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História da Civilização Ocidental – Edward Burns – V. 2 Revolução Industrial (cap. 23) 1400 – 1700: Revolução Comercial, que substituiu a economia semi-estática da Idade Média por um capitalismo dinâmico. Principais resultados da Revolução Industrial: 1) Mecanização da indústria e agricultura 2) Emprego da força motriz na indústria 3) Desenvolvimento do sistema fabril 4) Aceleração dos transportes e comunicações 5) Aumento do controle capitalista sobre a atividade econômica Teve início por volta de 1760, mas se consolidou no final do século XVIII. O ano de 1860 marca a divisão entre a primeira e a segunda revoluções industriais. Causas: 1) Excesso de riquezas nas mãos dos capitalistas De início, os empreendimentos capitalistas eram capazes de absorver o excedente, mas com o passar do tempo as oportunidades de investimento se tornaram limitadas. Portanto, o capital restante foi investido no desenvolvimento da manufatura, dada a crescente procura por produtos industriais, causada pela fundação de impérios coloniais e pelo crescimento da população europeia. 2) Crescimento populacional na Europa Possibilitado por progressos na medicina e mudanças nos padrões e nas escolhas de vida. 3) Mercantilismo A doutrina clássica mercantilista, da revolução comercial, permitiu o aumento das manufaturas para multiplicar a quantidade de produtos disponíveis à exportação, visando garantir uma balança de comércio favorável. 4) Inovações tecnológicas: invenção da máquina a vapor, da máquina de fiar e do tear hidráulico, entre outras. Por que a revolução industrial começou na Inglaterra? Atenção: lembrar que o carvão e o ferro, muito abundantes no país, somente se tornaram importantes no século XIX. Foi o país que mais lucrou com a Revolução Comercial. Tinha ganhos próximos aos da França, mas população muito menor e menos gastos extravagantes. Logo, a margem de lucro era muito mais ampla, gerando capital excedente. Era a principal nação capitalista no começo do séc. XVIII. Melhor sistema bancário da Europa. Rev. Gloriosa de 1688-89: limitada intervenção estatal na economia; governo organizado e estável. Aporte de imigrantes História da Civilização Ocidental – Edward Burns – V. 2 Condições sociais favoráveis: possibilidade de ascensão social Riqueza mais uniformemente distribuída do que em outras nações, possibilitando que os comerciantes se dedicassem à produção em larga escala de artigos baratos e comuns, em contraposição a artigos de luxo que demandavam mão-de-obra especializada e artesã, produzidos pela França, por exemplo. Primeira Revolução Industrial 1760-1860: aplicação da maquinaria à indústria. Máquina a vapor permitiu um desenvolvimento mais rápido da industrialização, pois deu nova importância à produção de carvão e de ferro, promoveu revolução nos transportes e aceleração das manufaturas. o Produção de ferro na Inglaterra quadruplicou. o Aplicada também ao transporte ferroviário e fluvial. Invenção do telégrafo: aceleração das comunicações. Aperfeiçoamento das raças de gado; introdução de novos cultivos (como a beterraba açucareira); utilização de arados e grades na agricultura; química agrícola. Geraram prosperidade sem precedentes, até a grande crise de 1873 (Grande Depressão, gerada pela crise de superprodução e subconsumo). Segunda Revolução Industrial Acontecimentos: Inovações na siderurgia Invenção do dínamo Invenção do motor de combustão interna Características que a diferenciam da primeira: 1) Substituição do ferro pelo aço 2) Substituição do vapor pela eletricidade e pelos derivados de petróleo como fontes de força motriz 3) Maquinaria automática 4) Especialização do trabalho 5) Uso de ligas e metais leves 6) Desenvolvimento da química industrial 7) Mudanças nos transportes e comunicações: construção de vias férreas. 8) Novas formas de organização capitalista: capitalismo industrial deu lugar ao capitalismo financeiro: Indústria dominada por bancos de investimentos e companhias de seguros Acumulações de capital Separação entre propriedade e direção Aparecimento das holdings 9) Extensão da industrialização à Europa Oriental e Central e ao Extremo Oriente: atingiu quase todos os países mais desenvolvidos, com destaque para a Alemanha como maior nação industrial da Europa em 1914. História da Civilização Ocidental – Edward Burns – V. 2 Intervenção estatal incisiva sobre a economia Povo alemão habituado à disciplina, por ter sido a Prússia um estado muito militarizado (serviço militar obrigatório) Disseminação do ensino das ciências aplicadas Jazidas de ferro da Lorena Rússia: desenvolvimento do sistema fabril e dos transportes mecanizados a partir de 1890. Czares impuseram tarifas mais acentuadas sobre as importações e tomaram empréstimos da França para construção de estradas de ferro e empresas industriais, resultando em uma produção de ferro maior que a francesa. Itália e Japão: industrialização devida especialmente à intervenção estatal. Sociedade A rev. Industrial capacitou áreas limitadas a sustentarem um grande número de indivíduos. Aumento da população: de 190mi na Europa em 1800 para 460mi em 1914. o Alimentação mais abundante e variada o Construção de hospitais e progressos da medicina o Nacionalismo: gera confiança e orgulho, incentivando a procriação o Cerceamento da imigração e decréscimo da taxa de natalidade geraram diminuição no crescimento populacional Na França: a partir de 1870 No restante dos países: a partir de 1918 Urbanização crescente da sociedade ocidental o Declínio da procura de mão-de-obra para a agricultura Surgimento de novas classes sociais: burguesia industrial (proprietários) e proletariado o Burguesia industrial dividida em alta burguesia (grandes banqueiros e magnatas, interessada no capitalismo financeiro) e pequena burguesia (pequenos comerciantes, pequenos industrialistas e profissionais liberais, interessada em estabilidade e segurança); o O proletariado foi capaz de exercer influência na política dos países somente no final do século XIX
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