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www.esab.edu.br
Redes de 
Computadores
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Redes de Computadores
Vila Velha (ES)
2014
Escola Superior Aberta do Brasil
Diretor Geral 
Nildo Ferreira
Diretora Acadêmica
Beatriz Christo Gobbi
Coordenadora do Núcleo de Educação a Distância
Beatriz Christo Gobbi
Coordenadora do Curso de Administração EAD
Rosemary Riguetti
Coordenador do Curso de Pedagogia EAD
Claudio David Cari
Coordenador do Curso de Sistemas de Informação EAD
David Gomes Barboza
Produção do Material Didático-Pedagógico
Delinea Tecnologia Educacional / Escola Superior Aberta do Brasil
Diretoria Executiva
Charlie Anderson Olsen
Larissa Kleis Pereira
Margarete Lazzaris Kleis
Conteudista
Patryck Ramos Martins
Coordenação de Projeto
Andreza Regina Lopes da Silva
Supervisão de conteúdo
Renata Oltramari
Líderança Técnica Design Gráfico
Fernando Andrade
Líderança Técnica Revisão Gramatical
Tiago Costa Pereira
Laís Gonçalves Natalino
Designer Educacional
Adriana Novelli
João Paulo Mannrich
Revisão Gramatical
Bárbara Seger Zeni
Laís Gonçalves Natalino
Designer Gráfico
Laura Rodrigues
Neri Gonçalves Ribeiro
Diagramação
Dilsonir José Martins Junior
Equipe Acadêmica da ESAB
Coordenadores dos Cursos
Docentes dos Cursos
Copyright © Todos os direitos desta obra são da Escola Superior Aberta do Brasil.
www.esab.edu.br
Av. Santa Leopoldina, nº 840
Coqueiral de Itaparica - Vila Velha, ES
CEP 29102-040
Apresentação
Caro estudante,
Seja bem-vindo à disciplina de Redes de Computadores, que irá permitir a você 
compreender os valores existentes nas conexões entre computadores, e aprender 
os principais conceitos que suportam todas as tecnologias utilizadas na sua 
comunicação.
A atenção com o mercado de tecnologia enfrenta hoje o grande dilema da sociedade, 
a dependência com relação às máquinas. Essas máquinas, também denominadas 
computadores, estão produzindo cada vez mais mercadorias para atrair o consumidor 
e ocupar a vida das pessoas.
As redes de computadores, que oferecem a estrutura necessária para que as 
máquinas se comuniquem, crescem sem controle desde a corrida espacial que levou o 
homem à Lua até os dias de hoje.
Nesta disciplina, iremos compreender o tráfego de informações entre os 
computadores, listando todos os pontos necessários que identificam as 
particularidades inerentes às redes de comunicação e dados. 
Seja qual for a área de atuação de um profissional de Tecnologia da Informação, 
é obrigatório o conhecimento sobre os elos existentes entre os computadores, no 
intuito de estabelecer noções de compatibilidade nas relações estreitas que ocorrem 
nos cenários de transmissões dos mais diversos tipos. Então, ao desenvolver um 
programa para computador ou visualizar um banco de dados, o profissional precisa 
pesquisar conceitos sobre os recursos existentes na rede de computadores alocada.
De forma gradativa, você irá elaborar uma opinião crítica sobre todo o ambiente de 
conexões das redes de computadores que o cercam, para que haja uma reflexão sobre 
as tecnologias estudadas. Vamos estudar o assunto fundamentando-nos em autores 
renomados desse segmento, como Kurose e Ross (2005), Comer (2007), Tanenbaum 
(2003, 2011), Torres (2009), Soares (1995). 
Portanto, é hora de começar a entender novos conceitos imprescindíveis para a sua 
formação de bacharel em Sistemas de Informação.
Objetivo
O nosso objetivo é apresentar os temas mais relevantes relacionados às redes 
de computadores e o contexto em que eles se aplicam, para que os alunos 
compreendam as inter-relações entre os computadores que disponibilizam e 
utilizam recursos diversos dos sistemas informatizados existentes. Os assuntos 
serão abordados do ponto de vista dos ambientes locais, remotos, em pequena e 
larga escala, exibindo os principais componentes de forma hierárquica, bem como 
suas funções e transações. 
Habilidades e competências
• Projetar e diagnosticar o comportamento de computadores, equipamentos de 
conectividade e enlaces de comunicações. 
• Projetar e diagnosticar o funcionamento de aplicações de rede e suas interfaces de 
acesso. 
• Modelar e gerenciar ambientes de rede no que tange à comunicação física e lógica 
de dispositivos. 
• Reconhecer padrões e técnicas na transmissão de dados em redes de 
computadores. 
• Compreender a organização lógica dos dispositivos de redes de computadores. 
• Identificar tecnologias de comunicação e os protocolos de rede.
Ementa
Conceito de Redes de Computadores. Princípios dos modelos das redes de 
computadores: PAN, LAN, CAN, MAN e WAN. Camadas OSI e TCP/IP. Serviços e 
tarefas ofertados nas camadas. Tecnologias de enlace de dados. Roteamento. 
Redes de comutação de circuito e de pacotes e dispositivos ativos (Hub, switch, 
switch de camadas 3 e 4 e router).
Sumário
1. Uso de redes de computadores e a internet .....................................................................7
2. História das redes de computadores e da internet .........................................................14
3. Tipos de redes ...............................................................................................................22
4. Classificação das redes de computadores (PAN, LAN, CAN, MAN, WAN) .........................29
5. Aplicações e serviços existentes em redes de computadores .........................................38
6. Protocolos de redes .......................................................................................................44
7. Transmissão de dados ...................................................................................................51
8. Modelos de referência ...................................................................................................58
9. Exercícios de fixação das unidades 1 a 8 ........................................................................66
10. Os modelos de referência OSI e TCP/IP – parte I ............................................................71
11. Os modelos de referência OSI e TCP/IP – parte II ...........................................................76
12. Camada física ................................................................................................................81
13. Comutação por circuitos versus comutação por pacotes ................................................88
14. Meios de transmissão guiados (par metálico, coaxial) – parte I ....................................95
15. Meios de transmissão guiados (fibra ótica) – parte II .................................................102
16. POTS versus ISDN ........................................................................................................109
17. xDSL – Família Digital Subscriber Line ........................................................................115
18. Equipamentos de conectividade e dispositivos passivos ..............................................120
19. Meios de transmissão não guiados..............................................................................129
20. Redes sem fio: 802.11 (Wi-Fi) .....................................................................................136
21. Redes sem fio: 802.15 (Bluetooth) ..............................................................................143
22. Redes sem fio: 802.16 (WiMAX) ..................................................................................148
23. Exercícios de fixação das unidades 10 a 22 ..................................................................155
24. Camada de enlace .......................................................................................................160
25. Ethernet – parte 1 ......................................................................................................167
26. Ethernet – parte 2 ......................................................................................................174
27. X.25 e Frame Relay ......................................................................................................18028. Asynchronous Transfer Mode (ATM) ............................................................................187
29. Equipamentos de conectividade do nível dois .............................................................193
30. Exercícios de fixação das unidades 24 a 29 ..................................................................200
31. Camada de rede ..........................................................................................................208
32. Internet Protocol .........................................................................................................214
33. IPv6.............................................................................................................................222
34. Equipamentos de conectividade do nível 3 .................................................................228
35. Algoritmos de roteamento ..........................................................................................236
36. Internet Control Message Protocol ..............................................................................243
37. Camada de transporte.................................................................................................251
38. TCP (Transmission Control Protocol) ............................................................................258
39. UDP (User Datagram Protocol) ....................................................................................264
40. Camadas de sessão e apresentação .............................................................................269
41. Exercícios de fixação das unidades 31 a 40 ..................................................................274
42. Camada de aplicação ..................................................................................................280
43. A World Wide Web .......................................................................................................287
44. HiperText Transfer Protocol (HTTP) ..............................................................................294
45. Protocolos de e-mail: SMTP/POP/IMAP .......................................................................300
46. Protocolos de transferência de arquivos e acesso remoto ............................................308
47. Protocolo de Gerência de Rede – SNMP ......................................................................314
48. Exercícios de fixação das Unidades 42 a 47 ..................................................................320
Glossário ............................................................................................................................328
Referências ........................................................................................................................343
www.esab.edu.br 7
1 Uso de redes de computadores e a internet
Objetivo
Apresentar os conceitos de comunicação em redes de computadores, 
definindo o momento em que se encontram atualmente as redes 
de computadores e a internet, entendendo seu crescimento e 
complexidade.
Assim como existem as pessoas e a necessidade de comunicação entre 
elas, devemos pensar que computadores também trocam informações. 
Esta unidade tratará de conceitos importantes sobre o diálogo existente 
em redes de computadores, informando a atual configuração dessas 
malhas de comunicação, e quais itens existem para que elas funcionem. 
Vamos explorar também a internet, a maior dessas redes, que une 
vários computadores e dispositivos conectados. Para esta unidade 
utilizaremos como bibliografia os livros de Torres (2009), Comer (2007) 
e Kurose e Ross (2005). Esteja atento ao seguinte fato: desde o início 
de nossa disciplina, poderão surgir termos como host, nós ou sistemas 
computacionais para designar computadores. Utilizaremos esses termos 
por estarmos estudando ambiente de redes. 
1.1 Conceitos iniciais em redes de computadores 
(princípios de comunicação)
Neste primeiro tópico a função é abranger brevemente os conceitos 
primordiais para que exista a comunicação entre quem desejar comunicar 
e o alvo desse comunicador.
Sabendo que pessoas e computadores precisam se comunicar para trocar 
informações, pode-se perceber que essas trocas de informações necessitam 
de padrões para acontecer. Por exemplo, em uma conversa entre mãe e 
filho utiliza-se a mesma língua (dialeto) para trocar informações. Se não 
falassem a mesma língua, mãe e filho não poderiam compreender quais 
as necessidades e anseios desejados entre quem emite (fala) a informação 
e quem a espera (ouve).
www.esab.edu.br 8
Essa comunicação entre mãe e filho leva ao conceito de protocolo, 
nesse caso protocolo humano (KUROSE; ROSS, 2005). Esse protocolo 
humano é obrigatório em nossas vidas para que possamos conviver bem, 
dentro de certas regras e procedimentos, e isto acontece também com 
os computadores. Assim como uma pessoa que fala língua inglesa não 
consegue se comunicar com outra pessoa que fala a língua alemã, dois 
computadores que possuem tecnologias diferentes precisam se adequar 
para conseguir trocar dados. 
Podemos perceber, então, que o protocolo, seja ele humano ou 
computacional, é a base da troca de informações em uma conversação, 
ou seja, é um conjunto de regras que permite a comunicação. Além 
do protocolo, é necessário entendermos que existem outros quatro 
componentes para que se forme um processo de comunicação genérico 
(KUROSE; ROSS, 2005).
A B
Emissor: pessoa A
Receptor: pessoa B
Sinal: conversa
Meio: ar
Figura 1 – Processo de comunicação genérico.
Fonte: Clip-Art Microsoft (2013).
Segundo Kurose e Ross (2005), o protocolo humano ordena que, 
ao iniciarmos uma comunicação com outra pessoa, primeiramente a 
cumprimentemos. Observando a Figura 1, podemos perceber que o 
emissor é a pessoa (elemento) que transmite a informação, ou seja, 
quem irá gerar a informação. Já o receptor é aquela pessoa (elemento) 
que recebe a mensagem do emissor. Entre esses dois elementos (emissor 
e receptor) é necessário que exista o que transmitir, e para isso existe o 
sinal. O sinal é a mensagem propriamente dita, composta por dados 
e informações. Por fim, é necessário conhecer por onde esse sinal 
é transmitido, e o percurso é denominado meio. O meio, então, é 
chamado de interface ou caminho entre emissor e receptor, e tem a tarefa 
de transportar o sinal. Podemos observar isso no esquema da Figura 2.
www.esab.edu.br 9
Emissor Receptor
Meio
Figura 2 – Computadores. 
 Fonte: Clip-Art Microsoft (2013).
Este meio então conduz o sinal, que no caso dos seres humanos são 
as informações (a fala) trocadas entre duas pessoas. A todo instante 
recebemos diversas informações, de vários lugares, as quais precisam 
do meio para serem divulgadas. Quando transportadas, as informações 
precisam de um caminho (meio) para percorrerem. Os caminhos 
disponíveis para comunicar dois ou mais computadores podem ser 
cabos de diversos tamanhos ou ondas eletromagnéticas, que levam a 
informação para dispositivos que não utilizam esses cabos.
Por exemplo, uma onda é utilizada como forma de envio e recebimento 
de dados para transmitirmos uma imagem de um celular para uma 
câmera, e já em uma troca de informações entre dois computadores, um 
cabo pode ser a solução para que eles se comuniquem.
Resumidamente, você pode perceber que em todos os momentos 
estamos cercados de emissores e receptores (computadores) levando 
nossas informações para os sistemas informatizados existentes. Essas 
informações trafegam por satélites, por cabos submersos nos oceanos e 
por cabos subterrâneos nas estradas. Para os sistemas computacionais se 
comunicarem, já vimos que eles precisam de um protocolo em comum 
para estabelecerem conectividade entre eles. 
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Dica
Faça um teste agora mesmo no computador para 
entender o que é um emissor e receptor. Navegue 
na internet e informe o site destino (receptor) em 
que você deseja se conectar. Desenhe o cenário 
desde o localonde você se encontra até o receptor 
para imaginar como ocorre a comunicação.
1.2 Uso de redes de computadores
Ao conhecer o processo inicial de comunicação dos computadores, 
precisamos entender como funciona o conjunto destes e como 
desempenham suas funções.
O conjunto de vários computadores se comunicando é chamado de 
rede de computadores (TANEBAUM, 2003). Nessas redes existentes 
ao longo do nosso planeta, cada computador conectado pode ser 
denominado de host, nó ou sistema computacional. A maior dessas redes 
existentes é a internet, que será abordada na unidade 2. 
Por exemplo, quando nos conectamos a um site em nossas residências, 
estamos também fazendo parte da internet. Apesar de, a princípio, 
não oferecer nenhum conteúdo ou serviço para ser utilizado por 
outras pessoas, o usuário final estará fazendo parte dessa grande rede 
de computadores em escala mundial ao se conectar à internet. Como 
informa Comer (2007), a taxa média de novos computadores sendo 
adicionados à internet alcançou mais de um por segundo em 1998, e 
aumenta a cada ano. 
Mesmo fora do ambiente explícito da informática, todos nós temos 
contato com algum tipo de rede, em maior ou menor grau. Caixas 
eletrônicos de bancos são os maiores exemplos: cada terminal não passa 
de um computador ligado a um computador central que armazena as 
informações de sua conta (TORRES, 2009).
www.esab.edu.br 11
Podemos notar que temos contato com algum tipo de rede desde a 
utilização da internet até a troca de dados na rede da empresa em que 
trabalhamos, como produto final das redes de computadores. Seja 
em larga escala (como a internet) ou em pequena escala (como um 
escritório de contabilidade), você pode imaginar que o entendimento 
da complexidade desses ambientes conectados está relacionada também 
aos componentes que permitem que esses computadores conversem, 
além de outros fatores, tais como, localização geográfica, quantidade de 
computadores dependentes da conexão, criticidade do negócio, entre 
outros. Vejamos a seguir quais são esses componentes.
1.3 Os componentes (itens) de uma rede
Para que haja comunicação entre os computadores, diversos são 
os componentes envolvidos no processo. A contribuição desses 
componentes é primordial para dar sentido ao processo de comunicação, 
dividindo as responsabilidades.
Na Figura 3 são exibidos alguns componentes que acercam as redes de 
computadores. É preciso entender que tais componentes podem estar 
presentes ou não nos vários tipos existentes de redes de computadores. 
A presença ou não dos componentes se dará pela necessidade de cada 
ambiente de rede. Por exemplo, a impressora pode existir em um 
ambiente em que é desejável a impressão de documentos, mas se não 
existe esta demanda, ela pode não estar presente.
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Cliente Cliente
Servidor
Placa de rede
Hardware de rede
(hub)
Recurso
(arquivos do disco rígido)
Cabo
Dados (protocolo)
Recurso
(impressora)
Figura 3 – Destaques na comunicação entre alguns componentes básicos de uma rede.
Fonte: Torres (2009).
Precisamos entender então que uma rede envolve diferentes 
equipamentos para que haja o diálogo entre as máquinas que utilizamos. 
Na Figura 3 podemos ver alguns desses equipamentos que permitem 
a conectividade entre computadores. O primeiro equipamento a ser 
abordado é o servidor. Um servidor é um computador que possui 
recursos de processamento (velocidade) e armazenamento (espaço) 
maiores do que estes computadores utilizados em residências. São 
construídos para trabalhar com volume de dados mais pesados, por 
atenderem diversas solicitações de informação simultaneamente. 
Tanenbaum (2003) chama esses servidores de poderosos computadores 
e indica que eles são mantidos em um local central sendo gerenciados 
por uma pessoa preparada para realizar tal operação. Já um cliente é 
um computador mais simples, muitas vezes localizado em residências e 
empresas (utilizado por funcionários). É designado para realizar trabalhos 
mais simples como editar um arquivo texto ou até mesmo cadastrar 
produtos em um sistema de estoque. O computador cliente por muitas 
vezes também acessa informações processadas por um computador 
denominado servidor.
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Como vimos no início desta unidade, para que haja comunicação entre 
os computadores, precisamos também compreender que existe um item 
imprescindível à comunicação entre servidor e cliente, o protocolo. Este 
serve como linguagem ou regra de comunicação entre dois componentes 
da rede de computadores, neste caso o cliente e o servidor. Além destes 
componentes descritos, uma rede de computadores também possui a 
placa de rede, o hardware de rede, o cabeamento, entre outros, como 
você pode observar na Figura 3. A placa de rede, também chamada de 
NIC (Network Interface Card), localizada dentro dos computadores 
(servidor e cliente), permite a conectividade entre eles. É por meio dela 
que os computadores irão receber o cabeamento, que são os cabos da 
rede que transmitem as informações de clientes para servidor e vice-
versa. Complementando placa de rede e cabeamento, existe o hardware 
de rede, também chamado de equipamento de conectividade. Esse 
componente serve como um interlocutor entre computadores quando é 
preciso conectar vários computadores a pequenas ou grandes distâncias. 
Até aqui conhecemos alguns conceitos importantes sobre redes de 
computadores. Agora vamos estudar as particularidades relacionadas 
a esses conceitos. Inicialmente é importante entendermos como tudo 
surgiu. Para isso, vamos conhecer mais profundamente a internet na 
próxima unidade. Bons estudos!
Saiba mais
O processo de comunicação entre seres humanos 
e computadores deve sempre respeitar regras 
para alcançar seu propósito, a comunicação entre 
emissor e receptor. Para saber mais a respeito 
dessas relações, assista à reportagem do canal 
Globo News, disponível clicando aqui.
http://www.youtube.com/watch?v=vtVxC9ocEu4
www.esab.edu.br 14
2 História das redes de computadores e da internet
Objetivo
Explorar o surgimento das redes de computadores, a história da 
ARPANET e redes agregadas até a internet.
No estudo das redes de computadores é importante compreender 
melhor o que é a internet, além de outros conceitos relevantes estudados 
anteriormente. Para isso, faremos um breve resgate da história da 
internet, inspecionando o marco de origem de todas as comunicações 
existentes hoje em nosso planeta, a ARPANET. Nesta unidade 
utilizaremos os livros de Tanenbaum (2003) e Kurose e Ross (2005). 
Vamos lá!
2.1 A ARPANET
A disputa militar, ideológica e política entre as nações alavancou várias 
tecnologias dos mais diversos tipos. A internet foi uma dessas tecnologias 
que precisou da disputa entre países para que pudesse surgir. 
Pense: o que seria da realidade atual se não fossem os acontecimentos 
ocorridos em épocas passadas? A história começa no final da década 
de 1950 (TANENBAUM, 2003), nos EUA, mais precisamente no 
Departamento de Defesa, onde se pensava em criar um cenário onde 
computadores e suas valiosas informações seriam capazes de sobreviver 
a uma guerra nuclear, por exemplo. Até então, para transmissão de 
informações só existia a rede de telefonia pública, e as comunicações 
militares passavam por ela, que era considerada como incerta diante da 
probabilidade de ocorrência de grandes acontecimentos ruins, tais como 
ataques de países inimigos (Figura 4). 
www.esab.edu.br 15
Figura 4 – À esquerda, a representação de um sistema de telefonia vulnerável completa. À direita, o ponto 
vermelho ligado por uma linha tracejada representa a quebra de uma central.
Fonte: Adaptada de Tanenbaum (2003).
De acordo com Tanenbaum (2003, p. 54), “A vulnerabilidade do sistema 
era o fato de que a destruição de algumas centrais interurbanas [pontos 
pretos centrais] importantes poderia fragmentar o sistema em muitas 
ilhas isoladas”. Portanto, a vulnerabilidade da rede de telefonia era 
creditada à sua forma de instalação e funcionamento,que concentrava 
todo o núcleo da rede em níveis hierárquicos com poucas opções de 
correção caso viesse a acontecer alguma falha nas conexões 
Em 1960, Paul Baran, funcionário da Rand Corporation, contratada 
pelo Departamento de Defesa dos EUA, lançou um projeto de rede 
como solução, apresentada na Figura 5. Esta solução consistia em um 
mapa de conexões entre alguns pontos de comunicação onde se planejava 
que tais pontos conseguissem ainda se comunicar mesmo com algum 
deles deixando de funcionar.
www.esab.edu.br 16
Figura 5 – Estrutura proposta por Paul Baran.
Fonte: Tanenbaum (2003).
Tanenbaum (2003) ainda reitera que Baran expôs o projeto de rede 
que era altamente distribuído e tolerante a falhas e enviou diversos 
relatórios detalhados para o Departamento de Defesa dos EUA. O 
Pentágono gostou do conceito e pediu à AT&T (American Telephone 
and Telegraph), na época a empresa que detinha o monopólio nacional da 
telefonia nos Estados Unidos, que construísse um protótipo. A AT&T, na 
época, descartou as opiniões de Baran por questões políticas e ideológicas, 
isto é, não queriam ficar à mercê das ideias de um simples funcionário.
Depois que a empresa recusou a proposta de Paul Baran, vários anos 
se passaram e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos ainda 
não tinha um sistema melhor. Após ser superado na corrida espacial 
pela extinta URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), o 
governo americano precisava rebater o sucesso dos soviéticos. Nesse 
momento, o Pentágono, descobrindo uma disputa interna de poder 
entre as forças armadas (Exército, Marinha e Força Aérea), avistou a 
possibilidade de solucionar o problema estabelecendo a ARPA (Advanced 
Research Projects Agency), em 1957. A ARPA não tinha cientistas nem 
laboratórios, somente um escritório e orçamento reduzido. No início, a 
agência realizava trabalhos de concessões e contratos para universidades e 
empresas que tinham ideias promissoras, sem muito saber a sua própria 
missão perante o governo americano. O então diretor da ARPA, Larry 
Roberts, em 1967, decidiu concentrar forças para mudar o tipo de 
www.esab.edu.br 17
trabalho que as agências vinham realizando, focando agora no conceito 
de redes. Após algumas conversas com estudiosos, surge a ARPANET 
(Advanced Research Projects Agency Network), em 1969, trazendo 
alguns fundamentos do trabalho realizado por Paul Baran em 1960.
Em 1972, a ARPANET, antiga rede de computadores que originou a 
internet, foi apresentada publicamente na Conferência Internacional 
sobre Comunicação por Computadores daquele ano. Em complemento 
à ARPANET, inicialmente uma rede fechada, surgiram novas redes 
independentes (Figura 6), que também agregariam valor às redes de 
computadores atuais. Um desses exemplos era a ALOHAnet que 
permitia a comunicação entre as ilhas havaianas (KUROSE; ROSS, 
2005; TANEBAUM, 2003). 
MILNET
NSFNET
ARPANETALOHAnet
Figura 6 – A origem da internet: união de várias redes de computadores.
Fonte: Elaborada pelo autor (2013).
Além da ARPANET e da ALOHAnet, surgiam outras variantes de 
redes ao redor do planeta, como a NSFNET e a MILNET, o que foi 
importante para a disseminação das redes de computadores. 
O número de máquinas e usuários conectados à ARPANET cresceu 
rapidamente. Ao final da década de 1970, aproximadamente 200 
máquinas compunham a conexão com a ARPANET. Ao redor do 
mundo, outras redes foram surgindo agregando computadores e 
semeando características parecidas com a ideia original da ARPANET. 
No início da década de 1990, a progenitora da internet deixou de existir, 
nascendo assim a maior rede mundial de computadores: a internet.
www.esab.edu.br 18
Dica
Além dessas redes que juntamente com a 
ARPANET puderam contribuir para a internet de 
hoje, existiam outras denominações de redes. Faça 
uma pesquisa e encontre os nomes das possíveis 
redes que geraram a internet.
2.2 Internet (história, introdução e conceitos)
A internet surge para agregar conhecimento ao mundo. Desde a sua 
concepção, com o primeiro computador transmitindo informações, a 
ideia geral era compartilhar serviços e recursos que pareciam, na época, 
inofensivos e inúteis para a sociedade.
De 1970 a 1990 a internet era utilizada por pesquisadores ligados às 
universidades, ao governo e à indústria e não possuía o valor agregado 
de serviços existentes que possui atualmente. Até 1990, a internet e 
suas predecessoras possuíam quatro serviços a serem oferecidos para os 
usuários, a saber:
• correio eletrônico (e-mail): a possibilidade de redigir, enviar e 
receber mensagens surgiu na ARPANET;
• newsgroups: os fóruns especializados em diversos interesses comuns 
trocam mensagens sob regras peculiares de tratamento entre seus 
membros;
• logon remoto: a forma de acessar remotamente computadores já 
existia também na ARPANET. Dessa maneira, era possível conectar-
se a qualquer computador a partir de usuário e senha;
• transferência de arquivos: a possibilidade de copiar arquivos entre 
computadores ligados à internet era factível também desde o 
surgimento da internet, permitindo acesso a inúmeros artigos, banco 
de dados e outras informações.
www.esab.edu.br 19
Podemos perceber que, no início da década de 1990, a internet era um 
ambiente fechado para pesquisadores, cientistas e não atraía a atenção 
do público em geral. Uma nova aplicação, a www (World Wide Web), 
transformou esse fato e aproximou milhares de novos usuários à rede sem 
o foco acadêmico. 
Para sua reflexão
O caminho para alcançar a conectividade já estava 
estabelecido. Aplicativos surgiam para dirimir 
problemas de comunicação e interação entre 
emissor e receptor. Pense em por que a internet 
não apresentava tantos atrativos como apresenta 
hoje? Isso foi possível graças à tecnologia www, 
que permite facilidades ergonômicas e visuais, 
itens que antes não eram plausíveis de serem 
imaginados.
A resposta a essa reflexão forma parte de sua 
aprendizagem e é individual, não precisando ser 
comunicada ou enviada aos tutores.
Com a internet agregando cada vez mais serviços e usuários, é preciso 
também entender o valor dos Provedores de Serviços de Internet 
(Internet Service Providers – ISPs). Esses provedores são empresas 
fornecedoras da conexão com a internet. Na Figura 7, podemos perceber 
como os ISPs funcionam, desde o início da conexão até o usuário final.
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Cliente
Sistema
telefônico
POP
ISP
Grupo de servidores
Figura 7 – Visão geral da internet.
Fonte: Tanenbaum (2003).
Podemos notar na Figura 7 o acesso de um usuário a um site qualquer, 
como o google.com. Então, usando uma linha telefônica de discagem, 
o usuário consegue conectar o computador a um aparelho específico, 
por exemplo, o modem. Esse modem pode ser pensado como um 
hardware que converte os sinais que o computador produz para o sistema 
telefônico. Esses sinais são transferidos para o POP, ou seja, para os 
pontos em que um ISP se conecta a outros ISPs. Após chegar ao ISP 
final, os sinais (informação) são entregues para o receptor corretamente, 
que nesse caso seria o google.com.
Dica
Gostou de saber como funciona a comunicação de 
um computador com a internet? Então, pesquise 
sobre outros termos que fazem parte da cadeia de 
comunicação entre emissor e receptor, como POP.
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Agora que já estudamos como conseguimos colocar nossos computadores 
em comunicação com os destinos específicos na internet, iremos 
estudar os tipos de redes existentes. Seja em casa, na organização em 
que trabalhamos ou até mesmo no local onde estudamos, é interessante 
avaliar os cenários existentes de conectividade, que veremos na próxima 
unidade. Tais cenários poderão habilitar o profissional da informática 
a visualizar questões de conectividade que existem diariamente, 
comunicando emissor e receptor entre diversos pontos de alcance.
Saiba mais
Conheça mais sobre a história da internet e 
reflita se essa rede veio para ficar. Visualize 
alguns conceitos que complementamo estudo 
relacionado à internet. Acesse clicando aqui.
http://www.youtube.com/watch?v=QyOhW-cOpT0&feature=c4-overview-vl&list=PLA36AA58B0285BB12
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3 Tipos de redes
Objetivo
Apresentar os tipos de redes e suas implementações, buscando 
avaliar os cenários cliente-servidor e ponto a ponto.
Conforme tratamos nas unidades anteriores, as redes de computadores 
se originaram da necessidade da troca de informações. Seja em um 
escritório (com a quantidade de computadores reduzida) ou em uma 
compra pela internet, é importante entendermos que a comunicação 
entre as distintas partes envolvidas em uma comunicação possuem 
características peculiares a cada tipo de informação a ser transmitida. 
Nesta unidade, iremos compreender os tipos de comunicações que 
podem acontecer entre as partes (emissor e receptor) e as arquiteturas 
disponíveis para criar as redes de computadores. Para embasar os 
conceitos desta unidade, serão utilizados Tanenbaum (2003), Torres 
(2009) e Kurose e Ross (2005).
3.1 Formas de comunicação (transmissão da 
informação entre emissor e receptor)
Como visto na unidade 1, um processo de comunicação genérico possui 
quatro componentes (emissor, receptor, sinal e meio). Continuaremos 
a estudar, neste momento, como ocorre o ato de transmissão das 
informações entre emissor e receptor.
Emissores e receptores fazem parte a todo o momento das redes de 
computadores. Se avaliarmos, as redes de computadores inexistem sem a 
aplicação desses dois conceitos, pois um computador sempre irá solicitar e 
outro irá responder. Nos hardwares das redes de computadores, muitas são as 
diversidades de características presentes quando esses emissores e receptores 
se comunicam. Tais características mudam de fabricante para fabricante, pois 
cada empresa constrói de uma forma seus componentes de redes. 
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Quando se trata da forma de comunicação entre dois pontos (emissor 
e receptor), a primeira questão a ser abordada é a direção em que pode 
ocorrer a transmissão de dados. Essa característica existe em todos os 
componentes da rede de computadores. Alguns componentes só conseguem 
transmitir a informação. Outros já conseguem transmitir e receber a 
informação, mas não simultaneamente. Por fim, existem os componentes 
que conseguem transmitir e receber informações ao mesmo tempo.
Frente a isso, Tanenbaum (2003) informa que, quando a transmissão 
permite o tráfego dos dados em apenas um sentido, ela é chamada de 
simplex. Já a conexão que permite o tráfego de dados nos dois sentidos, 
mas apenas em um sentido de cada vez, é chamada de half-duplex. E 
aquelas transmissões que permitem o tráfego de dados em ambos os 
sentidos e simultaneamente, são denominadas full-duplex.
Para elucidar nossos estudos sobre o que ocorre entre as partes (emissor 
e receptor) vamos analisar as Figuras 8, 9 e 10 e compreender como a 
informação pode ser disseminada, ou seja, transmitida. Acompanhe, 
primeiramente, a Figura 8. 
A
Emissor
B
Receptor
Figura 8 – Comunicação simplex: apenas em um sentido.
Fonte: Elaborada pelo autor (2013).
Podemos observar na situação apresentada na Figura 8 que a seta informa 
somente o emissor transmitindo a informação. Nesses casos a conexão 
permite o tráfego apenas em um sentido. De forma análoga, pode-se 
imaginar uma rua de mão única, na qual só é permitida a circulação de 
automóveis em um único sentido. Nesse caso os papéis não se invertem, 
sendo o dispositivo A sempre o emissor e o dispositivo B sempre o receptor. 
Outro exemplo em que ocorre a transmissão simplex seria a comunicação 
entre duas pessoas com uma lanterna usando o Código Morse, supondo 
que o receptor não tenha como responder à mensagem emitida.
Já na transmissão denominada como half-duplex, representada na Figura 9, 
o tráfego de dados é permitido nos dois sentidos, mas somente um por vez. 
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Receptor
A
Emissor
B
Receptor
A
Emissor
B
Figura 9 – Comunicação half-duplex: em dois sentidos, mas não ao mesmo tempo. 
Fonte: Elaborada pelo autor (2013).
Como é possível observar na Figura 9, no instante em que o dispositivo 
A transmite, o dispositivo B não pode usar o mesmo canal de 
comunicação, fazendo somente papel de receptor. Isso também ocorre no 
momento em que o dispositivo B se torna o emissor, fazendo com que o 
dispositivo A seja somente o receptor, não sendo permitida a transmissão 
e recepção de dados ao mesmo tempo. De forma semelhante, podemos 
perceber que uma estrada de ferro única é denominada half-duplex, pois 
os trens podem andar nos dois sentidos, porém nunca em ambos ao 
mesmo tempo.
Finalizando os tipos de transmissão de dados, existe também a conexão 
denominada full-duplex (Figura 10), na qual o tráfego ocorre em ambos 
os sentidos e ao mesmo tempo. 
A
Emissor
B
Receptor
Figura 10 – Comunicação nos dois sentidos e ao mesmo tempo, chamada de full-duplex.
Fonte: Elaborada pelo autor (2013).
Essa forma simultânea de comunicação, em que se pode enviar e 
receber dados ao mesmo tempo, é a que mais predomina nas redes de 
computadores atuais. Nesse caso, um dispositivo consegue ser emissor e 
receptor simultaneamente. De forma equivalente, podemos pensar em 
uma estrada de duas pistas, onde o tráfego de automóveis pode ocorrer 
nos dois sentidos e ao mesmo tempo.
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Para sua reflexão
Agora que você conhece as formas de 
comunicação entre emissor e receptor, tente 
associar esses conceitos a situações do dia a dia, 
por exemplo, se o ir e vir em uma escada é uma 
comunicação full-duplex ou se a água que cai de 
uma cachoeira pode ser compreendida como uma 
situação análoga a comunicações simplex.
3.2 Arquitetura cliente-servidor e ponto a ponto
Depois de mostrarmos como os dispositivos se comunicam, vamos 
entender quais são as maneiras de compartilhar dados em redes de 
computadores. Nesse sentido, Torres (2009) apresenta dois tipos básicos 
de rede: cliente-servidor e ponto a ponto. Vamos conhecê-las melhor?
Nas redes definidas como cliente-servidor existirá sempre um 
computador, denominado servidor, conectado e pronto para receber 
requisições de computadores denominados clientes, por isso o nome 
cliente-servidor. Quando acessamos algum site na internet ou um banco 
de dados na rede de computadores da empresa, estamos aplicando o 
conceito de cliente-servidor, pois é solicitado algum tipo de requisição, 
seja do site ou do banco de dados, a um servidor por um cliente. A 
Figura 11 ilustra um exemplo de cenário cliente-servidor, em que 
o computador de Alice (cliente) está requisitando informações ao 
computador da google.com.
Cliente Internet (Servidor) google.com
 
Figura 11 – Arquitetura cliente-servidor.
Fonte: Elaborada pelo autor (2013).
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Devemos ter em mente que o google.com da empresa Google Inc., um 
site (servidor) com muitos acessos por vários clientes, pode ficar saturado 
de requisições sendo incapaz de atender a todas elas. Quando isso ocorre, 
as empresas que respondem por essas requisições, como a Google Inc., 
precisam estar preparadas e possuir um grande conjunto de servidores. 
Esse conceito de conjunto de servidores, normalmente chamado de 
datacenter, é implementado quando existe esta união de computadores 
respondendo por um só site (google.com), por exemplo. 
É válido observar que os clientes não se comunicam em uma arquitetura 
cliente-servidor, eles fazem parte desta arquitetura. Em contraste com a 
arquitetura cliente-servidor, existe também a arquitetura ponto a ponto 
ou P2P (Point-to-Point). 
A arquitetura ponto a ponto consiste em muitas conexões entre pares 
de máquinas individuais (TANENBAUM, 2003). Para ir da origem 
(emissor) ao destino (receptor), uma informação talvez tenha que 
atravessar vários computadores intermediários. Segundo Torres (2009), 
é o tipo mais simples de rede que pode ser desenvolvida. A visão que se 
deve ter de uma rede ponto a ponto é ilustrada na Figura 12, na qual 
se pode notar um dos computadorescom uma impressora instalada. 
Nesse caso, além do compartilhamento de dados entre os computadores, 
também existe o compartilhamento da impressora, propriedade instalada 
e configurada em um dos computadores presentes.
Figura 12 – Comunicação em pares: arquitetura ponto a ponto.
Fonte: Clip-Art Microsoft (2013).
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Os pares não são de propriedade dos provedores de serviços (os ISPs, 
vistos na unidade 2), mas sim de usuários sem a troca de dados com 
os computadores denominados servidores. Como trocam informações 
sem passar por nenhum servidor, a arquitetura é denominada ponto a 
ponto. Uma característica ímpar da arquitetura ponto a ponto é que cada 
computador (cada host) presente na rede funciona tanto como cliente 
quanto como servidor. Isto ocorre porque um ponto que solicita uma 
informação a outro ponto é tido como cliente (neste caso o emissor) e 
o outro ponto que possuía a informação é chamado de servidor (neste 
caso o receptor). Existem muitos softwares que utilizam a arquitetura 
ponto a ponto, tais como a distribuição de arquivos (músicas e filmes) e a 
telefonia pela internet. 
Uma das características mais interessantes da arquitetura ponto a ponto é 
a relação custo-benefício, por não requerer computadores servidores. No 
entanto, problemas com segurança podem ocorrer devido à precariedade 
presente nos computadores pares dos usuários finais, aspecto que 
é minimizado na arquitetura cliente-servidor devido a aspectos 
organizacionais mais burocráticos atrelados à segurança de computadores 
servidores corporativos.
Hoje em dia, tanto a arquitetura cliente-servidor quanto a arquitetura 
ponto a ponto são utilizadas em empresas, residências e universidades. 
Qualquer que seja o propósito das redes de computadores, sempre 
teremos como implementar a opção de acordo com a necessidade do tipo 
de conexão a ser realizada.
Após entender os conceitos apresentados por meio das arquiteturas 
cliente-servidor e ponto a ponto, você deve pensar em quais situações 
cotidianas atuais devem estar presentes os dois tipos de arquiteturas. 
Ambientes comerciais e residenciais precisam constantemente da 
comunicação em pares, assim como acesso de clientes a servidores. A 
questão que fica é em que momento utilizar qual arquitetura. Para isso, é 
imprescindível conhecer o tamanho das redes de computadores, podendo 
o aspecto geográfico ser significante ou não. Aspectos territoriais de 
possíveis implementações de arquiteturas serão abordados na próxima 
unidade. Bons estudos!
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Saiba mais
Os datacenters são responsáveis por todo o 
processamento das requisições entre cliente 
e servidores. Neles estão contemplados 
equipamentos de conectividade, cabos e 
computadores servidores que fornecem diferentes 
tipos de serviços. Para diversificar o conhecimento 
sobre datacenters, acesse clicando qui.
https://www.youtube.com/watch?v=PeQx6o_IXCw
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4
Classificação das redes de 
computadores (PAN, LAN, CAN, 
MAN, WAN)
Objetivo
Perceber a classificação tradicional por área de abrangência das redes 
de computadores até o momento atual, inserindo novas abordagens 
conceituais referentes ao espaço e à localização geográfica.
Conhecemos, anteriormente, duas arquiteturas de rede (cliente-servidor e 
ponto a ponto). 
Trabalhando com computadores, seja provendo acesso a dados ou 
incluído em cenários de compartilhamento de arquivos e hardwares, 
o profissional informata precisa estar atento aos cenários de atuação 
dos sistemas computacionais. Estabelecendo conceitos com relação ao 
alcance de redes operacionais, esta unidade aborda as mais tradicionais 
classificações existentes das redes de computadores e as que estão 
emergindo com os novos tempos. Tanenbaum (2003), Comer (2007) 
e Kurose e Ross (2005) são os autores que serão utilizados como 
bibliografia nesta unidade. 
4.1 Redes pessoais e locais
O quebra-cabeça formado pela quantidade de tipos de redes de 
computadores deve ser organizado de alguma forma para que seja 
possível compreender as diferenças entre elas. Quando classificamos 
as redes de computadores precisamos tomar cuidado, pois conforme 
abordado por Tanenbaum (2003), não existe uma só característica que 
classifique de uma só forma as redes de computadores. 
Uma maneira de classificar as redes de computadores, conforme explica 
Tanenbaum (2003), é quanto à abrangência territorial que determinada 
rede consegue transmitir. Neste caso, estaremos classificando as redes de 
computadores conforme sua escala.
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Em relação à abrangência (escala), precisamos entender as siglas e atuação 
dessas redes. O critério citado por Tanenbaum (2003) trata de uma escala 
que referencia uma classificação exibida no Quadro 1.
Distância Localização Tipo de rede
1 metro Metro quadrado Rede pessoal
10 metros Sala
Rede local100 metros Edifício
1 km Campus
10 km Cidade Rede metropolitana
100 km País
Rede geograficamente distribuída
1.000 km Continente
10.000 km Planeta A internet
Quadro 1 – Escala de classificação de redes.
Fonte: Adaptado de Tanenbaum (2003).
Iremos estudar agora as redes de menor abrangência territorial, aquelas 
existentes, geralmente, em ambientes domésticos (casa) ou pequenas 
empresas. As redes ditas redes pessoais, tão comuns hoje em dia, 
podem receber duas denominações: são chamadas de PAN (Personal 
Area Network) ou Rede de Área Pessoal, quando utilizam meios de 
transmissão guiados (cabos); ou de WPAN (Wireless Personal Area 
Network) ou Rede de Área Pessoal sem fio, quando se empregam 
meios de transmissão não guiados (ar). Estas são redes destinadas a 
uma pessoa e compreendem, por exemplo, um espaço de um quarto 
com notebook conectado a um celular e um tablet. Neste caso, os 
computadores e equipamentos estão compartilhando informação em um 
espaço geograficamente curto (normalmente até uma dezena de metros). 
Um exemplo deste tipo de rede ocorre quando uma pessoa possui um 
computador e o objetivo é conectar teclado, mouse e fone de ouvido sem 
fio. Nesta situação, o ambiente sem fio (em inglês wireless) é considerado 
pessoal, pois é restrito a satisfazer as necessidades de uma só pessoa. A 
Figura 13 exibe outro exemplo de rede pessoal, restrito a um ambiente 
como um cômodo (quarto), cenário ideal para esse tipo de rede. Neste 
caso, um computador portátil (notebook) é utilizado por uma única 
pessoa e está conectado a mais dois dispositivos, um celular e um tablet. 
A informação é trocada entre estes dispositivos restritos ao alcance de, no 
máximo, 10 metros. 
www.esab.edu.br 31
Figura 13 – Ambiente propício para uma rede pessoal.
Fonte: Clip-Art Microsoft (2013).
Existem ainda outras tipificações para redes de computadores quanto 
à área de abrangência, com um alcance maior do que as redes pessoais. 
Vamos abordar agora as redes locais, as chamadas LAN (Local Area 
Network) ou Rede de Área Local, distribuídas normalmente em um 
único edifício. 
A LAN é uma rede privada usada para conectar computadores em 
ambientes como empresas, escritórios, indústrias, centros acadêmicos, 
entre outros tipos de cenários em que se utiliza a troca de informações 
(compartilhamento de arquivos e pastas) e o compartilhamento de 
recursos em espaço territorial reduzido (de até 1000 metros a distância), 
como informado anteriormente no Quadro 1.
Uma LAN normalmente utiliza tecnologia Ethernet (a estudaremos 
nas unidades 25 e 26) para realizar a comunicação entre computadores, 
como você pode visualizar na Figura 14.
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Cliente
Cliente
Servidor Cliente
ISP
Figura 14 – Representação de uma LAN com conexão em um ISP.
Fonte: Elaborada pelo autor (2013).
Nas LANs estão contidos alguns itens que já foram tratados em 
unidades anteriores, tais como: computadores servidores e computadores 
clientes, bem como protocolos de comunicação que habitam as LANs 
e dispositivos de rede responsáveis pela comunicação dos computadores 
presentes na LAN, entre eles: hubs e switches, os quaisserão abordados 
em unidades posteriores. A junção de todos esses elementos forma uma 
LAN, ambiente que persiste desde os anos de 1970 até hoje. Assim 
como as PANs, uma rede de área local também possui a vertente sem fio, 
com características semelhantes na tecnologia de transmissão de dados 
e abrangência, suportando de 10 a 100 metros. Suas propriedades serão 
abordadas com maior ênfase na unidade 20.
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4.2 Redes metropolitanas e geograficamente 
distribuídas
Deixando de lado as redes de pequeno alcance, iremos tratar agora de 
outras classificações de maior abrangência: as redes de computadores 
CAN, MAN e WAN. 
As redes de computadores de longa distância possuem características 
bem diferentes das redes PAN e LAN. Além da área de abrangência, 
que não fica mais restrita a salas ou edifícios, como visto no Quadro 
1, a tecnologia de troca de dados e de conexão ao meio físico e os 
componentes que interligam estas redes também são outros. 
Em redes compreendidas como LAN, vimos que os dispositivos 
que comunicam computadores são hubs e switches. Além disso, 
percebemos que existem tecnologias (Ethernet, por exemplo) específicas 
para entender o que é transmitido pelos cabos e compreender como 
funcionam hubs e switches. Já em redes de longas distâncias estes 
dispositivos que comunicam computadores possuem outra denominação 
e outras características.
Tais dispositivos não mais conectam computadores, mas sim redes de 
computadores. Os roteadores, por exemplo, são equipamentos que 
conectam redes em diferentes pontos distantes por cidades, estados, 
países e até continentes. Devido à área de abrangência ser maior 
nestas redes, existe uma situação peculiar envolvida, a velocidade de 
transmissão. A velocidade para transmitir entre emissor e receptor sofre 
um atraso característico deste tipo de ambiente devido à distância física 
que pode ocorrer (de cidades e até continentes).
É preciso entender que é mais rápido transmitir de um celular para 
um computador em um quarto (dormitório) do que transmitir de um 
computador no Brasil para outro computador na China. Nesse caso, a 
mesma informação percorrendo dois caminhos diferentes deve chegar 
primeiro ao ambiente doméstico devido à restrição do espaço físico em 
que ocorre, pois não é preciso atravessar continentes através de cabos 
www.esab.edu.br 34
que transportariam estes dados. A este evento que determina atraso 
na comunicação de redes (transmissão de emissor até receptor) que 
atravessam continentes se dá o nome de retardo de transmissão.
O retardo de transmissão em uma CAN, MAN e WAN é bem 
considerável se compararmos a uma LAN, por exemplo, pois a distância 
para percorrer entre emissor e receptor pode ser continental, ou seja, 
distância entre dois continentes (TANENBAUM, 2003; KUROSE; 
ROSS, 2005). 
Iremos conhecer três classificações de redes de computadores relacionadas 
à escala, mas desta vez sendo de maior abrangência.
Para iniciar veremos as redes CAN. Redes CAN (Campus Area Network) 
ou Rede de Campus são redes que abrangem normalmente áreas de 
edifícios ou prédios diferentes. Redes entre Campi universitários, 
complexos industriais ou até mesmo condomínios são exemplos de redes 
CAN. A conexão entre computadores (emissor e receptor) ocorre entre 
os prédios. Podemos imaginar dois prédios em uma universidade, um do 
curso de Física e o outro do curso de Medicina. Nestes dois prédios estão 
abrigados diferentes computadores. Então no prédio A (Curso de Física) 
está o emissor que está distante 5km do receptor, outro computador 
localizado em outro prédio B (curso de Medicina), mas na mesma rede 
CAN, pois eles fazem parte de um único ambiente universitário. 
Existe também a MAN (Metropolitan Area Network) ou Rede de Área 
Metropolitana. Neste tipo de rede vários pontos da cidade ou até cidades 
vizinhas possuem conexão. Por exemplo, as filiais de lanchonetes em uma 
cidade, e possivelmente em cidades vizinhas, podem ficar conectadas. 
Então, sabendo que uma MAN abrange uma cidade, podemos 
perceber que o seu alcance visa à interligação de pontos específicos em 
um raio maior, aspecto não alcançado em redes locais. Outro serviço 
característico de redes MAN são os serviços oferecidos, por exemplo, 
por empresas de TV a cabo. Estas empresas possuem por característica 
oferecer serviços por regiões. Então, ao abranger a região sul (Paraná, Rio 
Grande do Sul e Santa Catarina), estaríamos criando uma rede MAN e a 
conexão dos computadores situados nos estados do Paraná, Rio Grande 
do Sul e Santa Catarina seria estabelecida.
www.esab.edu.br 35
Por fim, Tanenbaum (2003) destaca que existem as WANs (Wide Area 
Network) ou Rede Geograficamente Distribuída, que compreende 
uma grande área geográfica, podendo ser um país ou até mesmo um 
continente inteiro. A maioria das WANs, devido a seu aspecto de grandes 
extensões territoriais, compreende numerosas linhas de transmissão 
terrestres e marítimas. As redes geograficamente distribuídas também 
podem apresentar o formato sem fio, com meios de transmissão não 
guiados, denominando-se, assim, as WWANs (Wireless Wide Area 
Network), que possuem as mesmas características de alcance, mas nesse 
caso a transmissão de dados é realizada por meio de satélites.
Você, estudante, deve perceber que a internet, abordada na unidade 
2, é um exemplo de rede WAN, pois ela abrange quase todo o planeta 
onde várias pessoas estão conectadas. Hoje em dia a internet é o maior 
exemplo de rede WAN existente. Uma rede WAN pode ser representada 
também por diversas LANs, ou seja, pode existir uma empresa que 
possua a matriz na Itália, com filiais no Brasil, Austrália e China. Ao 
conectar estas redes locais (LAN) por meio de dispositivos como o 
roteador estaremos criando uma WAN, devido à área de abrangência 
alcançar países separados em diversos continentes.
Observe a Figura 15 e perceba como são distintas as áreas de atuação 
dos três tipos de redes de computadores de maiores alcances estudadas. 
Podemos observar que uma CAN fica restrita a apenas uma região da 
cidade, sendo que engloba edifícios ou prédios geralmente, que possuem 
o mesmo negócio (matriz e filiais, por exemplo). Observa-se também 
que uma MAN pode cobrir uma cidade inteira ou até mesmo cidades 
vizinhas. Por exemplo, se um empresário possui várias padarias na mesma 
cidade, então ele deve ter uma rede MAN que cubra todos os bairros 
dessa cidade. Por fim, é possível visualizar as redes WANs, que podem 
cobrir dois países ou até mesmo dois continentes, sendo que quando as 
WANs utilizam a comunicação por satélite são denominadas WWANs. 
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WAN
País A
MAN
Cidade 2
Cidade 1
CAN
WAN
País B
MAN
Cidade 4
Cidade 3
CAN
Satélite
Figura 15 – Divisão de abrangência das redes CAN, MAN e WAN.
Fonte: Elaborada pelo autor (2013).
Pode-se perceber, também na Figura 15, que as redes de computadores 
classificadas quanto a sua área de abrangência possuem relações de 
conexão. Uma WAN, por exemplo, pode conter duas ou mais MANs 
que por sua vez pode conter duas ou mais LANs. Isto ocorre devido aos 
locais de atuação destas redes poderem ser os mesmos, por exemplo, o 
Brasil. Se pensarmos quando estamos em um bairro de Florianópolis em 
uma determinada rua que possui uma videolocadora, esta é denominada 
uma LAN, pois sua área de abrangência é restrita ao ambiente da 
videolocadora. No entanto, se em outro bairro um pouco mais distante, 
mas na mesma cidade, existir uma filial dessa videolocadora conectada, 
agora já se pode afirmar que existe uma MAN. Ao mesmo tempo se 
ocorrer a abertura de outra filial dessa mesma locadora em uma cidade de 
um estado no Brasil ou em qualquer lugar do mundo, estaremos então 
estabelecendo uma WAN.
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Para sua reflexão
Em todos os lugares, pessoas com celulares, 
tablets e notebooks estão usando o conceito de 
redes WPAN (Wireless Personal Area Network) ou 
PAN (Personal Area Network). A tecnologia atual 
permite não só que um únicoindivíduo construa 
sua própria rede, mas que essas redes pessoais 
possuam outra característica, a mobilidade. E 
quais serão os avanços dessas redes pessoais 
no futuro? Teremos a mobilidade em lugares 
inimagináveis, como o monitoramento das células 
do corpo humano? Pense sobre isso.
A resposta a essa reflexão forma parte de sua 
aprendizagem e é individual, não precisando ser 
comunicada ou enviada aos tutores.
Como vimos, as redes de comunicação possuem aspectos diversos que 
as diferenciam. No entanto, a categorização mais válida utilizada por 
importantes autores define a área de abrangência como componente 
classificatório mais importante devido a outros fatores atrelados que 
estão subentendidos, como tipos de tecnologias, mercado de atuação e 
velocidade na transmissão.
Antes de finalizarmos esta unidade e podermos compreender os papéis 
dos diversos tipos de redes existentes, precisamos conhecer os serviços 
que podem ser implementados em cada região de acesso à rede de 
computadores. Vamos à próxima unidade!
Saiba mais
Para melhor aproveitar os assuntos estudados e 
conhecer mais sobre o funcionamento da internet 
e seus recursos, assista a um vídeo bastante 
tradicional na área de redes de computadores: 
“Como funciona a internet e seus equipamentos”. 
Ele se encontra disponível e legendado clicando 
aqui (parte 1) e aqui (parte 2).
https://www.youtube.com/watch?v=QTdR6SnE0zQ
https://www.youtube.com/watch?v=QTdR6SnE0zQ
https://www.youtube.com/watch?v=ZG2rLXkR0ZI
www.esab.edu.br 38
5 Aplicações e serviços existentes em redes de computadores
Objetivo
Avaliar em redes de computadores as aplicações e os serviços que 
ofertam informações diversas aos usuários.
De posse do conhecimento da classificação das redes de computadores, 
partiremos para a avalição das aplicações e serviços presentes em redes 
de computadores. As redes de computadores nasceram e sobrevivem 
por possuírem serviços e aplicações que são utilizados por um ou mais 
usuários. Sabendo que tipo de serviço e aplicação será oferecido por uma 
rede que possui diversos computadores, conseguiremos definir o modelo 
de protocolo a ser utilizado. Por exemplo, quando oferecemos o acesso 
de uma página da internet para um usuário, é porque possuímos um 
computador que está dentro de uma rede de computadores prestando 
este serviço. Ou seja, ele possui o conteúdo da página que o usuário irá 
visitar. Independentemente da abrangência das redes de computadores, 
a comunicação entre clientes e servidores sempre estará cercada por 
aplicações e serviços, seja para navegar em um site ou até mesmo para 
compartilhar um arquivo entre um celular e um computador portátil. 
Nesta unidade, nos fundamentaremo-nos nas ideias de Tanenbaum 
(2003) e Kurose e Ross (2005).
Antes de iniciarmos esta unidade, é fundamental destacar que aplicações 
e serviços precisam ser tratados de modo diferente enquanto conceitos. 
Um serviço em uma rede de computadores pode ser considerado como 
uma união de ações implementadas por um protocolo por meio de uma 
interface, e uma aplicação pode ser entendida como um software que 
utiliza esses serviços existentes. 
www.esab.edu.br 39
5.1 Aplicações e serviços comerciais
Agora que distinguimos os dois conceitos, voltamos o nosso pensamento 
à unidade 3, na qual abordamos computadores denominados servidores 
que oferecem aplicações e serviços para o usuário utilizar via redes de 
computadores. Como podemos ver na Figura 16, temos as aplicações 
e serviços que são responsáveis por várias atividades que realizamos 
todos os dias, seja nas organizações em que trabalhamos, seja em 
nossas casas. Quando acessamos um e-mail corporativo, ou mesmo 
quando conversamos com alguém em um fórum de discussões, 
estamos utilizando essas aplicações e serviços que existem instalados e 
configurados em computadores tidos como servidores.
Sites
Chat
e-mail
Arquivos
Figura 16 – Usuário com acesso a aplicações e serviços em um ambiente coorporativo.
Fonte: Elaborada pelo autor (2013).
Quando um computador cliente, como exibido na Figura 16, acessa o 
computador servidor o modelo cliente-servidor, visto na unidade 3, é 
empregado. Nesse caso, normalmente um único computador servidor 
pode gerenciar um grande número de clientes. Ao entender a interação 
entre cliente-servidor, devemos perceber que existem dois processos 
envolvidos nessa forma de comunicação: um no computador cliente e o 
outro no computador servidor. 
A comunicação inicialmente ocorre por parte do cliente que envia 
uma mensagem pela rede ao servidor. Esse servidor possui um processo 
(programa em execução), alocado na memória RAM do computador, 
que está pronto para ser utilizado pela conexão estabelecida com o 
cliente, ficando o processo cliente à espera de uma mensagem de 
resposta. Quando o processo servidor recebe a solicitação, ele executa a 
ação solicitada e envia de volta uma resposta (TANENBAUM, 2003). 
Observe melhor esse processo na Figura 17. 
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Computador cliente
(quem solicita aplicações e serviços)
Computador servidor
(quem possui aplicações e serviços)
REDE
Solicitação
Resposta
Figura 17 – Troca de informações entre cliente e servidor.
Fonte: Adaptada de Tanenbaum (2003).
Sabendo que existe a troca de dados de clientes e servidores nas redes de 
computadores, é preciso entender que tipos de serviços e aplicações são 
encontrados em ambientes domésticos e ambientes corporativos.
Em uma empresa que possui um ambiente de redes, normalmente há 
troca de mensagens entre funcionários e parceiros de negócios. Por 
exemplo, o e-mail, serviço disponível por computadores servidores, é um 
item obrigatório em quaisquer ambientes que possuam acesso à internet, 
entre outras formas de comunicação. Segundo Tanenbaum (2003, p. 5):
[...] o e-mail não é a única forma de comunicação otimizada que as redes de 
computadores tornaram possível. Com uma rede, é fácil duas ou mais pessoas que 
trabalham em locais muito distantes escreverem juntas um relatório. Quando um 
trabalhador faz uma mudança em um documento on-line, os outros podem ver 
a mudança imediatamente, em vez de esperarem vários dias por uma carta. Tal 
aceleração facilita a cooperação entre grupos de pessoas distantes entre si, o que 
antes era impossível.
A troca de dados entre usuários hoje em dia é uma das principais 
vantagens de utilizar as redes de computadores. Devido ao artifício do 
compartilhamento de informações (via planilha eletrônica, por exemplo), 
os serviços oferecidos pelas redes de computadores deixam a cada dia os 
ambientes organizacionais mais dependentes tecnologicamente.
Adicionais a esses dois serviços vistos, e-mail e compartilhamento de 
arquivos, temos ainda outros não tão populares, como o acesso remoto 
a computadores, onde é permitida a comunicação de funcionários 
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em locais distantes, com computadores utilizados fisicamente nas 
organizações. Além destes, existem ainda outros serviços como o 
comércio de produtos pela internet e a transferência de dados entre 
pastas remotas de usuários (FTP).
5.2 Aplicações e serviços domésticos
Assim como as empresas, as pessoas também possuem necessidades de 
utilizar recursos que permitem facilidades e comodidades no dia a dia. 
Infelizmente, esse não era um pensamento unânime dos pesquisadores na 
década de 1970, como podemos acompanhar.
Em 1977, Ken Olsen era presidente da Digital Equipment Corporation, então o 
segundo maior fornecedor de computadores de todo o mundo (depois da IBM). 
Quando lhe perguntaram por que a Digital não estava seguindo a tendência do 
mercado de computadores pessoais, ele disse: “Não há nenhuma razão para qualquer 
indivíduo ter um computador em casa”. (TANENBAUM, 2003, p. 6)
Como destacado pelo autor, o tempo mostrou que o então presidente 
da empresa estava equivocado, o fato de a empresa nem existir mais 
parece ser uma prova disso. Apesar de os computadores nas residências 
se resumirem inicialmente à edição de textos e jogos, ainternet 
impulsionou a utilização dos computadores a ponto de torná-los um 
artefato importante nas residências.
De acordo com Tanenbaum (2003), os serviços mais populares utilizados 
em ambientes domésticos são:
• acesso a informações remotas: nesse serviço estão inclusas a 
navegação em sites para acessar desde notícias até informações de 
recreação ou lazer;
• comunicação entre pessoas: nesse caso nos referimos às aplicações de 
chats, que servem para conversação e troca de áudio, vídeo e texto, 
fóruns de conversação com pessoas discutindo assuntos similares, 
grupos de notícias (newsgroups) etc.;
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• entretenimento interativo: nesses serviços estão inclusos os vídeos 
por demanda com a possibilidade da visualização de filmes pela 
internet, além dos jogos compartilhados por multijogadores;
• comércio eletrônico: a utilização da internet para efetuar compras de 
serviços e produtos, além da utilização dos produtos de instituições 
financeiras também consistem em recursos bastante utilizados por 
usuários domésticos.
É notório que as redes de computadores ajudam os ambientes 
residenciais a serem lugares com atuação tecnológica importante no 
emprego dos recursos da internet. Como vimos na unidade 4 <DG fazer 
link para a unidade 4 tópico 4.1>, esses ambientes podem ser chamados 
de PAN (redes pessoais). A vivência dos usuários com as tecnologias 
promove o desenvolvimento de novas aplicações e serviços que acabam 
trazendo, consequentemente, o desenvolvimento compulsório tanto 
para as pessoas (como o comércio online e as redes sociais) como para as 
empresas que provêm esse tipo de recurso.
Para sua reflexão
Que tipo de serviço poderá ser idealizado daqui a 
dez anos providos com computadores servidores? 
Essa pergunta pode estar atrelada a diversos fatores, 
mas acaba encontrando sempre a mesma resposta. 
Os aplicativos e serviços são criados para atender a 
uma necessidade ou são criados para fazer surgir 
alguma necessidade que antes não existia?
A resposta a essa reflexão forma parte de sua 
aprendizagem e é individual, não precisando ser 
comunicada ou enviada aos tutores.
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Por fim, como apresentam Kurose e Ross (2005), a quantidade de tráfego 
na internet cresceu consideravelmente e estima-se que dez terabits por 
segundo de capacidade internacional foram utilizados por ISPs em 
2008. Esses dados tendem a duplicar a cada dez anos e fazem com que 
os cientistas pensem sobre a qualidade e capacidade das tecnologias que 
funcionam, e que devem funcionar, nas residências comparando-as cada 
vez mais com as já existentes em grandes corporações.
Para que aplicações e serviços sejam implementados possibilitando 
a interação entre quem solicita o serviço (cliente) e quem possui tal 
aplicação para ser utilizada, é preciso entender as formas de comunicação 
existentes e que regras respeitar para que emissor e receptor possam se 
comunicar corretamente. Tais regras são denominadas protocolos, que 
estudaremos mais profundamente na próxima unidade, dando maior 
ênfase nas redes de computadores. Até lá!
Saiba mais
Para aprofundar mais os assuntos estudados 
em relação à internet, assista à entrevista do 
professor Sílvio Meira, concedida ao canal Futura, 
intitulada: “Impactos das novas tecnologias na 
sociedade”, disponível clicando aqui. No vídeo, o 
professor aborda alguns impactos das tecnologias 
informatizadas na sociedade.
https://www.youtube.com/watch?v=N_PXfrqgTUo
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6 Protocolos de redes
Objetivo
Compreender o funcionamento dos protocolos e a importância do 
funcionamento desses padrões de comunicação.
Como apresentado na unidade 1, um protocolo pode ser conceituado 
como o conjunto de regulamentos sobre a maneira como acontece a 
comunicação entre emissor e receptor. Saber mais sobre esses protocolos, 
entendendo suas principais regras, é um norte que o estudante de 
tecnologia precisa ter para estar preparado para definir aspectos de 
relacionamentos entre todo e qualquer dispositivo, aplicação e serviços 
existentes em redes de computadores. Para esta unidade, utilizaremos os 
livros de Tanenbaum (2003) e Kurose e Ross (2005).
6.1 Protocolos: fundamentos e analogias
Como mencionado por Tanenbaum (2003), nas primeiras redes de 
computadores concebidas se pensava que o alicerce principal para haver 
comunicação entre partes que desejavam se comunicar era o hardware. O 
software (protocolos inclusos) ficava em segundo plano. Essa estratégia 
foi passada adiante e percebeu-se que o software é parte fundamental de 
qualquer tipo de comunicação entre emissor e receptor.
Precisamos lembrar que um protocolo de rede é semelhante a um 
protocolo humano, como já vimos na unidade 1, diferindo no aspecto 
homem e máquina. Podemos concluir que nos seres humanos, o 
protocolo é gravado no cérebro e no computador, em um dispositivo 
interno de armazenamento. Complementarmente, Kurose e Ross (2005, 
p. 7) escrevem que:
[...] um protocolo define o formato e a ordem das mensagens trocadas entre duas ou 
mais entidades comunicantes, bem como as ações realizadas na transmissão e/ou no 
recebimento de uma mensagem ou outro evento.
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Já Tanenbaum (2003, p. 29) afirma objetivamente que um protocolo é 
“[...] um acordo entre partes que se comunicam, estabelecendo como se 
dará a comunicação”. Imaginando duas entidades (emissor e receptor) 
trocando informações, precisamos estar cientes de que quem controla a 
conversa entre esses dois elementos é um protocolo, o qual dita as regras 
desde a apresentação entre os computadores, gerenciamento da conexão 
entre eles até a finalização da transmissão. Portanto, é válido ressaltar que 
todas as atividades existentes na internet ou redes (LANs, PANs, CANs, 
MANs e WANs) são dependentes dos protocolos.
6.2 O relacionamento entre protocolos e serviços
Como já estudamos na unidade 5, cada aplicação que você utiliza na 
internet precisa de um protocolo específico e de um serviço, disponível 
em um computador servidor e atrelado a esse protocolo. Em nossas vidas, 
quando queremos participar dos diversos círculos de amizade, imitamos 
o computador, pois temos que nos adequar a cada situação utilizando a 
linguagem mais apropriada. Na reunião com executivos sobre negócios 
as pessoas tendem a ter um comportamento mais requintado e usam 
geralmente palavras que não utilizariam em momentos de lazer, pois 
sabemos que tipo de linguagem cabe em cada situação. O computador 
também funciona dessa maneira. Por exemplo, quando abrimos um 
arquivo de texto e o editamos, o computador irá executar o programa 
específico para isso. Já quando acionamos um site na internet, teremos 
outro tipo de comportamento, tendo nosso computador a obrigação de 
chamar outro computador denominado servidor, pois é ele que possui o 
conteúdo e o serviço que estamos buscando.
Vamos a um exemplo? Quando usamos um navegador, aplicativo 
para visitar páginas na internet, estamos utilizando o protocolo de 
comunicação que oferece conteúdos dessas páginas (Figura 18). Esse 
protocolo HTTP (HyperText Transfer Protocol), o qual veremos na 
unidade 44, define regras para acessar conteúdos da internet. Desse 
modo, tanto o computador cliente (quem requisitou a página) quanto 
o computador servidor (quem possui o conteúdo da página e o serviço 
inerente ao protocolo HTTP) conseguem manter uma conversa correta. 
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Diferentes e inúmeros são os protocolos existentes para cada tipo de 
comunicação e para cada tipo de serviço. Alguns protocolos possuem 
estruturas simples de implantação, todavia existem aqueles com certo grau 
de complexidade. Veja a seguir um exemplo do funcionamento do protocolo 
HTTP ao acessar o conteúdo do endereço http://www.google.com.br. 
Como pode ser visto na Figura 18, o protocolo HTTP é utilizado para 
obter o conteúdo de um endereço na internet com o propósito de exibir 
a informação para o usuário (cliente) que a requisitou. Em um primeiro 
momento, existe a solicitaçãodo usuário (cliente) a um computador 
(servidor) que precisa ter funcionando (instalado e configurado) o 
serviço HTTP. Quando o usuário (cliente) souber que esse computador 
(servidor) responde ao serviço de que ele necessita, ele encaminha um 
comando, neste caso o “GET”, que funciona para capturar todo o 
conteúdo da página inicial de um site e apresentá-lo em um navegador 
para o usuário (cliente).
solicitação de acesso
HTTP a um site qualquer
resposta de conexão HTTP
GET http://www.google.com.br
<arquivo solicitado (página inicial)>
TempoTempo
Figura 18 – Funcionamento de um protocolo em redes de computadores.
Fonte: Elaborada pelo autor (2013).
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Independentemente do grau de complexidade da comunicação e do 
serviço, o importante é saber que cada protocolo é um conjunto de 
regras, conforme vimos na apresentação da Figura 18, com uma simples 
requisição do conteúdo de uma página na internet. Os protocolos 
utilizados em redes de computadores entendem as tecnologias utilizadas 
entre cliente e servidor fazendo com que ambas as partes consigam se 
comunicar corretamente. Neste caso, o protocolo deve ser entendido 
como uma linguagem para transmitir dados pelas redes de computadores. 
Ao abordarmos os protocolos de modo mais técnico, devemos entender 
que eles são algoritmos, passos necessários para a realização de uma tarefa. 
Desse modo, são eles que fazem parte do processo fundamental para toda 
estrutura de uma rede funcionar, controlando o fluxo de dados, verificando 
possíveis erros de acesso a determinados computadores servidores e 
analisando possíveis tráfegos incorretos que geram dados inválidos na 
transmissão da informação. Os protocolos são preparados para perceberem 
futuros problemas e necessidades dos ambientes computacionais.
Como já mencionado, precisamos imaginar que os protocolos possuem 
diversos níveis de atuação, funcionando desde o cabo que conecta as 
redes de computadores até os programas utilizados por elas. Então, se eles 
tratam de diversos níveis de entendimento da troca de dados, também 
possuem diversas camadas pares para entender as sequências existentes na 
transmissão da informação, conforme a Figura 19.
Protocolo da camada n
Protocolo da camada 2
Protocolo da camada 1
Protocolo da camada n
Protocolo da camada 2
Protocolo da camada 1
Figura 19 – Comunicação entre as camadas do par (emissor e receptor).
Fonte: Elaborada pelo autor (2013).
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Note que a abstração das entidades pares é de fundamental importância 
para o leitor, pois ajuda a perceber que todo o processo existente 
no computador cliente (emissor) também será feito no computador 
servidor (receptor). Por exemplo, podemos pensar que nos protocolos 
da camada 2 será estabelecido que não há limite para o tamanho dos 
dados transmitidos. No entanto, o protocolo da camada 3 pode permitir 
somente dados de determinado tamanho, limitando o tráfego em 
questão. É interessante perceber que cada camada é atuante nos dois 
elementos dos pares (tanto emissor quanto receptor), pois os dois são 
computadores, possuem conexão por meio de cabos, possuem placas de 
redes e aplicativos inerentes aos aspectos de comunicação. Nesse caso, 
o que muda é apenas a valência, sendo um o provedor da informação 
(receptor) e o outro o requisitante da informação (emissor). 
Se você ainda não entendeu a relação entre as camadas de emissor e 
receptor, podemos imaginar uma situação (Figura 20) em que dois 
arquitetos precisam conversar (eles atuam na camada 3). Um deles fala 
português e/ou outro, italiano. Como não conversam em um único 
idioma, eles contratam tradutores (que atuam na camada 2), que por 
sua vez possuem cada qual uma secretária para organização (atuantes 
na camada 1). Nesse caso, as duas secretárias conseguem estabelecer 
os mesmos critérios de conversação para marcar o dia e o horário 
relacionados ao encontro dos profissionais (tradutores), que por sua vez 
também são atuantes do mesmo nível em que compete atender seus 
clientes no dialeto desejado. 
Camada 3 Arquitetos
Camada 2 Tradutores
Camada 1 Secretárias
Figura 20 – Analogia à comunicação de pares dos protocolos.
Fonte: Elaborada pelo autor (2013).
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Percebemos que os protocolos conseguem atuar em diversos níveis, 
mas sempre obedecendo às regras já implícitas em uma comunicação, 
para que haja graus de comunicação respeitáveis entre emissor e 
receptor, seja qual for a tecnologia por eles utilizada. Sem essas camadas 
e protocolos, seria impossível tratar de comunicação em redes de 
computadores. Portanto, agora que já entendemos como funcionam 
os protocolos, é perceptível que sem eles não teríamos comunicação, 
nas redes de computadores, entre diferentes fabricantes de hardwares e 
softwares. Isso porque para se comunicarem, eles devem possuir camadas 
equivalentes nas quais os protocolos arcam com a forma de comunicação, 
encontrando sempre um mediador entre solicitante e solicitado.
Algumas questões fundamentais existentes em redes de computadores 
sempre terão embutidos os conceitos que vimos nesta unidade. Seja em 
alto nível de abstração ou apenas para definição de linguagens de acesso 
a sistemas, a interoperabilidade entre computadores sempre precisará 
existir. Bons estudos e até a próxima unidade!
Fórum
Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de 
Aprendizagem da instituição e participe do nosso 
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com 
seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar, 
por meio da interação, a construção do seu 
conhecimento. Vamos lá?
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Resumo
Na unidade 1 estudamos que, desde o início da utilização do computador, 
o ser humano precisou inventar formatos e padrões para estabelecer a 
correção na utilização de hardware e software. Em relação às redes de 
computadores, ações semelhantes precisaram ser tomadas, estabelecendo, 
assim, conceitos básicos na transmissão da informação. Na unidade 2, 
percebemos que a internet que conhecemos hoje em dia foi imaginada 
tempos atrás, concebendo conceitos de interligação entre máquinas. 
Massivamente utilizada atualmente, a internet disponibilizou tecnologias 
antes inimagináveis e que hoje sustentam o crescimento e complexidade 
atual das redes de comunicação e dados. Na unidade 3, estudamos que 
independentemente do cenário existente, em qualquer âmbito de redes 
de computadores sempre deverá haver o computador solicitante e o 
computador de destino. As diferentes formas de comunicação em um 
ambiente de rede e os tipos de arquiteturas são o cerne para entendermos 
como ocorre a interligação entre as partes. Com a unidade 4, vimos que 
basicamente ao conectarmos dois computadores, em qualquer cenário, 
podemos imaginar troca de dados de diversas espécies. Constatamos 
ainda que o cenário de expansão das redes de computadores hoje leva 
a informação a lugares distintos e atrelados. Em uma sala, um quarto 
ou uma empresa, pode-se classificar ambientes definindo as formas 
de utilização das tecnologias de acordo com classes e arquiteturas de 
comunicação usadas. Na unidade 5 compreendemos que existem 
ambientes capazes de conectar computadores de várias espécies uns aos 
outros, diferenciando área de atuação (propósito) e tipo de recurso a ser 
oferecido. A importância de entender esses ambientes está vinculada à 
maneira pela qual eles são concebidos respeitando a abrangência, podendo 
ser explorados comercialmente ou possuir características particulares 
inerentes a aplicativos e serviços não organizacionais. Finalmente, na 
unidade 6, vimos que a forma básica que permite o entendimento entre 
emissor e receptor nas redes de computadores é realizada por protocolos. 
São eles que permitem a comunicação entre quem envia e quem recebe 
dados, estabelecendo, assim, critérios e regras de funcionamento, seja qual 
for o propósito da informação trafegada.
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7 Transmissão de dados
Objetivo
Elencar os diferentes modos de transmissão de dados e diferenciar

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