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FARMACOGNOSIA APLICADA Angela Sperry Produtos naturais de origem animal, mineral e microbiana utilizados em farmácia Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar produtos naturais de interesse farmacológico obtidos de fontes animais, minerais e microbianas. � Relacionar a origem do produto farmacologicamente ativo com sua atividade terapêutica. � Empregar técnicas de identificação e quantificação de compostos obtidos de fontes animais, minerais e microbianas. Introdução Ao longo do desenvolvimento da civilização humana, o uso de produtos naturais com propósitos terapêuticos adquiriu diferentes significados e aconteceu — e ainda acontece — sob pontos de vista diversos, depen- dendo da cultura e conceitos de saúde e doença adotados. Preparações caseiras e farmacêuticas obtidas de fontes naturais, sobretudo plantas, foram a base da farmacoterapia até meados do século XIX, sendo es- senciais nos sistemas tradicionais, bem como foram inspiração para o desenvolvimento da tecnologia e inovação farmacêutica. Os produtos naturais apresentam grande diversidade estrutural e atividades farmacológicas relevantes, em função da evolução das espé- cies. Isso resultou em uma sofisticada maquinaria biossintética e uma alta capacidade de interação de produtos do metabolismo de determinados seres vivos com proteínas e outras biomoléculas de outros seres vivos. Neste capítulo, você vai estudar os compostos ativos provenientes da natureza. Vai ler sobre sua origem, técnicas de identificação e quanti- ficação, e sobre sua importância no escopo terapêutico da humanidade. 1 Produtos naturais e sua origem O conhecimento da química da natureza pelos povos primitivos e pelos indígenas foi um fator essencial para o descobrimento da farmacologia. Ao observar o comportamento de animais e insetos frente a outras espécies, eles interpretavam as possíveis ações e se inspiravam para utilizá-las de forma terapêutica ou como defesa, reconhecendo a toxicidade das plantas. A identificação da morfina, oriunda da papoula (Papaver somniferum), em 1805, é um marco no estudo de fármacos de origem vegetal, levando, pouco tempo depois, à descoberta da classe dos alcaloides. A partir daí as pesquisas passaram a se preocupar menos com a planta como um todo e mais com seus diferentes constituintes químicos, proporcionando a evolução da farmacologia (RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2014; SIMÕES et al., 2017). Outro grande marco no avanço farmacológico foi a descoberta do primeiro antibiótico de origem natural. O médico inglês Alexander Fleming se dedicou a estudar a bactéria Staphylococcus aureus, responsável pelos abscessos em feridas dos soldados da Primeira Guerra Mundial. Acidentalmente, ao se descuidar do experimento, descobriu nas culturas contaminadas um composto capaz de inibir o crescimento da bactéria, proveniente do metabolismo de um microrganismo. Essa é a clássica história do descobrimento da penicilina, oriunda do fungo Penicillium notatum. Apesar de sua descoberta datar de 1928, a penicilina foi isolada uma década depois e, devido às dificuldades de produção em larga escala, introduzida como agente terapêutico apenas em 1943. Esse evento motivou uma nova frente de pesquisa na busca de antibacterianos em culturas de microrganismos, sobretudo fungos, possibilitando o desenvolvimento de um grande número de moléculas, precursoras da maioria dos principais antibióticos utilizados até hoje (SIMÕES et al., 2017). Produtos naturais de origem animal, mineral e microbiana utilizados em farmácia2 Certos compostos são amplamente distribuídos na natureza. Um exemplo importante, é o esqualeno, descoberto em 1906. Sua fonte mais abundante, e de onde era originalmente extraído, é o óleo de fígado de tubarão (Squalus sp.), mas é encontrado também em diversos óleos vegetais, como no azeite de oliva e no de abacate (DUARTE et al., 2016), e é um dos principais componentes lipídicos da pele humana, tendo importante papel na síntese do colesterol. De acordo com Farvin et al., (2007), o esqualeno é um antioxidante potente que está associado a diversas atividades farmacológicas, como cardioprotetor, anticarcinogênico e modulador do sistema imunológico. Com ação emoliente e facilmente absorvido pela pele, serve como hidratante e também é utilizado como veículo em emulsões tópicas e aplicações positivas em formulações nanotecnológicas (HUANG; LIN; FANG, 2009). Por essas propriedades, atualmente o esqualeno é amplamente utilizado nas indústrias de alimentos, cosméticos e medicamentos. Outra fonte rica de compostos naturais de interesse para saúde são os minerais. Desde os tempos pré-históricos, os humanos usam diversos tipos de argila para fins terapêuticos. Há indicações de que o Homo erectus e o homem de neandertal usavam argila misturada com água e diferentes tipos de lama para curar feridas, aliviar as irritações, etc. Esse uso pode ter começado com a observação e imitação de animais, muitos dos quais instintivamente usam minerais para tais fins (CARRETERO; GOMES; TATEO, 2013). Uma ampla variedade de minerais é utilizada na indústria farmacêutica como ingrediente ativo, administrada por via oral (antiácidos, protetores gastrointestinais, laxantes, suplementos minerais, etc.) ou parenteral (antia- nêmicos e homeostáticos). Pode ainda ser de uso tópico ou ser excipiente em formulações farmacêuticas (CARRETERO; GOMES; TATEO, 2013). O universo marinho, por sua grandeza e diversidade, é fonte potencial para a descoberta de novos fármacos. Os organismos marinhos, seja pela competi- ção por alimentos, seja para defesa de predadores, sintetizam ou incorporam metabólitos secundários que costumam ter atividade farmacológica, muitas delas descritas como antibiótica, antiviral ou antitumoral (SIMÕES et al., 2017). De acordo com Simões et al., (2017), diferentemente de outras fontes naturais de princípios ativos, em que o ser humano se utilizou da observação para formular hipóteses sobre as propriedades terapêuticas, quase não há in- formação sobre a utilização de organismos marinhos na medicina tradicional. Assim a procura por compostos de interesse farmacológico nesses seres é feita de forma praticamente aleatória. 3Produtos naturais de origem animal, mineral e microbiana utilizados em farmácia Os organismos marinhos têm a capacidade de produzir uma variedade de produtos naturais biologicamente potentes, abrindo o leque para a inovação terapêutica, já que muitos desses compostos não possuem análogos terrestres e são únicos em termos de estrutura química e atividade biológica (Jaspar, 2016). Essas características fizeram com que o interesse na pesquisa de pro- dutos naturais marinhos aumentasse desde a descoberta acidental, em 1950, de nucleosídeos contendo açúcares diferentes da ribose e da desoxirribose a partir da esponja Tethya crypta, inspirando a síntese de produtos análogos, incluindo o fármaco anti-HIV azidotimidina (AZT) (SIMÕES et al., 2017). 2 Caracterização farmacológica dos produtos naturais Os produtos naturais podem ser utilizados terapeuticamente in natura, em pre- parações farmacêuticas que incluam todo o complexo químico do organismo, muito observado com as plantas medicinais, ou como substâncias isoladas. Ainda podem servir como base para a síntese parcial ou para protótipos de novas moléculas, que poderão se tornar fármacos. Desde tempos imemoriais a natureza é a matriz da farmacologia, com maior representatividade nas plantas medicinais e acontecendo em menor escala com os produtos oriundos de microrganismos e minerais. Entretanto, seja qual for a fonte, a importância dessas substancias é inestimável para a terapêutica humana. Vejamos um panorama dos compostos naturais, sua origem e propriedade terapêutica. Fármacos protótipos de categorias terapêuticas a partir de microrganismos Os microrganismos são clássicos precursores dos antibacterianos; por meio da penicilina,eles proporcionaram um avanço significativo na medicina moderna. Outra importante contribuição no desenvolvimento de novos fármacos são as estatinas, que surgiram após a identificação e isolamento da mevastina do fungo Penicillium citrinum, possibilitando o desenvolvimento dos fármacos hipolipêmicos (SIMÕES et al., 2017; VIEGAS JÚNIOR; BOLZANI; BAR- REIRO, 2006). Produtos naturais de origem animal, mineral e microbiana utilizados em farmácia4 Acompanhe no Quadro 1 alguns fármacos protótipos oriundos de micror- ganismos e sua aplicação terapêutica. Fonte: Adaptado de Simões et al. (2017). Fármaco Espécie Classe terapêutica Estreptomicina Streptomyces griseus Antibióticos — aminoglicosídeos Cefalosporina Cephalosporium acremonium Antibióticos — cefalosporinas Cloranfenicol Streptomyces venezuelae Antibióticos — tetraciclinas Eritromicina Streptomyces erythreus Antibióticos — macrolídeos Vancomicina Streptomyces orientalis Antibióticos — glicopeptídeos Daunorrubicina Streptomyces peucetius Antineoplásico Bleomicina B2 Streptomyces verticillus Antineoplásico Mevastatina Penicillium citrinum Hipolipêmico Ciclosporina Tolypocladium inflatum Imunossupressor Mevinolina Aspergillus terreus e Monascus ruber Hipolipêmico Avermectina B1 Streptomyces avermitilis Anti-helmíntico Tacrolimus Streptomyces tsukubaensis Imunossupressor Quadro 1. Protótipos de fármacos a partir de microrganismos Fármacos protótipos de categorias terapêuticas a partir de organismos marinhos A pesquisa e o desenvolvimento de novos fármacos com protótipos de origem marinha têm aumentado nos últimos tempos, com destaque para o potencial de agentes antitumorais. O Quadro 2 apresenta produtos de origem marinha aprovados para uso terapêutico. 5Produtos naturais de origem animal, mineral e microbiana utilizados em farmácia Fonte: Adaptado de Simões et al. (2017). Fármacos Fonte Uso terapêutico Citarabina Esponja (Tethya crypta) Anticâncer Vidarabina Esponja (Tethya crypta) Antiviral Ésteres etílicos do ácido ω-3 Peixes Antilipêmico Ziconotida Molusco (Conus magus) Analgésico Trabectedina Ascídia (Ecteinascidia turbinata) Anticâncer Mesilato de eribulina Esponja (Halicondria okadai) Anticâncer Brentuximabe vedotina Molusco (Dolabella auricularia) Anticâncer Lota-carragenina Algas vermelhas Antiviral Quadro 2. Produtos naturais de origem marinha aprovados para uso terapêutico Produtos de origem mineral nas indústrias farmacêutica e cosmética Os recursos minerais são amplamente utilizados como ingredientes ativos ou como adjuvantes em produtos farmacêuticos e cosméticos. Desde que suficientemente submetidos a um rigoroso processo de tratamento e puri- ficação após a extração nas jazidas, vários minerais podem ser usados pela indústria farmacêutica, cada um exercendo uma função específica conforme suas propriedades físico-químicas (CARRETERO; GOMES; TATEO, 2013). Muitos minerais se encontram de forma abundante na natureza. Um exemplo disso é o silício: segundo elemento químico mais abundante na crosta terrestre depois do oxigênio, tem uma ampla gama de aplicações, algumas conhecidas desde a antiguidade. É bastante encontrado em cristais de rocha, como o quartzo, e na areia, como o dióxido de silício (SCHLEIER; GALITESI; FER- REIRA, 2014). Aparece também em altos teores no tecido conjuntivo humano. Tem efeitos benéficos na formação de colágeno e glicosaminoglicano, que podem influenciar na formação e manutenção óssea, na saúde cardiovascular e na cicatrização de feridas (NIELSEN, 2009). Produtos naturais de origem animal, mineral e microbiana utilizados em farmácia6 O silício tem sido amplamente utilizado na indústria farmacêutica e cosmética. O talco é um silicato de magnésio obtido de rochas largamente usado como lubrificante e excipiente, inclusive para formulações de uso interno (SCHLEIER; GALITESI; FERREIRA, 2014). Por estabelecer e manter a forma do corpo, além de fazer a ligação com outros tecidos e preencher espaços, é de grande interesse para a indústria estética (SCHOLZE, 2015). O Quadro 3 lista alguns recursos de origem mineral bastante utilizados na indústria farmacêutica e de cosméticos. Fonte: Adaptado de Carretero, Gomes e Tateo (2013). Mineral Fonte Usado em medicamen- tos (ativos) Usado em me- dicamentos (excipientes) Usado em cos- méticos Argilomi- nerais Argilas × × × Borax Evaporitos × Calcita Calcários × × × Enxofre Depósitos vulcânicos × × Halita Evaporitos × × × Hidroxia- patita Carbo- nalitos, fosforitos × × Magnesita Calcário × × Silvita Evaporitos × × × Talco Rochas me- tamórficas × × × Quadro 3. Minerais usados nas indústrias farmacêutica e cosmética 7Produtos naturais de origem animal, mineral e microbiana utilizados em farmácia 3 Técnicas de identificação e quantificação de compostos naturais Nas últimas décadas os produtos naturais estão recebendo atenção especial por parte da indústria e dos pesquisadores do setor. Os avanços obtidos no campo da biotecnologia, aliados ao emprego de técnicas modernas de fracionamento químico, elucidação estrutural e screening na busca por novos protótipos bioativos, têm revelado seu enorme potencial em fornecer moléculas ativas com padrões novos e originais (VIEGAS JÚNIOR; BOLZANI; BARREIRO, 2006). A seguir serão descritas as principais técnicas adotadas na atualidade para a avaliação da presença e a quantificação de metabólitos secundários, com foco nos processos cromatográficos e espectroscópicos. Métodos cromatográficos A cromatografia é uma ferramenta indispensável na área de produtos naturais, pois é a base para a caracterização dos constituintes presentes em matrizes complexas, como os extratos obtidos de origem vegetal e organismos marinhos (SIMÕES et al., 2017). Os ensaios cromatográficos podem buscar o isola- mento de uma substância específica (processo preparativo) ou a verificação da presença e do teor de determinado metabólito em uma matriz (processo analítico). Os processos cromatográficos podem ser divididos em técnicas planares e em coluna. Cromatografia em camada delgada (CCD) Esta é uma técnica planar que, apesar do baixo custo, está em desuso em razão da baixa confiabilidade dos resultados gerados em termos de exatidão, precisão e reprodutibilidade. A CCD é ainda utilizada quando acoplada a detectores de massa de alta resolução (HPTLC-MS, em inglês, high-performance thin-layer chromatography mass spectrometry), tornando o método confiável e preciso (SIMÕES et al., 2017). Produtos naturais de origem animal, mineral e microbiana utilizados em farmácia8 Cromatografia gasosa (CG) É uma das técnicas analíticas em coluna, utilizada para a separação e quan- tificação de produtos diversos, podendo também ser usada como técnica de identificação em casos especiais. Junto com a cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) é uma das técnicas mais descritas na literatura para análise de produtos naturais. É aplicável para separação e análise de misturas cujos constituintes tenham ponto de ebulição de até 300°C e que sejam termicamente estáveis (SIMÕES et al., 2017). Cromatografia líquida de alta eficiência Técnica analítica em coluna mais utilizada na área de produtos naturais, especialmente pela amplitude de amostras passíveis de análise por essa me- todologia, assim como pela possibilidade de quantificação dos compostos de interesse. Tem uma diversidade de detectores que podem ser acoplados ao cromatógrafo, como detectores por ultravioleta (UV) e arranjo de diodos, fluorescência, índice de refração, etc. Isso salienta a vantagem do método. Outro fato a ser salientado no universo analítico de produtos naturais foi o surgimento da cromatografia a líquido de ultraeficiência (CLUE), que detecta partículas menores do que 2µm, gerando alta capacidade de resolução dos componentes presentes na mistura. O grande avanço nas técnicas cromatográficas líquidas na área de produtos naturais se deu a partir do acoplamento docromatógrafo a espectrômetros de massas (EM) e de ressonância magnética nuclear (RMN), fato que possibilitou a elucidação estrutural completa de moléculas sem a necessidade de amostras de referência para comparação (SIMÕES et al., 2017). 9Produtos naturais de origem animal, mineral e microbiana utilizados em farmácia Métodos espectroscópicos A elucidação estrutural de produtos naturais deu um salto de qualidade com os avanços tecnológicos das técnicas espectroscópicas, nas quais ocorre a absorção e a emissão de energia em determinada frequência, proporcionando a informação analítica dos compostos (SIMÕES et al., 2017). Ressonância magnética nuclear Caracteriza-se por ser uma técnica não destrutiva que fornece dados do número e do tipo de átomos de hidrogênio e de carbono dos compostos. Difere das outras técnicas, pois cria níveis discretos de energia entre as transições do núcleo de átomos de uma molécula quando submetido a campo magnético (SIMÕES et al., 2017). Espectrometria de massas Na detecção por espectrometria de massas (EM) mede-se a razão (massa/ carga) do íon precursor de uma substância. O espectro de massas de um com- posto traz informações únicas, como sua massa molecular e seus padrões de fragmentação, permitindo estabelecer a fórmula molecular dessa substância pelo valor de massa obtido, enquanto o padrão de fragmentação permite obter informações relativas aos grupos funcionais, radicais substituintes e presença ou ausência de cadeias laterais no composto investigado (SIMÕES et al., 2017). Espectrofotometria no ultravioleta e infravermelho As técnicas espectrofotométricas são fundamentadas na absorção da energia eletromagnética por moléculas, o que depende tanto da concentração quanto de suas estruturas químicas. De acordo com o intervalo de frequência da energia eletromagnética aplicada, a espectrofotometria de absorção pode ser dividida em ultravioleta (UV) e infravermelho (IV), podendo ser utilizada como técnica de identificação e quantificação de substâncias (SIMÕES et al., 2017). Embora a técnica de RMN seja a ferramenta mais eficiente para a elucidação estrutural de compostos de origem natural, a utilização de UV e IV ainda contribui de forma significativa para a obtenção de dados específicos, como presença de grupos funcionais, padrão de insaturação e, em alguns casos, a posição de substituintes no núcleo fundamental (SIMÕES et al., 2017). Produtos naturais de origem animal, mineral e microbiana utilizados em farmácia10 Como vimos, os produtos naturais foram fonte da maioria das substâncias ativas de medicamentos. Segundo Harvey (2008), antes do avanço tecnológico da síntese e da genômica, mais de 80% das substâncias medicamentosas eram produtos naturais ou análogos inspirados em produtos naturais. Isso se deu, em parte, devido à riqueza estrutural e química dos produtos naturais e suas propriedades farmacológicas, que, após serem substituídas ao longo do século XX pela síntese química, têm seu interesse retomado na década de 1990. Analisando as fontes de novos fármacos entre os anos de 1994 e 2007, Harvey (2008) constatou que quase metade dos compostos aprovados foram baseados em produtos naturais. Isso demonstra que o interesse por essas substâncias vêm crescendo em todo o mundo, o que reforça a preocupação com o meio ambiente e a busca por produtos com ingredientes naturais obtidos de maneira sustentável. Um dos grandes desafios da ciência é obter fontes renováveis de matéria- -prima natural, que, diante da perda da diversidade biológica, acendeu o alerta para a necessidade da conservação e do uso racional dos recursos vivos, com proteção ao fluxo de serviços dos ecossistemas naturais. CARRETERO, M. I.; GOMES, C.; TATEO, F. Clays and human Health. In: BERGAYA, F.; LA- GALY, G. Handbook of clay science. Oxford: Elsevier, 2013. p. 711–764. (Developments in clay science, 1). DUARTE, P. F. et al. Abacate: características, benefícios à saúde e aplicações. Ciência Rural, v. 46, nº. 4, p. 747–754, abr. 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782016000400747&lng=en&tlng=en. Acesso em: 3 mar. 2020. FARVIN, K. H. S. et al. Supplementation of squalene attenuates experimentally induced myocardial infarction in rats. Food Chemistry, v. 105, nº. 4, p. 1390–1395, 2007. HARVEY, A. L. Natural products in drug discovery. Drug Discovery Today, v. 13, nº. 19–20. p. 894–901, set. 2008. HUANG, Z. R.; LIN, Y. K.; FANG, J. Y. Biological and pharmacological activities of squalene and related compounds: potential uses in cosmetic dermatology. Molecules, v. 14, nº. 1, p. 540–554, jan. 2009. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/ PMC6253993/. Acesso em: 3 mar. 2020. NIELSEN F. H. Micronutrients in parenteral nutrition: boron, silicon, and fluoride. Gas- troenterology, v. 137, nº. 5, p. 55–60, nov. 2009. 11Produtos naturais de origem animal, mineral e microbiana utilizados em farmácia Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. RAVEN, P. H., EVERT, R. F., EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. 8. ed. Rio de Janeiro: Gua- nabara Koogan, 2014. SCHLEIER, R.; GALITESI, C. R. L.; FERREIRA, E. C. M. Silício e cálcio – uma abordagem antroposófica. Arte Médica Ampliada, v. 34, nº. 3, p. 102–113, jul./set. 2014. Disponível em: http://abmanacional.com.br/arquivo/b5a7f787bfedac3cf77b4a2115f006b55f3f92d9-34- -3-silicio-e-calcio.pdf. Acesso em: 3 mar. 2020. SCHOLZE, A. F. A. A importância do mineral silício na estética. Revista Brasileira de Nutrição Funcional, v. 27, nº. 62, 15, nº 62, 2015. SIMÕES, C. M. O. et al. Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. Porto Alegre: Artmed, 2017. VIEGAS JÚNIOR, C.; BOLZANI, V. da S.; BARREIRO, E. J. Os produtos naturais e a química medicinal moderna. Quím. Nova, v. 29, nº. 2, mar./abr. 2006. Disponível em: http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422006000200025&lng=pt&nrm =iso&tlng=pt. Acesso em: 3 mar. 2020. Produtos naturais de origem animal, mineral e microbiana utilizados em farmácia12
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