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Estudo Dirigido - Ligamento Peridontal

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Estudo Dirigido – Ligamento Periodontal
Nome: Camila Santos Lemos 
Responda as perguntas abaixo:
1. Qual o tipo de Tecido forma o ligamento periodontal?
O ligamento periodontal é composto por um tecido conjuntivo não mineralizado, interposto entre os componentes mineralizados do periodonto de sustentação, o cemento e osso alveolar, estabelecendo a articulação entre o dente e o seu alvéolo. O espaço preenchido pelo ligamento é chamado de espaço periodontal. 
2.  Qual a espessura do ligamento periodontal ao longo da extensão da raiz?
A espessura do ligamento periodontal varia de acordo com a região ao longo da raiz do dente e diminui à medida que a pessoa envelhece. Nesse sentido, nos dentes de indivíduos jovens a espessura média é de 0,21 μm, sendo que nos terços cervical, médio e apical da raiz o ligamento periodontal tem espessuras de 0,23 μm, 0,17 μm e 0,24 μm, respectivamente. Em idosos, a espessura do ligamento diminui, tendo como média 0,15 μm.
3.  Quais as funções do ligamento periodontal?
Por ser um tecido não mineralizado, o ligamento periodontal amortece as forças mastigatórias e, através dos seus receptores sensoriais proprioceptivos, apresenta função fundamental na acomodação dos arcos dentários durante os movimentos funcionais mastigatórios do sistema estomatognático.
4.  O que são os proprioceptores do ligamento periodontal?
Os receptores do ligamento periodontal associados a receptores de músculos e tendões desempenham um papel importante na regulação dos movimentos e forças da mastigação. Os proprioceptores possuem centro trófico no núcleo mesencefálico, está presente somente no ligamento periodontal e é responsável pela sensibilidade profunda e informação relativa a movimentos e posições. 
5.  Quais células estão presentes do ligamento periodontal?
O ligamento periodontal é um tecido conjuntivo frouxo, atravessado pelos feixes de fibras principais, suas células mais abundantes são os fibroblastos. Há também outros tipos celulares, como: células indiferenciadas (células-tronco mesenquimais), restos epiteliais de Malassez e as células que margeiam os dois tecidos adjacentes, isto é, cementoblastos e odontoclastos (cementoclastos) próximos ao cemento; osteoblastos, células de revestimento ósseo e osteoclastos próximos ao osso alveolar. Além disso, há outras células do tecido conjuntivo em geral, bem como elementos do sistema imune.
6.  O que são os restos epiteliais de Mallassêz?
No período de formação do dente, grupos de células epiteliais param de se dividir e resultam na fragmentação da bainha de Hertwig. Essas células epiteliais encontram-se no terço do ligamento periodontal próximo ao cemento e são unidas entre si por desmossomos; agrupam-se em cordões rodeados por uma lâmina basal contínua. Os restos epiteliais de Malassez permanecem durante a vida do indivíduo, suas células apresentam núcleo esférico e poucas organelas no citoplasma. Sua função é desconhecida, mas as células epiteliais podem ser ativadas quando do estabelecimento de processos inflamatórios no ligamento periodontal, podendo proliferar e desenvolver cistos periodontais laterais ou periapicais, segundo sua localização.
7.  Quais são os grupos principais de fibras do ligamento periodontal? 
Os principais grupos de fibras do ligamento periodontal são o grupo de fibras da crista alveolar, as fibras horizontais, o grupo de fibras oblíquas, as fibras apicais e o grupo de fibras inter-radiculares. 
8. Qual a disposição de cada grupo principal de fibras do ligamento periodontal?
Os grupos de fibras do ligamento periodontal são o grupo de fibras da crista alveolar, na qual os feixes inserem-se no cemento logo após o limite amelocementário, dirigem-se obliquamente em sentido apical e inserem-se na crista do processo alveolar; o grupo de fibras horizontais, localizado na continuação do anterior, em sentido apical; o grupo de fibras oblíquas, constituído pelo maior número de feixes, os quais apresentam uma inclinação em sentido inverso ao grupo da crista; o grupo de fibras apicais, constituído pelos feixes que, após sua inserção no cemento que recobre o ápice do dente, dirigem-se radial e divergentemente para osso alveolar e, por fim, o grupo de fibras inter-radiculares, encontrado na região de furcação dos dentes com duas ou mais raízes. Os feixes deste grupo dirigem-se, radial e convergentemente, desde o cemento para a crista óssea do septo inter-radicular. 
9. A quais forças cada grupo de fibras está orientada para oferecer resistência?
As fibras colágenas predominam no tecido conjuntivo gengival e constituem o mais essencial componente do periodonto. Sua grande maioria está arranjada em feixes definidos e distintos de fibras no ligamento periodontal. Este arranjo dá condições às fibras de se adaptarem as contínuas forças nelas aplicadas. A divergência dos feixes do cemento para o processo alveolar não é uniforme, não se mantendo o mesmo ângulo entre todos eles. Desse modo, enquanto alguns feixes dirigem-se seguindo um sentido horário, outros o fazem em sentido anti-horário, entrecruzando-se entre ele. 
10. O que são as fibras secundárias do ligamento periodontal?
As fibras secundárias são tipos de fibras localizadas entre as fibras principais do ligamento periodontal no tecido conjuntivo frouxo. Essas fibras não se entrelaçam e constituem feixes grossos; não apresentam uma orientação regular como as fibras principais, sendo encontradas rodeando os elementos vasculares e nervosos. Outros tipos de colágeno são encontrados, tais como os tipos III, V, VI e XII. 
11.  Como ocorre a vascularização e a inervação do ligamento Periodontal?   
Os vasos que irrigam o ligamento periodontal penetram pela região apical, no fundo do alvéolo, e provém de ramos laterais da artéria dentária antes que esta atravesse o forame apical em direção à polpa dentária. Um segundo grupo é constituído pelas artérias perfurantes, ramos laterais das artérias interalveolar e inter-radicular que nutrem o processo alveolar e que penetram no ligamento pelas várias perfurações da parede do alvéolo. Além disso, poucos ramos das artérias periosteais que nutrem a tábua externa cortical, após irrigarem a gengiva, penetram na porção cervical do ligamento, chegando até a lâmina própria da gengiva livre. Uma vez no ligamento periodontal, as artérias que ficam mais próximas do osso alveolar do que do cemento seguem seu padrão de ramificação até capilares, continuando depois com a parte venosa do sistema vascular. No ligamento, são observadas numerosas anastomoses arteriovenosas, as quais têm sido interpretadas como reservatórios de volume sanguíneo necessários para a manutenção da pressão hidrostática característica do ligamento periodontal. A drenagem linfática segue a trajetória do sistema venoso.

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