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Estudo Dirigido - Complexo Dentina-polpa

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Estudo Dirigido – Complexo Dentina-Polpa
Nome: Camila Santos Lemos 
Responda as perguntas abaixo:
1. Por que razão a dentina e a polpa formam um complexo?
	A dentina, tecido mineralizado do dente, aloja no seu interior um tecido conjuntivo não mineralizado, denominado polpa dentária. Esses tecidos possuem características em comum referentes à origem, relação topográfica e função, por esse motivo, são intimamente relacionados desde a fase de formação até que o dente esteja completo, formando o complexo dentina-polpa. 
0. Qual é a composição da dentina?
	A maior parte da dentina, cerca de 70%,  é composta por conteúdo mineral, na forma de cristais de hidroxiapatita. O restante dessa estrutura é formada por 18% de material orgânico e 12% de água. 
0.  Cite as características da dentina.
	A dentina se caracteriza por ser uma estrutura avascular que não apresenta células no seu interior, no entanto, possui prolongamentos dos odontoblastos que se situam em túbulos que percorrem desde a polpa até a junção amelodentinária. Por apresentar cristais de hidroxiapatita, a dentina é o segundo tecido mais duro do organismo. A dentina apresenta cor branco amarelada, observada desde o exterior em razão da translucidez do esmalte. Apresenta estrutura tubular, por isso tem elasticidade e desempenha um papel importante na sustentação do esmalte.
0.  Qual a origem embrionária da dentina e da polpa?
	A dentina e a polpa se formam do ectomesênquima que origina a papila dentária, pois as células da periferia da papila dentária, a polpa primitiva, diferenciam-se em odontoblastos, células responsáveis pela formação da dentina, enquanto o restante da papila constitui a polpa. 
0. Como ocorre a formação da dentina do manto?
A primeira camada de dentina, a do manto, é menos mineralizada que a dentina circumpulpar; inicialmente produzida pelos seus elementos orgânicos e depois os cristais de minerais se depositam sobre a matriz orgânica, tornando o tecido mineralizado. Na fase orgânica, esse tecido é chamado de pré-dentina. Para que ocorra a formação de um tecido mineralizado, as células precisam garantir condições de mineralização do tecido, que se dá por meio do lançamento de pequenas vesículas que vão se entremear ao redor das fibras colágenas produzidas pelos pré-odontoblastos. Essas estruturas vesiculares, corpos arredondados, são chamadas de vesículas da matriz, que se constituem no artifício que o pré-odontoblasto utiliza para mineralizar a pré-dentina e transformá-la na dentina do manto.
A pré-dentina se caracteriza por possuir fibras colágenas de espessura calibrosa, que vão se depositar com seu longo eixo, situado ao longo da lâmina basal e posicionado perpendicularmente a lâmina basal. Entremeadas a essas fibras, encontram-se as vesículas da matriz que o pré-odontoblasto vai lançar em meio a matriz para que ocorra a mineralização. As vesículas são pequenas e delgadas, e os cristais se depositam sobre elas, fenômeno chamado de nucleação do cristal. À medida que isso ocorre de dentro para fora, observa-se as áreas de mineralização esférica, por isso, denomina-se o padrão da mineralização da dentina como um padrão do tipo globular. A dentina está relacionada com a superfície do esmalte que vai se depositar sobre ela, e quando tem o limite amelodentinário, este foi estabelecido pela dentina do manto.
Para que a célula continue realizando essa deposição, um novo espaço é criado a partir dessa camada inicial; quando as células sofrem o primeiro recuo, ela também ganha características de maturação final e se transforma no odontoblasto, e passa a depositar a dentina circumpulpar. Se a célula tem um processo de deposição de fora para dentro, verifica-se que ao longo do processo de formação da dentina há uma redução do volume interno ocupado pela polpa e tem-se um padrão de movimentação do odontoblasto chamado de padrão centrípeto, oposto ao ameloblasto.
0.  Como ocorre a formação da dentina circumpulpar?
A produção da dentina ocorre adjacente ao prolongamento do odontoblasto, esse fenômeno gera um espaço que cabe esse prolongamento. Esse espaço se estende da junção amelodentinária até a polpa, e é chamado de túbulo dentinário. Toda a estrutura da dentina é atravessada por esses túbulos, que têm formato de um S alongado. Ao redor do prolongamento do odontoblasto, tem-se um material líquido, que representa o filtrado do plasma sanguíneo, que banha a região adjacente ao prolongamento. Este fluído, dentro do túbulo dentinário, é chamado de fluído dentinário. A partir do recuo da célula, a dentina circumpulpar se forma ao redor do túbulo dentinário; essa dentina é produzida pela célula madura. Quando se tem uma espessura considerável de dentina, o corpo celular do odontoblasto vai estar fora da dentina, ou seja, está na região periférica da polpa.  
Na formação da dentina circumpulpar, as características da pré-dentina, no que diz respeito às fibras colágenas, que compreendem o conteúdo proteica, elas são mais finas que as da dentina do manto, essa espessura menor é importante, pois os espaços que não estão sendo ocupados pelas fibras são ocupados por cristais, por isso essa dentina é mais mineralizada. As fibrilas colágenas se organizam ao redor do prolongamento do odontoblasto, ou seja, tem uma organização concêntrica aos túbulos dentinário.
No caso da dentina circumpulpar, a célula vai abandonar a prática da deposição das vesículas da matriz e inicia a liberação de moléculas menores que as vesículas, essas moléculas, onde os cristais vão nuclear, são chamadas de moléculas promotoras de mineralização; como são menores que as vesículas, os pontinhos de mineralização são mais frequentes, por isso, o padrão de mineralização é mais delicado e existe mais espaço para esse processo. 
0.  Diferencie a dentina peritubular e intertubular.
	A dentina peritubular compõe as paredes dos túbulos dentinários, sendo uma dentina hipermineralizada se comparada à intertubular. É composta por escassas fibrilas colágenas, se encontra junto ao limite amelodentinário, diminuindo em direção à polpa. Sua formação ocorre durante toda a vida, podendo aumentar por estímulos, por isso, sua espessura aumenta com a idade, podendo ocorrer a obliteração dos túbulos na extremidade mais externa, nos quais não há mais prolongamentos odontoblásticos. A dentina intertubular compõe a maior parte da dentina e ocupa o espaço entre os túbulos. A porção de dentina que fica entre as colunas de dentina peritubular é chamada de intertubular e constitui a maior parte da dentina. Esta dentina se difere da anterior por ter sua matriz orgânica composta por fibrilas colágenas, que se orientam perpendicularmente ao longo do eixo dos túbulos dentinários. 
0. O que são os túbulos dentinários e os canalículos dentinários?
	Os túbulos dentinários são pequenos canais que irradiam por baixo da superfície do esmalte até o interior do dente, na polpa. Esses canais ocos na dentina transmitem sensações do lado de fora para o interior do dente, processo responsável pela sensibilidade do dente quando o esmalte está desgastado. Os canalículos dentinários são delicados cilindros ocos dentro da dentina, que alojam os prolongamentos odontoblásticos. Possuem trajeto curvo, assemelhando-se a um S, sendo na raiz, na área dos bordos incisais e cúspides, praticamente retos, emitem colaterais durante seu trajeto.  
0. Como ocorre a formação da dentina radicular?  
	A fase de raiz da odontogênese marca o início da dentinogênese radicular. São necessárias as células do epitélio interno do órgão do esmalte para induzirem a diferenciação dos odontoblastos, mas na porção radicular, essas células são provenientes da bainha radicular de Hertwig. Não se forma esmalte sobre a dentina radicular, por isso, as células epiteliais não se diferenciam em ameloblastos; em seguida ocorre a fragmentação da bainha, constituindo-se os restos epiteliais de Malassez. A dentinogênese radicular ocorre semelhante à coronária, mas nela as fibrilas colágenas mais grossas da primeira camada da dentina radiculardispõem-se paralelas, porém não justapostas à lâmina basal, ou seja, paralelas ao longo do eixo da raiz. Os odontoblastos apresentam seus prolongamentos mais ramificados na sua extremidade distal, próximos ao limite com o cemento. Nas preparações por desgaste, observa-se a camada granular de Tomes. Além disso, os corpos dos odontoblastos da porção radicular são menos alongados do que nos odontoblastos da coroa, sendo, portanto, células cúbicas, em vez de cilíndricas.
0. O que é a pré-dentina?
	A pré-dentina é a camada da dentina composta por matriz orgânica não mineralizada, entre a dentina calcificada e os corpos celulares dos odontoblastos. A pré-dentina evita o contato da dentina mineralizada com a polpa, que poderia reabsorvê-la se esse contato ocorresse. Na pré-dentina, a matriz extracelular é também constituída principalmente por fibrilas colágenas e contém maior quantidade de proteoglicanos/glicosaminoglicanos do que a dentina mineralizada. 
0.  Diferencie a dentina primária da dentina secundária.
	A dentina formada até o fechamento do ápice radicular denomina-se dentina primária, que compreende a dentina do manto e a dentina circumpulpar. No entanto, a deposição de dentina ocorre durante toda a vida, embora seja mais lenta; essa camada formada após o fechamento do ápice da raiz é a dentina secundária, que apresenta leves mudanças na direção dos túbulos. Apesar de a dentina secundária ser depositada em todas as superfícies da dentina voltadas para a polpa, ela apresenta maior espessura na face palatina ou lingual dos dentes anteriores e no assoalho da câmara pulpar nos posteriores; nos canais radiculares é depositada uniformemente em todas suas paredes.
0.  O que é a dentina terciária e quais os tipos?
	Em resposta a fatores como a atrição e a cárie, nota-se a formação de outra camada de dentina chamada de terciária do tipo reacional, que constitui uma tentativa dos odontoblastos em formar uma barreira, restabelecendo a espessura de dentina e tornando-se mais afastados dos fatores que representam agressão. Essa dentina é irregular e não tem estrutura tubular ordenada. A dentina terciária do tipo reparativa é composta por células indiferenciadas da polpa, originando um tecido semelhante ao osso primário, considerando-se uma dentina do tipo osteóide. Essa estrutura é conhecida como ortodentina, mas existem outros tipos chamados de osteodentina, plicidentina e vasodentina. 
0. Quais as camadas da polpa dental?
	A polpa dentária é dividida em diferentes camadas, denominadas camada odontoblástica, camada subodontoblástica, camada rica em células e a central da polpa. 
0.  Explique a teoria hidrodinâmica da dor.
	A teoria hidrodinâmica da dor, também conhecida como teoria hidrodinâmica de Brännströn, explica a sensibilidade dentinária, pois estabelece que a movimentação dinâmica dos fluidos nos canalículos dentinários é comum para estímulos mecânicos, térmicos e osmóticos. Esses movimentos resultam na dor dentinária, o que pode ser devido a ligeiros deslocamentos físicos dos odontoblastos ou nervos adjacentes no interior da pré-dentina. 
0. Cite características da polpa associadas ao seu envelhecimento.
	Onde a dentina se torna mais esclerótica e menos elástica, com mineralização gradual da dentina peritubular, pode ocorrer a completa obturação dos túbulos dentinários. A deposição constante de dentina secundária e reparadora faz com que haja um escurecimento gradual da coroa. Canais radiculares  sofrem um estreitamento ao longo do seu comprimento, porém, sua obliteração total é rara. A redução no volume da câmara pulpar ocorre, pois há uma incidência maior de calcificação da polpa dos idosos em decorrência de inúmeros processos de cárie ou traumáticos pela permanência do dente na cavidade bucal até esta idade.  Outra característica de polpas mais velhas é a diminuição no número e tamanho das
células, diminuição no número de vasos sanguíneos, associado a um aumento
de fibras colágenas.

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