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Competência 3

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Competência 3 da redação: 
veja como gabaritar no 
desenvolvimento 
Confira, só pra lembrar, veja quais 
são as cinco competências cobradas 
na correção: 
 Uso correto do Português; 
 Compreender e Desenvolver o 
Tema; 
 Argumentar em defesa do seu 
Ponto de Vista; 
 Capacidade de argumentação; 
 Criar a Proposta de 
Intervenção. (Cada uma vale 
200 pontos.) 
Como gabaritar a Competência 3 da 
Redação 
Veja, na prática, quais foram os 
elementos desse texto que fizeram 
a diferença na análise dos 
parágrafos de Desenvolvimento. A 
autora utilizou dois parágrafos de 
maneira inteligente na 
argumentação. No total, fez a 
redação nota mil em quatro 
parágrafos, e convenceu na 
execução do projeto já indicado na 
introdução, e materializado na 
escrita e defesa dos argumentos 
para dominar a Competência 3 da 
redação. 
Dica: 
1. Para conquistar os 200 pontos 
da Competência 3 da redação os 
avaliadores observam se o 
projeto do texto foi executado 
corretamente. 
2. A coesão aparece quando todos 
os parágrafos estão 
relacionados. 
3. A forma mais tranquila para 
você fazer isto é deixar bem 
claro o Projeto do Texto já na 
introdução, indicando os 
elementos que você vai 
trabalhar no desenvolvimento. 
4. Se você tem dois pontos para 
argumentar, indique já na 
introdução (mas sem avançar na 
argumentação!). 
A introdução da Redação nota 1000 
da Isabella 
Observe como ela já fez a 
antecipação dos tópicos que iria 
trabalhar depois no 
desenvolvimento: 
Nise da Silveira foi uma renomada 
psiquiatra brasileira que, indo contra 
a comunidade médica tradicional da 
sua época, lutou a favor de um 
tratamento humanizado para 
pessoas com transtornos 
psicológicos. No contexto nacional 
atual, indivíduos com patologias 
mentais ainda sofrem com diversos 
estigmas criados. Isso ocorre, pois 
faltam informações corretas sobre 
o assunto e, também, existe uma 
carência de representatividade 
desse grupo nas mídias. 
A Análise da professora Daniela 
Olha só como a indicação do Projeto 
do Texto apareceu direitinho na 
introdução. Ela falou do contexto 
nacional com a falta de informações 
a respeito do tema, e também falou 
da falta de representatividade 
destes personagens na mídia. Estes 
tópicos serão concretizados depois 
nos parágrafos do Desenvolvimento. 
A autora antecipou da metade da 
introdução para baixo dois 
problemas básicos. 
Veja agora os parágrafos do 
Desenvolvimento, da Competência 
3 
Primariamente, vale ressaltar que a 
ignorância é uma das principais 
causas da criação de preconceitos 
contra portadores de doenças 
psiquiátricas. Sob essa ótica, o 
pintor holandês Vincent Van Gogh 
foi alvo de agressões físicas e 
psicológicas por sofrer de 
transtornos neurológicos e não 
possuir o tratamento adequado. O 
ocorrido com o artista pode ser 
presenciado no corpo social 
brasileiro, visto que, apesar de uma 
parcela significativa da população 
lidar com alguma patologia mental, 
ainda são propagadas informações 
incorretas sobre o tema. Esse 
processo fortalece a ideia de que 
integrantes não são capazes de 
conviver em sociedade, reforçando 
estigmas antigos e criando novos. 
Dessa forma, a ignorância contribui 
para a estigmatização desses 
indivíduos e prejudica o coletivo. 
Ademais, a carência de 
representatividade nos veículos 
midiáticos fomenta o preconceito 
contra pessoas com distúrbios 
psicológicos. Nesse sentido, a série 
de televisão da emissora HBO, 
“Euphoria”, mostra as dificuldades 
de conviver com Transtorno Afetivo 
Bipolar (TAB), ilustrado pela 
protagonista Rue, que possui a 
doença. A série é um exemplo de 
representação desse grupo, nas 
artes, falando sobre a doença de 
maneira responsável. Contudo, ainda 
é pouca a representatividade desses 
indivíduos em livros, filmes e séries, 
que quando possuem um papel, 
muitas vezes, são personagens 
secundários e não há um 
aprofundamento de sua história. 
Desse modo, esse processo agrava 
os estereótipos contra essas 
pessoas e afeta sua autoestima, pois 
eles não se sentem representados. 
A análise da professora Daniela 
Observe no início do primeiro 
desenvolvimento como a autora 
Isabella utiliza de maneira 
estratégica a expressão 
“Primeiramente” para chamar a 
atenção dos avaliadores. Ela 
destacou e cumpriu o que estava 
prometido na introdução, abordando 
a falta de informação e a ignorância 
a respeito do problema do 
preconceito. Ponto para a autora. 
Na segunda parte do 
desenvolvimento ela começa com 
“Ademais, a carência de 
representatividade…” E ainda 
complementa discorrendo 
justamente sobre o que ela tinha 
antecipado lá na introdução. 
Coesão e Coerência na 
Competência 3 da Redação do Enem 
Ao ler os dois parágrafos do 
Desenvolvimento você percebe que 
existe uma linha condutora entre 
eles, e que vem desde a Introdução. 
Com isso a autora mostra que o 
texto foi planejado. Esta 
consistência que foi demonstrada 
pela Isabella é cobrada na correção. 
E vale pontos na competência 3 da 
redação. 
Clareza nas ideias do 
desenvolvimento 
Outro destaque positivo é o 
repertório que a autora mostrou o 
desenvolvimento das ideias. Por 
exemplo, no primeiro 
desenvolvimento, logo depois ali de 
falar do artista Van Gogh, ela faz a 
relação com o que pode ocorrer no 
povo brasileiro, em função da falta 
de informações e do estigma do 
preconceito. 
Veja que ela não simplesmente 
colocou o caso do artista Van Gogh 
ali como uma mera citação de 
exemplo de preconceito. Ela foi mais 
funda, e mostrou as consequências 
da falta de informações e do 
preconceito. 
Esclarecimento acerta das citações 
No segundo parágrafo do 
desenvolvimento fica até mais claro 
este posicionamento da autora. Ela 
cita uma série de televisão, e parte 
do pressuposto de que o leitor não é 
obrigado a conhecer a trama. Por 
isso ela apresenta os personagens e 
a temática envolvida, sempre 
relacionando com os objetivos da 
argumentação. 
Ela complementa a fase de 
desenvolvimento demonstrando 
repertório cultural pertinente, 
inclusive na literatura, ao evidenciar 
sobre a recorrência de personagens 
secundários quando estes 
apresentam problemas relacionados 
à temática. Ou seja, ela reforça o 
argumento da falta de 
representatividade. 
Veja agora o texto completo da 
redação nota 1000 
Isabella Gadelha – Enem 2020 
Nise da Silveira foi uma renomada 
psiquiatra brasileira que, indo contra 
a comunidade médica tradicional da 
sua época, lutou a favor de um 
tratamento humanizado para 
pessoas com transtornos 
psicológicos. No contexto nacional 
atual, indivíduos com patologias 
mentais ainda sofrem com diversos 
estigmas criados. Isso ocorre, pois 
faltam informações corretas sobre 
o assunto e, também, existe uma 
carência de representatividade 
desse grupo nas mídias. 
Primariamente, vale ressaltar que a 
ignorância é uma das principais 
causas da criação de preconceitos 
contra portadores de doenças 
psiquiátricas. Sob essa ótica, o 
pintor holandês Vincent Van Gogh 
foi alvo de agressões físicas e 
psicológicas por sofrer de 
transtornos neurológicos e não 
possuir o tratamento adequado. O 
ocorrido com o artista pode ser 
presenciado no corpo social 
brasileiro, visto que, apesar de uma 
parcela significativa da população 
lidar com alguma patologia mental, 
ainda são propagadas informações 
incorretas sobre o tema. Esse 
processo fortalece a ideia de que 
integrantes não são capazes de 
conviver em sociedade, reforçando 
estigmas antigos e criando novos. 
Dessa forma, a ignorância contribui 
para a estigmatização desses 
indivíduos e prejudica o coletivo. 
Ademais, a carência de 
representatividade nos veículos 
midiáticos fomenta o preconceito 
contra pessoas com distúrbios 
psicológicos. Nesse sentido, a série 
de televisão da emissora HBO, 
“Euphoria”, mostra as dificuldadesde conviver com Transtorno Afetivo 
Bipolar (TAB), ilustrado pela 
protagonista Rue, que possui a 
doença. A série é um exemplo de 
representação desse grupo, nas 
artes, falando sobre a doença de 
maneira responsável. Contudo, ainda 
é pouca a representatividade desses 
indivíduos em livros, filmes e séries, 
que quando possuem um papel, 
muitas vezes, são personagens 
secundários e não há um 
aprofundamento de sua história. 
Desse modo, esse processo agrava 
os estereótipos contra essas 
pessoas e afeta sua autoestima, pois 
eles não se sentem representados. 
Portanto, faz-se imprescindível que 
a mídia – instrumento de ampla 
abrangência – informe a sociedade a 
respeito dessas doenças e sobre 
como conviver com pessoas 
portadoras, por meio de comerciais 
periódicos nas redes sociais e 
debates televisivos, a fim de formar 
cidadãos informados. Paralelamente, 
o Estado – principal promotor da 
harmonia social – deve promover a 
representatividade de pessoas com 
transtornos mentais nas artes, por 
intermédio de incentivos monetários 
para produzir obras sobre o tema, 
com o fato de amenizar o problema. 
Assim, o corpo civil será mais 
educado e os estigmas contra 
indivíduos com patologias mentais 
não serão uma realidade do Brasil. 
(Fonte)

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