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Biomas Brasileiros e do Mundo

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Biomas Brasileiros e do Mundo
	Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), bioma é “um conjunto de vida vegetal e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e que podem ser identificados a nível regional, com condições de geologia e clima semelhantes e que, historicamente, sofreram os mesmos processos de formação da paisagem, resultando em uma diversidade de flora e fauna própria.” Em suma, é um grande conjunto de ecossistemas interligados. Esse termo provém do grego Bio = vida e Oma = grupo ou massa e foi utilizado pela primeira vez, segundo alguns autores, por Shelford, e para outros, foi criado por Clements. Existem diferentes biomas no Brasil e no mundo, cada um com suas espécies características e algumas vezes únicas. Por ser uma região natural que engloba toda a biodiversidade de uma área, além de fornecerem recursos para a população da região, os biomas devem ser protegidos e usados de maneira adequada. Os biomas mundiais podem ser divididos em aquáticos e terrestres: os aquáticos são os oceanos, que representam 70% da superfície terrestre, sendo, portanto, o maior ecossistema do planeta, e os rios, e os (principais) terrestres são a tundra, taiga, deserto, savana, campos, floresta temperada e tropical, além da vegetação mediterrânea e de altitude.
Tundra:
	Localiza-se no extremo norte e sul da Terra, regiões próximas aos polos, sendo muito encontrada no norte do Canadá, da Europa e da Ásia e nas partes descongeladas da Antártica. Apresenta as temperaturas mais baixas do planeta e pouca pluviosidade. O inverno é bastante severo, com noites mais longas, e o verão é frio, com o dia tendo maior duração. Mesmo quando a temperatura chega a 10 oC, o solo permanece congelado, impedindo a drenagem da água do degelo e formando vastos pântanos, além das plantas não conseguirem absorver a água eficientemente e sofrerem seca fisiológica. A flora é escassa, composta por musgos e líquens, ao norte, e por gramíneas e pequenos arbustos, ao sul, que brotam no verão e praticamente desaparecem no inverno, e a fauna é composta por animais adaptados ao frio, como renas, caribu, boi almiscarado, ursos-polares e pinguins, protegidos por uma densa pelagem.
 
Taiga: 
	Também conhecida como floresta boreal ou de coníferas, devido a predominância de pinheiros e abetos, situa-se no hemisfério norte, ao sul da tundra ártica, e ocorre na maior parte do território canadense, no norte da Europa e da Rússia, sempre em latitudes elevadas. Possui clima frio, com invernos rigorosos e uma estação quente mais longa e amena. Sua vegetação de gimnospermas possui folhas em forma de agulhas (aciculares) recobertas por uma cera que conserva a umidade e o calor, evitando o seu congelamento no inverno. Já a fauna é composta por diversas espécies de insetos, aves, renas, alces, veados, ursos, lobos, visons, martas, esquilos, raposas e morcegos.
 
DESERTO:
	Localiza-se em áreas de clima árido ou desértico, com pouca umidade, chuvas irregulares e solos arenosos. As maiores regiões desérticas do mundo situam-se na África (deserto do Saara) e na Ásia (deserto de Gobi). Sua vegetação, adaptada à baixa umidade (xerófilas) e constituída de gramíneas e pequenos arbustos, é escassa, rala e espaçada, situando-se em fendas do solo ou debaixo das rochas. Na fauna dessa região, também adaptada, há o predomínio de espécies de roedores, répteis, insetos e camelos (presentes na Ásia, África e Oceania).
 
Savana: 
	Localiza-se nas zonas tropicais, entre as áreas de florestas tropicais e regiões de climas áridos ou semiáridos, e ocorre na África, Ásia, Europa, Austrália e nas Américas. Há predominância de uma estação úmida (verão) e outra seca (inverno) e, devido a essa alternância, sua vegetação é constituída por gramíneas, arbustos e árvores de médio e pequeno porte, com raízes profundas, folhas grossas e troncos retorcidos. Na savana africana são encontrados herbívoros de grande porte, como antílopes, rinocerontes, elefantes, zebras e girafas, e grandes carnívoros, como os leões, leopardos e guepardos.
 
Campos:
	A pradaria ou o estepe é muito comum em áreas de clima subtropical, com períodos de seca, e de relevos, em que predominam as planícies, como algumas regiões da América do Sul, América do Norte, Europa e Ásia. Em virtude da irregularidade das chuvas, é constituído por gramíneas e outras plantas que se adaptam a esse tipo de clima. Já a sua fauna possui principalmente roedores, lobos, coiotes, raposas e insetos, além de antílopes, bisões, gaviões, corujas, garças, marrecos, veados, lontras e capivaras, em algumas regiões.
 
Floresta Temperada e Subtropical:
	Origina-se nas zonas temperadas, principalmente nos países da América do Norte, Europa e em alguns países da Ásia. Em virtude da existência das quatro estações do ano bem definidas, a vegetação, composta por carvalhos e faias, é abundante e diversificada, possuindo espécies de diversos tamanhos, cascas grossas e folhas largas. As plantas, são chamadas de decíduas ou caducifólias, pois perdem as folhas ao fim do outono e readquirem na primavera. Essa situação é uma adaptação ao inverno, pois as plantas reduzem sua atividade metabólica. A fauna apresenta grandes e pequenos mamíferos, como ursos, javalis, veados, raposas, doninhas, esquilos, arganazes e leões da montanha, e animais herbívoros, como pássaros, cervos, coelhos, camundongos, toupeiras, insetos e caramujos.
 
Floresta Tropical e Equatorial:
	Localiza-se em regiões de clima quente e com elevado índice pluviométrico, principalmente próximas do litoral, e ocorre no norte da América do Sul, América Central, África, Austrália e Ásia. A vegetação, composta por epífitas, cipós e líquens, é densa e exuberante, formando estratos, conforme a cobertura das copas das árvores mais altas, o que origina diversos microclimas, com diferentes graus de luminosidade e umidade. Suas folhas largas e delicadas, denominadas latifoliadas, caem em épocas específicas, por isso, as plantas são chamadas de perenifólias. A fauna é rica e variada, devido a grande quantidade de nichos, contando com diversos mamíferos, répteis, anfíbios e insetos.
 
Vegetação Mediterrânea: 
	É típica da costa do Mar Mediterrâneo, no sul da Europa e norte da África, mas também é encontrada na Califórnia (EUA), Chile, África do Sul e Austrália. Tem clima mediterrâneo e temperaturas amenas, com verões quentes e secos e invernos chuvosos. É constituída por plantas xerófilas, principalmente maquis e garrigue, dispostas distantes umas das outras, com troncos largos e poucas folhas para uma melhor adaptação à condição árida. Os maquis são compostos por arbustos densos e fechados, como o medronheiro, loureiro, urze, giesta espinhosa, piteira e cactos, e o garrigue apresenta arbustos de pequeno e médio porte e relativamente esparsos, como o buxo, carrasco, alecrim, rosmaninho, alfazema e timo. Suas espécies arbóreas são sobreiro, azinheiro, oliveira-brava, pinheiro, cedro e cipestre. Já seu solo é coberto por gramíneas e herbáceas e abriga mamíferos (veados, coelhos, lebres, lobos, raposas, javalis e pequenos roedores), aves (corvos, tentilhões, águias, corujas e falcões), répteis (lagartos, cobras e víboras) e uma abundante quantidade de insetos.
 
Vegetação de altitude:
	Ocorre em áreas montanhosas, onde o clima e a vegetação variam conforme a altitude, como nas cadeias da América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia e África. Não apenas as temperaturas diminuem com o aumento da altitude, como também o aspecto (alinhamento da montanha em relação ao sol) afeta as condições locais, resultando em diferentes padrões de vegetação e ditando as escolhas de áreas para cultivo e povoamento. Reúne vegetações rasteiras, como musgos, líquens e gramíneas, adaptadas às baixas temperaturas em áreas acima de 1200 metros, e, nas altitudes mais elevadas, não há quase nenhuma fauna, apenas alguns fungos. 
 
	São seis os grandes biomas brasileiros (continentais/terrestres)– Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa – que são caracterizados por seis domínios morfoclimáticos do Brasil, além dos manguezais, floresta de araucárias e de cocais.
1) Domínio Amazônico: encontrado no Norte do país, nos biomas de floresta tropical de terra firme, de floresta de igapó inundável e das caatingas do Rio Negro.
2) ´´ dos Mares de Morros: ocupa o litoral brasileiro, estendendo-se desde o Nordeste até o Sul do país e incluindo a floresta pluvial costeira, restinga e manguezal.
3) ´´ dos Cerrados: localizado na região central do país, predomina o bioma cerrado.
4) ´´ das Caatingas: localizado no Nordeste do país, predomina a savana semiárida e os carnaubais.
5) ´´ das Araucárias: localizado no Planalto meridional, predomina as florestas de araucárias.
6) ´´ das Pradarias: abriga os campos sulinos de toda o Sul brasileiro.
Amazônia:
	Compreende a maior bacia hidrográfica do mundo, a Bacia Amazônica, que detém 20% da água doce do planeta e abriga o Rio Amazonas, o principal e o maior em volume de água do mundo, além da maior floresta tropical do mundo, a Floresta Amazônica, que se estende por nove países da América do Sul, sendo sua maior porção localizada no Brasil, ocupando cerca de 40% do território. Abrange os estados brasileiros do Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima e parte de Rondônia, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins. Tem clima estável, quente e úmido, apresentando a umidade do ar e os índices pluviométricos elevados durante todo o ano. Seu solo é arenoso, de maioria infértil, mesmo apresentando uma camada de húmus resultante da deposição de flores, frutos e restos de animais. Sua vegetação divide-se em mata de terra firme, mata de várzea e mata de igapó. As matas de terra firme compreendem os estratos mais altos, portanto, não são inundadas. As matas de várzea representam áreas inundadas durante alguns períodos do ano. Já as matas de igapó constituem os estratos mais baixos da vegetação e encontram-se inundadas praticamente durante todo o ano. Na flora, constituída por 30 mil espécies das 100 mil existentes na América Latina, destaca-se a vitória-régia, característica dos igapós, e a seringueira, da mata de terra firme, além de ser coberta de epífitas. Já os principais representantes da sua fauna são a onça-pintada, boto-cor-de-rosa, arara-azul, capivara, tatu e cobras, como a cascavel e a jararaca. 
 
Caatinga:
	Ocupa parte da Região Nordeste – Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas e Bahia – até a porção norte de Minas Gerais. Predomina o clima semiárido, com baixos índices pluviométricos, possuindo dois períodos, um de chuva e um de seca. Nos períodos chuvosos, os níveis pluviométricos alcançam os 1000 mm por ano e, nos períodos de seca, esse índice cai para 200 mm por ano. A temperatura média anual fica entre 24ºC e 30ºC. No período de seca, algumas áreas são castigadas pela forte insolação, na vegetação há uma queda das folhas e ocorre ventos fortes e secos, que contribuem para a aridez da paisagem. As árvores são baixas e tortuosas, apresentando principalmente arbustos e cactos, que se adaptam para sobrevivência em regiões com pouca disponibilidade de água e clima seco por meio de mecanismos de armazenamento (xeromorfismo). Seus solos variam de rasos a moderadamente profundos e sua coloração varia de tons de vermelho à cinza. São pouco férteis e ricos em minerais, porém pobres em matéria orgânica, ou arenosos e pedregosos, retendo pouca água. Apresenta muitos rios intermitentes, que secam durante um período do ano, e poucos rios perenes. Seus rios nascem nas cabeceiras das serras e da chapada e seu lençol freático possui baixo nível de água, em virtude da escassez de chuvas e do solo pouco permeável. Esse bioma é exclusivo do Brasil, por isso, a maioria das suas espécies é endêmica e sua botânica é pouco conhecida. As espécies mais características da sua flora são mandacaru, juazeiro, umbu, xiquexique, entre outras, variando de acordo com características locais, como índice pluviométrico e particularidades do solo. Já a fauna é rica em biodiversidade, contando com cerca de 178 mamíferos, 591 aves, 177 espécies de répteis, 79 anfíbios, 241 peixes e 221 espécies de abelhas. Os principais representantes desse bioma são jacaré-do-papo-amarelo, jiboia, ararinha-azul, cágado e soldadinho-do-araripe.
 
Cerrado:
	Conhecido como savana brasileira, apresenta grande biodiversidade e compreende uma área de elevado potencial aquífero. Caracteriza-se por apresentar diversas fitofisionomias em virtude dos vários contatos geográficos que possui com outros biomas. Ao Norte, limita-se com a Amazônia; a leste e ao nordeste, com a Caatinga; ao sudoeste, com o Pantanal; e a sudeste, com a Mata Atlântica. Apresenta cerca de 837 espécies de aves, 185 espécies de répteis, 194 espécies de mamíferos e 150 anfíbios. Os principais representantes da fauna são tucano, tamanduá-bandeira, lobo-guará, onça-parda, veado-campeiro, entre outros, e os da flora são ipê, cagaita, angico, jatobá, pequi, barbatimão, entre outros. Sua vegetação está distribuída em formações savânicas, florestais e campestres e as espécies variam entre plantas arbóreas, herbáceas, arbustivas e cipós, distribuindo-se entre estrato lenhoso e herbáceo. Além das árvores de troncos tortuosos, que podem apresentar até 20 metros, há também cactos e orquídeas. As plantas desse bioma apresentam tonalidades de verde, amarelo e marrom, ocasionadas pela descoloração resultante da incidência solar. Ele abriga nascentes dos principais rios brasileiros, compreendendo nove das doze bacias hidrográficas existentes no país. Além de se localizar numa região em que existem grandes aquíferos, como o Guarani e o Bambuí, sendo considerado berço das águas. 
Seu clima é predominantemente tropical sazonal, apresentando duas estações bem definidas: invernos secos e verões chuvosos. O período de seca tem início no mês de maio e termina no mês de setembro. Já o chuvoso inicia-se em outubro e finaliza-se em abril. A média pluviométrica é de 1500 mm, e a temperatura média anual é de 22ºC, variando ao longo desses períodos. Já seus solos são antigos e caracterizam-se pela profundidade e drenagem. São bastante porosos e permeáveis, propiciando a lixiviação. Apresentam cores avermelhadas e dividem-se em latossolos e podzólicos. Os latossolos são avermelhados, possuem acidez e são pobres em nutrientes. Já os podzólicos apresentam coloração mais escura e são propícios a sofrer processos erosivos.
 
Pantanal:
	Considerado uma das maiores planícies alagadas do mundo, compreendendo o oeste dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Paraguai, Bolívia e Argentina, é o menor bioma em extensão territorial do Brasil. O clima predominante é o tropical com características de continentalidade. Apresenta períodos de seca e períodos de chuva. As temperaturas médias ficam em torno de 25º C, contudo há uma grande amplitude térmica, com temperaturas que podem alcançar máximas de 40º C e mínimas próximas a 0º C. Sua vegetação é muito diversificada em decorrência da grande influência de outros biomas e do encharcamento do solo durante um período do ano. É composta por matas, cerradões, savanas e brejos, variando conforme o relevo. O curso dos rios apresenta matas ciliares que os acompanham. Nos terrenos alagados, é possível encontrar espécies aquáticas e, raramente, gramíneas. As espécies de animais de outros biomas que se encontram ameaçadas aglomeram-se nesse bioma, assim, a sua fauna é composta por 132 espécies de mamíferos, 463 espécies de aves, 113 espécies de répteis, 41 espécies de anfíbios e 263 espécies de peixes, mas a maioria não é endêmica. Destacam-se o tuiuiú, o cervo-do-pantanal, a arara-azul, o jacaré-do-pantanal, entre outros. Já a flora, que também provém de outros biomas, conta com vitória-régia, aguapé, orquídea, palmeira, figueira, entre outras. Compreende a bacia hidrográfica do Rio Paraguai e os principais rios que a alimentam são o Rio Paraguai, Rio Cuiabá,Rio São Lourenço e Rio Miranda. No período das cheias, boa parte da planície pantaneira alaga-se, fazendo com que o solo não seja capaz de absorver toda a água. Seu solo é originado da deposição de fragmentos rochosos provenientes de áreas de maior altitude. Apresenta baixa impermeabilidade e reduzida fertilidade, pois apresenta excesso de água, dificultando a decomposição da matéria orgânica. No período de seca, os solos apresentam uma espécie de areia composta por restos de animais e vegetais, o que lhes dá um pouco de fertilidade.
 
Mata Atlântica:
	Situa-se nas montanhas e planícies costeiras, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Abriga sete bacias hidrográficas que se alimentam dos rios São Francisco, Paraíba do Sul, Paraná, entre outros. O clima é o tropical úmido, com temperaturas elevadas, altos índices pluviométricos, elevada umidade do ar e escassez de períodos de estiagem. Em virtude de sua extensão, também apresenta climas como tropical de altitude (Região Sudeste) e subtropical (Região Sul). A fauna conta com aproximadamente 850 espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 espécies de mamíferos e 350 espécies de peixes, como micos, tamanduás, tucanos, jaguatiricas, rãs, onças-pintadas e bichos-preguiça. A flora conta com 20 mil espécies de vegetais, das quais 8 mil existem apenas nessa região, cerca de 55% das espécies arbóreas e 40% das espécies não arbóreas são endêmicas. Apresenta vegetações ombrófilas, de folhas largas (latifoliadas) e perenes (perenifólias), e estacionais, além de epífitas. É composta por árvores de médio e grande porte, cujas copas tocam-se, caracterizando uma formação contínua de florestas que podem alcançar até 60 metros de altura. Seus solos são rasos e ácidos, extremamente úmidos e pobres em decorrência da pouca incidência solar, que é impedida de alcançar a superfície em virtude do estrato arbóreo que compõe esse bioma. A pouca profundidade do solo e os altos níveis pluviométricos propiciam processos erosivos e deslizamentos nas partes mais altas.
 
Pampa:
	Localiza-se no sul do Rio Grande do Sul e é um tipo de pradaria. Compreende uma área constituída por duas bacias hidrográficas, a Costeira do Sul e a do Rio da Prata. Seus principais rios são: Rio Uruguai, Rio Santa Maria, Rio da Prata, Rio Jacuí, Rio Ibicuí e Rio Vacacaí. A hidrografia desse bioma apresenta elevado potencial hidrelétrico e é extremamente navegável. Os solos são pouco férteis e propícios à erosão. Já o clima característico é o temperado do tipo subtropical frio, apresentando temperaturas médias em torno de 19º C, índice de chuvas entre 500 e 1000 mm anuais e as quatro estações bem definidas. Tem vegetação campestre uniforme, que forma um tapete herbáceo baixo, podendo chegar até 50 centímetros. Há dois tipos de fitofisionomias: campos limpos e campos sujos, os campos limpos caracterizam-se por não apresentarem arbustos, ao contrário dos sujos, onde são encontrados em grande quantidade.
Sua fauna conta com cerca de 500 espécies de aves, 100 espécies de mamíferos e uma grande variedade de insetos, as quais 40% são endêmicas. Os principais representantes são ema, perdiz, pica-pau, joão-de-barro, veado-campeiro, preá, entre outros. Já sua flora conta com 3 mil espécies vegetais, com predominância de gramíneas, que alcançam cerca de 450 espécies. É possível encontrar também espécies de leguminosas e cactáceas. Como principais exemplos temos: capim-forquilha, grama-tapete, babosa-do-campo, trevo-nativo, amendoim-nativo, entre outros. 
 
Manguezais:
	Típicos das regiões alagadiças, onde o solo é lodoso e salgado, é um ecossistema costeiro e demasiado úmido, presente nas zonas tropicais e subtropicais. Desempenha um importante papel na preservação de diversas espécies vegetais e animais, além de auxiliar na erosão, porque fixa o solo nas áreas em que ele ocorre, evitando assim, o assoreamento das praias. Surge do contato do ambiente terrestre e marítimo, ou seja, dos rios e dos mares, e, no Brasil, ocorre no litoral de norte a sul), sendo o país que possui a maior faixa de manguezal do planeta. São ambientes ricos em nutrientes, decorrente da abundância de matéria orgânica em decomposição, e possuem uma vegetação denominada “mangue”. Seu solo apresenta pouca oxigenação, com grande quantidade de água salobra, gerando um odor característico e levando diversas espécies de plantas e arbustos a encontrar forma de adaptação, posto que possuem raízes externas (aéreas) que auxiliam na busca do oxigênio na superfície. De acordo com as condições de sobrevivência nos ambientes lodosos dos manguezais, as três espécies vegetais presentes são Mangue-branco (Laguncularia racemosa), Mangue-vermelho (Rhizophora mangle) e Mangue siriúba (Avicena schaueriana). Já sua fauna é formada por crustáceos, peixes, moluscos, além algumas espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios, como caranguejo, ostra, camarões, cobra, crocodilo, lagarto, tartaruga, lontra, sagui, peixe-boi marinho, mexilhão, minhoca, garça, urubu, gaivota, gavião, dentre outros.
 
Floresta de Araucárias:
	 Corresponde a uma “mata de transição” brasileira e está situada no bioma da Mata Atlântica. Ela ocupa parte dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Possui clima subtropical, com as estações do ano bem definidas, altos índices pluviométricos e elevada amplitude térmica (verão com temperaturas médias de 25° e inverno com temperaturas que atingem 0°). O solo apresenta grande fertilidade natural e é sempre úmido, visto que os rios ao redor apresentam água durante todo o ano. Aquele que apresenta as melhores características para o desenvolvimento das araucárias é a "terra roxa" que fica localizada no oeste do Paraná. Ela tem origem vulcânica e cor vermelha, resultado da decomposição do basalto. Na fauna, destacam-se espécies de mamíferos, aves, répteis e insetos, como borboletas, jiboias, corais, jararacas, teiú, sanhaço, entre outros. Já a flora, marcada pela presença de árvores de grande porte, apresenta imbuia, cedro, jacarandá, guabiroba, canela, erva-mate e ipês. Apresenta três andares vegetais bem definidos: o arbóreo (pinheiros), o arbustivo (arbustos e samambaias) e o herbáceo (gramíneas e epífitas).
 
Floresta de Cocais:
	Situado no nordeste do país, entre os biomas da Amazônia, a oeste, a Caatinga, a leste e o Cerrado, ao sul. O clima varia de acordo com o local, sendo equatorial úmido a oeste e semiárido a leste, com temperatura média anual de aproximadamente 26 °C, marcado por inverno seco e verão chuvoso. Está localizada no Planalto do Maranhão-Piauí, ocupando parte dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Pará e o norte do Tocantins. Na flora, dois tipos de palmeiras se destacam, o babaçu (coco-de-macaco), árvore símbolo da Mata de Cocais, nas regiões mais úmidas, e a carnaúba, nas regiões mais secas, das quais extraem a cera, a glicerina, o óleo, o álcool e as fibras. Outras frutas, como caju, manga e tamarindo, são comuns na região, e dentre as árvores se destacam a Caneleiro, Aroeira, Ipê, Sapucaia, entre outras. Apresenta diversas espécies de aves, mamíferos, répteis, anfíbios, insetos, donde se destacam a arara-vermelha, gavião-rei, ariranha, gato-do-mato, macaco-prego, lobo-guará, boto, jacu, paca, cotias, acará-bandeira, entre outros.

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