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Antonio Oscar Gomes Filho Graduando em biomedicina na Universidade Federal de Pernambuco. Monitor de anatomia para o curso de nutrição. Sistema Articular Os ossos são muito rígidos para que possam se curvar sem que sofram danos. Felizmente, os tecidos conjuntivos flexíveis que formam as articulações mantêm os ossos juntos ao mesmo tempo que permitem, na maioria dos casos, algum grau de movimento. Articulação é o ponto de contato entre dois ossos, entre osso e cartilagem ou osso e dente. • Classificação das articulações As articulações são classificadas estruturalmente, com bases nas características anatômicas, e funcionalmente de acordo com o tipo de movimento que possibilitam. A classificação das articulações é baseada em dois critérios: 1º - A existência ou não de um espaço entre os ossos integrantes da articulação, chamado de cavidade articular. 2º - Tipo de tecido conjuntivo que une os ossos. Do ponto de vista estrutural as articulações estão classificadas como: Articulações fibrosas: Não há cavidade articular e os ossos são mantidos unidos por tecido conjuntivo denso não modelado e rico em fibras colágeno. Articulações cartilagíneas: Não há cavidade articular e os ossos são mantidos juntos por cartilagem. Articulações sinoviais: Os ossos que formam a articulação apresentam cavidade articular e são unidos por tecido conjuntivo não modelado de uma cápsula articular e, muitas vezes, por ligamentos acessórios. A classificação funcional das articulações tem relação com o grau de movimento que permitem. Funcionalmente são classificadas como: Sinartroses: Articulações imóveis. Anfiartroses: Articulações discretamente móvel. Diartroses: Uma articulação livremente móvel. (Todas as diartroses são articulações sinoviais). • Articulações Fibrosas Suturas: Articulação fibrosa composta de uma fina camada de tecido conjuntivo denso não modelado; as suturas ocorrem entre os ossos do crânio. Podemos distinguir os diferentes tipos de suturas pela forma da margem articular de cada osso. A sutura serrátil é caracterizada pelo entrelaçamento de articulações que se assemelham a uma serra. É o tipo mais comum de sutura, e um exemplo é a sutura sagital entre os ossos parietais. Na sutura escamosa (sobreposição), a margem de um osso se sobrepõe à margem do osso com o qual se articula. A sutura escamosa formada entre os ossos temporal e parietal é um exemplo. Na sutura plana, as margens dos ossos que se articulam são bem mais lisas e não se sobrepõem. Um exemplo é a mediana sutura palatina, onde os ossos maxilas e palatinos de articulam para formar o palato duro. Na sutura esquindilese, uma margem da sutura de aloja dentro de uma fenda. A única que existe fica entre a base do vômer e uma crista no corpo do esfenoide Sindesmoses: São articulações fibrosas ligadas por fibras colágenas ou lâminas de tecido fibroso chamadas membranas interósseas. Esse tipo de articulação ocorre no antebraço entre as partes distais do rádio e a ulna e na perna entre as partes distais da tíbia e da fíbula, permite movimentos ligeiros nestas articulações quando o antebraço ou a perna são rodados. Gonfoses: São articulações fibrosas que ocorrem entre os dentes e os ossos de sustentação, maxilas e mandíbulas. É onde a raiz de um dente está fixada ao ligamento periodontal do alvéolo dental do osso. • Articulações Cartilagíneas Sínfises: As superfícies dos ossos que se articulam em uma sínfise são cobertas com cartilagem hialina que é infiltrada com fibras colágenas para formar um bloco interposto de fibrocartilagem. Este bloco amortece a articulação e permite movimento limitado. A sínfise púbica e as articulações intervertebrais formadas pelos discos intervertebrais são exemplos de sínfises. Sincondroses: São articulações cartilagíneas que tem cartilagem hialina entre os ossos que se articulam, algumas das quais são temporárias e formam a lâmina epifisial (lâmina de crescimento) entre a diáfise e as epífises nos ossos longos de crianças. Um exemplo de uma articulação do tipo sincondrose que é permanente é a esfeno- occipital. • Articulações Sinoviais As articulações sinoviais proporcionam uma larga amplitude de movimentos precisos, uniformes e ao mesmo tempo fazem a manutenção da estabilidade, a potência e em certos aspectos, a firmeza do corpo. As articulações sinoviais são as mais complexas e variadas dos três tipos principais de articulações. Estrutura de uma articulação sinovial (elementos essenciais): Articulações sinoviais são envolvidas por uma cápsula articular composta por um tecido conjuntivo denso regular. Cada cápsula articular contém um líquido sinovial lubrificante contido no interior da cavidade articular. Esse líquido é secretado por uma membrana sinovial fina que reveste a cápsula articular por dentro e tem a finalidade de limpar os resíduos de tecidos que resultaram do desgaste das cartilagens articulares. A membrana fibrosa reveste a capsula articular externamente. Ligamentos são cordões flexíveis constituídos por um tecido conjuntivo denso regular que conectam os ossos que se articulam ajudando a unir as articulações sinoviais... A epífise do osso que está sendo articulado serve de superfície articular para a cartilagem articular. Estrutura de uma articulação sinovial (elementos acessórios): Além destes elementos citados acima, que são comuns a todas articulações sinoviais, em várias delas encontram-se formações fibrocartilagíneas, interpostas às superfícies articulares, são eles discos, meniscos e orlas. • Classificação quanto ao movimento As articulações sinoviais são classificadas em seis categorias principais tendo por base suas estruturas e os movimentos que permitem. Referências Bibliográficas: 1. VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia humana. 6.ed. Barueri: Manole, 2003. 2. TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
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