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Apostila 3 - Semântica-1

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1 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
SEMÂNTICA 
 
Falar sobre semântica significa, antes de tudo, falar 
sobre significante e significado. Mas, a propósito, tais 
elementos estabelecem relação com exatamente o 
quê? 
Sabemos que nós, assim como muitos outros, 
pertencemos a um grupo social falante da língua 
portuguesa – nosso idioma oficial. Assim sendo, 
podemos afirmar que essa mesma língua se manifesta 
como um sistema de signos convencionais regidos por 
certas regras de organização, representadas pelos 
preceitos gramaticais. 
Esse sistema de signos representa os elementos que 
utilizamos para nos comunicar, os quais se relacionam 
ao significante e ao significado, expressos 
anteriormente. 
Ao falarmos a palavra “pedra”, de imediato temos uma 
imagem psíquica associada a algo que a materialize de 
forma concreta, ou seja, algo representado de forma 
gráfica – que no caso diz respeito às letras, fonemas 
e, posteriormente, às sílabas. 
A palavra "pedra" está associada a um significante e a 
um significado: 
= sf. 1. Matéria mineral dura e sólida, da natureza das 
rochas. 2. Fragmento dela. 3. Rocha, rochedo. 4, 
Lápide sepulcral. [...]. Tais pressupostos nos remetem 
ao significado. 
= também a: p/e/d/r/a – imagem sensorial, 
representada por meio de letras. Pressuposto este 
demarcado pelo significante. 
O que estuda a semântica? 
Munidos agora dessa percepção, concluímos o porquê 
de o significante e do significado estarem intimamente 
ligados à semântica, pois ela se caracteriza como a 
ciência dos significados das palavras. E compreender 
bem acerca dos significados é fundamental para que 
possamos escolher de forma adequada e conveniente 
as palavras que melhor expressam nossas ideias, 
nossos pensamentos. 
 
São atribuições da semântica, portanto, o estudo da: 
 Sinonímia: Bondoso = Caridoso 
 Antonímia: Bondoso x Maldoso 
 Paronímia: Emigrar x Imigrar 
 Homonímia: Acento x Assento 
 Polissemia: Hidrate bem suas mãos. (parte 
constitutiva do corpo humano) 
Não abra mão de seus direitos. (abdicar de algo, 
desistir) 
Fazendo referência a esse caso, há que se constatar 
que, dependendo do contexto, uma mesma palavra 
pode assumir distintos significados. 
 
 
 DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO 
Admiro o voo dos pássaros. (sentido literal, retratado 
pelo dicionário) = denotação 
“Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de 
onde e pousam no livro que lês.” (sentido figurado, 
subjetivo) = conotação 
 
Há palavras da nossa língua que apresentam a mesma 
pronúncia e, às vezes, a mesma grafia, mas sentido 
diferente – são homônimas. Outras há que se parecem 
tanto na escrita quanto na pronúncia – são parônimas. 
O emprego correto dos homônimos e dos parônimos 
depende exclusivamente do seu sentido. Veja as 
seguintes definições: 
• Sinonímia: é a relação que se estabelece entre duas 
palavras ou mais que apresentam significados iguais 
ou semelhantes. 
 • Antonímia: é a relação que se estabelece entre 
duas palavras ou mais que apresentam significados 
diferentes, contrários. 
• Polissemia: é a propriedade que uma mesma 
palavra (uma única raiz etimológica) tem de 
apresentar vários significados. 
• Homonímia: quando palavras com raízes 
etimológicas distintas possuem a mesma pronúncia e, 
às vezes, a mesma grafia, mas significação diferente. 
Veja alguns casos: 
 - Homônimas homófonas: mesmo som 
(pronúncia), mas com grafia diferente. 
 - Homônimas homógrafas: mesma grafia, mas 
pronúncia diferente. 
 - Homógrafas homófonas (perfeitas): são iguais 
na escrita e na pronúncia. 
• Paronímia: parecidas na escrita e na pronúncia, mas 
com significação diferente. 
• Ambiguidade ou anfibologia - nome dado à 
duplicidade de sentidos, termos que apresentam mais 
de um entendimento possível, isto é, duplicidade de 
sentido da frase. 
 
 
2 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
Exercícios de Fixação 
1 - “meu presente é ter você presente”, temos um 
jogo semântico que é proporcionado por: 
a) Uma polissemia ocasionada pela 
palavra presente que de acordo com o contexto, 
assume dois sentidos distintos. 
b) Uma homonímia ocasionada pela semelhança 
fônica e gráfica entre o substantivo presente e o 
adjetivo presente. 
c) Uma sinonímia perfeita entre as duas ocorrências 
da forma expressiva presente. 
d) Uma repetição de duas palavras com igual 
acepção. 
e) N.d.a 
 
2 - Sobre a frase “ o primeiro clone a gente nunca 
esquece” assinale V ou F: 
( ) estabelece relação com outro texto, 
parafraseando a estrutura do slogan de uma 
propaganda. 
( ) é original, pois não estabelece relação com 
nenhum outro texto. 
( ) reflete o conteúdo da frase, pois não faz 
referência a uma segunda experiência com a 
clonagem animal. 
A sequência correta é: 
a)FFV 
b)VFF 
c)FVV 
d)VVF 
e)VFV 
 
3) No ditado popular: “quem casa quer casa”, os 
termos sublinhados são classificados como: 
a) Parônimos 
b) Sinônimos 
c) Antônimos 
d)Homônimos 
e)Polissêmico 
 
4 - Assinale a alternativa em que o vocábulo não 
apresenta um homônimo perfeito: 
a)Verão 
b)Saia 
c)Que 
d)Mato 
e)Concerto 
 
5 - “O preço do açúcar pode estar salgado”. (jornal hoje 
05/01/2006) 
Com relação ao anúncio, analise as proposições que 
seguem: 
1) Temos uma relação de antonímia que dá mais 
ênfase ao conteúdo veiculado. 
2) A oposição entre as palavras “açúcar” e 
“salgado” não é admitida, pois a segunda palavra 
qualifica a primeira, não sendo, portanto 
antônimos perfeitos. 
3) Apesar de termos a relação de antonímia 
explicita entre “doce” e “salgado”, essa acepção 
contraditória está implícita. 
A(s) alternativas correta(s) é(são): 
a)Apenas a I 
b) Apenas a II 
c) Apenas a III 
d)I e II 
e)II e III 
 
6 - “Houve uma semana de acirrados debates na 
câmara. Agora os vereadores concluem sua análise 
com a anuência àquele dispositivo da lei 
municipal”.(Veja, 2006) 
A partir do trecho assinalado acima, entende-se que: 
1) A maioria dos vereadores aprovou certo 
dispositivo da lei municipal. 
2) Os vereadores, sem exceção, aprovaram o 
dispositivo da Lei municipal. 
3) Todos os vereadores reprovaram o dispositivo da 
Lei Municipal. 
4) A maioria absoluta dos vereadores boicotou certo 
dispositivo da Lei Municipal. 
5) A maioria dos vereadores concluiu sua análise 
com indiferença à aprovação ou não de certo 
dispositivo de Lei Municipal. 
 
7-Assinale a alternativa na qual o antônimo está 
indicado corretamente. 
a)( ) único, especial – genérico. 
b)( ) desestimular, desanimar – ampliar. 
c)( ) diminuir, reduzir – incentivar. 
d)( ) calmo, tranquilo – merecimento. 
e)( ) incapacidade, incompetência – irritado. 
 
8-Relacione as colunas de acordo com os sinônimos: 
a)significativo, relevante 
b)adversidade, dificuldade 
c)criar, realizar 
d)ideia, instrução 
e)método, maneira 
I.( ) problema 
II.( ) conhecimento 
III.( ) processo 
IV.( ) importante 
V. ( ) fazer 
 
9-(Promun) Os sinônimos de exilado, sustentar e 
banimento são, respectivamente: 
a)( ) degradado - sustar - prescrição. 
b)( ) degredado - sustar - proscrição. 
c)( ) degredado - suster - proscrição. 
d)( ) degradado - suster - prescrição. 
e)( ) degradado - sustar - proscrição. 
 
 
3 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
10-Os hiperônimos de gato, rosa e amor são, 
respectivamente: 
a)esporte – órgão - sentimento. 
b)insetos – mamíferos - veículos. 
c)felino – flor - sentimento. 
d)felino – sentimento - esporte. 
e)felino – sentimento - órgão. 
 
11-(UFRJ) Esparadrapo 
Há palavras que parecem exatamente o que querem 
dizer. “Esparadrapo”, por exemplo. Quem quebrou a 
cara fica mesmo com cara de esparadrapo. No 
entanto, há outras, aliás de nobre sentido, que 
parecem estar insinuando outra coisa. Por exemplo, 
“incunábulo*”. 
QUINTANA, Mário. Da preguiça como método de trabalho. Rio de Janeiro, Globo. 
1987. p. 83. 
*Incunábulo: [dolat. Incunabulu; berço]. Adj. 1- Diz-se do livro impresso 
até o ano de 1500./ S.m. 2 – Começo, origem. 
A locução “No entanto” tem importante papel na 
estrutura do texto. Sua função resume-se em: 
a)ligar duas orações que querem dizer exatamente a 
mesma coisa. 
b)separar acontecimentos que se sucedem 
cronologicamente. 
c)ligar duas observações contrárias acerca do mesmo 
assunto. 
d)apresentar uma alternativa para a primeira ideia 
expressa. 
e)introduzir uma conclusão após os argumentos 
apresentados. 
 
12.No _______ do violoncelista _____ havia muitas 
pessoas, pois era uma ______beneficente. 
a)conserto - eminente - sessão 
b)concerto - iminente - seção 
c)conserto - iminente - seção 
d)concerto - eminente - sessão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VALOR SEMÂNTICO 
 
Valor semântico é o sentido atribuído às palavras 
mediante o seu contexto. 
1.Tinha uma vizinha que era uma cobra! 
2.O caseiro encontrou uma cobra no sítio. 
 
A palavra cobra usada nos dois exemplos diferem no 
seu significado. No primeiro deles, a pessoa não está 
contente com a vizinha, que segundo ela é uma pessoa 
má, cuja convivência é difícil. No segundo, a palavra 
tem o sentido literal, ou seja, de um réptil. 
 
 
Valor semântico das PREPOSIÇÕES 
 
 Assunto: O livro trata de culinária. 
 Causa: Com a barba feita, conseguiu emprego. 
 Companhia: Se for para ir com você eu vou. 
 Conformidade: Entreguei tudo como ele pediu. 
 Distância: A poucos metros você encontra a 
padaria. 
 Finalidade: Cheguem cedo para não perdermos o 
ônibus. 
 Instrumento: Com o que você se machucou? 
 Lugar: Mudou-se para a Alemanha. 
 Matéria: Fiz bolo de chocolate. 
 Meio: Falei com ela por telefone. 
 Modo: Faz tudo com disposição. 
 Oposição: Agiu contra a minha vontade. 
 Origem: De onde você é? 
 Posse: Este livro é da biblioteca? 
 Tempo: Vou me aposentar por tempo de 
contribuição. 
 
Valor semântico das CONJUNÇÕES 
 
 Adição: Passeei e descansei. 
 Adversidade: Faço tudo e não vejo nada pronto. 
 Alternativa: Ora estudava, ora fingia que 
estudava. 
 Causa: Como estou doente, não vou à festa. 
 Comparação: Anda como a mãe. 
 Concessão: Vou à praia, e está chovendo. 
 Conclusão: Não dormiu em casa porque a cama 
está arrumada. 
 Condição: Se resolver ir, chame. 
 Conformidade: Faço tudo como ele quer. 
 Consequência: Você mexe-se, e eu atiro. 
 Explicação: Fica, pois ela vai precisar de ajuda. 
 Finalidade: Faço o bolo e levo na hora do 
Parabéns. 
 Proporção: Tanto mais faz, tanto menos é 
reconhecido. 
 Tempo: Quando o professor chegar, eu guardo o 
telefone. 
 
 
4 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
EXERCÍCIOS 
 
1. (PUC-SP) Assinale a alternativa que possa 
substituir, pela ordem, as partículas de transição dos 
períodos abaixo, sem alterar o significado delas. 
"Em (primeiro lugar), observemos o avô. 
(Igualmente), lancemos um olhar para a avó. 
(Também) o pai deve ser observado. Todos são altos 
e morenos. (Consequentemente), a filha também será 
morena e alta." 
a) primeiramente, ademais, além disso, em suma 
b) acima de tudo, também, analogamente, finalmente 
c) primordialmente, similarmente, segundo, portanto 
d) antes de mais nada, da mesma forma, por outro 
lado, por conseguinte... 
e) sem dúvida, intencionalmente, pelo contrário, com 
efeito. 
 
2. (Enem-2014) 
Miss Universo: "As pessoas racistas devem procurar 
ajuda" 
SÃO PAULO - Leila Lopes, de 25 anos, não é a 
primeira negra a receber a faixa de Miss Universo. A 
primazia coube a Janelle "Penny" Commissiong, de 
Trinidad e Tobago, vencedora do concurso em 1977. 
Depois dela vieram Chelsi Smith, dos Estados 
Unidos, em 1995; Wendy Fitzwilliam, também de 
Trindad e Tobago, em 1998, e Mpule Kwelagobe, de 
Botswana, em 1999. Em 1986, a gaúcha Deise 
Nunes, que foi a primeira negra a se eleger Miss 
Brasil, ficou em sexto lugar na classificação geral. 
Ainda assim a estupidez humana faz com que, vez ou 
outra, surjam manifestações preconceituosas como a 
de um site brasileiro que, às vésperas da competição, 
e se valendo do anonimato de quem o criou, emitiu 
opiniões do tipo "Como alguém consegue achar uma 
preta bonita?" Após receber o título, a mulher mais 
linda do mundo - que tem o português como língua 
materna e também fala fluentemente o inglês - disse o 
que pensa de atitudes como essa e também sobre 
como sua conquista pode ajudar os necessitados de 
Angola e de outros países. 
COSTA, D. Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 10 set 2011 
(adaptado) 
 
O uso da expressão “ainda assim” presente nesse 
texto tem como finalidade 
a) criticar o teor das informações fatuais até ali 
veiculadas. 
b) questionar a validade das ideias apresentadas 
anteriormente. 
c) comprovar a veracidade das informações expressas 
anteriormente. 
d) introduzir argumentos que reforçam o que foi dito 
anteriormente. 
e) enfatizar o contrassenso entre o que é dito antes e o 
que vem em seguida... 
3. (PUC-SP) No período: "Da própria garganta saiu 
um grito de admiração, que Cirino 
acompanhou, embora com menos entusiasmo", a 
palavra destacada expressa uma ideia de: 
a) explicação 
b) concessão.. 
c) comparação 
d) modo 
e) consequência 
 
4. (Enem-2010) 
Os filhos de Anna eram bons, uma coisa verdadeira e 
sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para 
si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A 
estouros. O calor era forte no apartamento que 
estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo 
nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que 
se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o 
calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as 
sementes que tinha na mão, não outras, mas essas 
apenas. 
LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. 
 
A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no 
fragmento apresentado. Observando aspectos da 
organização, estruturação e funcionalidade dos 
elementos que articulam o texto, o conectivo mas 
 
a) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em 
que aparece no texto. 
b) quebra a fluidez do texto e prejudica a 
compreensão, se usado no início da frase. 
c) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na 
abertura da frase. 
d) contém uma ideia de sequência temporal que 
direciona a conclusão do leitor. 
e) assume funções discursivas distintas nos dois 
contextos de uso... 
 
5. (UFPB-2010) No fragmento “A vida ganhou em 
qualidade, prorrogando a juventude, sem com isso 
perder os benefícios da longevidade bem-vinda [...]", 
a oração destacada expressa ideia de: 
a) Condição 
b) Consequência 
c) Concessão.. 
d) Comparação 
e) Causa 
 
6. (PUC-SP) Em: “… ouviam-se amplos bocejos, 
fortes como o marulhar das ondas…” a 
partícula como expressa uma ideia de: 
a) comparação.. 
b) causa 
c) explicação 
d) conclusão 
e) proporção 
 
5 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
7. (UEL-PR) Não gostava muito de novelas policiais; 
admirava, porém, a técnica de seus autores. Comece 
com: Admirava a técnica... 
a) visto como 
b) enquanto 
c) conquanto 
d) porquanto 
e) à medida que 
 
8. (Fuvest-SP) "Podem acusar-me: estou com a 
consciência tranqüila." Os dois pontos (:) do período 
acima poderiam ser substituídos por vírgula, 
explicitando-se o nexo entre as duas orações pela 
conjunção: 
a) portanto 
b) e 
c) como 
d) pois 
e) embora 
 
9. (Mackenzie-SP) Assinale “como” assume a mesma 
função que exerce em "como fosse trazido à sua 
presença um pirata". 
a) Como você conseguiu chegar até aqui? 
b) Como todos podem ver, a situação não é das 
melhores. 
c) Não só leu os livros indicados, como também 
outros de interesse pessoal. 
d) Como não telefonou, resolvi procurá-lo 
pessoalmente. 
e) O arquiteto projetou o jardim exatamente como lhe 
pediram. 
 
10. (Enem-2016) 
O senso comum é que só os seres humanos são 
capazes de rir. Isso não é verdade? 
Não.O riso básico — o da brincadeira, da diversão, 
da expressão física do riso, do movimento da face e 
da vocalização — nós compartilhamos com diversos 
animais. Em ratos, já foram observadas vocalizações 
ultrassônicas — que nós não somos capazes de 
perceber — e que eles emitem quando estão 
brincando de “rolar no chão”. Acontecendo de o 
cientista provocar um dano em um local específico 
no cérebro, o rato deixa de fazer essa vocalização e a 
brincadeira vira briga séria. Sem o riso, o outro pensa 
que está sendo atacado. O que nos diferencia dos 
animais é que não temos apenas esse mecanismo 
básico. Temos um outro mais evoluído. Os animais 
têm o senso de brincadeira, como nós, mas não têm 
senso de humor. O córtex, a parte superficial do 
cérebro deles, não é tão evoluído como o nosso. 
Temos mecanismos corticais que nos permitem, por 
exemplo, interpretar uma piada. 
Disponível em: http://globonews.globo.com. Acesso em: 31 maio 2012 (adaptado). 
 
A coesão textual é responsável por estabelecer 
relações entre as partes do texto. Analisando o trecho 
“Acontecendo de o cientista provocar um dano em 
um local específico no cérebro”, verifica-se que ele 
estabelece com a oração seguinte uma relação de 
 
a) finalidade, porque os danos causados ao cérebro 
têm por finalidade provocar a falta de vocalização 
dos ratos. 
b) oposição, visto que o dano causado em um local 
específico no cérebro é contrário à vocalização dos 
ratos. 
c) condição, pois é preciso que se tenha lesão 
específica no cérebro para que não haja vocalização 
dos ratos.. 
d) consequência, uma vez que o motivo de não haver 
mais vocalização dos ratos é o dano causado no 
cérebro. 
e) proporção, já que à medida que se lesiona o 
cérebro não é mais possível que haja vocalização dos 
ratos. 
 
11. (Enem-2014) 
 
Tarefa 
 
Morder o fruto amargo e não cuspir 
Mas avisar aos outros quanto é amargo 
Cumprir o trato injusto e não falhar 
Mas avisar aos outros quanto é injusto 
Sofrer o esquema falso e não ceder 
Mas avisar aos outros quanto é falso 
Dizer também que são coisas mutáveis... 
E quando em muitos a não pulsar 
— do amargo e injusto e falso por mudar — 
então confiar à gente exausta o plano 
de um mundo novo e muito mais humano. 
 
Na organização do poema, os empregos da conjunção 
“mas” articulam, para além de sua função sintática, 
a) a ligação entre verbos semanticamente 
semelhantes. 
b) a oposição entre ações aparentemente 
inconciliáveis. 
c) a introdução do argumento mais forte de uma 
sequência. 
d) o reforço da causa apresentada no enunciado 
introdutório. 
e) a intensidade dos problemas sociais presentes no 
mundo. 
 
12. (Fuvest-SP) Nas frases abaixo, cada espaço 
pontilhado corresponde a uma conjunção retirada. 
1) "Porém já cinco sóis eram passados (....) dali nos 
partíramos." 
2) (....) estivesse doente faltei à escola. 
 
6 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
3) (...) haja maus nem por isso devemos descrer dos 
bons. 
4) Pedro será aprovado (...) estude. 
5) (...) chova sairei de casa. 
As conjunções retiradas são, respectivamente: 
a) quando, embora, mesmo que, desde que, ainda 
que. 
b) que, como, embora, desde que, ainda que.. 
c) como, que, porque, ainda que, desde que. 
d) que, ainda que, embora, como, logo que. 
e) que, quando, embora, desde que, já que 
 
 
COESÃO E COERÊNCIA 
 
A Coesão e a Coerência são mecanismos 
fundamentais na construção textual. 
Para que um texto seja eficaz na transmissão da sua 
mensagem é essencial que faça sentido para o leitor. 
Além disso, deve ser harmonioso, de forma a que a 
mensagem flua de forma segura, natural e agradável 
aos ouvidos. 
 
COESÃO TEXTUAL 
A coesão é resultado da disposição e da correta 
utilização das palavras que propiciam a ligação entre 
frases, períodos e parágrafos de um texto. Ela colabora 
com sua organização e ocorre por meio de palavras 
chamadas de conectivos. 
 
Mecanismos de Coesão 
A coesão pode ser obtida através de alguns 
mecanismos: anáfora e catáfora. 
A anáfora e a catáfora se referem à informação 
expressa no texto e, por esse motivo, são qualificadas 
como endofóricas. 
Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora 
o antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia 
textual. 
 
Algumas Regras 
Confira abaixo algumas regras que garantem a coesão 
textual: 
 
Referência 
 Pessoal: utilização de pronomes pessoais e 
possessivos. Exemplo: João e Maria 
casaram. Eles são pais de Ana e Beto. (Referência 
pessoal anafórica) 
 Demonstrativa: utilização de pronomes 
demonstrativos e advérbios. Exemplo: Fiz todas 
as tarefas, com exceção desta: arquivar a 
correspondência. (Referência demonstrativa 
catafórica) 
 Comparativa: utilização de comparações através 
de semelhanças. Exemplo: Mais um 
dia igual aos outros… (Referência comparativa 
endofórica) 
Substituição 
Substituir um elemento (nominal, verbal, frasal) por 
outro é uma forma de evitar as repetições. 
Exemplo: Vamos à prefeitura amanhã, eles irão na 
próxima semana. 
Observe que a diferença entre a referência e a 
substituição está expressa especialmente no fato de 
que a substituição acrescenta uma informação nova ao 
texto. 
No caso de “João e Maria casaram. Eles são pais de 
Ana e Beto”, o pronome pessoal referencia as pessoas 
João e Maria, não acrescentando informação adicional 
ao texto. 
 
Elipse 
Um componente textual, quer seja um nome, um verbo 
ou uma frase, pode ser omitido através da elipse. 
Exemplo: Temos ingressos a mais para o concerto. 
Você os quer? 
(A segunda oração é perceptível mediante o contexto. 
Assim, sabemos que o que está sendo oferecido são 
ingressos para o concerto.) 
 
Conjunção 
A conjunção liga orações estabelecendo relação entre 
elas. 
Exemplo: Nós não sabemos quem é o 
culpado, mas ele sabe. (adversativa) 
 
Coesão Lexical 
A coesão lexical consiste na utilização de palavras que 
possuem sentido aproximado ou que pertencem a um 
mesmo campo lexical. São elas: sinônimos, 
hiperônimos, nomes genéricos, entre outros. 
Exemplo: Aquela escola não oferece as condições 
mínimas de trabalho. A instituiçãoestá literalmente 
caindo aos pedaços. 
 
Coerência Textual 
A Coerência é a relação lógica das ideias de um texto 
que decorre da sua argumentação - resultado 
especialmente dos conhecimentos do transmissor da 
mensagem. 
Um texto contraditório e redundante ou cujas ideias 
iniciadas não são concluídas, é um texto incoerente. A 
incoerência compromete a clareza do discurso, a sua 
fluência e a eficácia da leitura. 
Assim a incoerência não é só uma questão de 
conhecimento, decorre também do uso de tempos 
verbais e da emissão de ideias contrárias. 
Exemplos: 
 O relatório está pronto, porém o estou finalizando 
até agora. (processo verbal acabado e inacabado) 
https://www.todamateria.com.br/conectivos/
https://www.todamateria.com.br/anafora/
 
7 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
 Ele é vegetariano e gosta de um bife muito mal 
passado. (os vegetarianos são assim classificados 
pelo fato de se alimentar apenas de vegetais) 
 
Fatores de Coerência 
São inúmeros os fatores que contribuem para a 
coerência de um texto, tendo em vista a sua 
abrangência. Vejamos alguns: 
 
Conhecimento de Mundo 
É o conjunto de conhecimento que adquirimos ao 
longo da vida e que são arquivados na nossa memória. 
São o chamados frames (rótulos), esquemas (planos de 
funcionamento, como a rotina alimentar: café da 
amanhã, almoço e jantar), planos (planejar algo com 
um objetivo, tal como jogar um jogo), scripts (roteiros, 
tal como normas de etiqueta). 
Exemplo: Peru, Panetone, frutas e nozes. Tudo a 
postos para o Carnaval! 
Uma questão cultural nos leva a concluir que a oração 
acima é incoerente. Isso porque “peru, panetone, frutas 
e nozes” (frames) são elementos que pertencem à 
celebração do Natal e não à festa de carnaval. 
 
Inferências 
Através das inferências,as informações podem ser 
simplificadas se partimos do pressuposto que os 
interlocutores partilham do mesmo conhecimento. 
Exemplo: Quando os chamar para jantar não esqueça 
que eles são indianos. (ou seja, em princípio, esses 
convidados não comem carne de vaca) 
 
Fatores de contextualização 
Há fatores que inserem o interlocutor na mensagem 
providenciando a sua clareza, como os títulos de uma 
notícia ou a data de uma mensagem. 
Exemplo: 
— Está marcado para às 10h. 
— O que está marcado para às 10h? Não sei sobre o 
que está falando. 
 
Informatividade 
Quanto maior informação não previsível um texto 
tiver, mais rico e interessante ele será. Assim, dizer o 
que é óbvio ou insistir numa informação e não 
desenvolvê-la, com certeza desvaloriza o texto. 
Exemplo: O Brasil foi colonizado por Portugal. 
 
Princípios Básicos 
Após termos visto os fatores acima, é essencial ter em 
atenção os seguintes princípios para se obter um texto 
coerente: 
 Princípio da Não Contradição - ideias 
contraditórias 
 Princípio da Não Tautologia - ideias 
redundantes 
 Princípio da Relevância - ideias que se 
relacionam 
 
Diferença entre Coesão e Coerência 
 
Coesão e coerência são coisas diferentes, de modo que 
um texto coeso pode ser incoerente. Ambas têm em 
comum o fato de estarem relacionadas com as regras 
essenciais para uma boa produção textual. 
A coesão textual tem como foco a articulação interna, 
ou seja, as questões gramaticais. Já a coerência textual 
trata da articulação externa e mais profunda da 
mensagem. 
 
Exercícios 
 
Questão 1 
Sobre a coerência textual, é incorreto afirmar: 
 
a) A coerência é uma conformidade entre fatos ou 
ideias, própria daquilo que tem nexo, conexão, 
portanto, podemos associá-la ao processo de 
construção de sentidos do texto e à articulação das 
ideias. 
b) Por serem os sentidos elementos subjetivos, 
podemos dizer que a coerência não pode ser 
delimitada, pois o leitor é o responsável pela 
constituição dos significados do texto. 
c) A coerência é imaterial e não está na superfície 
textual. Compreender aquilo que está escrito 
dependerá dos níveis de interação entre o leitor, o 
autor e o texto. Por esse motivo, um mesmo texto 
pode apresentar múltiplas interpretações. 
d) A não contradição, a não tautologia e o princípio 
da relevância são elementos básicos que garantem a 
coerência textual. 
e) A coerência textual dispensa o uso adequado dos 
conectivos, elementos que apenas colaboram para a 
estruturação do texto sem apresentar relação direta 
com a semântica textual. 
 
Questão 2 
Observe a tirinha Calvin e Haroldo, de Bill 
Watterson, e responda à questão: 
Para cada situação interativa existe uma variedade de 
língua adequada. O falante pode optar pela variedade 
padrão ou pela variedade não padrão. 
Sobre o nível de linguagem adotado por Calvin, 
podemos afirmar que se trata, em relação aos tipos de 
coerência, de uma 
a) incoerência pragmática. 
b) incoerência genérica. 
c) incoerência estilística. 
d) incoerência temática. 
e) incoerência semântica. 
 
 
8 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
 
 
Questão 3 
 
Oito Anos 
 
“Por que você é Flamengo 
E meu pai Botafogo 
O que significa 
"Impávido colosso"? 
Por que os ossos doem 
enquanto a gente dorme 
Por que os dentes caem 
Por onde os filhos saem 
Por que os dedos murcham 
quando estou no banho 
Por que as ruas enchem 
quando está chovendo 
Quanto é mil trilhões 
vezes infinito 
Quem é Jesus Cristo 
Onde estão meus primos 
Well, well, well 
Gabriel (...)”. 
(Paula Toller/Dunga. CD Partimpim, de Adriana Calcanhoto, São Paulo, 2004) 
 
Julgue as seguintes proposições: 
I. Pode-se dizer que se trata de um conjunto de frases 
interrogativas sem ligação entre si, configurando então 
um texto desprovido de coerência. 
II. Embora o texto apresente uma série de 
interrogações aparentemente sem ligação entre si, 
existem nele elementos linguísticos que nos permitem 
construir a coerência textual. 
III. A letra da canção é constituída por uma “lista” das 
perguntas que um filho faz para a mãe, e a 
sequenciação de perguntas aparentemente desconexas, 
na verdade, explicita o grande número de 
questionamentos que povoam o imaginário infantil. 
IV. A ausência de elementos sintáticos, como 
conectivos, prejudica a construção de sentidos do 
texto. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas II e III estão corretas. 
c) Apenas I e IV estão corretas. 
d) Apenas I e III estão corretas. 
e) I, III e IV estão corretas. 
 
Questão 4- (UDESC 2008) 
Identifique a ordem em que os períodos devem 
aparecer, para que constituam um texto coeso e 
coerente. (Texto de Marcelo Marthe: Tatuagem com 
bobagem. Veja, 05 mar. 2008, p. 86.) 
I - Elas não são mais feitas em locais precários, e sim 
em grandes estúdios onde há cuidado com a higiene. 
II - As técnicas se refinaram: há mais cores 
disponíveis, os pigmentos são de melhor qualidade e 
ferramentas como o laser tornaram bem mais simples 
apagar uma tatuagem que já não se quer mais. 
III - Vão longe, enfim, os tempos em que o conceito 
de tatuagem se resumia à velha âncora de marinheiro. 
IV - Nos últimos dez ou quinze anos, fazer uma 
tatuagem deixou de ser símbolo de rebeldia de um 
estilo de vida marginal. 
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, 
em que os períodos devem aparecer. 
A)II, I, III, IV 
B) IV, II, III, I 
C) IV, I, II, III 
D) III, I, IV, II 
E) I, III, II, IV 
 
Questão 5- (FCC 2007) 
O emprego do elemento sublinhado compromete a 
coerência da frase: 
A) Cada época tem os adolescentes que merece, pois 
estes são influenciados pelos valores socialmente 
dominantes. 
B) Os jovens perderam a capacidade de sonhar alto, 
por conseguinte alguns ainda resistem ao 
pragmatismo moderno. 
C) Nos tempos modernos, sonhar faz muita falta ao 
adolescente, bem como alimentar a confiança em sua 
própria capacidade criativa. 
D) A menos que se mudem alguns paradigmas 
culturais, as gerações seguintes serão tão conformistas 
quanto a atual. 
 
9 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
E) Há quem fique desanimado com os jovens de hoje, 
porquanto parece faltar-lhes a capacidade de sonhar 
mais alto. 
 
Questão 6- (ACAFE 2009) 
Assinale a frase correta quanto às normas gramaticais 
do português padrão, à coesão textual e à coerência. 
A) Em Florianópolis, os salários são, em média, 50% 
menores do que os de Brasília, mas, apesar do custo de 
vida ser menor. 
B) O Chico Oliveira foi o único namorado que tive; eu 
conheci ele através da internet e logo fiquei locamente 
apaixonada. 
C) “O Estatuto da Cidade avançou com relação à CF, 
ao prever a obrigatoriedade do Plano Diretor não-só 
para cidades com mais de vinte mil habitantes (art. 
182, parágrafo 2º), como também em outras hipóteses 
[...]” 
D) O MPE encaminhou um oficio à Secretaria 
Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento 
Urbano solicitando informações sobre estágio que está 
o projeto e a execução do projeto, se foram feitos 
EIA/RIMA, EIV e GDU da obra e se esta possui 
Licença Ambiental de Operação e se foi realizada 
audiência pública para esclarecer à população sobre a 
obra. 
E) A taxa de desemprego subiu para 9,4% em maio, a 
maior desde 1983, mas a perda de postos de trabalho 
ficou em 345 mil, bem inferior ao esperado, de 520 mil 
vagas. 
 
Questão7- (UFPR2010) Considere as seguintes 
sentenças. 
I- Ainda que os salários estejam cada vez mais 
defasados, o aumento de preços diminui 
consideravelmente seu poder de compras. 
II- O Governo resolveu não se comprometer com 
nenhuma das facções formadas no congresso. Desse 
modo, todos ficarão à vontade para negociar as 
possíveis saídas. 
III- Embora o Brasil possua muito solo fértil com 
vocação para o plantio, isso conseguiu atenuar 
rapidamente o problema da fome. 
IV- Choveu muito no inverno deste ano. Entretanto, 
novos projetos de irrigação foramnecessários. 
As expressões grifadas NÃO estabelecem as relações 
de significado adequadas, criando problemas de 
coerência, em: 
A) 2 apenas. 
B) 1 e 3 apenas. 
C) 1 e 4 apenas. 
D) 2, 3 e 4 apenas. 
E) 2 e 4 apenas. 
 
 
 
 
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 
 
A comunicação está associada à linguagem e 
interação, de forma que representa a transmissão de 
mensagens entre um emissor e um receptor. 
Derivada do latim, o termo comunicação 
(“communicare”) significa “partilhar, participar de 
algo, tornar comum”, sendo, portanto, um elemento 
essencial da interação social humana. 
Os elementos que compõem a comunicação são: 
 Emissor: chamado também de locutor ou falante, 
o emissor é aquele que emite a mensagem para um 
ou mais receptores, por exemplo, uma pessoa, um 
grupo de indivíduos, uma empresa, dentre outros. 
 Receptor: denominado de interlocutor ou ouvinte, 
o receptor é quem recebe a mensagem emitida 
pelo emissor. 
 Mensagem: é o objeto utilizado na comunicação, 
de forma que representa o conteúdo, o conjunto de 
informações transmitidas pelo locutor, por isso. 
 Código: representa o conjunto de signos que serão 
utilizados na mensagem 
 Canal de Comunicação: corresponde ao local 
(meio) onde a mensagem será transmitida, por 
exemplo, jornal, livro, revista, televisão, telefone, 
dentre outros. 
 Contexto: Também chamado de referente, trata-
se da situação comunicativa em que estão 
inseridos o emissor e receptor. 
 Ruído na Comunicação: ele ocorre quando a 
mensagem não é decodificada de forma correta 
pelo interlocutor, por exemplo, o código utilizado 
pelo locutor, desconhecido pelo interlocutor; 
barulho do local; voz baixa; dentre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fique atento! 
A comunicação somente será efetivada se o receptor 
decodificar a mensagem transmitida pelo emissor. 
Em outras palavras, a comunicação ocorre a partir do 
momento que o interlocutor atinge o entendimento da 
mensagem transmitida. 
Nesse caso, podemos pensar em duas pessoas de 
países diferentes e que não conhecem a língua 
utilizada por elas (russo e mandarim). 
Sendo assim, o código utilizado por elas é 
desconhecido e, portanto, a mensagem não será 
inteligível para ambas, impossibilitando o processo 
comunicacional. 
 
 
 
10 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
Importância da Comunicação 
 
O ato de comunicar-se é essencial tanto para os seres 
humanos e os animais, uma vez que através da 
comunicação partilhamos informações e adquirimos 
conhecimentos. 
Note que somos seres sociais e culturais. Ou seja, 
vivemos em sociedade e criamos culturas as quais são 
construídas através do conjunto de conhecimentos que 
adquirimos por meio da linguagem, explorada nos atos 
de comunicação. 
Quando pensamos nos seres humanos e nos animais, 
fica claro que algo essencial nos distingue deles: a 
linguagem verbal. 
A criação da linguagem verbal entre os seres humanos 
foi essencial para o desenvolvimento das sociedades, 
bem como para a criação de culturas. 
Os animais, por sua vez, agem por extinto e não pelas 
mensagens verbais que são transmitidas durante a 
vida. Isso porque eles não desenvolveram uma língua 
(código) e por isso, não criaram uma cultura. 
 
LINGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL 
A linguagem verbal é aquela expressa por meio de 
palavras escritas ou falada, ou seja, a linguagem 
verbalizada, enquanto a linguagem não- verbal, 
utiliza dos signos visuais para ser efetivada, por 
exemplo, as imagens nas placas e as cores na 
sinalização de trânsito. 
 
 
 
Antes de mais nada, vale ressaltar que ambas são tipos 
de modalidades comunicativas, sendo a comunicação 
definida pela troca de informações entre o emissor e o 
receptor com a finalidade de transmitir uma mensagem 
(conteúdo). Nesse sentido, a linguagem representa o 
uso da língua em diversas situações comunicativas. 
As duas modalidades são muito importantes e 
utilizadas no dia a dia, no entanto, a linguagem verbal 
é a mais empregada, por exemplo, quando escrevemos 
um e-mail, utilizamos a linguagem verbal, expressa 
pela escrita; ou quando observamos as cores do 
semáforo, expressa pela linguagem visual (não-
verbal). 
Em resumo, se a transmissão de informações na 
mensagem é realizada mediante o uso de palavras, 
trata-se de um discurso verbal, por outro lado, se a 
mensagem não é produzida pela escrita, estamos 
utilizando um discurso com linguagem não-verbal. 
Linguagem Mista 
 
Além da linguagem verbal e não verbal há a linguagem 
mista ou híbrida, a qual agrega essas duas 
modalidades, ou seja, utiliza a linguagem verbal e não-
verbal para produzir a mensagem, por exemplo, nas 
histórias em quadrinhos, em que acompanhamos a 
história por meio dos desenhos e das falas das 
personagens. 
 
EXERCÍCIOS 
1- Eis que segue uma das criações artísticas do poeta 
Fernando Pessoa. Após analisá-la, elucide os 
elementos em questão: 
 
Mar português 
 
Ó mar salgado, quanto do teu sal 
São lágrimas de Portugal! 
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, 
Quantos filhos em vão rezaram! 
 
Quantas noivas ficaram por casar 
Para que fosses nosso, ó mar! 
Valeu a pena? Tudo vale a pena 
Se a alma não é pequena. 
 
Quem quer passar além do Bojador 
Tem que passar além da dor. 
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, 
Mas nele é que espelhou o céu. 
a- emissor 
b- receptor 
c- mensagem 
d- código 
e- canal 
f- contexto. 
 
2- O pai conversa com a filha ao telefone e diz que 
vai chegar atrasado para o jantar. 
Nesta situação, podemos dizer que o canal é: 
a) o pai 
b) a filha 
c) fios de telefone 
d) o código 
e) a fala 
 
3. Assinale a alternativa incorreta: 
a) Só existe comunicação quando a pessoa que recebe 
a mensagem entende o seu significado. 
b) Para entender o significado de uma mensagem, 
não é preciso conhecer o código. 
 
11 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
c) As mensagens podem ser elaboradas com vários 
códigos, formados de palavras, desenhos, números, 
etc. 
d) Para entender bem um código, é necessário 
conhecer suas regras. 
e) Conhecendo os elementos e regras de um código, 
podemos combiná-los de várias maneiras, criando 
novas mensagens. 
 
4. Uma pessoa é convidada a dar uma palestra em 
Espanhol. A pessoa não aceita o convite, pois não 
sabia falar com fluência a língua Espanhola. Se esta 
pessoa tivesse aceitado fazer esta palestra seria um 
fracasso porque: 
a) não dominava os signos 
b) não dominava o código 
c) não conhecia o referente 
d) não conhecia o receptor 
e) não conhecia a mensagem 
 
5. Um guarda de trânsito percebe que o motorista de 
um carro está em alta velocidade. Faz um gesto 
pedindo para ele parar. Neste trecho o gesto que o 
guarda faz para o motorista parar, podemos dizer que é: 
a) o código que ele utiliza 
b) o canal que ele utiliza 
c) quem recebe a mensagem 
d) quem envia a mensagem 
e) o assunto da mensagem 
 
6. A mãe de Felipe sacode-o levemente e o chama: 
“Felipe está na hora de acordar”. 
O que está destacado é: 
a) o emissor 
b) o código 
c) o canal 
d) a mensagem 
e) o referente 
 
7. Podemos afirmar que Referente é: 
a) quem recebe a mensagem 
b) o assunto da mensagem 
c) o que transmite a mensagem 
d) quem envia a mensagem 
e) o código usado para estabelecer comunicação 
_______________________________________ 
QUESTÃO 1 (UERJ) 
Mineiro de Araguari, o cartunista Caulos já publicou 
seus trabalhos em diversos jornais, entre eles o Jornal 
do Brasil e o The New York Times 
No cartum apresentado, o significado da palavra 
escrita é reforçado pelos elementos visuais, próprios 
da linguagem não verbal. A separação das letras da 
palavra em balões distintos contribui para expressar 
principalmente a seguinte ideia: 
a) dificuldade de conexão entre as pessoas 
b) aceleração da vida na contemporaneidade 
c) desconhecimento das possibilidades de diálogo 
d) desencontro de pensamentos sobre um assunto 
 
QUESTÃO 2 
Nosquadrinhos, o uso simultâneo das linguagens 
verbal e não verbal contribui para a construção de 
sentidos do texto. 
Na tira do cartunista argentino Quino, utilizam-se 
recursos gráficos que lembram o cinema. 
A associação com a linguagem artística do cinema, 
que lida com o movimento e com o instrumento da 
câmera, é garantida pelo procedimento do cartunista 
demonstrado a seguir: 
a) ressaltar o trabalho com a vassoura para sugerir 
ação. 
b) ampliar a imagem da mulher para indicar 
aproximação. 
c) destacar a figura da cadeira para indiciar sua 
importância. 
d) apresentar a sombra dos personagens para sugerir 
veracidade. 
 
 
 
12 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
QUESTÃO 3 
 
 
 
Sobre a tirinha de Garfield, é correto afirmar que: 
a) A linguagem verbal é o elemento principal para o 
entendimento da tirinha. 
b) O uso da linguagem verbal não faz diferença para 
a compreensão da tirinha. 
c) O uso simultâneo das linguagens verbal e não 
verbal colabora para o entendimento da tirinha. 
d) A sequência cronológica dos fatos relatados nas 
imagens não influencia na compreensão da tirinha. 
QUESTÃO 4- Sobre as linguagens verbal e não 
verbal, é INCORRETO afirmar que: 
a) A linguagem verbal utiliza qualquer código para se 
expressar, enquanto a linguagem não verbal faz uso 
apenas da língua escrita. 
b) São utilizadas para criar atos de comunicação que 
nos permitem dizer algo. 
c) A linguagem não verbal é aquela que utiliza 
qualquer código que não seja a palavra, enquanto a 
linguagem verbal utiliza a língua, seja oral ou escrita, 
para estabelecer comunicação. 
d) Linguagem verbal e não verbal, quando 
simultâneas, colaboram para o entendimento do 
texto. 
 
QUESTÃO 5 
 
Gráficos são exemplos de utilização simultânea das 
linguagens verbal e não verbal. É preciso analisar as 
duas ocorrências para a compreensão do texto. Nos 
gráficos, os elementos visuais e os elementos textuais 
são fundamentais para o entendimento total da 
mensagem transmitida. 
No gráfico em questão, a linguagem verbal e a 
linguagem não verbal têm como intenção mostrar ao 
leitor que: 
 
a) O número de casamentos entre pessoas acima de 
60 anos diminuiu em um período de cinco anos. 
b) O número de pessoas acima de 60 anos que estão 
inseridas no mercado de trabalho é 
proporcionalmente inverso à quantidade de pessoas 
que se casam nessa faixa etária. 
c) Apresenta dados para o leitor que comprovam o 
aumento no número de casamentos entre pessoas 
acima de 60 anos, assim como o aumento da inserção 
de pessoas acima de 60 anos no mercado de trabalho. 
d) Apresenta a preocupação com a diminuição no 
número de casamentos entre pessoas de várias faixas 
etárias da população brasileira, assim como a 
dificuldade dessas pessoas para conseguir emprego 
no mercado de trabalho. 
 
LINGUAGEM DENOTATIVA E CONOTATIVA 
 
 
As palavras e expressões podem ser usadas em 
sentido próprio ou figurado. Na comunicação 
cotidiana, geralmente, as palavras aparecem com 
apenas um sentido; isto é, um sentido comum, 
conhecido por todos, permitindo um único 
entendimento por parte do leitor ou do ouvinte. A 
esta linguagem, que só pode ser entendida de um 
modo, pressupondo uma única interpretação, dá-se o 
nome de linguagem denotativa. DENOTAÇÃO é, 
portanto, o significado dicionarizado de uma palavra, 
relacionada ou não com outra. 
 
Já a CONOTAÇÃO é a capacidade que uma palavra 
tem de, em virtude do seu relacionamento com 
outras, sofrer alteração de significado, isto é, as 
palavras aparecem com mais de um sentido, 
permitindo mais de um entendimento por parte do 
leitor ou ouvinte. A linguagem conotativa é 
característica da linguagem das artes, para a 
comunicação literária. Conotação é, então, o uso do 
sentido figurado, representativo, sugerindo ideias de 
forma indireta. 
 
 
 
 
 
13 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
COMUNICAÇÃO 
A comunicação é o primeiro passo para toda e 
qualquer atividade. Principalmente no trabalho, 
comunicamo-nos a todo instante, seja falando, 
escrevendo, gesticulando ou sinalizando. 
 
Para o exercício da arte comunicativa, são 
necessários alguns pressupostos, a saber: O canal da 
comunicação  meio que possibilita a transmissão 
de uma mensagem, a identificação de um emissor  
sujeito que possui intenções e que as explicita em 
forma de mensagens  elaboradas por um conjunto 
organizado de sinais chamado código  linguagem 
utilizada para expressar a mensagem e endereçadas a 
um receptor  o leitor da mensagem produzida. 
 
A comunicação é, pois, uma tarefa que envolve a 
produção de mensagens, que se concretizam por um 
ou mais códigos disponíveis, que dão vida, 
materializam diversas intenções, tendo em vista 
também diversos leitores. O objetivo geral do ato 
comunicativo é este: produzir mensagens, tendo 
como base o código língua. 
 
 FUNÇÕES DA LINGUAGEM 
 
Em todo processo de comunicação, há sempre um 
elemento que recebe mais ênfase, mais destaque, que 
os demais, depreendendo-se daí uma função da 
linguagem predominante. 
 
Função Referencial (ou Denotativa - Notícias, 
livros técnicos, redação comercial, relatórios) 
Linguagem puramente informativa e essencialmente 
objetiva, direta. Está centralizada no contexto. 
Visa apenas a informar generalizadamente. 
Exs.: Ele abriu a porta, entrou, sentou-se numa cadeira 
e sorriu. 
O tempo amanhã será nublado, com melhoria no fim 
do período. 
 
Notícias, 
livros técnicos 
redação comercial 
relatórios 
 
Função Emotiva (ou Expressiva - Textos 
autobiográficos, bilhetes, e-mails, “zap” 
Linguagem familiar) – 
Está centrada no emissor da mensagem. 
Subjetiva, revela o sentimento, a emoção, de quem fala 
em relação àquilo de que está falando. 
Quero estar sempre ao seu lado. 
Não gosto de que me façam de tolo. 
 
Função Conativa (ou Apelativa - Discurso 
materno, Propaganda marketing) – Está centrada na 
segunda pessoa. É direcionada para o 
receptor/destinatário da mensagem e tem o objetivo 
de influenciá-lo. Exprime-se, geralmente, através do 
vocativo e do imperativo. 
Não faça isso, menino! 
Se você quer o melhor imóvel, vá no endereço certo! 
 
Função Poética – Letras de música, Obras 
literárias, Linguagem publicitária 
É centrada na mensagem e se caracteriza pela 
criatividade da linguagem. Afetiva, sugestiva, 
conotativa, metafórica. Há um cuidado especial na 
organização da mensagem, pois a seleção e a 
combinação das palavras adquirem fundamental 
importância. 
“Faz frio nos meus olhos/o relógio da Central 
Pulsa em meu peito/marcando a jornada de 
operários. 
No inferno das marmitas.” (Sidnei Cruz) 
 
Função Metalinguística – Bulas, dicionários, 
tratados linguísticos 
Linguagem centrada no código; é o uso da linguagem 
para falar dela própria. 
Caetano é homem com H maiúsculo. 
É difícil escrever a máquina sem escrever a mão. 
 
Função Fática – Radioamador, Linguagem 
coloquial - Objetiva testar a eficiência do canal da 
comunicação. Inicia, prolonga ou interrompe uma 
mensagem. Centralizada no contato. 
Alô, está me ouvindo? /Você está entendendo? 
 
 
14 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
EXERCÍCIOS 
 
01. Assinale a alternativa em que a função apelativa da 
linguagem é a que prevalece: 
A) Trago no meu peito um sentimento de solidão sem fim... 
sem fim... 
B) “Não discuto com o destino o que pintar eu assino.” 
C) Machado de Assis é um dos maiores escritores brasileiros. 
D) Conheça você também a obra desse grande mestre. 
E) Semântica é o estudo da significação das palavras. 
 
02. Identifique a frase em que a função predominante da 
linguagem é a REFERENCIAL: 
A) Dona Casemira vivia sozinha com seu cachorrinho. 
B) Vem, Dudu! 
C) Pobre Dona Casemira... 
D) O que ... O que foi que você disse? 
E) Um cachorro falando? 
 
03. A função metalinguística predomina em todos os 
fragmentos,exceto em: 
A) “Amo-te como um bicho simplesmente de um amor sem 
mistério e sem virtude com um desejo maciço e permanente.” 
(Vinicius de Morais) 
B) “Proponho-me a que não seja complexo o que escreverei, 
embora obrigada a usar as palavras que vos sustentam.” 
(Clarice Lispector) 
C) “Não narro mais pelo prazer de saber. Narro pelo gosto de 
narrar, sopro palavras e mais palavras, componho frases e 
mais frases.” (Silviano Santiago) 
D) “Agarro o azul do poema pelo fio mais delgado de lã de 
seu discurso e vou traçando as linhas do relâmpago no vidro 
opaco da janela.” (Gilberto Mendonça Teles) 
E) Que é Poesia? Uma ilha cercada de palavras por todos os 
lados.”(Cassiano Ricardo) 
 
04. O texto seguinte também é de natureza poética. Nele, qual 
a função secundária da linguagem? 
“Lutar com as palavras 
é a luta mais vã. 
Entanto lutamos 
mal rompe a manhã.” (Carlos Drummond de Andrade) 
A) Função emotiva. 
B) Função conativa. 
C) Função referencial. 
D) Função metalinguística. 
E) Função fática. 
 
05. “Se eu não vejo a mulher que eu mais desejo, Nada que eu 
veja vale o que eu não vejo.” 
 Nesses versos do poeta provençal Bernart de Ventadorn 
(século XII), vertidos para o português pelo poeta Augusto de 
Campos, é evidente o predomínio da função poética da 
linguagem, notável nos ritmos, nos jogos sonoros e no 
fraseado. Ao lado dessa função, destaca-se a presença da: 
A) função emotiva. 
B) função conativa. 
C) função referencial. 
D) função metalinguística. 
E) função fática. 
06. BILHETE 
Se tu me amas, 
Se me queres, 
ama-me baixinho 
enfim, 
Não o grites de cima dos telhados 
tem de ser bem devagarinho, Amada, 
Deixa em paz os passarinhos 
que a vida é breve, 
Deixa em paz a mim! 
e o amor mais breve ainda... (Mário Quintana) 
Além da função poética, outra função que se percebe no 
poema é: 
A) função emotiva. 
B) função conativa. 
C) função referencial. 
D) função metalinguística. 
E) função fática. 
 
07. A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se 
desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores 
chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um 
deserto e até um lago. Um ecossistema tem múltiplos 
mecanismos que regulam o número de organismos dentro 
dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações. 
DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das 
Letras, 1995. 
Predomina no texto a função da linguagem: 
A) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em 
relação à ecologia. B) fática, porque o texto testa o 
funcionamento do canal de comunicação. 
C) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de 
linguagem. 
D) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos 
do leitor. 
E) referencial, porque o texto trata de noções e informações 
conceituais. 
 
08. Considerando a tirinha, pode-se concluir que, nela, está 
presente a função da linguagem denominada: 
Hérnia: - O que o amor? 
Hamlet: - Amor é um substantivo! Simples, Masculino, 
Abstrato! 
Hérnia: - Você é tão romântico! 
 
A. fática, pois vários termos, embora desprovidos de 
significado, permitem o início do processo comunicativo. 
B. metalinguística, pois se reflete sobre o valor das palavras, 
isto é, sobre o uso da língua e sua função social. 
C. apelativa, pois está ausente a intenção de atingir o receptor 
com o intuito de modificar o seu comportamento. 
D. emotiva, pois o eu lírico pode expressar livremente as 
emoções com as quais está em conflito. 
E. poética, pois o importante é passar as informações de forma 
clara e objetiva, desprezando-se a preocupação com a 
elaboração da linguagem. 
 
 
 
 
15 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
INTERTEXTUALIDADE E POLIFONIA 
 
Intertextualidade é o nome dado à relação que se 
estabelece entre dois textos, quando um texto já criado 
exerce influência na criação de um novo texto. 
Diversos autores utilizam textos já existentes e 
reconhecidos, chamados de textos fontes, para servir 
de base às suas novas criações. Contribuem assim para 
o enriquecimento da exploração de um determinado 
tema, da exaltação de uma personalidade, da 
comemoração de um acontecimento, da valorização da 
cultura de um povo, etc. 
 
A intertextualidade pode ocorrer de várias formas, nos 
diversos gêneros: na prosa, na poesia, nas letras de 
música, na publicidade, nas imagens, na pintura. 
Embora possa ocorrer de forma acidental, sendo uma 
mera coincidência, a intertextualidade é 
maioritariamente planejada, apresentando vestígios 
mais ou menos diretos do texto original, que permitem 
aos leitores reconhecer a influência exercida pelo texto 
fonte. 
 
Na linguística, a polifonia textual é uma característica 
dos textos em que estão presentes diversas vozes. 
O termo polifonia é formado pelos vocábulos “poli” 
(muitos) e “fonia” (relativo ao som, voz). 
 
Em outras palavras, a polifonia aponta a presença de 
obras ou referências que aparecem dentro de outra. 
Esse termo é aplicado em outras áreas, sobretudo a 
musical. Nesse caso, a polifonia musical é quando há 
presença de duas ou mais vozes na melodia ou ainda, 
um instrumento capaz de produzir mais sons de 
maneira simultânea. 
https://www.todamateria.com.br/polifonia-textual/ 
 
 
 
Exercícios de Fixação 
1) Texto I 
“Mulher, Irmã, escuta-me: não ames, 
Quando a teus pés um homem terno e curvo 
jurar amor; chorar pranto de sangue, 
Não creias, não, mulher: ele te engana! 
as lágrimas são gotas de mentira 
E o juramento manto da perfídia”. 
 Joaquim Manoel de Macedo 
Texto II 
“Teresa, se algum sujeito bancar o 
sentimental em cima de você 
E te jurar uma paixão do tamanho de um 
bonde 
Se ele chorar 
Se ele ajoelhar 
Se ele se rasgar todo 
Não acredite não Teresa 
É lágrima de cinema 
É tapeação 
Mentira 
CAI FORA Manuel Bandeira 
 
Os autores, ao fazerem alusão às imagens da lágrima, 
sugerem que: 
a) Há um tratamento idealizado da relação 
homem/mulher. 
b) Há um tratamento realista da relação 
homem/mulher. 
c) A relação familiar é idealizada. 
d) A mulher é superior ao homem. 
e) A mulher é igual ao homem. 
 
2) (ENEM 2009) 
Texto 1 
No meio do caminho 
No meio do caminho tinha 
uma pedra 
Tinha uma pedra no meio 
do caminho 
Tinha uma pedra 
No meio do caminho tinha 
uma pedra ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro 
 
A comparação entre os recursos expressivos que 
constituem os dois textos revela que 
a) o texto 1 perde suas características de gênero 
poético ao ser vulgarizado por histórias em 
quadrinho. 
b) o texto 2 pertence ao gênero literário, porque as 
escolhas linguísticas o tornam uma réplica do texto 1. 
c) a escolha do tema, desenvolvido por frases 
semelhantes, caracteriza-os como pertencentes ao 
mesmo gênero. 
d) os textos são de gêneros diferentes porque, apesar 
da intertextualidade, foram elaborados com 
https://www.todamateria.com.br/polifonia-textual/
 
16 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
finalidades distintas. 
e) as linguagens que constroem significados nos dois 
textos permitem classificá-los como pertencentes ao 
mesmo gênero. 
 
 
DAVIS J.Garfield, um charme de gato – 7. 
4) (UFMG 2009) Leia este texto: 
Pressupostos são conteúdos implícitos que decorrem 
de uma palavra ou expressão presente no ato de fala 
produzido. O pressuposto é indiscutível tanto para o 
falante quanto para o ouvinte, pois decorre, 
necessariamente, de um marcador linguístico, 
diferentemente de outros implícitos (os 
subentendidos), que dependem do contexto, da 
situação de comunicação. FIORIN, J. L. O dito pelo não dito. In: Língua 
Portuguesa, ano I, n. 6, 2006. p. 36-37. (Adaptado) 
Observe este exemplo: “Joãoparou de fumar”. 
Nesse enunciado, é a presença da expressão “parar 
de” que instaura o pressuposto de que João fumava 
antes. 
Leia, agora, estas manchetes: 
1. Petrobrás é vítima de novos furtos (O Tempo, Belo 
Horizonte, 8 mar. 2008.) 
2. Dengue vira risco de epidemia em BH (Estado de 
Minas, Belo Horizonte, 9 abr. 2008.) 
Com base nas informações dadas acima e 
considerando essas duas manchetes de jornal, 
indique: 
a) os pressupostos que delas se depreendem; 
b) os marcadores linguísticos responsáveis pela 
instauração desses conteúdos implícitos. 
 
5) (UERJ 2009) 
 
Ideologia (Cazuza) 
 
Meu partido 
É um coração partido 
E as ilusões estão todas perdidas 
Os meus sonhos foram todos vendidos 
Tão barato que eu nem acredito 
Eu nem acredito 
Que aquele garoto que ia mudar o mundo (Mudar o mundo) 
Frequenta agora as festas do "Grand Monde" 
Ideologia 
Eu quero uma pra viver 
Meus heróis morreram de overdose 
Meus inimigos estão no poder 
Ideologia 
Eu quero uma pra viver 
O meu prazer 
Agora é risco de vida 
Meu sex and drugs não tem nenhum rock 'n' roll 
Eu vou pagar a conta do analista 
Pra nunca mais ter que saber quem eu sou 
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo (Mudar o mundo) 
Agora assiste a tudo em cima do muro(...) 
 
E as ilusões estão todas perdidas (v. 3) 
Este verso pode ser lido como uma alusão a um livro 
intitulado Ilusões perdidas, de Honoré de Balzac. Tal 
procedimento constitui o que se chama de: 
a) metáfora b) pertinência 
c) pressuposição d) intertextualidade 
 
6) Estão, entre os principais tipos de 
intertextualidade: 
a) Paráfrase, paradoxo, antítese e anacoluto. 
b) Citação, zeugma, elipse e onomatopeia. 
c) Citação, paráfrase, paródia e epígrafe. 
d) Paráfrase, paródia, hipertexto e intertexto. 
e) Citação, epígrafe, hipérbato e inferência. 
 
7) Sobre os tipos de intertextualidade estão corretas as 
seguintes proposições: 
I. A paródia não pode ser considerada como um tipo 
de intertextualidade por se tratar de uma releitura 
cômica, geralmente envolvida por um caráter 
humorístico e irônico que altera o sentido original, 
criando, assim, um novo. 
II. O termo “paráfrase” vem do grego (paraphrasis) e 
significa a “reprodução de uma sentença”. Diferente 
da paródia, ela faz referência a um ou mais textos sem 
que a ideia original seja alterada. 
III. Muitas vezes, a paródia e a paráfrase são 
consideradas termos sinônimos, no entanto, cada uma 
apresenta sua singularidade. Ambas são recursos 
utilizados na literatura, artes, música, cinema, 
escultura, entre outros. 
IV. O termo “epígrafe” vem do grego “epi = posição 
superior”; “graphé = escrita”. Esse tipo de 
intertextualidade ocorre quando um autor recorre a 
algum trecho de um texto já existente para introduzir 
o seu texto. É um trecho introdutório para outro que 
venha a ser produzido. 
V. Na citação, o texto original é retomado, de forma 
que seu sentido passa a ser alterado. Normalmente, a 
paródia apresenta um tom crítico, muitas vezes, 
marcado por ironia. 
a) I e III. b) II, III e IV. c) I e V. 
d) III, IV e V e) Apenas IV está correta. 
 
 
17 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
FIGURAS DE LINGUAGEM 
 
Figuras de Som ou Sonoras 
 
ALITERAÇÃO: consiste na repetição ordenada de 
mesmos sons consonantais: 
“Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando..
. 
Dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá direito” 
(Guimarães Rosa) 
 
ASSONÂNCIA: consiste na repetição ordenada de 
mesmos sons vocálicos. 
“O que o vago e incógnito desejo/de ser eu mesmo 
de meu ser me deu”. (Fernando Pessoa) 
 
PARONOMÁSIA: consiste na aproximação de 
palavras de sons parecidos, mas de significados 
distintos: “Conhecer as manhas e as manhãs/ O sabor 
das massas e das maçãs”. (Almir Sater e Renato 
Teixeira) 
 
ONOMATOPEIA: consiste na criação de uma 
palavra para imitar sons e ruídos. É uma figura que 
procura imitar os ruídos e não apenas sugeri-los.: 
Chega de blá-blá-blá-blá! 
 
Figuras de Construção ou Sintaxe 
 
ELIPSE: consiste na omissão de um termo 
facilmente identificável pelo contexto. Na sala, 
apenas quatro ou cinco convidados. (omissão 
de havia) 
 
ZEUGMA: ocorre quando se omite um termo que já 
apareceu antes. Ou seja, consiste na elipse de um 
termo que antes fora mencionado. 
Nem ele entende a nós, nem nós a ele. (omissão do 
termo entendemos) 
 
PLEONASMO: é uma redundância cuja finalidade é 
reforçar a mensagem. 
“E rir meu riso e derramar meu pranto....” (Vinicius 
de Moraes) 
 
ASSÍNDETO: é a supressão de um conectivo entre 
elementos coordenados 
“Todo coberto de medo, juro, minto, afirmo, 
assino.”(Cecília Meireles) 
Acordei, levantei, comi, saí, trabalhei, voltei. 
 
POLISSÍNDETO: consiste na repetição de 
conectivos ligando termos da oração ou elementos do 
período. 
“...e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre...” (Clarice 
Lispector) 
ANACOLUTO: consiste em deixar um termo solto 
na frase. Isso ocorre, geralmente, porque se inicia 
uma determinada construção sintática e depois se 
opta por outra. 
“Eu, que me chamava de amor e minha esperança de 
amor.” 
“Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras 
espertas botassem as mãos.” (Camilo Castelo Branco) 
Os termos destacados não se ligam sintaticamente à 
oração. Embora esclareçam a frase, não cumprem 
nenhuma função sintática nos exemplos. 
 
HIPÉRBATO OU INVERSÃO: consiste no 
deslocamento dos termos da oração ou das orações 
no período. Ou seja, é a mudança da ordem natural 
dos termos na frase. 
São como cristais suas lágrimas. 
Batia acelerado meu coração. 
Na ordem direta, as frases dos exemplos seriam: 
Suas lágrimas são como cristais. 
Meu coração batia acelerado. 
 
HIPÁLAGE: ocorre quando se atribui a uma palavra 
uma característica que pertence a outra da mesma 
frase: 
Esse sapato não entra no meu pé! (= Eu não entro 
nesse sapato!) 
Essa blusa não cabe em mim. (= Eu não caibo mais 
nessa blusa.) 
 
ANÁFORA: é a repetição da mesma palavra ou 
expressão no início de várias orações, períodos ou 
versos. 
“Tudo é silêncio, tudo calma, tudo mudez.” (Olavo Bilac) 
 
SILEPSE: ocorre quando a concordância se faz com 
a ideia subentendida, com o que está implícito e não 
com os termos expressos. 
 
Figuras de Palavras ou Semânticas 
 
Comparação ou símile: ocorre comparação quando se 
estabelece aproximação entre dois elementos que se 
 
18 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
identificam, ligados por nexos comparativos 
explícitos, como tal qual, assim como, que nem e etc. 
A principal diferenciação entre a comparação e 
a metáfora é a presença dos nexos comparativos. 
“E flutuou no ar como se fosse um príncipe.” (Chico 
Buarque) 
METÁFORA: consiste em empregar um termo com 
significado diferente do habitual, com base numa 
relação de similaridade entre o sentido próprio e o 
sentido figurado. Na metáfora ocorre uma 
comparação em que o conectivo comparativo fica 
subentendido. 
“Meu pensamento é um rio subterrâneo”. (Fernando Pessoa) 
CATACRESE: ocorre quando, por falta de um 
termo específico para designar um conceito, toma-se 
outro por empréstimo. 
Ele comprou dois dentes de alho para colocar na 
comida. 
O pé da mesa estava quebrado. 
Não sente no braço do sofá. 
 
METONÍMIA: assim como a metáfora, consiste 
numa transposição de significado, ou seja, uma 
palavra que usualmente significa uma coisa passa a 
ser utilizada com outro sentido. Ou seja, é o emprego 
de um nome por outro em virtude de haver entre eles 
algum relacionamento. 
A metonímia ocorre quando se emprega: 
A causa pelo efeito: vivo do meu trabalho (do 
produto do trabalho = alimento) 
O efeito pela causa: aquele poeta bebeu 
a morte (=veneno) 
O instrumento pelo usuário: os microfones corriam 
no pátio = repórteres). 
 
ANTONOMÁSIA: É a figura que designa uma 
pessoa por uma característica, feito ou fato que a 
tornou notória. 
A cidade eterna (emvez de Roma) 
 
SINESTESIA: Trata-se de mesclar, numa expressão, 
sensações percebidas por diferentes órgãos 
sensoriais. 
Um doce abraço ele recebeu da irmã. (sensação 
gustativa e sensação tátil) 
 
ANTÍTESE: é o emprego de palavras ou expressões 
de significados opostos. 
Os jardins têm vida e morte. 
 
EUFEMISMO: consiste em atenuar um pensamento 
desagradável ou chocante. 
Ele sempre faltava com a verdade (= mentia) 
Gradação ou clímax: é uma sequência de palavras 
que intensificam uma ideia. 
Porque gado a gente marca, 
/ tange, ferra, engorda e mata,/ mas com 
gente é diferente. 
 
HIPÉRBOLE: trata-se de exagerar uma ideia com 
finalidade enfática. 
Estou morrendo de sede! 
Não vejo você há séculos! 
 
PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO: 
consiste em atribuir a seres inanimados 
características próprias dos seres humanos. 
O jardim olhava as crianças sem dizer nada. 
 
PARADOXO: consiste no uso de palavras de sentido 
oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas, no 
contexto se completam, reforçam uma ideia e/ou 
expressão. 
Estou cego, mas agora consigo ver. 
 
PERÍFRASE: é uma expressão que designa um ser 
por meio de alguma de suas características ou 
atributos. 
O ouro negro foi o grande assunto do século. (= 
petróleo) 
 
APÓSTROFE: é a interpelação enfática de pessoas 
ou seres personificados. 
“Senhor Deus dos desgraçados!/ Dizei-me 
vós, Senhor Deus!” (Castro Alves) 
 
IRONIA: é o recurso linguístico que consiste em 
afirmar o contrário do que se pensa. 
Que pessoa educada! Entrou sem 
cumprimentar ninguém. 
 
 
 
19 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
Exercícios de Fixação 
 
1. (UFPB) 
I.;À custa de muitos trabalhos, de muitas fadigas, e 
sobretudo de muita paciência... 
II. se se queria que estivesse sério, desatava a rir... 
III. .. parece que uma mola oculta o impelia... 
IV. ... e isto (...) dava em resultado a mais refinada 
má-criação que se pode imaginar 
Quanto às figuras de linguagem, há neles, 
respectivamente, 
a) gradação, antítese, comparação e hipérbole 
b) hipérbole, paradoxo, metáfora e gradação 
c) hipérbole, antítese, comparação e paradoxo 
d) gradação, antítese, metáfora e hipérbole 
e) gradação, paradoxo, comparação e hipérbole 
 
2. (UFF)/TEXTO 
 
Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a 
expansão de duas formas, pode determinar a 
supressão de duas formas, pode determinar a 
supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há 
morte, há vida, porque a supressão de uma é a 
condição da sobrevivência da outra, e a destruição 
não atinge o princípio universal e comum. Daí o 
caráter conservador e benéfico da guerra. 
Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. 
As batatas apenas chegam para alimentar uma das 
tribos, que assim adquire forças para transpor a 
montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em 
abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz 
as batatas do campo, não chegam a nutrir-se 
suficientemente e morrem de inanição 
A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a 
conservação. Uma das tribos extermina a outra e 
recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, 
aclamações, recompensas públicas e todos os demais 
efeitos das ações bélicas. 
Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não 
chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem 
só comemora e ama o que lhe é aprazível ou 
vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma 
pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. 
Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as 
batatas. 
 (ASSIS, Machado fr. Quincas Borba. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira/INL, 
1976.) 
Assinale dentre as alternativas abaixo, aquela em que 
o uso da vírgula marca a supressão (elipse) do verbo: 
a) Ao vencido, ódio ou compaixão, ao vencedor, as 
batatas. 
b) A paz, nesse caso, é a destruição (…) 
c) Daí a alegria da vitória, os hinos, as aclamações, 
recompensas públicas e todos os demais efeitos das 
ações bélicas. 
d) (…) mas, rigorosamente, não há morte (…) 
e) Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não 
chegariam a dar-se (…) 
 
3. (UFPA) 
Tecendo a manhã 
Um galo sozinho não tece uma manhã: 
ele precisará sempre de outros galos. 
De um que apanhe o grito que um galo antes 
e o lance a outro; e de outros galos 
que com muitos outros galos se cruzem 
os fios de sol de seus gritos de galo, 
para que a manhã, desde uma teia tênue, 
se vá tecendo, entre todos os galos. 
E se encorpando em tela, entre todos, 
se erguendo tenda, onde entrem todos, 
se entretendendo para todos, no toldo 
(a manhã) que plana livre de armação. 
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo 
que, tecido, se eleva por si: luz balão. 
(MELO, João Cabral de. In: Poesias Completas. Rio de Janeiro, José Olympio, 
1979) 
Nos versos 
“E se encorpando em tela, entre todos, 
se erguendo tenda, onde entrem todos, 
se entretendendo para todos, no toldo…” 
tem-se exemplo de 
a) eufemismo b) antítese 
c) aliteração d) silepse 
e) sinestesia 
 
4. (FUVEST) A catacrese, figura que se observa na 
frase “Montou o cavalo no burro bravo”, ocorre em: 
a) Os tempos mudaram, no devagar depressa do 
tempo. 
b) Última flor do Lácio, inculta e bela, és a um tempo 
esplendor e sepultura. 
c) Apressadamente, todos embarcaram no trem. 
d) Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de 
Portugal. 
e) Amanheceu, a luz tem cheiro. 
 
5. (FEI) Assinalar a alternativa correta, com relação 
às figuras de linguagem, presentes nos fragmentos a 
seguir: 
I. “Não te esqueças daquele amor ardente que já nos 
olhos meus tão puro viste.” 
II. “A moral legisla para o homem; o direito, para o 
cidadão.” 
III. “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos 
pormenores porém, discordavam.” 
IV. “Isaac a vinte passos, divisando a vulto de um, 
para, ergue a mão em viseira, firma os olhos.” 
a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo 
 
20 
 
PORTUGUÊS/Semântica 
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto 
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato 
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo 
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma 
 
6. (USF-SP) Leia estes versos: 
“As ondas amarguradas 
Encostam a cabeça nas pedras do cais. 
Até as ondas possuem 
Uma pedra para descansar a cabeça. 
Eu na verdade possuo 
Todas as pedras que há no mundo, 
Mas não descanso”. 
(Murilo Mendes) 
A figura de linguagem que ocorre nos versos 5 e 6 é: 
a) metáfora b) sinédoque 
c) hipérbole d) aliteração 
e) anáfora 
 
7. (VUNESP) Na frase: "O pessoal estão exagerando, 
me disse ontem um camelô", encontramos a figura de 
linguagem chamada: 
a) silepse de pessoa b) elipse 
c) anacoluto d) hipérbole 
e) silepse de número 
 
8. (UFU) Cada frase abaixo possui uma figura de 
linguagem. Assinale aquela que não está classificada 
corretamente: 
a) O céu vai se tornando roxo e a cidade aos poucos 
agoniza. (prosopopeia) 
b) "E ele riu frouxamente um riso sem alegria". 
(pleonasmo) 
c) Peço-lhe mil desculpas pelo que aconteceu. 
(metáfora) 
d) "Toda vida se tece de mil mortes." (antítese) 
e) Ele entregou hoje a alma a Deus. (eufemismo) 
 
9. (VUNESP) No trecho: “…dão um jeito de mudar o 
mínimo para continuar mandando o máximo”, a 
figura de linguagem presente é chamada: 
a) metáfora b) hipérbole 
c) hipérbato d) anáfora 
e) antítese 
 
10. (FATEC) "Seus óculos eram imperiosos." 
Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura 
de linguagem que há na frase acima: 
a) "As cidades vinham surgindo na ponte dos 
nomes." 
b) "Nasci na sala do 3° ano." 
c) "O bonde passa cheio de pernas." 
d) "O meu amor, paralisado, pula." 
e) "Não serei o poeta de um mundo caduco." 
 
11. (ENEM-2004) 
Cidade grande 
Que beleza, Montes Claros. 
Como cresceu Montes Claros. 
Quanta indústria em Montes Claros. 
Montes Claros cresceu tanto, 
ficou urbe tão notória, 
prima-rica do Rio de Janeiro, 
que já tem cinco favelaspor enquanto, e mais promete. 
(Carlos Drummond de Andrade) 
Entre os recursos expressivos empregados no texto, 
destaca-se a 
a) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem 
referir-se à própria linguagem. 
b) intertextualidade, na qual o texto retoma e 
reelabora outros textos. 
c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que 
se pensa, com intenção crítica. 
d) denotação, caracterizada pelo uso das palavras em 
seu sentido próprio e objetivo. 
e) prosopopeia, que consiste em personificar coisas 
inanimadas, atribuindo-lhes vida. 
 
12. (UFSC 2012) Leia os provérbios (itens A e B) e a 
citação (item C) abaixo. 
A. “A palavra é prata, o silêncio é ouro.” 
B. “Os sábios não dizem o que sabem, os tolos não 
sabem o que dizem.” 
C. “Há coisas que melhor se dizem calando.” 
 (Machado de Assis) 
Com base na leitura acima, assinale a(s) 
proposição(ões) CORRETA(S). 
1. Em cada um dos provérbios observa-se um 
paralelismo sintático, que ajuda a conferir ritmo ao 
provérbio e favorece sua memorização. 
2. No provérbio (A) ocorrem duas metáforas. 
3. No provérbio (B) as orações “o que sabem” e “o 
que dizem” funcionam como adjetivos que 
caracterizam, respectivamente, os sábios e os tolos. 
4. Tanto o item A quanto o item C funcionam como 
elogios à discrição. 
5. A frase de Machado de Assis contém um 
pleonasmo, porque é um exagero dizer que se pode 
falar calado. 
6. No provérbio (B) temos a figura de linguagem 
paradoxo, porque é absurdo que os sábios tenham que 
se calar para que os tolos falem. 
 
13. (FAU-Santos) Nos versos: 
“Bomba atômica que aterra 
Pomba atônita da paz 
Pomba tonta, bomba atômica...” 
A repetição de determinados elemento fônicos é um 
recurso estilístico denominado: 
a) hiperbibasmo b) sinédoque 
c) metonímia d) aliteração 
e) metáfora 
 
 
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PORTUGUÊS/Semântica 
14. (Mackenzie) Nos versos abaixo, uma figura se 
ergue graças ao conflito de duas visões antagônicas: 
“Saio do hotel com quatro olhos, 
- Dois do presente, 
- Dois do passado.” 
Esta figura de linguagem recebe o nome de: 
a) metonímia 
b) catacrese 
c) hipérbole 
d) antítese 
e) hipérbato 
 
15. (ITA) Em qual das opções há erro de 
identificação das figuras? 
a) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no 
derradeiro sono." (eufemismo) 
b) "A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. 
(prosopopeia) 
c) Já não são tão frequentes os passeios noturnos na 
violenta Rio de Janeiro. (silepse de número) 
d) "E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua..." 
(aliteração) 
e) "Oh sonora audição colorida do aroma." 
(sinestesia). 
 
16. (PUC-SP) Nos trechos: "...nem um dos autores 
nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava 
nas estantes do major" e "...o essencial é achar-se as 
palavras que o violão pede e deseja" encontramos, 
respectivamente, as seguintes figuras de linguagem: 
a) prosopopeia e hipérbole 
b) hipérbole e metonímia 
c) perífrase e hipérbole 
d) metonímia e eufemismo 
e) metonímia e prosopopeia. 
 
17. (CESGRANRIO) Na frase "O fio da ideia 
cresceu, engrossou e partiu-se" ocorre processo de 
gradação. Não há gradação em: 
a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou. 
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu. 
c) O balão inflou, começou a subir e apagou. 
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e 
frustrou-se. 
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu. 
18. (FUNCAB-ES) As figuras de linguagem são 
usadas como recursos estilísticos para dar maior valor 
expressivo à linguagem. 
No seguinte trecho “Tu és a chuva e eu sou a terra 
[...]” predomina a figura, denominada: 
a) onomatopeia 
b) hipérbole 
c) metáfora 
d) catacrese 
e) sinestesia 
 
 
19. (Unicamp 2016) 
Morro da Babilônia 
À noite, do morro 
descem vozes que criam o terror 
(terror urbano, cinquenta por cento de cinema, 
e o resto que veio de Luanda ou se perdeu na língua 
Geral). 
Quando houve revolução, os soldados 
espalharam no morro, o quartel pegou fogo, eles não 
voltaram. 
Alguns, chumbados, morreram. 
O morro ficou mais encantado. 
Mas as vozes do morro 
não são propriamente lúgubres. 
Há mesmo um cavaquinho bem afinado 
que domina os ruídos da pedra e da folhagem 
e desce até nós, modesto e recreativo, 
como uma gentileza do morro. 
(Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo. São Paulo: Companhia das 
Letras, 2012, p.19.) 
 
No poema “Morro da Babilônia”, de Carlos 
Drummond de Andrade, 
a) a menção à cidade do Rio de Janeiro é feita de 
modo indireto, metonimicamente, pela referência ao 
Morro da Babilônia. 
b) o sentimento do mundo é representado pela 
percepção particular sobre a cidade do Rio de 
Janeiro, aludida pela metáfora do Morro da 
Babilônia. 
c) o tratamento dado ao Morro da Babilônia 
assemelha-se ao que é dado a uma pessoa, o que 
caracteriza a figura de estilo denominada 
paronomásia. 
d) a referência ao Morro da Babilônia produz, no 
percurso figurativo do poema, um oxímoro: a relação 
entre terror e gentileza no espaço urbano. 
 
20. (Insper 2013) 
 
POÇAS D’ÁGUA 
 
As poças d´água são um mundo mágico 
Um céu quebrado no chão 
Onde em vez de tristes estrelas 
Brilham os letreiros de gás Néon. 
(Mario Quintana, Preparativos de viagem, São Paulo, Globo, 1994.) 
Levando-se em conta o texto como um todo, é 
correto afirmar que a metáfora presente no primeiro 
verso se justifica porque as poças 
a) estimulam a imaginação. 
b) permitem ver as estrelas. 
c) são iluminadas pelo Néon. 
d) se opõem à tristeza das estrelas. 
e) revelam a realidade como espelhos. 
 
 
 
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PORTUGUÊS/Semântica 
LÍNGUA, LINGUAGEM E VARIAÇÃO LINGUÍSTICA 
 
LINGUAGEM é todo conjunto de sinais que podem 
ser empregados na comunicação. O uso da linguagem 
está intimamente relacionado à intimidade do falante, 
à sua escolaridade, à sua profissão, ao seu status social. 
Os homens são os únicos seres dotados de linguagem 
verbal: as línguas, que variam de acordo com as 
nacionalidades. 
 
A LÍNGUA, como instituição social, utilizada pelos 
membros de uma nação, possui uma estrutura comum 
a todos, pois todos precisam falar a mesma língua, 
precisam se comunicar. 
 
A FALA materializa o conhecimento que o falante 
tem da língua, pois somente quando alguém fala é que 
sabemos a sua nacionalidade. 
Assim: Comunicação do entendimento da realidade, 
interação, são feitas através de uma instituição social 
chamada LÍNGUA, que se materializa através da 
FALA. 
 
Já imaginou se os membros de uma comunidade não 
se entendessem? Como poderíamos afirmar que 
haveria uma única língua materna nesta nação? Por 
outro lado, você pode estar pensando no fato de que 
pessoas que nasceram e moram num mesmo país, não 
falam exatamente iguais e que, às vezes, nem se 
entendem ou se entendem precariamente... 
 
UNIFORMIDADE - A língua necessita ter uma 
mesma estrutura, mas não necessariamente ser a 
mesma para toda a comunidade. A conservação de sua 
estrutura é que faz com que falemos a mesma língua, 
apesar de algumas variações. 
 
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA 
 
A presença de textos e questões de variantes 
linguísticas já está consagrada nas provas do Enem e 
de grandes vestibulares. Ela corresponde à 
importância da diversidade da cultura brasileira e ao 
contraste entre sua presença na literatura, na música e 
nas artes, em contraposição à norma padrão da língua. 
O modo como essas variantes aparecem nas provas é 
bastante diversificado. Veja os diferentes conceitos 
envolvidos e porque as variantes são importantes e 
caem nas provas. 
 
O que são as variantes linguísticas? 
São palavras inventadas, transformadas, além de 
expressões. Elas são históricas (surgem ou somem ao 
longo de gerações), são regionais ou de grupos sociais. 
Veja exemplos dos três tipos: 
 
Variantes históricas – Vossa mercê virou 
“vosssemecê”, que virou “vosmecê”, que virou você.

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