PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO E ESPECIAL NO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

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PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO E ESPECIAL NO 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 
 
Conceito 
 Em regra, o CPP possui dois tipos de procedimentos, o especial e o comum, 
sendo que o comum é subdivido em três categorias, sendo elas: ordinário, sumário e 
sumaríssimo. 
 
1. Procedimento Especial 
 Podemos classificar o procedimento especial, como sendo o rito pelo qual o crime 
cometido pelo réu que possui uma lei especifica, ou seja, quando tratar-se de tráfico de 
drogas, ou maria da penha como exemplo, deveram prosseguir pelo procedimento 
especial. 
 No entanto, este rito, pode-se utilizar ainda como auxílio o procedimento comum, 
desde que haja alguma omissão na lei especifica, aplicando-se aquilo que for necessário 
para o prosseguimento da ação. 
 
2. Procedimento Comum Ordinário 
 O procedimento comum ordinário é classificado como o rito mais usual, dada a 
sua aplicação com base na pena que será aplicada ao réu, sendo que a mesma deverá ser 
igual ou maior que 4 anos. 
 Para entender melhor a aplicação do rito, é necessário conceituar através de uma 
linha do tempo processual: 
 
 
1 2 3 4 5 
 
 
 
1- Oferecimento da denúncia ou queixa 
2- Recebimento da denúncia ou queixa e rejeição da denúncia ou queixa 
3- Citação do acusado 
4- Reposta à acusação 
5- Alegações finais orais ou memoriais 
Sentença condenatória ou absolutória 
 
 
 Em regra, temos como exposto acima a linha do tempo do procedimento em supra, 
contudo, é necessário analisa os subtópicos que podem vir a acontecer dentro dos 
mesmos. Inicialmente, podemos ressaltar a possibilidade de rejeição da denúncia ou 
queixa quando o juiz entender-se que existe a ausência de pressupostos na petição, como 
ela ser inepta. 
*ATENÇÃO* 
A REJEIÇÃO não confunde-se com a ABSOLVIÇÃO, visto que a primeira é forma 
de finalização formal (quando houver indícios da petição que não constituem crime 
ou possibilidade de ação) do processo, enquanto o outro é a finalização material do 
processo (quando houver ausência de indícios de crime ou similares). 
 Caso haja a aceitação da queixa ou denúncia, ocorre a citação do réu que é 
preferencialmente de forma pessoal, no entanto, quando o oficial de justiça identificar 
que o mesmo está se ocultando do local, a citação deverá ser por hora certa, e caso não 
encontrado, o juiz nomeará defensor dativo ao acusado. 
 Já para os casos em que o local for incerto, a citação ocorrerá por edital, e a mesma 
caso não encontrado ainda, suspenderá o processo e acontecerá a interrupção da 
prescrição, com base na pena do crime. 
 Para os casos de resposta a acusação, deverá o defensor observar a pena aplicável, 
uma vez que não sendo superiora 4 anos poderá requerer o acordo de não persecução 
penal, situação esta favorável ao réu. 
 Lado outro, instigar o juiz sobre a absolvição sumária do réu, quando houver a 
presença de excludentes de ilicitude, culpabilidade ou de crime, para que o pedido seja 
apreciado pelo juiz. 
 Por fim, poderá o juiz ainda se o caso marcar audiência de instrução e julgamento 
para posterior apresentação de alegações finais orais, ou sendo o processo com vários réus 
ou de difícil julgamento, será aberto o prazo para apresentação de memoriais em 05 
(cinco) dias, e posterior sentença.