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Aula 2 - Desenhos isométricos

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DESENHO TÉCNICO 
APLICADO
Luciana Maria 
Margoti Araujo
 
Desenhos isométricos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer os conceitos relacionados aos sistemas de projeção.
  Determinar as características do desenho isométrico.
  Aplicar a sequência de traçado de uma perspectiva isométrica.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar os sistemas de projeção, muito úteis na 
representação plana de objetos e projetos. Você vai verificar como essas 
projeções estão ligadas à geometria.
Vai também aprender que objetos e projetos podem ser desenhados 
em perspectivas, que lhes dão características tridimensionais. Embora 
um pouco mais trabalhosos, os desenhos em perspectivas, quando 
executados com as técnicas corretas, podem-se tornar grandes aliados 
na representação técnica de peças e projetos. Com esse tipo de repre-
sentação, é possível analisar as dimensões do objeto de uma só vez, no 
mesmo desenho.
Sistemas de projeção
Nos sistemas de projeção, o objeto é representado por múltiplas vistas, mos-
trando tantos lados quanto forem sufi cientes para sua correta execução. Ainda, 
segundo Kubba (2014), as vistas ortogonais representam o formato exato 
de um objeto visto perpendicularmente, um lado de cada vez, sem mostrar 
a profundidade.
As representações são realizadas em um sistema de diedros. Cada diedro 
possui dois planos de projeção perpendiculares entre si; sendo um plano de 
projeção horizontal e um plano de projeção vertical, como você pode observar 
na Figura 1.
Figura 1. Representação dos diedros. 
Fonte: Vilseke et al (2018, p. 82).
A projeção em diedros é baseada na geometria descritiva. Porém, nem 
sempre duas vistas são suficientes para a representação gráfica de objetos e 
projetos. Objetos mais simples são bem representados se você utilizar três 
vistas ortográficas, que seriam a vista frontal, a vista superior e a vista lateral 
esquerda. Para objetos com maior complexidade, você pode utilizar ainda as 
vistas lateral direita, inferior e posterior para representá-los.
Por padronização de normas, as vistas ortogonais são obtidas observando-
-se o 1º diedro ou o 3º diedro. No Brasil e em países europeus, são utilizadas 
as projeções no 1º diedro. Já em países como os Estados Unidos e o Canadá, 
são utilizadas as projeções no 3º diedro.
Para as projeções no 1º e 3º diedros, a principal diferença é a posição do 
plano de projeção. No 1º diedro, o objeto é colocado entre o observador e 
o plano de projeção. No 3º diedro, o plano de projeção é colocado entre o 
observador e o objeto.
Desenhos isométricos2
Vistas ortográficas
Com base na geometria descritiva, o espaço foi dividido em quatro partes 
que receberam o nome de diedro, como vimos anteriormente. Sempre que um 
objeto é colocado em um dos diedros, ele possui, no mínimo, duas projeções, 
uma horizontal e uma vertical.
Na geometria descritiva, duas vistas são utilizadas para representar um 
objeto. Já no desenho técnico, uma terceira vista – a vista de perfil – será 
utilizada, para que não haja distorções ou erros no momento da execução do 
projeto (Figura 2).
Figura 2. As três vistas utilizadas no desenho técnico. 
Fonte: Vilseke et al (2018).
Vista
frontal
Vista
lateral
esquerda
Vista
superior
No desenho técnico, o objeto é colocado com suas faces principais pa-
ralelas aos planos horizontal e vertical (planos de projeção). Nesse caso, é 
comum dizermos que o objeto está representado em verdadeira grandeza 
na projeção, sem distorções.
A norma técnica ISO 10209-2 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRAS DE NOR-
MAS TÉCNICAS, 2005, p. 3) define o termo representação ortográfica como: 
Projeções ortogonais de um objeto posicionado normalmente com suas faces 
principais paralelas aos planos coordenados, sobre um ou mais planos de 
projeção, coincidentes ou paralelos aos planos coordenados. Estes planos de 
3Desenhos isométricos
projeção são convenientemente rebatidos sobre a folha de desenho, de modo 
que as posições das vistas do objeto sejam relacionadas entre si. 
Como vimos, as vistas de um objeto habitualmente são obtidas sobre três 
planos perpendiculares entre si, um vertical, um horizontal e outro de perfil. 
No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) recomenda 
o uso do 1º diedro na representação das vistas ortogonais, no qual o objeto se 
situa entre o observador e o plano de projeção, conforme mostra a Figura 3.
Figura 3. Vista no plano de projeção do 1º diedro. 
Fonte: Ribeiro; Peres; Izidoro (2013).
Pla
no 
de 
pro
jeçã
o
Ob
jeto
Observador
Quando o projeto prevê peças mais complicadas, além das três vistas cita-
das, envolve-se o objeto com um paralelepípedo de referência, que depois é 
aberto, formando as seis vistas principais, conforme mostra a Figura 4.
Desenhos isométricos4
Figura 4. Vistas no 1º diedro, para maior detalhamento do objeto. 
Fonte: Ribeiro; Peres; Izidoro (2013).
A projeção que aparece no plano 1 (plano vertical de origem do 1º diedro) é 
chamada vista frontal. A partir da vista frontal e tendo como princípio básico 
o 1º diedro, no qual o objeto representado se posiciona entre o observador e 
o plano de projeção, obtém-se as seguintes vistas:
  Plano 1 - Vista frontal: mostra a projeção de frente do objeto.
  Plano 2 - Vista superior ou planta: mostra a projeção do objeto visto 
por cima.
  Plano 3 - Vista lateral esquerda ou perfil: mostra o objeto visto pelo 
lado esquerdo.
  Plano 4 - Vista lateral direita: mostra o objeto visto pelo lado direito.
  Plano 5 - Vista inferior: mostra o objeto visto pelo lado de baixo.
  Plano 6 - Vista posterior: mostra o objeto visto por trás.
As linhas tracejadas no desenho técnico representam arestas e contornos invisíveis 
em relação à vista analisada (ABNT NBR-8403) (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 1984).
5Desenhos isométricos
Desenhos isométricos
Um desenho pode transmitir a ideia de largura, comprimento e profundi-
dade de um objeto. Para tanto, precisamos recorrer a um modo especial de 
representação gráfi ca: a perspectiva. Ela representa grafi camente as três 
dimensões de um objeto em um único plano, de maneira a transmitir a ideia 
de profundidade e relevo.
São vários as perspectivas existentes, e cada tipo de perspectiva mostra o 
objeto de um jeito. Comparando as formas de representação da Figura 5, você 
pode notar que a perspectiva isométrica é a que dá a ideia menos deformada 
do objeto.
Figura 5. Diferentes tipos de projeções axonométricas (isométrica, dimétrica, trimétrica) 
e uma perspectiva cônica.
Fonte: Kubba (2014).
“Iso” quer dizer mesma; “métrica” quer dizer medida. A perspectiva 
isométrica mantém as proporções do comprimento, da largura e da altura do 
objeto representado, e seu traçado é relativamente simples. Em quase todos os 
usos práticos do sistema isométrico, não se considera a redução que sofrem 
as linhas, marcando-se sobre os eixos seus comprimentos reais.
O desenho da perspectiva isométrica é baseado em um sistema de três 
semirretas que têm o mesmo ponto de origem e formam entre si três ângulos 
de 120°. Essas semirretas, assim dispostas, recebem o nome de eixos isomé-
tricos. Cada uma das semirretas é um eixo isométrico. Os eixos isométricos 
podem ser representados em posições variadas, mas sempre formando entre 
si ângulos de 120°; isto é, podem estar em qualquer posição, desde que sejam 
mantidas as defasagens de 120° entre eles. O traçado de qualquer perspectiva 
isométrica parte sempre dos eixos isométricos (Figura 6).
Desenhos isométricos6
Figura 6. Eixos isométricos, com ângulos de 120° entre si. 
Todas as arestas do desenho deverão ser paralelas aos eixos isométricos e 
receberão o nome de linhas isométricas (Figura 7).
Figura 7. Linhas isométricas, paralelas aos eixos isométricos. 
7Desenhos isométricos
Com a composição de linhas isométricas é possível desenhar diversos tipos 
de objetos, como o cubo da Figura 8.
Figura 8. Cubo em perspectiva isométrica.O uso de esquadros, réguas ou papéis reticulados são de grande auxílio 
no momento de realizar desenhos em perspectiva isométrica. É importante 
observar que, na perspectiva isométrica, é possível desenhar qualquer forma, 
não só aquelas que apresentam arestas e ângulos retos, como mostram as 
Figuras 9 e 10.
Desenhos isométricos8
Figura 9. Circunferência em perspectiva isométrica. 
Fonte: Silva; Garrido; Bento (2018, p. 120).
Figura 10. Cubo, cilindro, cone e pirâmides desenhados em perspectiva isométrica. 
Fonte: VectorPixelStar/Shutterstock.com.
9Desenhos isométricos
Não existem somente as perspectivas axonométricas e cônica. Saiba mais sobre outras 
perspectivas no link abaixo.
https://goo.gl/NG3Kz9
Traçado em perspectiva isométrica
Vamos ver, na prática, o traçado de algumas formas em perspectiva isométrica.
Por exemplo, caso seja de interesse desenhar um cubo, com o auxílio do 
papel reticulado, fazemos sempre desenhos de retas isométricas, com base nos 
eixos isométricos. Na sequência, traçamos as demais retas que vão compor o 
cubo que desejamos representar (Figura 11).
Figura 11. Traçado de um cubo em papel reticulado. 
Supondo que fosse necessário desenhar um prisma (Figura 12): utilizando-
-se o papel reticulado e as mesmas considerações feitas para o cubo anterior, 
traçamos as primeiras arestas do prisma, com as medidas idênticas ao tamanho 
desejado e com a inclinação característica da perspectiva isométrica – fácil 
de conseguir utilizando-se o papel reticulado (Figura 13).
Desenhos isométricos10
https://goo.gl/NG3Kz9
Figura 12. Prisma. 
Figura 13. Início do traçado de um prisma. 
Prosseguimos com o traçado das linhas paralelas, visando ao prisma pre-
tendido (Figura 14).
11Desenhos isométricos
Figura 14. Finalizando o traçado de um prisma. 
Vamos tentar agora um desenho com contornos um pouco mais complexos 
(Figura 15), partindo da forma do prisma.
Figura 15. Desenho complexo formado a partir de um prisma. 
Iniciamos com o desenho das linhas isométricas que compõem a parte 
superior e a lateral da figura (Figura 16a). Logo após, damos início ao traçado 
da vista frontal (Figura 16b). Na sequência, traçamos a outra parte da lateral 
(Figura 16c). Prosseguimos com as linhas da vista superior e da vista lateral 
Desenhos isométricos12
(Figura 16d). Para finalizar, apagamos aquelas linhas que não devem constar 
no desenho (Figura 16e).
Figura 16. Passo a passo do traçado de um desenho complexo formado a partir de um 
prisma. 
(Continua)
a)
b) c)
13Desenhos isométricos
Figura 16. (Continuação) Passo a passo do traçado de um desenho complexo formado a 
partir de um prisma. 
d)
e)
Desenhos isométricos14
1. Uma das principais características 
da perspectiva isométrica é a 
relação de ângulos entre os eixos 
coordenados, que determina certa 
inclinação aos objetos desenhados. 
São ângulos relacionados à 
perspectiva isométrica:
a) 45° e 90°.
b) 45° e 60°.
c) 45° e 30°.
d) 30° e 90°.
e) 30° e 60°.
2. Em um desenho em perspectiva, 
três faces do objeto são 
apresentadas. Essas faces estão 
relacionadas às vistas das projeções 
em duas dimensões do objeto. 
As três vistas apresentadas em 
uma projeção isométrica são:
a) vista frontal, vista lateral direita 
e vista lateral esquerda.
b) vista frontal, vista lateral 
direita e vista superior.
c) vista frontal, vista lateral 
esquerda e vista superior.
d) vista frontal, vista lateral 
esquerda e vista inferior.
e) vista frontal, vista superior 
e vista inferior.
3. Os desenhos em perspectivas 
isométricas são traçados com 
base em semirretas denominadas 
linhas isométricas. Essas linhas 
possuem uma característica 
que determina a eficiência com 
que o projeto será representado 
nessa perspectiva. Podemos 
dizer que as linhas isométricas:
a) são sempre paralelas aos 
eixos isométricos.
b) cruzam os eixos isométricos 
com inclinação de 30°.
c) são sempre consecutivas 
aos eixos isométricos.
d) são sempre colineares 
aos eixos isométricos.
e) são sempre perpendiculares 
aos eixos isométricos.
4. Diferentes tipos de perspectivas 
trazem consigo uma série de 
particularidades que os definem. 
Sobre a perspectiva isométrica, 
é correto afirmar que:
a) pode ser chamada de 
perspectiva militar.
b) os eixos básicos possuem 
ângulos de 120° entre si.
c) a lateral do desenho possui 
inclinação de 45°.
d) ocorre pequena deformação 
somente na face lateral.
e) suas linhas-guia são 
sempre horizontais.
5. O uso dos materiais corretos garante 
a qualidade do desenho realizado 
a mão livre. É possível, sem grande 
dificuldade, desenhar a mão objetos 
em perspectiva isométrica. Indique 
qual é o objeto essencial para 
garantir a correta representação 
na perspectiva isométrica:
a) o papel reticulado.
b) o transferidor.
c) o escalímetro.
d) o compasso.
e) a borracha.
15Desenhos isométricos
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8403: aplicação de linhas em 
desenhos: tipos de linhas: larguras das linhas. Rio de Janeiro: ABNT, 1984.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12298: representação de área 
de corte por meio de hachuras em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 10209-2: documentação 
técnica de produto: vocabulário: parte 2 termos relativos aos métodos de projeção. 
Rio de Janeiro: ABNT, 2005. 
CHING, F.; JUROSZEK, S. P.; SALVATERRA, A. Desenho para arquitetos. 2. ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2012.
KUBBA, S. A. A. Desenho té cnico para construç ã o. Porto Alegre: Bookman, 2014. (Série 
Tekne).
RIBEIRO, A. C.; PERES, M. P.; IZIDORO, N. Curso de desenho técnico e Autocad. Rio de 
Janeiro: Pearson, 2013.
SILVA, C. da; GARRIDO, V.; BENTO, A. Geometria. 2. ed. Porto Alegre: Sagah, 2018. 
VILSEKE, A. J. et al. Desenho té cnico mecâ nico. Porto Alegre: Sagah, 2018. 
Desenhos isométricos16
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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