AS REVOLUÇÕES DE 1830 E 1848

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REVOLUÇÕES BURGUESAS
 Após a R. Francesa e a Era Napoleônica, as forças conservadoras da Europa pelo Congresso de Viena o início de um processo de restauração do Antigo Regime, das práticas políticas absolutistas e dos privilégios da nobreza e do alto clero que se estendeu de 1815 a 1830. – Mas as ideias liberais não haviam perdido força
 Influências iluministas e da Revolução Francesa
 No entanto, uma nova leva de revoluções burguesas (com apoio popular) eclodiria novamente na França e se espalharia por toda a Europa; primeiro em 1830 e, em seguida em 1848.
 1820 – Portugal – Cortes de Lisboa exigem a volta de D. João VI para jurar a constituição
 Movimentos embasados no liberalismo e no nacionalismo
 Quadro político europeu na primeira metade do século XIX
 - Grupos em disputa na vida política europeia no período da restauração: restauradores / conservadores (restauração da “velha ordem”); liberais (liberalismo e legado da R. Francesa); socialistas* (socialismo utópico; direitos trabalhistas e participação política)
1. OS NACIONALISMOS NO SÉCULO XIX
 Período de 1815-1848 – grande valorização do liberalismo
 Escalada política burguesa – visão romântica do mundo (valorização da natureza, da liberdade, da igualdade, da justiça e de cada indivíduo como depositário de direitos.)
 As nações puderam ser concebidas como indivíduos porque reuniam um conjunto de pessoas que possuíam individualidade própria, falavam a mesma língua e possuíam passado histórico comum. Essas pessoas passaram a ser compreendidas como constituintes de uma nação. 
 As revoluções da primeira metade do século XIX visavam a afirmação das forças de transformação (burguesia e proletariado)
- A burguesia conseguiu assumir a direção política da sociedade ocidental - impactos das revoluções políticas e crescimento econômico vertiginoso
- Cada vez mais o proletário contestava os objetivos da burguesia e o sistema capitalista, passando a consolidar uma posição autônoma
 Ameaça da revolução proletária – a burguesia renunciou os movimentos revolucionários e passou a valorizar os nacionalismos para manter sua hegemonia política e econômica
 Os nacionalismos foram ideologias sedutoras para as massas política e economicamente marginalizadas da sociedade.
 Os diversos nacionalismos buscaram abrigar as populações desamparadas, fornecendo-as uma nova identidade coletiva. Conseguiram captar vastas camadas da população para os movimentos burgueses, que defendiam a glória e o desenvolvimento da nação.
 Os movimentos nacionalistas se tornaram grandes forças transformadoras do cenário político internacional (mudança das fronteiras, a partir da unificação ou separação nacional)
2. A REVOLUÇÃO DE 1830
 Crise política desencadeada pelo rei de tendências absolutistas Carlos X na França - explode uma nova onda de protestos e agitações sociais que resultam na sua deposição e na chegada da burguesia liberal ao poder na figura do rei Luís Filipe de Orleans, o “rei burguês”
 Liderança da burguesia liberal em uma reação contra a restauração
 Governo constitucional e focado na expansão capitalista da França – industrialização e repressão aos movimentos de trabalhadores (tensões) – contradição entre capital e trabalho
3. A REVOLUÇÃO DE 1848
Crescimento da classe operária e das agitações de trabalhadores – explosão revolucionária nas ruas de Paris – PRIMAVERA DOS POVOS
Participação de operários e pequena burguesia e influência do socialismo utópico
Reação contra a burguesia liberal que adotava medidas “conservadoras” no poder
Revoltas resultam na queda de Luis. Filipe de Orleans – abdica
Formação de um governo provisório (República Social Francesa ou 2º República) composto por “socialistas” e “republicanos” que passam a implementar transformações sociais e políticas (geração de emprego, sufrágio universal masculino, redução da jornada de trabalho)
 Derrota do projeto popular da Revolução de 1848 e vitória de um projeto político liberal-burguês-conservador- hegemônico pela chegada de Luís Bonaparte ao poder - inicialmente República; depois coroou-se Imperador