Buscar

Resumo O Mal Estar na Civilização 0 Freud

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Docente: Prof. Dr. Luiz Nabuco 
Disciplina: Psicologia Social 
Texto: O Mal Estar na Civilização – Freud 
Aluna: Yasmin Wicher Damasceno – RA: 191126829 
 
 
 O pessimismo de Freud vem da decorrência da dificuldade de captar os problemas das 
culturas, e por ter um compromisso com a verdade, refretar em sua teoria as coisas mais sobreas, 
sombrias e que precisam ganhar nome através de teorias que tenham um compromisso muito 
firme com a verdade. Ele era muito comprometido com a pesquisa cientifica. Se trata do 
princípio da realidade onde a tendência é isolar o ego de tudo que possa causar sofrimento, 
criando assim um ego puro. 
 Freud interroga a origem de um suposto sentimento religioso, de caráter inato ao homem, 
como fonte das mais diversas manifestações culturais religiosas. É de grande importância saber 
que antes de escrever o “mal estar da civilização” Freud deu luz ao texto “O futuro de uma 
Ilusão” nele, fez uma reflexão profunda acerca do sentimento religioso. Freud manda seu texto 
a um amigo, especializado em teologia, e pede a ele um parecer, e a resposta é: “Interessante, 
mas você desconsidera que em todas as épocas históricas o fenômeno religioso se faz presente, 
então deve haver algo inato na natureza humana que determina esse carecimento, e esse toma 
forma culturais e se faz presente em todas sociedades e épocas e você desconsidera isso”. O 
texto “Mal estar na cultura” é uma resposta a esse amigo. A teoria mostra que esse carecimento 
existe, mas ele não é inapto, e assim ele vai explicar no mal estar na cultura. 
 O sentimento religioso vai aparecer no texto como um sentimento oceânico, que é um 
sentimento sem barreiras delimitadas. É como se não tivéssemos mais delimitações entre o “eu” 
e o outro. O sentimento é produzido por um rito, não é sempre que acontece, mas quando o rito 
tem sucesso, o que o indivíduo experimenta é exatamente esse sentimento oceânico, por algum 
momento que ele sente a presença de Deus é por que ele se sente como parte de toda criação, 
por alguns instantes ele não vê mais as fronteiras do que ele é e a totalidade da criação, tudo 
que existe, inclusive o que não alcançamos e não compreendemos, esse seria o sentimento de 
religare (do latim), o indivíduo com a religião, o sentimento que ela produziria com seus ritos 
ela produziria isso. 
 
 
 
 Compreensão de Freud: O ponto de partida do Freud é a percepção comum de cada um de 
nós constitui-se num “eu” que se delimita claramente como unidade em relação ao mundo 
exterior. Fora os estados psicopatológicos, loucura, é uma percepção que somos algo e o mundo 
é outra, é abalado por experiências amorosas e intensas, elas também aliviam o mal-estar, é 
como se o amor funcionasse como uma droga, o tirando da realidade no seu estado de paixão. 
Isso abala a percepção de que eu e outro se delimita claramente. 
 A segunda forma é a ingestão de determinadas substâncias químicas, elas provocam o efeito 
de indistinção do eu, outro, natureza e o indivíduo não percebe mais os limites dele com a 
totalidade da criação, ele se sente incluído nessa totalidade como parte orgânica disso. 
Experiencias estéticas que exercem sobre nós o poder de sedução, assim como o amor, paixão 
são ordem de experiencia que levam a isso que Freud discute em termos de sentimento 
oceânico, não em forma de transformação entre o eu e mundo. A origem de um sentimento sem 
fronteiras encontra sua explicação nos momentos mais primitivos de constituição do eu, 
primeiro é preciso que o eu se desenvolva e que ele venha ser abalado em uma dessas ordens e 
esse sentimento brote. Precisa que o eu se constitua como uma unidade e só depois isso poderá 
ou não se tornar a fonte de energia vinculada a dissolução do eu de conteúdo atual religioso, 
mas não necessariamente. 
 Ele toma a vida como algo difícil, viver não é um problema que se resolve, viver em si já é 
um problema, esse nos exige, temos que arcar com as escolhas. Perante a vida, quem tem 
ciências e artes já tem uma maneira de se aliviar, se a pessoa pode gozar e se deleitar da arte, 
ela pode tirar momentos de satisfação de uma vida que é dura, não tem nada a ver com ter ou 
não religião, quem tem ciência e arte já tem religião, precisamos ter formas de fugir da dureza 
da vida. Quem não tem ciência nem arte, já que isso são para poucos, procura se refugiar na 
religião, o Simmel já tinha dito,” A esses só lhes resta a ter religião diante a dureza do próprio 
mundo, e uma forma de consolo e apaziguamento” 
 A grande maioria dos homens são privados de se confortarem com as descobertas oriundas da 
ciência e das produções artísticas restando-lhes apenas o conforto religioso. Freud tem o modelo 
da satisfação sexual, não há instinto humano nem sexual, ela é até certo ponto perversa, como 
não há isso, o objeto da satisfação vai variar de acordo com as fantasias de cada um, e ele vai 
em busca disso, extraindo um determinado gosto, satisfação. O objeto da pulsão é o que tem de 
mais variável na pulsão. Isso é só modelo, protótipo. O modelo que Freud tem em vista, de 
satisfação de prazer, é o da satisfação sexual. Há uma patologia que explica uma familiaridade 
entre esses estados do “eu” e do “mundo externo” , e se tornam incertas, mas que na realidade 
elas estão traçadas de forma incorreta. Um exemplo é o ego do adulto que passa pelo 
 
 
desenvolvimento, diferente do de uma criança recém-nascida ainda não sabe a distinção do seu 
ego ao mundo externo, mas aprende a fazê-lo ao reagir a vários estímulos. Os órgãos dos recém-
nascidos são berços de excitação, podendo dar a eles sensações, porém, outras fontes fogem 
disso, aparecendo nos gritos, choros mostrando que querem o seio materno, o que leva a ideia 
de um contraste por um objeto, que existe externamente. 
 Segundo Freud, o ego está no nosso inconsciente que pode ser chamado de “Id”, que no caso 
é a entidade inconsciente que faz uma fachada para o ego. Já o último, no ser humano, é algo 
autônomo e unitário, ele faz contraste com tudo que é exterior. Quando somos colocados a 
alguma situação interna, como o sofrimento, o ego se encontra com o mundo externo, pois o 
sofrimento irá causar movimentos físicos, como choros, ação muscular etc. Assim o limite 
interno ultrapassa a barreira e se encontra com o externo, são os sentimentos oceânicos. Alguns 
mecanismos geram esse sentimento como: as drogas alucinógenas, yoga, religião; todos esses 
acontecimentos fazem que o individuo comece a olhar não apenas para si, como um só, mas 
sim como pertencente a denominado sentimento proporcionado pelos mecanismos citados, ele 
começa a achar que faz parte de toda uma totalidade, esse seria o sentimento de religare. 
Portanto, o “eu” deve se dissolver e só depois ele pode ou não a um conteúdo de ideal religioso, 
mas isso não é algo necessário. 
 Freud tem como a religião relacionada a satisfação substitutiva de renúncias impostas para o 
ser humano, pela estrutura psíquica e pela sociedade. Ele também diz que a “crença religiosa é 
construída sobre ordenações morais travestidas de um caráter sobre-humano” Para o autor a 
religião seria uma doutrina que promete uma certa felicidade, ou seja, se o individuo for fiel, 
cuidar de sua vida através dos conceitos religiosos ele será livre, em um mundo externo, de 
qualquer frustração que teve de enfrentar. 
 Em relação a felicidade Freud diz que é impossível alcançar a felicidade plena, pois elas 
“parecem estar contra todas as normas do universo”. Existem estados de felicidades 
momentâneos eles atraem uma potência de contrastes da vida. Essa satsfação intensa e 
momentânea gera a felicidade, junto a isso pode-se acrescentar a necessidade de ter algo 
naquele momento que fará o individuo feliz, como exemplo a necessidade sendo a comida para 
alguém com fome. O autor também aborda o sofrimento, que para ele ameaça o individuo pelo 
corpo levando-o a decadência; pelo mundoexterno onde o individuo sempre está ameaçado a 
algo e pelos relacionamentos. 
 Segundo o autor, há métodos para relutar contra o sofrimento, em relação a sociedade e sua 
interação, tem-se o isolamento, isto é, a felicidade da quietude, ou o indíviduo se afasta da vida 
social, da comunidade humana ou fica. O sofrimento, nada mais é que uma sensação, só existe 
 
 
se sentirmos, é melhor deixarmos ele vir do que se afastar, pois, assim o amadurecimento diante 
das diversas situações fica mais fácil com o tempo, é importante entender que ele faz parte da 
vida. 
 Freud fala também sobre a civilização, dessa busca do homem para ser inserido nela. A 
civilização é a soma de regulamentações e realizações que distinguem a vida dos indivíduos de 
hoje dos antepassados animais, e que servem para dois intuitos, o de proteger os homens contra 
a natureza e o de ajustá-lo aos relacionamentos. Para o Freud, essa evolução da civilização não 
favoreceu para que o indivíduo se tornasse mais feliz e tivesse mais prazer. Fica claro que viver 
numa civilização não é estar em busca da felicidade, mas sim do afastamento do desprazer, ou 
seja, para que o homem possa sobreviver e se desenvolver em uma sociedade, ele tem que se 
sacrificar para pagar o preço da renúncia da satisfação das pulsões, isso quando Freud menciona 
que é a vida sexual e a agressividade do homem. 
 Para viver numa sociedade o homem precisa internalizar essas pulsões onde elas acabam sendo 
reprimidas e sendo substituídas por um sentimento de culpa, segundo citação do autor: 
“introjetada, internalizada; ela é, na realidade, enviada de volta para o lugar de onde veio, isto é, 
dirigido no sentido de seu próprio ego”. Com isso se assume por uma parte do ego, que se põe 
contra o resto de ego, como superego, e que então, sob forma de ‘consciência’, que está pronta 
contra o ego a mesma agressividade rude que o ego teria gostado de satisfazer sobre outros 
indivíduos, a ele estranhos. A tensão entre o severo e o ego, que a ele se acha sujeito, é por nós 
chamada de sentimento de culpa; expressa-se como uma necessidade de punição” 
 É a partir deste conceito do superego que o autor começa a desenvolver o termo sentimento de 
culpa. Ele aponta três fontes causadoras do nosso sofrimento: corpo, mundo externo e os 
relacionamentos. “Nunca dominaremos completamente a natureza e o nosso organismo corporal, 
ele mesmo parte desta natureza, permanecerá como uma estrutura passageira, como limitada 
capacidade de adaptação e realização” [...] “não a admitamos de modo algum; - e continua – não 
podemos perceber porque os regulamentos estabelecidos por nós mesmos não representam, ao 
contrário, proteção e benefício para cada um de nós” 
 Viver numa civilização, principalmente nos dias de hoje, é viver para o trabalho. Comparando 
a época em que o autor era vivo, atualmente as coisas melhoraram em vários aspectos, como o 
saneamento básico, o avanço da medicina, uma melhoria da expectativa de vida e, até mesmo, a 
uma maior liberdade sexual, porém esses fatos ainda precisam melhorar muito, mas já 
conseguimos chegar neles. Antigamente poderíamos dizer que o puritanismo exigido pela igreja 
e o controle dos impulsos sexuais eram motivo para falar que o mal estar vinha das restrições 
sexuais. Hoje, com a liberdade sexual, este já não é mais o caso. O indivíduo, seja ele qual for, 
 
 
não vai contra a privação dos seus desejos sexuais e a mulher não é mais vista como um objeto 
de procriação. Atualmente, o mal estar está em outros aspectos como a preocupação, o medo, a 
insegurança, o desemprego, a fome, a instabilidade emocional e financeira. E esses fatores 
acabam gerando doenças psíquicas como depressão, síndrome do pânico, ansiedade, transtornos 
causados por traumas, baixa autoestima etc. 
 As pessoas vivem para a sociedade, vivem para não ser excluída dela, adota métodos para se 
encaixar evitando sofrimento, ou o não desprazer. Entre os métodos pode-se citar o uso de drogas, 
para conseguir socializar facilmente, ou mesmo para aguentar horas de trabalho e estudos, pois 
estamos inseridos em uma sociedade cada vez mais rápida e competitiva. O remodelamento da 
desvairada realidade, o amor, a “sublimação das pulsões”, as fantasias e a enfermidade neurótica, 
como cita Freud. Portanto, o texto traz considerações fundamentais da vida e da sua psique do 
ser humano. Porém, é possível perceber seu aspecto de uma visão pessimista da vida. Seu 
pessimismo fica claro na frase: “todo homem tem que descobrir por si mesmo de que modo 
específico ele pode ser salvo”. E ainda ressalta a importância de diversificar seus esforços na 
busca da felicidade.

Continue navegando