Resumo Sistema Respiratório

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REO 6 – 29 de janeiro de 2021 
Docente: Roger Dinali Ferreira 
Discente: Ana Flávia Silva Stopatto – Turma 2ª Zootecnia 
 
Sistema Respiratório 
 
O sistema respiratório se baseia, principalmente, no conjunto de 
órgãos responsáveis pela respiração (inspiração e expiração) e 
realização do processo de trocas gasosas entre os animais e o meio 
ambiente (hematose). 
A função principal do sistema respiratório é a respiração, entretanto, 
esta compreende outros muitos processos, tendo órgãos com 
diversas funções. Sendo assim, exemplificando-se: o nariz, através 
de seus receptores olfativos, auxilia na orientação e proteção contra 
substâncias nocivas para o animal; a cavidade nasal filtra corpos 
estranhos, juntamente com as conchas nasais, aquecendo e 
umedecendo o ar; a laringe protege a entrada da traqueia, regula o 
processo de respiração e tem funções essenciais na vocalização dos 
animais, com o auxílio de outros órgãos como a língua. 
O sistema respiratório, devido ao funcionamento dos brônquios 
pulmonares, pode ser dividido em vias respiratórias e locais de trocas 
gasosas, sendo os de via respiratória: nariz externo, cavidade nasal, 
porção nasal da faringe, laringe, traqueia e brônquios. E os de trocas 
gasosas: bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos 
alveolares e alvéolos. 
Este processo que define as trocas gasosas é chamado de 
hematose, a qual tem a interface entre pulmão (ar) e sangue (artérias 
e veias). Dessa forma, através dos gradientes de concentração, o 
oxigênio chega aos tecidos, e o gás carbônico, através de 
mecanismos metabólicos, é eliminado para o meio externo. 
O sistema respiratório possui unidades macroscópicas e 
microscópicas, sendo as macroscópicas enxergadas a olho nu, e as 
microscópicas com auxilio de ferramentas e tecnologias. As divisões 
macroscópicas se resumem em: nariz, ou focinho, cavidade nasal, 
seios paranasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões. Já 
as divisões microscópicas são, basicamente: a área interna dos 
pulmões, ou seja, bronquíolos, ductos, sacos e alvéolos pulmonares. 
O sistema respiratório tem importante interação com o sistema 
cardiovascular, principalmente na realização das trocas gasosas 
(hematose) as quais ocorrem entre o pulmão e o sangue, sendo um 
componente do sistema respiratório, e outro, do sistema 
cardiovascular. Isso ocorre devido, principalmente, a hematose ser o 
meio pelo qual ocorre a transformação do sangue venoso (das veias, 
ricas em gás carbônico) em sangue arterial (das artérias). Logo, o 
processo de hematose possui demasiada importância tanto 
respiratória, quanto cardiovascular. 
Dentro do pulmão, existem vários outros componentes importantes 
para o sistema respiratório, os brônquios, os quais formam a árvore 
brônquica, dividida nas duas partes do sistema respiratório, conforme 
seu funcionamento (vias aéreas, ou porção condutora ,e locais de 
trocas gasosas, ou porção segmentada). Eles ligam a traqueia aos 
pulmões e se ramificam em tubos cada vez menores, chamados 
bronquíolos. Os bronquíolos dão origem a outras ramificações, das 
quais surgem os dutos alveolares, terminando em alvéolos 
pulmonares (o local das trocas gasosas). 
O ar percorre determinado caminho no sistema respiratório no 
processo de respiração, sendo este a inspiração (entrada do ar nas 
fossas nasais, sendo esta rica em gás oxigênio do ambiente exterior) 
e a expiração (saída do ar pelos mesmos órgãos, sendo rica em gás 
carbônico). Este caminho inicia-se pelo nariz, seguindo para a 
cavidade nasal e/ou seios paranasais, nasofaringe, laringofaringe, 
laringe, traqueia, brônquios primários, brônquios secundários, 
brônquios terciários, bronquíolos, canais alveolares, alvéolos 
pulmonares, e finaliza-se no sangue, local onde ocorrem as trocas 
gasosas. Faz-se o caminho inverso, do sangue até o nariz, para a 
expiração. 
Além de todo este conteúdo, cada órgão do sistema respiratório 
possui uma série de funções; 
A narina é o local onde ocorre a condução para a faringe e a traqueia 
do condicionamento de ar; umidificação e retenção de partículas 
grandes (filtração e aquecimento), possuindo a mucosa olfatória, que 
tem glândulas que realizam a secreção do muco necessário para tal 
condicionamento de ar; os seios nasais, também nela presentes, 
permitem uma maior área de contato e passagem de ar para 
otimização do processo, funcionando também como uma “caixa de 
ressonância” no processo de fonação; 
E, também, na narina possui-se o órgão vomeronasal, uma estrutura 
responsável por captar e codificar partículas químicas que vão 
permitir o reconhecimento entre indivíduos e também a comunicação 
entre animais. Para a reprodução, este órgão é de devida 
importância, sendo devido a ele o reconhecimento dos indicadores 
de estro (cio) pelo macho. Ademais, devido a ele, ocorre o chamado 
Reflexo de Flehmen, um comportamento onde ocorre a ondulação do 
lábio superior do animal, característica bastante marcante em 
animais ungulados (mamíferos de casco). Este tipo de 
comportamento está inteiramente ligado a identificação sexual e 
acasalamento pelos machos com relação as fêmeas, através da 
identificação de feromônios na urina da fêmea; 
A traqueia, outro componente do sistema respiratório, é um local de 
tubos formados por anéis de cartilagem hialina, incompletos na 
parede dorsal, que transportam o ar da laringe aos brônquios 
primários e vice-versa. Ela apresenta também um trajeto cervical e 
um trajeto torácico, relacionando-se dorsal lateralmente com o 
esôfago e várias estruturas nervosas e vasculares importantes, como 
a veia jugular externa, a artéria carótida comum e o tronco nervoso 
vagossimpático; 
Tem-se, também, a cavidade torácica em mamíferos, separada da 
cavidade abdominal pelo músculo diafragma. A qual é o local de 
alojamento de vísceras importantes (coração e pulmões), além de 
abrigar grandes vasos sanguíneos, troncos nervosos e estrutura 
linfáticas; 
Revestindo a parede interna do tórax, tem-se a denominada pleura 
parietal, e como parede externa do pulmão, a pleura visceral. Entre 
estas duas, existe a cavidade pleural preenchida pelo liquido pleural, 
local onde forma-se um vácuo, fundamental para a respiração. 
Quando a caixa torácica expande, em função da movimentação das 
costelas e do músculo diafragma, consequentemente o pulmão se 
expande, puxando assim o ar pra dentro (inspiração); 
Por último, os pulmões: órgãos pares, situados na cavidade torácica. 
Possuem forma aproximada a um cone partido longitudinalmente, de 
base voltada para o diafragma, e ápice voltado cranialmente. Entre 
os pulmões há um espaço, denominado mediastino, onde aloja-se o 
coração, os grandes vasos, o esôfago, a traqueia, nervos e estruturas 
linfáticas. Sua superfície é lobada e o numero de lobos varia 
conforme a espécie animal e, também, entre os pulmões direito e 
esquerdo. O pulmão direito apresenta lobos craniais que, conforme a 
espécie, podem ser subdivididos em parte cranial e parte caudal, lobo 
médio, lobo caudal e lobo acessório. O pulmão esquerdo apresenta 
lobo cranial que, conforme a espécie, pode ser dividido em parte 
cranial e caudal, lobo médio (exceto nos equinos) e lobo caudal; 
Ainda dentro dos pulmões, existe um tipo único de mecanismo 
vascular que atua nas pequenas artérias, para equilibrar o fluxo 
sanguíneo e o fluxo de ar, esse mecanismo é chamado de 
vasoconstrição hipóxica (baixa concentração de oxigênio) local. É 
produzida vasoconstrição local como resposta a baixos níveis de 
oxigênio alveolar. A vasoconstrição reduz o fluxo sanguíneo para a 
área de ventilação deficiente e desvia o sangue para áreas mais bem 
ventiladas dos pulmões. No entanto, em caso de exposição de ambos 
os pulmões a baixos níveis de oxigênio (como em altitudes elevadas) 
o mecanismo provoca um aumento geral na resistência vascular dos 
dois órgãos, causando assim,hipertensão pulmonar (alta pressão na 
circulação pulmonar), e o lado direito do coração trabalha mais para 
bombear o sangue pelos pulmões. Se o coração direito não puder 
compensar o aumento da resistência, pode haver desenvolvimento 
de insuficiência cardíaca direita com edema periférico. Conhecida em 
bovinos por edema torácico pendular e denominada doença das 
grandes altitudes; 
Durante a respiração (ou ventilação), tem-se também o chamado 
Reflexo de Hering-Breuer, que consiste em reduzir os volumes de 
corrente elevados e previne distensão excessiva alveolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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