões socias e culturais. 
· Quem consome TV e em vários filmes podemos perceber que existe arios costumes culturais enraizados no nosso dia a dia. 
· No shopping também esta Globalização está bem presente. Na área da restauração por exemplo, podemos encontrar cadeias de restaurantes Americanas, Norte Americanas, Asiáticas, Africanas, entre outros.
Podemos então perceber que estamos expostos diretamente, a elementos culturais e sociais que não são tipicamente os nossos. 
 SANTOS (1994:48)
Santos diz que "A globalização constitui o estádio supremo da internacionalização, amplificação em "sistema-mundo" de todos os lugares e de todos os indivíduos, embora em graus diversos. Neste sentido, com a unificação do planeta, a terra torna-se um só e único "mundo", e assiste-se a uma refundição da "totalidade terra".
Enuncia a Desigualdade encontrada na Globalização!!
Nem todos estão expostos da mesma maneira a Globalização!!! Uma pessoa na Coreia do Norte, não está igualmente exposta, a uma pessoa nos Estados unidos.
(Tendo atenção que esta diferente exposição é voluntaria)
A internacionalização muito ligada á questão económica. 
Esta ressume se á capacidade de troca de fluxos comerciais e de empresas de relações internacionais de uma companhia.
DAVID HELD e ANTHONY MCGREW (2001:12)
Segundo David Held e Anthony Mcgrew "A globalização tem um aspeto inegavelmente material, na medida em que é possível identificar, por exemplo, fluxos de comércio, capital e pessoas em todo o globo"NOTA!!!
Fluxos inatingíveis, são fluxos que não se pode tocar, pois não possuem um corpo físico
Estes autores se concentram novamente no aspeto material e económico da Globalização onde falam dos fluxos económicos, deixando de lado as questões culturais e sociais de fluxos intangíveis.x
Ponto de ordem e analise critica dos conceitos destes autores!!
· Waters foca-se principalmente nas questões sociais e culturas;
· Santos foca-se nas questões económicas e expõe as desigualdades existentes na Globalização;
· David Held e Anthony Mcgrew foca-se novamente na questão material e dos fluxos económicos;
Estes conceitos dão uma perspetiva muito eurocêntrica ou ocidental, onde os investigadores avaliam e observam o fenómeno da Globalização a partir do mundo ocidental para o resto do mundo. Esta ideia de uma perspetiva muito ocidental é a ideia da expansão da nossa maneira de viver e até mesmo a imposição da nossa maneira de viver.
Conceito de globalização centrado numa narrativa Ocidental
(Kloosterman et al, 2018)
Interpretação de Prado (2009) sobre a globalização!!
Prado identifica 4 linhas básicas para interpretar a Globalização. 
1. Globalização como uma época histórica; 
2. Globalização como um fenômeno sociológico de compressão do espaço e tempo; 
3. Globalização como hegemonia de valores liberais;
4. Globalização como fenómeno socioeconómico
1. Globalização como uma época histórica
Prado diz que “Aquilo que é atualmente chamado de globalização vem de longe na história da era moderna. Como se sabe, trata-se de um processo que se iniciou por meio das “grandes navegações”, no século XV d.C.”. Ele mostra que Lisboa nos séculos XV e XVI era uma capital global devido a diversos fatores:
· Está no centro da circulação de produtos comerciais; 
· Concentra em si uma população misturada, de indígenas (entenda-se, lisboetas ou portugueses), outros europeus e de povos de todo o globo; 
· “Consciência global” nem que seja quanto aos fluxos comerciais;
· É reconhecida por outras cidades como detentora dessa capacidade; 
· Estava na vanguarda de novas formas de conhecimento, de tecnologia e de comunicação que lhe permitia exercer essa posição Global.
2. Globalização como um fenômeno sociológico de compressão do espaço e tempo
Aqui ele dá a conceção difundida por David Harvey (1989) e Anthony Giddens (1990,1999) que diz que a globalização é «O processo social pelo qual os fenómenos se aceleram e se difundem pelo globo». Temos o exemplo da Primavera Árabe onde a globalização contribui para a criação destas revoltas e também para conscientização global do que se estava a passar.
Ele mostra ainda a importância da Globalização para a organização do espaço na definição de relações entre atividades, conceitos, mas também entre pessoas. Esta compreensão do tempo e do espaço só é possível pelas transformações tecnológicas, que permite essa rapidez na transferência de informações, conceitos, materiais e até de pessoas pelo mundo. Simples coisas como comunicar com pessoas, ou transferências bancarias não seria possível sem esta inovação tecnológica.
Prado diz que para Harvey há indicações que estacompressão do espaço-tempo tem estimulado o nacionalismo e o localismo mais intensamente que o internacionalismo.
 O nacionalismo apresenta uma definição política sobretudo da preservação da nação enquanto entidade, por vezes na defesa de território delineado por fronteiras terrestres, mas, acima de tudo nos campos linguístico e cultura. Protegendo estes e sendo contra processos de destruição identitária ou transformação
Em sentido estrito, seria um sentimento de valorização marcado pela aproximação e identificação com uma nação.
Localismo é a mesma coisa que o nacionalismo, mas uma escala menor (não no mesmo sentido que na cartografia)
A Globalização é um processo que encolhe as distâncias e coloca territórios, pessoas e ideias em proximidade, no entanto, sabemos que há medida em que estamos em contacto com mais diversidade haverá tendência para que alguns grupos repudiem essa diversidade. 
Há uma necessidade defesa dos valores nacionais, no entanto há aqui uma ideia de perceber quais dos valores nós queremos manter. As touradas são algo que tem sido muito rebatido a nível nacional, sobre se será uma parte da cultura que devemos manter. 
A evolução humana mostra que sim há aqui uma ideias tradicionais que tem de ser perdidas, embora haja países em que existe uma maior resistência, tem se caminhado para acabar com estas ideologias.
3. Globalização como hegemonia de valores liberais
Do ponto de vista ideológico Globalização pode significar a hegemonia de valores liberais, muito associados ao libre mercado. Como é que o mercado e os fluxos monetários fluem no nosso planeta? Como é que estes ultrapassam as barreiras do estado e se movimentam a um nível supra estatal, sem que os estados possam intervir sobre eles?
Podemos ver no gráfico que o investimento estrageiro tem vindo a aumentar na Ásia maioritariamente, o que significa que este em 2014 era o mercado em maior crescimento. Por que razão? A razão é condições nível de acordos para que a industria se possa localizar lá uma vez que há fluxos monetários para lá e a sair de lá.
Concentração do investimento direto estrangeiro
As projeções apontam para que os países em desenvolvimento o valor do investimento estrangeiro direto se aproxime dos países desenvolvidos, onde o fluxo financeiro nesses países, apresentando-se com economias emergentes. 
Este por norma tem condições ambientais e legislação que o proteja muito mais frágil, e de proteção ao trabalhador mais frágil.
4. Globalização como fenómeno socioeconómico.
Esta pode ser definida por a interação de três processos distintos:
1. expansão dos fluxos internacionais de bens, serviços e capitais
2. A crescente concorrência nos mercados internacional;
3. A maior integração entre os sistemas econômicos nacionais.
Wallerstein´s propõe uma explicação das dinâmicas da economia, num mundo capitalista, como um sistema uno.
Ele propõe uma organização em três níveis:
· Core: Destes fazem parte um conjunto de países do centro (países dominantes), que tem o maior poder e político. Este número de países não é estanque, onde a china na publicação deste não faria parte deste grupo, no entanto hoje em dia faz. Este conjunto de países vai consumir bens de elevado rendimento na periferia e na semiperiferia, enquanto estes contribuem com a matéria-prima e mão de obra barata.
· Semiperiferia: Tem o mesmo impacto sobre os países da periferia, que consomem bens de elevado rendimento da semiperiferia, enquanto estes contribuem com a matéria-prima e mão de obra barata dos países da periferia.
Resumindo: Como definir globalização?
Percebe-se então que a Globalização não ocorre a um ritmo constante, nem ao mesmo tempo em todo e em todas as Geografias.
Diferentes Ondas da Globalização 
A grande dispersão (há cerca de 100.000 anos)
(Sachs, 2015) considera que a globalização vem muito mais cedo, do que as grandes descobertas, começando a cerca de mais de 100 mil anos quando o ser humano chegou e ocupou todo planeta.
A chegada do ser humano a um determinado espaço parece estar relacionada com a extinção de algumas espécies. O caso do cavalo, na américa do norte após a chegada dos seres humanos é um exemplo disso (comparação com a Europa).
A revolução do neolítico (há cerca de 10.000 anos)
Porque será esta uma onda de Globalização?
Uma nova maneira de viver onde se passou a ser nómade para passar a sedentário. Onde surgiram novas técnicas de caça e trocas de informação entre as tribos.
Os primeiros impérios (há 3.000 anos)
Os primeiros impérios (há 3.000 anos) deram-nos o conceito de uma gestão política através do imperador e na formação de uma sociedade que tudo responde a esse. A existência de trocas comerciais entre os impérios romano e da Dinastia Han também foram importantes ao fenómeno da Globalização
Os descobrimentos no SEC XV
Este é o primeiro período de globalização moderno. Segundo alguns autores é a primeira fase da expansão do capitalismo devido as tricas comerciais, sendo o único processo histórico que teve alcance verdadeiramente global, mas, ainda assim, incompleto segundo (CEPAL, 2002: 18).
Lisboa é o exemplo desta fase, onde esta era uma cidade multicultural e aberta que aquilo poderíamos esperar. 
Aqui podemos ver uma inflação a partir da descoberta das américas (estudar)
A Industrialização (Sec. XIX)
O período da industrialização dita a hegemonia do império britânico, onde “o sol nunca se punha”. Aqui há uma grande produção em escala em tempos curtos e a experiência de comercio libre.
· Período que dita a hegemonia do mundo anglo-saxónico 
· Para alguns autores é a primeira fase 
· Elevada mobilidade dos capitais e da mão -de -obra 
· Auge comercial, baseado na grande redução dos custos de transporte (em vez do livre comércio
A nova globalização (atual)
Esta encontra se dividida em duas fases:
· 1.º fase (após a IIWW), marcada pelo desenvolvimento de instituições de cooperação internacional em matéria financeira e comercial (muito importante uma vez que estas instituições e cooperações são ferramentas e momentos que dialogam uns com os outros). Há uma expansão do comércio de manufaturas entre países desenvolvidos, bem, no entanto há baixa mobilidade de capitais e de mão-de-obra ainda.
· 2.º fase (após anos 1970), há uma generalização do livre comércio, os acordos comerciais (União Europeia, espaço Schengen é desenvolvido após esta data. Existe uma crescente presença das empresas transnacionais no cenário mundial e por consequência uma elevada mobilidade dos capitais. Um ideia de capitalismo libertário que permite exatamente esta ideia de um mundo de trocas comerciais.Homogeneização dos modelos de desenvolvimento, ou seja, há uma maneira de pensar no desenvolvimento e bem-estar que deve ser o caminho dos países que é alargada a todo o mundo. 
Como é que as sociedades atuais se relacionam?
As sociedades hoje em dia se relacionam através do comercio de bens e serviços e sistema financeiro. Todos nós sabemos que existe uma grande interdependência de comércios e dos sistemas financeiros (usar o nosso banco fora do país, transferências de dinheiro e ainda as cadeias de valor, onde tudo o que consumimos é produzido numa infinidade de espaços). Todos estes fatores estão interligados e interdependentes e uma possível perturbação de um destes elementos numa parte do globo e rapidamente é repercutido para todo o globo.
Nesta imagem temos o exemplo das cadeias de valor da apple onde todos os setores estão localizados em partes diferentes do globo, onde por exemplo marketing e retail é feito por países do core e da semiperiferia. Ou seja, a comunicação entre as zonas é feita através das cadeias de valor de grandes sistemas produtivos de uma transnacional por exemplo.
Ideias 
Há uma grande circulação de ideias, conceitos, preocupação e formas de ver o mundo.
A facilidade na troca de ideias é espantosa!!! 
´
Migração
A emigração é um processo quepromove esta troca de ideias, cultura e pensamentos.
Geopolítica
A criação de tratados de grupos comerciais e políticos, onde sem estes as trocas comercias ia ficar muito mais dificultado. A manutenção da paz também é importante para estes acordos, pois sem eles a troca de ideias, capitais e pessoas do que em períodos de instabilidade.
Segundo MacGillivray (2006: 31) “As contrações que encolheram o planeta”
1. A divisão ibérica (1490-1500)
O tratado de Tordesilhas e conhecimento do mundo global (com foque para os descobrimentos). Segundo MacGillivray o tratado de Tordesilhas foi a primeira onda da Globalização, onde esta diz que cada onda faz o mundo ficar cada vez mais contraído e pequeno, ou seja, mais acessível.
O tratado de Tordesilhas potenciou o início da competição comercial por abastecimento a longas distâncias. Aqui houve o início da criação de entrepostos, fluxos comerciais organizados (cacau, açúcar eram comércios com sistemas complexos de transferência de capitais e de bens de um local para o outro, não esquecendo a movimentação de mao de obra escrava para outro sítio)
2. O meridiano britânico
Na altura da prosperarão do império britânico que teve a hegemonia na revolução industrial, onde as viagens á volta do mundo tornam-se uma possibilidade, há uma expansão de empresas, de barcos a vapor, telégrafos e por fim ainda uma alteração dos hábitos de consumo.
O exemplo do mapa onde mostra a rota do chá britânico, que é um dos exemplos das transferências culturais que existiu graças a estes mecanismos e processos.
3. O mundo Sputnik
Há uma bipolarização do muno (Muro de Berlim), onde havia um muro que dividia o mundo em dois. Isto foi muito importante para a globalização em que esta ocorria a dois níveis, a duas velocidades e dois sistemas políticos. Em ambos os lados tínhamos países muito próximos nestes sentidos discutidos.
A potenciação das relações multinacionais e o início do movimento “verde”.
4. A cadeia de abastecimento global (1995-2005)
Existiu as motivações pelas cadeias de abastecimento de multinacionais, acesso facilitado a informação (internet, telemóveis, etc.) e debate acerca da globalização (benefícios vs malefícios). Há uma perspetiva da globalização de ideologia muito ocidental, de imposição de logicas.
5. Termo globalização
Abrandamento do crescimento económico, o crescimento das redes sociais, o consumo virtual e debate sobre alterações climáticas a dominar o fórum global
Atores no processo de Globalização
· Companhias de viagens
Promove um grande fluxo de pessoas facilmente com destaque para as companhias low cost.
· Instituições culturais (e.g. Universidades, museus) 
Promovem a difusão de elementos culturais, valores, entre outros. 
· Grupos económicos (e.g empresas)
Grandes grupos económicos ultrapassam largamente as fronteiras do país, a presença de um grupo económico num país alarga-se a todo o mundo, promove a circulação de bens, de produtos e de pessoas a uma escala global.
· Cidades
Não as cidades em si, mas sim os agentes das cidades, empresas que se localizam aqui, os agentes públicos, entre outros promovem a transferência cultural, económica, a transnalização das empresas, a venda dos produtos, a circulação de pessoas.
· Elementos com identidades próprias e inimitáveisO que é um fenómeno de Globalização.
Consideramos a globalização de algum fenómeno como algo que surge num determinado ponto, com uma determinada geografia e depois se dispersa pelo mundo. 
Sim a torre Eiffel é francesa não faz parte do património mundial faz parte da nossa herança como património mundial a mesma coisa que era a catedral, catedral de Notre Dame, já são elementos que com contribuem para a identidade global e nesse sentido são atores no processo de globalização uma vez que promovem o processo de globalização. 
Um exemplo muito concreto de algumas por tentativas muitas vezes de repetir esses elementos, sendo ele tão marcantes, há um esforço para os produzir vocês. A China tem essa ideia de fazer tudo o que é ocidental a uma escala diferente construindo até uma cidade que tem uma torre Eiffel tem o big Ben e por aí ou em Las Vegas que também há elementos que são reconstituições ou reproduções de outros ícones de outras geografias.
Fatores (Drivers) facilitadores
Fatores facilitadores da Globalização, de formas regularizadas e relativamente duradouras da interligação global:
• físicos (como os sistemas de transportes ou bancários);
• normativos (como as regras do comércio);
• simbólicos (a exemplo do inglês usado como língua franca)
Então dentro destes fatores físicos, globais e simbólicos temos exemplos como:
1. A tecnologia
Todo o processo de mudança global está associado a alguma tecnologia, mesmo no exemplo de sache em que referia ocupação do mundo pelo ser humano está associado uma tecnologia, ou seja, está associado à capacidade de transporte a conta a capacidade de se moverem. A adaptação ao sedentarismo com a capacidade de fazer agricultura de terem atividades agrícola é outro exemplo, sendo assim percebemos que sempre ao longo da história cada processo globalização ou cada onda de globalização está associada a diversos elementos tecnológicos. Seculo XV é outro exemplo de inovações tecnológicas como a nau marinha que deu a capacidade de nos mover.
A tecnologia vista de diversos pontos de vista:
· Tecnologia do ponto de vista alimentar - Depois temos também a tecnologia do ponto de vista alimentar, ou seja, a capacidade de produzir alimento, o transportar e o guardar.
· Tecnologia do ponto de vista Militar - Porque é que do ponto de vista ponto de vista militar a tecnologia proporciona uma vantagem estratégica de um território ou de um grupo sobre outro?
· Transportes - bens e pessoas
· Energia – utilização de energia para além da humana - Adequação da energia ter, em que por exemplo numa das fases da globalização, relacionada ao Império britânico e a utilização de máquina de vapor, onde constatamos um momento em que deixamos de utilizar a nossa própria energia, a energia do nosso corpo para utilizar energia das máquinas, ou seja, há uma transferência aqui energética muito associada ao desenvolvimento tecnológico.
· Informação – difusão de conhecimento
2. Condições naturais (Ambiente físico)
O Ambiente físico e as suas condições naturais representam a base onde decorre todo o resto. Se uma sociedade se encontra rodeada por desertos, a sua cultura não vai ocupar e não se vai tornar no globalizada ou dificilmente acontecerá, assim sendo as condições não naturais como a facilidade de comunicação e a existência de caminhos podem proporcionar a globalização, a transferência e a difusão de elementos de Globalização.
Zonas climáticas na questão alimentar também é algo importante!! A produção agrícola é um fator muito importante e devido ao relevo, ao acesso oceano e também aos recursos naturais tornam se aqui elementos essenciais. Locais com mais recursos naturais ou com maior disponibilidade de recursos naturais são locais tendencialmente se vão desenvolver mais, e assim tem um maior potencial para globalização. Pensando por exemplo na expansão portuguesa e nos elemento da expansão portuguesa e espanhola no mundo, este teria acontecido sem acesso à madeira ou sem acesso árvores? Aqui temos o recurso natural como um elemento fundamental associado à tecnologia para o processo de globalização.
3. Demografia
Depois a questão da demografia, olhando para as migrações onde estão as populações? como é que são as populações? Se são jovens, se são dinâmicas ou são idosas…. para onde se movem? Ou seja, o processo de mobilidade como um aspeto fundamental da Globalização.
O mapa nós temos o fluxo dos migratórios a antes de 1890 e depois de 1890 e temos a complementação de pessoas da Europa para os restantes espaços para as restantes geografias. Vemos aqui a presença de importantes comunidades europeias na América do sul, na América do norte e também ao longo da Ásia.
4. Guerra
A guerra é um fator extremamente importante para a globalização !!! A presença militara vantagem militar proporciona a sobreposição de uma cultura e de uma ideologia sobre outra. Um país que seja um país ou região que seja com a conquistada vai ver a sua cultura deixar de crescer, onde vai haver uma imposição do conquistador sobre conquistado a vários níveis. Temos vários a elementos disso, por exemplo a ocupação portuguesa na América do sul, onde houve uma suposição das línguas europeias sobre as línguas nativas por exemplo, entre outras sobreposições. 
A guerra leva a que esta se movimente e ocorra uma migração em massa.
A tecnologia e as inovações que ocorrem durante o tempo de guerra também.
5. Ideologia 
Em termos de ideologias a ideologia a expansão religiosa por exemplo a expansão ideológica é um veículo de Transmissão de ideias culturas línguas instituições e temos vários exemplos temos a expansão a muçulmana na península ibérica por exemplo temos a expansão católica cristã pelo culto a vários exemplos de como as expansões religiosas estão associadas a muitas outras coisas há alguém quero comentar 
6. Instituições políticas
Representam como se organiza e se desenvolve o poder na sociedade. Um estado fechado é uma barreira de movimentação e de trocas.
Como se organiza e gere o poder nas sociedades (Ex. um estado fechado é uma barreira a ideias e tecnologias).
7. Instituições culturais
Como é concebido o espaço do ser humano no mundo. • Instituições de conhecimento científico (ex. inovações na saúde).
Haver uma circulação rápida de ideias venham elas a provar-se teorias científicas validas ou não. Rejeição cultural
Período longo da teoria Darwin houve uma rejeição sendo motivo de chacota.
Ler a teoria Darwin.
“O choque cultural é natural, mas é preciso ultrapassar a rejeição”, diz Walter Osswald
03 out, 2018 - 13:00 • Filipe d'Avillez
Portugal tem sido um bom exemplo de acolhimento de outras comunidades, considera o professor, mas também não tem sido muito desafiado, pelo que é cauteloso em relação a classificar os portugueses como naturalmente acolhedores.
“O que realmente desejamos é que esse tal choque seja razão de raciocínio, de reflexão, de ponderação e, eventualmente, de aceitação.” Foto: Salvatore Di Nolfi/EPA
Walter Osswald considera que, num contexto de encontro de culturas como o que se vive na Europa, sobretudo dado o fluxo de imigrantes e refugiados vindos de países em guerra ou em crise, é inevitável existirem "choques", mas o termo não tem de ser entendido como pejorativo, diz.
Falando numa conferência, integrado o II Congresso do Diálogo Inter-religioso, promovido pelo Alto Comissariado para as Migrações e pela Comissão de Liberdade Religiosa, o professor de bioética aponta que há choques que são positivos: “Acho que a palavra 'choque' pode ser usada, porque há choques que são positivos. Inclusive, o choque afetivo que se tem quando se encontra uma manifestação que não se esperava, de carinho ou de amizade. Portanto, a palavra 'choque' não me parece ser pejorativa.”
“É sempre um choque encontramo-nos com algo a que não estamos habituados, representa sempre um desafio, e, dessa maneira, parece-me que pode haver sempre alguma surpresa e alguma rejeição inicial. O que é preciso é ter o espírito aberto, não permanecer nessa rejeição inicial e pensar que se isto é diferente será interessante, será bom e tem de se analisar aquilo que nos é oferecido”, acrescenta.
“O que realmente desejamos é que esse tal choque seja razão de raciocínio, de reflexão, de ponderação e, eventualmente, de aceitação.”
Em vários países europeus, porém, esse encontro ou choque de culturas tem tido contornos de violência e de agressividade. Portugal tem sido poupado a essas complicações e as comunidades religiosas tendem a dizer que estão bem integradas no país. Mas Walter Osswald aconselha cautela antes de se classificar os portugueses como naturalmente abertos às culturas diferentes.
“Em primeiro lugar, em Portugal os problemas de imigração são bastante reduzidos. Se for pensar no número de pessoas que acolhemos, apesar de estarmos de braços abertos, e do Governo ter uma política de abertura para refugiados, temos dezenas de pessoas e não é comparável ao que acontece na Áustria ou na Hungria. Portanto temos sido poupados até pela posição geográfica a grandes choques deste tipo.”
“Portanto seria um bocado prudente em relação a essa ideia de bonomia dos portugueses, porque eles não têm sido desafiados. Espero que o bom povo português seja uma realidade e não apenas uma ideia generosa daquilo que se passa, mas penso que sim, que de uma forma geral o português é acolhedor”, conclui.
O II Congresso do Diálogo Inter-religioso é subordinado ao tema “Cuidar do Outro” e decorre durante esta quarta-feira no auditório Cardeal Medeiros, na Universidade Católica de Lisboa.
Darwinismo
O que é a teoria da evolução de Charles Darwin e o que inspirou suas ideias revolucionárias
22 novembro 2019
Há 160 anos, o naturalista britânico Charles Darwin publicava o livro “A origem das espécies'” (1859) e mudava radicalmente a biologia com sua Teoria da Evolução.
A explicação dele sobre a origem do ser humano representou uma verdadeira revolução — uma vez que, até meados do século 19, a maioria dos cientistas ocidentais compartilhava a ideia de que Deus tinha concebido todas as criaturas do planeta.
Alguns pesquisadores já falavam sobre uma possível evolução das espécies, mas Darwin foi o primeiro a oferecer provas científicas e explicar o mecanismo que a torna possível: a seleção natural.
Por causa disso, ele se tornou um dos pensadores e cientistas mais importantes da história. Mas, antes, precisou embarcar em uma viagem extraordinária por cinco continentes, fazer centenas de experimentos e refinar suas ideias ao longo de 20 anos.
Tudo começou em 1831, quando o então estudante de 22 anos da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, foi convidado a participar de uma grande expedição como naturalista.
Ele passou quase cinco anos a bordo do navio HMS Beagle, percorrendo vários continentes, a começar pela América do Sul. De lá, ele voltou com dezenas de exemplares de espécies vivos, ilustrações e fósseis.
Os fósseis deram a ele uma das primeiras pistas sobre a evolução — quando se deparou com os restos de um milodonte, um animal gigante já extinto, parecido com a preguiça, ele deduziu que a semelhança não poderia ser mera coincidência.
Ao passar pelo arquipélago de Galápagos, no Oceano Pacífico, o naturalista observou que em cada ilha existiam espécies distintas de tartarugas, que se diferenciavam pelo tamanho do pescoço e pelo formato dos casos.
Após anos de estudo, ele chegou à conclusão de que as diferenças nas tartarugas que viu em Galápagos eram produto da evolução.
De acordo com sua teoria, há uma luta pela sobrevivência na natureza, mas aquele que sobrevive não é necessariamente o mais forte e, sim, o que melhor se adapta às condições do ambiente em que vive.
No ambiente árido, as tartarugas de pescoço longo alcançavam os arbustos para se alimentar. Enquanto aquelas que viviam em local úmido, podiam comer grama e se proteger dos predadores graças ao pescoço curto e à carapaça arredondada.
Avanços científicos vieram a comprovar a teoria de Darwin, e até a Igreja Católica a acabou aceitando décadas mais tarde, com as devidas ressalvas de que a evolução era compatível com a fé.
Importância dos mecanismos
Importância de mecanismos para o processo de globalização:
• Inovação vs Dispersão – Inovação com o aparecimento de algo novo, e a passagem desse novo a um fenómeno global
A dispersão de uma ideia nem sempre desenvolvimento o Retrocesso cultural e tecnológico da Grécia e da época romana para a idade média.
• Catching up – Num determinado local tem uma vantagem em relação aos outros por causa dessa inovação. Um espaço que faz com que os diferentes sítios do globo tenham que trabalhar para chegar ao mesmo nível. Processo de recuperação de terreno que não acontece de forma igual em todo o mundo. Há aceitação de um lado e rejeição de outro. 
Basicamente é recuperar o tempo perdido.A noção de que a terra é redonda não chegou a todo sítio ao mesmo tempo. Foi se alastrando até chegarem ao msm pensamento de onde surgiu.
A homossexualidade texto:
• Leapfrogging – Processo de queimar etapas . Partir de uma posição de atraso e desvantagem para conseguir ultrapassar.
A internet em Portugal – uma das melhores da europa
O conceito de leapfrogging foi usado originalmente no contexto das teorias de crescimento econômico e estudos sobre organização industrial e inovação com um foco específico em competição entre as empresas. Este conceito é baseado no conceito de Joseph Schumpeter sobre "tempestades de destruição criativa".[1]
A hipótese propõe que as empresas que detém monopólios baseados em tecnologias existentes têm menos incentivo para inovar do que os rivais em potencial e, portanto, eventualmente perdem seu papel de liderança quando inovações tecnológicas radicais são adotadas por novas empresas que estão prontas para assumir os riscos. Quando as inovações eventualmente tornam-se o novo paradigma tecnológico, diz-se que ocorreu o leapfrogging, ou que a pequena empresa realizou um "salto" à frente das empresas que detinham o monopólio.
Exemplos
Em 1981, a Seagate apresentou o disco rígido Winchester de 5,25 polegadas. Até então os discos de 8 polegadas eram o padrão da indústria, pois as unidades menores eram menos eficientes, mais lentas e custam mais por megabyte. Naquela época os fabricantes de minicomputadores eram os principais compradores de discos rígidos e estes não se importam com o quanto as unidades de disco pesavam ou quanto espaço as unidades tomavam. As pessoas no mercado emergente de desktops, por outro lado, queriam unidades compactas e leves, e estavam dispostos a sacrificar a velocidade e o custo por megabyte para ter estas vantagens. Se Seagate tivesse perseguido clientes no mercado minicomputadores, teria rapidamente falido, mas começou atendendo as necessidades deste nicho. Em 1987 os discos de 5,25 polegadas evoluiram e passaram a atender a demanda no mercado de minicomputadores enquanto que as de 8 polegadas não tinham melhorado ou caído de preço tão rapidamente quanto as pequenas unidades, de modo que se tornaram obsoletas. As empresas de discos rígidos dominantes na época tentaram entrar no mercado de 5,25 polegadas mas não conseguiram competir com a Seagate.[2]
Máquinas de escavação hidráulica (escavadeiras) foram introduzidos na década de 1940. Elas eram pequenas e fracas inicialmente, conseguiam mover apenas um quarto de metro cúbico, enquanto que as escavadeiras movidas a cabos moviam 1 a 4 metros cúbicos por vez. As escavadeiras hidráulicas eram utilizadas apenas para serviços pequenos mas eram facilmente substituídas por trabalho manual. Na década de 70 os equipamentos hidráulicos tinham evoluído a tal ponto que poderíam ser utilizados para qualquer tipo de trabalho, grande ou pequeno, superando as escavadeiras a cabo. [3]
Na década de 60 foi desenvolvido o primeiro aparelho comercial de ultrassom. Nesta época predominavam os aparelhos de Raios X. Os aparelhos de ultrassom tinham algumas vantagens em relação aos aparelhos de Raios X, um custo de fabricação menor e não necessitava que o paciente ficasse estático, permitindo a sua aplicação em diagnósticos antes inviáveis por Raios X, como por exemplo o acompanhamento da gestação. Nenhuma das companhias fabricantes de Raios X participaram desta evolução até que adquiriram as empresas fabricantes de aparelhos de ultrassom.[4]
Ao longo da década de 1960 a empresa Facit dominava o mercado de calculadoras mecânicas. Entretanto as calculadoras eletrônicas foram rapidamente melhorando seu desempenho e ganhando mais mercado. A Facit procurou lidar com esta ameaça firmando uma parceria com a empresa japonesa Hayakawa (Sharp). A Facit tinha os direitos de venda das calculadoras eletrônicas sob a sua marca. Em 1970, a empresa japonesa havia atingido o seu pico, com mais de 14.000 funcionários em todo o mundo, tornando instantaneamente as calculadoras mecânicas da Facit obsoletas. A tensão entre as empresas aumentou até que a parceria foi rompida. Como resultado, a Facit saiu do negócio praticamente do dia para a noite.[5]
Na década de 70 o principal meio de comunicação à distância era o telégrafo, dominada pela empresa americana Western Union. Alexander Graham Bell, ao qual é creditada à invenção do primeiro aparelho telefônico, ofereceu a patente para a Western Union por 100 mil dólares. A oferta foi recusada pelo então presidente da companhia, alegando que o invento não passava de um brinquedo. Dois anos depois o presidente comentou à seus colegas que se conseguisse comprar a patente por 25 milhões de dólares consideraria uma barganha.[6]
Em 1943 à Thomas John Watson, então presidente da IBM, é atribuída a seguinte frase: "Acredito que exista um mercado mundial para talvez cinco computadores"[carece de fontes]. Naquela época os computadores ainda eram grandes e funcionavam a partir de tubos de vácuo, sua utilização era apenas para fins científicos. Mais tarde na década de 70 com a invenção do transistor inicia-se a era dos computadores pessoais. Os dois estudantes Steve Jobs e Steve Wozniak, que mais tarde fundariam a Apple, desenvolveram o computador pessoal Apple I. Steve Jobs conta mais tarde em uma entrevista: "Então fomos à Atari e dissemos 'Ei, fizemos esta coisa incrível, inclusive construída com algumas peças suas, o que vocês acham de nos financiar? Ou podemos dá-la para vocês. Só queremos fazê-la. Pague o nosso salário, trabalharemos para vocês.' E eles disseram, 'Não', Então fomos à Hewlett-Packard e eles disseram, 'Ei, não precisamos de vocês. Vocês não terminaram a faculdade ainda.'".[7] Em 2012, o lucro da Apple foi mais que o dobro do lucro do resto das empresas na indústria de computadores combinada (Dell, Asus, Intel, Acer, IBM, Lenovo e HP).[8]
Nos anos 90 eram predominantes os CDs e DVDs na indústria musical e cinematográfica, deixando os consumidores sem opções se não consumir o conteúdo da maneira que ele era oferecido nos caros discos óticos. A necessidade foi inicialmente preenchida pelas redes de compartilhamento de arquivos peer-to-peer e posteriormente por lojas digitais online como iTunes, Amazon, Spotify e Netflix. Esta nova alternativa eventualmente fez declinar as vendas de CDs e DVDs. [9]
Causas
Grandes empresas que já dominam o seu mercado estão sempre comprometidas em dar suporte aos seus clientes já existentes, enquanto que novas empresas que se utilizam de grandes inovações tecnológicas possuem um mercado pequeno inicialmente. Para as grandes empresas, projetos voltados para necessidades explícitas dos consumidores atuais sempre serão priorizados em relação à propostas para desenvolver produtos para um mercado que ainda não existe.
A prática de investir para melhorar produtos já existentes além dos concorrentes, conhecida como inovação sustentável, é uma escolha muito mais óbvia do que investir em novas tecnologias que aparentemente não fazem muito sentido. Estas empresas não falharam por falta de conhecimento sobre novas tecnologias, mas sim por que quando uma tecnologia nova começa a fazer sentido para o consumidor e atender necessidades antes não enxergadas, geralmente é tarde para se adaptar ao novo mercado.[10]
Medidas
Essas novas tecnologias podem ser difíceis de ser reconhecidas a princípio pelas grandes empresas e mesmo que sejam, há uma certa relutância em entrar neste novo mercado, pois isto implica competir com seus produtos já existentes. Clayton M. Christensen, autor do livro, "The Innovator's Dilemma" (O Dilema do Inovador), recomenda que as grandes empresas fiquem atentas a estas inovações e invistam em pequenas empresas que adotam estas inovações, continuando a avançar com as demandas tecnológicas de seu mercado principal. A adoção desta prática vem se tornando bastante popular por grandes empresas como Google e Facebook.[11]
Variações
Recentemente, o conceito de leapfrogging vem também sendo utilizado no contexto de desenvolvimento sustentável em paísesem desenvolvimento. O desenvolvimento destes países pode ser acelerado evitando tecnologias e indústrias inferiores, menos eficientes, mais caras ou mais poluentes, e saltando diretamente para as mais avançadas.
Propõe-se que através do leapfrogging os países em desenvolvimento podem evitar estágios de desenvolvimento prejudiciais ao ambiente e que não precisam seguir a trajetória de países industrializados poluentes.[12]
Um exemplo freqüentemente citado é o dos países que não possuem telefone e saltam diretamente para os telefones celulares, pulando o estágio de telefones fixos.[13] Outro exemplo é o uso de etanol no Brasil, produzido a partir da cana-de-açúcar, substitui a gasolina, um derivado do petróleo, e portanto uma fonte não renovável de energia.
· Qual é a natureza da globalização?
· Porquê é que ocorre? 
· Porquê ocorre tão rapidamente? 
· Quais são os perigos decorrentes destas disrupções? 
· Pode o mundo seguir um caminho de prosperidade, inclusão social e sustentabilidade ambiental, na fase actual de globalização?
Globalização: Aniquilação virtual do tempo e do espaço (Eric Hobsbawm, 1994) – Ler O CONCEITO DE ESPAÇO EM MILTON SANTOS E DAVID HARVEY: UMA PRIMEIRA APROXIMAÇÃO
Supermercado de grandes dimensões – Variadíssimos produtos.de toda a parte do mundo.
Globalização e libre comercio – Os nossos produtos e os produtos de outros se deslocarem pelo mundo. Direito dinheiro e produtos nossos e outros a se deslocarem pelo mundo. Liber comercio e o ideal de que este deve ser alcançado.
No entanto é de constatar uma coisa:
“A segunda observação diz respeito àqueles que argumentam mais fortemente pelo “livre comércio” como se houvesse algum direito óbvio à mobilidade global; o termo “livre” imediatamente sugerindo algo bom, algo a almejar; como se fosse obviamente bom ser capaz de circular pelo mundo. Esse é um imaginário geográfico de um mundo sem fronteiras“ (Massey, 2002; trad Steda, 2017: 229)
Se vem um debate sobre migração internacional, as mesmas pessoas irão em geral recorrer a algum outro imaginário geográfico – igualmente poderoso, igualmente (aparentemente) irrefutável – ainda que em total contradição. Esse é o imaginário do lugar defensável, dos direitos de pessoas locais a possuírem seus próprios lugares, de um mundo dividido pela diferença e por traços de limites estáveis. É um imaginário geográfico de nacionalismos.
Aqui contra poem se o facto de queremos uma globalização do ponto de vista económico, mas não o outro lado da globalização. 
Pode negar se a imigração num mundo globalizado???
ma das componentes centrais da globalização é a maior mobilidade transfronteiriça de bens, trabalho e capital, cada um dos quais prometendo benefícios globais significativos para as economias. O livre comércio permite que os países capitalizem as suas vantagens comparativas, impulsionando o desempenho económico e as perspectivas de todos os participantes. A migração pode injectar diversidade e dinamismo numa sociedade envelhecida, enquanto ajuda a reduzir a pobreza nos países de origem, por meio de remessas. E o investimento estrangeiro directo (IED) pode criar emprego, estimular a investigação e o desenvolvimento, gerar receitas fiscais e aumentar a concorrência.
O problema é que esses benefícios não são necessariamente partilhados por todos. Por exemplo, a migração pode colocar pressão salarial nos trabalhadores com menor qualificação nos países de destino. Ao permitir que as empresas transfiram as suas operações para mercados com mão-de-obra mais barata, a eliminação de barreiras comerciais pode ter um efeito semelhante. Mesmo o investimento transfronteiriço tem as suas desvantagens, já que as empresas domésticas podem ter dificuldades para competir com os estrangeiros.
Estes factores contribuíram para o aumento da desigualdade em muitos países. Nos Estados Unidos, por exemplo, trabalhadores com menores qualificações no chamado Rust Belt - a região industrial que se estende do Michigan ao leste da Pensilvânia - enfrentam décadas de estagnação salarial, enquanto os trabalhadores mais qualificados na área das finanças e tecnologia - Wall Street e Silicon Valley – têm visto os seus rendimentos crescer. Embora a abertura económica impulsione as economias como um todo, há uma necessidade óbvia de garantir que os benefícios são distribuídos de forma mais equitativa ou, pelo menos, que alguns grupos não são excessivamente prejudicados.
Muitos economistas argumentam que a chave para o sucesso nesta frente é adoptar políticas redistributivas, tipicamente através do sistema fiscal. Mas essas políticas são muito difíceis, se não impossíveis, em termos políticos. Essa lição foi aprendida por muitos políticos progressistas, incluindo o senador norte-americano Bernie Sanders, que tentou mas não conseguiu garantir a nomeação democrata para as eleições presidenciais de 2016 numa plataforma que se concentrava em abordar as frustrações das pessoas com o status quo cada vez mais desigual, sobretudo através da redistribuição.
Mais politicamente eficaz, mas económica e socialmente prejudicial, é a abordagem de populistas como o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que oferece explicações simplistas sobre os temores e frustrações dos eleitores (por exemplo, culpando imigrantes ou países com excedentes comerciais) fingindo que existem soluções fáceis (como a construção de muros e a imposição de tarifas).
Trump culpou a concorrência internacional pelas dificuldades dos trabalhadores do Rust Belt. Mas isso é apenas parte da história: o deslocamento tecnológico desempenhou um papel maior, embora isso tenha sido muitas vezes ignorado, até porque é mais difícil de demonizar. Ao mesmo tempo, a administração Trump perseguiu políticas anti-imigração extremas e moralmente inconcebíveis, como a política que foi revertida recentemente de separar as crianças migrantes das suas famílias na fronteira sul com o México.
Da mesma forma, em muitos países europeus, a reacção contra a globalização traduziu-se numa oposição violenta à migração, já para não falar da crescente resistência à integração europeia. Os eleitores da Áustria, Hungria e Itália elegeram políticos que fizeram campanhas contra a imigração. No Reino Unido, o referendo sobre o Brexit de 2016 reflectiu, em parte, uma rejeição à livre circulação de pessoas dentro da União Europeia.
Ao encorajar o unilateralismo e, até certo ponto, o autoritarismo, a reacção contra a globalização não só impede os países de colherem os benefícios económicos da abertura, como também enfraquece as estruturas de cooperação internacional que sustentaram quase três quartos de século de relativa paz desde a Segunda Guerra Mundial.
Reverter essa tendência exigirá, naturalmente, a rejeição inequívoca de políticas que desrespeitem os valores democráticos e o repúdio aos líderes que as defendem e implementam. Mas também exigirá esforços para enfrentar os efeitos reais negativos da globalização – a começar pela distribuição de rendimentos excessivamente desigual. Aqui, medidas como um preço de carbono ou uma "taxa Tobin" sobre transacções financeiras internacionais poderiam ajudar. No meu país, o Japão, a administração do primeiro-ministro Shinzo Abe pode precisar de considerar aumentos salariais directos.
O mundo globalizado de hoje está longe de ser perfeito. Mas políticas proteccionistas e isolacionistas só pioram as coisas, especialmente se forem usadas como uma desculpa para negar direitos humanos básicos aos imigrantes, entre outras coisas. Políticas equilibradas destinadas a colher os benefícios da abertura - e garantir que esses benefícios são amplamente partilhados - podem não ser a opção mais politicamente útil hoje em dia; mas fariam muito pelas economias e sociedades no futuro.
Nacionalismo x Globalização no novo arranjo mundial
Outro aspecto econômico que já se desenha nesses tempos de crise está  representado por um novo arranjo mundial, mais precisamente, ditado pelo dilema entre nacionalismo e globalização. Certamente, um embate que irá pautar por bom tempoas relações comerciais externas.
Na pré-pandemia o tema já havia voltado à efervescência em decorrência dos fortes apelos instaurados pelas ideologias políticas. Por um lado, os pensamentos mais extremos, sempre na defesa intransigente das causas nacionais. Por outro, o alinhamento do pensamento econômico liberal com as tendências mais "de centro", na defesa da integração comercial em blocos. Numa análise mais dinâmica desse processo recente no mundo, assistiu-se à  retomada por ideias anti-globalizantes, diante do vigor de movimentos  pontuais da chamada extrema-direita. 
Alia-se a essa tendência o ineditismo de uma crise sanitária sem precedentes históricos. A propagação ágil e voraz do vírus que deu sentido à pandemia trouxe a "inflamação" do discurso nacionalista. Até dentro de uma Europa unificada,  assistiu-se a cenas de fechamento de fronteiras e de ações pouco solidárias, algo incongruente com relação ao espírito de coesão estabelecido pelo bloco da Comunidade. Uma atitude que reflete bem as possíveis dificuldades que advirão de novos acordos diplomáticos e comerciais.
Visto pelo prisma dessa globalização hoje sob riscos, um alento no horizonte. Apesar das regulamentações em curso, a possibilidade de uma derrota eleitoral de Donald Trump para Joe Biden poderá resultar no arrefecimento desse embate ideológico. Uma luz de equilíbrio surge no horizonte.
AGRONEGÓCIO> Diante de tantos embates ideológicos é preciso muita atenção para que essa politização incomum interfira nos resultados do agronegócio nacional.  Em tempos de cenários internacionais polarizados entre os principais parceiros comerciais e num ambiente interno onde o apelo tributário parece mais plausível, os negócios da agricultura não podem ser travados. Por um lado, todo cuidado com a instável parceira americana nesse clima de campanha por lá, que pode proporcionar mais barreiras sobre o nosso setor sucro-alcooleiro. Poderão diminuir a cota livre já irrisória e ampliar a taxação sobre a importação extra. Por outro lado, o instinto nacional reativo de aumentar a arrecadação, como opção aparentemente exequível, traduz-se como uma punição sobre quem está imprimindo uma  dinâmica consistente, em favor do crescimento econômico. Olho nos fatos.
Nacionalismo continua importante mesmo na globalização
Em debate sobre política externa, especialistas analisam a política brasileira em um novo contexto geopolítico
São Paulo (AUN - USP) - Enquanto a globalização ia tomando forma, foi propagada a idéia de que o conceito de nação iria se tornar obsoleto e qualquer identidade nacional se dissiparia, dando lugar a um espírito de unidade global. Essa idéia era principalmente veiculada pelos países desenvolvidos do �??Norte�?�, que viam nisso uma brecha para a propagação da ideologia neoliberal nos países subdesenvolvidos do �??Sul�?�. Contudo, contrariando as previsões, o estado-nação e, conseqüentemente, a ideologia que o forma, o nacionalismo, ainda são vistos com relevância. Desse modo, uma política externa bem articulada se faz necessária, principalmente para o Brasil, que almeja uma posição central na geopolítica do futuro.
Foi a essa conclusão que chegaram os convidados de um debate sobre a política externa brasileira realizado recentemente no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP). O debate, seguido do lançamento da publicação do IEA Estudos Avançados nº. 62, cujo tema é nacionalismo, contou com Samuel Pinheiro Guimarães, secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Luiz Carlos Bresser-Pereira, professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV), Fábio Wanderley Reis, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Laura Greenhalgh, editora do caderno �??Aliás�?� do jornal O Estado de S.Paulo e Eliane Cantanhêde, colunista política do jornal Folha de S.Paulo.
O debate visou discutir as questões contemporâneas de relações internacionais e traçar um panorama da atual política externa brasileira. Esta evoluiu muito nos últimos anos, o que foi, aliás, um ponto muito elogiado do Governo Lula. Na gestão do chanceler Celso Amorim, o aumento da importância do Brasil no cenário internacional, tanto no âmbito econômico, quanto no cultural e político, foi acompanhado por uma boa política externa. Houve a criação, por exemplo, do grupo Ibas (Índia, Brasil e África do Sul). Ele ainda ajudou a criar o G-20 (grupo dos 20 países em desenvolvimento que são grandes exportadores e importadores de alimentos). O Brasil ganhou muito mais voz na Organização Mundial do Comércio (OMC) depois desses episódios.
Para Samuel Pinheiro Guimarães, por exemplo, a política externa no Brasil deve ser vista com prioridade, afinal, o país é o 3º no Mundo em número de vizinhos, o que o obriga a saber lidar com outras nações. Ele ainda deve focar seus esforços na América do Sul, pois não é possível se desenvolver sem que seus vizinhos caminhem na mesma direção. Para Samuel, a África é outra prioridade, pois o país tem uma dívida com aquele continente desde o tráfico negreiro.
Tanto é que a África e a América Latina devem ter novo papel na política externa do Brasil que em 2007, por exemplo, as exportações foram de US$ 41,8 bilhões para América Latina e Caribe, em suma, 26,02% do total. A região, desse modo, se tornou a principal compradora do país, superando os Estados Unidos, que passaram para o terceiro lugar, com fatia de 15,76% (a União Européia vem em segundo lugar). Já para a África o Brasil exportou US$ 8,5 bilhões, um significativo montante.
O nacionalismo está ligado à identidade nacional e pessoal. Ele é a ideologia de formação do estado-nação, segundo Bresser-Pereira. Muitas vezes, o Brasil parece não ter um projeto nacional. Mas segundo Samuel, todas as nações possuem esse projeto. A diferença é que uns são mais explícitos e outros são mais discretos.
Para Cantanhêde, o Brasil, que conquista um papel cada vez mais decisivo no cenário geopolítico mundial, principalmente na América do Sul, deve voltar as suas atenções para este continente. Um bom exemplo é o papel de mediador que o país desempenhou no recente impasse entre Equador, Colômbia e Venezuela, envolvendo as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A Venezuela, por exemplo, é um povo que busca uma identidade própria. E é nesse ambiente que floresceu o �??fenômeno�?� Hugo Chávez. Este tem um projeto nacionalista: virar de frente para a América do Sul.
Os debatedores chegaram a um consenso: a questão nacional, tão importante no mundo globalizado de hoje quanto foi em décadas passadas, é antes de tudo uma questão social. A política externa deve gerar efeitos na sociedade brasileira. Ela não deve ser apenas um jogo de poder, com embates econômicos e políticos. Deve, sim, ser uma política que alia os interesses da população aos interesses das nações vizinhas, promovendo uma cooperação entre os países, não uma competição, fato esse que, segundo Bresser-Pereira, lamentavelmente ainda prevalece.
Globalização e nacionalismo nestes tempos conflituosos
 globalização é um fenômeno de muitas facetas, inclusive as culturais e as assentadas nas possibilidades de comunicação e convívio pelos meios tecnológicos cada vez mais disponíveis para a humanidade. No final do século 20 e início deste, tomou vulto e predominância o seu lado econômico, através de intensa integração entre os mercados nacionais e consequente derrubada de óbices e limites para o comércio e circulação de capitais. Surgiu até uma ideologia da globalização, embasada no neoliberalismo e também na social-democracia, especialmente a europeia.
As críticas e o contraponto à globalização davam-se principalmente por algumas iniciativas nacionalistas, grupos localistas ou alternativos, correntes de opinião mais à esquerda, estes últimos preocupados com as consequências sociais em nações menos ricas.
O menos previsível aconteceu: uma reação de direita radical à globalização e à integração entre nações e mercados. Na Europa, que consolidara uma "comunidade de nações" de instituições já evoluídas e moeda comum, estareação à direita mostra-se forte, já governando alguns países e sendo relevante nos demais. A maior potência econômica e militar, os Estados Unidos, elegeu governo contrário à globalização e que recupera antigas barreiras e restrições, provocando guerra comercial com a segunda maior potência econômica atual, a China.
É um novo tipo de nacionalismo, com algumas das características dos movimentos que no século passado deram origem ao fascismo e ao nazismo. As migrações volumosas para o continente europeu ou para os Estados Unidos geraram simpatias a esses movimentos que preconizam fechamento de fronteiras aos estrangeiros e intolerância com religiões de culturas que não sejam as tradicionais de cada país.
Por aqui também vivemos um tempo de esdrúxulo nacionalismo, principalmente em relação à Amazônia, supostamente alvo da cobiça estrangeira: os mesmos que inquinam ONGs, cientistas e missionários de diferentes religiões como perigosos representantes de interesses escusos estrangeiros na região (e certamente alguns casos existirão de atuação nesse sentido, inclusive com pirataria do monumental patrimônio genético), são os que defendem a irrestrita venda das empresas estatais, inclusive as estratégicas, para estrangeiros. Na Amazônia querem botar abaixo a floresta, vital para clima e outras condições de sobrevivência da humanidade, aí não sendo mais problema que grandes grupos estrangeiros possam explorar minérios, agropecuária e outros setores. Ter um fundo administrado por brasileiros, no qual nações estrangeiras contribuíam para financiar atividades de preservação da floresta com a exploração pela população local de forma controlada, fere os brios nacionais. Vender Petrobrás, Eletrobrás, Correios, etc para grandes grupos internacionais não tem problemas.  Conceder às grandes mineradoras internacionais a exploração do subsolo da Amazônia e até em terras indígenas, também não fere os interesses brasileiros. Estranho nacionalismo.
Europa e a globalização
Globalização como desafio mas tambem como oportunidade
A medida que nos afastamos do centro da europa, são regiões com mais desafios á globalização.
Os países de leste destacam-se pela educsção , adaptados
Nem todos os países estão bem preparados para a globalização. Quanto mais preparados para a globalização maior será o crescimento.
A educação normalmente leva a um maior respeito pela diversidade, e porque não se enquadram nos grupos mais frágeis que são sempre os mais afetados.
Ambientes e sujeitos sociais no mundo globalizado
Efeitos negativos
1. Normalização
Normalização dos modos de vestir, menor diferença do modo de vestir.
Normalização de hábitos de consumo, nomeadamente a Netflix, a diversidade aumenta.
2. Iniquidades
Uma das principais consequências desse processo são as desigualdades entre os países, visto que as diferenças vêm crescendo de forma significativa. Há uma grande disparidade econômica, tecnológica e social entre os países do planeta, ao longo do tempo o processo de globalização tem contribuído de maneira direta para o aumento em massa da pobreza, excluindo um número cada vez maior de pessoas. Estima-se que, atualmente, cerca de 1,5 bilhão de pessoas no mundo vivem, ou melhor, sobrevivem com uma renda diária que não ultrapassa 1 dólar.
Outro problema provocado pela globalização é o aumento acelerado do índice de desemprego em todo o mundo, resultado dos avanços tecnológicos que tiram inúmeros postos de trabalho.
Apesar do crescimento mundial na produção, o mesmo não acontece com o consumo, uma vez que esse cresce somente em países desenvolvidos ou em populações elitizadas de países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, ou seja, em uma restrita parcela dos habitantes do planeta.
O grupo de países mais ricos do mundo detém, juntos, aproximadamente 25% da população mundial, porém são responsáveis por cerca de 80% dos recursos extraídos da natureza.
3. Exploração
Necessidade de manter coisas perto de nós porque fronteiras podem fechar
Globalização contribui no aumento do tráfico para o trabalho forçado
O modelo de desenvolvimento adotado internacionalmente que força uma diminuição dos direitos trabalhistas para aumentar a competitividade deve ser repensado, discutem especialistas no Fórum de Viena contra o tráfico de seres humanos
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Viena – O trabalho forçado é alimentado pelo modelo de globalização adotado no mundo, em que a competitividade incentiva uma constante redução nos custos do trabalho. Com isso, leva para baixo as condições de emprego, culminando na imposição do trabalho forçado – e de um sistema para suprir esse tipo de mão-de-obra. O que acontece em países pobre ou ricos. Esse foi um dos temas discutidos no painel "Demanda por trabalho forçado e exploração sexual – como e por que isso alimenta o tráfico de seres humanos" na manhã desta quinta (14).
Nicola Phillips, professora de economia política da Universidade de Manchester, defendeu que o tráfico de pessoas para exploração econômica e sexual está relacionado ao modelo de globalização e de capitalismo que o mundo adota.
De acordo com ela, esse modelo é baseado em um entendimento de competitividade nos negócios que pressiona por uma redução constante nos custos do trabalho. Empregadores tentam flexibilizar ao máximo as leis e relações trabalhistas para lucrar com isso e, ao mesmo tempo, atender uma procura por produtos cada vez mais baratos por parte dos consumidores.
A pobreza, que torna populações vulneráveis socialmente, garante oferta de mão-de-obra para o tráfico – ao passo que a demanda por essa força de trabalho legitima esse tráfico de pessoas, atraindo intermediários (como os "gatos" no Brasil). Em resumo, de acordo com Phillips, "a sistemática desregulação do mercado de trabalho facilita o surgimento de trabalho forçado". Para atuar no problema, deve-se atuar tanto na oferta desse tipo de mão-de-obra quanto na demanda. No combate à pobreza e no modelo de desenvolvimento que queremos.
Simon Steyne, responsável pelo departamento de relações exteriores da TUC, central sindical britânica, trouxe a situação do trabalho forçado no Reino Unido para a discussão: "A economia do país depende de imigrantes – que vão fazer serviços como faxineiros, empregados domésticos, trabalhadores do sexo. Precisa de trabalho barato, flexível e explorável para essas funções". Dessa forma, a globalização de mercados, que traz lucros para alguns e pobreza muitos, apresenta uma de suas piores faces nos países ricos.
Esses imigrantes são os mais sujeitos ao trabalho forçado, e como não possuem documentação legal não conseguem ir atrás dos seus direitos – situação parecida com os imigrantes ilegais bolivianos que trabalham de forma degradante em pequenas oficinas de costura da cidade de São Paulo. Até as formas de coerção da liberdade se parecem entre si: manter cativo através de um endividamento ilegal, fazer ameaças ou usar da violência e utilizar o fantasma da deportação para que o sujeito permaneça no serviço.
Para Steyne, o tráfico de pessoas é um componente, uma etapa do trabalho forçado, e não o contrário. Considerando dessa forma, coloca-se em posição de destaque a utilização final do traficado e não o processo que levou ao deslocamento – ou seja – plantar, colher, limpar, construir, costurar algo para alguém – que pode, assim, ser reconhecido para uma efetiva punição.
4. Opressão 
5. Epidemias – o aumento do peso e da má alimentação é uma das epidemias.
6. Deterioração
7. Poluição
8. • Degradação ambiental
9. Desemprego
10. Estilos de vida
Efeitos positivos
· Disseminação de conhecimento – disseminação de conhecimento entre os países pelo covid. Falsidades também pode estar incluído.
· Direitos das mulheres e crianças – índia ver artigo
· Parcerias globais – cadeias de abastecimento e de valores. Uefa 
· Partilha de inovação –
· Acesso a recursos - geografia urbana lembrar do acesso que a globalização deu
· Circulação de doentes e profissionais – 
· Telemedicina – partinha de conhecimento, esperiencia a locais que de outro modo nãoi tinham conhecimento.· Partilha de Conhecimento

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