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HISTÓRIA DA ANATOMIA

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HISTÓRIA DA ANATOMIA
 CONCEITO DE ANATOMIA 
• No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados. • A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte).
 Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta ciência
 história da anatomia humana pode ser dividida em quatro fases principais:
A primeira pertence à antiguidade, os precursores;
A segunda sobreviveu com a decadência do Império Romano, que atingiu as ciências, as artes e também a Anatomia – Era Muçulmana;
A terceira fase chamada de Restauração, data do Renascimento das ciências na Itália;
A quarta fase corresponde à introdução do microscópio simples ou composto; e à anatomia e embriologia comparadas.
1ª Fase
Os Precursores
Sumérios - (volta de 1500 a.C.) - mesopotâmia ( IRAQUE )
Sabe-se que cerca de 2000 anos a.C., a catarata era conhecida pelos babilônios e já executavam as cirurgias, inclinação do cristalino com uma agulha de bronze.
O símbolo da Medicina que é o caduceu, uma cobra enrolada num bastão, provavelmente tem origem nessa  civilização Suméria; 2400 a.C.
Egípcios
Através da prática do embalsamamento tiveram a oportunidade de examinar vísceras humanas e desenvolver conhecimentos anatômicos, ainda que rudimentares; utilizaram de 200 a 214 nomes para identificar as partes do corpo.
Na mumificação praticada pelos egípcios; as vísceras eram retiradas do cadáver e introduzidas em recipientes. 
O coração não era retirado pois era entendido como o Sol do corpo.
Gregos
Hipócrates (460-372 a.C.) considerado o pai da Medicina, no campo da Anatomia nada realizou de grande importância.
A base fundamental da doutrina Hipocrática é tirar dos deuses o direito de curar e entregá-lo aos homens.
Para ele, o fígado era o órgão da preparação do sangue, dele e do baço partiriam os vasos, o ar chegaria ao coração esquerdo através da traqueia e dos pulmões e daí era distribuído como pneuma.
Descreveu o pericárdio, como segue: “o pericárdio é um envoltório, uma capa lisa, que rodeia, envolve o coração, contém líquido em pequena quantidade e semelhante à urina”.
Foi para a época um grande médico, mas um medíocre anatomista.
A Escola Herorofiliana
Na Alexandria (320 a.C.) surgiu a Escola Médica fundada por Ptolomeu Sotero.
Na partilha do Império de Alexandre Magno (333 a.C.), o Egito coube a um de seus generais, Ptolomeu Sotero, que se tornou rei e iniciou uma longa dinastia que acabou em 30 a.C. com a morte de Cleópatra VI, quando a Alexandria tornou-se uma província romana, perdendo sua grandeza e esplendor, tendo sido capturada por Julio César (48 a.C.).
Outro general foi Seleuco e o 3º Hisímacos.
Nessa escola floresceu a Anatomia Humana e temos homens como Herófilo e Erasístrato.
Herófilo da Calcedônia concretizou o desejo de muitos anatomistas ao dissecar o corpo humano.
E assim, desenvolveu um esquema de distribuição, formato e tamanho dos órgãos.
Ele descreveu o fígado, o cérebro, os órgãos sexuais.
Através dos seus estudos pioneiros nascia a Medicina.
Herófilo e Erasístrato, segundo conta a história, dissecaram criminosos vivos em Alexandria, cedidos pelo Rei Seleuco.
O impulso à Anatomia
Já Erasístrato de Quios colaborador de Herófilo também dissecou cadáveres humanos.
Com isso, ele formou a Escola de Alexandria, a qual deu, a partir dali, impulso às ciências anatômicas.
A partir do ano 150 A..C. a dissecação humana foi de novo proibida por razões éticas e religiosas.
Parece que o estudo da anatomia humana, segundo Petrucelli (1997) e Wecker (2002), recomeçou mais por razões práticas que intelectuais.
E o motivo mais importante para a dissecação humana, foi o desejo de saber a causa da morte por razões essencialmente médico-legais.
De averiguar o que havia matado uma pessoa importante ou elucidar a natureza da peste ou outra enfermidade infecciosa.
A Continuação
O conhecimento anatômico sobre o corpo humano continuou no mundo helenístico.
Porém só se conhecia através das dissecações em animais.
Claude Galeno
O último da Escola Herofiliana.
Foi um dos médicos escravos da corte de Septimus Severus e de Comodus na Roma imperial.
Nasceu em Pérgamo, cidade grega da Ásia menor, hoje Turquia – 131-201 d.C.
Como médico da Escola de esgrima de Pérgamo, pôde observar através de ferimentos de gladiadores, a anatomia humana.
Elaborou a teoria sobre o papel do coração e do sangue.
Descreveu o coração, suas paredes, suas cavidades, suas válvulas e as cordas tendíneas.
Para ele, as moléculas do ar são levadas ao coração por intermédio dos pulmões, mas não chegou a demonstrar a pequena circulação ou circulação pulmonar; por outro lado, refere que os alimentos levam aos intestinos substâncias nutritivas que constituem o quilo.
Quanto não teria realizado Galeno na anatomia se lhe fosse permitida a dissecação de cadáveres humanos, uma vez que viveu em uma época onde infelizes eram sacrificados pelo capricho da população romana, em particular pelos seus imperadores, que não permitiam  à anatomia servir-se de cadáveres. 
Dissecava muitos animais: cabras, porcos, macacos.
Galeno se aperfeiçoou na teoria de Erasistrato sobre a pneuma. 
Ele descreveu o esterno como constituído por sete peças, tanto como as costelas que nele se inserem.
Demonstrou que as artérias carregavam sangue e não ar.
Já conhecia o infundíbulo da hipófise, que admitia comunicar-se com a cavidade nasal.
As obras de Galeno constituem daí por diante, durante um período de 13 séculos a base dos conhecimentos anatômicos. Para ele a anatomia seria o fundamento da medicina.
Sobreveio a decadência do Império Romano atingindo todas as ciências e artes, recaindo também sobre a anatomia.
Não mais se fizeram pesquisas novas e até conhecimentos adquiridos caíram em esquecimento,e a decadência adquiriu dimensões ainda maiores quando, no século VII, também a antiga cultura do Oriente se extinguiu pelo Islamismo.
2ª Fase
A era muçulmana
Durante muito tempo os árabes se tornaram os guardiões da medicina científica.
As obras da antiguidade, sobretudo as helênicas, à medida que se salvaram da destruição, foram traduzidas, modificadas e adaptadas ao povo.
O período que assim se inicia é o arabismo na medicina. 
Não houve progresso da anatomia nessa época já porque o Korao constituía um obstáculo intransponível para a pesquisa anatômica.
‘Mohammedanismo absolutamente a proíbe (a cesariana) e ordena que qualquer criança assim nascida deve ser morta imediatamente, uma vez que é descendência do diabo’.
3ª fase
Restauração
Esse período é marcado pelo triunvirato anatômico – Vesalius, Eustáquius e Falópia.
Naquela época fecunda em que o espírito humano partiu as cadeia de uma escolástica sem discernimento despertou também com vigor a consciência da necessidade dos estudos anatômicos e manteve-se firme contra as adversidades e a perseguição.
Instituíram-se pela primeira vez cátedras de ensino nas mais importantes cidades da Itália, França e da Alemanha.
De Humani Corporis Fabrica Libri Septem ou simplesmente De Humani Corporis Fabrica (Da Organização do Corpo Humano) é um livro de anatomia humana, escrito por Andreas Vesalius em 1543.
Gabriel Fallopio de Modena (1523-1562), foi discípulo de Vesalius; foi professor de Anatomia em Ferrara, Pisa e Pádua, onde acumulava as cadeiras de Anatomia e Cirurgia.
São atribuídas à Fallopio as seguintes descobertas: canal do nervo facial, ligamento inguinal, tuba uterina e segundo alguns, a valva ileocecal, o osso etmóide suas células, o ducto lacrimal, e o seio esfenoidal.
Fez uma descrição precisa dos nervos cranianos em especial os três ramos do trigêmio.
Em 1562, Fallopio aposenta-se e deixa Pádua; é substituído por Geronimo Fabricius.
Gabriel Fallopio
Geronimo Faricius
4ª fase
O microscópio: anatomia e embriologiacomparadas
Ao Período da restauração da reforma da anatomia segue-se agora outro, caracterizado pela introdução do microscópio simples ou composto no estudo da morfologia.
Foi o naturalista holandês Antoni Van Leeuwenhoek (1632-1723) que em 1714 associou a coloração ao exame microscópico.
O microscópio só surgiu entretanto, em fins do século XVI, quando em 1590 Johannes Janseen e seu filho Zacharias Janseen construíram na Holanda, um aparelho rudimentar para ampliar imagens.
Este aparelho transformou-se depois nas mãos de Galileu Galilei (1564-1642) na luneta astronômica.
Precisa a classe médica entender a necessidade de uma formação histórica suficiente, rigorosa e profunda a ponto de constituir um hábito intelectual, conhecer e respeitar as conquistas do passado”.
Não podemos duvidar que a História da Anatomia representa uma parte importante da história da civilização humana.
Como os Corpos eram Roubados
Os ladrões de túmulos invadiam os cemitérios, cavavam perto de um corpo havia sido enterrado a pouco tempo.
A localização da sepultura era descoberta por espiões que se infiltravam em enterros, até conseguir abrir a parte do caixão onde ficava a cabeça.
CURIOSIDADES
É a história desse período e o contato com as imagens de mais de 1200 desenhos anatômicos produzidos pelo próprio Leonardo da Vinci que tornam interessante o livro “Os Cadernos Anatômicos de Leonardo da Vinci” (Leonardo on the Human Body).
Homem Vitruviano
Leonardo da Vinci (1452-1519) foi o primeiro artista que considerou a anatomia além do ponto de vista meramente pictórico.
Fez preparações que logo desenhou, das quais são conservadas mais de 750, e representam o esqueleto, os músculos, os nervos e os vasos.
Ele acreditava que a verdade anatômica na arte só poderia ser atingida na mesa de dissecação.
Os desenhos de Da Vinci evidenciam, não só a arte, mas também um profundo conhecimento anatômico.
Mostrando não apenas anatomia de superfície, mas grupos musculares perfeitos, como os músculos do dorso e membros superiores.
Leonardo acertou com exatidão espantosa, por exemplo, detalhes sobre a posição do feto no interior do útero antecipando imagens modernas.
Descrição dos ossos dos MMSS e MMII e músculos
A Dissecção como Desrespeito
No Reino Unido, entre os séculos 16 e 17, as escolas de anatomia utilizavam em suas aulas corpos de criminosos condenados à forca.
Para os quais a dissecção era vista como punição adicional.
Além disso, a esses criminosos era negado funeral religioso.
E em certos casos eles não tinham funeral nenhum: seus esqueletos eram mantidos nas universidades e expostos ao público.
Anatomia didática nos tempos modernos

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