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Desenvolvimento Sustentável e Sustentabilidade
O desenvolvimento sustentável e a sustentabilidade têm suas bases no trinômio “economia-sociedade-meio ambiente”, e a sua ausência se deve, de certo modo, à crise social e ética, paradigma no mesmo trinômio.
O desenvolvimento sustentável pode ser encontrado nos projetos e nos discursos de setores sociais, sejam públicos ou privados, por meio da veiculação publicitária e midiática, bem como da plataforma política ou educacional. Esse conceito remete à ideia do uso racional dos recursos para garantir a qualidade de vida e mitigação dos problemas ambientais. 
Contudo, por que unir o termo “desenvolvimento” ao termo “sustentável”? Entendemos, pois, que essa incorporação se deu para limitar a atuação, ou seja, para que agentes – tais como as empresas –, sem excluir todas as pessoas humanas –, desenvolvam as suas atividades promovendo harmonia entre os interesses sociais, a economia, o capitalismo, a tecnologia e o meio ambiente. Alguns acreditam que a expressão é controversa, contudo, o fato é que a intervenção humana é necessária e acarreta danos ao ambiente, sendo necessário mitigar ao máximo esses danos. Outro aspecto importante do desenvolvimento sustentável está na proteção do trabalhador, pois deve haver coerência nos métodos de exploração das atividades para não explorá-lo e escravizá-lo. 
O conceito de sustentabilidade, para alguns, é sinônimo de desenvolvimento sustentável. Para outros, entretanto, remete à ideia de equilíbrio, ou seja, conciliação entre qualidade de vida e o limite ambiental. São as alternativas viáveis para a construção de uma sociedade justa e correta ambientalmente. 
A sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável no Brasil ocorrem por Lei, ou melhor dizendo, está na Constituição Federal de 1988 e, como reconhecido, no exterior possui uma das legislações mais avançadas que impõe à empresa a sua adequação. 
A Constituição Federal brasileira, no Título VII, “Da ordem econômica e financeira”, traz no Capítulo I, “Dos princípios gerais da atividade econômica”, em seu artigo 170, a expressão do desenvolvimento sustentável, pois retrata a limitação da atuação para o uso racional dos recursos a fim de garantir a qualidade de vida e o meio ambiente. 
No nosso país, as empresas devem observar os seguinte princípios: 
· soberania nacional; 
· propriedade privada;
· função social da propriedade; 
· livre concorrência; 
· defesa do consumidor; 
· defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado, conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; 
· redução das desigualdades regionais e sociais; 
· busca do pleno emprego; 
· tratamento favorecido para empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País (CF, artigo 170, incisos I a IX). 
Podemos dizer que o desenvolvimento sustentável no Brasil, inicialmente, depende do cumprimento de todos esses princípios, mas, entre eles, destacamos o da Soberania nacional, que julgamos ser um dos mais importantes, porque é ele que garante que cada país seja autônomo, estabeleça suas regras e promulgue as suas Leis. E o princípio da Defesa do Meio Ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; redução das desigualdades regionais e sociais. 
A sustentabilidade, por sua vez, vem expressa na Constituição Federal nos seguintes termos: 
· Art. 225 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (BRASIL, 1988).
Também por Lei, em nosso país, a sociedade depende do equilíbrio por meio de alternativas viáveis para a conciliação entre qualidade de vida e o limite ambiental (cf. artigo 225, da CF).
A sustentabilidade nos remete à responsabilidade social e ambiental das empresas por obrigação de todos e, portanto, das empresas também, de zelarem pelo meio ambiente, como vimos no artigo constitucional citado. Pelo desenvolvimento sustentável é possível suprir as necessidades sociais, por isso que há limites impostos pela Lei ao desenvolvimento econômico. Neste sentido, podemos afirmar que o desenvolvimento sustentável põe um limite nas ações para que não venham a comprometer as necessidades ambientais das gerações atuais e futuras.
 Assim, retomamos o conceito de desenvolvimento sustentável já visto antes: “Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, garantindo a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.” (WWF, 2015).
O meio ambiente e a responsabilidade quanto a ele estão cada vez mais visíveis sob o ponto de vista global. E não pode ser diferente disso, já que temos a necessidade dele para a nossa sobrevivência e a sobrevivência das gerações que estão por vir. Como não sabemos a extensão dos danos, conservar e prevenir são as palavras de ordem nessa era eminente tecnológica e que pouco compreende o que é meio ambiente e qualidade de vida. As empresas de grande porte já incorporaram a importância do desenvolvimento sustentável e sustentabilidade, nem que seja somente para cumprir a Lei e manter o negócio. Assim, o meio ambiente já está sendo contabilizado por essas empresas. Contudo, em nosso país, as pequenas e médias empresas, que são inúmeras, ainda precisam incorporar ao seu negócio práticas ambientais de modo que promovam o desenvolvimento sustentável, pois é direito e obrigação de todos a preservação do meio ambiente.
Referência: Responsabilidade social e ambiental - Benedita de Fátima Delbono

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