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ACESSIBILIDADE PARA SURDO NOVAS TECNOLOGIAS PARA A COMUNICAÇÃO EM LIBRAS

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ACESSIBILIDADE PARA SURDO: novas tecnologias para a comunicação 
em libras 
 
Betiza Pinto Botelho¹ 
1. botelhobetiza@gmail.com 
 
Resumo 
 
O objetivo deste artigo é apresentar como as novas tecnologias desenvolvidas ao longo do 
tempo podem ser usadas para auxiliar os surdos em sua comunicação do dia a dia, de maneira 
independente. A publicação da Lei 10.436/02 e do Decreto 5.626/05 reconhece a Libras como 
meio de comunicação natural e legítimo dos surdos e assegura-lhes o direito de usá-la perante 
a sociedade. Muitos surdos, entretanto, se sentem presos aos intérpretes de Libras e/ou à 
pessoas que sabem a língua de sinais para concretizar a sua comunicação, quando na 
realidade, o seu desejo é de independência. Diante dessa necessidade, surgem inúmeras 
alternativas para a promoção da acessibilidade dos surdos por meio das novas tecnologias 
disponíveis no mercado. A partir das participações de diversos surdos no evento “Papos e 
Ideias Pernambuco-Libras: Simpósio Acessibilidade para surdo”, surgiu a necessidade da 
abordagem de outros aspectos da acessibilidade para o surdo. 
 
Palavras-chave: acessibilidade, comunicação, lei da Libras, tecnologia, surdo. 
 
Abstract 
The objective of this paper is to present how new technologies developed over time can be 
used to assist the deaf in their day to day communication, independently. The publication of 
Law 10.436 / 02 and Decree 5,626 / 05 recognizes the Libras as a means of natural and 
legitimate communication of the deaf and assures them the right to use it to society. Many 
deaf people, however, feel attached to Libras interpreters and / or people who know sign 
language to translate their communication, when in reality, your wish is independence. Given 
this need, there are numerous alternatives for the promotion of accessibility of the deaf 
through new technologies available in the market. From the holdings of many deaf in the 
event "Papos and ideas Pernambuco-Libras: Accessibility Symposium for deaf", came the 
need to address other aspects of accessibility for the deaf. 
 
Keywords: accessibility, communication, law Libras, technology, deaf. 
 
INTRODUÇÃO 
 
A partir da participação e debate entre surdos e professores do curso de Letras Libras da 
 
 
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no evento “Papos e Ideias Pernambuco Libras: 
Simpósio Acessibilidade para o surdo”, promovido em parceria com a Livraria Saraiva 
RioMar Shopping, surgiu a necessidade de aprofundarmos as questões discutidas neste artigo. 
É de grande interesse e necessidade da comunidade surda que os aspectos da acessibilidade 
para o surdo sejam cada vez mais discutidos e disseminados, para que cada vez mais pessoas 
conheçam e saibam como proporcionar esse direito das pessoas surdas. 
Traremos um pouco da história da acessibilidade para o surdo e como as tecnologias se 
desenvolveram ao longo do tempo para que cada vez mais, o direito à cidadania fosse 
garantido a essas pessoas. Também é de grande importância o conhecimento das leis que 
garantem o direito a acessibilidade, tanto para os surdos, quanto para qualquer outra pessoa 
com deficiência, por isso dedicaremos uma sessão específica para esse tema. 
 
HISTÓRIA DA ACESSIBILIDADE 
 
Os telefones para surdos TDD1, são utilizados para a comunicação por meio de mensagens 
escritas, é um tipo de tecnologia que facilita muito a comunicação dos surdos, pois até pouco 
tempo não havia nenhum meio de comunicação por telefone. 
Outro tipo de tecnologia utilizada é um relógio despertador vibratório para surdos, para ser 
programado no horário em deve vibrar para que o surdo possa sentir. 
Durante muito tempo não havia acessibilidade em meios de comunicação como a televisão, 
que não contava com legendas nem intérpretes de Libras. Atualmente, com a Lei federal nº 
10.098, aprovada em 19/12/2000, algumas emissoras de televisão já utilizam legendas e 
intérpretes para promover o acesso a comunicação por parte das pessoas surdas. 
O símbolo Acessível em Libras foi criado pelo Centro de Comunicação (Cedecom) da 
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)2. 
 
1 Em inglês Telecommunications Device For The Deaf – TDD esse aparelho publico tem teclado e visor que 
enviar e receber mensagens. Utilização do TDD PE exclusiva para pessoas surdas. 
2 órgão responsável pela produção e divulgação de informações a respeito da instituição. Idealizado em 
2012 pelo Núcleo de Comunicação e Acessibilidades (NCA) do Cedecom – na época denominado Núcleo de 
 
 
O conceito do símbolo3 envolve a identificação da língua de sinais utilizada no Brasil. Dessa 
forma, a surdez não é tida como deficiência, e, sim, como diferença cultural pautada no uso de 
uma língua sinalizada. 
O símbolo, ao indicar um discurso em Libras, pode representar a presença de um interlocutor 
surdo, um ouvinte com fluência na língua ou um tradutor e intérprete de Libras. 
A imagem do símbolo foi inspirada no próprio sinal da Libras – item lingüístico utilizado para 
nomeá-la. Portanto, a imagem apresenta iconicamente este sinal, a partir de uma 
representação gráfica, composta por duas mãos espalmadas e pela presença de duas aspas, que 
indicam movimento. Por meio do desenho de uma gola, o símbolo representa, também, o 
interlocutor que faz uso dessa língua. A cor azul foi escolhida para gerar identificação com os 
símbolos universais de acessibilidade além de representar a cor dos movimentos sociais dos 
surdos. 
Símbolo Internacional da Surdez, criado para identificar no trânsito as pessoas com 
deficiência auditiva. A película, que deve ser colocada no vidro traseiro do carro, informa aos 
demais motoristas que o condutor não pode ouvir sons como a buzina de veículos e sirenes de 
viaturas policiais e de ambulâncias. 
Não há cobrança de taxa para este serviço. 
 
CARACTERÍSTICAS DA ACESSIBILIDADE 
 
O material tem o seguinte SLONGAN: "Para quem não consegue ouvir, este símbolo é a 
voz da razão. O respeito é a segurança de todos". 
 
Comunicação Bilíngue: Libras e Português, o símbolo objetiva suprir a carência de um ícone que identifique, 
visualmente, os conteúdos e serviços disponíveis na Língua Brasileira de Sinais (Libras). 
3 Com o foco na acessibilidade lingüística por meio da Libras, o símbolo é utilizado para identificar o 
conteúdo originalmente produzido na língua ou com tradução/interpretação para Libras, a partir da Língua 
Portuguesa, por exemplo. No caso de tradução/interpretação, o conteúdo pode refletir transposição do Português 
para a Libras e vice-versa. 
 
 
 
Tecnologia de acessibilidade para surdos é VPAD4 tecnologia nova que chegou ao país. 
Tratar-se de um serviço de por vídeo com intérprete de Libras. Assim, o surdo pode pedir um 
taxi, uma pizza, um remédio da farmácia, etc auto-isolado que mais independente das 
famílias, vizinhos e outros amigos. 
O aeroporto Internacional, vídeos informativos na Língua Brasileira de Sinais (Libras) para 
seus usuários. A mensagem – contendo orientações sobre onde o usuário pode buscar 
informações, é veiculada 24 horas por dia, a cada 30 minutos, em monitores, localizados nos 
Terminais de Passageiros 1 e 2. O filme também traz legendas em português e inglês. É a 
acessibilidade de importância pelas línguas de sinais são as línguas naturais das comunidades 
surdas. 
Objetivo é a acessibilidade para o surdo necessitaria muitas características de por 
comunicação que são escola, casa, rua, informática, celular, livro (hipermídia), aeroporto, 
legendas, etc, porque muito falta e não há completos por acessibilidades 
Saúde: direito à saúde ou direito à acessibilidade à saúde? É verdade à falta de formação dos 
profissionais de saúde, muitos usuários surdos passam por horas
em um centro de saúde 
esperando, mas perder a vez atendente chamar pelo seu nome ou seu número por não ouvir, 
nossos são surdos. 
Esse é o tema saúde caracterizar está que entre o médico e a família para paciente surdo, se 
morrer por falta de informação é inaceitável e falta conhecendo na pele a realidade da saúde 
para paciente surdo já está acontecido como adoecido para erro de remédio, falta se 
tratamento de saúde, nada de informação cuidado a sua casa, por exemplo: dengue e outros. 
As necessidades os principais são igualdade e serviços de saúde. 
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou 
conveniados que integram o Sistema Único de Saúde - SUS são desenvolvidos de acordo com 
as diretrizes previstas no artigo 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes 
princípios: 
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; 
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; 
 
4 Muita discussão em grupos de surdos no Facebook e umas pessoas surdas em função do preço caríssimo. 
 
 
Este artigo foi retirado da Lei Orgânica nº8080/90 que trata do Sistema Único de Saúde do 
Brasil. Segundo o primeiro início deste artigo, todo cidadão brasileiro tem direito a saúde em 
qualquer serviço oferecido (posto de saúde, serviços de especialidades, hospitais, urgência e 
emergência). Todo cidadão deve ter garantido sua acessibilidade à saúde. Será que como um 
surdo ninguém soube se comunicar com atendente, médico e saúde. 
Minha experiência que viveu como comunicação de médico, é a mãe e o médico conversarem 
sobre tratado de saúde comigo, que é quando chegar me contar mas pouquinho de explicação 
só que fala: nome de remédio e ficar bem. E que falta de estabelecer em parte. É ficou sofrido 
e sentido foi ruim. Até ainda muito falta se comunicar, porque um surdo ficar frente na face-a-
face de conservar com médicos é frente privados se acontecer sério de saúde vários, 
independentes as famílias, os intérpretes e outros amigos. 
 
LEGISLAÇÃO SOBRE ACESSIBILIDADE 
 
Do ponto de vista da legislação, o Brasil tem dado grandes passos para a promoção da 
acessibilidade a todas as pessoas com deficiência. A Lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000, 
conhecida como a Lei da acessibilidade; a Lei 10.436, de 24 de abril de 2002, conhecida 
como a Lei de Libras e o decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a Lei de 
Libras e a Lei 12.319, de 1º de setembro de 2010, que regulamenta a profissão do Intérprete 
de Libras, são pautadas na questão da acessibilidade, tanto para pessoas com qualquer 
deficiência, quanto para pessoas surdas, mais especificamente. Aqui nos atentaremos às 
questões referentes às pessoas surdas, pois é o foco no nosso trabalho. De acordo com a Lei 
da acessibilidade, o poder público deve promover a formação de intérpretes de língua de 
sinais, para que as pessoas com deficiência auditiva possam ter acesso a qualquer tipo de 
comunicação, como descrito pelo Art. 18. Além disso, ainda de acordo com essa lei, deve ser 
garantido às pessoas com deficiência auditiva o direito à informação, através da eliminação de 
qualquer barreira que possa impedir a comunicação dessas pessoas e do estabelecimento de 
mecanismos que tornem a comunicação possível. 
Além disso, os locais de espetáculos, conferências e outros meios de comunicação coletiva, 
 
 
devem dispor de espaços reservados e específicos para pessoas com deficiência auditiva, que 
possibilitem como facilidade o acesso às informações divulgadas no evento. 
A Lei de Libras, por sua vez, é um grande e importante marco na história da acessibilidade e 
da educação dos surdos, pois é por meio dela que a sociedade brasileira reconhece a Libras 
como sendo a língua natural dos surdos e seu meio de comunicação legítimo. Dentre os 
aspectos da lei, podemos destacar o dever dos órgãos públicos responsáveis de apoiar e 
difundir a Libras, assim como promover a inclusão do ensino da Libras nos cursos de 
Licenciatura, Fonoaudióloga e Educação Especial. Além disso, a Lei garante que o sistema de 
saúde promova um atendimento adequado aos surdos. O decreto 5.626/05, que regulamenta 
a Lei 10.436/02, dispõe sobre a inclusão da Libras como disciplina curricular obrigatória nos 
cursos de formação de professores, nos níveis médio e superior. Também regulamenta a 
formação de professores, instrutores e de Libras, que ser realizada por meio do curso superior 
de Letras Libras, ou no caso dos instrutores, pode ser realizada por meio de cursos de 
formação continuada. Já a formação de tradutores intérpretes de Libras deve ser realizada por 
meio de cursos de educação profissional ou de formação continuada. Todos os cursos devem 
ser promovidos por instituições credenciadas. 
Além da inclusão da Libras, o decreto versa sobre o acesso das pessoas surdas à educação, 
que deve ser realizado por meio da Libras e da Língua Portuguesa, e para isso é necessário 
promover o ensino da Libras como primeira língua, e da Língua Portuguesa como segunda 
língua para os surdos, além da tradução e interpretação da Libras para o Português. Junto a 
isso, as escolas devem ser providas de intérpretes de Libras e de professores e instrutores. 
A formação dos intérpretes de Libras também é regulamentada pelo decreto 5.626/05, e 
explica que deve ser feita por meio de cursos de educação profissional, extensão universitária 
e formação continuada, promovidos por instituições de ensino superior e instituições 
credenciadas por secretarias de educação. 
Além da educação e inclusão das pessoas com deficiência auditiva, o decreto citado também 
dispõe de um capítulo voltado aos cuidados com a saúde das pessoas surdas, tanto da 
prevenção, quanto aos cuidados com a surdez. 
Embora ainda não vejamos todos os aspectos das leis postos em prática, não podemos 
 
 
desconsiderar o que já vem sendo feito, pois uma vez que se cumpre a lei, abre-se caminho 
para que os demais aspectos sejam também cumpridos. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Diante do exposto, podemos perceber que ainda há muito caminho a ser percorrido para que a 
acessibilidade das pessoas surdas aconteça de maneira plena, pois ainda percebemos que há 
falta de profissionais capacitados para o atendimento específico à pessoa surda. Porém, 
também não podemos deixar de considerar o que já tem sido feito e o quanto os avanços 
tecnológicos tem ajudado e poderão ajudar ainda mais a independência das pessoas surdas. 
 
REFERÊNCIAS 
 
_______. Lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios 
básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com 
mobilidade reduzida, e dá outras providências. Brasília, DF. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10098.htm. Acesso em: 23 de abril de 2001. 
 
 
_______. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - 
Libras e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília - 
DF, nº 79, p.23, 25 abr. 2002. Seção 1. Disponível em: www.libras.org.br/leilibras.html. 
Acesso em: 24 de abril de 2011. 
 
 
ACESSIBILIDADE BRASIL. Tradutor Português X LIBRAS. Disponível em: 
http://www.acessobrasil.org.br/index.php?itemid=39. Acesso em: 24 de abril de 2011. 
 
 
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 
24 de abril de 2002, que dispõe sobre a língua brasileira de sinais – libras, e o art. 18 da Lei 
no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], 
Brasília, DF, n. 246, p. 28-30, 22 dez. 2005. 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10098.htm
http://www.libras.org.br/leilibras.html
http://www.acessobrasil.org.br/index.php?itemid=39
 
 
BRASIL. Lei nº 12.319, de 1º de setembro de 2010. Regulamenta a profissão de Tradutor e 
Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. Disponível em: 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12319.htm .Acesso em: 20 de 
abril de 2015. 
 
 
GESSER, Audrei. Libras? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua 
de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola, 2009. 
 
 
GOMES, Rachel Colacique; GÓES, Adriana Ramos. E-ACESSIBILIDADE PARA 
SURDOS. Revista Brasileira Tradução Visual, Vol. 7, No 7 (2011). 
http://rbtv.associadosdainclusao.com.br/index.php/principal/article/viewArticle/93. Acesso 
em: 20 de abril de 2015. 
 
 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.319-2010?OpenDocument
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12319.htm
http://rbtv.associadosdainclusao.com.br/index.php/principal/article/viewArticle/93

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