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Resumo Montesquieu As Etapas do pensamento Sociológico

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Resumo – Montesquieu – As Etapas do pensamento Sociológico
Atribuído a Auguste Comte ao mérito de ter fundado a sociologia, Montesquieu é considerado precursor da sociologia pelos franceses. A partir da interpretação de “O espírito das leis”, a modernidade exposta por Montesquieu, é mais complexa do que a de Comte, porém não diminue a importância deste. Montesquieu foi na verdade simultaneamente um filósofo da política, escritor, jurista e pode-se dizer também, romancista.
Na obra “O espírito das leis”, o objetivo do autor é tornar a história intelegível a partir da compreensão do dado histórico, e deseja passar do dado incoerente a uma ordem intelegível. Observa-se nesta obra duas etapas, ou duas quastões, de um processo de investigação.
A primeira etapa trás a afirmação de que pode-se descobrir causas profundas, além do caos dos acidentes, que podem trazer respostas para a aparente irracionalidade dos acontecimentos: “Eu a formularia assim:é preciso captar, por trás da sequência aparentemente acidental dos acontecimentos , as causas profundas que os aplicam”, cita o autor. A segunda etapa consiste em dizer que organizar a diversidade dos hábitos, dos costumes e das idéias, é possível, a partir de um número reduzido de tipos e não que os acidentes podem ser explicados por coisas profundas.
A teoria política de Montesquieu a partir de “O espírito das leis”, se divide em várias partes. Os primeiros livros desenvolvem a teoria dos três tipos de governo e tem inspiração aristotélica. A segunda parte, consagra-se ás causas materiais ou físicas a influência d clima e do solo para com os homens, seus costumes e instituições. A terceira parte refere-se as causas socias, comércio, moeda, número de habitantes e crença, influenciando os hábitos, os costumes e as leis.
Montesquieu diferencia três modalidades de governo: a república, a monarquia e o despotismo. Esses tipos tem relação a dois conceitos: o de natureza e de princípio de governo. A natureza do governo é o que faz ele ser o que é. Já o princípio de governo é o sentimento que deve prevalecer dentro de um tipo de governo, pois animando o homem, o governo funcionaria em harmoniosidade.
A natureza de um governo não depende do número dos que dominam o poder soberano, mas também do modo como este é exercido. Segundo Montesquieu existem três sentimentos políticos fundamentais: a república depende da virtude, a monarquia, da honra, o despotismo, do medo.
O espírito geral é uma resultante, porém é uma resultante que permite apreender o que constitui a originalidade e a unidade de uma determinada coletividade. O espírito geral nada mais é dos que as características que uma determinada coletividade adquire através do tempo, como resultado da prularidade das influências que atuam sobre ela.
Quanto ao espírito geral de uma nação, ele retorna à teoria das instituições políticas dos primeiros livros, pois um regime só se mantém na medida em que o sentimento que lhe é necessário existe no povo. O espírito geral de uma nação é o que mais contribui para manter esse sentimento ou princípio, indispensável à continuidade do regime.
A sociologia seria fácil se as proposições deste tipo fossem verdadeiras. Montesquieu acreditava que um certo meio físico determina diretamente uma certa maneira de ser fisiológica, nervosa e psicológica dos homens.
As análises da sociologia política de Montesquieu permitem formular os principais problemas da sociologia geral. O primeiro problema tem a ver com a inserção da sociologia política na sociologia do conjunto social. O segundo problema é o da relação entre o fato e o valor, entre a compreensão das instituições e a determinação do regime desejável ou bom. O terceiro problema é o das relações entre o universalismo racional e as particularidades históricas.
Inicialmente Montesquieu se atenta a estudar a influência do meio geográfico, subdividindo-se este em clima e solo. Ele se pergunta como os homens cultivam a terra e repartem a propriedade, em função da natureza do solo. Logo após esse estudo, ele se dedica a análise do espírito geral de uma nação. Em seguida, as causas sociais tomam o lugar das causas físicas, entre as quais o comércio e a moeda.
Encontra-se em Montesquieu, fórmulas inspiradas pela filosofia de uma ordem racional e universal, e ao mesmo tempo, fórmulas que acentuam a diversidade dos costumes e das coletividades históricas. Entre as escolas romanista e germânica, Montesquieu se coloca ao lado da germânica. Ele se mostra preocupado com privilégios da nobreza e o reforço dos corpos intermediários.
Acredita que sempre houve desigualdades sociais; que o gorveno é exercido por privilegiados; que a ordem social é heterogênea; e que a liberdade tem como fundamento o equilíbrio dos poderes sociais e o chamado governo dos “notáveis”- que seriam tanto os melhores cidadãos de uma democracia igualitária quanto a nobreza da monarquia, ou mesmo, num regime de tipo soviético, os militantes do partido comunista.
A essência da filosofia política de Montesquieu émo liberalismo pois o objetivo ordem política é assegurar a moderação do poder pelo equilíbrio dos poderes, o equilíbrio entre o povo, nobreza e rei na monarquia francesa ou na monarquia inglesa. Por fim, Montesquieu é o último dos filósofos, e ao mesmo tempo é o primeiro dos sociólogos, o precursor da sociologia.

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