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Artigo de Assistencia Social no Caps

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QUEIROZ DE CARVALHO EDUCACIONAL
DISCENTES:
CILENE LUZ
JOSEANE DANTAS
LIONETE VELOSO
A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NA POLÍTICA DE SAÚDE EM CASOS
DE SAÚDE MENTAL
BELÉM
2021
A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NA POLÍTICA DE SAÚDE EM CASOS DE SAÚDE MENTAL
Cilene luz
 Joseane Dantas
 Lionete veloso
RESUMO
Este artigo tem como objetivo descrever a importância do assistente social no atendimento aos casos de saúde mental. Tem como base o resgate da literatura profissional e pesquisas direcionadas ao atendimento do assistente social na saúde mental em Belém-PA e o procedimento metodológico adotado foi o de pesquisa bibliográfica e documental a luz materialismo histórico e dialético. Verificou-se que os profissionais fortalecem e respaldam suas ações profissionais objetivando um projeto em defesa dos interesses da classe trabalhadora, pois possibilitam a articulação com outros sujeitos sociais na construção de uma sociedade em que a maioria possa ter acesso aos direitos de cidadania. Logo, a atuação do Serviço Social na rede de atenção à Saúde Mental é de extrema importância aos usuários e merece ser mais valorizada em termos de estrutura institucional e matérias necessários.
Palavras-chaves: Serviço Social. Assistente Social. Saúde Mental. Política.
INTRODUÇÃO
Este artigo tem como objetivo descrever a importância do assistente social no atendimento aos casos de saúde mental e verificar como os usuários podem encontrar atendimento com esse profissional na cidade de Belém-PA. Um dos motivos para tratar desta abordagem se deve ratificar o fato de que entre as profissões de saúde o Assistente Social, também é caracterizado como um profissional da área da saúde como consta na Resolução do CFESS nº383/99. 
 Para elucidar o tema exposto, a pesquisa deve apresentar resultados para a seguinte inquietação: Como os assistentes sociais atuam na Saúde Mental com os demais usuários dos serviços oferecidos na cidade de Belém-PA? 
No entanto, o procedimento metodológico adotado neste artigo foi o de pesquisa bibliográfica e documental a luz materialismo histórico e dialético acreditando ser esta linha de pensamento que mais se adequa para debater o assunto. Tem como base o resgate da literatura profissional e pesquisas direcionadas ao atendimento do assistente social na saúde mental em Belém-PA, para descrever como realiza seu trabalho na política de saúde. Nesse contexto, as ações dos assistente sociais ainda passa por um processo de sistematização e aprofundamento.
	
DESENVOLVIMENTO
CONTEXTO HISTÓRICO
 	Em 1980, o Brasil conquistou um lugar único no campo da saúde mental diante do mundo todo. Esse destaque em nível internacional, tornou o Brasil um dos primeiros entre outros países a estabelecer uma política nacional de saúde mental e de tê-la implementado com êxito apreciável numa trajetória de 30 anos (ALMEIDA, 2010). Não foi à toa que o Brasil despertou grande interesse em todo o mundo e ainda se tornou uma das experiências mais estudadas e discutidas nessa área. Obviamente toda essa experiência não foi isenta de dificuldades. Pois os consensos políticos foram se modificando, ampliando seus objetivos, para que os serviços pudessem alcançar seus usuários e ofertar um trabalho pautado na proteção de seus direitos, na prevenção dos transtorno mentais e uma atenção à saúde mental de todas as faixas etárias conforme suas demandas (ALMEIDA, 2019). Torna-se possível o processo de ruptura com a antiga ordem vigente, fazendo da busca pela garantia desses elementos uma realidade a sociedade.
Observa-se que tanto no projeto ético-político como no processo de reforma psiquiátrica brasileiro, existia uma preocupação com a qualidade dos serviços prestados, priorizando o respeito pelo usuário, à luta contra o processo discriminatório e a busca pela qualidade nos programas oferecidos. Tais preocupações fortalecia as mudanças ocorridas no seio do serviço social e da saúde mental, e reafirmariam o compromisso desses setores com posturas progressistas (SOARES, 2006) Diante das transformações sociais e da aprovação de legislações que visem garantir o estabelecimento de políticas públicas e os mínimos sociais, o assistente social compõe os espaços de trabalho como um profissional que visa articular ações para garantir à população acesso aos direitos previstos em lei. Em razão disso, sua atuação na equipe interdisciplinar é fundamental para a construção de um olhar “circular” e na intervenção “empática, acessível e resolutiva” junto ao usuário, sujeito principal do atendimento multidisciplinar e consequentemente do Sistema Único de Saúde – SUS (FERREIRA E ARAÚJO, 2015).
Com o passar do tempo, as mudanças nas formas de compreender o transtorno mental e de cuidar do indivíduo em sofrimento psíquico precisam de novas formas de estruturação e de organização dos serviços em prol da desinstitucionalização da assistência em saúde mental, com ênfase no tratamento extra-hospitalar, da inclusão social da pessoa com transtorno mental, da humanização da assistência, valorizando-se o protagonismo, a autonomia e a participação social dos sujeitos (AMARANTE, 1995). Em síntese, reconhecemos que o cenário efervescente de mudanças teórico-práticas e políticas que envolveu o setor saúde, de maneira geral, e o campo da saúde mental/atenção psicossocial, de modo específico, culminou mais recentemente com a reestruturação do sistema de saúde brasileiro de atenção à saúde mental segundo a lógica das Redes de Atenção à Saúde (RAS) com a criação da Rede de Atenção Psicossocial (Raps). 
A relação do Serviço Social e a Reforma psiquiátrica, determinam movimentos democratizantes após a descentralização do Estado a partir da Constituição Federal de 1988. Com as transformações do momento da Reforma Psiquiátrica, o olhar sobre à pessoa com transtorno mental toma outro sentido em termo de conceituação de profissão, instaurando um novo modelo de atenção, onde o sujeito passa a ser visto com um olhar mais humanizado, o que faz emergir o termo reabilitação psicossocial (ROCHA, 2012).
A construção de um modelo de atenção descentralizado, no qual o manicômio não é o dispositivo central da rede de serviços, demanda cada vez mais a necessidade de profissionais comprometidos com os princípios da reforma psiquiátrica brasileira, potencialmente capazes de contribuir para a materialização da política de saúde mental. Portanto, importa-nos que a reforma da psiquiatria significou a problematização social de saberes até então cristalizados, avançando na direção de reconhecimento da reabilitação social do indivíduo, promovendo uma atenção à saúde integralizada à seguridade social, buscando a efetivação da cidadania do doente mental e instrumentalizar a atenção psicossocial a este segmento (ROCHA, 2012, p.40).
Para o autor Faleiros (2011) o período de 1990, significa a reorganização das políticas públicas sociais junto do Processo de Reconceituação do Serviço Social em direção aos ideiais marxistas, marcando uma posição contrária aos ideais do profissional tradicional, materializando-se na construção do Projeto Ético-Político da profissão dos meados anos de 1970 e 1980. Em 1990, os movimentos de lutas entram em fervor pela mobilização da promulgação de Lei do Sistema Único de Saúde, nº 8080/1990, ou seja, a Lei Orgânica Saúde (LOS), que expões seus minusiosos objetivos, diretrizes e competência a cada esfera de governo tanto, Federal, Estadual e Municipal, atribuindo os princípios da universalidade, da equidade e da integralidade, é sancionada também a Lei nº 8.142/90 que trata da participação da população na gestão do SUS.
Bisneto (2007) complemente dizendo que o Movimento Sanitarista de 1970, resultou em avanços democráticos na área da Saúde manifestados na Constituição Brasileira de 1988, resultando na criação do SUS (Sistema Único de Saúde), que vislumbrava a universalidade, integralidade e eqüidade da assistência à Saúde como direito do cidadão e dever do Estado. Desde então, o trabalho do assistente social passa a ter grande influência desses mascosanitarista e adota uma postura mais emancipadora no trato do indivíduo.
O SERVIÇO SOCIAL NOS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAIS
	A intervenção do Serviço Social com os usuários se dá através do método dialético (categorias: historicidade, contradição e totalidade), possibilitando fazer o que é da sua competência. Esse método é utilizado como consciência do processo de transformação do usuário, concretizando um desenvolvimento para atingir a um determinado objetivo, como afirma a autora Wachowicz (2001) que em seu estudo estabelece a relação da dialética de Marx com a atuação profissional com usuários como um fator determinante no processo para se chegar a uma totalidade, e esse é um desafio profissional no campo da Saúde Mental. 
Uma das características do método dialético é a contextualização do problema a ser pesquisado, podendo efetivar-se mediante respostas às questões: quem faz pesquisa, quando, onde e para quê? Não se trata de subjetivismos, mas de historicidade, uma vez que a relação sujeito e objeto na Dialética vêm a cumprir-se pela ação de pensar. As sínteses são constituídas numa relação de tensão, porque a realidade contém contradições. Assim, a totalidade, a historicidade e a contradição são as categorias metodológicas mais importantes na Dialética (WACHOWICZ, 2001, p.1).
Diante disso, os profissionais Assistentes Sociais contribuem para o campo da Saúde Mental, com base no Código de Ética profissional instaurada em 1993 e na Lei de Regulamentação da profissão, formulando e implementando propostas que contribuam com a cidadania, mantendo um olhar crítico sobre o usuário de Saúde Mental e também seus familiares. Dessa maneira, o Serviço Social se encontra inserido nessa realidade contraditória, em que o neoliberalismo acontece ao mesmo tempo que Movimento de Reforma Psiquiátrica ocorre (GUIMARÃES, 2013). 
A profissão, no entanto, mesmo com o advento das propostas neoliberais, insere-se no processo das relações sociais tendo em vista a construção de uma prática emancipadora, em que o assistente social desenvolva uma crítica à sociedade burguesa e à loucura na sua correlação com o capitalismo. Nesse contexto, o profissional não deve buscar apenas técnicas para atuar na saúde mental, mas deve, também, desenvolver metodologias adequadas a essa realidade e, ainda, deve avançar na análise crítica da sociedade nas suas refrações com a loucura, para daí conceber as mediações necessárias à intervenção nesse campo (GUIMARÃES apud, 2013, p. 6)
É muito importante que o profissional Assistente Social conheça a realidade do ambiente em que insere sua atuação, pois seu trabalho com os usuários da Saúde Mental ocorre através do encaminhamento pelas redes intersetoriais, onde organiza de forma adequada os serviços e emprega maior qualidade com o desenvolvimento dos processos sociais como um todo. Por isso, Bravo (2001) afirma que os desafios postos aos profissionais, em especial os Assistentes Sociais, estão relacionados as principais diretrizes: da intersetorialidade; da interdisciplinaridade com a equipe; de cooperação de ensino e atenção entre os profissionais inseridos no campo da Saúde Mental, trocando informações e saberes; de gestão, quanto a coordenação de instrumentos de trabalhos precários, sem condições de suporte para um melhor atendimento para com os usuários; de controle social e o processo contemporâneo de desinstitucionalização, adotando um viés mais humanizado e menos patológico. 
Como atributo essencial ao Serviço Social, está categoria deve articular e atribuir seu papel de atuação, teórico metodológica, ético-política e teórico-operativa no campo da Saúde Mental mais para isso
É necessário refletir sobre quais fundamentos a estratégia da intersetorialidade tem sido traçada, pois na medida em que não há participação dos técnicos, gestores e usuários de maneira equânime para propor, implementar e fiscalizar pactuações entre políticas, objetivando os direitos sociais, os frutos da estratégia intersetorial tenderão a ser: contradições, brevidade, propostas incompletas, divergentes e sem o apoio necessário dos profissionais, da sociedade e do Estado (FRANÇA; CAVALCANTI, 2013, p. 02).
O Assistente Social trabalha na dimensão técnico-operativa abordando de três dimensões, como: teórico metodológica, ético-política, técnico-operativa (MIOTO; LIMA, 2009), esses são elementos fundamentais para a efetividade da prática profissional e para as instituições de modo geral mas principalmente na área da Saúde Mental.
Contudo e apesar da forte presença histórica da “Psiquiatria” como forma de inibir do mandato social mais amplo no trato da “loucura”, esta nova concepção de atenção psicossocial abre inúmeras possibilidades de valorização e de disputas de outros profissionais das equipes, e desafios para a categoria dos profissionais do Serviço Social, pois trazem bagagens teórico-práticas para dentro do conhecimento da loucura. É interessante que a Lei de Regulamentação da profissão, incentiva o exercícios da cidadania, optando por uma prática emancipadora que reconhece a complexidade do indivíduo e resguarda seus direitos sociais dentro do contexto da Saúde Mental. 
AS REDES DE ATENÇÃO A SAÚDE MENTAL EM BELÉM-PA 
O Estado tem o dever de desenvolver a Política de Saúde Mental, além disso, pode e deve promover ações de saúde aos usuários com transtornos psíquicos, voltadas à prestação de assistência e a garantia de direitos. É fundamental, no entanto, que existam serviços especializados para receber e cuidar das pessoas que já estão doentes e precisam de um atendimento multidisciplinar para recuperar a sua saúde mental. É esse tipo de ajuda que o SUS disponibiliza por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), abrangendo serviços em diversos níveis de atenção, começando pela Unidade Básica de Saúde, que é a porta de entrada para o Sistema (BRASIL, 2020).
A pessoa em sofrimento mental pode se direcionar tanto às Unidades Básicas de Saúde como aos Centros de Atenção Psicossocial (CAPSs), onde a primeira etapa é o acolhimento. Caso esteja em crise, pode procurar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) ou levada a um serviço de emergência psiquiátrica, como o Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (BRASIL,2020). Na pesquisa de Silva e Gomes (2016) ressalta a compreensão sobre as contribuições do trabalho do assistente social nos CAPS de Belém, para o acesso dos seus usuários à saúde, em três CAPS, a saber: o CAPS i e o CAPS AD, vinculados à Secretária Municipal de Saúde, e o CAPS III, vinculado à Secretaria de Estado de Saúde Pública, cujos sujeitos foram três assistentes sociais. Nessa mesma pesquisa, os autores apontaram os assistentes sociais atuam em ações específicas com os demais usuários dos serviços, a partir de um olhar diferenciado da profissão, no que concerne à interpretação das mazelas sociais, pois:
Para apreender o significado social da prática profissional supõe inseri-la no conjunto das condições e relações sociais que lhe atribuem um sentido histórico e nas quais se torna possível e necessária. O Serviço Social afirma-se como um tipo de especialização do trabalho coletivo, ao se constituir em expressão de necessidades sociais derivadas da prática histórica das classes sociais no ato de produzir e reproduzir seus meios de vida e de trabalho de forma socialmente determinada (IAMAMOTO, 2007, p.88).
Nesse contexto, verificou-se que as demandas postas ao Serviço Social nos CAPS são diversificadas, estendendo-se desde uma escuta, uma orientação sobre benefícios ou encaminhamento para um serviço de saúde, o que ressalta a importância do trabalho de articulação com a rede de serviços, além do estudo da situação dos usuários para a elaboração do plano terapêutico singular. Por outro lado, os assistentes sociais destacam às dificuldades de limitações institucionais e materiais que encontram para responder a tais demandas. Ou seja, a defesa da garantia de direitos à saúde dos usuários dos CAPS vem sendo efetuada por esses profissionais, masa concentricidade de tais direitos é sobreposto às mediações inerentes à realidade dos CAPS (SILVA e GOMES, 2016).
A atuação profissional do Serviço Social com o usuário objetiva transformar a natureza da realidade apresentada através da seguinte metodologia de trabalho: Entrevista, Visita Domiciliar, Observação, Escuta Sensível, Olhar crítico sensível, Estudo Social e Diagnóstico Social (APPEL,2017). No entanto, é claro analisar que todo profissional que anseia por um bom trabalho em sua atuação, este precisa ter um olhar crítico, principalmente quando se trata de um propósito mais humanizado, e é aí que o assistente se insere como agente facilitador para a coleta de informações 
Segundo Appel (2017) um dos instrumentos mais utilizados pelos Assistentes Sociais nas Instituições de Saúde Mental hoje em dia, é o (re)acolhimento realizado para entender a historicidade de vida do usuário em sua complexidade, considerando o serviço nas visitas domiciliares e escutas individuais. Muitas vezes o Assistente Social desempenha um papel decisivo, não só na visão mais ampliada do usuário, mas na garantia e defesa de seus direitos sociais e previdenciários, além de seu papel sócio educativo.
As situações transitórias ou permanentes dentro da sociedade, acabam configurando outras concepções a respeito do papel do assistente social que atuam na saúde Mental, fortalecendo o direito daqueles usuários que não estão sob suas posses mentais ou com a capacidade de decisão necessária aos atos da vida civil. Appel (2017) afirma que com o advento do movimento neoliberal, a prática da profissão foi concebida de forma emancipadora, onde o assistente social passou a ter uma atitude crítica após a instalação do capitalismo na sociedade burguesa na época. Hoje, sua prática na Saúde Mental revela que o profissional deverá pensar não somente nas suas técnicas, mais deverá pensar em metodologias que sejam compatíveis a realidade concebida para sua atuação e considerar um pensamento crítico que possa auxiliar nas mediações necessárias nessa área.
Hoje, o Assistente Social na Saúde Mental enfrenta muitos desafios, utiliza do instrumental técnico-operativo e da sua competência considerando uma abordagem teórico metodológica para estar sempre informado sobre a situação de tratamento dos usuários em seu Plano Terapêutico Singular (PTS), fornecendo orientações e apoio sempre que solicitado, possibilitando uma leitura detalhada da realidade social em que o usuário está inserido. Os desafios do Assistente Social, são amplos em relação a intersetorialidade nas instituições, visam buscar estratégias, em combinação e aplicação das políticas sociais públicas, viabilizando o acesso às redes institucionais para os usuários (APPEL, 2017).
Nessa perspectiva discutida e dentro de um viés teórico-metodológico e ético-político, a atuação do Serviço Social no campo da Saúde Mental, deve-se destacar a sua posição autônoma e sua identidade, sem negar a interdisciplinaridade. Os desafios postos ao Serviço Social são tantos, assim como sua análise crítica de sua efetivação no campo da Saúde Mental. Contudo, conseguem exercer um papel de extrema relevância perante os usuários da Saúde Mental. 
CONCLUSÃO 
A experiência do Brasil na implementação de uma política de saúde mental levou a uma profunda transformação do sistema nacional de saúde mental e a melhorias significativas na acessibilidade e qualidade dos cuidados dessa área. Embora todos os progressos alcançados, subsistem ainda desafios importantes para todos os profissionais que atuam nesse contexto. 
Nasce assim, a profissão do assistente social que se legitima, em princípio, vinculada ao surgimento e à expansão das políticas sociais e estatais ao longo de sua efetivação profissional. Dessa forma, os assistentes sociais do CAPS de Belém-Pará intervém nas mais variadas expressões da questão social, em especial na Saúde Mental, onde atuam para o tratamento dos usuários que lhes são encaminhados. Nesse contexto, as demandas postas ao Serviço Social nos CAPS ocorrem desde uma escuta, uma orientação sobre benefícios ou encaminhamento para um serviço de saúde, o que revela a importância do trabalho conjunto com as rede de serviços, para o estudo da situação dos usuários e para a elaboração do plano terapêutico singular. Porém, os assistentes sociais encontram desafios para sua efetiva atuação, ao mencionar às dificuldades referentes às limitações institucionais e materiais que encontram para responder a tais demandas. Ainda que lutem pela garantia de direitos à saúde dos usuários dos CAPS, mas esse trabalho vem sendo realizado conforme a realidade que lhe é posta. 
Verificou-se que os profissionais fortalecem e respaldam suas ações profissionais objetivando um projeto em defesa dos interesses da classe trabalhadora, pois possibilitam a articulação com outros sujeitos sociais na construção de uma sociedade em que a maioria possa ter acesso aos direitos de cidadania. Logo, a atuação do Serviço Social na rede de atenção à Saúde Mental é de extrema importância aos usuários e merece ser mais valorizada em termos de estrutura institucional e matérias necessários.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Jose Miguel Caldas de. LENNON, H. Horvitz. Reformas da atenção à saúde mental na América Latina: um panorama das reformas da atenção à saúde mental na América Latina e no Caribe. Psychiatr Serv 2010, vol 61, p.21- 218. 
ALMEIDA, José Miguel Caldas de. Política de saúde mental no Brasil: o que está em jogo nas mudanças em curso. Cad. Saúde Pública. 2019, vol.35, n.11. 
AMARANTE, P. Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz. 2. Ed,1995.
APPEL, Nicolle Montardo. O assistente social inserido na saúde mental e suas estratégias de intervenção. Universidade Federal do Maranhão, 2017.
BRASIL. SECRETÁRIA DE SAÚDE PÚBLICA. Sespa informa como funciona a rede de atenção psicossocial. Disponíel em: http://www.saude.pa.gov.br/sespainforma-com-o-funciona-a-rede-de-atencao/.Acesso em 20 já. 2020. 
BISNETO, José Augusto. Serviço Social e Saúde Mental: uma análise institucional da prática. São Paulo. Editora Cortez, 2007.
FALEIROS. V.P. O que Serviço Social quer Dizer. Revista Serviço Social e Sociedade, n. 108, p. 748-761, out/dez. 2011.
FERREIRA, Alexandre Batista. ARAÚJO, Kesia Miriam Santos de. A importância do Serviço Social na assistência à saúde mental. Periódico Científico Projeção, Direito e Sociedade. v.6, n.1, p. 11 – 27, junho de 2015. 
FRANÇA, M. C. CAVALCANTI, P. B. A intersetorialidade e o assistente social na saúde. In: Seminário Internacional Sobre Políticas Públicas, Intersetorialidade e Família, 2013, Porto Alegre. Desafios éticos no ensino, na pesquisa e na formação profissional. Porto Alegre: EDIPUCRS? Editora Universitária da PUCRS, 2013.
IAMAMOTO, M. Renovação e conservadorismo no Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2007.p.88. 
MIOTO, Regina Célia Tamaso. Novas Propostas e Velhos Princípios, Subsídios para a Discussão da Assistência à Família no Contexto dos Programas de Orientação e Apoio Sócio-Familiar. Fronteiras-Mointevidéu. n. 4. Set, 2001.
OLIVEIRA, J.L. O Processo de Trabalho do Assistente Social e sua Abordagem com Moradores de Rua. Programa de Pós-graduação em Serviço Social, tese (doutorado), pontifícia universidade católica do rio grande do sul, Faculdade de Serviço Social, 2008, p. 09.
ROCHA, T. S. A Saúde Mental como Campo de Intervenção Profissional dos Assistentes Sociais: limites, desafios e possibilidades. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal Fluminense, Rio das Ostras, p. 40, 50, 57, 58, 59. 2012,
SILVA, Carolina Flexa da. GOMES. Vera Lúcia Batista. O trabalho do assistente social nos centros de atenção psicossocial – CAPS do município de Belém/PA: contribuições para o tratamento da saúde mental dos usuários. Belém. V. 19, n. 1, 2016.
SOARES, Adriana O. S. Serviço Social e saúde mental: a formação de uma prática ou uma prática em formação?. Rio de Janeiro: PUCRJ. Dissertação de Mestrado, 2006.
WACHOWICZ, L.A. A Dialética naPesquisa em Educação. Revista Diálogo Educacional, v. 2, n. 3, p. 171-181, 2001.
SILVA, Anita Helena. DA A atuação do serviço social no centro de atenção psicossocial (CAPS ii ponta do coral) no município de Florianópolis – SC. Universidade do Sul de Santa Catarina. Palhoça 2008.

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