Aula 10 - Análise crítica da atividade de Inteligência no Brasil

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Doutrina de inteligência II
Aula 10: Análise crítica da atividade de
Inteligência no Brasil
INTRODUÇÃO
Nesta aula, faremos uma revisão do conteúdo de nossa disciplina, discutindo a Política Nacional de Inteligência e
a Estratégia Nacional de Inteligência.
OBJETIVOS
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Descrever a abrangência dos conceitos da atividade de Inteligência.
Discutir aspectos importantes para a integração da atividade de Inteligência.
Analisar a Política Nacional de Inteligência (PNI) e a Estratégia Nacional de Inteligência (ENINT).
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“O Brasil que queremos é um país harmônico. Um país que cumpra a sua vocação para
um desenvolvimento integral, aliando o crescimento econômico à justa distribuição de
suas riquezas; a plena utilização de suas capacidades à preservação do meio
ambiente; a defesa de sua soberania à cooperação internacional. Queremos, em suma,
um país que, na busca constante desses equilíbrios, garanta condições dignas de vida
a todos os seus cidadãos”
 
(MENSAGEM DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA na ocasião da aprovação da Estratégia Nacional de
Inteligência, em 15 de dezembro de 2017).
ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA NO BRASIL
O Decreto Federal nº 8.793 (glossário), de 29 de junho de 2016, �xou a Política Nacional de Inteligência (PNI), e
em 15 de dezembro de 2017 (glossário), outro Decreto Federal foi editado estabelecendo a Estratégia Nacional de
Inteligência (ENINT), documentos importantes para o amparo da atividade de Inteligência no Brasil.
A ENINT tem o propósito de mapear o ambiente, identi�cando as forças, os pontos de melhoria, as ameaças e as
oportunidades para o pleno desenvolvimento da atividade de Inteligência e para o desenvolvimento do país.
Pauta as orientações de acordo como a PNI, que �xou as direções e condições da trajetória que a atividade de
Inteligência deve seguir.
O Plano Nacional de Inteligência (PLNI) deverá implementar as de�nições estratégicas da ENINT.
Política Nacional de Inteligência
Estratégia Nacional de Inteligência
Plano Nacional de Inteligência
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/decreto/D8793.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/Dsn/Dsn14503.htm
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SISTEMA BRASILEIRO DE INTELIGÊNCIA - SISBIN
O SISBIN é uma estrutura permanente no País, propicia um �uxo contínuo de dados e informações entre os
diversos órgãos e instituições objetivando a defesa do Estado Democrático de Direito e a dignidade da pessoa
humana. Deve também cumprir e preservar os direitos e garantias individuais e demais dispositivos da
Constituição Federal.
Saiba Mais
, 
O SISBIN foi criado por meio da Lei 9.883/99 (//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9883.htm) e estabelece:
Art. 1º “Fica instituído o Sistema Brasileiro de Inteligência, que integra as ações de planejamento e execução das
atividades de inteligência do País, com a �nalidade de fornecer subsídios ao Presidente da República nos assuntos de
interesse nacional.
§1º O Sistema Brasileiro de Inteligência tem como fundamentos a preservação da soberania nacional, a defesa do Estado
Democrático de Direito e a dignidade da pessoa humana, devendo ainda cumprir e preservar os direitos e garantias
individuais e demais dispositivos da Constituição Federal, os tratados, convenções, acordos e ajustes internacionais em
que a República Federativa do Brasil seja parte ou signatário, e a legislação ordinária.
§2º Para os efeitos de aplicação desta Lei, entende-se como inteligência a atividade que objetiva a obtenção, análise e
disseminação de conhecimentos dentro e fora do território nacional sobre fatos e situações de imediata ou potencial
in�uência sobre o processo decisório e a ação governamental e sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do
Estado.
§3º Entende-se como contrainteligência a atividade que objetiva neutralizar a inteligência adversa.”
FUNDAMENTOS DO SISBIN
Defesa do Estado Democrático de Direito.
Dignidade da pessoa humana.
Cumprir e preservar os direitos e garantias individuais e demais dispositivos da
Constituição Federal.
Cumprir e preservar os tratados, convenções, acordos e ajustes internacionais em
que a República.
Federativa do Brasil seja parte ou signatário, e a legislação ordinária.
Um dos componentes do SISBIN é o Subsistema de Inteligência de Segurança Pública, que por meio da Secretaria
Nacional de Segurança Pública (SENASP) engloba os setores de Inteligência das Polícias Civil e Militar dos
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9883.htm
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Estados da Federação.
A subordinação funciona da seguinte maneira:
É recomendável que exista um alinhamento técnico institucional (não hierárquico) com os demais órgãos de
Inteligência, como as Inteligências das Forças Armadas, das Polícias Federal e Rodoviária Federal, além da
Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).
Nesse sentido, temos a necessidade de uma doutrina de Inteligência de alcance nacional, uniformizando as
linguagens e condutas de seus agentes, que poderá proporcionar um contínuo �uxo de comunicação e acúmulo
de dados e informações, que serão as bases para a produção de conhecimentos estratégicos em todo o sistema.
EXERCÍCIO
São Fundamentos do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN):
a) Defesa do Estado Democrático de Direito; Dignidade da pessoa humana; Cumprir e preservar os direitos e garantias
individuais e demais dispositivos da Constituição Federal; Cumprir e preservar os tratados, convenções, acordos e
ajustes internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte ou signatário, e a legislação ordinária.
b) Defesa do Estado Democrático de Direito; Impessoalidade; Cumprir e preservar os direitos e garantias individuais e
demais dispositivos da Constituição Federal; Cumprir as metas de e�ciência �nanceira para o custeio das ações de
Inteligência.
c) Integração entre as Polícias objetivando a uni�cação da Segurança Pública no Brasil; Defesa do Estado Democrático
de Direito; Dignidade da pessoa humana; Cumprir e preservar os direitos e garantias individuais e demais dispositivos da
Constituição Federal.
d) Defesa do Poder Executivo Federal; Dignidade da pessoa humana; Cumprir e preservar os direitos e garantias
individuais e demais dispositivos da Constituição Federal.
e) Integração entre as Polícias objetivando a uni�cação da Segurança Pública no Brasil; Defesa do Estado Democrático
de Direito; Cumprir e preservar os tratados, convenções, acordos e ajustes internacionais em que a República Federativa
do Brasil seja parte ou signatário, e a legislação ordinária; Defesa do Estado Democrático de Direito; Impessoalidade.
Justi�cativa
POLÍTICA NACIONAL DE INTELIGÊNCIA (PNI)
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O Decreto nº 8.793/2016 (glossário), �xou a Política Nacional de Inteligência (PNI) e deu publicidade aos pontos
principais para aplicação da atividade de Inteligência dentro do âmbito do governo federal.
A Constituição Federal (glossário) determina a autonomia dos entes federativos em suas respectivas
organizações:
“A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todosautônomos, nos termos
desta Constituição.”
CF/88 Art. 18.
As Instituições dos Estados e Municípios, apesar de não se vincularem diretamente ao conteúdo da Política
Nacional de Inteligência, poderão, em tese, integrar o SISBIN por meio de convênios, como é o caso das Guardas
Municipais:
“O Sistema Brasileiro de Inteligência é responsável pelo processo de obtenção, análise
e disseminação da informação necessária ao processo decisório do Poder Executivo,
bem como pela salvaguarda da informação contra o acesso de pessoas ou órgãos não
autorizados.
§2º Mediante ajustes especí�cos e convênios, ouvido o competente órgão de controle
externo da atividade de inteligência, as Unidades da Federação poderão compor o
Sistema Brasileiro de Inteligência.
Art. 7º A ABIN, observada a legislação e normas pertinentes, e objetivando o
desempenho de suas atribuições, poderá �rmar convênios, acordos, contratos e
quaisquer outros ajustes.”
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/decreto/D8793.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
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Lei 9.883/99 Art. 2º §1º
Saiba Mais
, 
Para saber mais sobre esse assunto, leia a lei 9.883/99 (//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9883.htm).
SEGURANÇA DE ESTADO X SEGURANÇA DO INDIVÍDUO
Um dos pontos nevrálgicos em matéria de atividade de Inteligência e Segurança Pública diz respeito à
necessidade de conciliação entre a Segurança de Estado e a proteção da pessoa humana.
A Segurança de Estado está ligada à adoção de política, em determinada ocasião, invasiva para a defesa da
nação, como quebras de sigilos telefônicos, monitoramentos etc. Quando o Estado opta por ações com ênfase na
defesa das garantias individuais é possível que procedimentos ligados aos monitoramentos sejam mais
burocráticos e haja limites em suas aplicações.
O Brasil, de acordo com a Política Nacional de Inteligência, adota uma visão voltada para a defesa dos direitos e
garantias do indivíduo, cuja previsão maior se encontra na Constituição Federal em cláusula pétrea (glossário).
Considerando a necessidade de proteger o cidadão de eventuais excessos por parte do Estado e também de
observar uma gestão pública efetiva, evitando desvios nas ações do Estado, incluindo a atividade de Inteligência,
o Brasil adota uma série de estruturas com �ns de acompanhamento e �scalização.
Com relação à atividade de Inteligência, temos o controle do Poder Legislativo e também o Tribunal de Contas da
União para questões ligadas à legalidade de seus atos administrativos, como uso de verbas, por exemplo.
Saiba Mais
, 
Decreto nº 8.793, de 29 de junho de 2016.
2 PRESSUPOSTOS DA ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA
2.1 Obediência à Constituição Federal e às Leis
A Inteligência desenvolve suas atividades em estrita obediência ao ordenamento jurídico brasileiro, pautando-se pela �el
observância aos Princípios, Direitos e Garantias Fundamentais expressos na Constituição Federal, em prol do bem-comum
e na defesa dos interesses da sociedade e do Estado Democrático de Direito.
FORMAS DE CONTROLE DA ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA
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Órgãos do Sistema
O dos próprios órgãos do Sistema, por meio de seus setores internos de controle.
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI)
Pelo GSI, a quem cabe coordenar a atividade de Inteligência Federal.
Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Conselho de Governo
Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Conselho de Governo, responsável pela supervisão da
execução da Política Nacional de Inteligência.
Tribunal de Contas da União
Tribunal de Contas da União que �scaliza todos os órgãos federais nas questões de gestão �nanceira e
patrimonial. Aqui, também, há de se destacar a Controladoria Geral da União (CGU) para um controle mais
governamental da gestão de contratos, inclusive.
Controle Parlamentar
Controle Parlamentar, que visa veri�car a legitimidade e e�cácia da atividade de Inteligência no País.
A Estratégia Nacional de Inteligência (ENINT), Decreto Federal de 15 de dezembro de 2017, explicita:
“Os parlamentos são, sem dúvida, os mais poderosos órgãos de controle da atividade
de Inteligência ao redor do mundo. No Brasil, foi instalada a Comissão Mista de
Controle da atividade de Inteligência (CCAI), cujo principal objetivo, de acordo com seu
regimento, é �scalizar e controlar a atividade de Inteligência desenvolvida por órgãos
da administração pública federal, especialmente dos órgãos integrantes do SISBIN,
destacando-se a preocupação de assegurar que a atividade seja realizada em
conformidade com a Constituição e em defesa dos direitos e garantias individuais, da
sociedade e do Estado.”
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ANEXO 2.4
Toda a estrutura voltada para o controle da atividade de Inteligência no Brasil possui como objetivo que suas
ações tenham o devido respaldo pela sociedade. A legitimidade da atividade de Inteligência no País é de suma
importância para seu desenvolvimento, uma vez que não se concebe mais, considerando nossa história, que a
Inteligência de Estado cumpra papel obscuro e contra os interesses democráticos arduamente alcançados.
Para se evitar o cultivo do chamado currículo oculto (glossário) nas práticas do dia a dia dos Agentes de
Inteligência é que se exige um alto nível de comprometimento ético dos seus servidores e também dos servidores
da Segurança Pública.
Atenção
, 
É muito importante o desenvolvimento das ações de Inteligência com um comportamento ético e respaldado na legislação
com as garantias aos direitos individuais, pois, de regra, o serviço de Inteligência trabalha sob o manto do sigilo e
anonimato, e jamais se admitirá o uso da máquina institucional para �ns inconfessáveis.
ESTRATÉGIA NACIONAL DE INTELIGÊNCIA (ENINT)
A Estratégia Nacional de Inteligência prevê os seguintes princípios éticos:
Respeito
Adotam comportamentos e praticam ações que respeitam a dignidade do indivíduo e os interesses coletivos.
Imparcialidade
Atuam de modo isento, buscando a verdade no interesse do Estado e da sociedade brasileira, sem se deixar
in�uenciar por ideias preconcebidas, interesses particulares ou corporativos.
Cooperação
Compartilham de forma sistemática e proativa dados e conhecimentos úteis para promoção e defesa dos
interesses do Estado e da sociedade brasileira.
Discrição
Tratam os diversos aspectos de seu trabalho com reserva e sigilo, visando a proteger e preservar as instituições
do SISBIN, os seus integrantes e os conhecimentos produzidos.
Senso crítico
Analisam e re�etem sobre as implicações morais de suas ações e decisões.
Excelência
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Realizam as atividades com dedicação, qualidade, pro�ssionalismo, de forma metódica, diligente e oportuna.
Atenção
, 
A produção de conhecimentos de Inteligência estratégica deve nortear suas ações, dentro de suas respectivas atribuições
e responsabilidades, na criação de oportunidades ao desenvolvimento nacional, atentando para desa�os e ameaças.
Esta é a direção para as agências de Inteligência desenvolverem seus conhecimentos. Ou seja, o acúmulo de dados e
informações de Inteligência que proporcionem avanços em diversos campos com �ns de melhorar a vida humana.
A ENINT expõe as oportunidades para Inteligência se desenvolver e apresenta os desa�os que deve vencer:
     
Oportunidades
Inserção do país no cenário internacional;
Cooperação internacional;
Desenvolvimentocientí�co e tecnológico;
Inteligência cibernética;
Consolidação de rede logística e de infraestrutura de interesse nacional.
     
Desa�os
Fortalecimento da atuação integrada e coordenada da atividade de Inteligência;
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Fortalecimento de cultura de proteção do conhecimento e de preservação do sigilo;
Ampliação e aperfeiçoamento do processo de capacitação para atuação na área de Inteligência;
Maior utilização de tecnologia de ponta, especialmente no campo cibernético;
Intensi�cação do uso de tecnologias de tratamento e análise de grandes volumes de dados (big data e analytics);
Ampliação da internacionalização da atividade de Inteligência brasileira;
Apoio ao fortalecimento da inserção do país no cenário internacional;
Apoio ao combate à corrupção, ao crime organizado, aos ilícitos transnacionais e ao terrorismo;
Monitoramento e enfrentamento e�caz de ações adversas contra interesses nacionais;
Aprimoramento da legislação para a atividade de Inteligência.
A Estratégia Nacional de Inteligência (ENINT) possui quatro eixos estruturantes para ação, que estabelece
vínculos para impulsionar a atividade de Inteligência:
Atuação em rede
Desa�o: fortalecimento da atuação integrada e coordenada da atividade de Inteligência.
Objetivos Estratégicos: aprimorar os processos e protocolos para comunicação e
compartilhamento de informações; mapear e gerenciar os principais processos a serem
realizados no SISBIN; de�nir e regular critérios para atuação conjunta e coordenada no
âmbito do SISBIN.
Desa�o: fortalecimento de cultura de proteção do conhecimento e de preservação do
sigilo.
Objetivos Estratégicos: Criar protocolos conjuntos para proteção de conhecimentos
sensíveis; aperfeiçoar o processo de gestão de riscos; fomentar a cultura de proteção do
conhecimento na sociedade.
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Tecnologia e capacitação
Desa�o: maior utilização de tecnologias de ponta, especialmente no campo cibernético
Objetivos Estratégicos: ampliar a capacidade do Estado na obtenção de dados por meio
da Inteligência cibernética; fortalecer a capacidade de pesquisa e desenvolvimento em
Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC); aprimorar a capacidade de desenvolver e
implementar criptogra�a de Estado; modernizar a infraestrutura de Tecnologia da
Informação e Comunicação (TIC).
Desa�o: intensi�cação do uso de tecnologias de tratamento e análise de grandes volumes
de dados (Big Data e Analytics)
Objetivos Estratégicos: ampliar a capacidade de obtenção e análise de grandes volumes
de dados estruturados e não estruturados; aprimorar a estruturação e o
compartilhamento de bases de dados de Inteligência; promover a interoperabilidade de
bases de dados de interesse em nível nacional.
Desa�o: ampliação e aperfeiçoamento do processo de capacitação para atuação na área
de Inteligência
Objetivos Estratégicos: promover a integração entre as Escolas de Governo para ampliar a
oferta de cursos relacionados à Inteligência e estruturar capacitações conjuntas;
estabelecer processo de gestão por competências para capacitação em Inteligência;
fortalecer a educação a distância (EAD); promover a quali�cação técnica para proteção e
exploração do campo cibernético.
Projeção internacional
Desa�o: ampliação da internacionalização da atividade de Inteligência brasileira
Objetivos Estratégicos: aumentar a representação da atividade de Inteligência no exterior;
incrementar a interação do SISBIN com os demais sistemas de Inteligência em temas de
Interesse; aperfeiçoar a quali�cação de adidos e demais agentes diplomáticos; aumentar
a participação em fóruns, eventos e encontros internacionais.
Desa�o: apoio ao fortalecimento da inserção do País no cenário internacional
Objetivos Estratégicos: ampliar as redes de parcerias e incrementar os acordos de
cooperação internacional; apoiar as instituições brasileiras em sua atuação no exterior;
ampliar o intercâmbio de informações entre os órgãos brasileiros com atuação no
exterior; consolidar a atividade de Inteligência em questões externas estratégicas.
Segurança do Estado e da sociedade
Desa�o: apoio ao combate à corrupção, ao crime organizado, aos ilícitos transnacionais e
ao terrorismo
Objetivos Estratégicos: estabelecer temas prioritários para produção de conhecimentos
referentes às seguintes ameaças: corrupção, crime organizado, ilícitos transnacionais e
terrorismo; aprimorar os meios de compartilhamento de informações sobre as seguintes
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ameaças: corrupção, crime organizado, ilícitos transnacionais e terrorismo; criar
protocolos especí�cos para atuação integrada do SISBIN em relação às seguintes
ameaças: corrupção, crime organizado, ilícitos transnacionais e terrorismo.
Desa�o: monitoramento e enfrentamento e�caz de ações adversas contra interesses
nacionais
Objetivos Estratégicos: identi�car os principais temas de interesse nacional para defesa
contra ações adversas externas; estabelecer sistema de alerta para prevenção de
potenciais ações adversas; criar protocolos especí�cos para atuação integrada visando a
neutralização de ações adversas.
Desa�o: aprimoramento da legislação para a atividade de Inteligência
Objetivos Estratégicos: acompanhar e apoiar o processo legislativo nos temas de
interesse da atividade de Inteligência; aperfeiçoar o marco legal da atividade de
Inteligência.
EXERCÍCIOS
De acordo com a ENINT, quais as oportunidades para Inteligência se desenvolver?
a) Aproveitamento cultural da arte no Brasil; inserção do país no cenário internacional; desenvolvimento da indústria de
armas e de tecnologia para exploração de petróleo.
b) Inserção do país no cenário internacional; desenvolvimento da indústria de armas; cooperação internacional.
c) Inserção do país no cenário internacional; cooperação internacional; desenvolvimento cientí�co e tecnológico;
Inteligência cibernética; consolidação de rede logística e de infraestrutura de interesse nacional.
d) Cooperação internacional; inserção do país no cenário internacional; cooperação entre os entes federativos na
segurança pública na elaboração de legislação no âmbito dos Estados sobre a atividade de Inteligência.
e) Desenvolvimento cientí�co e tecnológico; Inteligência cibernética; desenvolvimento da indústria de armas e de
tecnologia para exploração de petróleo.
Justi�cativa
Quais os quatro eixos estruturantes que a Estratégia Nacional de Inteligência possui para ação, que estabelece
vínculos para impulsionar a atividade de Inteligência?
Resposta Correta
O que é um dos desa�os para Inteligência se desenvolver, de acordo com a ENINT?
a) Enfrentamento das facções criminosas que atuam no Rio de Janeiro.
b) Elaboração de legislações estaduais que regulamentem a atividade de Inteligência para as Polícias Estaduais.
c) Desenvolvimento da Indústria de Petróleo.
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d) Maior utilização de tecnologia de ponta, especialmente no campo cibernético.
e) Convênio com as Guardas Municipais para a ampliação do SISBIN.
Justi�cativa
Nesta disciplina, procuramos ampliar o estudo sobre a atividade de Inteligência com temas atuais e algumas
ênfases na Segurança Pública. A Inteligência de Estado possui grande abrangência de estudos e continua em
permanente desenvolvimento, sem contar sua vertente ligada à Inteligência de negócios e empresarial, que acaba
desenvolvendo princípios correlatos.
Atividades
Recente decreto, datado de dezembro de 2017, aprovou a Estratégia de Inteligência Nacional (ENINT), cuja leitura
é obrigatóriapara se entender sobre o desenvolvimento da atividade de Inteligência no Brasil. O que é o SISBIN e
qual a sua missão?
Resposta Correta
Dados os quatro eixos estruturantes para ação, com vínculos para a atividade de Inteligência, relacione-os com os
desa�os e marque a alternativa correta.
1. Atuação em rede
2. Tecnologia e Capacitação
3. Projeção internacional
4. Segurança do Estado e da Sociedade
( ) Maior utilização de tecnologias de ponta, especialmente no campo cibernético.
( ) Intensi�cação do uso de tecnologias de tratamento e análise de grandes volumes de dados.
( ) Fortalecimento da atuação integrada e coordenada da atividade de Inteligência.
( ) Ampliação e aperfeiçoamento do processo de capacitação para atuação na área de Inteligência.
( ) Ampliação da internacionalização da atividade de Inteligência brasileira.
( ) Aprimoramento da legislação para a atividade de Inteligência.
( ) Apoio ao fortalecimento da inserção do País no cenário internacional.
( ) Apoio ao combate à corrupção, ao crime organizado, aos ilícitos transnacionais e ao terrorismo.
( ) Monitoramento e enfrentamento e�caz de ações adversas contra interesses nacionais.
( ) Fortalecimento de cultura de proteção do conhecimento e de preservação do sigilo.
a) 1,1,2,3,2,2,3,4,4,4
b) 2,2,1,2,3,4,3,4,4,1
c) 3,3,2,2,2,1,4,1,4,4
d) 1,1,2,2,2,3,3,4,4,4
e) 4,4,4,3,3,2,2,2,1,1
Justi�cativa
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Glossário
CLÁUSULAS PÉTREAS
Dispositivo constitucional que não pode ser alterado nem mesmo por Proposta de Emenda à Constituição (PEC). As
cláusulas pétreas inseridas na Constituição do Brasil de 1988 estão dispostas em seu artigo 60, §4º. São elas: a forma
federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes; e os direitos e garantias
individuais.
CURRÍCULO OCULTO
São aqueles ensinamentos distantes dos ensinados nas escolas de Inteligência e academias de polícia, que exaltam
comportamentos contrários ao per�l institucional com características anti-humanistas e antidemocráticos.