Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESTRUTURAS GEOLÓGICAS ESTRUTURAS GEOLÓGICAS INTRODUÇÃO Reconstruir a história da Terra sempre foi um grande desafio para geólogos e geógrafos. No entanto, o estudo da evolução do planeta sempre esbarrou em inúmeros obstáculos, sejam de ordem técnica ou de ordem científica. A descoberta da radioatividade (por Henri Becquerel, em 1896) possibilitou a criação de um método que determinava a idade de várias rochas a partir da desintegração radioativa espontânea de alguns minerais. Teve início então a “Era das Datações Radiométricas”, que possibilitou a elaboração de uma escala de tempo para eventos geológicos. INTRODUÇÃO A partir das evidências científicas, chegou-se a uma idade aproximada da Terra em 4,5 bilhões de anos. A história da evolução do planeta está descrita de forma resumida em um quadro denominado Coluna Geológica, que corresponde a uma escala geológica, dividida em Éons, Eras, Períodos, Épocas e as idades que lhes correspondem. ESTRUTURAS GEOLÓGICAS A estrutura geológica corresponde à base rochosa sobre a qual se assentam as formas de relevo. As plataformas ou crátons, os dobramentos modernos e as bacias sedimentares correspondem aos tipos de estrutura geológica encontrados na Terra. As estruturas geológicas são caracterizadas pelos tipos de rochas predominantes, pelo seu processo de formação e pelo tempo geológico em que surgiram. ESCUDOS ANTIGOS OU MACIÇOS CRISTALINOS Os escudos cristalinos (ou escudos pré-cambrianos) resultam da solidificação de material magmático e da exumação de rochas plutônicas (rochas magmáticas consolidadas a grandes profundidades e sob intensa pressão). Além desses tipos de rochas, há também, nessa estrutura geológica, a presença de rochas metamórficas bastante antigas, como o gnaisse. Os escudos cristalinos são resistentes, estáveis, porém bastante desgastados. Também abrigam grandes reservas de minerais metálicos. ESCUDOS ANTIGOS OU MACIÇOS CRISTALINOS Os escudos cristalinos também podem ser denominados crátons, porções bastante antigas da crosta continental. Estes constituem os terrenos mais esculpidos pelos processos erosivos ao longo do período geológico e também representam as porções mais estáveis tectonicamente, por estarem interiorizados nas placas tectônicas. BACIAS SEDIMENTARES As bacias sedimentares são provenientes da combinação entre erosão e processos acumulativos de sedimentos (acumulação ou sedimentação), sendo hoje conhecidas como as planícies fluviais e litorâneas. Podem ter tanto formações antigas, datadas do Paleozoico e do Mesozoico, como também mais recentes, datadas do Cenozoico. Sua composição consiste em camadas de sedimentos sobrepostas, sendo que as mais profundas são mais antigas e as mais superficiais, mais novas. São nessas camadas que os fósseis animais ou vegetais são encontrados. Em sua maioria, são compostas de rochas inorgânicas. Entretanto, existem aquelas que são compostas por rochas orgânicas, onde estão situadas as jazidas de carvão, petróleo e gás natural. BACIAS SEDIMENTARES Nas bacias sedimentares, as camadas de sedimentos estão dispostas horizontalmente ou quase horizontalmente, o que aponta para a ausência de movimentos tanto orogenéticos quanto epirogenéticos em tempos antigos. Ocorrem tanto sobre a plataforma continental quanto na região costeira (estas limitadas a estreitas faixas litorâneas que, mesmo sobre as plataformas continentais, encontram-se submersas). Cada bacia possui uma característica própria, resultado dos variados processos pelos quais as estruturas geológicas passaram ao longo das eras. BACIAS SEDIMENTARES As bacias sedimentares recobrem parte de áreas cratônicas ou de plataformas continentais, abrangendo cerca de 75% da superfície emersa da Terra, embora, no que tange ao volume, as rochas sedimentares sejam bem menos representativas que as metamórficas e as ígneas. DOBRAMENTOS MODERNOS Os dobramentos modernos tiveram origem no entrechoque de placas em recentes acomodações tectônicas do final da Era Mesozóica e durante o Período Terciário da Era Cenozóica. Essas regiões correspondem aos terrenos mais recentes, produzidos pela tectônica das placas e, por isso, instáveis, nos quais predominam uma intensa atividade sísmica e vulcanismos. Os dobramentos recentes ou modernos mais conhecidos são os Andes, na América do Sul; as Montanhas Rochosas e a Serra Nevada, na América do Norte; o Himalaia, na Ásia; os Atlas, no norte da África e os Alpes, na Europa. DOBRAMENTOS MODERNOS ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL O conhecimento da estrutura geológica do território brasileiro é de fundamental importância, não só para se compreender melhor o modelado da superfície do país, o seu relevo, mas também para se atuar sobre esse modelado. Essa atuação pode-se dar, por exemplo, por meio da exploração de recursos minera i s , ass im como na prevenção ao desenvolvimento de processos erosivos. ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL O território brasileiro está localizado no centro da Placa Tectônica Sul-Americana, distante da borda ocidental e oriental. Pela sua localização, o Brasil está menos susceptível aos abalos sísmicos mais graves e às manifestações vulcânicas ativas. A estrutura geológica brasileira é formada, basicamente, por dois tipos de estrutura: os escudos cristalinos e / ou crátons e as bacias sedimentares. Os dobramentos antigos são representados pelas formações serranas datadas da Era Arqueana e Proterozoica. AS GRANDES ESTRUTURAS DO TERRITÓRIO BRASILEIRO OS TERRENOS CRISTALINOS No Brasil, os escudos cristalinos correspondem a 36% da área territorial e dividem-se em duas grandes porções: o Escudo das Guianas (norte da Planície Amazônica) e o Escudo Brasileiro (porção centro-oriental brasileira). São constituídos por rochas magmáticas intrusivas e rochas metamórficas que formam o embasamento cristalino brasileiro. As estruturas cristalinas brasileiras apresentam grande importância econômica, pois nelas se encontram as principais jazidas de minerais metálicos, como no caso do Quadrilátero Ferrífero (MG), da Serra dos Carajás (PA), do Maciço do Urucum (MS) e das jazidas de manganês da Serra do Navio (AP), de bauxita, em Oriximiná (PA) e da cassiterita de Rondônia. AS BACIAS SEDIMENTARES Cobrem 64% da área total do território brasileiro. As bacias sedimentares foram formadas em épocas diversas do tempo geológico. Sua importância econômica está ligada à presença de recursos minerais energéticos, como o petróleo e o carvão mineral. As grandes bacias como a Amazônica, a do Meio-Norte, a do Paraná, a do São Francisco e a do Pantanal Mato-Grossense são os maiores exemplos desse tipo de formação geológica no Brasil. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA LUCCI, Elian Alabi [et.al]. Território e Sociedade no mundo globalizado. Volume 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2010. MACEDO, Mara Rubinger [et.al] Geografia. Volume 1 e 2. São Paulo: Editora Bernoulli
Compartilhar