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Princípios de fraturas 1. O que são fraturas? Perda da solução de continuidade de um osso. 2. Quais são as causas de fraturas? Traumas de alta energia, pequenos traumas repetitivos, processos patológicos (osteoporose, neoplasias) 3. O que são fraturas completas e incompletas? Completa: apresenta perda total da solução de continuidade Incompleta: apresenta um segmento cortical intacto. 4. Quais são os tipos de fraturas completas? As fraturas completas podem ser divididas em simples, cominutas e segmentares. Simples: apresenta uma linha de fratura, com 2 segmentos ósseos Cominutas: apresenta 2 ou mais linhas de fratura, com 3 ou mais segmentos Segmentares: apresenta 2 linhas de fratura, com segmento ósseo intermediário 5. Como classificar as fraturas de acordo com a situação dos tecidos moles adjacentes? Fechada: não há comunicação com o meio externo Aberta: há comunicação com o meio externo 6. Como as fraturas podem ser classificadas de acordo com a porção do osso acometida? Epifisárias, metafisárias, diafisárias, intra-articulares 7. Como as fraturas podem ser classificadas de acordo com a direção da linha de fratura e força? Fratura transversal ou oblíqua curta: força angular Fratura espiral: força torcional Fratura de avulsão: força de tração Fratura impactada: força compressiva 8. Quais são as fraturas específicas em crianças e quais suas características. Fratura em galho verde e fratura em tórus Fratura em galho verde: há tensão no lado convexo e compressão no lado côncavo. Ocorre por devido a forças angulares. Fratura em tórus: saliências anormais na cortical óssea, produzidas devido a forças compressivas 9. Quanto tempo dura o processo completo de consolidação? 4 a 8 meses 10. Em quanto tempo ocorre a estabilização clínica da fratura Cerca de 6 semanas 11. Quais os tipos de consolidação? Primária e secundária Primária: quando existe perfeita aposição entre os fragmentos ósseos. A consolidação ocorre de forma membranosa, ou seja, não há formação prévia de cartilagem. Necessita da utilização de placas e parafusos Secundária: ocorre através da ossificação endocondral, primeiro forma-se uma membrana cartilosa no loca, que posteriormente será transformada em osso Conseguido com uso de gesso simples, necessitando apenas de uma estabilidade relativa 12. Quais as fases da consolidação secundária Hematoma fraturário, calo mole, calo duro e consolidação Hematoma fraturário: ocorre vasodilatação e liberação de substâncias inflamatórias. Funciona como estímulo para o início da comsolidação Calo Mole: Ocorre em até 2 semanas Calo duro: células mesenquimais começam a formar osteoblastos 13. Qual a relação entre os tipos de consolidação e os tipos de fratura? Consolidação primária utilizada no tratamento de fraturas transversas e contraindicada em fraturas cominutas. Consolidação secundária é comumente utilizada no tratamento das fraturas espiraladas 14. Qual o quadro clínico de fraturas? História de trauma agudo + dor local + impotência funcional 15. Quais são as alterações no exame físico? A dor é exacerbada pela palpação da fratura e pela angulação dos fragmentos fraturários. Pode ocorrer tumefação local, equimoses e crepitação. 16. Como fazer o exame vascular? Palpação do pulso distal à fratura 17. Como avaliar a integridade do nervo radial? Avaliar a capacidade do paciente levantar o primeiro dedo da mão (dar joinha) 18. Como avaliar a integridade do nervo mediano? Capacidade de encostar o primeiro no quinto dedo (oposição) 19. Como avaliar a integridade do nervo ulnar? Capacidade de abrir e fechar a palma da mão 20. Qual é a conduta definitiva de uma fratura? Redução da fratura em caso de desvio do eixo ósseo seguida por estabilização 21. Quais os tipos de redução? Forma fechada por meio da manipulação e forma aberta através de cirurgia local 22. Quais são as principais complicações? Lesão arterial, síndrome compartimentar, osteomielite e artrite séptica 23. Quais os sinais de lesão arterial: Palidez cutânea, queda da temperatura, cianose e ausência de pulso 24. O que são pseudoartroses? Ausência de consolidação de uma fratura, após 9 meses do trauma. 25. Quais os tipos de psudoartroses? Hipertrófica: há formação de calo ósseo e é causada por instabilidade local Atrófica: sem calo ósseo, ocorre por falta de vascularização local 26. Como suspeitar de pseudoartroses? Sempre que houver estagnação da comsolidação óssea por um período superior ao esperado (4-8meses) 27. Quais são os fatores que predispõem as pseudoartroses? Fratura exposta, osteomielite, necrose dos fragmentos fraturários, imobilização inadequada 28. O que são fraturas abertas? Fraturas que possuem comunicação de qualquer tamanho com o meio externo 29. Como classificar as fraturas abertas? Classificação segundo Gustillo e Anderson. Tipo I, II e III (A,B,C) Leva em consideração o tamanho da ferida, nível de contaminação, situação das partes moles e força de impacto 30. Como é feita a profilaxia das fraturas abertas? Profilaxia contra tétano e ATB por 48-72h. Gustilo I e II: cefalosporina de 1° geração Gustilo III: cefalosporina de 1° geração + aminoglicosídeo Área rural: 1° geração + aminoglicosídeos + metronidazol 31. Qual o escore que avalia a necessidade de amputação primária? Escore de MESS. Leva em consideração o tamanho da energia que lesou as partes moles e ossos, grau de isquemia local, presença de choque e a idade do paciente. Escores maiores ou iguais a 7 recomendam amputação 32. Como classificar as fraturas de placas epifisárias? Segundo SALTER- Harris Tipo I: S – Straight across (em paralelo) Tipo II: Above (acima) Tipo III: L- Lower or below (abaixo) Tipo IV: T- Two or through (acima e abaixo) Tipo V: ER- erasure of growth plate or crush (bem em cima) 33. Qual o tratamento das fraturas epifisárias? Tipos I e II – tratamento conservador Tipo III, IV e V tratamento cirúrgico com fixação interna
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