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Cuidado de Enfermagem em UTI e Pronto Socorro CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CRÍTICO COM LESÕES POR PRESSÃO E PREVENÇÃO DE LESÕES CONTEÚDO QUE SERÁ ABORDADOCONTEÚDO QUE SERÁ ABORDADO • O que é Lesão por Pressão • Incidência e Prevalência • Classificação das Lesões por Pressão • Fatores de Risco Extrínsecos e Intrínsecos • Regiões de Incidência das úlceras por pressão • Porque Prevenir a LPP • Papel do Enfermeiro na LPP • Escalas Preditivas de Risco (Braden) • ELPO • Prevenção de Lesão por Pressão • Higienização e Hidratação da Pele • Manejo da Umidade • Manejo da Temperatura O que é Lesão por PressãoO que é Lesão por Pressão Segundo a National Pressure Ulcer Advisory Panel, conforme citado por Moraes (2016), lesão por pressão é um dano localizado na pele e\ou em tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionado a um dispositivo médico ou outro artefato. • A prevalência de LPP em hospitais é de 15% e a incidência é de 7% (National Pressure Ulcer Advisory Panel -NPUAP, EUA) • As UPP acometem entre 4% a 10% dos pacientes admitidos em hospital (Reino Unido). • Um estudo realizado em um hospital geral universitário evidenciou uma incidência de 39,81%. (Brasil). Fonte: Ministério da Saúde 2017 INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIAINCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA Classificação das Lesões por Pressão C Classificação de lesão por pressão de acordo com a National Pressure Ulcer Advisory Panel,: Estágio 1, 2, 3, 4, e lesão não estadiável. Estágio 1: Pele íntegra com eritema não branqueável. Apresenta a pele intacta com uma área localizada de eritema não branqueável, que pode aparecer diferentemente em pele de pigmentação mais escura. Classificação das Lesões por Pressão C Estágio 2: Perda de espessura parcial da pele com exposição da derme: O leito da ferida é viável, rosa ou vermelho, úmido e também pode se apresentar como uma flictena (bolha transparente) com exsudato intacto ou seroso. Classificação das Lesões por Pressão C Estágio 3: Perda total da espessura da pele: O tecido adiposo é visível na úlcera. O tecido de granulação e a borda despregada da lesão estão frequentemente presentes, escaras e\ou esfacelo também são visíveis. Classificação das Lesões por Pressão C Estágio 4: Perda total da espessura da pele e perda tissular: Há a perda total da espessura da pele e exposição de tecidos como fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem; escara pode ser visível. Bordas despregadas, deslocamentos ocorrem frequentemente. Classificação das Lesões por Pressão C Lesão por pressão não estadiável: Perda da pele em sua espessura total e perda tissular não visível. Nessa lesão há perda total da espessura da pele, e a extensão do dano tecidual no interior da úlcera não pode ser confirmada. Fatores de Risco Extrínsecos e Intrínsecos Fatores externos: ● Pressão continua ● Cisalhamento, fricção, unidade Fatores internos: ● Idade, doenças crônicas degenerativas ● Condições nutricionais, mobilidade reduzida, temperatura. Regiões de Incidência A Lesão por Pressão (LPP) é considerada um dos indicadores negativos de qualidade assistencial dos serviços de saúde e de enfermagem e sua prevenção é importante, considerando o contexto do movimento global pela segurança do paciente. PORQUE PREVENIR A LPPPORQUE PREVENIR A LPP A Lesão por Pressão (LPP) é considerada um dos indicadores negativos de qualidade assistencial dos serviços de saúde e de enfermagem e sua prevenção é importante, considerando o contexto do movimento global pela segurança do paciente. PORQUE PREVENIR A LPPPORQUE PREVENIR A LPP Segundo Minas Gerais (2013), o papel do enfermeiro é realizar consulta de enfermagem utilizando a Escala de Braden e Radar da Escala de Braden à admissão do paciente e, sucessivamente, de acordo com o risco anterior, avaliar e considerar os fatores de risco extrínsecos e intrínsecos. PAPEL DO ENFERMEIRO NA LPP PAPEL DO ENFERMEIRO NA LPP ESCALAS PREDITIVAS DE RISCO (BRADEN) Apresentação da Escala de Braden. FONTE: Matos (2010) • A literatura menciona três escalas validadas associadas à prevenção de UP, no qual pode-se citar: • Escala de Norton • Braden • Waterlow. • A escala de Waterlow consiste em um aprimoramento da escala de Norton, sendo acrescido mais um parâmetro de avaliação (Lucena et al., 2011 e Studart et. al., 2011). A escala de Braden é o instrumento indicado para avaliação de risco de LP pela Anvisa (Brasil, 2013). ESCALA DE AVALIAÇÃO DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE LESÕES DECORRENTES DO POSICIONAMENTO CIRÚRGICO “ELPO” É uma escala que foi desenvolvida no Brasil em 2013, utilizamos como ferramenta de avaliação em ambiente cirúrgico, visando a prevenção de lesões de pele decorrentes do posicionamento cirúrgico. A sua aplicação é prévio a cirurgia ou qualquer mudança de posicionamento durante a cirurgia. As LP podem se manifestar em 24 horas ou levar até aproximadamente cinco dias para o seu aparecimento. O diagnóstico de LP deve ser realizado por meio da avaliação física minuciosa diária no paciente acamado. É necessário considerar a tática visual como o principal meio para o diagnóstico, e uma vez estabelecido, deve-se também classificar as lesões em seu estágio, favorecendo a preparação de estratégias terapêuticas apropriadas (Furieri, et al., 2015) DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO • A inspeção da pele deve ocorrer de acordo com risco identificado na avaliação, em paciente graves de 2 em 2h independente do risco identificado. • O intervalo para a inspeção e registro das condições da pele, deverá ser realizado de acordo com o risco para desenvolvimento de LP: Baixo risco: 2 vezes ao dia Moderado risco: 3 vezes ao dia Alto risco e risco muito alto: 4 vezes ao dia Justificar em prontuário quando houver restrições nas mudanças de decúbito. Frequência de avaliação da pele HIGIENIZAÇÃO E HIDRATAÇÃO DA PELE • Manter a pele limpa e seca. Utilizar água morna e um produto de limpeza com pH equilibrado; • Hidratar a pele seca e áreas ressecadas; • Durante a hidratação da pele, não massagear áreas de proeminências ósseas ou áreas hiperemiadas. A aplicação de hidratante deve ser realizada com movimentos suaves e circulares; • Não massagear a pele com risco de LP, pois pode provocar lesão tecidual e/ou reação inflamatória. MANEJO DA UMIDADE • Desencorajar o uso de fralda quando não há indicação; • Atenção a outras fontes de umidade: extravasamento de drenos, exsudato de feridas, suor e extravasamento de linfa em pacientes com anasarca que são potenciais irritantes para a pele; • Desenvolver e implementar um plano individualizado de tratamento da incontinência; • Proteger a pele da exposição à umidade excessiva através do uso de produtos barreira de forma a reduzir o risco de lesão por pressão; Manejo da TemperaturaManejo da Temperatura • Não aplicar dispositivos de aquecimento (por exemplo, sacos de água quente, almofadas térmicas, sistemas integrados de aquecimento das superfícies de apoio) diretamente sobre a pele ou sobre lesões por pressão. Manejo da DorManejo da Dor • Avaliar a dor localizada como parte integrante de cada avaliação da pele; • O paciente deve ser questionado/avaliado com a escala de dor adequada para suas condições clínicas e um tratamento deve ser estabelecido. Avaliação NutricionalAvaliação Nutricional • Avaliar o estado nutricional de cada indivíduo em risco de desenvolver ou com uma lesão por pressão; • Reavaliar o paciente a cada alteração significativa da condição clínica; • Nutricionista e/ou médico avaliam a necessidade de incluir suplementos nutricionais, com alto teor proteico, além da dieta habitual, a indivíduos em risco nutricional e de lesão por pressão. Em 21 de novembro é comemorado o Dia Mundial de Prevenção de Lesão por Pressão. A data foi instituída para sensibilizar pacientes,familiares, profissionais de saúde e gestores sobre a importância da prevenção desse evento adverso.
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