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PC-MG POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Livro Eletrônico DIOGO SURDI Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT- MS e MPU. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br 3 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br SUMÁRIO Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais ....................................6 1 Disposições Gerais ...................................................................................6 1.1 Disposições Preliminares ........................................................................6 1.2 Competência ......................................................................................22 2 Organização ..........................................................................................24 2.1 Estrutura Orgânica ..............................................................................24 2.2 Administração Superior ........................................................................26 2.3 Administração.....................................................................................36 2.4 Unidades Administrativas .....................................................................49 Exercícios ................................................................................................52 Gabarito ..................................................................................................60 Gabarito Comentado .................................................................................61 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 4 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br Olá, aluno(a), tudo bem? Espero que sim! Na aula de hoje, iniciaremos o estudo da Lei Orgânica da Polícia Civil do es- tado de Minas Gerais. Esse assunto encontra previsão nos artigos da Lei Com- plementar Estadual n. 129/2013/2013. Considerando que a mencionada Lei Orgânica é composta por cinco diferentes títulos, estudaremos neste primeiro momento, os Títulos I e II relacionados, res- pectivamente, com as “Disposições Gerais” e a “Organização da Polícia Civil”. Praticamente não contamos com questões anteriores relacionadas com essa parte da Lei Orgânica, por isso utilizaremos, como forma de treinamento, questões inéditas. Grande abraço e boa aula! Diogo O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 5 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br LEI ORGÂNICA DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE MINAS GERAIS 1 Disposições Gerais 1.1 Disposições Preliminares A Lei Complementar Estadual n. 129/2013 é a norma que organiza a Polícia Civil do estado de Minas Gerais, define sua competência e dispõe sobre o regime jurídico dos integrantes das carreiras policiais civis. Dessa forma, a lei orgânica em questão vai muito além da simples estruturação e organização da Polícia Civil, estabelecendo, ainda, todo o regime jurídico dos ser- vidores que, em conjunto, integram as diversas carreiras da instituição. Art. 1º. Esta Lei Complementar organiza a Polícia Civil do estado de Minas Gerais (PC-MG), define sua competência e dispõe sobre o regime jurídico dos integrantes das carreiras policiais civis. Para uma correta compreensão acerca da importância do papel da Polícia Civil para a sociedade, devemos, em um primeiro momento, diferenciar as atividades desempenhadas pelas polícias civil e militar. De acordo com a Constituição Federal, a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, por meio de uma série de órgãos. Entre esses órgãos, temos a Polícia Civil e a Polícia Militar. Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I – Polícia federal; II – Polícia rodoviária federal; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 6 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br III – Polícia ferroviária federal; IV – Polícias civis; V – Polícias militares e corpos de bombeiros militares. Dessa forma, chegamos à conclusão que, no âmbito do estado de Minas Gerais, esses dois órgãos serão os principais responsáveis pelas atividades relacio- nadas com a segurança pública. No entanto, ainda que ambos os órgãos sejam classificados como policiais, as atividades desempenhadas por cada uma dessas corporações possuem objetivos e finalidades bastantes distintos, dando ensejo à diferenciação entre polícia admi- nistrativa e polícia judiciária. As diferenças entre as atividades da polícia administrativa e da polícia ju- diciária são bastante exigidas em provas de concurso. Dessa forma, conseguimos diferenciar ambas as atividades, basicamente, por meio de quatro características: a) as atividades de polícia administrativa incidem sobre bens, sobre direi- tos ou sobre atividades, ao passo que a polícia judiciária incide sobre pessoas. Aprendendo na Prática Exemplo de atividade decorrente de polícia administrativa é a apreensão de merca- dorias vencidas (incidente sobre bens). Exemplo de atividade decorrente de polícia judiciária é a prisão de um grupo terro- rista (incidente sobre pessoas). b) a polícia administrativa é inerente ao próprio desempenho da função pública, uma vez que uma das finalidades da administração é garantir o bem-estar da coletividade. Logo, todos os órgãos e entidades pautados pelo regime jurídico de direito público podem, quando no desempenho regular de suas atividades, fazer uso do poder de polícia. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 7 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br A polícia judiciária, por outro lado, apenas pode ser utilizada por corporações espe- cializadas e profissionais previamente treinados para o seu correto desempenho. Aprendendo na Prática A atividade administrativa pode ser desempenhada tanto por um órgão da adminis- traçãodireta (quando da concessão de uma licença para construção, por exemplo), quando por uma entidade da administração indireta de direito público (autarquias e fundações públicas). c) A polícia administrativa age predominantemente de forma preventi- va, uma vez que seu exercício possui como fundamento evitar a violação do interesse coletivo. Salienta-se, no entanto, que é perfeitamente possível a utilização da polícia administrativa em caráter repressivo, com a ressalva de que tal modalidade de exercício é feita em caráter de exceção. Um típico exemplo de atividade preventiva de poder de polícia é a concessão de alvará para o funcionamento de um estabelecimento comercial. Caso o particular descumpra as normas legais, poderá o poder público, fazendo uso do poder de po- lícia em caráter repressivo, interditar o estabelecimento. A polícia judiciária, ao contrário, age predominantemente de forma repressiva, uma vez que é após os acontecimentos (tal como um crime) que ela é provocada. Nada impede, por exemplo, que a polícia judiciária atue de forma preventiva, situ- ação que ocorre, por exemplo, com as práticas de policiamento preventivo. d) Uma última diferenciação se refere às possíveis áreas de atuação dos dois tipos de polícia. Enquanto a polícia administrativa age em relação aos ilícitos administrativos, a polícia judiciária tem como objetivo combater as práticas de ilícitos penais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 8 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br Tais diferenciações podem ser resumidas da seguinte forma: Polícia administrativa Polícia judiciária Incide sobre bens, sobre direitos e sobre atividades Incide apenas sobre pessoas É inerente à função administrativa, podendo ser desempenhada por todos os órgãos e entidades regidos pelo direito público Apenas pode ser desempenhada por cor- porações específicas e por profissionais previamente treinados para tal atividade Atua predominantemente de forma pre- ventiva, podendo também agir de forma repressiva Atua predominantemente de forma repressiva, podendo também agir de forma preventiva Combate os ilícitos administrativos Combate os ilícitos penais Com base na diferenciação exposta, bem como nos artigos da Lei Orgânica em estudo, chega-se à conclusão de que duas das principais atividades desempenha- das pela instituição são a polícia judiciária e a investigação criminal. A investigação criminal tem caráter técnico-jurídico-científico e produz, em articulação com o sistema de defesa social, conhecimentos e indicadores socio- políticos, econômicos e culturais que se revelam no fenômeno criminal. Nesse contexto, o exercício da investigação criminal tem início com o conheci- mento de ato ou fato passível de caracterizar infração penal, e se encerra com a apuração da infração penal ou ato infracional ou com o exaurimento das possibili- dades investigativas, compreendendo: • a pesquisa técnico-científica a respeito de autoria, de materialidade, de moti- vos e de circunstâncias da infração penal; • a articulação ordenada dos atos notariais do inquérito policial e demais procedi- mentos de formalização da produção probatória da prática de infração penal; e • a minimização dos efeitos do delito e o gerenciamento da crise dele decor- rente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 9 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br A investigação criminal se destina à apuração de infrações penais e de atos in- fracionais, para subsidiar a realização da função jurisdicional do Estado, e à adoção de políticas públicas para a proteção de pessoas e bens para a boa qualidade de vida social. Com relação à polícia judiciária, esta compreende basicamente as seguintes atividades: a) o exame preliminar a respeito da tipicidade penal, ilicitude, culpabilidade, punibilidade e demais circunstâncias relacionadas à infração penal; b) as diligências para a apuração de infrações penais e atos infracionais; c) a instauração e formalização de inquérito policial, de termo circunstanciado de ocorrência e de procedimento para apuração de ato infracional; d) a definição sobre a autuação da prisão em flagrante e a concessão de fiança; e) a requisição da apresentação de presos do sistema prisional em órgão ou unidade da PC-MG, para fins de investigação criminal; f) a representação judicial para a decretação de prisão provisória, de busca e apreensão, de interceptação de dados e de comunicações, em sistemas de informá- tica e telemática, e demais medidas processuais previstas na legislação; g) a presença em local de ocorrência de infração penal, na forma prevista na legislação processual penal; h) a elaboração de registros, termos, certidões, atestados e demais atos previs- tos no Código de Processo Penal ou em leis específicas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 10 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br Assim sendo, a função de polícia judiciária consiste, precipuamente, no auxílio ao sistema de justiça criminal para a aplicação da lei penal e processual, bem como nos registros e fiscalização de natureza regulamentar. A direção da polícia judiciária cabe, em todo o estado, aos delegados de polícia de carreira, nos limites de suas circunscrições. No desempenho de suas atribuições, o delegado de polícia, com sua equipe, com- parecerá ao local do crime e praticará as diligências para a apuração da autoria, materialidade, motivos e circunstâncias, formalizando inquéritos policiais e outros procedimentos. De acordo com a Lei Orgânica, a Polícia Civil é um órgão autônomo, essencial à segurança pública, à realização da justiça e à defesa das instituições democráti- cas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 11 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br Os órgãos autônomos são aqueles que estão imediatamente abaixo dos órgãos independentes, possuindo autonomia e capacidade de planejamento de suas ações com certa liberdade. Tais órgãos estão localizados na cúpula da atividade administrativa, possuindo como peculiaridades, ainda, o fato de terem autonomia administrativa, financeira e técnica. Aprendendo na Prática Como exemplo de órgãos autônomos, temos os ministérios, as secretarias esta- duais e municipais e a Polícia Civil. Tais órgãos, ainda que não estejam na cúpula dos respectivos poderes da República, estão na cúpula da atividade administrativa realizada por cada um deles. Assim, no âmbito federal, o Poder Executivo possui como órgão de cúpula o presi- dente da República (órgão independente). Para chefiar toda a atividade adminis- trativa federal, o presidentenomeia ministros de Estado, os quais, dentro de suas áreas de atuação, estão na cúpula da atividade administrativa. 1.1.1 Princípios Expressos A PC-MG está fundada na promoção da cidadania, da dignidade humana e dos direitos e garantias fundamentais, tendo por objetivo, no território do Estado, entre outros, o exercício das funções de: • proteção da incolumidade das pessoas e do patrimônio; • preservação da ordem e da segurança públicas; • preservação das instituições políticas e jurídicas; e • apuração das infrações penais e dos atos infracionais, exercício da polícia judiciária e cooperação com as autoridades judiciárias, civis e militares, em assuntos de segurança interna. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 12 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br Assim como acontece com os demais órgãos e entidades da administração pú- blica, a PC-MG é regida, expressamente, pelos princípios constitucionais da legali- dade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Vamos conhecer melhor estes princípios? 1.1.1.1 Princípio da Legalidade O princípio da legalidade não é uma peculiaridade da atividade administra- tiva, estando presente em todo o Estado Democrático de Direito. Tal princípio li- ga-se, basicamente, à ideia de que toda e qualquer atividade da administração pública deve pautar-se na vontade popular. E isso é bem simples de entender: uma vez que se é a população quem escolhe seus representantes por meio de voto, presume-se que ela, a população, é quem atua, ainda que indiretamente, por meio de manifestação de seus representantes. E, como se sabe, toda e qualquer norma jurídica que inove o ordenamento deve ter a participação dos representantes populares. Indiretamente, portanto, quem está editando leis e inovando o ordenamento pátrio é a própria população. Nesse sentido se posiciona o autor Hely Lopes Meirelles: As leis administrativas são, normalmente, de ordem pública, e seus preceitos não po- dem ser descumpridos, nem mesmo por acordo ou vontade conjunta de seus aplica- dores e destinatários, uma vez que contêm verdadeiros poderes-deveres, irrelegáveis pelos agentes públicos. O conceito da Legalidade é o de que a administração pública só pode fazer aquilo que estiver previsto em lei. Perceba que esse conceito é o oposto do que é aplicado à iniciativa privada, ou seja, enquanto aos particulares é permitido fazer tudo aquilo que não esteja proi- bido em lei, à administração apenas é permitido fazer o que esta determinar ou autorizar. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 13 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br Esse conceito de legalidade, no entanto, não está restrito às leis propriamente ditas, de forma que a doutrina majoritária chega a mencionar o termo “bloco de legalidade” para se referir a todos os diplomas que devem ser observados na ati- vidade administrativa. Dessa relação de diplomas normativos é que se origina o termo juridicidade, conceito mais amplo que o de legalidade. Segundo a juridicidade, a atuação da administração não fica restrita à obediência das leis em sentido estrito, compreen- dendo também um “bloco de legalidade” formado por diplomas que vão desde a Constituição Federal até os princípios gerais do direito e os costumes. Juridicidade Bloco de Legalidade A administração pública deve obedecer a diversos diplomas Constituição Federal, Constituições Esta- duais, medidas provisórias, princípios gerais do direito, costumes, demais atos normativos 1.1.1.2 Impessoalidade O princípio da Impessoalidade pode ser entendido como aquele que determina que a atuação da administração pública seja, a um mesmo momento, transparen- te, sem favorecimentos para os agentes públicos e com o claro objetivo de alcançar a finalidade pública. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 14 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br Percebe-se, dessa forma, que a Impessoalidade pode ser analisada sob três importantes aspectos: Decorre da impessoalidade, por exemplo, a previsão de que a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter ca- ráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo cons- tar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autorida- des ou servidores públicos. Trata-se de aspecto de fácil compreensão e que está intimamente ligado com a teoria do órgão, por meio da qual o agente público, no desempenho de suas ati- vidades, não o faz com base na sua vontade, mas sim tomando como referência a vontade da administração. Aprendendo na Prática Durante o exercício de seu mandato, o prefeito Impessoal da Silva realizou diversas reformas, construções e beneficiamentos em diversos pontos da cidade. Em todas as realizações, colocou uma placa com a seguinte informação: “obras realizadas pelo prefeito Impessoal da Silva”. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 15 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br Está correta a atuação do prefeito? De forma alguma! Para que o prefeito não descumpra o princípio da Impessoali- dade, todas as placas não devem fazer menção ao nome ou à imagem do prefei- to, delas podendo constar, por consequência, que as realizações foram feitas pela administração municipal. Um exemplo de placa informativa que não ofenderia a Impessoalidade seria: “obras realizadas pela Prefeitura do Município X”. 1.1.1.3 Moralidade A primeira informação que temos que saber é que a moral administrativa difere em muitos aspectos da moral comum. Enquanto a moralidade administrativa está ligada à ideia de boa ou má admi- nistração e aos preceitos éticos da probidade, decoro e boa-fé, a moral comum está baseada unicamente na crença entre o bem e o mal. Dessa forma, nota-se que a moral administrativa é um conceito bem mais amplo que o da moral comum. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 16 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br E justamente por ser um conceito amplo é que surgem as principais dúvidas pertinentes a esse princípio: seria ele de caráter subjetivo ou objetivo? Em caso de desrespeito, teríamos anulação ou revogação? Nos dias atuais, já está pacificado na doutrina que o princípio da moralidade, ainda que dotado de certo graude subjetivismo (pois certas situações podem depender do julgamento de cada administrador, que terá uma opinião so- bre o ato ser ou não contrário à moralidade), o princípio é de caráter objetivo. 1.1.1.4 Publicidade O princípio da publicidade, de acordo com José dos Santos Carvalho Filho, pode ser assim conceituado: Indica que os atos da Administração devem merecer a mais ampla divulgação possível entre os administrados, e isso porque constitui fundamento do princípio propiciar-lhes a possibilidade de controlar a legitimidade da conduta dos agentes administrativos. Só com a transparência dessa conduta é que poderão os indivíduos aquilatar a legalidade ou não dos atos e o grau de eficiência de que se revestem. Do conceito apresentado, percebe-se que dois são os sentidos em que a publi- cidade pode ser compreendida: a) Como a necessidade de que todos os atos administrativos sejam pu- blicados para que possam produzir seus efeitos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 17 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br Nesse sentido, importante destacar que a publicidade está relacionada como a eficácia do ato administrativo, ou seja, os atos administrativos só podem produzir efeitos perante terceiros depois de serem devidamente publicados no meio oficial. b) Como a necessidade de transparência, por parte da administração pública, no exercício de suas funções. Aqui estamos falando de um assunto muito abordado pela mídia nos últimos anos: a transparência no acesso à informação, por parte dos usuários, de dados produzidos pelos órgãos e entidades da administração pública. 1.1.1.5 Eficiência Basicamente, a eficiência pode ser entendida como “fazer mais com menos”. É, de acordo com essa análise, a obrigatoriedade dos agentes públicos pautarem suas atuações de acordo com padrões de economicidade. No entanto, importante salientar que o Poder Público, ao contrário do que acon- tece com a iniciativa privada, nem sempre deve pautar suas escolhas tomando como base os gastos públicos realizados. Como é sabido, a finalidade primordial da administração pública é garantir o bem-estar da coletividade. Logo, diante de duas situações apresentadas, e considerando que uma delas se revela mais econômica e a outra atende de melhor forma aos interesses coletivos, deve o Poder Público optar pela segunda alternativa. Aprendendo na Prática Caso seja realizado o procedimento licitatório para a prestação de serviço público à população, será declarado vencedor, via de regra, o licitante que apresentar a proposta de melhor valor. Nessas situações, a administração está agindo com eco- nomicidade e eficiência, evitando desperdícios de recursos públicos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 18 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br No entanto, em determinadas situações, a Lei n. 8.666 (que é a norma das licita- ções) estabelece margem de preferência para os produtos manufaturados e para os serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica rea- lizados no país. Nessas situações, o que está sendo levado em consideração é o interesse coletivo, uma vez que toda a população resulta beneficiada com o desen- volvimento, por exemplo, de serviços que inovem a tecnologia do país. Para entendermos a lógica da eficiência, precisamos compreender que a déca- da de 1990 era altamente pautada por uma administração burocrática, em que a maioria dos controles era feita sobre as atividades meio e as atividades prestadas pelo Estado, por consequência, acabavam sendo morosas e pouco dotadas de efetividade. Com a reforma administrativa, tivemos grandes avanços em relação à admi- nistração pública: os controles passaram a ser nas atividades finalísticas da administração e foram incorporadas ao serviço público diversas práticas gerencias de entidades da iniciativa privada. Assim, se antes o controle era pautado apenas pela legalidade (administração burocrática), agora o controle é feito, também, pela eficiência (administração ge- rencial), o que possibilita uma maior satisfação, por parte dos usuários, na presta- ção de serviços públicos. Deverá a PC-MG observar, na sua atuação, uma série de diretrizes, conforme se observa da análise do Art. 3º, de seguinte redação: Art. 3º. A PC-MG reger-se-á pelos princípios constitucionais da legalidade, impessoali- dade, moralidade, publicidade e eficiência e deve ainda observar, na sua atuação: I – a promoção dos direitos humanos; II – a participação e interação comunitária; III – a mediação de conflitos; IV – o uso proporcional da força; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 19 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br V – o atendimento ao público com presteza, probidade, urbanidade, atenção, interesse, respeito, discrição, moderação e objetividade; VI – a hierarquia e a disciplina; VII – a transparência e a sujeição a mecanismos de controle interno e externo, na forma da lei; VIII – a integração com órgãos de segurança pública do Sistema de Defesa Social. É importante mencionar que, além dos princípios constitucionalmente previstos, orientam a investigação criminal e o exercício das funções de polícia judiciária, a indisponibilidade do interesse público, a finalidade pública, a proporciona- lidade, a obrigatoriedade de atuação, a autoridade, a oficialidade, o sigilo e a imparcialidade, devendo ser observado, ainda: a) a investidura em cargo de carreira policial civil; b) a inevitabilidade da atuação policial civil; c) a inafastabilidade da prestação do serviço policial civil; d) a indeclinabilidade do dever de apurar infrações criminais; e) a indelegabilidade da atribuição funcional do policial civil; f) a indivisibilidade da investigação criminal; g) a interdisciplinaridade da investigação criminal; h) a uniformidade de procedimentos policiais; i) a busca da eficiência na investigação criminal e a repressão das infrações pe- nais e dos atos infracionais. 1.1.2 Autonomia da Polícia Civil De acordo com o texto da Lei Orgânica é assegurada à Polícia Civil de Minas Gerais a autonomia administrativa e financeira. A autonomia administrativa, como o próprio nome sugere, confere à PC-MG a possibilidade de praticar todos os atos administrativos necessários para que a atividade administrativa interna (atividade-meio) transcorra de forma correta. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 20 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br A autonomia administrativa está relacionada com a organização interna da ins- tituição, com a aquisição de materiais, com a realização de licitações, com a orga- nização deconcursos públicos para a admissão de pessoal e, entre tantas outras atividades, com a estruturação dos cargos e funções. A autonomia financeira, por sua vez, consiste na possibilidade do Ministério Público elaborar sua própria proposta orçamentária (desde que observados os limi- tes legais) e aplicar e gerir tais recursos. Como decorrência de ambas as autonomias, a norma elenca, em seu Art. 5º, uma série de medidas que podem ser aplicadas, sendo elas: Art. 5º À PC-MG é assegurada autonomia administrativa e financeira, cabendo-lhe, especialmente: I – elaborar a sua programação financeira anual e acompanhar e avaliar sua implanta- ção, segundo as dotações consignadas no orçamento do Estado; II – executar contabilidade própria; III – adquirir materiais, viaturas e equipamentos específicos. Parágrafo único. As atividades de planejamento e orçamento e de administração finan- ceira e contabilidade subordinam-se administrativamente ao Chefe da PC-MG e tecni- camente às Secretarias de Estado de Planejamento e Gestão e de Fazenda, respectiva- mente. 1.1.3 Demais Previsões Ainda no âmbito das disposições preliminares, dois artigos do texto da Lei Orgâ- nica merecem destaque, uma vez que relacionados com os símbolos institucionais da PC-MG e com a identificação dos policiais civis. Art. 12. São símbolos institucionais da PC-MG o hino, o brasão, a logomarca, a ban- deira e o distintivo. Art. 13. Os policiais civis terão carteira funcional, com identificação das respec- tivas carreiras e validade em todo o território nacional, cujo modelo será regula- mentado em decreto. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 21 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br 1.2 Competência A Polícia Civil de Minas Gerais trata-se, como já mencionado, de um órgão per- manente do Poder Público. Tal órgão, por sua vez, será dirigido por delegado de polícia de carreira e orga- nizado de acordo com os princípios da hierarquia e da disciplina. Incumbem à PC-MG, ressalvada a competência da União, as funções de polí- cia judiciária e a apuração, no território do Estado, das infrações penais e dos atos infracionais, exceto os militares. Importante destacar que são atividades privativas da PC-MG: • a polícia técnico-científica; • o processamento e arquivo de identificação civil e criminal; • o registro e licenciamento de veículo automotor; e • a habilitação de condutor. Mas e quais seriam as competências da Polícia Civil de Minas Gerais? A resposta nos é dada pelo Art. 16, que apresenta a seguinte redação: Art. 16. À PC-MG compete: I – planejar, coordenar, dirigir e executar, ressalvada a competência da União, as fun- ções de polícia judiciária e a apuração, no território do Estado, das infrações penais, exceto as militares; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 22 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br II – preservar locais de crime com cenários e bens, apreender objetos, colher pro- vas, intimar, ouvir e acarear pessoas, requisitar e realizar exames periciais, proceder ao reconhecimento de pessoas e coisas e praticar os demais atos necessários à adequada apuração das infrações penais e dos atos infracionais, na forma da legislação processual penal; III – representar ao Poder Judiciário, por meio do Delegado de polícia, pela decreta- ção de medidas cautelares pessoais e reais, como prisão preventiva e temporária, busca e apreensão, quebra de sigilo e interceptação de dados e de telecomunicações, além de outras inerentes à investigação criminal e ao exercício da polícia judiciária, destinadas a colher e a resguardar provas da prática de infrações penais e de atos infracionais; IV – organizar, cumprir e fazer cumprir os mandados judiciais de prisão e de busca domiciliar; V – cumprir as requisições do Poder Judiciário e do Ministério Público; VI – realizar correições e inspeções, em caráter permanente ou extraordinário, em atividades e em repartições em que atue, bem como responsabilizar-se pelos pro- cedimentos disciplinares destinados a apurar eventual prática de infrações atribuídas a seus servidores; VII – formalizar o inquérito policial, o termo circunstanciado de ocorrência e o procedimento para apuração de ato infracional; VIII – exercer o controle e a fiscalização de suas armas e munições, de explo- sivos, fogos de artifício e demais produtos controlados, observada a legislação federal específica; IX – exercer o registro de controle policial, especialmente no que tange a estabeleci- mentos de hospedagem, diversões públicas, comercialização de produtos controlados e o prévio aviso relativo à realização de reuniões e eventos sociais e políticos em ambien- tes públicos, nos termos do inciso XVI do art. 5º da Constituição da República; X – desenvolver atividades de ensino, extensão e pesquisa, em caráter permanen- te, objetivando o aprimoramento de suas competências institucionais; XI – organizar e executar as atividades de registro, controle e licenciamento de veículos automotores, a formação e habilitação de condutores, o serviço de estatística, a educação de trânsito e o julgamento de recursos administrativos; XII – cooperar com os órgãos municipais, estaduais e federais de segurança pública, em assuntos relacionados com as atividades de sua competência; XIII – promover interações para uso dos bancos de dados disponíveis com os órgãos públicos municipais, estaduais e federais, bem como para uso de bancos de dados disponíveis com a iniciativa privada, observado o disposto nos incisos X e XII do art. 5º da Constituição da República; XIV – organizar e executar os serviços de identificação civil e criminal, bem como gerir o acervo e o banco de dados correspondentes, inclusive para as atividades de perícia criminal; XV – promover o recrutamento, seleção, formação, aperfeiçoamento e o desen- volvimento profissional e cultural de seus servidores; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 23 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br XVI – organizar e realizar ações de inteligência, bem como participar de sistemas integrados de informações de órgãos públicos municipais, estaduais, federais e de entidades privadas; XVII – organizar estatísticas criminais e realizar análise criminal; XVIII – promover outras políticas de segurança pública e defesa social, nos limi- tes de sua competência. Parágrafo único. As funções constitucionais da PC-MG são indelegáveis e somente po- dem ser desempenhadas por ocupantes das carreiras que a integram. Da lista de competências relacionadas, observa-se que temos tanto situações relacionadas com a atividade fim da PC-MG quanto atividades relacionadas com a organização e funcionamento do órgão, ou seja, atividades-meio. Deve ser destacado que a PC-MG é subordina diretamente ao governador do estado, integrando, para fins operacionais, o Sistema de Defesa Social. 2 Organização 2.1 Estrutura Orgânica No título destinado à organização da PC-MG, a lei orgânica elenca uma lista de órgãos que, em conjunto,formam a Polícia Civil como um todo. Nessa parte da matéria, os artigos da norma em estudo se limitam basicamente ao conhecimento dos órgãos que fazem parte da estrutura administrativa e das respectivas competências atribuídas a cada um dos órgãos. Dessa forma, os órgãos que fazem parte da PC-MG podem ser divididos em três diferentes categorias, a saber: • Administração Superior; • Administração; e • Unidades Administrativas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 24 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br Administração Superior a) Chefia da PC-MG; b) Chefia Adjunta da PC-MG; c) Conselho Superior da PC-MG; d) Corregedoria-Geral de Polícia Civil; Administração a) Gabinete da Chefia da PC-MG; b) Academia de Polícia Civil; c) Departamento de Trânsito de Minas Gerais; d) Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária; e) Superintendência de Informações e Inteligência Poli- cial; f) Superintendência de Polícia Técnico-Científica; g) Superintendência de Planejamento, Gestão e Finan- ças. Unidades Administrativas I – Instituto de Criminologia; II – Departamentos de Polícia Civil: a) Delegacias Regionais de Polícia Civil: a.1) Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans); a.2) Delegacias de Polícia Civil; b) Divisões Especializadas: b.1) Delegacias Especializadas; III – Instituto de Criminalística; IV – Instituto Médico-Legal; V – Postos de Perícia Integrada, Postos Médico-Legais e Seções Técnicas Regionais de Criminalística; VI – Instituto de Identificação: a) Postos de Identificação; VII – Hospital da Polícia Civil; VIII – Colégio Ordem e Progresso; IX – Divisão de Polícia Interestadual - Polinter; X – Casa de Custódia da Polícia Civil. Nas provas que exigem o conhecimento da Lei Orgânica é bastante comum, na parte relacionada com a organização e estrutura, que as questões sejam literais, exigindo quase sempre o conhecimento de artigos relacionados com a composi- ção ou as competências de cada um dos órgãos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 25 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br Assim, para otimizar a preparação serão apresentadas as características gerais de cada um dos órgãos. Posteriormente, serão elencadas as respectivas competências. Está pronto? Vamos lá... 2.2 Administração Superior 2.2.1 Chefia da PC-MG A chefia da PC-MG será exercida, de acordo com o Art. 18, pelo Chefe da Polí- cia Civil de Minas Gerais. O Chefe da PC-MG, por sua vez, será nomeado pelo governador do estado den- tre os integrantes, em atividade, do nível final da carreira de delegado de polícia. Para ser Chefe da PC-MG, no entanto, deverá o delegado possuir no mínimo vinte anos de efetivo serviço policial, vedada a nomeação daqueles inelegíveis em razão de atos ilícitos, nos termos da legislação federal. Dada a importância da função desempenhada, o Chefe da PC-MG tem prerrogati- vas, vantagens e padrão remuneratório do cargo de secretário de estado. Como regra geral, o Chefe da PC-MG será substituído, nos seus afastamentos ou impedimentos eventuais, pelo Chefe Adjunto da PC-MG. No entanto, quando o chefe adjunto estiver, igualmente, afastado ou impedido, a substituição das funções de Chefe da PC-MG será feita de acordo com a seguinte ordem: • Corregedor-Geral de Polícia Civil; • Superintendente de Investigação e Polícia Judiciária; • Chefe de Gabinete da PC-MG; • Diretor do Departamento de Trânsito de Minas Gerais; • Diretor da Academia de Polícia Civil; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 26 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br • Superintendente de Informações e Inteligência Policial; • Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças; • Delegado Assistente da Chefia da PC-MG. No que se refere às competências, as seguintes atribuições são elencadas para o Chefe da Polícia Civil Estadual: a) exercer a direção superior, o planejamento estratégico e a administração ge- ral da PC-MG, por meio da coordenação, do controle e da fiscalização das funções policiais civis e da observância do disposto nessa lei complementar; b) presidir o Conselho Superior da PC-MG e integrar o Conselho de Defesa So- cial; c) propor ao governador do estado o aumento do efetivo e prover, mediante delegação, os cargos dos quadros de pessoal da PC-MG, bem como deferir o com- promisso de posse aos servidores da PC-MG; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 27 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br d) promover a movimentação de servidores, proporcionando equilíbrio entre os órgãos e as unidades da PC-MG, observado o quadro de distribuição de pessoal, nos termos de regulamento; e) autorizar servidores da PC-MG a afastar-se, em serviço, do estado, sem sair do país, observado o disposto no Art. 68; f) determinar a instauração de processo administrativo disciplinar e aplicar san- ções disciplinares; g) decidir, em último grau de recurso, sobre a instauração de inquérito policial e de outros procedimentos formais; h) decidir sobre a situação funcional e administrativa dos policiais civis, bem como editar atos de promoção, exceto se esta for por ato de bravura ou para o último nível da carreira; i) suspender o porte de arma de policial civil, por recomendação médica ou como medida cautelar em processo administrativo disciplinar, assegurado o contra- ditório e a ampla defesa; j) editar resoluções e demais atos normativos para a consecução das funções de competência da PC-MG, observada a legislação pertinente; k) designar, em cada departamento da PC-MG, o respectivo coordenador entre os chefes das Seções Técnicas Regionais de Criminalística, o qual se reportará ao Chefe de Divisão de Perícia do Interior; l) decidir sobre remoção por conveniência da disciplina de policial civil, na forma desta lei complementar; m) promover a motivação do ato de remoção ex-ofício de policial civil no inte- resse do serviço, comprovada a necessidade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 28 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br O Chefe da PC-MG ficará afastado de suas funções pelo cometimento de infração penal cuja sanção cominada seja de reclusão. Em caso de afastamento, assumirá a chefia o Chefe Adjunto da PC-MG. 2.2.2 Chefia Adjunta da PC-MG O Chefe Adjunto da PC-MG será escolhido pelo Chefeda PC-MG dentre os inte- grantes, em atividade, do nível final da carreira de delegado de polícia que possuam, no mínimo, vinte anos de efetivo serviço policial. Após a escolha, caberá ao governador do estado realizar a respectiva no- meação. Uma vez em exercício, o chefe adjunto, que terá as prerrogativas, vantagens e padrão remuneratório do cargo de secretário de estado adjunto, exercerá a função de auxiliar o Chefe da PC-MG no exercício de suas atribuições, competin- do-lhe, ainda, as seguintes atribuições: • substituir o Chefe da PC-MG em suas ausências, férias, afastamentos e impe- dimentos eventuais; • cooperar com o exercício das funções do Chefe da PC-MG, acompanhar a exe- cução de atividades por órgãos e unidades da PC-MG, requisitar informações e determinar ações de interesse do serviço policial civil; • participar, como membro, das reuniões do Conselho Superior da PC-MG; e • exercer atribuições que lhe sejam delegadas por ato do Chefe da PC-MG. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 29 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br Vamos diferenciar as características mais importantes do chefe e do Chefe Ad- junto da PC-MG? Chefe da PC-MG Chefe adjunto da PC-MG Nomeado pelo governador do estado dentre integrantes, em atividade, do nível final da carreira de Delegado de polícia que possuam, no mínimo, vinte anos de efetivo serviço policial Escolhido pelo Chefe da PC-MG e nome- ado pelo governador de estado dentre integrantes, em atividade, do nível final da carreira de delegado de polícia que possuam, no mínimo, vinte anos de efe- tivo serviço policial. Possui prerrogativas, vantagens e padrão remuneratório do cargo de secretário de estado Possui prerrogativas, vantagens e padrão remuneratório do cargo de secretário de estado adjunto 2.2.3 Conselho Superior da PC-MG O Conselho Superior da PC-MG é o órgão da administração superior que tem a função de assessorar e auxiliar a chefia, possuindo a Seguinte composição: I – O Chefe da PC-MG, que o presidirá; II – O Chefe Adjunto da PC-MG; III – O Corregedor-Geral de Polícia Civil; IV – O Superintendente de Investigação e Polícia Judiciária; V – O Chefe de Gabinete da PC-MG; VI – O Diretor do Departamento de Trânsito de Minas Gerais; VII – O Diretor da Academia de Polícia Civil; VIII – O Superintendente de Informações e Inteligência Policial; IX – O Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças; X – O Delegado Assistente da Chefia da PC-MG; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 30 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br XI – O Superintendente de Polícia Técnico-Científica; XII – O Inspetor-Geral de Escrivães de Polícia; XIII – O Inspetor-Geral de Investigadores de Polícia. Em sintonia com o princípio da continuidade dos serviços públicos, o presidente do conselho superior será substituído, nas suas ausências, férias, afastamen- tos ou impedimentos eventuais, pelo Chefe Adjunto da PC-MG. Em caso de impedimento do chefe adjunto, a ordem de substituição é a mesma utilizada para o cargo de chefe, a saber: • Corregedor-Geral de Polícia Civil; • Superintendente de investigação e polícia judiciária; • Chefe de gabinete da PC-MG; • Diretor do Departamento de Trânsito de Minas Gerais; • Diretor da academia de Polícia Civil; • Superintendente de informações e inteligência policial; • Superintendente de planejamento, gestão e finanças; • Delegado assistente da chefia da PC-MG. Com relação às competências do conselho superior, temos que fazer uso, para conhecimento, das disposições do Art. 26, de seguinte redação: Art. 26. Ao Conselho Superior da PC-MG compete: I – conhecer, fomentar e manifestar-se sobre propostas de programas, projetos e ações da PC-MG; II – deliberar sobre o planejamento estratégico e subsidiar a proposta orçamentária anual da PC-MG; III – examinar ou elaborar atos normativos pertinentes ao serviço policial civil; IV – deliberar sobre a localização de unidades da PC-MG e sobre o quadro de distribui- ção de pessoal da PC-MG; V – estudar e propor inovações visando à eficiência da atividade policial civil; VI – propor ao Chefe da PC-MG a remoção ex officio de policial civil, por conveniência da disciplina ou no interesse do serviço policial; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 31 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br VII – pronunciar-se sobre atribuições e conduta funcional de servidores da PC-MG; VIII – deliberar sobre promoção de policial civil, nos termos do regulamento do respec- tivo plano de carreira; IX – outorgar a Medalha do Mérito Policial Civil Delegado Luiz Soares de Souza Rocha, criada pela Lei n. 7.920, de 8 de janeiro de 1981, e demais condecorações e distinções honoríficas; X – deliberar, atendida a necessidade do serviço, sobre o afastamento remunerado de servidores da PC-MG para frequentar curso ou estudos, no País ou no exterior, observa- do o interesse da instituição e o disposto no art. 68; XI – examinar e subsidiar a formulação da proposta orçamentária da PC-MG, propor a priorização de programas, projetos e ações da PC-MG e acompanhar a execução do orçamento da PC-MG. Uma das principais peculiaridades do Conselho Superior é o fato de tal órgão, ao contrário do que ocorre com os demais, ter, em sua estrutura, a composição de três outros órgãos, sendo eles: • Órgão Especial; • Câmara Disciplinar; • Câmara de Planejamento e Orçamento. Órgão Especial O Órgão Especial é composto exclusivamente por delegados-gerais de polícia titu- lares dos órgãos que fazem parte do Conselho Superior e pelo Delegado Assis- tente da Chefia da PC-MG. No âmbito das competências, compete ao Órgão Especial as seguintes atribui- ções: a) pronunciar-se, por determinação do Chefe da PC-MG, sobre recurso contra decisão que negar a instauração de inquérito policial b) pronunciar-se, por determinação do Chefe da PC-MG, sobre recurso contra ato de delegado-geral de polícia ou de órgão de administração da PC-MG que avocou, excepcional e fundamentadamente, inquéritos policiais ou outros procedimentos formais c) pronunciar-se, por determinação do Chefe da PC-MG, nas seguintes situações de competência do Conselho Superior, quando relacionadas com a carreira de delegado de polícia: 1) propor ao Chefe da PC-MG a remoção ex officio de policial civil, por conveni- ência da disciplina ou no interesse do serviço policial; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 32 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br 2) pronunciar-se sobre atribuições e conduta funcional de servidores da PC-MG; 3) deliberar sobre promoção de policial civil, nos termos do regulamentodo res- pectivo plano de carreira; 4) outorgar a medalha do mérito policial civil Delegado Luiz Soares de Souza Rocha, e demais condecorações e distinções honoríficas; 5) deliberar, atendida a necessidade do serviço, sobre o afastamento remune- rado de servidores da PC-MG para frequentar curso ou estudos, no país ou no exterior, observado o interesse da instituição; Câmara Disci- plinar A Câmara Disciplinar será presidida pelo Chefe Adjunto da PC-MG, e integrada pelos membros do Conselho Superior da PC-MG titulares de unidades, à exceção do Chefe da PC-MG. A Câmara Disciplinar julgará os recursos contra atos emanados do Corregedor- -Geral de Polícia Civil, competindo-lhe: a) recomendar ao Corregedor-Geral de Polícia Civil a instauração de procedi- mento administrativo disciplinar contra servidor da PC-MG e a realização de ins- peções e correições em órgãos e unidades da PC-MG, sem prejuízo das compe- tências do Chefe da PC-MG e do Corregedor-Geral de Polícia Civil; b) propor ao Chefe da PC-MG a remoção ex officio de policial civil, por conveni- ência da disciplina, por maioria simples dos membros do Conselho Superior da PC-MG, mediante trâmite de sindicância ou processo disciplinar e solicitação fun- damentada do Corregedor-Geral de Polícia Civil; c) conhecer e julgar recurso contra decisão em procedimento administrativo dis- ciplinar. Câmara de Pla- nejamento e Orçamento A Câmara de Planejamento e Orçamento será composta na forma definida em regimento, tendo por competências: a) examinar e subsidiar a formulação da proposta orçamentária da PC-MG; b) propor a priorização de programas, projetos e ações da PC-MG; c) acompanhar a execução do orçamento da PC-MG. 2.2.4 Corregedoria-Geral de Polícia Civil Com relação à Corregedoria Geral de Polícia Civil, não há maiores dificuldades, sendo esse órgão o responsável pela orientação, fiscalização e realização de correições das atividades funcionais e de conduta de servidores da PC-MG. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 33 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br Assim sendo, as seguintes competências são elencadas para a Corregedoria Geral da Polícia Civil: I – Praticar atos de correição, promover o controle de qualidade dos serviços e zelar pela correta execução das funções de competência da PC-MG; II – Realizar e determinar correições e inspeções, de caráter geral ou parcial, ordinário ou extraordinário, nas atividades de competência da PC-MG; III – Determinar a instauração de processo administrativo disciplinar, bem como concluir e decidir sobre o mesmo, instaurar sindicância, inquérito policial, termos circunstanciados de ocorrência e outros procedimentos para apurar transgressões disciplinares e infrações penais imputadas a servidores da PC-MG; IV – Atuar, preventiva e repressivamente, em face às infrações penais e disci- plinares atribuídas aos policiais civis e servidores da PC-MG, bem como em requisi- ções e solicitações de órgãos e entidades de controle interno e externo; V – Assumir, motivadamente, mediante ato do Chefe da PC-MG, após a apro- vação da maioria dos membros do Conselho Superior, a administração de órgãos e unidades da PC-MG; VI – Avocar inquéritos policiais e outros procedimentos, para fins de correição, podendo concluí-los, se for o caso, ou delegar sua presidência a outra autoridade policial; VII – Articular-se, no âmbito de sua competência, com o Poder Judiciário, o Mi- nistério Público, a Defensoria Pública e órgãos congêneres; VIII – Aplicar, sem prejuízo da competência dos demais titulares de órgãos e unidades, nos termos desta Lei Complementar, penalidades disciplinares, observa- dos os princípios da ampla defesa e do contraditório; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 34 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br IX – Ampliar, excepcionalmente, a competência correicional de Delegado de po- lícia para o exercício de suas atribuições funcionais em unidade da PC-MG diversa de sua lotação; X – Propor ao Chefe da PC-MG, mediante despacho devidamente fundamenta- do, o afastamento preliminar de servidores da PC-MG pelo prazo máximo de até noventa dias, na hipótese de indícios suficientes de eventual prática de transgressão disciplinar, para fins de correição ou outro procedimento investigató- rio afim; Nessa específica situação, as seguintes medidas devem ser adotadas: 1) acolhida a proposta, o servidor da PC-MG, enquanto durar o afastamento, poderá ser designado, provisoriamente, mantida a sua lotação, para exercer a sua atividade em unidade ou órgão diverso daquele em que se encontra lotado, bem como poderá ser convocado a participar de cursos de qualificação pro- fissional promovidos pela Academia de Polícia Civil. 2) o afastamento por período superior a 90 dias e inferior a 180 dias, para fins disciplinares, será determinado por ato do Chefe da PC-MG, mediante delibera- ção de maioria simples dos membros do Conselho Superior da PC-MG, na forma de seu regimento, e poderá implicar no impedimento para o exercício funcional. 3) findo o prazo de 180 dias de afastamento, caso os procedimentos instrutórios não tenham sido concluídos, caberá ao Corregedor-Geral de Polícia Civil subme- ter os autos à deliberação do Conselho Superior da PC-MG. XI – Propor ao Chefe da PC-MG, expressa e motivadamente, a remoção ou a transferência de servidores da PC-MG, para fins disciplinares, nos termos desta Lei Complementar; XII – Dirimir conflitos de competência funcional e circunscricional no âmbito da PC-MG, inclusive com caráter normativo, quando necessário; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 35 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br XIII – Manter atualizado o registro e o controle dos antecedentes funcionais e disciplinares dos servidores da PC-MG e determinar, nas hipóteses legais, o cance- lamento das respectivas anotações; XIV – Acompanhar o estágio probatório dos servidores da PC-MG; XV – Convocar servidor da PC-MG para atos e procedimentos de correição, na forma da lei; XVI – Coordenar o cumprimento de mandado judicial de prisão de servidor da PC-MG e cumprir mandado de busca e apreensão relacionado a procedimentos de competência da Corregedoria-Geral de Polícia Civil; XVII – Planejar, estabelecer e priorizar as necessidades logísticas e de pessoal para a realização das atividades de sua competência e subsidiar as atividades de suprimento de recursos pela Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças. A competência da Corregedoria-Geral de Polícia Civil, para fins de atividade correi- cional, poderá ser delegada aos titulares dos órgãos e unidades da PC-MG e aos delegados de polícia. Nesse sentido, devemos memorizar que o procedimento correicional terá a par- ticipação de, no mínimo, um representante da respectiva carreira policial. 2.3 Administração 2.3.1 Gabinete da Chefia da PC-MG O gabinete da chefia da PC-MG tem por finalidade garantir assessoramento direto ao chefee ao chefe adjunto da Polícia Civil em assuntos políticos e administrativos, competindo-lhe as seguintes atribuições: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 36 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br a) encaminhar os assuntos pertinentes a órgãos e unidades da PC-MG e articu- lar o fornecimento de apoio técnico, sempre que necessário; b) encarregar-se do relacionamento da PC-MG com órgãos públicos federais, estaduais e municipais, dos diversos poderes, e com organismos da sociedade civil; c) planejar, dirigir e coordenar as atividades do gabinete e unidades a este vin- culadas, mantendo o respectivo controle sobre os documentos e atos oficiais cor- respondentes; d) acompanhar o desenvolvimento das atividades de comunicação social da PC-MG; e) manter diálogo com os servidores da PC-MG, estabelecendo permanente canal de comunicação com os representantes sindicais eleitos e associações de classe; f) coordenar e executar atividades de atendimento e informação ao público e às autoridades. 2.3.2 Academia de Polícia Civil A Academia de Polícia Civil tem por finalidade o desenvolvimento profissio- nal e técnico-científico dos servidores da Polícia Civil Estadual. Para alcan- çar esse objetivo, a norma confere à academia as seguintes atribuições: a) realizar o recrutamento, a seleção, a formação técnico-profissional e o aper- feiçoamento dos servidores da PC-MG; b) planejar e realizar treinamento, aperfeiçoamento e especialização para ser- vidores da PC-MG; c) realizar o acompanhamento educacional e assegurar o aprimoramento conti- nuado de servidores da PC-MG, aperfeiçoar a doutrina, a normalização e os proto- colos de atuação profissional; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 37 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br d) executar pesquisas técnico-científicas sobre métodos de investigação crimi- nal para fundamentar a edição de normas; e) produzir e difundir conhecimentos acadêmicos de interesse policial e desen- volver a uniformidade de procedimentos didáticos e pedagógicos; f) selecionar, credenciar e manter o quadro docente preparado e capacitado, interna e externamente às carreiras da PC-MG, visando atender às especificidades das disciplinas das diversas áreas do conhecimento, relacionadas às funções de competência da PC-MG; g) admitir certificações de cursos e de titulações acadêmicas obtidas por ser- vidor da PC-MG em instituições de ensino e pesquisa, para incorporação no seu histórico funcional, atendidos os requisitos legais; h) promover o aprimoramento de técnicas policiais e oferecer suporte às ativi- dades de ensino, de pesquisa e de operação, simuladas e reais, para a padronização de normas e de procedimentos de investigação criminal, de atividade notarial, de manejo e de emprego de armas de fogo, explosivos e técnicas de defesa pessoal; i) propor e viabilizar, junto aos órgãos estaduais e federais, o reconhecimento dos cursos que realiza; j) difundir estratégias de polícia comunitária; k) colaborar em políticas psicopedagógicas destinadas à preparação do policial civil para a aposentadoria; l) manter intercâmbio com outras instituições de ensino e pesquisa, nacionais e estrangeiras; m) conceder aos servidores da PC-MG diplomas e certificados relativos às ativi- dades acadêmicas de sua competência; n) organizar e manter biblioteca especializada em matéria de interesse dos ser- viços policiais civis; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 38 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br o) Planejar, estabelecer e priorizar as necessidades logísticas e de pessoal para a realização das atividades de sua competência e subsidiar as atividades de supri- mento de recursos pela Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças. É importante ressaltar que a Academia de Polícia Civil manterá o Instituto de Criminologia como órgão de articulação científica com outros centros de pesquisa e universidades interessados no estudo e pesquisa aplicados ao sistema de justiça criminal, com ênfase no processo da investigação criminal e no exercício da polícia judiciária. Poderão os servidores da Polícia Civil mineira concorrer ao credenciamento para o magistério policial. O ensino, o treinamento, o recrutamento e a seleção de pessoal são privativos da Academia de Polícia Civil, que poderá decidir, atendidas as disposições legais, por sua terceirização, que deverá ser realizada sob sua supervisão. Assim sendo, a norma veda a possibilidade de qualquer outro órgão da PC-MG exercer as atividades de ensino, treinamento, recrutamento e seleção de pessoal. 2.3.3 Departamento de Trânsito de Minas Gerais O Departamento de Trânsito de Minas Gerais (DETRAN-MG) tem por finalidade dirigir as atividades e serviços relativos ao registro e ao licenciamento de veí- culo automotor e à habilitação de condutor, nos termos do Código de Trânsito Brasileiro. Em sua estrutura, o DETRAN-MG é integrado por Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans), que, por sua vez, são subordinadas às delegacias regio- nais de Polícia Civil. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 39 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br A Lei Orgânica estabelece, em seu Art. 37, as seguintes competências para o DETRAN-MG: I – cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito das respectivas atribuições; II – planejar, executar, coordenar, normatizar, orientar, controlar, fiscalizar e avaliar as ações e atividades pertinentes ao serviço público de trânsito que envolvam: a) a formação e a habilitação de condutor de veículo automotor; b) a infração e o controle relacionados ao condutor de veículo automotor; c) a vistoria, o registro, o emplacamento, o controle e o licenciamento de veí- culo automotor; d) a remoção e guarda de veículo automotor apreendido em razão de infração de trânsito ou por constituir objeto de crime; e) o leilão de veículos apreendidos; f) a avaliação psicológica e o exame de aptidão física e mental para habilitação de condutor de veículo automotor; g) o funcionamento de clínicas médico-psicológicas e de centros de formação de condutores; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 40 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br III – credenciar órgãos, entidades, instituiçõese agentes para a execução de atividades previstas na legislação de trânsito, com observância das normas perti- nentes; IV – vistoriar e inspecionar quanto às condições de segurança veicular, registrar, emplacar, selar a placa e licenciar veículos, expedindo os correspondentes certifi- cados; V – realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, aperfeiçoamento, re- ciclagem e suspensão de condutores, expedir e cassar a Licença de Aprendizagem, a Permissão para Dirigir e a Carteira Nacional de Habilitação; VI – estabelecer, em conjunto com os demais órgãos de trânsito, diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito, bem como fiscalizar, autuar e aplicar as me- didas administrativas e penalidades de competência do órgão conforme estabelece o Código de Trânsito Brasileiro; VII – coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre acidentes de trânsito e suas causas; VIII – realizar investigação criminal e exercer a função de polícia judiciária no âmbito de sua atuação; IX – subsidiar o planejamento, a organização, a manutenção, o gerenciamento e a supervisão da Escola Pública de Trânsito de Minas Gerais; X – gerenciar os bancos de dados sob sua responsabilidade e assegurar a dis- ponibilidade de informações e de acesso a dados para suporte às ações de caráter investigativo para a promoção da segurança pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio; XI – coordenar, no âmbito do Estado, os registros nacionais de condutores ha- bilitados, de veículos, de infrações, de acidentes e estatísticas, de motores, dentre outros; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 41 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br XII – articular-se com os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito para o cumpri- mento das normas de trânsito no Estado; XIII – disponibilizar suporte técnico e logístico às Juntas Administrativas de Re- cursos de Infrações (Jaris); XIV – planejar, estabelecer e priorizar as necessidades logísticas e de pessoal para a realização das atividades de sua competência e subsidiar as atividades de suprimento de recursos pela Superintendência de Planejamento, Gestão e Finan- ças; XV – promover e orientar a realização de cursos, ações e projetos educativos de trânsito, sob responsabilidade de unidade específica a ser identificada em decreto. Além disso, deve ser observado que poderão ser delegadas diretamente ao DE- TRAN-MG, nos termos do regulamento, competências da Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças necessárias ao exercício de suas atividades operacionais. 2.3.4 Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária A Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária é o órgão que tem por finalidade planejar, coordenar e supervisionar a execução de investigação criminal e o exercício das funções de polícia judiciária. Para isso, as seguintes atribuições e competências são estabelecidas para o mencionado órgão: a) manter uniformidade de procedimentos no âmbito das unidades da PC-MG sob sua subordinação, zelando pela eficiência das ações técnico-científicas da in- vestigação criminal, no âmbito de sua atuação; b) incumbir o delegado de polícia, ou outro policial sob sua subordinação, da realização de diligências necessárias à apuração de infrações penais, por até trinta O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 42 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br dias, propondo ao Corregedor-Geral de Polícia Civil, quando for o caso, a ampliação de competência funcional ou circunscricional; c) decidir, sem prejuízo da competência do Corregedor-Geral de Polícia Civil, sobre conflito de competência em matéria de investigação criminal e exercício da polícia judiciária, bem como a respeito do encaminhamento, a quem de direito, de inquéritos e procedimentos cuja instauração determinar; d) inspecionar, periodicamente, unidades policiais subordinadas, mandando la- vrar termo em que se consignem anotações sobre irregularidades encontradas a serem comunicadas ao Corregedor-Geral de Polícia Civil; e) remover investigadores de polícia e escrivães de polícia, a pedido ou por per- muta, nos limites de determinado departamento de Polícia Civil, bem como propor ao Chefe da PC-MG a remoção de servidores entre departamentos de Polícia Civil; f) propor ao Chefe da PC-MG a remoção de delegados de polícia, nos termos desta lei complementar, bem como controlar a distribuição de servidores em unida- des da PC-MG sob sua subordinação; g) orientar, acompanhar e supervisionar atividades gerenciais executadas pelos titulares de Departamentos de Polícia Civil, Delegacias Regionais de Polícia Civil, Divisões Especializadas, Delegacias de Polícia Civil e Delegacias Especializadas, no âmbito de sua competência; h) planejar, estabelecer e priorizar as necessidades logísticas e de pessoal para a realização das atividades de polícia judiciária e investigação criminal e subsidiar as atividades de suprimento de recursos pela Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças; i) atuar em matérias relacionadas ao cumprimento de cartas precatórias, for- necer informações às unidades policiais de outros entes da Federação, apoiar o O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JOYCE FABIOLA MARTINS - 06851739925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 43 de 75 LEI ORGÂNICA Lei Orgânica da PC/MG – Parte I Prof. Diogo Surdi www.grancursosonline.com.br cumprimento de solicitações de captura de pessoas com ordem de prisão e oferecer suporte para a realização de diligências promovidas por policiais de outros entes da Federação, por meio da Polinter; j) receber, recolher e custodiar o policial civil da ativa ou aposentado, mesmo aquele que tenha sido demitido do cargo ou tenha cassada a aposentadoria em virtude de condenação, submetido a procedimento de natureza judicial ou contin- genciamento de ordem legal, na Casa de Custódia da Polícia Civil. 2.3.5 Superintendência de Informações e Inteligência Policial Inicialmente, podemos definir gestão de inteligência de segurança pública como o conjunto de atividades que tem basicamente dois grandes objetivos: i) identificar, acompanhar e avaliar ameaças reais ou potenciais à segurança pública; e ii) pro- duzir informações e conhecimentos que subsidiem ações para prevenir, neutralizar, coibir e reprimir infrações de qualquer natureza, exceto as militares. Na gestão de inteligência de segurança pública, estão compreendidos os seguintes aspectos policiais, entre outros: a) ocorrência criminal e seu desdobramento na esfera de competência da PC-MG; b) registro dos atos de investigação criminal, desde a notícia sobre infração penal até o encerramento da respectiva apuração e sua formalização em procedi- mento legal; c) análise sobre cenário criminal e sobre a atuação policial civil; d) coleta de dados para subsidiar plano, programa, projeto e ação governamental; e) elaboração da estatística criminal e sua análise qualitativa. No entanto, a gestão da inteligência será realizada pela Superintendência de Informações e Inteligência Policial, órgão
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