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Microplásticos

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Sabrina B 
 
 
1 
 
 
Microplásticos 
Microplásticos são pequenos pedaços 
de plástico com medida inferior a 5 
mm. Esses plásticos podem já 
apresentar esse tamanho ou atingi-lo 
por meio da degradação. 
 
A degradação de componentes plásticos leva à formação 
de microplásticos, que contaminam o oceano. 
Microplásticos são minúsculos detritos 
plásticos oriundos da fragmentação de 
plásticos maiores. São encontrados, 
principalmente, em forma de partículas 
de tamanho inferior a 5 mm. 
A primeira vez que 
os microplásticos foram detectados no 
meio ambiente foi em 1970 e logo 
passaram a ser um fator de preocupação 
por poluírem cada vez mais os 
ambientes aquáticos. 
Resumo 
• Microplásticos são detritos 
plásticos com tamanho inferior 
a 5 mm. 
• Os polímeros relacionados à 
formação de microplásticos 
são polietileno tereftalato 
(PET), polipropileto (PP), 
poliestireno (PS), poliuretano 
(PU), policloreto de vinila (PVC) 
e náilon (PA). 
• Quando de origem primária 
(pellets), os microplásticos 
provêm de resíduos industriais, 
residenciais e de transporte 
marítimo. 
• Quando de origem secundária, 
os microplásticos provêm de 
processos de degradação que 
transformam pedaços de 
plásticos maiores em menores. 
• Seja no ambiente de água doce, 
seja no ambiente de salgada, os 
microplásticos acabam 
prejudicando o bioma, 
principalmente a cadeia 
Microplásticos 
Sabrina B 
 
 
2 
 
alimentar, já que causa a morte 
de muitas espécies. 
• A tendência é que a utilização 
desses plásticos na fabricação 
de alguns produtos e seu 
descarte sejam proibidos. 
 
 
Impacto dos microplásticos 
nos ambientes de água doce 
A partir de 2001, após a descoberta 
de microplásticos no ambiente de água 
doce, estudos têm sidos feitos para 
determinar o impacto dessas partículas 
no meio aquático. 
O impacto ambiental mais comum está 
relacionado com a ingestão 
do microplástico por animais 
aquáticos, o que pode levá-los à asfixia. 
Quando não causa asfixia, a ingestão 
desses plásticos leva a lesões em órgãos 
internos e ao bloqueio do trato 
gastrointestinal. 
Além dos danos físicos, 
os microplásticos podem causar danos 
tóxicos aos seres vivos. Isso ocorre 
porque esses plásticos, por conta do seu 
tamanho, apresentam uma grande 
capacidade de absorção de compostos 
de alta toxicidade, como metais pesados 
(mercúrio, cádmio, etc). 
Impacto dos microplásticos 
nos ambientes marinhos 
 
Macroplásticos deteriorados formam microplásticos, que afetam 
a fauna marinha. 
O estudo sobre a presença 
de microplásticos na fauna marinha 
iniciou-se em 1970. Segundo a pós-
doutora em Oceonografia Jacqueline 
Santos Silva Cavalcanti, apartir dessa 
data, cerca de 270 táxons (grupos de 
seres vivos) diferentes de ambiente de 
água salgada foram verificados com a 
presença de microplásticos em seu 
interior. 
Os microplásticos podem ser 
encontrados em forma de fragmentos, 
fibras e grânulos. Em virtude de seu 
Sabrina B 
 
 
3 
 
pequeno tamanho, esses plásticos 
atingem a base da cadeia alimentar, 
afetando toda a fauna aquática. 
Como no ambiente marinho existem 
hidrocarbonetos e metais pesados, 
os microplásticos causam efeitos 
tóxicos nas células dos seres vivos 
marinhos que ingerem essas partículas. 
Microplásticos nos 
cosméticos 
Os microplásticos estão presentes, 
principalmente, em cosméticos que 
tenham como objetivo esfoliar (remover 
de células mortas e impurezas), como 
cremes para rosto e corpo. Nesses 
produtos, estão presentes esferas 
formadas por polietileno. 
 
Os microplásticos estão presentes 
também em sabonetes corporais e 
faciais, em cremes dentais e em 
produtos de perfumaria (perfumes e 
desodorantes). 
 
Xampu contendo microplásticos em sua composição. 
Proibição dos 
microplásticos 
Desde que foi verificada a primeira 
ocorrência de microplásticos no 
ambiente aquático, a quantidade dessas 
partículas nesse ambiente só vem 
aumentando, causando danos à biota 
aquática. 
Em decorrência da preservação 
ambiental e de seres vivos marinhos, já 
existe um consenso entre os países do 
planeta sobre a necessidade de 
implementar e aplicar formas de reduzir 
o descarte de plásticos no ambiente 
aquático. O Reino Unido, por exemplo, 
determinou que, a partir do mês de 
janeiro de 2018, seria proibida a 
fabricação de cosméticos ou produtos 
de higiene que 
contivessem microplásticos em sua 
composição. 
Sabrina B 
 
 
4 
 
Alguns estudos identificaram a presença 
de microplásticos em fezes humanas. 
Apesar disso, ainda não existem estudos 
que indicam se essas partículas 
provocam danos biológicos ao ser 
humano. 
Polímeros e os 
microplásticos 
Os polímeros são macromoléculas 
resultantes da polimerização (união de 
moléculas iguais ou diferentes) de 
monômeros (uma das unidades 
moleculares que formam polímeros). 
Os plásticos são polímeros produzidos 
de forma artificial, ou seja, 
são polímeros sintéticos cuja principal 
matéria-prima são hidrocarbonetos de 
origem natural (petróleo). Durante sua 
produção, os plásticos são facilmente 
moldados por meio do efeito do calor 
e/ou da pressão em certa etapa da 
produção. 
O plástico apresenta características 
como versatilidade, leveza, 
durabilidade, impermeabilidade, bom 
isolamento térmico e elétrico e baixo 
custo de produção. Em virtude disso, 
estão presentes em uma grande 
quantidade de produtos de utilização 
diária, como sacos plásticos, 
brinquedos, utilidades domésticas e 
produtos de higiene. 
Independente de como seja usado, 
quando um polímero plástico atinge o 
ambiente aquático, sofre degradação 
(quebra de suas unidades moleculares), 
formando microplásticos. 
Entre os polímeros cuja utilização, 
atualmente, leva à maior liberação de 
microplásticos nos ambientes 
aquáticos, estão: polietileno, polietileno 
tereftalato (PET), polipropileto (PP), 
poliestireno (PS), poliuretano (PU), 
policloreto de vinila (PVC) e náilon (PA). 
• Polietileno: polímero formado 
pela polimerização entre 
monômeros da substância 
eteno. 
 
Fórmula estrutural do eteno. 
Formado por monômeros que 
apresentam a função hidrocarboneto 
acíclico insaturado (de cadeia aberta 
com uma ligação dupla), o eteno 
apresenta grande resistência à umidade 
e a substâncias químicas. Essa 
substância é utilizada, por exemplo, em 
embalagens de produtos farmacêuticos. 
• Polietileno tereftalato (PET): 
polímero formado pela 
polimerização entre os 
monômeros ácido p-
benzenodioico e 1,2-etanodiol. 
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/microplasticos.htm
Sabrina B 
 
 
5 
 
 
Fórmulas estruturais dos monômeros do PET. 
Formado por monômeros que 
apresentam as funções ácido carboxílico 
e álcool, respectivamente, o polímero 
PET possui resistência térmica e 
química. É usado, por exemplo, na 
fabricação de garrafas plásticas. 
• Polipropileno (PP): polímero 
formado pela polimerização 
entre monômeros da 
substância propeno. 
 
Fórmula estrutural do propeno. 
Formado por monômeros que 
apresentam a função hidrocarboneto 
acíclico insaturado (de cadeia aberta 
com uma ligação dupla), o polipropileno 
atua como isolante térmico e elétrico. É 
utilizado, por exemplo, em 
componentes eletrônicos. 
• Poliestireno (PS): polímero 
formado pela polimerização 
entre monômeros da 
substância estireno. 
 
Fórmula estrutural do estireno. 
Formado por monômeros que 
apresentam a função hidrocarboneto 
aromático, esse polímero atua como 
isolante térmico e elétrico. É utilizado, 
por exemplo, em painéis de automóveis. 
• Poliamida (náilon) (PA): 
polímero formado pela 
polimerização entre os 
monômeros ácido 
hexanodioico e hexano-1,6-
diamina. 
 
Fórmulas estruturais dos monômeros da poliamida. 
O náilon é formado por monômeros que 
apresentam as funções ácido carboxílico 
e amina, bastante resistentes à abrasão 
(esfoliação) e ao ataque químico,https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/microplasticos.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/microplasticos.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/microplasticos.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/microplasticos.htm
Sabrina B 
 
 
6 
 
respectivamente. É usado, por exemplo, 
na fabricação de fibras têxteis. 
• Policloreto de vinila (PVC): 
polímero formado pela 
polimerização entre 
monômeros da substância 
cloreto de vinila. 
 
Fórmula estrutural do cloreto de vinila. 
Formado por monômeros que 
apresentam a função haleto orgânico, o 
policloreto de vinila apresenta 
resistência química e térmica. É 
utilizado, por exemplo, em roupas de 
couro artificial. 
• Poliuretano (PU): polímero 
formado pela polimerização 
entre os monômeros 
diisocianato de parafenileno e 
a 1,2-etanodiol. 
 
Fórmulas estruturais dos monômeros do poliuretano. 
Formado por monômeros que 
apresentam as funções cianato e álcool, 
bastante resistentes à abrasão 
(esfoliação). É utilizado, por exemplo, 
em revestimentos internos de roupas. 
Fontes de microplásticos 
De acordo com a forma como chegam ao 
meio ambiente, os microplásticos são 
classificados em: microplásticos 
primários e microplásticos secundários. 
Origem primária 
Os pellets, pequenas esferas plásticas 
utilizadas na fabricação de diversos 
produtos plásticos, são exemplos de 
microplásticos de origem primária. São 
liberados no meio ambiente por meio de 
águas residuais de indústrias e 
residências. 
Cosméticos e de produtos de higiene 
pessoal utilizados como abrasivos 
têm pellets em sua composição. Além 
disso, os pellets compõem microesferas 
presentes em tecidos sintéticos. 
 
Pellets podem causar poluição dos oceanos. 
Origem Secundária 
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/microplasticos.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/microplasticos.htm
Sabrina B 
 
 
7 
 
Os microplásticos formados a partir 
da fragmentação de macroplásticos no 
meio ambiente são classificados como 
secundários. Essa fragmentação ocorre 
em decorrência da exposição dos 
macroplásticos no ambiente marinho. 
Pode ser gerada por meio de processos 
químicos, como biodegradação (ação 
por micro-organismos), fotodegradação 
(incidência de radiação UV), degradação 
termal (influência da variação de 
temperatura), degradação termo-
oxidativa (oxidação em temperaturas 
moderadas) e hidrólise (reação química 
com a água). 
SOLUÇÕES PARA COMBATER 
OS MICROPLÁSTICOS 
Cada vez há mais países que estão 
adotando políticas para reduzir o 
consumo de plástico e frear a 
contaminação — mais de 60 de acordo 
com um relatório da ONU de 2018. O 
Reino Unido, os EUA, o Canadá e a Nova 
Zelândia já proibiram a fabricação de 
produtos de cuidados pessoais que 
contenham microesferas. Calcula-se que 
durante um banho com um sabonete 
líquido que contenha microesferas, até 
100.000 dessas podem ir para o esgoto 
que, finalmente, acabarão no oceano 
onde serão consumidas pela fauna 
marinha, introduzindo substâncias 
potencialmente tóxicas na cadeia 
alimentar. 
Por outro lado, a Costa Rica anunciou 
em 2017 uma estratégia nacional para 
proibir todos os plásticos de uso único 
em 2021, reduzindo assim a quantidade 
que acaba no oceano, rios ou florestas. 
Na África, o Quênia proibiu desde 2017 a 
produção, venda, importação e uso de 
sacos de plástico, assim como Ruanda, 
que já os proibiu em 2008. Seguindo o 
exemplo da Costa Rica, a União Europeia 
alcançou recentemente um acordo 
provisório para proibir em 2021 o 
plástico de uso único caso hajam 
alternativas acessíveis, tais como 
cotonetes de algodão, talheres, pratos, 
copos ou canudinhos. No caso dos 
produtos para os quais não existam 
alternativas acessíveis, o objetivo é 
limitar seu uso, impondo tanto um 
objetivo de redução do consumo em 
âmbito nacional quanto obrigações de 
gestão e limpeza de resíduos aos 
produtores. 
Até o momento não foram encontradas 
evidências que determinem que os 
microplásticos representem um risco 
para a saúde dos seres humanos. 
Especialmente no caso das partículas 
grandes, como as encontradas no 
estudo. Em contrapartida, as partículas 
pequenas constituem um maior risco, 
dado que podem infiltrar-se na corrente 
sanguínea, no sistema linfático e chegar 
ao fígado. 
 
 
Fontes: Mundo Uol Educação 
Sabrina B 
 
 
8 
 
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