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Maria Paula_relatório parcial FAPEMA (1)

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19
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CAMPUS PAULO VI
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE DIREITO
RELATÓRIO PARCIAL DE ATIVIDADES DA COTA FAPEMA 2020/2021
TÍTULO DO PROJETO DA ORIENTADORA:
LUTAS SOCIAIS, DINÂMICAS TERRITORIAIS E A (IN)CAPACIDADE DE EFETIVAÇÃO DA CIDADANIA NO MARANHÃO 
TÍTULO DO PLANO DE TRABALHO DA BOLSISTA:
A DINÂMICA DA DISPUTA TERRITORIAL ENTRE QUILOMBOLAS E GRANDES EMPREENDIMENTOS: HISTÓRIAS LOCAIS EM CONFRONTO COM PROJETOS GLOBAIS 
Bolsista: Maria Paula Correia Ramos
Orientadora: Prof. Drª. Marivânia Leonor Souza Furtado
São Luís
2021
LUTAS SOCIAIS, DINÂMICAS TERRITORIAIS E A (IM)POSSIBILIDADE DA EFETIVAÇÃO DA CIDADANIA NO MARANHÃO
A DINÂMICA DA DISPUTA TERRITORIAL ENTRE QUILOMBOLAS E GRANDES EMPREENDIMENTOS: HISTÓRIAS LOCAIS EM CONFRONTO COM PROJETOS GLOBAIS 
IDENTIFICAÇÕES DA BOLSISTA
Nome: Maria Paula Correia Ramos
Instituição de Ensino: Universidade Estadual do Maranhão
Curso: Direito
Período: 4º período
Código de matrícula: 20190087799
Turno: Matutino
Ano de ingresso: 2019.1
IDENTIFICAÇÕES DA ORIENTADORA
Nome: Marivânia Leonor Souza Furtado
Instituição de ensino: Universidade Estadual do Maranhão
Cargo: Professora Adjunta III do Departamento de Ciências Sociais
Telefone: (98) 988211831 
E-mail: marivaniafurtado@yahoo.com.br
__________________________________
Marivânia Leonor Souza Furtado
Orientadora do Projeto
__________________________________
Maria Paula Correia Ramos
Bolsista
MARIA PAULA CORREIA RAMOS
A DINÂMICA DA DISPUTA TERRITORIAL ENTRE QUILOMBOLAS E GRANDES EMPREENDIMENTOS: HISTÓRIAS LOCAIS EM CONFRONTO COM PROJETOS GLOBAIS 
Relatório de atividades desenvolvidas entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021 referentes ao programa de Bolsas de Iniciação Científica UEMA/FAPEMA sob a orientação da Profª Dra. Marivânia Leonor Souza Furtado.
	São Luís	
2021
RESUMO
A pesquisa tem como escopo temas pertinentes a Sociologia e ao Direito Constitucional, amparada pelo grupo de pesquisa e extensão LIDA- Lutas sociais, Igualdade e Diversidades/UEMA e respaldada financeiramente pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Maranhão (FAPEMA). Aborda a dinâmica da disputa territorial envolvendo quilombolas e grandes empreendimentos, recortando a realidade da comunidade quilombola de Mamuna frente aos avanços do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas que amplia as áreas pertencentes ao Centro de Lançamento de Alcântara. Sistematiza a territorialidade e o Acordo de Salvaguardas pela perspectiva jurídica, contrapondo-o com textos legais pertencentes ao ordenamento do país, incluindo a própria Carta Constitucional, e interpretando-o à luz da sociologia construtivista estruturalista de Pierre Bourdieu. Conclui-se que tal medida político-jurídica é incompatível com a interpretação materialista da Constituição Federal de 1988 que apregoa a importância dos direitos fundamentais, pois legitima o racismo e a violência simbólica que perdura na sociedade brasileira.
Palavras-chave:Território, quilombola, Mamuna, Acordo de Salvaguardas Tecnológicas.
SUMÁRIO
	1
	INTRODUÇÃO ..........................................................................................
	4
	2
	OBJETIVOS...............................................................................................
	5
	
	2.1 Objetivo Geral......................................................................................
	5
	
	2.2 Objetivos Específicos........................................................................
	5
	3
	REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................
	6
	4
	TERRITORIALIDADE................................................................................
	7
	5
	ACORDO DE SALVAGUARDAS TECNOLÓGICAS................................
	10
	6
	A VIOLÊNCIA SIMBÓLICA NO DISCURSO GOVERNAMENTAL..........
	14
	7
	CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................
	15
	
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................
	17
	
INTRODUÇÃO
A pesquisa exposta foi desenvolvida por meio do grupo de pesquisa Lutas Sociais, Igualdade e Diversidade (LIDA/UEMA), do qual sou integrante, subsidiada pelo Fundo de Amparo à Pesquisa do Maranhão (FAPEMA), correspondendo ao período de setembro de 2020 a fevereiro de 2021. Esta investigação enseja analisar, pelo viés das Ciências Sociais e do Direito,a dinâmica das relações estabelecidas entre as comunidades quilombolas e os avanços dos grandes projetos tecnológicos sobre seus territórios.
Pretende-se contemplar o tema através de uma perspectiva jurídica, abordando direitos humanos, direito internacional, direito constitucional e sociologia jurídica, de forma a enaltecer e legitimar a resistência das comunidades quilombolas, mormente a mobilização da comunidade de Mamuna, em Alcântara-MA, frente aos avanços do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas. Destaca-se, por conseguinte, a disputa territorial, na qual o direito objetivado torna-se objeto de manutenção do status quo, portanto sujeito ao capitalismo neoliberal, desprezando as garantias fundamentais das comunidades tradicionais.
Na presente pesquisa foi realizada a sistematização doAcordo de Salvaguardas Tecnológicas entre Brasil e Estados Unidos, aprovado em 2019. O procedimento foi baseado em uma estruturação dos seus atos normativos em face do alinhamento legislativo e bibliográfico da territorialidade das comunidades tradicionais, estabelecendo um diálogo de ordem sociológica. Deduz-se, neste relatório parcial, que a ação instituída pelo governo reverbera um discurso racista estruturante, pois, emudece e ensurdece frente as demandas históricas dos povos quilombolas. Além deconsistir em um procedimento de viés colonizador comvalores, eminentemente, eurocêntricos e legitimador de uma violência simbólica.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Interpretar as formas de ocupação espacial, processos de lutas e resistência dacomunidadequilombola de Mamuna em Alcântara-MA frente ao processo de implantação do novo Acordo de Salvaguardas Tecnológicas.
2.2 Objetivos específicos
- Sistematizar o processo de pactuação entre o Brasil e Estados Unidos do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas aprovado em 2019;
- Identificar os efeitos sociais e territoriais da implementação do Acordo deSalvaguardasTecnológicas na comunidade quilombola de Mamuna em Alcântara-MA;
- Analisar os processos de lutas e resistência da comunidade de Mamuna para a manutenção de sua territorialidade específica frente ao processo de implantação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas em Alcântara-MA.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico da pesquisa exposta visa compreender os alicerces das forças contraditórias que envolvem o entendimento de modernidade e de território,imprescindíveis para entender as formas de ocupação espacial, os processos de lutas e resistência da comunidade quilombola de Mamuna em Alcântara-MA frente ao processo de implantação do novo Acordo de Salvaguardas Tecnológicas.Portanto consiste em uma proposta teórico-metodológica pautada na sociologia reflexiva com base na teoria do renomado sociólogo construtivista estrutural, Pierre Bourdieu.
A compreensão dos conceitos de Habitus, Campo e Capital simbólico, fundamentais para a manifestação da violência simbólica, é de sublime importância para entender o contraste das forças antagônicas atuantes em Alcântara, especialmente, em Mamuna. Manifestam-se atravésdos posicionamentos do Estado-Nação – como detentor do Poder de Polícia e do Poder Jurisdicional –, fornecendo o amparo das demais bibliografias consultadas nesta pesquisa. Para o sociólogo francês,habitus é a manifestação do social no domínio individual, perpetua-se através dos sistemas simbólicos, visando a homogeneização social das visões de mundo.
Existem habitus específicos que se manifestam em domínios sociais, denominados de Campos, cujos membros reproduzem de modo a constituir uma identidade própria, mesmo havendo comunicação comoutros campos externos a eles. É o que se pode constatar nas comunidades quilombolas, detentoras e reprodutoras de uma cosmovisão única, entretanto, neste mesmo diapasão há um Capital simbólico – entendido comopoder pautado em força e prestígio,adquirido por certos grupos sociais com capacidade de impor o seu reconhecimento –, que pressiona a sua perspectiva de mundo nos demais.
O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas tem como efeito social, justamente, essa pressão que exerce nas estruturas de grupos étnicos específicos sob a égide de um mito democrático racial e uma visão unitária da modernidade.Em meio a hegemonia dos valores de um grupo social dominante e na sua perpetuação através dos sistemas simbólicos – língua, arte, religião –, sobrevive a resistência de uma comunidade com autodefinição coletiva em quanto quilombola, com fatores étnicos específicos e que luta pelo seu direito de existir. 
A presente pesquisa conta com bibliografias especializadas no tema da resistência, da territorialização, do racismo estrutural, assim como, utiliza-se de uma base normativa (nacional e internacional) e doutrinária a fim de entender os direitos das comunidades tradicionais, outrossim, o AST (Acordo de Salvaguardas Tecnológicas). Aconstrução do relatório parcial é de cunho bibliográficoe, posteriormente,agregar-se-á conhecimentos de natureza etnográfica.
4 TERRITORIALIDADE
O Brasil conserva um problema crônico sobre a forma como a terra é apreendida pela sociedade. Inicialmente, o que demonstrava o poderio de um determinado grupo social era a quantidade de escravos que podia manter, entretanto, após a Lei de Terras nº 601 de 1850, a perspectiva capitalista se instaura sobre a extensão do lote de terra que se possui, de forma a capitalizar o que antes era entendido como um meio de produção (FURTADO, 2012).
O Estado como detentor do poder normativo atuava como agente reprodutor do status quo, com o papel de impedir os despossuídos de alcançarem o privilégio de obter seu quinhão agrário, fato que é expresso noartigo 1º do dispositivo normativo em questão, que afirma: “Ficam proibidas as aquisições de terras devolutas por outro título que não seja o de compra” (BRASIL, 1850).
A legalização da conjuntura vivida pela parcela pobre e estigmatizada da sociedade deu ensejo para sua futura organização em movimentos de resistência que viriam a dar frutos com a Constituição Cidadã de 1988, em especial, no artigo 68 do ADCT (Atos das Disposições Constitucionais Transitórias), que afirma: “Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos” (BRASIL, 1988).
Segundo o autor Alfredo Wagner (2008), o Estado ao admitir a existência dos povos tradicionais e sua territorialidade específica, acresce às estruturas preexistentes as políticas étnicas, de modo a gerar conflitos, principalmente no que tange a sua aplicabilidade. A comprovação de tal afirmação é evidente, uma vez que mesmo havendo o artigo 68, do ADCT, que garante a propriedade aos remanescentes quilombolas por meio da titulação das terras, convivem tensões sociais que transformam o processo em verdadeiras contendas judiciais e sociais. 
Consoante a abordagem de Fernandes (2005), é esperado que dentro de um território haja conflitos, principalmente porque um grupo social intenciona um modo de ser, que em sua visão é único, de modo que possa estabelecer a sua identidade e se reconhecer. O problema surge quando o grupo social se torna dominante e impõe essa mesma visão de mundo unitarista aos demais, olvidando-se que esta cosmovisão é apenas uma fração da dimensão espacial e que existem outras multiterritorialidades dentro de um mesmo território.
Ainda dentro do viés normativo, através da força do Poder Originário Constituinte, a pressão desse segmento social marginalizado se fez presente na instituição dos artigos 215 e 216 da carta constitucional do país, ambos versam sobre a proteção patrimonial das heranças afrodescendentes, colocando em xeque o mito da democracia racial e admitindo que a cultura afro-brasileira é cultura integrante do processo civilizatório brasileiro.
  Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.
§ 1º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional (BRASIL, 1988, art. 215, §1º)
No bojo desses textos normativos há a existência do termo “remanescente quilombola” que é originariamente controverso, pois, retrata a imagem de um povo estagnado, um povo que consiste no resquício de um que há muito colapsou, por não ser paritário à modernidade. A expressão é reflexo de um pensamento construído através da importação de valores eurocêntricos que corroboram com a constatação de perspectiva antropológica enumerada por Edgardo Lander:
Esta cosmovisão tem como eixo articulador central a ideia de modernidade, noção que captura complexamente quatro dimensões básicas: 1) a visão universal da história associada à ideia de progresso (a partir da qual se constrói a classificação e hierarquização de todos os povos, continentes e experiências históricas); 2) a .naturalização. tanto das relações sociais como da natureza humana. da sociedade liberal-capitalista; 3) a naturalização ou ontologização das múltiplas separações próprias dessa sociedade; e 4) a necessária superioridade dos conhecimentos que essa sociedade produz (ciência) em relação a todos os outros conhecimentos. (LANDER, Edgardo. 2005. p.13).
Somente com a adoção da Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho sobre Povos Indígenas e Tribais pelo Decreto legislativo nº 143, foi possível se falar em autodeterminação dos povos e não mais em integração, e com sua assimilação ao bloco constitucional (conferindo-a caráter supralegal, ou seja, superior às normas infraconstitucionais e inferior às normas constitucionais) foi possível afirmar a pluralidade da cultura brasileira. Em conformidade, o texto normativo expressa:
Artigo 1º
1. A presente convenção aplica-se:
a) aos povos tribais em países independentes, cujas condições sociais, culturais e econômicas os distingam de outros setores da coletividade nacional, e que estejam regidos, total ou parcialmente, por seus próprios costumes ou tradições ou por legislação especial;
[...]
2. A consciência de sua identidade indígena ou tribal deverá ser considerada como critério fundamental para determinar os grupos aos que se aplicam as disposições da presente Convenção (BRASIL, 2002).
A conquista do reconhecimento normativo por parte das comunidades quilombolas é uma resposta às históricas ameaças institucionais ecorresponde a um expressivo método de enfrentamento.Resistir é algo característico quando se é oprimido e consiste em uma prática, por vezes, celebrada dentre os seus iguais, visto que é moralmente aceita (SCOTT,1992, p.260).Admite outras ações mais singelas que, posteriormente, atingem resultados práticos, como as listadas por Davi Pereira Júnior ao descrever as tentativas de luta da comunidade de Mamuna (2009): entupir picadas, vigilância constante dentro de seu território, arrancar piquetes demarcatórios e proibir o acesso de veículos e pessoas desconhecidas.
Mamuna é uma comunidade detentora de um território litorâneo e por isso muito visada pelos grandes empreendimentos. Em 2008, houve um sério conflito entre essa comunidade quilombola e a Empresa Binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), justamente, devido aos delitos que a empresa cometia invadindo e destruindo áreas significativas para a população, como capoeiras e roçados, que constituem frutos e atributos de reprodução de sua territorialidade específica. Benedito Souza Filho (2013) destaca o dano causado na dimensão religiosa e os impactos que reverberaram no equilíbrio socioambiental: 
Entre as áreasmapeadas, encontra-se, por exemplo, em Mamuna, a Pedra Santa, que é um lugar importante em termos religiosos. Essa é uma outra esfera que pode ser seriamente afetada, já que muitos lugares apontados pelas famílias são identificados como moradas de encantados, referenciando aí um sistema de crenças e um rico universo simbólico que se articula com modelo de conservação dos recursos em termos de uma sustentabilidade ecológica.(SOUZA FILHO, 2013)
Nota-se, destarte, que há uma complexa conexão entre o social e o ambiental nessas comunidades, que resultam em relações firmadas entre si e que permitem a sua união sob signos diversos como o Movimento dos Atingidos pela Base Espacial (MABE); o Sindicato dos Trabalhadorese Trabalhadoras Rurais de Alcântara (STTR); o Movimento deMulheres Trabalhadoras Rurais de Alcântara (MOMTRA) e outros.
5 ACORDO DE SALVAGUARDAS TECNOLÓGICAS
A proposta da Comissão Brasileira de Atividades Espaciais foi aceita, em 1979, pelo governo federal, visando investir e expandir o setor aeroespacial brasileiro através da instalação, competência da Aeronáutica, do Centro de Lançamento de Foguetes. Em 1982, foi criado o Grupo de Lançamento de Alcântara e em 1º de março de 1983, de acordo com o Decreto Federal nº 88.136, foi acionado o Núcleo do Centro de Lançamento de Alcântara, em detrimento ao Centro de Lançamento da Barreira do Inferno em Ponta Negra- RN. Os motivos de tal escolha, segundo o endereço eletrônico da Força Aérea Brasileira (FAB) são:
A posição geográfica, estratégica e privilegiada, do Centro de Lançamento de Alcântara - CLA, a 2º18' sul da linha do Equador, é um dos fatores preponderantes para a operação de veículos suborbitais (foguetes de sondagem) e satelizadores
Esta condição possibilita aproveitar, nos lançamentos em órbita de baixa inclinação (próximas à equatorial, como demanda a grande maioria dos satélites de comunicação), o ganho de energia relativo à velocidade tangencial proporcionada pela rotação da terra. Além disso, mesmo para outras órbitas inclinadas, a situação dos centros mais próximos ao Equador é mais favorável do que a dos situados mais ao norte, que levam a um maior dispêndio de energia para as necessárias manobras.
Além dessas especificidades, há a questão geológica, dado que o Maranhão se encontra em uma posição tectônica privilegiada, fatores climáticos favoráveis, assim como a posição “conveniente” frente a outros Centros de Lançamento. Todavia, é alarmante o informativo exposto no endereço eletrônico oficial da FAB, que noticia como um fator atrativo do território de Alcântara, a “Baixa densidade demográfica da região, o que permite a implantação de diversos sítios de lançamento e, também, de áreas para infraestrutura de apoio logístico”[footnoteRef:2]. [2: Disponível em: <https://www2.fab.mil.br/cla/index.php/vantagens2>. Acessoem: 19 fev. 2021.
] 
Nota-se nestes dizeres a invisibilidade dos povos quilombolas que lá existem e resistem, esta concepção é concretizada na forma do decreto desapropriatório nº 7.820 de 1980 e outros atos normativos que deslocaram 312 famílias que já tinham relações sociais seculares em seus territórios, mas que tiveram que se adequar as Agrovilas impostas pela Aeronáutica e pelo “Estado Democrático de Direito”.
O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas é o instrumento acordado entre Estados Unidos e Brasil e promulgado pelo Decreto 10.220/2020, que visa a ampliação do setor aeroespacial brasileiro, através da permissão de lançamentos de foguetes e espaçonaves com tecnologia norte-americana desde que protegida a patente. A necessidade do acordo surge posto que o Brasil encontrava imensas barreiras a este objetivo, pois, além da falta de investimentos do próprio governo no setor científico, há proibições internacionais, como o InternationalTraffic in ArmsRegulations, um regime regulatório norte-americano que coíbe a exportação de materiais tecnológicos relacionados com defesa e militarismo.
O ITAR (InternationalTraffic in ArmsRegulations) vincula empresas nacionais americanas de tecnologia e armamento ao mercado nacional, a exportação ou importação temporária é permitida apenas em caso de obtenção da aprovação da Diretoria de Controle do Comércio de Defesa. (Estados Unidos, 1993, § 123.1, a, tradução nossa)[footnoteRef:3]. Adstrito a uma lista de artigos que são alvo dessa restrição – The United StatesMunitionList –, o mercado fornecedor dos equipamentos e artifícios tecnológicos do setor aeroespacial é escasso. [3: § 123.1 Requirement for export or temporary import licenses.
(a) Any person who intends to export or to import temporarily a defense article must obtain the approval of the Directorate of Defense Trade Controls […].
] 
Figura1 - Folder do AST
Fonte: Ministério de Ciência, Tecnologia e Informações
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações expediu um folder divulgando o projeto e neste veículo são rebatidas as críticas referentes ao risco à soberania nacional, a possível troca de tecnologias entre os países e os impactos sobre as comunidades locais, de forma a sanar as preocupações levantadas pelo Congresso Nacional – destinatário primeiro do documento. O texto afirma que, além da inclusão do Brasil em um seleto patamar comercial, o país não é refém das grandes potências mundiais porque a jurisdição do território continua pertencendo a Nação. É esperado que todo este investimento atinja a população adjacente e, segundo o próprio texto conotativo “dependendo da qualificação profissional do cidadão e do seu desejo em progredir e adquirir outras qualificações, a existência do centro espacial será sua grande oportunidade de melhoria de vida”[footnoteRef:4]. [4: Disponível em: <https://issuu.com/mctic/docs/folder_ast>. Acesso em: 19 fev. 2021 ] 
Após a assinatura do Acordo, em 18 de março de 2019, mais uma vez o Estado – detentor do Poder de Polícia e do Poder Jurisdicional – expede ato normativo, a Resolução nº 11 de 26 de março de 2020, objetivando remover mais de 300 famílias de suas casas.
Art. 6º Aprovar a Matriz de Responsabilidades dos órgãos que integram o Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro, com as ações voltadas para as políticas públicas destinadas às comunidades que habitam a área de interesse do Estado na consolidação do Centro Espacial de Alcântara, nos seguintes termos:
I - para o Ministério da Defesa:
a) providenciar, por meio do Comando da Aeronáutica, a execução das mudanças das famílias realocadas, a partir do local onde hoje residem e até o local de suas novas habitações, incluindo o transporte de pessoas e semoventes; e
b) disponibilizar, para as comunidades quilombolas realocadas, por meio do Comando da Aeronáutica, três corredores de acesso à faixa do litoral da área de 12.645haa ser usada pelo Centro Espacial de Alcântara, assegurando medidas de engenharia que impeçam a interdição do leito dos corredores pelas chuvas, bem como o estabelecimento de mecanismos de controle de acesso a esses corredores.
É importante frisar que a mesma disposição normativa que delibera sobre o remanejo das famílias oriundas das comunidades tradicionais, decidindo onde elas irão se fixar, que meios de sustento terão, decidindo a forma como se apropriam do ambiente em sua volta, especula no seu artigo 4º sobre consultar previamente as comunidades em conformidade com a Convenção nº 169 da OIT, que assevera em seu artigo 6º:
ARTIGO 6º
1. Na aplicação das disposições da presente Convenção, os governos deverão:
a) consultar os povos interessados, por meio de procedimentos adequados e, em particular, de suas instituições representativas, sempre que sejam previstas medidas legislativas ou administrativas suscetíveis de afetá-los diretamente; 
b) criar meios pelos quais esses povos possam participar livremente, ou pelo menos na mesma medida assegurada aos demais cidadãos, em todos os níveis decisórios de instituições eletivas ou órgãos administrativos responsáveis por políticas e programas que lhes afetem; 
c) estabelecer meios adequados para o pleno desenvolvimentodas instituições e iniciativas próprias desses povos e, quando necessário, disponibilizar os recursos necessários para esse fim.
2. As consultas realizadas em conformidade com o previsto na presente Convenção deverão ser conduzidas de boa-fé e de uma maneira adequada às circunstâncias, no sentido de que um acordo ou consentimento em torno das medidas propostas possa ser alcançado. (BRASIL, 2002)
Verifica-se que não há consulta prévia alguma as comunidades, afinal, o mesmo documento jurídico que reafirma seu direito de informação prévia e consentimento prévio (ou não), é o mesmo que já regulamenta a sua desapropriação e já dita as suas relações sociais e a sua relação com a terra.Nesse diapasão, é nevrálgico mencionar que a sociedade brasileira é construída sobre um prisma racista estruturante e a sua incidência atinge o ordenamento do país e aqueles o produzem.
No relatório final será acrescido entrevistas com as lideranças da comunidade de Mamuna sobre as tentativas de interação e acordo com os governos estadual e federal, no que se refere a titulação de suas terras e ao próprio Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, pois através do estabelecimento de um espaço dialógico-reflexivo será possível entender seus mecanismos de defesa e resistência – que igualmente será melhor abordado na continuidade desta pesquisa.
O raciocínio auferido corrobora com o entendimento de Silvio Luiz de Almeida (2018) ao afirmar que o racismo é um processo político, porque precisa deste apoio a fim de difundir a discriminação na organização da sociedade, é por isso que não há racismo que atinja a maioria, e sim, grupos étnicos minoritários, como aqueles que residem em Alcântara, em especial, a comunidade de Mamuna.
6 A VIOLÊNCIA SIMBÓLICA NO DISCURSO GOVERNAMENTAL
Pode-se fazer uma inferência da problemática abordada na pesquisa pelo viés construtivista estruturalista de Pierre Bourdieu, que em suas obras, vai trazer um discurso metalinguístico sobre as ciências sociais e seu objeto de estudo a fim de produzir uma sociologia reflexiva. Para o autor, “O poder simbólico é, com efeito, esse poder invisível o qual só pode ser exercido com a cumplicidade daqueles que não querem saber que lhe estão sujeitos ou mesmo que o exercem” (BOURDIEU, 1989, p. 7).
A ideia de poder simbólico é supor que nas searas invisíveis da vida, ele se manifesta ao ponto de ser naturalizado, posto que dispõe de um sistema simbólico que afeta a tessitura social e que é aceito, pois os seres que dela fazem parte possuem um habitus. Segundo o autor “O corpo está dentro do mundo social, mas o mundo social está dentro do corpo. E a incorporação do social que a aprendizagem realiza é o fundamento da presença do mundo social [...]” (BOURDIEU, 2001).
Os sistemas simbólicos, como a arte e a linguagem, são considerados estruturas estruturantes porque servem de base para a homogeneidade social e se retroalimentam pela internalização dos seus ditames via habitus, limitando as formas de apreensão da realidade e perpetuando a cosmovisão dos grupos dominantes através da violência simbólica. Outro conceito, intimamente abordado por Bourdieu, é o de “Campo”, entendido como um microecossistema que possui suas próprias regras e entendimentos, mesmo que tenha de responder a elementos externos, logo possui seu próprio habitus que é reproduzido por quem nele está inserido, configurando uma identidade.
Dentro de um campo específico, há um capital de maior valor, o capital simbólico, entendido como matriz dos demais tipos de capitais existentes, pois é através deles que se alcança um reconhecimento e a legitimação para impô-lo. Possuem diversas ramificações, como o econômico, relacionado a finanças; o social, relacionados aos contatos que se têm e o cultural, relacionado ao conhecimento – seja imposto pela família ou pela escolarização tradicional.
“Esses estudantes privilegiados recebem como herança um bem tão precioso quanto invisível ao olho nu: a cultura. No seio dessa elite intelectual, os valores não são transmitidos pelo dinheiro (o ‘capital econômico’), mas pela escola (o ‘capital cultural’).” (CATANI, 2002, p. 7 apud DORTIER, 2002, p. 4)
Transportando tais conceitos para a temática da pesquisa, o Direito – entendido como campo que estrutura e é, reciprocamente, estruturado – funciona como mecanismo tanto de imposição e reprodução de um habitus historicamente colonizador, como meio de proteção e garantias aos grupos minoritários, visto que, outro pilar do constitucionalismo contemporâneo é a democracia. Entretanto, isso não invalida que a violência simbólica se impregne no discurso oficial da União e semanifeste em atos normativos, como no decreto10.220/2020, em que há a desvalorização do campus específico das comunidades quilombolas, com sua própria identidade e reprodução da mesma, por meio da imposição de um capital simbólico que não lhes pertence.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A natureza da anuência do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas é, iminentemente, discriminatória. O discurso federalestá alinhado em uma perspectiva eurocêntrica, em que o progresso e a modernidade, por conseguinte, com o capital simbólico, estão inseridos na desapropriação de centenas de famílias com pertenças étnicas distintas e o seu enclausuramento em um modelo de subsistência diferente do que lhe pertence. Em prol deste objetivo, a Administração Pública corrobora com a insegurança jurídica oriunda do decreto nº 10.220/2020, porque contraria o disposto em sede de ADCT e disposto em norma supralegal, a Convenção n.169 da OIT.
Salvante os impactos jurídicos, há a reprodução da violência simbólica sistematizada, pois a insistência na institucionalização de textos legais com tais fundamentos,suscita a resistência das comunidades ameaçadas, fato que desvela a existência de um poder simbólico que tenta se impor a qualquer custo frente àqueles que estão inseridos em um campo diferente e que reiteram um habitusdiferente.
Fundamentando-se nos resultados obtidos nesta pesquisa inicial, visa-se, na continuidade deste estudo, adequá-los as especificidades da comunidade de Mamuna, através de entrevistas com suas principais lideranças no que tange a resistência desenvolvida, os efeitos sociais e territoriais ocasionados pelo AST, as demandas que foram ouvidas e as negligenciadas pela Administração Pública, principalmente na esfera estadual, assim como asua organização jurídica a fim de manter a sua territorialidade específica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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