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ESTÁCIO-Cultura Brasileira Aulas_01 a 10

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Cultura 
Brasileira
Thauana Paiva 
de Souza Gomes
Aula 1
Página 1 de 215
Cronograma
2
As definições de 
cultura
Cultura e Identidade 
Nacional 
Cultura, Literatura e 
Sociedade
Globalização, 
tradição e 
modernidade
Identidade cultural 
na 
contemporaneidade 
Página 2 de 215
Pensando sobre cultura
• O que é cultura?
• Como defini-la?
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Homem, um ser cultural
Baraka
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Página 4 de 215
Algumas definições fundamentais
5
Cultura 
relacionada 
ao cultivo...
Cultura como sinônimo de 
civilização ou conjunto de 
modos de vida de um grupo. 
Cultura como bem 
intelectual: 
“pessoa culta”.
Página 5 de 215
Definições usuais 
para Cultura
1. Modo de vida global 
de um grupo, expresso 
nas atividades sociais, 
linguagem, arte 
e trabalho intelectual;
2. Ordem global social 
de grupos ligada 
à perspectiva dos 
estilos de arte e 
trabalho intelectual.
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Visão Sociológica da Cultura
«conjunto de costumes, práticas, comportamentos 
que são adquiridos e transmitidos socialmente de 
geração em geração: "cultura asteca", "cultura inca", 
"cultura greco-latina", "cultura latino-americana", 
"cultura ocidental"» 
(Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa, 2001). 
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Pensando a partir da antropologia
• A antropologia se desenvolve no século XV, 
quando as fronteiras do Velho mundo se ampliam 
e o contato com o “Novo Mundo” se intensifica.
• Nos Séculos XV e XVI, as notícias sobre os 
povos distantes passam a ser produzidas com 
duas ideologias concorrentes, a que manifestava 
uma recusa pelo estranho e a outra uma 
fascinação.
8
Página 8 de 215
A tentativa de se explicar o outro
• Neste contexto o conceito de “outros” surge 
como algo fundamental na tentativa de 
se compreender o que pensava, como vivia 
e a que lugar pertencia este outro. 
9
Página 9 de 215
Antropologia - primitivo 
X civilizado
Ser antropólogo era distanciar-se 
das sociedades consideradas 
“civilizadas” e mergulhar 
em sociedades “primitivas” 
ou simples.
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http://blog.maisestudo.com.br/wp-content/uploads/2011/05/guarani.jpg
11
VELHO 
MUNDO
CENTRO 
OCIDENTE
EUROPEU
CIVILIZADO
MODERNO
NOVO MUNDO
PERIFERIA
ORIENTE
OUTRO
PRIMITIVO
ATRASADO 
Página 11 de 215
Visão revisada da antropológica 
sobre cultura
Polissêmica
1. O conceito de cultura é uma forma de 
pensarmos a diferença entre os homens. 
De falar das diferenças em todos os planos. 
2. Todo e qualquer conceito de cultura surge 
a partir de uma determinada cultura. Desta 
forma, se temos inúmeras definições para 
o conceito de cultura, é porque há inúmeras 
culturas.
12
Página 12 de 215
Cultura erudita x 
cultura popular
• Cultura de elite
• Cultura dominante/ culta
• Cultura do povo
• Saberes e práticas 
tradicionais/ inculta
13
• Um debate não resolvido.
• Modos diferenciados de ser 
agir e pensar, associados 
a cultura.
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http://www.cultura.rs.gov.br/v2/wp-content/uploads/2012/09/OJRS_credito_Clleber_Passus_6.jpg
http://tamboursbattants.com/wp-content/uploads/2012/10/congado1.jpg
Indústria cultural
A expressão indústria cultural foi 
utilizada pela primeira vez pelos 
teóricos da Escola de Frankfurt 
Theodor Adorno e Max 
Horkheimer no livro Dialética 
do Esclarecimento.
O conceito foi criado para 
definir o modo como a 
cultura se transformou em 
mercadoria se massificando, 
patronizando gostos e 
produzindo ilusões através do 
entretenimento vazio.
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http://27.media.tumblr.com/tumblr_lmfpdqSzwC1qepqc2o1_500.jpg
Referências
ROCHER. G. Sociologia Geral. Lisboa, Ed.
Presença, 1977.
ROCHA, E. P. G. O que é etnocentrismo. 3ª
ed. São Paulo, Brasiliense, 1986.
MAUSS, M. Sociologia e Antropologia. São
Paulo, EPU-EDUSP, 1974a e b
15
Página 15 de 215
Cultura 
Brasileira
Thauana Paiva 
de Souza Gomes
Atividade 1
Página 16 de 215
Atividade
Alteridade
TOI - Lead Índia Tree
17
Página 17 de 215
http://www.youtube.com/watch?v=xoRuphe-thk
http://www.youtube.com/watch?v=xoRuphe-thk
Cultura 
Brasileira
Thauana Paiva de 
Souza Gomes
Aula 2
Página 18 de 215
Na aula passada...
• Estudamos as concepções existentes sobre 
cultura. 
• A multiplicidade do conceito cultura, especialmente 
para a antropologia.
• Hoje trabalharemos os efeitos da diversidade 
cultural. 
2
Página 19 de 215
Diferenças culturais 
e o estranhamento
• Desde a antiguidade foram 
comuns as tentativas de 
explicar as diferenças 
comportamentais da 
humanidade a partir da 
associação com os 
ambientes físicos, clima ou 
região do planeta.
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Etnocentrismo 
• “Etnocentrismo é uma visão de mundo onde 
o nosso próprio grupo é tomado como 
centro de tudo e todos os outros são 
pensados e sentidos através dos nossos 
valores, nossos modelos, nossas definições 
do que é a existência.” 
(ROCHA, p.5, 1986).
4
Página 21 de 215
O julgamento sem defesa!
• Julga-se de forma 
moral, religiosa e social 
outras comunidades, 
e suas diferenças são 
consideradas 
anomalias.
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http://www.google.com.br/imgres?q=etnocentrismo&um=1&hl=pt-BR&sa=N&biw=1440&bih=703&tbm=isch&tbnid=zhSz3q1ffnyv6M:&imgrefurl=http://www.cafecomsociologia.com/2010/05/etnocentrismoocidentalizacao-do-mundo.html&docid=UPdLR2ZTYP0cHM&imgurl=http://interpretar.files.wordpress.com/2009/10/torres-garcia.jpg&w=492&h=493&ei=oxv3T7qkCqjV6wGJhpTyBg&zoom=1&iact=hc&vpx=621&vpy=359&dur=719&hovh=225&hovw=224&tx=40&ty=243&sig=112456720735419035627&page=4&tbnh=150&tbnw=151&start=70&ndsp=24&ved=1t:429,r:14,s:70,i:368
Etnocentrismo 
Hotel Ruanda
6
Página 23 de 215
Evolucionismo
• Charles Darwin (1809-1882) 
em 1859, escreveu o livro 
A Origem das Espécies. Início 
da concepção evolucionista.
• Refere-se a uma teoria que 
admite a transformação 
progressiva das espécies.
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http://www.google.com.br/imgres?q=evolucionismo&um=1&hl=pt-BR&biw=1440&bih=703&tbm=isch&tbnid=4KtZoeF5ulTjJM:&imgrefurl=http://profjosepsantos.wordpress.com/tag/evolucionismo/&docid=ls7YfqRRCLrjWM&imgurl=http://profjosepsantos.files.wordpress.com/2011/03/evolucionismo.jpg&w=299&h=188&ei=8AD3T7CYLqai6wH0ipHJBg&zoom=1&iact=hc&vpx=623&vpy=209&dur=859&hovh=150&hovw=239&tx=49&ty=170&sig=112456720735419035627&page=1&tbnh=123&tbnw=196&start=0&ndsp=19&ved=1t:429,r:2,s:0,i:115
Teoria da Seleção Natural
1. a população é a unidade 
evolutiva;
2. nas populações, os indivíduos 
apresentam variabilidade nas 
suas características;
3. o ambiente atua sobre as 
populações exercendo seleção 
natural – os indivíduos mais aptos 
têm mais probabilidade de 
sobreviver;
4. os indivíduos mais aptos têm um 
maior sucesso reprodutor, logo 
maior número de descendentes.
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Determinismo
• O determinismo foi 
utilizado, como sistema 
explicativo do universo, a 
partir da Idade Moderna, 
em especial para a 
determinação das leis que 
governam os fenômenos 
naturais. 
1. Biológico;
2. Geográfico.
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http://www.google.com.br/imgres?q=ra%C3%A7as&um=1&hl=pt-BR&biw=1440&bih=703&tbm=isch&tbnid=jYGxAZ9LzPVuPM:&imgrefurl=http://csm7anoa.pbworks.com/w/page/32694547/Ra%C3%A7a&docid=hw4R27DnqxeMJM&imgurl=http://csm7anoa.pbworks.com/f/1290172320/mediummultiracialbk3.jpg&w=250&h=295&ei=1vf2T7PXLcfY6wHV66HGBg&zoom=1&iact=hc&vpx=685&vpy=244&dur=735&hovh=236&hovw=200&tx=56&ty=251&sig=112456720735419035627&page=1&tbnh=150&tbnw=127&start=0&ndsp=20&ved=1t:429,r:9,s:0,i:163
Determinismo biológico
10
É a concepção de que a determinação dos atos dos 
indivíduo pertence à força de certas causas, 
externas e internas. Afirma a existência de relações 
fixas de causa e feito. O que acontece não poderia 
deixar de acontecer porque está ligado a causas 
anteriores. 
Página 27 de 215
Determinismo Geográfico 
O determinismo geográfico considera que 
as diferenças do ambiente físico condicionam 
a diversidade cultural. Estas teorias, relacionam a 
latitude com os centro de civilização, considerando 
o clima como um fator importante na dinâmica do 
progresso.
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Determinismo Geográfico
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Será que tudo é tão simples assim?
Como explicar as variações 
culturais no mesmo 
ambiente físico? Como os 
lapões e esquimós do 
ártico!
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A cultura arquiteta os indivíduos 
e os corpos
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http://memorialromuloarantes.blogspot.com.br/
As técnicas do corpo de 
Marcel Mauss
• O corpo para Marcel Mauss 
é necessariamente uma 
construção simbólica e 
cultural, para ele, toda 
sociedade se utiliza de 
formas para marcar o corpo 
de seus membros. Por isso, 
os limites da dor, da 
excitabilidade, da 
resistência são diferentes 
em cada cultura.
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Portanto...
• Não existe 
correlação 
significativa entre a 
distribuição dos 
caracteres genéticos 
e a distribuição dos 
comportamentos 
culturais. Qualquer 
criança humana 
normal pode ser 
educada em 
qualquer cultura.
16
Página 33 de 215
Referências
ROCHER. G. Sociologia Geral. Lisboa, Ed. 
Presença, 1977.
ROCHA, E. P. G. O que é etnocentrismo. 3ª 
ed. São Paulo, Brasiliense, 1986.
MAUSS, M. Sociologia e Antropologia. São 
Paulo, EPU-EDUSP, 1974a e b
17
Página 34 de 215
Cultura 
Brasileira
Thauana Paiva de 
Souza Gomes
Atividade 2
Página 35 de 215
Consequências destas concepções - Xenofobia
19
Página 36 de 215
Cultura 
Brasileira
Thauana Paiva 
de Souza Gomes
Aula 3
Página 37 de 215
Para início de conversa
• Veremos outras dimensões da cultura, 
abordando a relação entre cultura e 
identidade;
• Estudaremos a construção da identidade 
nacional brasileira.
2
Página 38 de 215
Você já se perguntou?
3
Por que sou 
brasileiro e 
não indiano?
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http://peregrina12.planetaclix.pt/
Cultura e identidade 
• A construção da identidade nacional 
brasileira se efetivou de forma distinta de 
outras identidades construídas na Europa, 
como a inglesa, por exemplo, abordada por 
Stuart Hall (2005), cuja formação seria 
calcada na ideia de pureza, sustentada na 
exclusão daqueles que não se incluem nos 
ideais de unidade nacional. 
4
Página 40 de 215
Cultura e identidade 
• No Brasil, ao contrário, a identidade 
nacional se forja na ideia de mistura, seja 
ela materializada na miscigenação 
(biológica) ou na mestiçagem (cultural). 
Perpassaremos alguns autores, com 
destaque para Gilberto Freyre, que foram 
responsáveis pela criação da ideia de um 
Brasil que se definiria pela harmonia racial, 
pela tropicalidade e afetividade. 
5
Página 41 de 215
Cultura e identidade 
• Tais concepções foram criadas em 
determinado momento histórico, acabando 
por obscurecer as relações étnico-raciais 
conflituosas e desiguais que 
subalternizaram povos indígenas e a 
população negra dentro do território 
nacional. 
6
Página 42 de 215
Sistema de símbolos e 
visão de mundo
Dentro de uma determinada sociedade, ou grupo 
social, aprendemos a conceber o mundo e a nos 
compreender no mundo de forma peculiar. É a partir 
desses significados que podemos dar sentido à 
nossa existência, a partir deles formamos nosso 
senso de identidade. 
“A cultura é a lente 
através da qual o
homem vê o mundo.”
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Weber - a cultura e a identidade
• Tese weberiana ilustra como a visão do trabalho 
e da vida passa pela cultura.
• Os preceitos religiosos dispostos aos fiéis, que 
formam um repertório de valores, normas 
comportamentais e significados culturais que 
delineiam a forma como compreendiam o mundo 
e se compreendiam no mundo. 
• São as fontes culturais responsáveis por 
transmitir elementos que subsidiam nossas 
formas de compreender o mundo e construir 
nossa identidade. 
8
Página 44 de 215
Hall e a Identidade
A construção da identidade parte tanto de aspectos 
subjetivos quanto sociais. Ainda segundo o 
sociólogo jamaicano-inglês, as identidades culturais 
são “aqueles aspectos de nossas identidades que 
surgem de nosso ‘pertencimento’ a culturas étnicas, 
raciais, linguísticas, religiosas e, acima de tudo, 
nacionais” 
(HALL, 2005, p. 08).
A identidade 
nacional
9
Identidade cultural 
da modernidade 
Página 45 de 215
Conjunto de 
símbolos
A identidade nacional
10
Marcos Coimbra
A caracterização da identidade 
nacional consubstancia-se na 
existência da identidade cultural, a qual 
é função de fatores históricos, 
científicos e psicológicos/ religiosos 
Página 46 de 215
Definição de Identidade Nacional 
• Benedict Anderson (1991): a identidade nacional 
substituiu as identidades religiosas com a 
constituição das sociedades modernas e 
formação dos Estados-nacionais. 
• As identidades nacionais são criadas em 
determinado momento histórico, fomentando uma 
nova forma de solidariedade social distinta das 
anteriores, definidas como “comunidades 
imaginadas”.
• Porque são construções simbólicas poderosas 
que permitem a identificação de todos os 
membros de uma nação com os valores. 
11
Página 47 de 215
Como os valores da identidade 
nacional se formam?
• Contexto de formação dos Estados-nacionais
• Narrativas com a ênfase nas origens, na 
invenção de tradições de passado longínquo e 
na atemporalidade.
• Nas narrativas nacionais, escolhem-se certos 
traços e se omitem outros, fundando a ideia de 
um povo, com características singulares 
compartilhadas por todos os membros do 
mesmo território nacional.
12
Página 48 de 215
13
Sofremos influências dos portugueses, 
negros, índios e imigrantes. 
Daí resulta uma série de aspectos 
positivos, tais como: criatividade, 
capacidade de adaptação, senso estético, 
inteligência, índole pacífica, alegria e outras, 
como também algumas características 
negativas: indolência, tolerância, 
sensibilidade extrema a influências 
episódicas, tecido social frágil, oportunismo. 
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Página 50 de 215
http://falafil.com.br/
http://imguol.com/
https://analiseindiscreta.files.wordpress.com/2011/06/macunac3adma-poster.jpg
Origem
Identidade nacional brasileira
Emancipação brasileira de 1822, quando 
havia a necessidade do corte “umbilical” com 
Portugal e criação de um conjunto de 
medidas estratégicas para formação efetiva 
de um país.
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2. Criação Instituto Histórico e 
Geográfico – “Como escrever a 
História do Brasil”.
1. Instalam-se faculdades de Medicina 
e Direito (Constituição Nacional).
Página 52 de 215
A História do Brasil iniciada à luz da 
identidade inter-racial
• A proposta de uma História para o Brasil 
surge com a inauguração do mito das três 
raças. “A democracia racial”.
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http://bahia.com.br/
http://upload.wikimedia.org/
http://www.thailand-family-law-center.com/thai-divorce-lawyer/wp-content/themes/thesis_18/custom-sample/rotator/sa
Tais teorias pareciam lembrar ideais 
igualitários, mas depositavam nos negros/ 
mestiços a culpa pelos "males da nação".
Teorias naturalistas (Martius,1981) médicas 
(Rodrigues, 1944) como jurídicas 
(Romero,1949) defendiam a mestiçagem 
tipicamente brasileira tendo como resultado 
um povo brasileiro “áfrico-indiana e latim-
germânico”.
Teorias defendiam o 
segregacionismo e o branqueamento
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Página 54 de 215
A questão racial e as Ciências Sociais
A questão de raça com contornos racistas
Dilemas dos intelectuais brasileiros dos 
séculos XIX tentavam responder à 
“inferioridade” do povo brasileiro com 
relação aos povos europeus:
19
Raça X Natureza 
X Índole
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Elementos tipicamente nacionais
• Criação governamental 
de 1930 definia quem 
era brasileiro!
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O arroz e o feijão são a 
simbiose da ideia da 
mestiçagem e, por isso, 
em 1930, tornam-se 
elementos tipicamente 
nacionais!
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http://www.lugarzinho.com/
http://www.capoeirabrasil.ca/
http://www.cenacarioca.com.br/wp-content/uploads/2013/10/carnaval-sapucai.jpg
A identidade nacional publicizada
A figura mimética e simpática do malandro 
carioca, na recusa de trabalho regular é, nas 
décadas de 30 e 40, apropriada pelo Estado 
Novo. De um lado, destacavam-se as 
virtudes da mestiçagem e, do outro, os 
pontos negativos. Introduz-se em 1950 o 
ideário do “jeitinho brasileiro”!
21
Página 57 de 215
Referências
ANDERSON, Benedict. Comunidades Imaginadas, Lisboa: Edições 70, 1991. 
FREYRE, Gilberto. (1933) Casa-Grande e Senzala. Rio de Janeiro: Editora 
Record, 1992. 
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 10 ed. Rio de 
Janeiro: DP&A, 2005.
HOLLANDA, Sérgio Buarque de. (1936) Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1995.
WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo: 
Centauro, 2001.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. "Complexo de Zé Carioca: notas sobre uma 
identidade mística e malandra". Revista Brasileira de Ciências Sociais. São 
Paulo, n 29, p. 49-63, out. 1995.
______. Negras Imagens. Org. Schwarcz, L. M. Reis, L. V. São Paulo: EDUP, 
1996.
______. Retrato em branco e preto. São Paulo: Companhia das Letras, 1982. 
SOUZA, Jessé . A Ralé Brasileira: quem é e como vive.. Belo Horizonte: 
UFMG, 2009.
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Cultura 
Brasileira
Thauana Paiva 
de Souza Gomes
Atividade 3
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Atividade
Identidade – Fernando Meirelles
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Cultura 
Brasileira
Thauana Paiva 
de Souza Gomes
Aula 4
Página 61 de 215
Para início de conversa
• Discutimos o conceito de identidade e como 
se constrói uma identidade nacional.
• Estudaremos a construção da identidade 
nacional a partir da concepção de dois 
pensadores brasileiros: Gilberto Freyre e 
Sergio Buarque de Holanda.
2
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Gilberto Freyre e o legado 
da colonização
Em Casa Grande e 
Senzala, destaca a 
formação da 
sociedade brasileira, 
tendo em vista a 
miscigenação. 
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1900-1987
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http://2.bp.blogspot.com/
http://estacaofinlandia.blogspot.com.br/
A Casa Grande e a Senzala
O livro é histórico e enfatiza as características da 
colonização portuguesa da sociedade agrária, 
escravidão e mistura de raças. Propõe que a 
formação estrutural do Brasil não é mera reprodução 
da cultura portuguesa, mas uma junção de 
elementos específicos.
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prolucianofaustina.blogspot.com
https://c1.staticflickr.com/1/132/403321473_d8adbd73e1.jpg
A estrutura da casa e da senzala
A estrutra da Casa-Grande, segundo Freyre, 
expressava o modo de organização social e política 
– Patriarcalismo. Esta estrutura incorporava os 
vários elementos que compunham a propriedade do 
Brasil. O patriarca da terra era considerado o dono 
de tudo que nela se encontrasse, desde escravos, 
parentes, até filhos 
e esposa. Tal padrão 
se expressa na 
arquitetura da 
Casa-Grande.
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http://1.bp.blogspot.com/-AY9jb2wIQbk/Tz-TtBkc1kI/AAAAAAAASjk/iPOq51bm4nQ/s400/escravidao.jpg
Neste livro, o autor tenta 
também desmistificar a 
noção de determinação 
racial na formação de um 
povo, dando ênfase não 
apenas à adaptação da 
miscigenação à vida nos 
trópicos, mas também a 
formação de uma nova 
civilização original e critaiva. 
Com isso, refuta a ideia de 
que no Brasil se teria uma 
raça inferior dada à
miscigenação que aqui se 
estabeleceu. 
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http://gatasnegrasbrasileiras.files.wordpress.com/2014/05/redenc3a7c3a3o-de-cam.jpg
Freyre diferencia raça e cultura, separa 
herança cultural e étnica e trabalha a 
concepção da cultura brasileira como o 
conjunto de costumes, hábitos e crenças 
de um povo.
Elementos importantes
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Elementos importantes
8
Ele muda a concepção das Ciências 
Sociais de até então, mostrando que 
existe um espaço de construção da ordem 
social com uma dinâmica própria 
circunscrita na casa grande e na senzala.
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Sergio Buarque de Holanda e a 
cordialidade
• Formado em Ciências 
Jurídicas e Sociais. É um 
importante intelectual 
brasileiro.
• O livro Raízes do Brasil
aborda aspectos centrais 
da história da cultura 
brasileira, destacando o 
legado cultural da 
colonização. 
1902-1982 9
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http://www.companhiadasletras.com.br/
http://isuba.s8.com.br/produtos/01/00/item/160/6/160660SZ.jpg
Raízes do Brasil apresenta 
alguns dos obstáculos da 
modernização política e 
econômica brasileira sobre uma 
ótica madura e aprofundada 
das raízes sociais e políticas. 
Neste livro, Holanda não 
reconstrói a identidade 
nacional, visto que para ele é 
algo em construção e repleto 
de contradições. 
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http://www.companhiadasletras.com.br/images/autores/00227_gg.jpg
Desvela as forças que atuaram na formação de cada 
região do país e identifica a lenta adaptação ao meio 
do legado cultural dos colonos portugueses.
Contribuições11
Analisa a ideia de cordialidade que sintetiza o 
encadeamento de uma série de fatores típicos da 
colonização portuguesa.
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http://www.capoeirabrasil.ca/wp-content/themes/theme1365/images/slider_img/slide02.jpg
A Cordialidade
Para Holanda, entender os aspectos da cordialidade 
ajuda na compreensão das raízes, uma série de 
fatores típicos 
da colonização 
portuguesa,
como:
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13
1. culto à personalidade: 
valorização do indivíduo e 
ausência de qualquer 
tipo de dependência;
2. tibieza das estruturas 
hierárquicas;
3. adaptabilidade, 
plasticidade e privatismo.
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Homem cordial 
Sergio Buarque de Holanda
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Sergio Buarque de Holanda destaca que homem 
cordial sintetiza a vida cultural da sociedade 
brasileira e aponta as relações baseadas nesta 
perspectiva. Demonstra as relações baseadas no 
fundo emocional,
extravasando o 
ambiente privado e 
estendendo-se a todas 
as relações da 
sociedade.
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http://blog.tribunadonorte.com.br/abelhinha/files/2011/06/charge_reforma_politica.jpg
Contribuições
Holanda nos oferece elementos para verificar que 
nossa história é marcada pelo predomínio das 
vontades individuais
e pessoalidade 
invadindo espaços 
que deveriam ser 
impessoais e 
públicos.
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salvadorneto.com.br
Para este pensador, nossa aptidão para o 
social, marcada pela cordialidade, não se 
apresenta como tendência útil para a 
construção da vida pública já que esta 
relação impede abstrair-se do particular 
em favor do coletivo e integrar-se como 
peça crítica e viva ao conjunto social.
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Contraposições
Gilberto Freyre
Sociedade brasileira 
se faz por 
antagonismos.
Não há ruptura entre 
público e privado.
Harmonia entre os 
tipos sociais em um 
todo homogêneo de 
diversidades éticas e 
culturais.
Sergio Buarque
Sociedade brasileira 
pode ser explicada pelo 
homem cordial -
síntese do culto a 
personalidade.
A sociedade brasileira 
se caracteriza pela 
convivência entre o 
caudilhismo e 
liberalismo enquanto 
dialéticos.
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O mito da democracia racial
• Na obra de Gilberto Freyre, o Brasil passou a ser 
pensado pelos brasileiros como um país fundado 
pelo encontro harmônico entre indígenas, 
africanos e portugueses. Mesmo com a 
escravidão e a dizimação de povos indígenas, 
passou-se a estabelecer uma identidade na qual 
a harmonia e a mistura se sobrepunham aos 
conflitos.
• Ideia que passou a ser criticada por pesquisas 
que buscavam evidenciar as relações conflituosas 
entre brancos, indígenas e negros. 
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A Identidade Nacional 
Toda identidade é uma 
construção simbólica; não 
existe uma identidade 
autêntica e original, mas 
uma pluralidade de 
identidades, construídas 
por diferentes grupos 
sociais, em momentos 
históricos diferentes.
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http://conjectura.files.wordpress.com/
http://3.bp.blogspot.com/
http://www.cbnsalvador.com.br/fileadmin/user_upload/Imagens/festa-junina.jpg
Referências
ANDERSON, Benedict. Comunidades Imaginadas. Lisboa: Edições 70, 1991. 
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 10 ed. Rio de 
Janeiro: DP&A, 2005.
FREYRE, Gilberto. (1933) Casa-Grande e Senzala. Rio de Janeiro: Editora 
Record, 1992. 
HOLLANDA, Sérgio Buarque de. (1936) Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1995.
WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo: 
Centauro, 2001.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. "Complexo de Zé Carioca: notas sobre uma 
identidade mística e malandra". Revista Brasileira de Ciências Sociais. São 
Paulo, n 29, p. 49-63, out. 1995.
______. Negras Imagens. Org. Schwarcz, L. M. Reis, L. V. São Paulo: EDUP, 
1996.
______. Retrato em branco e preto. São Paulo: Companhia das Letras, 1982. 
SOUZA, Jessé . A Ralé Brasileira: quem é e como vive. Belo Horizonte: 
UFMG, 2009.
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Página 81 de 215
Cultura 
Brasileira
Thauana Paiva 
de Souza Gomes
Atividade 4
Página 82 de 215
Atividade
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Que relação há entre as fotos e a concepção de 
homem cordial em Holanda?
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Cultura 
Brasileira
Daniel Tadeu 
do Amaral
Aula 5
Página 84 de 215
Objetivos
• Compreender a relação entre cultura e sociedade 
no Brasil;
• Aprender aspectos fundamentais das análises 
sociológicas das obras literárias;
• Entender a análise dialética da ordem e 
desordem como fundamental na compreensão da 
sociabilidade brasileira;
• Refletir sobre como as relações pessoais e as leis 
impessoais se relacionam de forma específica no 
Brasil.
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Literatura e Sociedade
• Primeiramente refletiremos sobre as 
relações entre literatura e sociedade. 
– Em que medida as obras literárias nos 
fornecem elementos importantes de 
interpretação da cultura e sociedade? 
– Os romances são construções literárias e 
artísticas.
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Por que romances não são espelhos 
da realidade? 
• Uma obra literária não pode ser considerada 
um retrato fiel da época, do contrário teria que 
representar com minúcias a sociedade do seu 
tempo, tornando-se um romance-documentário.
• Em hipótese nenhuma a literatura tem a 
pretensão de atuar como um espelho da 
realidade.
• Literatura é ficção, nela a realidade está 
transfigurada, modificada. 
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Por que romances não são espelhos 
da realidade? 
• As obras aqui analisadas são representativas do 
país da época, mas não se trata de uma realidade 
duplicada.
• Motivos:
– O panorama geográfico narrado se passa em 
áreas específicas (centro do Rio, subúrbios). 
– As obras circundam uma ou algumas classes 
sociais e não a totalidade socioeconômica.
– As diferenças étnicas não são abordadas em 
sua plenitude. 
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A sociedade em Memórias de um 
Sargento de Milícias
• Romance de Manuel Antônio de 
Almeida. 
• Foi publicado originalmente em 
folhetins no Correio Mercantil, entre 
1852 e 1853.
• A narrativa do livro apresenta um 
estilo jornalístico e direto, incorpora a 
linguagem das ruas, classes média e 
baixa, fugindo aos padrões 
românticos da época.
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A sociedade em Memórias de um 
Sargento de Milícias
• A experiência de ter tido uma infância pobre 
contribuiu para que Manuel Antônio de Almeida 
desenvolvesse a sua obra.
• Pela linguagem transgressora, é chamado 
“romance antirromântico” (apesar de romântico).
• A história se passa no Rio de Janeiro (século 
XIX), e descreve seus principais pontos (igrejas, 
principais ruas), mas descreve também pontos 
bem à margem da sociedade (acampamentos de 
ciganos e bares). 
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http://www.bigorna.net/professorclaudineicamolesi.blogspot.com
A sociedade em Memórias de um 
Sargento de Milícias
• Características da obra:
– Recursos estilísticos mais simplificados, ao 
contrário do rebuscamento típico romântico, 
distancia-se também das tendências científicas 
e filosóficas da época.
– Apresenta um realismo espontâneo e 
corriqueiro.
– Visão cômica e satírica, transformando 
diferentes papéis sociais em caricaturas.
– Presença de um herói picaresco. 
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O Enredo
• Personagens centrais:
– Leonardo (filho) – protagonista.
– Leonardo Pataca – pai do protagonista.– Maria da Hortaliça – mãe do protagonista.
– Luisa – amor de Leonardo.
– José Manuel – rival de Leonardo.
– Chiquinha – segunda esposa do pai.
– Major Vidigal – autoridade policial.
– O barbeiro – padrinho de Leonardo
– A parteira – madrinha de Leonardo.
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O Enredo
• O livro conta as aventuras e travessuras de 
Leonardo, filho de imigrantes portugueses, que 
nascido no Rio é abandonado pela mãe e é 
criado pelo padrinho e madrinha. Já jovem se 
apaixona por Luisa, que posteriormente se 
casa com José Manuel. Após idas e vindas em 
torno de uma herança do padrinho e de uma 
vida errante (malandragem), Leonardo 
consegue enfim se casar com Luisa, “toma 
jeito”, e se torna um sargento de milícias, 
vivendo um casamento feliz.
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A Sociedade em Memórias de um 
Sargento de Milícias
• A sociedade apresentada no romance é um 
fragmento do real.
• O autor se refere apenas ao setor 
intermediário da sociedade (classe média).
• Suprime os escravos da obra, ignorando a 
maior parte do universo do trabalho.
• Ignora a classe dirigente (alta burguesia).
• Retrata a região central do Rio (Centro, 
Tijuca, Andaraí, Santa Tereza). 
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A dialética da malandragem
• Leonardo Filho (personagem) pode ser 
considerado o primeiro grande malandro na 
literatura nacional.
• Filho da prática, da astúcia, manifestando o gosto 
pelo jogo em si.
• “Em terra de ninguém moral”, “ninguém merece 
censura”.
• Na ficção e no ensaísmo no Brasil no século XX 
fica recorrente a associação do malandro ao 
brasileiro (estereótipo do malandro brasileiro).
• Duas imagens de malandragem: uma positiva e 
outra negativa. 
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14Zé Pilintra
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A dialética da malandragem
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http://pt.wikipedia.org/
Ordem X desordem
• Segundo Antônio Cândido a 
relação entre ordem e 
desordem é um eixo sugestivo 
para a compreensão do 
romance e da sociedade (ou 
de um segmento).
• Não há na obra nenhum 
personagem íntegro, todos tem 
seu ponto fraco.
• Os personagens são movidos 
pela luxúria, cobiça, vaidade, 
tolice e frivolidade.
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Ordem X desordem
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• As relações estão circunscritas entre dois polos: o 
da ordem (positivo) e o da desordem (negativo), 
de modo que a desordem cerca a ordem por 
todos os lados.
• Há uma permeabilidade e equivalência entre 
estes polos.O mundo hierarquizado na aparência 
se revela essencialmente subvertido nas práticas 
cotidianas.
• Estes polos guardam uma reciprocidade, são 
fluidos, reversíveis, convivem de mãos dadas, 
havendo uma vasta acomodação geral que 
dissolve os extremos. 
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Análise literária e sociedade: 
Nelson Rodrigues
• Nelson Rodrigues é 
considerado um dos maiores 
dramaturgos do país, e um dos 
inventores do teatro moderno.
• Escreveu grandes dramas 
literários como romances, 
contos, folhetins e peças de 
teatro.
• Sua produção teve impacto 
imediato na cena artística.
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Análise literária e sociedade: 
Nelson Rodrigues
• A obra Vestido de Noiva é considerada 
revolucionária. 
– Construção cênica em três planos.
– Tema polêmico: mulher de classe média/ 
prostituição/ traição/ drama imaginativo.
– Sucesso imediato.
• Sua obra Álbum de Família é mal recebida.
– Choca a moral vigente: cenas de incesto, 
profanações e violações.
– Ganha a fama de “autor maldito” e “anjo 
pornográfico”.
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Página 101 de 215
Análise literária e sociedade: 
Nelson Rodrigues
• Seu teatro é rico em elementos cênicos, literários, 
sociais e psicológicos.
• Relação com o corpo – objeto das ciências 
sociais.
• O corpo:
– Primeiro objeto a ser modelado pela cultura.
– Lugar primordial na qual se inscrevem as leis 
sociais.
– Em todas as culturas o corpo é objeto de 
reflexão.
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Análise literária e sociedade:
Nelson Rodrigues
• O corpo:
–O teatro e a dramaturgia pensa na 
problemática do corpo.
–Atuar: modo de agir, vestir, falar.
–O texto dramático necessita da 
“consciência” do corpo.
• Obras permeadas pelo sarcasmo, exagero 
gestual, radicalização de elementos 
punitivos, ou seja a tragédia.
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Página 103 de 215
Análise literária e sociedade:
Nelson Rodrigues
• Por fim podemos relacionar a obra de Nelson 
Rodrigues ao ambiente carioca de classe média 
suburbana de meados do século XX.
• Aborda em suas peças o drama psicológico, faz-
se a crônica dos costumes e valores da época, 
mas dá luz aos excessos e tragédias humanas.
• Por isso dá vazão aos dilemas mais 
contemporâneos da psique humana.
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Cultura 
Brasileira
Daniel Tadeu 
do Amaral
Atividade 5
Página 105 de 215
23
1) Os romances podem ser considerados espelhos 
da realidade?
2) Por que dizemos que a obra Memórias de um 
Sargento de Milícias é considerada um “romance 
antirromântico” ?
3) Qual o ambiente social retratado nas obras de 
Nelson Rodrigues e no livro Memórias de um 
Sargento de Milícias?
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Cultura 
Brasileira
Thauana Paiva 
de Souza Gomes
Aula 6
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Para início de conversa
• Discutimos o conceito de cultura identidade 
nacional e em especial os clássicos de 
Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de 
Holanda.
• Estudaremos reflexões dessas obras 
clássicas e outras literárias que ajudam a 
refletir sobre a cultura e sociedade 
brasileira.
2
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Cultura e Sociedade no Brasil
• Discussão sobre como a análise das 
narrativas literárias nos ajudam a adentrar 
em aspectos cruciais da cultura brasileira. 
• A produção intelectual contribuiu para criar 
uma ideia de brasilidade calcada no que se 
convencionou chamar de “democracia 
racial”.
3
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Os clássicos da colonização
Muitos críticos enfatizam que 
na obra de Gilberto Freyre o 
caráter de mistificação impede 
de acessar os conflitos 
relativos às relações étnico-
raciais brasileiras, o que se 
torna evidente quando 
abordamos algumas obras da 
etnologia brasileira e outras 
centradas nas relações raciais. 
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http://estacaofinlandia.blogspot.com.br/2011/03/gilberto-freyre.html
Raízes do Brasil e elementos para se 
pensar a sociedade brasileira
No livro Raízes do Brasil de Sérgio Buarque 
de Holanda, aborda as tensões no nosso 
processo de modernização com a 
persistência de elementos culturais arcaicos 
que advêm da herança rural do Brasil 
colonial, considerando que a organização 
social do país se estruturou centrada na 
família patriarcal. 
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Raízes do Brasil e elementos para se 
pensar a sociedade brasileira
• A família rural, constituída não apenas pelos laços 
de sangue, mas também pelos dependentes e 
agregados e marcada pela presença da escravidão.
• Vigorava o pátrio poder ou o poder do patriarca 
atuava sem restrições externas. 
• A cidade, ao invés de regular as relações pessoais 
no âmbito privado, funcionava como mera extensão 
da propriedade rural.
6
A vida pública relações de dependência 
funcionários proprietários
públicos rurais.
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A Cordialidade 
• Dessa origem surgiu a cultura da personalidade, 
transferida do campo às cidades. 
• O “homem cordial” não é expressão de boas 
maneiras, é uma forma de reconstrução 
do tipo de sociabilidade da família 
patriarcal, um fenômeno que acabava 
por confundir as dimensões pública 
e privada- submetendo o Estado a 
vontades privadas. 
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A sociedade brasileira
• O âmbito público que deveria ser pautado por leis 
universais que garantiriam acessoigualitário a 
todos os cidadãos é na sociedade brasileira, 
submetido ao universo das relações pessoais. 
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A continuidade da obra de
Sérgio Buarque
• Memórias de Um Sargento de Milícias, Antonio 
Candido faz uma análise da 
dinâmica social brasileira a partir
da dialética da ordem e desordem. 
• O foco narrativo está nas relações
dos homens livres e pobres. 
Trata-se daqueles que não 
vivem do trabalho, os que 
levam uma vida baseada na 
dependência e na relação de 
favor em relação aos 
proprietários. 9
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Carnaval, Malandros e Heróis
• Para Roberto DaMatta, a sociedade brasileira 
opera a partir de dois universos de 
hierarquização distintos:
1) nas leis universais, próprias da ideologia 
liberal burguesa na qual todos os indivíduos 
respondem de forma igualitária e impessoal;
2) nas relações pessoais que acaba por 
tendenciar as leis em benefício daqueles 
inseridos em certos círculos sociais. 
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Cultura e cidadania no Brasil
Os códigos culturais nem sempre englobam a 
instância jurídica e a leis como princípios básicos a 
serem seguidos pela sociedade.
A cidadania é compreendia em duplo sentido:
1) indivíduo dotado de sentido igualdade moderna;
2) pessoa dotado de sentido tradicional.
Na sociedade brasileira há uma ausência do 
primeiro tipo e gera no ambiente público a noção:
“você sabe com quem está falando”.
11
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“Você sabe com quem está falando”
• Ao lado do universo de leis impessoais e 
universais das sociedades democráticas, na 
sociedade brasileira existe um universo de 
hierarquização no âmbito das relações pessoais.
• O rito “Você sabe com quem está falando?” 
repõe a hierarquia em momentos que é 
questionada, com o uso da expressão a exigência 
de uma curvatura especial da lei que protege 
aqueles que se encontram inseridos em um 
círculo de relações pessoais favorecido. 
12
Página 118 de 215
• A compreensão da esfera pública brasileira exige a 
análise de um sistema dual, sendo um polo baseado 
na noção de indivíduo, referente ao sistema legal 
moderno e inspirado na ideologia liberal burguesa e 
outro baseado na noção de pessoa, ou seja, em um 
conjunto de relações pessoais estruturais.
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http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=kvUAjGzigwd8nM&tbnid=FFstGXZhyqWEhM:&ved=0CAcQjB0&url=http://revistaepoca.globo.com/opiniao/roberto-damatta/noticia/2013/02/o-que-diz-o-carnaval.html&ei=VinIU9qBDtStyATqp4LABw&psig=AFQjCNFeT5o-F4JKGq_3THD4U9Gu6hZkVA&ust=1405713110311552
A cidadania na sociedade brasileira
• A ideia de nossa cidadania passa pela noção 
de hierarquia e poder.
• Pensar o resgate da cidadania por meio das 
formas de poder e de uma política educativa 
que leve em conta os traços culturais dos 
diversos segmentos de nossa sociedade.
• Pensar para “além da ponta do iceberg” e 
“observar o familiar”.
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Referências 
• BENEDETTI, Cláudia Regina. Beleza, deformação, ferimento e 
morte: a punição no teatro de Nelson Rodrigues. Dissertação de 
Mestrado. PUC-SP, 2002. 
• CANDIDO, Antonio. “A dialética da malandragem. (Caracterização 
das Memórias de um sargento de milícias). Manuel Antonio de 
Almeida. Memórias de um sargento de milícias. Edição crítica de 
Cecília Lara. São Paulo: Livros Técnicos e Científicos Editora, 
1978.
• CLASTRES, P. "Da tortura nas sociedades primitivas". In: A 
sociedade contra o Estado. Porto: Afrontamento, 1979.
• DAMATTA, Roberto. Carnavais, Malandros e heróis: para uma 
sociologia do dilema brasileiro. 5. edição. Editora Guanabara, Rio 
de Janeiro, RJ. 1990.
• LOURAUX, N. Maneiras trágicas de matar uma mulher: imaginário 
da Grécia Antiga. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 1988.
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Cultura 
Brasileira
Thauana Paiva 
de Souza Gomes
Atividade 6
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Atividade
“Formamos um país mestiço (...) somos mestiços, se 
não no sangue, ao menos na alma” (ROMERO, 
1953). Com base na afirmação conclui que:
a)trata-se de da intenção de mostrar as diferenças 
existentes em nossa sociedade.
b)não se refere a uma ideia de mestiçagem e 
identidade nacional.
c)liga-se a concepção de desenvolvimento cultura 
originado de uma única raça.
d)trata-se do conceito de alteridade respeitando a 
diversidade de raças em sua individualidade.
e) não há nenhuma alternativa correta. 
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Cultura 
Brasileira
Daniel Tadeu 
do Amaral
Aula 7
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Roteiro de aula
• O que é globalização?
• Homogeneidade, fragmentação e integração;
• Particularidades e cosequências da 
globalização a partir de seus fluxos.
2
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Globalização: 
um fenômeno recente?
• Globalização, Cultura e Educação
• Unidade 06
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• A 1ª globalização do colonialismo se 
caracterizou pela ocupação territorial.
• A 2ª globalização começa no fim do século 
XX marcada pela fragmentação dos 
territórios.
4
Globalização: 
um fenômeno recente?
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Globalização 
Por Luis Fernando Veríssimo
5
“Pergunta: Qual é a mais correta definição 
de Globalização?
Resposta: A Morte da Princesa Diana.
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Globalização 
Por Luis Fernando Veríssimo
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Pergunta: Por quê?
Resposta: Uma princesa inglesa com um 
namorado egípcio, tem um acidente de 
carro dentro de um túnel francês, num 
carro alemão com motor holandês, 
conduzido por um belga, bêbado de 
whisky escocês, que era seguido por 
paparazzis italianos, em motos 
japonesas. A princesa foi tratada por 
um médico canadense, que usou 
medicamentos americanos....
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7
...E isto é enviado a você por um brasileiro, usando 
tecnologia americana (Bill Gates) e provavelmente, 
você está lendo isso em um computador genérico 
que usa chips feitos em Taiwan e um monitor 
coreano montado por trabalhadores de Bangladesh, 
numa fábrica de Singapura, transportado em 
caminhões conduzidos por indianos, 
roubados por indonésios, descarregados por 
pescadores sicilianos, reempacotados por 
mexicanos e, finalmente, vendido a você por 
chineses, através de uma conexão paraguaia!
Isto é a Globalização
Globalização 
Por Luis Fernando Veríssimo
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Histórico - Capitalismo
1. Comercial
trabalho livre/ formação de Estados Nacionais/ 
acumulação de capital/ ascensão da burguesia 
como classe dominante/ colonialismo;
2. Industrial
imperialismo/ tecnologia (mercado e guerra)/ 
oposição ao capitalismo/ indústria cultural e 
cultura de massa;
3. Financeiro-Globalização
decadência do comunismo/ formação de 
organismos internacionais/ capitalismo em sua 
fase planetária.
Página 131 de 215
“A globalização pode assim ser definida como 
a intensificação das relações sociais em 
escala mundial, que ligam localidades 
distantes de tal maneira que acontecimentos 
locais são modelados por eventos ocorrendo 
a muitas milhas de distância e vice-versa.”
Anthony Giddens
Página 132 de 215
 Sistemas de informação;
 Tecnologia;
 Comunicação;
 “Fim” das fronteiras;
 Geográficas e temporais.
A globalização
A atualidade do conceito de globalização está 
relacionada ao surgimento da “aldeia global”: 
comunidade mundial interligada.
Página 133 de 215
• Relacionada ao processo de 
desenvolvimento do capitalismo em nível 
mundial.
• Rede de produção e troca de mercadorias 
que se estabelece em nível mundial. 
• Intercâmbio político, social e cultural entre as 
diversas nações. 
• Grande relação com a modernização 
tecnológica.
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O capitalismo desenvolve-se pelos quatro cantos 
do mundo, generalizando padrões, valores e 
instituições ocidentais.
Ela traz a ideia de que o capitalismo é um 
processo civilizatório não só superior, mas 
inexorável. 
A modernização do mundo implica a difusão e 
sedimentação dos padrões e valores 
socioculturais predominantes. 
12
Página 135 de 215
Se, por um lado, a globalização procura gerar 
um processo de homogeneização, padronizando
elementos produtivos e culturais, por outro, emerge 
um universo de diferenciações, tensões e conflitos 
sociais.
Página 136 de 215
Globalização e mídia
14
O signo, por excelência, da modernização é a 
comunicação, a proliferação e a generalização dos 
meios impressos eletrônicos de comunicação, 
articulados em teias multimídia e alcançando todo 
o mundo.
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http://tasabendo.com/
A globalização cria a ilusão da universalização 
das condições e possibilidades do mercado 
e dademocracia, do capital, da cidadania.
Os direitos são, na prática, privilégios. 
Há sempre alguma manipulação, mais ou 
menos decisiva, no modo como a mídia 
registra, seleciona, interpreta e difunde o 
que será divulgado.
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Globalização e Exclusão
De um lado a sociedade global propicia uma 
acelerada revolução científica e tecnológica, 
mas de outro lado, a dominação torna-se cada 
vez mais sofisticada e efetiva, levando a uma 
maior exploração e exclusão, a reações 
extremadas ao uso insustentável dos recursos 
naturais.
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http://www.hominilupulo.com.br/
http://4.bp.blogspot.com/-cmSsKbtRf0k/T8kaKY-D6HI/AAAAAAAADRE/t1OIewkLLXM/s1600/Padroniza%C3%A7%C3%A3o+crian%C3%A7as+another-brick-in-the-wall.jpg
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http://taradaspormoda.com/
http://www.link.dequalidade.com.br/mulher/index.php/moda-roupas/famosas-com-roupas-iguaistendencia-ou-mico/
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http://www.ilheus24h.com.br/v1/wp-content/uploads/2014/01/pobres.jpg
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http://umjornalismosocial.files.wordpress.com/2011/05/desigualdade-social.jpg
Cultura 
Brasileira
Daniel Tadeu 
do Amaral
Atividade 7
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1) Procure definir o termo Globalização.
2) Apresente as principais características da 
globalização.
3) Apresente e problematize algumas 
consequências do processo de globalização.
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Cultura 
Brasileira
Daniel Tadeu 
do Amaral
Aula 8
Página 154 de 215
Objetivos
• Compreender os elementos que definem as 
ordens sociais tradicionais e modernas;
• Refletir sobre os redimensionamentos da 
tradição em uma ordem social moderna;
• Apreender o que caracteriza o fenômeno da 
globalização em seus aspectos gerais e 
contraditórios;
• Refletir sobre as transformações da 
identidade nacional brasileira em uma 
sociedade globalizada.
2
Página 155 de 215
A modernidade como 
singularidade histórica
• Anthony Giddens é um dos principais autores 
contemporâneos que disserta sobre a modernidade 
e suas descontinuidades com a dinâmica societária 
tradicional.
• Tema das descontinuidades: mecanismos de 
“desencaixe” – “que arrancam as pessoas de 
contextos tradicionais, rompendo relações de 
subordinação pessoal e destruindo identidades 
estáveis”.
• Na modernidade os locais são penetrados e 
moldados em termos de influências sociais bem 
distantes. 3
Página 156 de 215
4
Ruptura Rural - Urbano
Rural/Campesino 
Espaço-Tempo (Rural Tradicional) 
Ralações sociais e produtivas mediadas 
pela natureza (que se impõe), tais como 
o clima, o solo, as chuvas. 
O tempo e o ritmo do trabalho são ditados 
(determinados) pelo homem, que organiza e 
dispõe o seu tempo e pela natureza (época 
do plantio, época da colheita). 
Página 157 de 215
5
Ruptura Rural - Urbano
Urbano-Industrial 
Espaço-Tempo Urbano 
Natureza domesticada, subjulgada pela 
capacidade humana e passa a ser vista 
como selvagem, distante do civilizado. 
O tempo e o ritmo do trabalho são ditados pelo 
modo de produção industrial, produtivista e 
acelerado, a velocidade passa a ser determinada 
pelas necessidades de acumulação. 
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Pré-modernidade e Modernidade
6
Escrita (+-
4.000 anos 
a.C.)
Idade 
Média 
Idade 
Moderna
Idade 
Contemporânea
ModernidadePré-modernidade
Pós-
modernidade
Antiguidade 
Página 159 de 215
A modernidade como 
singularidade histórica
• Singularidade da modernidade: o que define 
a ordem social moderna é compressão 
tempo-espaço (encurta-se as distâncias, 
acelera-se o tempo).
• Modernidade: invenção do relógio 
padronizado, padronização de calendários 
(esvaziamento do tempo).
• O tempo perde seu conteúdo sócio-espacial.
7
Página 160 de 215
A modernidade como 
singularidade histórica
• Conceitos de “fichas simbólicas” (facilitou a 
integração) e “sistemas peritos” (cientificismo, 
racionalismo, atribuição de confiança ao 
conhecimento racional e científico).
• A reflexidade humana (a ação social se baseia nisto, 
conduz nossas escolhas) sofre profunda alteração: 
– A tradição fica em segundo plano.
– Não há mais autoridade suprema (libertador e 
perturbador ao mesmo tempo).
– Crença no cientificismo.
8
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Modernidade, tradição e reflexividade 
no Brasil contemporâneo
• Tradição:
– “Uma orientação para o passado de tal forma 
que o passado tem pesado poder de influência 
sobre o presente”. (GIDDENS, 1997)
• Na modernidade sendo o âmbito local mais 
permeável pelas influências de outras localidades 
como ficariam as tradições locais?
– Ela perde lugar privilegiado como o elemento 
de coordenação de práticas sociais.
9
Página 162 de 215
Modernidade, tradição e reflexividade 
no Brasil contemporâneo
• A constante ação reflexiva dita, portanto, outra 
importância à tradição.
• Ex. Cultura Afro-Baiana e Centros de Tradição 
Gaúcha (ressignificação).
• Esses dois exemplos mostram que a tradição não 
se reproduz, nas sociedades modernas, a partir da 
mesma dinâmica das sociedades tradicionais. São 
mediadas pela reflexividade própria da 
modernidade, concorrendo com outras formas de 
organização cultural. As tradições são reinventadas 
em um novo enquadramento social. 
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Página 163 de 215
A tradição e o moderno na construção 
da identidade nacional brasileira
• Vamos discutir agora quais são os impactos 
da globalização na construção da identidade 
nacional. 
• Verificamos que a globalização é um 
fenômeno contraditório.
• Renato Ortiz (2006), em estudo clássico da 
sociologia brasileira, demonstra como a 
tradição é um aspecto fundamental da 
discussão do nacional. 
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Página 164 de 215
A tradição e o moderno na construção 
da identidade nacional brasileira
• A construção da identidade nacional brasileira 
entre intelectuais se vincula ao sonhoda 
modernização, da equiparação aos países centrais 
do capitalismo, ou seja, aos países europeus.
• Fomentou-se a utopia da passagem do tradicional 
ao moderno, a ideia de sair do atrasado, do rural 
em direção ao urbano e avançado. O desejo de 
modernização, por sua vez, acompanhava a busca 
pela singularidade nacional. 
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Página 165 de 215
A tradição e o moderno na construção 
da identidade nacional brasileira
• Renato Ortiz considera que a discussão da cultura 
popular e da cultura brasileira constitui uma 
tradição entre nós. Criar uma imagem em 
contraposição com o outro, algo singular, 
autenticamente nacional.
• Primeiramente com os folcloristas do final do 
século XIX e início do XX, passando pelos 
modernistas das décadas de 20 e 30 do século 
XX, chegando à arte engajada dos anos 50 e 60. 
13
Página 166 de 215
A tradição e o moderno na construção 
da identidade nacional brasileira
• Com a consolidação de um mercado de bens 
culturais, também a noção do nacional se 
transforma. A consolidação da TV no Brasil se 
associava à ideia de que seu desenvolvimento 
como veículo de integração nacional; vinculava-
se, desta forma, a proposta de construção da 
moderna sociedade ao crescimento e à 
unificação dos mercados locais. A indústria 
cultural adquire, portanto, a possibilidade de 
equacionar uma identidade nacional.
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Página 167 de 215
A tradição e o moderno na construção 
da identidade nacional brasileira
• A ideia de “nação integrada” passa a 
representar a interligação dos consumidores 
potenciais espalhados pelo território 
nacional. Nesse sentido se pode afirmar que 
o nacional se identifica ao mercado; à 
correspondência que se fazia anteriormente, 
cultura nacional-popular, substitui-se uma 
cultura mercado-consumo. 
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Página 168 de 215
A tradição e o moderno na construção 
da identidade nacional brasileira
• Mais recentemente outros autores 
passaram a refletir sobre como se dá a 
construção da identidade nacional brasileira 
em um mercado global. Os autores Ana 
Lúcia de Castro, Maria Celeste Mira e José 
Rogério Lopes destacam as especificidades 
da construção do nacional contemporânea.
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A tradição e o moderno na construção 
da identidade nacional brasileira
• A junção entre a imagem de um Brasil alegre, 
tropical, exótico e, ao mesmo tempo, 
economicamente estável, permitiu que o país 
ocupasse espaço no mercado mundial. Esta seria 
a principal diferença entre os movimentos do 
século XX e as atuais elaborações do conceito de 
Brasil: o desdobramento do interesse político para 
o mercadológico. 
• O segundo deslocamento diz respeito à mudança 
de ênfase da “identidade nacional” para a ideia de 
“diversidade cultural”.
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Cultura 
Brasileira
Daniel Tadeu 
do Amaral
Atividade 8
Página 171 de 215
19
1) Explique em linhas gerais o tema das 
descontinuidades e os mecanismos de 
“desencaixe” para Anthony Giddens.
2) Situe e contextualize historicamente pré-
modernidade, modernidade e pós-modernidade.
3) Explique as expressões 
“singularidade da 
modernidade”, “fichas 
simbólicas” e “sistemas 
peritos”.
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Cultura 
Brasileira
Daniel Tadeu 
do Amaral
Aula 9
Página 173 de 215
Objetivos
• Refletir sobre os aspectos dinâmicos que 
conformam as identidades culturais 
contemporaneidade;
• Compreender o processo de deslocamentos da 
identidade nacional na sociedade globalizada;
• Entender como as identidades passam a ser mais 
contextuais e posicionais;
• Refletir sobre a importância dos novos atores 
políticos na globalização.
2
Página 174 de 215
Introdução
• Vivemos a compressão acelerada do 
espaço-tempo (característica da modernidade, 
e da globalização).
• A globalização apresenta-se como um processo 
contraditório.
• Como se apresentam as identidades nacionais na 
contemporaneidade?
– Por um lado temos o fortalecimento de 
identidades comunitárias e regionais.
– Por outro emergem identidades globais.
3
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Identidades culturais na 
contemporaneidade
• Apoiando-se em Giddens, 
Stuart Hall aponta novas 
combinações espaço-tempo 
da contemporaneidade, 
por alterar os sistemas 
de representação 
(formam-se novos 
sistemas culturais). 
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http://www.theguardian.com/education/2014/feb/10/stuart-hall-cultural-legacy-britain-godfather-multiculturalism
Identidades culturais na 
contemporaneidade
• Ocorrem mudanças “acima e 
abaixo” do nível do Estado-
nação (tensão entre global 
e local nas transformações 
da sociedade).
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• O centro de sua discussão 
envolve os conflitos culturais 
que surgem na globalização 
(embora se baseie em 
Giddens, discorda de 
sua análise).
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Identidades culturais na 
contemporaneidade
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http://www2.warwick.ac.uk/services/communications/medialibrary/images/june09/
• Segundo Giddens a integração 
mundial teria duas fases: 
a primeira de domínio e 
expansão do ocidente, e 
a segunda, mais atual, 
representaria uma 
relação dialógica e 
menos assimétrica.
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Identidades culturais na 
contemporaneidade
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http://www2.warwick.ac.uk/services/communications/medialibrary/images/june09/
• Neste sentido, Giddens, inclusive, estabelece uma 
comparação entre a evolução da antropologia com 
a integração mundial.
• Neste ponto inicia-se a discordância de Hall, para 
ele “as contratendências da globalização atual são 
distintas de uma interação dialógica”.
• Os motivos principais seriam:
– Ocorre uma desigual distribuição do processo 
de globalização no mundo, exemplificadas nos 
desiguais fluxos sociais, materiais e culturais. 
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Identidades culturais na 
contemporaneidade
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– Na realidade estamos vivenciando um processo 
predominante de ocidentalização.
– Ocorre uma mercantilização de etnias e de 
elementos culturas. Ex. latinos e orientais são 
vistos como exóticos, consumo de restaurantes 
e músicas típicas.
– Vem conduzindo aos “movimentos de volta”, 
que se referem à migração pós-colonial, ou seja, 
de população oriunda de antigas colônias em 
direção às antigas metrópoles (países centrais). 
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Identidades culturais na 
contemporaneidade
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– Estes imigrantes alteram o cenário cultural local 
(identidades nacionais) e apresentam uma 
identidade cultural híbrida (denominada 
identidade traducional).
– Há um processo de reação à ocidentalização com 
a emergência de identidades que se pretendem 
purificadas. Ex. nacionalismo xenófobo europeu, 
o fundamentalismo islâmico em oposição a 
ocidentalização ou o revival do nacionalismo 
étnico após o colapso dos regimes comunistas. 
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Identidades culturais na 
contemporaneidade
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• Desta forma Hall afirma que vivenciamos 
na atualidade o “alargamento do campo das 
identidades”, com a proliferação novas posições 
de identidade e crescente polarização entre elas.
• Neste cenário, este “alargamento do campo das 
identidades” ora fortalece as identidades locais, 
ora atua na produção de novas identidades. 
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Identidades culturais na 
contemporaneidade
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Novos atores políticos em uma 
arena transnacional
• Nas últimas três décadas os movimentos políticos 
elutas políticas mais importantes foram o dos 
grupos sociais congregados por identidades 
não classistas (ex. estudantes, mulheres, grupos 
étnicos e religiosos).
• Isso significa/representa uma nova forma de 
compreender a política e a cultura (não só ligadas 
às desigualdades sociais/de classe).
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• Ocorre assim uma erosão da “identidade mestra de 
classes”, emergindo diferentes posições de sujeito 
(identidade). 
• Alguns exemplos emblemáticos merecem ser 
analisados: 
– O movimento negro na Inglaterra e no mundo foi 
fortemente influenciado pelos Black Power , nos 
EUA. Este movimento inverteu o sentido de ser 
negro, valorizando-o (orgulho).
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Novos atores políticos em uma 
arena transnacional
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• Dizemos que os “significados culturais, no mundo 
contemporâneo, e as identidades se caracterizam 
por uma dinâmica distinta em relação ao período 
histórico prévio”.
• As identidades na globalização tornam-se mais 
fluídas.
– Outro caso envolve a crescente escolarização 
feminina e paulatina participação das mulheres 
no mercado de trabalho que nos anos 60 e 70 
culminou com o movimento feminista.
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Novos atores políticos em uma 
arena transnacional
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– Outro destaque envolve a luta encabeçada pelos 
movimentos GLSBT (homossexuais).
• A partir dos anos 60 a ordem normativa vigente 
passa a ser vista como doente e repressora.
• O movimento hippie e de forma mais ampla a 
contracultura marcam uma ruptura cultural sem 
precedentes. Surge efetivamente uma cultura 
juvenil global.
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Novos atores políticos em uma 
arena transnacional
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• Vale ainda ressaltar o movimento ambiental e o 
movimento pacifista.
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Esse contexto simboliza a emergência de 
contextos transnacionais em ação, não se 
exclui, contudo, a política nacional. O que 
ocorre é uma dinamização da política 
internacional com traduções em âmbito 
nacional (COSTA, 2006). 
Novos atores políticos em uma 
arena transnacional
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Os estudos sobre a globalização
Anthony Giddens
Stuart Hall
Zygmunt
Bauman
• As consequências para a modernidade
• A identidade cultural na Pós-modernidade
• A globalização e as consequências Humanas
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Diferenças entre os autores
• Foco de análise
• Giddens: O foco de análise é a revisão do
ponto de vista de como a sociologia clássica
enxerga a modernidade (para ele deve ser
revista).
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Diferenças entre os autores
• Bauman: se preocupou com as mudanças 
econômicas, no que tange a tempo e as 
classes. Em especial na análise das 
transferências da empresa no espaço 
e em especial no que ele designou como 
proprietários –ausentes. 
• Hall: questões culturais, mas 
especificamente foco nas identidades.
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Cultura 
Brasileira
Daniel Tadeu 
do Amaral
Atividade 9
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1) Apresente em linhas gerais a diferença de visão 
existente entre Giddens e Hall em relação às 
modificações culturais na contemporaneidade 
(globalização).
2) Explique os “movimentos de volta”, que se 
referem à migração pós-colonial.
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Cultura 
Brasileira
Daniel Tadeu 
do Amaral
Aula 10
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Objetivos
• Compreender a formação de uma arena 
transnacional de ação política;
• Analisar a passagem da compreensão teórica do 
sujeito do Iluminismo ao pós-moderno, passando 
pelo sociológico. 
• Abordagem de um tema muito presente em nossos 
dias, uma temática geradora de conflitos, guerras e 
discussões acaloradas: o multiculturalismo.
– A pergunta que podemos fazer aqui é: por que os 
homens são tão diferentes? Ou: por que os 
homens lutam para afirmar suas diferenças?
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O livro: A identidade cultural na 
pós –modernidade.
• O livro foi publicado no Brasil 
em 2005.
• Traz uma contribuição 
importantíssima acerca da 
compreensão das identidades 
no contexto de transição para 
a pós-modernidade.
• Trabalhará com a ideia de 
fragmentação das antigas 
identidades e surgimento de 
novas.
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http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-572106131-a-identidade-cultural-na-pos-modernidade-stuart-hall-_JM
Do sujeito iluminista ao sujeito 
pós-moderno
• O surgimento de novos atores políticos e de novas 
identidades afetou o modo como o próprio sujeito é 
pensado teoricamente.
• Há uma tradição ocidental que foi constantemente 
reavaliada sobre o sujeito. 
• Em uma concepção própria do Iluminismo, 
tratava-se de sujeito numa condição essencialista 
e individualista.
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Página 197 de 215
• Esta concepção pressupunha que:
– O indivíduo é pensado de forma fixa e cujos 
traços definidores são inerentes, apenas 
revelando-se no decorrer da vida. O sujeito, 
desta forma, é imune a seu entorno social 
e as transformações de sua vida não parecem 
afetá-lo profundamente.
• O sujeito (iluminista) é masculino, branco e 
europeu.
• Período em que se consolida a fé na razão e no 
progresso humano.
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Do sujeito iluminista ao sujeito 
pós-moderno
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Iluminismo
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https://encyclopedie.uchicago.edu/node/33
https://ncfsocialprotestmusic.wordpress.com/tag/french-revolution/
http://blogs.diariodonordeste.com.br/blogdecinema/criticas/amante-rainhacritica-iluminismo-ideias-perigosas/
• Nos séculos XIX e XX com o desenvolvimento 
das Ciências Sociais elaboram-se saberes mais 
críticos, ampliando nessa época a concepção 
de sujeito.
• Emerge a concepção de sujeito sociológico no 
qual o “núcleo do sujeito não é autônomo e 
autossuficiente, mas formado na relação com 
outras pessoas que mediavam para este indivíduo 
os valores, sentidos e símbolos (cultura).
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Do sujeito iluminista ao sujeito 
pós-moderno
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• Neste momento privilegia-se um sujeito fruto do 
social, da cultura, apresentando concepção 
interativa do EU.
• A identidade, por consequência deixa de ser 
intrínseca e pré-determinada e se torna constitutiva 
na interação com o outro (contexto social).
• Mas as mudanças recentes (globalização), as 
intensas trocas culturais e os movimentos sociais 
fazem com que identidades estáveis entrem em 
colapso. 
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Do sujeito iluminista ao sujeito 
pós-moderno
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• Neste contexto surge o sujeito pós-moderno 
(mutante). 
• Este sujeito hoje não tem apenas uma, mas, 
várias identidades, muitas das quais podem ser 
contraditórias.
• Sua identidade se torna móvel, se transformando, 
o sujeito assume diferentes identidades em 
diferentes momentos (aparecem em esferas/eixos 
de poder diferentes: raça, gênero, classe e idade).
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Do sujeito iluminista ao sujeito 
pós-moderno
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• Por fim, o que tem deslocado de fato as 
identidades nacionais é um complexo de 
processos e forças de mudança que se chama 
globalização. 
• Esse deslocamento gera 3 consequências:
1) A desintegração; 
2) O reforço das identidades nacionais pela 
resistência à globalização; 
3) A mutação (novas identidades-híbridas-estão 
tomando seu lugar).
Do sujeito iluminista ao sujeito 
pós-moderno
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Você já se perguntou?
Por que somos diferentes? Por que as 
pessoas lutam para firmar sua diversidade?
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Multiculturalismo e diversidade
• O multiculturalismo é o reconhecimento das 
diferenças, da individualidade de cada um.
• Daí então surge uma questão polêmica: se 
o discurso épela igualdade de direitos, falar 
em diferenças parece uma contradição. 
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O que é Multiculturalismo?
 O multiculturalismo é o reconhecimento das 
diferenças, da individualidade de cada um.
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Igualdade Fraternidade Liberdade 
Coloca xeque os 
Ideais da 
Modernidade
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O multiculturalismo x ideais da 
modernidade
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 Ideais da Modernidade:
 Discurso pela igualdade 
de direitos.
 Falar em diferenças
parece uma contradição.
 A igualdade de que se 
fala é igualdade perante
a lei, é igualdade 
relativa aos direitos 
e deveres.
 O multiculturalismo. 
 Aqui as diferenças 
enfatizadas se referem 
as diferenças de:
 valores,
 de costumes, 
 crenças,
 já que se trata de 
indivíduos de etnia 
diferentes entre si.
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A liberdade e a igualdade
 Se considerarmos que a igualdade é uma 
criação histórica, pode-se afirmar que ela é 
autoinstituída pela sociedade criada em um 
contexto social-histórico. 
 Ao revelar que o indivíduo é uma fabricação 
social específica, uma forma instituída e que 
isso implica em uma forma parcial de 
igualdade porque são estabelecidas sempre 
em relação a algum critério - Deus, biologia, 
classes, natureza. 
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Multiculturalismo e diversidade
• O que faremos com Estados que transgridam 
os princípios que concebemos como certos 
(baseados numa Idea universal de igualdade).
• Como posso opinar, exigir mudanças num povo 
se esse povo não participa/ opina na minha 
cultura (e de suas decisões). Ex. Mulheres 
no Islã.
• Atenção aos extremos: relativismo absoluto 
e pensamento monocultural.
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O multiculturalismo permite 
questionar
Existe um só povo, uma só cultura e ideais?
A nação possui uma identidade hegemônica?
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Logo...
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como respeitar estas diferenças como sendo 
parte integrante da conquista da igualdade?
• Se, dentro de um Estado-nação igualitário 
e democrático (segundo os ideais da 
Modernidade), a diversidade é permanente, 
e as várias identidades convivem juntas tendo de 
respeitar as mesmas leis e parâmetros impostos 
por uma cultura que é a dominante, então :
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Lembrando que..
• A igualdade de oportunidades, tão sonhada, 
revela uma extrema desigualdade, latejante, 
que grita: o direito à 
igualdade tem de comportar 
o direito à diferença!
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Assim devemos reconhecer que ...
A dominação monocultural é uma situação 
insustentável onde a exclusão e a pertença afloram 
de modo radical. Por isso se 
pensar, o Multiculturalismo 
é uma forma de promover 
a paz. 
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1) O surgimento de novos atores políticos e de 
novas identidades afetou o modo como o próprio 
sujeito é pensado teoricamente. Procure mostrar 
as variações (visões) de sujeito ao longo da 
história contemporânea.
2) Defina multiculturalismo e procure pensar e 
problematizar a relação entre multiculturalismo e 
igualdade.
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