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Secreção Celular

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Secreção Celular
É o processo de produção e liberação de alguma substância de uma célula. Esta
descrição é restrita àquelas células que contêm grânulos corados e estocados no
citoplasma, embora algumas células tenham atividade secretora que NÃO podem
ser visualizadas pela detecção do acúmulo do produto em seu citoplasma, uma vez
que, produzem e o liberam, imediatamente.
Ribossomos
- Formado por 2 subunidades.
- Tem 2/3 de RNA e 1/3 de proteínas.
- São basófilos devido a presença de radicais fosfato.
- O RNA fica dentro do ribossomo, na parte interna, como se fosse o esqueleto do
ribossomo. E por cima, vem a proteína que cobre todo o RNA.
- RNA: core do ribossomo. O core é recoberto por uma capa de proteínas e
determina o formato final do ribossomo. Essas proteínas dão estabilidade ao core,
permitindo suas mudanças conformacionais durante o processo de síntese proteica,
mantendo-o integro.
- Unidade Svedberg (S): medida da velocidade de sedimentação, quando
centrifugados sob condições padrão.
- Os ribossomos das mitocôndrias e dos cloroplastos são menores do que os do
citoplasma. São comparáveis aos procariontes em tamanho e sensibilidade aos
antibióticos. 
- Ribozimas: moléculas de RNA que possuem atividade catalítica.
Proteínas ribossomais: tipos (E. coli):
- A subunidade pequena (30S) possui 21 proteínas (S1 a S21) e a grande (50S), 34
proteínas (L1 a L34).
- Todas as proteínas são diferentes, exceto uma, que está presente em ambas as
subunidades (S20 e L26).
Células procariontes e eucariontes:
- Os ribossomos dos eucariontes NÃO diferem funcionalmente dos ribossomos
procariontes; eles realizam as mesmas funções.
- A maioria de suas proteínas são diferentes.
- Ribossomo da célula procariótica: menor que o da célula eucariótica.
Subunidades: 50S e 30S. Quando estão juntas, 70S.
- Ribossomo da célula eucariótica: maior que o da célula procariótica.
Subunidades: 60S e 40S. Quando estão juntas, 80S.
Atuação dos inibidores da síntese de RNA ou proteínas:
- Nas células procarióticas, os inibidores que atuam na síntese de RNA ou de
proteínas são antibióticos.
- Há inibidores que atuam somente nas células eucarióticas.
- Existem também inibidores que atuam em ambas as células (procariótica e
eucariótica).
Populações de ribossomos:
- Livres: não estão aderidos a nenhum sistema de membranas, apenas ao mRNA
(RNA mensageiro). Sintetizam proteínas destinadas à célula e algumas organelas.
Atuam na síntese de proteínas que são transportadas para o lúmen do retículo
endoplasmático, passando pelo aparelho de Golgi, sendo destinadas ao meio
extracelular e às membranas (proteínas intrínsecas).
- Ligados à membrana: ficam aderidos à face citoplasmática da membrana do
retículo endoplasmático (RE). 
Polirribossomos:
- Muitos ribossomos ligam-se a uma molécula individual de mRNA (RNA
mensageiro), formando assim, um polirribossomo ou polissomo.
- Um polissomo é formado por vários ribossomos espaçados cerca de 80
nucleotídeos de distância um do outro, ao longo de uma única cadeira de mRNA
(RNA mensageiro).
Biogênese dos ribossomos:
- As proteínas do ribossomo são formadas no citoplasma por outros ribossomos.
Quando no nucléolo, essas proteínas irão encontrar o pré-rRNA, se inserindo nele.
Depois, essa fita de pré-rRNA será clivada, se dividindo em duas partes, uma
menor e uma maior. A parte menor irá evoluir para a subunidade menor do
ribossomo, enquanto que a parte maior irá evoluir para a subunidade maior do
ribossomo. 
- Depois que as subunidades estão prontas, elas passam pelo poro do núcleo e se
dirigem ao citoplasma. Só lá que elas irão se juntar para formar o ribossomo.
Retículo endoplasmático
 Retículo Endoplasmático Liso Retículo Endoplasmático Rugoso
- Retículo: estrutura membranosa achatada que delimita o lúmen/luz/cisterna.
Tem composição química lipoproteica. É um compartimento labiríntico delimitado
por membrana, no citoplasma de células eucarióticas, onde lipídeos e proteínas são
sintetizados.
Tipos de retículos:
- Retículo endoplasmático rugoso: tem os ribossomos aderidos ao folheto externo
da sua membrana, e apresenta um aspecto tubular. Possui pelo menos 20 tipos de
proteínas não encontradas no retículo endoplasmático liso. Produzem proteínas.
- Retículo endoplasmático liso: não possuem ribossomos sobre o folheto externo da
membrana, e seu aspecto se assemelha a cisternas (vesículas). Produzem lipídios.
Proposta evolutiva:
- Acredita-se que existia essa célula procariótica primitiva, onde o DNA e
ribossomos eram aderidos à membrana. Acredita-se que isso foi invaginando e foi
arrastando para dentro o DNA e os ribossomos. Após um tempo, a parte que
invaginou perdeu o contato com a membrana externa. A partir desse momento, foi
criado o sistema de endomembranas. 
- Sistema de endomembranas: toda e qualquer membrana que está dentro da
célula, mas que não mantém mais contato com a membrana plasmática. Sua
função é a segregação do que está no seu interior para o restante do citoplasma.
Engloba as organelas núcleo, retículo endoplasmático, complexo de Golgi,
mitocôndrias, endossomos e lisossomos.
Aspectos morfológicos: 
- A quantidade de cada retículo depende do tipo celular e do metabolismo celular.
- Mais retículo rugoso: pâncreas; células nervosas.
- Mais reticulo liso: fígado; células que produzem os hormônios esteroides.
Métodos de estudo:
- Ultracentrifugação diferencial: quebra as membranas. Quando uma célula é
centrifugada bem rapidamente, suas membranas são quebradas e se fecham,
formando vesículas pequenas, os microssomos. Há dois tipos de microssomos:
rugosos e lisos. Os microssomos rugosos tiveram origem a partir do retículo
endoplasmático rugoso, mas nem todo microssomo liso tem origem a partir do
retículo endoplasmático liso. Ao pegar um microssomo rugoso, e analisar o que tem
dentro dele, é possível saber o que a célula estava fabricando no momento que o
animal foi sacrificado.
- Microscopia de luz: 
 Ergastoplasma/Corpúsculos de Nissl
Imagem 1: corte de pâncreas. Os pedaços são chamados de acinos pancreáticos.
Esses acinos são formados por células piramidais. O centro é a região apical da
célula. Na periferia dela, é a região basal. Na região basal, tem uma área mais
escura, onde está o retículo endoplasmático rugoso, e como esse reticulo tem
muitos ribossomos aderidos, essa região fica basófila. Essa região onde está
presente o reticulo endoplasmático rugoso é chamada de ergastoplasma. 
Imagem 2: corte de neurônio. O círculo central é o núcleo do neurônio. As setas
indicam os corpos de Nissl, local onde está escondido o retículo. Os neurônios são
ricos em retículo endoplasmático rugoso, que forma agregados de cisternas
paralelas, entre as quais ocorrem numeroso poliribossomos livres. Esses conjuntos
de cisternas e ribossomos, quando bem corados, apresentam-se ao microscópio
óptico, como manchas basófilas espalhadas pelo citoplasma, os corpos de Nissl.
A quantidade de corpúsculos de Nissl varia com o tipo e o estado funcional dos
neurônios.
- Microscopia eletrônica:
 RER (retículo endoplasmático rugoso) e REL (retículo endoplasmático liso)
- Bioquímica: 
 Componentes
Membranas do retículo endoplasmático:
- Composição química: lipoproteica.
- 30% de lipídios e 70% de proteínas.
- Tem muito pouco carboidratos.
- Retículo sarcoplasmático: encontrado no músculo. Contém ATPases e pelo
menos 7 enzimas específicas. Estoca o cálcio no músculo. Tem uma “bomba de
cálcio” – Ca++-ATPase - que bombeia o cálcio para a luz do retículo
endoplasmático, estocando-o, ligado a uma proteína. Quando o músculo precisa do
cálcio, ele será liberado por dois tipos de canais iônicos, que liberam o cálcio
para o citosol. 
Lúmen:
- Tem várias enzimas.
- Variável conforme o tipocelular estudado.
Assimetria da membrana:
- A assimetria da membrana do retículo endoplasmático é devido a distribuição de
suas moléculas, proteicas, lipídicas e glicídicas (glicoproteínas e glicolipídios), estas,
preferencialmente, relacionam-se com a face luminal.
Citoquímica:
- O retículo é detectado é feito pela identificação da g-6-fosfatase, que tem o lado
reativo voltado para o lado interno.
Funções do retículo endoplasmático:
- Síntese e secreção de proteínas.
- Via secretora de proteínas: retículo endoplasmático rugoso → golgi → vesículas
de secreção → exterior da célula. 
- Quando o retículo manda vesículas para o Golgi, ele não permite que nenhum
ribossomo venha grudado.
- Assim, a entrada de proteínas no reticulo endoplasmático rugoso representa o
principal ponto de ramificação para o tráfego de proteínas dentro da célula
eucariótica.
- Polirribossomos: fabrica proteínas que vão ser destinados a núcleo,
mitocôndria, cloroplasto ou peroxissomos.
- Retículo endoplasmático rugoso: fabrica proteínas que vão ser destinadas a
membrana plasmática, vesículas secretoras, lisossomos ou o lúmen do retículo.
- Esse transporte de proteínas gasta energia.
Transporte simultâneo à tradução – co-translacional
- Quando a proteína começa a ser fabricada pelos ribossomos nos polirribossomos,
ela recebe a sequência sinal (4 aminoácidos), que indica para onde ela deve ir. 
- A proteína SRP (partícula reconhecedora de sinal) lê e entende o destino da
proteína, e leva-a até o receptor de SRP, que acopla o ribossomo no complexo de
transporte Sec61, para que a proteína comece a crescer nesse espaço.
Transporte posterior à tradução – pós-translacional
Modificações das proteínas – controle de quantidade:
- A síntese de um polipeptídeo, contudo, não é equivalente à produção de uma
proteína funcional.
- Primeiro controle de qualidade: clivagem proteolítica da sequência sinal.
- Segundo controle de qualidade: dobramento de proteínas.
- Terceiro controle de qualidade: formação de ligações (ou pontes) dissulfeto (S-S).
- Quarto controle de qualidade: glicosilação de proteínas (adição e processamento
de carboidratos). A proteína vira uma glicoproteína.
Função da glicosilação de proteínas:
- A glicosilação modifica a solubilidade, a estabilidade e a carga das proteínas.
- Limita a flexibilidade da proteína, dificultando a ação de proteases.
- Confere carga negativa à proteína.
- Sinalização para transporte de proteínas na via biossintética.
- Os grupos glicídicos servem de sinais de reconhecimento: eles participam na
clivagem de proteínas e no reconhecimento de outras.
Tipos de glicosilação:
- N-ligado: tem relação com o átomo de nitrogênio, inicia-se no lúmen do retículo
endoplasmático e termina no aparelho de Golgi.
- O-ligado: tem relação com o átomo de oxigênio, ocorre no aparelho de Golgi, é
pós-traducional e não atinge senão proteínas completamente dobradas.
Proteínas mal enoveladas: degradadas no citosol:
- Quando uma proteína é mal enovelada, ela é degradada. A degradação pode
acontecer no lúmen do retículo; no citoplasma (no proteassomo). Quando não
podem ser degradadas nesses locais, elas vão ser encaminhadas até os lisossomos
para que eles façam essa degradação.
Recuperação de proteínas residentes no retículo endoplasmático:
- Quando o retículo faz uma proteína para ficar no seu lúmen, ele põe a sequência
KDEL (quarteto de aminoácidos), na extremidade C-terminal. Quando a proteína
deve ficar na membrana do retículo, ele põe a sequência KKXX (dois resíduos de
Lys).
- Quando uma proteína vai erroneamente para o Golgi, ele lê a sequência de
aminoácidos, pelo receptor de KDEL presente nele, e devolve a proteína para o
retículo.
Biossíntese de lipídios:
- As membranas das células eucarióticas são compostas principalmente de três
lipídios: fosfolipídios, glicolipídios e colesterol.
- Embora alguns lipídios sejam sintetizados em associação com outras membranas,
a maioria é sintetizada no retículo endoplasmático liso.
- Após sua síntese, os lipídios são transportados do retículo endoplasmático liso
para seus destinos finais em vesículas ou por proteínas transportadoras.
- A maioria dos fosfolipídios é derivada do glicerol. Eles são sintetizados no lado
citosólico (externo) da membrana do retículo endoplasmático, a partir de
precursores solúveis em água. 
Papel das flipases da membrana:
- As flipases transportam os lipídios da face citosólica para a fase luminal,
especialmente o fosfatidilcolina.
- Essas moléculas translocadoras (flipases) são responsáveis pela distribuição
assimétrica dos lipídios.
Desintoxicação pelo retículo endoplasmático liso:
- Possuem nele as enzimas detoxificadoras, que inativam várias drogas
potencialmente nocivas, convertendo-as para compostos solúveis em água, sendo
eliminados pela urina.
Glicogenólise:
- A degradação de glicogênio acumulado em grânulos no citoplasma,
principalmente dos hepatócitos, é realizada por regiões do retículo endoplasmático
pela ação da enzima glicose-6-fosfatase.
Biogênese do retículo endoplasmático:
- Algumas teorias sugerem que o retículo endoplasmático se origine a partir de
expansões do envoltório nuclear.
- Além da informação genética a célula, para dar continuidade ao seu sistema
de endomembranas, necessita também, da informação epigenética, isto é, a
presença de um molde preexistente. 
Complexo de Golgi
Em vermelho: aparelho de Golgi
Em azul: núcleo
- O Golgi fica próximo ao núcleo.
Em marrom (nas extremidades): aparelho de Golgi
Definição:
- Ao microscópio eletrônico, o complexo de Golgi consiste em alguns sáculos
associados a vesículas e túbulos.
Forma e tamanho:
- Varia em função do tipo celular e da atividade da célula a que pertence.
- Se ele for muito volumoso, trata-se de uma célula que sintetiza com muita
intensidade. Ex.: células glandulares ou nervosas.
- Se ele for muito pequeno, trata-se das células musculares.
- Se ele for muito desenvolvido, trata-se de células em hiperatividade (células
especializadas para secreção – caliciformes).
- Se ele for pouco desenvolvido, trata-se de células em repouso.
Figura 1: Célula piramidal truncada do pâncreas exócrino. Observar a presença do
aparelho de Golgi, localizado acima do núcleo.
Figura 2: Espermatozoide humano. Notar a ausência do aparelho de Golgi. Ele
não possui aparelho de Golgi porque, durante a espermiogênese, o aparelho de
Golgi vai se modificar e vai se transformar no acrossomo.
Posição e presença:
- Posição: está normalmente localizado próximo ao núcleo da célula; nas
células animais, está frequentemente próximo ao centrossomo.
Esta posição depende dos microtúbulos e da cinesina sendo, porém, relativamente
fixa para cada tipo celular.
- Presença: todas as células eucarióticas, exceto os espermatozoides.
Métodos de estudos:
- Microscopia luz/citoquímica: método da prata ou ósmio.
- Microscopia eletrônica: ultra-estrutura.
- Centrifugação: fração microssomal.
- Bioquímica: complexos enzimáticos. Cada compartimento do complexo de Golgi
possui um conteúdo enzimático característico.
Célula do gânglio espinhal onde podemos observar a presença de aparelhos de
Golgi, através do método da prata.
Detalhe de um leucócito humano exibindo o aparelho de Golgi evidenciado pelo
tetróxido de ósmio.
Fotomicrografia de um leucócito humano exibindo uma área esbranquiçada próximo
ao núcleo, o centro celular, local onde está presente o aparelho de Golgi (HE).
Várias secções de Aparelhos de Golgi do epidídimo de camundongo evidenciando
cisternas Cis, intermediária e Trans, utilizando-se reações citoquímicas diferentes.
Ultra-estrutura:
- Cisternas sobrepostas. Seu número varia com o tipo e estado fisiológico da célula.
Podem atingir até 30. As cisternas não tem ligação física, mas se comunicam de um
setor para o outro através das vesículas. Entre uma cisterna e outra existe uma
matrizproteica, que não possui nem glicogênio nem ribossomos.
- Existem as vesículas de Golgi, que ficam na rede cis, e as vesículas
secretoras, que ficam na rede trans. 
- Rede cis: local de entrada dos materiais; o retículo endoplasmático rugoso fica
acima. Nele, as membranas são finas.
- Rede trans: local de saída dos materiais. Nele, as membranas são espessas.
Composição molecular:
- A composição molecular das membranas golgianas representa uma transição
progressiva entre o retículo endoplasmático e a membrana plasmática.
Lipídios:
- Região cis: 30% de lipídios. Aqui, são insaturados ou quase insaturados.
- Região trans: 40% de lipídios. Aqui, são saturados.
Proteínas:
- Região cis: contém 70% de proteínas.
- Região trans: contém cerca de 60% de proteínas (diminui o número de sistemas
enzimáticos). A membrana dos sáculos trans é a mais rica em proteínas
glicosiladas (voltada para o lado luminal) do aparelho de Golgi.
Vesículas golgianas:
- Região cis: são pequenas. Revestimento por proteínas – coatômeros.
- Região intermediária: vesículas revestidas por coatômeros.
- Região trans: vesículas revestidas por clatrina (grânulos de secreção).
O detalhe representa o esquema da clatrina. Ela forma uma “gaiola” ao redor da
vesícula. Tem a função se prender na parede do Golgi e puxar a vesícula. Quando a
vesícula já está a uma certa distância, a proteína dinamina corta a vesícula,
separando-a do aparelho de Golgi.
Aspectos funcionais:
- O complexo de Golgi é o principal sítio de seleção, endereçamento e
transporte das substâncias sintetizadas no retículo endoplasmático.
- A partir do complexo de Golgi, proteínas, lipídios e carboidratos podem seguir:
 Retornar ao retículo endoplasmático (proteínas residentes no retículo
endoplasmático).
 Lisossomos (proteínas lisossomais).
 Serem exportadas da célula (através da via secretora).
Recuperação de proteínas:
- Transporte anterógrado: o material segue o caminho normal.
- Transporte retrógrado: acontece quando há devolução do material pelo Golgi
para o retículo.
- Vesículas destinadas ao aparelho de Golgi brotam a partir de uma região
especializada do retículo endoplasmático, denominada elemento de transição,
cuja membrana não apresenta ribossomos a ela ligados. Estas vesículas
transportarão qualquer proteína do retículo endoplasmático para o aparelho de
Golgi, desde que elas estejam corretamente dobradas e montadas.
- As que possuem a sequência KDEL ou KKXX no seu C-terminal, são proteínas do
lúmen ou da membrana do retículo. O Golgi reconhece-as e devolve-as.
- Na rede cis do Golgi, uma proteína receptora específica, ligada à membrana,
reconhece e liga-se a um desses sinais de retenção e empacota a proteína em
vesículas especiais de transporte retornando-a para o retículo endoplasmático.
- Proteínas incorretamente dobradas e montadas são retidas e degradadas no
retículo endoplasmático. O retículo endoplasmático é, assim, um dos principais
sítios de degradação de proteínas (os outros são os lisossomos e o citosol).
Proteínas destinadas aos lisossomos:
- Vem do retículo endoplasmático, para a rede cis do Golgi. No Golgi, há uma
vesícula contendo um precursor de uma hidrolase lisossomal, havendo a adição da
manose-6-fosfatase. Depois, é encaminhada para a rede trans. Na rede trans, a
proteína clatrina puxa a vesícula, encaminhando-a a um endossomo tardio. Lá,
começa-se a maturação da hidrolase lisossomal.
Compartimentalização funcional:
- Nas cisternas do Golgi ocorrem glicosilação, fosforilação, sulfatação e síntese de
polissacarídeos. Cada setor do Golgi tem uma função específica.
Vias de secreção:
- Constitutiva: sem sinalização específica (renovação da membrana
plasmática/proteínas de secreção).
- Regulada: com sinal específico (nervosos/hormônios). Evita perda de água. As
enzimas não atuam intracelularmente.
Lisossomos
- Estão presentes em todas as células eucariontes.
- São organelas citoplasmáticas delimitas por membrana que degradam proteínas e
organelas exauridas e outros materiais inúteis, assim como moléculas captadas por
endocitose; contêm enzimas digestivas que normalmente são mais ativas em pH
ácido encontrado dentro destas organelas.
- São muito abundantes nas células com atividade fagocítica, como os macrófagos e
os leucócitos.
- As enzimas lisossômicas podem agir, em casos específicos, fora da célula, por ex.:
nos osteoclastos (lacunas de Howship) e nas células cancerosas.
- Tem dentro várias enzimas com alto poder de destruição. Tem uma proteína
protetora na sua membrana, e há uma glicosilação intensa, chamada de manto.
Essa glicosilação impede as enzimas de atacarem a membrana. Ela é PAS positiva.
- Tem uma fração rica em fosfatase ácida (proteína transmembrana que tem sua
parte reativa virada para o interior do lisossomo). Essa fosfatase ácida serve como
um marcador para identificar lisossomos.
Aspectos morfológicos:
- Alguns autores dizem que são organelas esféricas ou ovais limitadas por uma
unidade de membrana.
- Outros autores caracterizam essa organela como polimorfa, pelo seu aspecto,
tamanho e irregularidade do seu conteúdo.
Composição da membrana lisossomal:
- Existem grandes variações na composição da membrana dos diferentes
lisossomos.
Proteínas da membrana lisossomal:
- As proteínas Lgp 120 (glicoproteína lisossomal 120 Kda), a bomba de prótons
(bombeia hidrogênio para dentro da organela para aumentar a acidez), as Lamp 1 e
Lamp 2 (proteína de membrana Associada ao Lisossomo) (reconhecem o que deve
ser digerido), e as porinas (proteínas formadoras de poros, que vão facilitar a saída
de aminoácidos), são elementos constantes em todos eles.
O revestimento de glicoproteínas:
- A membrana dos lisossomos contém cerca de 30 diferentes proteínas. A maioria
das proteínas membranárias é muito glicosilada, estando os açúcares expostos às
hidrolases.
- Os açúcares formam um manto de proteção da membrana contra as enzimas
(principalmente das proteases) e ao pH ácido do lúmen. Esse manto é visível ao
microscópio óptico, pois é PAS positivo.
Hidrolases ácidas – lúmen dos lisossomos:
- Todos os lisossomos contêm hidrolases que funcionam a um pH ácido (pH = 5).
Lipídios:
- A membrana lisossomal dos hepatócitos contém um lipídio raro, o ácido
lisobisfosfatídico. 
Imagem 1: lisossomos na cor dourada.
Tráfego intracelular:
- Dentro da célula há um grande tráfego de vesículas. Há vesículas que chegam,
que saem e vesículas que estão transitando.
- Quando entra algum material na célula, ocorre uma endocitose. Quando sai um
material da célula, ocorre uma exocitose. 
- Em geral, os lisossomos são os locais de convergência de vias do tráfego
intracelular.
- As substâncias a serem digeridas chegam aos lisossomos pelas vias:
  Heterofagia
  Endocitose
 Fagocitose
 Pinocitose simples
 Pinocitose mediada por receptores
 Autofagia
  Crinofagia (tipo especial de autofagia)
Fagocitose
 
Fagocitose
- A emissão de pseudópodes caracteriza a fagocitose. 
Pinocitose Simples
- Na pinocitose, haverá uma invaginação do material que está na superfície.
Pinocitose mediada por receptores
- Há proteínas que são receptores de membrana. Quando um material passa por
ela, ela “puxa” para o interior da célula.
Autofagia
Funções dos vacúolos heterofágicos:
- Concentração das substâncias de origem extracelular
- Nutrição
- Defesa celular: os heterolisossomos protegem a célula contra agressões
patogênicas; degradação dentro dos lisossomos (fagocitose das bactérias →
destruição nos lisossomos).
Funções da autofagia:
- Renovação de organelas
- Diferenciação celular (regressão da cauda do girino)
- Destruição de áreas celulares lesadas por tóxicos
- Nutrição celular (principalmente em jejum)
- Reabsorção de células mortas (próprias enzimas)
- Regulação da secreção (crinofagia) 
Destinodo material digerido nos lisossomos:
- Unidades básicas transferidas para o citoplasma.
- Produtos não digeridos são eliminados da célula (exocitose) ou permanecem nas 
células (corpos residuais).
Corpo residual
Corpo residual
Formação dos corpos residuais:
- A natureza, forma e tamanho dos corpos residuais são muito variáveis.
- Principais tipos de corpos residuais: figuras mielínicas (digestão alterada das
fosfolipoproteicas) e lipofuscinas (oxidação não enzimática dos lipídios).
Lipofuscinas
Atividade fosfatásica e destino:
- Quando um lisossomo perde sua atividade, ele é eliminado para o exterior da
célula. Caso não possa ser eliminado, permanecerá como corpo residual até a
morte celular.
Destino das enzimas lisossômicas:
- As enzimas lisossômicas, uma vez terminadas as suas funções, passam para o
citosol onde serão degradadas pelos proteossomos. 
- Digestão de materiais extracelulares: osteoclastos e reabsorção óssea.
Células vegetais:
- Apresentam lisossomos, em forma de vacúolos.
REFERÊNCIA:
PADOVAN, Paulo; PADOVAN, Isairas. Secreção Celular. 2021. Apresentação de Slides.

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