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Ap Gestão Patrimonial de de Materiais 572_GPU_GPMT

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Núcleo de Educação a Distância
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
Gestão Patrimonial e de Materiais
SEMESTRE 2
	
Créditos e Copyright.
OLIVEIRA, Reynaldo Martinez.
Gestão Patrimonial e de Materiais. Reynaldo Martinez de Oliveira. Santos: Núcleo de Educação a Distância da UNIMES, 2014. 133p. (Material didático. Curso de Tecnologia em Gestão Pública).
Modo de acesso: www.unimes.br
1. Ensino a distância. 2. Tecnologia em Gestão Pública. 3. Gestão Patrimonial e de Materiais. 
CDD 350					ID 572
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, COMERCIAIS, CONTÁBEIS E ECONÔMICAS
PLANO DE ENSINO
CURSO:  Tecnologia em Gestão Pública
ANO: 2019
COMPONENTE CURRICULAR: Gestão Patrimonial e de Materiais
PROFESSOR: Prof. Me. Mauricio Ayres Cunha
SEMESTRE: 2º
CARGA-HORÁRIA: 80 horas
EMENTA: 
Bens públicos. Formas de incorporação e desincorporação de bens. Formas de controle de bens. Inventário: material permanente e de consumo. Movimentação de material. Balanços (orçamentário e financeiro) e demonstração das variações patrimoniais.
	
OBJETIVO GERAL:
Fornecer ao aluno formação e conhecimento par a gestão do patrimônio e de materiais, seguindo as normas do serviço público.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
UNIDADE I: O administrador e a gestão patrimonial
Objetivos: definição de bens públicos; bens móveis; sistemas contábeis.
UNIDADE II: Registros públicos
Objetivos: IPHAN; tombamento; registros públicos; bens de uso comum; bens de uso especial.
UNIDADE III: Gestor Público – deveres e poderes
Objetivos: processos de bens imóveis; cadastro e regularização de imóveis; operações imobiliárias e cobranças; fiscalização imobiliária; recebimento, armazenamento e distribuição de materiais.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
· O administrador e a gestão Patrimonial
· Bens Públicos
· Bens Imóveis
· Bens Móveis
· Sistemas Contábeis
· IPHAN e  Tombamento
· Registros Públicos
· Bens de uso comum e especial
· Deveres e poderes do Gestor Público
· Processos relativos aos bens imóveis
· Processos relativos a bens móveis
· Almoxarifado
· Recebimento, armazenamento e distribuição de materiais.
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
CAVALCANTE, Luis Felipe de Oliveira. Administração patrimonial. São Paulo: Cengage Learning, 2015. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788522123506. Acesso em: 19 fev. 2019.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: princípios, conceitos e gestão. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788522481712>. Acesso em: 27 fev. 2019.
NIVALDO VIEIRA LOURENÇO. Administração pública: modelos, conceitos, reformas e avanços para uma nova gestão. [S.l.]: Editora Intersaberes. (Pearson-19-02-19)
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: 
Decreto 451-B de 31 de maio de 1890. Disponível no endereço eletrônico: http://arisp.files.wordpress.com/2009/06/decreto-451-b-de-31-de-maio-de-1890.pdf. Acesso em: 19 fev. 2019.
Lei nº 4.4320 – Normas Gerais de Direito Financeiro. Disponível no endereço eletrônico: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320compilado.htm. Acesso em: 19 fev. 2019.
Lei nº 6.383, de 7 de dezembro de 1976, que dispõe sobre o Processo Discriminatório das Terras Devolutas da União. Disponível no endereço eletrônico http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6383.htm. Acesso em: 19 fev. 2019.
PAOLESCHI, Bruno. Almoxarifado e gestão de estoques: do recebimento, guarda e expedição à distribuição do estoque. 2. ed. São Paulo: Érica, 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788536505114. Acesso em: 19 fev. 2019.
Portaria nº 92, 5 de julho de 2012. Disponível no endereço eletrônico: http://www.lex.com.br/legis_23502463_PORTARIA_N_92_DE_5_DE_JULHO_DE_2012.aspx. Acesso em: 19 fev. 2019.
 
METODOLOGIA:
A disciplina está dividida em unidades temáticas que serão desenvolvidas por meio de recursos didáticos, como: material em formato de texto, vídeo aulas, fóruns e atividades individuais. O trabalho educativo se dará por sugestão de leitura de textos, indicação de pensadores, de sites, de atividades diversificadas, reflexivas, envolvendo o universo da relação dos estudantes, do professor e do processo ensino/aprendizagem.
 
AVALIAÇÃO:
A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados na parte teórica e prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades em momentos específicos como fóruns, chats, tarefas, avaliações a distância e Prova Presencial, de acordo com a Portaria de Avaliação vigente.
Sumário
Aula 01_O Administrador e a Gestão Patrimonial	9
Aula 02_Bens Públicos – Parte I	12
Aula 03_Bens Públicos – Parte II	16
Aula 04_Bens Públicos – Parte III	18
Aula 05_Bens Imóveis - Parte I	20
Aula 06_Bens Imóveis – Parte II	25
Aula 07_Bens Imóveis – Parte III	29
Aula 08_Bens Móveis	32
Aula 09_Sistemas Contábeis	34
Aula 10_Exercícios de Fixação	38
Aula 11_IPHAN	42
Aula 12_ O DECRETO-LEI Nº 25 E O TOMBAMENTO	45
Aula 13_REGISTROS PÚBLICOS	50
Aula 14_BENS DE USO COMUM	53
Aula 15_BENS DE USO ESPECIAL	56
Aula 16_Exercícios de Fixação – Unidade II	59
Aula 17_GESTOR PÚBLICO: DEVERES E PODERES	62
Aula 18_BENS IMÓVEIS – PROCESSOS	67
Aula 19_PROCESSOS – CADASTRO	69
Aula 20_PROCESSOS – REGULARIZAÇÃO	72
Aula 21_PROCESSOS – OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS	75
Aula 22_PROCESSOS – COBRANÇA	79
Aula 23_PROCESSOS – FISCALIZAÇÃO IMOBILIÁRIA	82
Aula 24_PROCESSOS – OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA	85
Aula 25_Exercícios de Fixação III	88
Aula 26_ALMOXARIFADO	90
Aula 27_RECEBIMENTO DE MATERIAIS	93
Aula 28_ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAIS	96
Aula 29_GESTÃO DE BENS MÓVEIS: PROCESSOS I	100
Aula 30_GESTÃO DE BENS MÓVEIS: PROCESSOS II	103
Aula 31_GESTÃO DE BENS MÓVEIS: PROCESSOS III	106
Aula 32_Exercícios de Fixação IV	108
Aula 01_O Administrador e a Gestão Patrimonial 
Esta nossa aula será dedicada a dar uma visão geral sobre a função administrativa no contexto da Gestão Patrimonial.
 
BREVE HISTÓRICO DA ADMINISTRAÇÃO
 
Estamos a 5.000 a.C na Suméria (6.500 a.C – 1.940 a.C), região localizada ao sul da Mesopotâmia, atualmente sul do Iraque e Kuwait.  O povo da Suméria deparava-se com problemas em diversos setores: Político, econômico, social de guerra no seu dia a dia, e para isso precisaram de uma maneira prática para resolver na prática esses impasses, surgindo ai o exercício da arte de administrar.  Caminhando na linha da história deparamos com duas instituições que contribuíram e contribuem para essa arte, são elas: a Igreja Católica Romana e as Organizações Militares.
 
A Igreja Católica Romana contribui com a eficácia de seu modelo e das técnicas organizacionais e administrativas, enquanto as Organizações Militares contribuíram com a sua hierarquia de poder e com a adoção de princípios e práticas administrativas que são utilizadas pelas empresas em nossa era.  Caminhando ainda pouco mais sobre essa linha histórica da administração chegamos ao final do século XVIII com o aparecimento das sociedades industriais e o desenvolvimento de novas técnicas e práticas de administração, estendendo-se até o início do século XX, trazendo assim alterações econômicas, sociais e políticas nos diversos segmentos da sociedade, surge o período da Revolução Industrial.
 
 Finalizando nossa caminhada histórica chegamos ao início do século XX e apresentamos as Escolas de Administração: Escola Clássica; Teoria da Burocracia: Teoria das Relações Humanas; Teoria de Sistemas e a Teoria Comportamental ou Behaviorista.
 
A Escola Clássica tem em Taylor, Ford e Fayol os seus mestres e tendo como foco as tarefas.
As estruturas administrativas são os focos da Teoria da Burocracia, tendo com seu expoente: Max Webber.
 
As Teorias das Relações Humanas. Sistemas e Comportamental tem como destaque o foco nas pessoas, na tecnologia e no ambiente, respectivamente.
 Bem, creio que já deu para ter uma noção de como a administração evolui desde ostempos Antes de Cristo até os dias atuais.
 
O ADMINISTRADOR E A GESTÃO PATRIMONIAL 
O administrador ou o gestor seja ele da iniciativa privada como da área pública tem como escopo: 
·   O atendimento dos objetivos da empresa; 
·   A salvaguarda de seus ativos; 
· A remuneração de seus investimentos.
 
Como podemos perceber o papel do administrador está na função de gerir lucros, e proteção do patrimônio para a obtenção de lucros na realização das suas operações mantendo a perenidade da empresa.  O administrador, ou melhor, o gestor público têm funções peculiares, pois está gerindo a coisa pública. Apresenta característica dispares das desempenhadas pelo gestor da iniciativa privada.
Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar são as funções básicas de qualquer gestor, seja ele financeiro, escolar, de produção, patrimonial e outros.
Para entendermos melhor a Gestão Patrimonial na Administração Pública, vamos definir o que vem a ser Patrimônio Público.
Conforme § 1º do artigo 1º da Lei nº 4.717 de 29 de junho de 1965:
Consideram-se patrimônio público para os fins referidos nesse artigo, os bens e direitos de valor econômico, artístico, histórico ou turístico.
Sendo assim podemos afirmar que a Gestão Patrimonial cuida da preservação, utilização e manutenção dos bens públicos que compõem o patrimônio público.  O Gestor Patrimonial atuante na esfera pública deverá preservar os bens públicos para atender e suprir as necessidades assistenciais, de lazer, de subsistência e valores culturais e sociais de uma sociedade, tendo assim o seu escopo de atuação.  Nesta aula você pode conhecer um pouco da linha histórica da arte de administrar e também sobre a atuação do administrador frente à administração do patrimônio público.
 
Até a próxima aula.
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
COUTINHO, JOSÉ ROBERTO DE ANDRADE. Gestão Patrimonial na Administração Pública. Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2005.
Aula 02_Bens Públicos – Parte I 
Nesta aula vamos conhecer um pouco sobre os bens públicos que fazem parte do patrimônio público de um determinado ente público.
 
PATRIMÔNIO PÚBLICO - DEFINIÇÃO
Conforme definição da Contadora Patrícia Vieira Martins:
 
Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.
 
BENS PÚBLICOS - DEFINIÇÃO
O artigo 98 do Código Civil de 2002 preceitua:
 
“São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem”.
 
Como podemos notar os bens públicos são os pertencentes às pessoas jurídicas de Direito Público, ou seja, à União Federal; o Distrito Federal; os estados; municípios; as autarquias, as fundações e as associações de direito públicas.
 As Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista são os seus bens considerados particulares.
BENS PÚBLICOS - CLASSIFICAÇÃO
 Os Bens Públicos são classificados como: Bens Públicos Federais, Bens Públicos Estaduais e Bens Públicos Municipais.
 
BENS PÚBLICOS FEDERAIS
A Constituição Federal de 1998 em seu capítulo II Da União em seu artigo 20 preceitua os bens públicos pertencentes a União.
 
Art. 20. São bens da União:
 
I – os que atualmente lhe pertencem e os que lhe venham a ser atribuídos;
II – as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
III – os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV – as praias fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas, e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
V – os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI – o mar territorial;
VII – os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII – os potenciais de energia hidráulica;
IX – os recursos minerais, inclusive os de subsolo;
X – as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI – as terras tradicionalmente pelos índios.
 
§1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração do petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.
§2º - A faixa até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
BENS PÚBLICOS ESTADUAIS E DISTRITAL 
A Constituição Federal de 1998 em seu capítulo III Dos Estados Federados em seu artigo 26 preceitua os bens públicos pertencentes aos Estados da Federação.
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
 
I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros.
III – as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV – as terras não devolutas não compreendidas entre as da União.
 
BENS PÚBLICOS MUNICIPAIS
Entende-se como bens pertencentes aos Municípios baseando-se nos artigos 26 e 29 da Constituição Federal de 1998, os que segue:
 
 I – os que atualmente lhe pertencem e os que vierem a ser atribuídos;
II – ruas, praças e áreas domiciliais.
 
Nota: A lista dos bens contidos nos artigos 26 e 29 da Constituição não é definitiva, podendo existir outros bens não preceituados nos referidos artigos.
Nesta aula você conheceu as definições de patrimônio público e dos bens públicos, como também os que pertencem às pessoas jurídicas de Direito Público.
 
Até a próxima aula.
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
COUTINHO, JOSÉ ROBERTO DE ANDRADE. Gestão Patrimonial na Administração Pública. Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2005.
Aula 03_Bens Públicos – Parte II
Nesta aula vamos dar continuidade a nossa viagem do conhecimento sobre os bens públicos que fazem parte do patrimônio público de um determinado ente público.
 Antes de começarmos a nossa aula, na anterior, nós falamos sobre os conceitos do Patrimônio e dos Bens Públicos e as classificações destes, bem, agora vão conhecer sobre a sua destinação.
  
BENS PÚBLICOS - DESTINAÇÃO 
Os Bens Públicos podem ser classificados quanto à sua destinação em: 
·   bens de uso comum do povo; 
·   bens de uso especial; 
·  bens dominicais.
 
No artigo 99 do Código Civil de 2002 estão preceituadas:
  
Art.99. São bens públicos:
 
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentesàs pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
 
A doutora Maria Sylvia Zanella Di Pietro (págs. 443 e 434 de seu livro “Direito Administrativo”) exprime a sua vertente doutrinária sobre o assunto:
  
O critério dessa classificação é o da destinação ou afetação dos bens: os da primeira categoria são destinados, por natureza ou por lei, ao uso coletivo; os da segunda ao uso da Administração, para consecução de seus objetivos, como os imóveis onde estão instaladas as repartições públicas, os bens móveis utilizados na realização dos serviços públicos...; os da terceira não têm destinação pública, razão pela qual podem ser aplicadas pelo poder público, para obtenção de renda. Já se nota, por essas características, um ponto comum – a destinação pública – nas duas primeiras modalidades, e que as diferencia da terceira, sem destinação pública.
 
 Os bens públicos de uso comum do povo e de uso em geral são inalienáveis, desde que atendam o preceituado em lei.
Esses bens destinados a uma atividade pública, além da sua não alienação, são também indisponíveis.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
Os bens dominicais atendendo aos preceitos contidos na lei são passíveis de alienação, conforme disposto no art. 101 do código civil de 2002.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
A aquisição dos bens públicos não poderá ocorrer por usucapião, conforme consta no art. 102 do código civil de 2002.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Vale ressaltar que não poderão incidir penhor, hipoteca ou anticrese nos bens públicos, pois os mesmos são livres de ônus.
 
Nesta aula você conheceu as destinações dos bens públicos sob o óbice jurídico.
Até a próxima aula.
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
COUTINHO, JOSÉ ROBERTO DE ANDRADE. Gestão Patrimonial na Administração Pública. Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2005.
DI PIETRO, MARIA SYLVIA ZANELLA. Direito Administrativo. São Paulo: Editora Atlas, 1998.
Aula 04_Bens Públicos – Parte III
Nesta aula vamos conhecer como os vários bens são classificados a luz do código civil.
BENS - DEFINIÇÃO
Nas diversas atividades da vida, os bens tem uma definição própria.
O dicionário Michaelis define “bens” como sendo:
1. O que é propriedade de alguém.
2. Possessão, propriedade, domínio.
Na economia define-se bem como: “tudo que tem utilidade, e que pode satisfazer uma necessidade”:
Contabilmente os bens são partes do patrimônio de um ente e são classificados em:
·  Tangíveis – um bem corpóreo, palpável.
· Intangíveis – um bem incorpóreo, não perceptível pelo tato. 
· Móveis – têm movimentação. 
·  Imóveis – ligados ao solo
 
BENS - CLASSIFICAÇÃO
O Código Civil de 2002 em seu livro II Dos Bens e em seus capítulos define, classifica e preceitua sobre os bens:
Seção I – Dos Bens Imóveis
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo que lhe incorporar natural ou artificialmente.
O legislador no artigo 80 dispõe sobre o que são considerados bens imóveis:
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que o asseguram;
II – o direito a sucessão aberta.
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
Seção II – Dos Bens Móveis
 
Vamos agora conhecer como estão preceituados os bens móveis pela lei:
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Nos artigos 83 e 84 do código civil estão definidos quais bens são considerados móveis:
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I – as energias que tenham valor econômico;
II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis, readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
Os artigos 85 e 86 tratam dos Bens Fungíveis e Consumíveis, já os Bens Divisíveis são tratados nos artigos 87 e 88, enquanto os Bens Singulares e Coletivos estão definidos nos artigos 90 a 91 do código civil de 2002.
Nesta aula você teve um panorama sobre a conceituação dos diversos tipos de bens.
Até a próxima aula.
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
COUTINHO, JOSÉ ROBERTO DE ANDRADE. Gestão Patrimonial na Administração Pública. Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2005.
 
Aula 05_Bens Imóveis - Parte I 
Nesta aula conheceremos os diversos campos de conhecimento sobre os Bens Imóveis.
 
BENS IMÓVEIS
Como vimos nas aulas anteriores, a Administração Pública tem sobre a sua responsabilidade e posse diversos bens públicos e também vimos que eles estão classificados conforme a sua destinação.
Uma das atribuições que o Gestor Público tem é a preservação dos bens de domínio público fazendo com que estes sempre estejam à disposição da população e esta possa usufruí-los.
 
 EXEMPLO
Uma praça pública, nela pode ter gramados, árvores, plantas, bancos, passeio e quiçá um playground com equipamentos para as crianças poderem brincar com segurança.
 O Gestor Público tem entre as suas atribuições a preservação do local em condições plenas de uso, ou seja, deverá de tempos e tempos efetuar a poda das árvores existentes e cuidar para que a mesma seja mantida livre de fungos e outros e que também não danifique o passeio com o crescimento de suas raízes e assim também deverá tratar os demais componentes existentes na praça.
 Vale lembrar que a população também deverá usar todos os benefícios que um bem público oferece, no caso da praça, com educação e respeito, para que esse espaço público seja perene e atenda as futuras gerações.
Considerando o exposto acima e os assuntos tratados nas aulas anteriores, a forma que esses bens são integrados ao patrimônio das pessoas jurídicas de direito público.
 
Vamos aqui reproduzir o que preceitua a Lei 8.666/93 – Lei das Licitações – em seus artigos:
 
No caput dos artigos 1º e 2º da referida lei dispõe sobre a necessidade de um processo licitatório nos casos de compras, alienações, concessões, permissões da Administração Pública, entretanto existem exceções e estas estão previstas nos art. 17 a 19 da norma.
 
Art. 1º Esta lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal e municípios.
 Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta lei.
 
Vamos saber o que o legislador preceituou sobre as alienações de bens da Administração Pública.
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: 
I – quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da Administração Direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos: 
a) dação em pagamento; 
b)    doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da Administração Pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i;
c)    permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta lei;
d)  investidura;
e)  venda a outro órgão ou entidade da Administração Pública,de qualquer esfera de governo;
f)   alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvido por órgãos ou entidades da Administração Pública;
g)   procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei nº 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição;
h)   alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da Administração Pública;
i)   alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal onde incidam ocupações até o limite de 15 (quinze) módulos fiscais ou 1.500ha (mil e quinhentos hectares), para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; [...]. 
§1º Os imóveis doados com base na alínea b do inciso I deste artigo, cessadas as razões que justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário. 
§2º A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso destinar-se:
I – a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja a localização do imóvel;
II – a pessoa natural que, nos termos da lei, regulamento ou ato normativo do órgão competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e exploração direta sobre área rural situada na Amazônia Legal, superior a 1 (um) módulo fiscal e limitada a 15 (quinze) módulos fiscais, desde que não exceda 1.500ha (mil e quinhentos hectares); 
§2º-A. As hipóteses do inciso II do § 2º ficam dispensadas de autorização legislativa, porém submetem-se aos seguintes condicionamentos: 
I – aplicação exclusivamente às áreas em que a detenção por particular seja comprovadamente anterior a 1º de dezembro de 2004;
II – submissão aos demais requisitos e impedimentos do regime legal e administrativo da destinação e da regularização fundiária de terras públicas;
III – vedação de concessões para hipóteses de exploração não contempladas na lei agrária, nas leis de destinação de terras públicas, ou nas normas legais ou administrativas de zoneamento ecológico-econômico; e 
IV – previsão de rescisão automática da concessão, dispensada notificação, em caso de declaração de utilidade, ou necessidade pública ou interesse social. 
§ 2º-B. A hipótese do inciso II do § 2º deste artigo: 
I – só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito a vedação, impedimento ou inconveniente a sua exploração mediante atividades agropecuárias;
II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, desde que não exceda mil e quinhentos hectares, vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite;
III – pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da figura prevista na alínea g do inciso I do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo; 
§ 3º Entende-se por investidura, para os fins desta lei: 
I – a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinquenta por cento) do valor constante da alínea a do 
inciso II do art. 23 desta lei; 
II – a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao poder público, de imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas unidades e não integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão. 
4º A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão obrigatoriamente os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de interesse público devidamente justificado. 
 §5º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário necessite oferecer o imóvel em garantia de financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações serão garantidas por hipoteca em segundo grau em favor do doador. 
§6º Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não superior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea b desta lei, a Administração poderá permitir o leilão.
Como se pode notar pelas inúmeras situações apontadas pelo legislador, no caso de alienações de bens da Administração Pública, visando a preservação e a melhor utilização desses bens públicos para atender as necessidades e o bem estar da comunidade.
  
O legislador também deliberou sobre as vendas de imóveis e os incorporados advindos de processos judiciais vejam:
 
Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do recolhimento de quantia correspondente a 5% (cinco por cento) da avaliação.
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras:
 I – avaliação dos bens alienáveis;
II – comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;
III – adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão.
 
 
O Gestor Público por conta dessa legislação tem todo um aparato legal para a aquisição, incorporação ou alienação de bens pertencentes a esfera pública.
 
Assim deve ser feito, pois a administração da coisa pública tem que ser diferente do bem privado, visto que o primeiro pertence a uma coletividade e o segundo é propriedade de uma pessoa seja ela física ou jurídica.
 
SAIBA MAIS
 
A Lei nº 6.383, de 7 de Dezembro de 1976 que dispõe sobre o Processo Discriminatório das Terras Devolutas da União, disponível no endereço eletrônico http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6383.htm,acesso em 27/05/2014.
 
Nesta aula você teve a oportunidade de conhecer um pouco sobre a aquisição, incorporação e alienação dos bens imóveis da Administração Pública a luz da Lei 8.666/93.
 
Até a próxima aula.
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
COUTINHO, JOSÉ ROBERTO DE ANDRADE. Gestão Patrimonial na Administração Pública. Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2005. 
Lei 8.66/93 – Lei das Licitações, disponível no endereço eletrônico http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666compilado.htm, acesso em 27/05/2014.
Aula 06_Bens Imóveis – Parte II
Nesta aula vamos continuar falando dos Bens Imóveis agora sob a ótica dos Institutos de direito público e privado quanto à aquisição e alienação desses bens.
   
INSTITUTOS DE DIREITO PRIVADO
 
As aquisições, alienações ou perda de bens por entidades da Administração Pública sob a ótica do direito privado são:
·   Compra e Venda; 
·    Permuta; 
·    Dação em Pagamento; 
· Doação; 
·  Arrematação e Adjudicação compulsória; 
· Incorporação para integralização ou aumento de capital; 
·  Dotação
·   Resgate na enfiteuse ou remição de foro;
·     Sucessão;
·    Usucapião; 
·   Ocupação; 
· Acessão.
   
Vamos agora dar uma breve noção sobre cada um deles:
  
Compra e Venda
 
Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.
O legislador deixa tácito que este é um contrato bilateral, ou seja, existe a obrigação do vendedor entregar o bem e o comprador de entregar o preço.
 Os incisos II e III do artigo 497 dispõem sobre a compra e venda na esfera pública:
Art. 497. Sob penade nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
 [...] II – pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
III – pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares de justiça, os bens e direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua autoridade; [...]
   
Permuta
Art. 533. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com as seguintes modificações:
 
I – salvo disposição e contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as despesas com o instrumento de troca;
II – é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos outros e do cônjuge do alienante.
Como podemos concluir, a permuta é o contrato entre as partes contratantes permutam bens entre si, sem o envolvimento de dinheiro, pois assim teríamos uma compra e venda.
Dação em pagamento
“Dação em pagamento é o contrato por meio do qual o credor concorda em receber do devedor, para dar quitação ou exonera-lo em relação à sua divida, um objeto diferente daquele que constituía a obrigação”. (Coutinho, p. 19)
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.
Doação 
Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberdade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.
  
Arrematação e adjudicação compulsória
Arrematação na esfera pública é considerada e igualada a um leilão, a Lei 8.666/93, em seu artigo 22 conceitua:
 
§ 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.
 
Adjudicação, em sentido geral, é o ato judicial, mediante o qual se estabelece e se declara que a propriedade de uma coisa se transfere de seu primitivo dono para outra pessoa, que, então, assume sobre a mesma todos os direitos de domínio e posse, que são inerentes a toda e qualquer alienação, conforme De Plácido e Silva. Vocabulário Jurídico, 9ª. Edição Volume I - IV. Rio de Janeiro, Forense. 1986.
  
Incorporação para integralização ou aumento de capital
Refere-se à transferência de um bem de propriedade de um ente para integralização ou aumento de capital recebendo em troca ações ou quotas de capital. 
 
Dotação
Os artigos 62 a 64 e 69 do código civil apresentam os preceitos das fundações.
 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o bem que se destina, e declarando, se quiser a maneira de administrá-la.
  
Resgate na enfiteuse ou remição de foro
Conforme Coutinho p. 24 é o direito que se assegura ao foreiro ou enfiteuta de remir ou liberar o imóvel da restrição que lhe pesa, para consolidar o domínio, unificando o domínio direto e o domínio útil, tornando-se alodial, isto é, sem encargo ou ônus.
  
Sucessão
Ocorre por ocasião da morte de uma pessoa física ou extinção de uma pessoa jurídica a transferência de seu patrimônio para outrem, através de testamento ou lei. O código civil nos artigos 1.784 a 2.027 regulamenta a sucessão.
  
Usucapião
É o modo originário de aquisição do domínio através de posse mansa e pacífica, por determinado espaço de tempo, fixado na lei, conforme Silvio Rodrigues. Direito civil: Direito das coisas, Vol.5, 27ª ed. São Paulo, Saraiva, 2002.
 
Ocupação
Art. 1263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa ocupação defesa por lei.
 
Acessão
Art. 1.248. A acessão pode dar-se:
I – por formação de ilhas;
II – por aluvião;
III – por avulsão;
IV – por abandono de álveo;
V – por plantações ou construções.
 
SAIBA MAIS 
Lei nº 6.404, de 15 de Dezembro de 1976 que dispõe sobre as Sociedades por Ações, disponível no endereço eletrônico http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm, acesso em 27/05/2014. 
Nesta aula você teve a oportunidade de conhecer o emprego dos institutos de direito privado na aquisição, alienação ou perda de bens pela Administração Pública.
 
Até a próxima aula.
  
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
 
COUTINHO, JOSÉ ROBERTO DE ANDRADE. Gestão Patrimonial na Administração Pública. Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2005.
 Lei nº 8.666/93 – Lei das Licitações, disponível no endereço eletrônico http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666compilado.htm, acesso em 27/05/2014.
Lei nº 10.406, 10 de janeiro de 2002, institui o Código Civil, disponível no endereço eletrônico http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406compilada.htm, acesso em 27/05/2014.
Aula 07_Bens Imóveis – Parte III
Nesta aula continuaremos falando dos Bens Imóveis agora sob a ótica dos Institutos de direito público e privado quanto à aquisição e alienação desses bens.
 
INSTITUTOS DE DIREITO PÚBLICO 
As aquisições, alienações ou perda de bens por entidades da Administração Pública sob a ótica do direito público são:
· Desapropriação e retrocessão ou restituição; 
·   Confisco e perdimento de bens;
·    Atribuição legal ou constitucional; 
·   Transferência e Concessão de domínio; 
·  Reversão;
·    Legitimação de posse;
·    Investidura.
 
Vamos agora dar uma breve noção sobre cada um deles:
 
Desapropriação e retrocessão ou restituição
O inciso XXIV do artigo 5º da Constituição Federal preceitua: “a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição.”
 
 Confisco e perdimento de bens
 
O artigo 243 da Constituição Federal decreta:
 
[...] as glebas de qualquer região do País onde foram localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
 
Transferência e concessão de domínio
O instrumento de direito público pelo qual uma entidade de direito público transfere a outrem, gratuito ou remunerado, bem público de seu domínio, conforme José dos Santos Carvalho Filho. Manual de Direito Administrativo. 9ª edição. Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2002.
 
Reversão
A Lei nº 8.987 dispõe: 
Art. 35. Extingue-se a concessão por: [...} 
§ 1º Extinção a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário conforme previsto no ideal e estabelecido no contrato [...] modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. 
Art. 36. A reversão no advento no termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço contratado.
 
Legitimação de posse 
A Lei nº 6.383/76 em seu art.29 disciplina sobre a legitimação de posse no âmbito da União. 
Art. 29. Ocupante de terras públicas, que as tenha produtiva com o seu trabalho e o de sua família, fará jus à legitimação de posse de área contínua até 100 (cem) hectares, desde que preencha os seguintes requisitos:
 I – não seja proprietário de imóvel rural;
II – comprove a morada permanente e cultura efetiva, pelo prazo mínimo de 1 (um) ano.
§1º - A legitimação da posse de que trata o presente artigo consistirá no fornecimento de uma Licença de Ocupação, pelo prazo mínimo de mais 4 (quatro) anos, findoo qual o ocupante terá a preferência para aquisição do lote, pelo valor histórico da terra nua, satisfeitos os requisitos de morada permanente e cultura efetiva e comprovada a sua capacidade para desenvolver a área ocupada.
§2º - Aos portadores de Licenças de Ocupação, concedidas na forma da legislação anterior, será assegurada a preferência para aquisição de área de até 100 (cem) hectares, nas condições do parágrafo anterior, e, o que exceder esse limite, pelo valor atual da terra nua.
  
 
Investidura
A investidura é uma modalidade pública de acessão de um bem público imóvel a outro bem, privado ou público, conforme Diogo de Figueiredo Moreira Neto. Curso de Direito Administrativo: parte introdutória, parte geral e parte especial. Rio de Janeiro, Forense, 2003.
  Nesta aula você teve a oportunidade de conhecer o emprego dos institutos de direito público na aquisição, alienação ou perda de bens pela Administração Pública.
 
Até a próxima aula.
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
COUTINHO, JOSÉ ROBERTO DE ANDRADE. Gestão Patrimonial na Administração Pública. Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2005. 
Lei nº 8.987 de 13 de fevereiro de 1.995, disponível no endereço eletrônico http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8987cons.htm, acesso em 28/05/2014. 
Lei nº 10.406, 10 de janeiro de 2002, institui o Código Civil, disponível no endereço eletrônico http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406compilada.htm, acesso em 27/05/2014. 
Lei nº 6.383, de 07 de dezembro de 2006, disponível no endereço eletrônico, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6383.htm, acesso em 28/05/2014.
 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, disponível no endereço  eletrônico  http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm,  acesso em 28/05/2014.
Aula 08_Bens Móveis
 
Nesta aula você conhecerá diversos aspectos sobre os Bens Móveis.
 
BENS MÓVEIS 
Na esfera pública, os bens móveis para serem incorporados ao patrimônio públicos precisam atender algumas regras prescritas na Lei 8.666/93 – Lei das Licitações.
 Vejamos: Como já foi mencionado na aula 05, no caput dos artigos 1º e 2º da referida lei dispõem sobre a necessidade de um processo licitatório nos casos de compras, alienações, concessões, permissões da Administração Pública.
 
Nos incisos III e IV do artigo 6 da Lei de Licitações está preceituada a definição de Compras e Alienações, respectivamente.
 
Art. 6º Para fins desta lei considera-se: [...] 
III – Compra – toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente.
IV – Alienação – toda transferência de domínio de bens a terceiros. [...]
 
O legislador preceituou no diploma legal, as condições necessárias para alienação de bens móveis.
  
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada a existência de interesse devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: I – [...]
 
a)         doação, permitida exclusivamente para fins de uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação;
b)         permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública;
c)         venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica;
d)         venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
e)         venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades;
f)          venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.
 
BENS MÓVEIS - CLASSIFICAÇÃO 
Para efetuarmos a classificação dos bens móveis, vamos nos valer da definição da contadora Patrícia Vieira Martins, disponível no endereço eletrônico: http://eventos.fecam.org.br/arquivosbd/paginas/1/0.751859001352226984_apostila_ egem.pdf, acesso em 28/05/2014. 
Os bens móveis são agrupados em dois grandes grupos: material permanente ou material de consumo:
·    Material de Consumo – aquele que, em razão de seu uso corrente e da definição da Lei nº 4.320/64, perde normalmente sua identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos;
·    Material Permanente – aquele que, em razão do seu uso corrente, não perde a sua identidade física, e /ou tem uma durabilidade superior a dois anos.
No decorrer do nosso curso trabalharemos com esses dois conceitos de bens móveis para que possamos abordar todos os aspectos da forma de gerir esses tipos de bens.
Nesta aula você teve a oportunidade de conhecer um pouco sobre a aquisição, incorporação e alienação dos bens móveis da Administração Pública sob a luz da Lei 8.666/93.
 
Até a próxima aula.
 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
COUTINHO, JOSÉ ROBERTO DE ANDRADE. Gestão Patrimonial na Administração Pública. Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2005.
 Lei 8.666/93 – Lei das Licitações, disponível no endereço eletrônico http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666compilado.htm, acesso em 27/05/2014.
Aula 09_Sistemas Contábeis
Nesta aula abordaremos o patrimônio público e os sistemas contábeis à luz das Normas Brasileiras de Contabilidade. Com isso você poderá entender os registros e as informações contábeis.
  
PATRIMÔNIO PÚBLICO
Contabilmente falando, o Patrimônio Público sobre o enfoque das Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público é assim definido: 
3. Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações. (g.n.)
 Como podemos observar na definição, patrimônio é todo o conjunto de bens e direitos que atendem à comunidade nas suas diversas necessidades, sejam elas, de lazer, saúde, cultural e outras. Esse patrimônio pode gerir vantagens pecuniárias. 
PATRIMÔNIO PÚBLICO - CLASSIFICAÇÃO 
A norma também classifica o patrimônio em três grupos:
· Ativo
· Passivo
· Patrimônio Líquido
 
Vejamos agora o que a norma, em seu item 4, fala de cada um deles:
 
(a)  Ativos são recursos controlados pelas entidades como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços; 
(b)  Passivas são obrigações presentes das entidades, derivadas de eventos passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a entidade saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços;
(c)  Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os passivos. 
 Baseado nas definições podemos expressar numa fórmula as relações entre o Ativo (A), Passivo (P) e o Patrimônio Líquido (PL).
Assim temos:
 
  
O Ativo e o Passivo são classificados em “circulante” e não “circulantes”. São classificados no Ativo Circulante se os bens e direitos satisfizerem uma das duas condições:
a)    Estarem disponíveis para realização imediata;
b)   Tiverem a expectativa de realização até o término do exercício seguinte.
Em não atendendo as condições descritas anteriormente são classificados como Ativo não circulante.
São classificados no Passivo Circulante se as obrigações satisfizerem uma das duas condições:
a)    Corresponderem a valores exigíveis até o término do exercício seguinte;
b)   Corresponderem a valores de terceiros ou retenções em nome deles, quando a entidade de setor público for a fiel depositária, independente do prazo de exigibilidade.
Em não atendendo as condições descritas anteriormente são classificados como Passivo não circulante.
  
SISTEMA CONTÁBIL
O item 10 da NBC T 16 conceitua: 
Sistema Contábil representa a estrutura de informações sobre identificação, mensuração, avaliação, registro, controle e evidenciação dos atos e dos fatos da gestão do patrimôniopúblico, com o objetivo de orientar e suprir o processo de decisão, a prestação de contas e a instrumentalização do controle social.
 
 O Sistema Contábil, por sua vez, está estruturado nos seguintes subsistemas, conforme descrito no item 12 da Norma.
 
 Orçamentário – registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária; 
 Patrimonial – registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público; 
 Custos – registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública; 
  Compensação – registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle.
 
Nesta aula você teve a oportunidade de conhecer um pouco sobre os sistemas contábeis à luz das Normas Brasileira de Contabilidade.
 
Até a próxima aula.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
NBC  T    16  –NORMAS  BRASILEIRAS  DE  CONTABILIDADE  APLICADAS  AO  SETOR PÚBLICO. NBC T 16.2 – PATRIMÔNIO E SISTEMAS CONTÁBEIS, disponível no endereço eletrônico: http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2008/001129, acesso em 26/05/2014.
Aula 10_Exercícios de Fixação
Na aula 10 apresentaremos uma série de exercícios para que você fixe as matérias que compõem a Unidade I, unidade esta que compreende as aulas de n°. 01 a 09.
Os exercícios devem ser efetuados sem consulta para que você possa aquilatar o nível de conhecimento adquirido nos conteúdos programáticos que compõem a Unidade.
 
EXERCÍCIO 01 
(ESAF – 2002 – adaptada) – Para a aquisição de bem imóvel pelo Poder Público, mediante compra e venda, é dispensável a:
 
a)    prévia autorização
b)    licitação
c)    existência de dotação orçamentária
d)    demonstração da necessidade do imóvel para a Administração.
EXERCÍCIO 02 
(ESAF – 2001 – adaptada) – A alienação de bens imóveis da Administração far-se-á mediante licitação na seguinte modalidade:
 a)    concorrência.
b)    pregão.
c)   tomada de preços.
d)    convite.
   
EXERCÍCIO 03 
(ESAF – 2001 – adaptada) – Considerando o domínio público, assinale a alternativa falsa:
a)   as terras devolutas consideradas indispensáveis à preservação ambiental pertencem à União Federal.
b)    os bens públicos dominicais não tem afetação.
c)    a concessão do direito real de uso não transfere a propriedade do bem público.
d)    pertencem ao estado federado os sítios arqueológicos e pré-históricos.
EXERCÍCIO 04 
(ESAF – 2002 – adaptada) – Incluem-se entre todos os bens da União, na sua totalidade e enquanto estejam no território nacional.
a)    as terras devolutas.
b)    as ilhas fluviais e lacustres.
c)    as praias marítimas.
d)    os lagos e rios navegáveis.
   
EXERCÍCIO 05
(TRF – 2007 – adaptada) – Maria está na Praça Beija-Flor, em frente ao prédio da prefeitura da cidade de Lagoas, ao lado direito de um terreno baldio que é patrimônio da prefeitura e ao lado esquerdo do prédio da autarquia federal W. De acordo com o Código Civil Brasileiro, em regra, a praça, o prédio da Prefeitura, o terreno baldio e o prédio da autarquia federal W são considerados, respectivamente, bens públicos:
 
a)    dominical, de uso comum do povo, dominical e de uso especial.
b)    de uso comum do povo, de uso comum do povo, dominical e de uso especial.
c)    de uso comum do povo, dominical, de uso especial e dominical.
d)    de uso comum do povo, de uso especial, dominical e de uso especial.
  
 
EXERCÍCIO 06 
(TCE-Ceará – 2006 – adaptada) – Considere as seguintes assertivas sobre os bens, de acordo com o Código Civil em vigor:
I - Os bens públicos de uso comum do povo, os de uso especial e os dominicais são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
II – As energias que tenham valor econômico são consideradas bens móveis para os efeitos legais.
III – Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
IV – Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bens móveis para os efeitos legais.
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a)    I e II.
b)    II e IV.
c)    I, II e III.
d)    I, III e IV.
  
EXERCÍCIO 07 
(TRE-RN – 2005 – adaptada) – A respeito das diferentes classes de bens, é CORRETO afirmar: 
a)   São móveis os bens suscetíveis de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
b)   Consideram-se bens móveis para os efeitos legais, dentre outros, o direito sucessão aberta.
c)    Consideram-se bens móveis para os efeitos legais, dentre outros, as energias que tenham valor econômico.
d)   São fungíveis os bens móveis que não podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
 
EXERCÍCIO 08
(TRF – 2004 – adaptada) – Em razão de obras de restauração de uma igreja, foram cuidadosamente retirados da parede azulejos portugueses do século XVIII, para tratamento da umidade e posterior recolocação. Durante as obras, enquanto separados do prédio da igreja, tais azulejos são bens:
 
a)    móveis, infungíveis e consumíveis.
b)    imóveis, infungíveis e inconsumíveis.
c)    móveis, fungíveis e consumíveis.
d)    imóveis, fungíveis e inconsumíveis.
  
 
EXERCÍCIO 09 
Responda qual a Situação Líquida das empresas abaixo:
a)   A empresa ABC apresentou um valor de Ativo no valor de R$ 150.000, e um Passivo no valor de R$ 125.000,00.
b)   A empresa XYZ apresentou um valor de Ativo no valor de R$ 50.000, e um Passivo no valor de R$ 95.000,00.
 
EXERCÍCIO 10 
Baseado no contido na NBC T 16.2 – PATRIMÕNIO E SISTEMAS CONTÁBEIS, conceitue: Sistemas de Informações.  
  
EXERCÍCIO 11 
Mencione o foco de cada uma das escolas de Administração relacionadas, abaixo: 
Escola Clássica. 
· Teoria da Burocracia.
· Teoria das Relações Humanas.
· Teoria de Sistemas. 
· Teoria Comportamental ou Behavoarista.
 
EXERCÍCIO 12 
Comente porque os bens públicos não podem ser penhorados ou hipotecados.Nesta aula você teve a oportunidade de testar os seus conhecimentos sobre o conteúdo programático das aulas componentes da Unidade I.
 
Até a próxima aula.
Aula 11_IPHAN 
Nas aulas anteriores que compõem a Unidade I do nosso curso, vimos os principais conceitos referentes aos institutos de direito público e privado no que diz a aquisição e alienação de bens das pessoas jurídicas de direito público. Vimos também a classificação dos bens móveis e imóveis e os sistemas contábeis que o controlam.
 
Nessa aula conheceremos um pouco sobre o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
   
LEI Nº 378 – CRIAÇÃO DO IPHAN
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional foi criado em 13 de janeiro de 1937 pela Lei nº 378, sendo uma autarquia federal subordinada ao Ministério da Cultura, tendo a sua sede no Distrito Federal tendo a sua área de atuação no território nacional.
 
MISSÃO
Conforme preceituado no art. 2º da Portaria nº. 92 de 5 de julho de 2012 que Aprova o Regimento Interno do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
 Art. 2º o IPHAN tem como missão promover e coordenar o processo de preservação do patrimônio cultural brasileiro, visando fortalecer identidades, garantir o direito à memória e contribuir para o desenvolvimento sócioeconômico do país.
 
FINALIDADE
O § 1º da referida Portaria preceitua:
 § 1º É finalidade do IPHAN preservar, proteger, promover, estudar e pesquisar o patrimônio cultural brasileiro na acepção do art. 216 da Constituição Federal.
   
DEPAM
O Departamento Patrimonial Material e de Fiscalização está composto:
a) Coordenação-Geral de Bem Imóveis – CGBI
 
Subordinado a este temos a: CPROC – Coordenação de Proteção e Conservação de Bens Imóveis e a CFFIS – Coordenação de Fomento e Fiscalização de Bens Imóveis.
 
b) Coordenação-Geral de Bens Móveis e Integrados – CGBM
 
Subordinado a este temos a: CPCON –Coordenação de Proteção e Conservação de Bens Móveis e Integrados e a CFISC – Coordenação de Fiscalização, Segurança e Circulação de Bens Móveis e Integrados.
c)     Coordenação-Geral de Cidades – CGCID 
d)    Coordenação-Geral de Patrimônio Natural – CGPN 
e)     Centro Nacional de Arqueologia – CNA 
f)      Centro Cultural Sítio Roberto Burle Max – SRBM
  
O art. 53 da Portaria nº. 92 apresenta e define as competências do DEPAM, e entre elas destacamos:
· II. promover, coordenar e avaliar programas, projetos e ações de preservação dos bens culturais de natureza material;
· VI. definir, implementar e monitorar a aplicação de procedimentos operacionais e metodológicos, critérios, normas e regulamentações para ações de preservação dos bens culturais de natureza material;
· X. proporcionar acesso às informações sobre os bens culturais de natureza material aos técnicos e a sociedade;
· XIV. propor diretrizes, normas e procedimentos de fiscalização para a preservação dos bens culturais de natureza material e prestar suporte técnicos às superintendências do IPHAN.
Como podemos observa, o IPHAN tem uma função primordial na proteção dos bens patrimoniais e artísticos nacionais.
Nesta aula você teve a oportunidade de conhecer um pouco do IPHAN: sua criação, missão, objetivo e a composição, as competências do DEPAM – Departamento Patrimonial Material e de Fiscalização.
 
Até a próxima aula.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
  
Lei nº 378 de 13 de janeiro de 1.937, disponível no endereço eletrônico http://portal.iphan.gov.br/portal/baixaFcdAnexo.do?id=225, acesso em 15/06/2014.
Portaria nº 92, 5 de julho de 2012, disponível no endereço eletrônico http://portal.iphan.gov.br/portal/baixaFcdAnexo.do?id=2798, acesso em 15/06/2014.
 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, disponível no endereço eletrônico  http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm,  acesso  em 28/05/2014.
Aula 12_ O DECRETO-LEI Nº 25 E O TOMBAMENTO
   Na aula passada você teve a oportunidade de conhecer um pouco do IPHAN: sua criação, missão, objetivo e a composição, as competências do DEPAM – Departamento Patrimonial Material e de Fiscalização.
 Nesta aula discorreremos sobre o Decreto-Lei nº 25 e o tombamento dos bens considerados Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
DECRETO- LEI Nº 25
 
O Decreto Lei nº 25 de 30 de novembro de 1937 Organiza a proteção do Patrimônio Histórico e Artístico nacional decreta em seu artigo 1º e seus parágrafos:
 
Art 1º Constitue o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto de bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, que por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.
 § 1º Os bens a que se refere o presente artigo só serão considerados parte integrante do patrimônio histórico o artístico nacional, depois de inscritos separada ou agrupadamente num dos quatro Livros do Tombo, de que trata o art. 4º desta lei.
 § 2º Equiparam-se aos bens a que se refere o presente artigo e são também sujeitos a tombamento os monumentos naturais, bem como os sítios e paisagens que importe conservar e proteger pela feição notável com que tenham sido dotados pela natureza ou agenciados pela indústria humana.
 
Como podemos observar nas colocações anteriormente citadas, o IPHAN é o órgão responsável pela preservação e organização do Patrimônio Histórico e Artístico da nação.
 O Decreto Lei nº 25, também conhecido “Lei Geral do Tombamento” foi um ato de remissão da Constituição Federal de 1937, conforme o disposto em seu art. 180. As constituições federais vêem publicando sobre o diploma legal, a saber:
 
· Constituição Federal de 1937 – artigo 134. 
· Constituição Federal de 1946 – artigo 175. 
· Constituição Federal de 1967 – artigo 172. 
· Constituição Federal de 1969 – artigo 180. 
· Constituição Federal de 1988 – artigo 216.
 
ART. 216 – CF 1988
Vamos transcrever o que a Constituição Federal preceitua em seu artigo 216:
 
Art 216 Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileiras, nos quais se incluem:
 I. as formas de expressão;
II. os modos de criar, fazer e viver;
III. as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV. as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços de destinados às manifestações artísticos-culturais;
V. os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
 § 1º O poder público, com ajuda da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação acautelamento e preservação. 
§ 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.
§3º [...]
§4º [...]
§5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos.
§6º [...]
TOMBAMENTO
 O art. 4º do Decreto Lei nº 25 de 30 de novembro de 1937 preceitua sobre o tombamento dos bens que fazem parte do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Art. 4º O serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional possuíra quatro livros do Tombo, nos quais serão inscritas as obras a que se refere o art.1º desta Le, a saber:
 
1) no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, as coisas pertencentes às categorias de arte arqueológica, etnográfica, ameríndia e popular, e bem assim as mencionadas no § 2º do citado art.1º.
2)  no Livro do Tombo Histórico, as coisas de interesse histórico e as obras de arte histórica.
3)   no Livro do Tombo das Belas Artes, as coisas de arte erudita, nacional ou estrangeira.
4)   no Livro do Tombo das Artes Aplicadas, as obras que se incluírem na categoria das artes aplicadas, nacionais ou estrangeiras.
 
EFEITOS DO TOMBAMENTO
Os bens tombados são inalienáveis por natureza e pertencem à União, aos Estados e Municípios, sendo a sua transferência só permitida entre os entes citados, conforme preceitua o artigo 11 do Decreto Lei nº 52.
Os bens tombados deverão ser registrados no registro de imóveis e com a averbação do domínio, conforme disposto no caput do artigo 13 do Decreto Lei:
 
Art. 13 O tombamento definitivo dos bens de propriedade particular será, por iniciativa do órgão competente do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, transcrito para os devidos efeitos em livro a cargo dos oficiais de registro de imóveis e averbado ao lado da transcrição do domínio.
 
 
TOMBAMENTO – CORRENTES DOUTRINÁRIAS 
Existem atualmente 04 (quatro) correntes ou posições acerca do tombamento.
Modalidade de Servidão Administrativa
 
“O direito real de gozo, de natureza pública sobre imóvel de propriedade alheia, com base em lei, por entidade pública ou seus delegados, em face de um serviço público ou de um bem afetado a fim de utilidade pública”, conforme entendimento da Dra. Maria Sylvia Z. di Pietro.
 
Modalidade Autônoma de Restrição ao Estado na Propriedade
 
“O tombamento consiste em uma restrição estatal da propriedade privada, que se destina especialmente à proteção do patrimônio histórico e artístico nacional, assim considerado o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico”, conforme Dirlei da Cunha Junior, em Direito Administrativo. Salvador: Juspodivm, 2010.
 
Modalidade de Limitação Administrativa
Helly Lopes de Meireles conceitua a limitação administrativa como: “é toda imposição geral, gratuita, unilateral e de ordem pública, condicionadora do exercício de direitos ou de atividades particularesàs exigências do bem-estar social”.
 
Domínio Eminente do Estado
O mestre Helly Lopes Meirelles define: “a declaração pelo Poder Público do valor histórico, artístico, paisagístico, turístico, cultural ou científico de coisas ou locais que, por essa razão, devam ser preservados, com a inscrição em livro próprio”.
 
Nesta aula você teve a oportunidade de conhecer um pouco sobre o Decreto-Lei nº 25 e o Tombamento: seus efeitos, suas correntes doutrinárias e os preceitos da Constituição Federal.
 
Até a próxima aula.
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, disponível no endereço eletrônico http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm, acesso em 28/05/2014.
Decreto-Lei nº 25 de 30 de novembro de 1937, disponível no endereço eletrônico http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0025.htm, acesso em 28/05/2014.
DI PIETRO. Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 18ª edição, 2008.
MEIRELLES, Helly Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 32ª edição, 2006.
Aula 13_REGISTROS PÚBLICOS
Na aula anterior você teve a oportunidade de conhecer um pouco sobre o Decreto-Lei nº 25 e o Tombamento: seus efeitos, suas correntes doutrinárias e os preceitos da Constituição Federal.
 
Nessa aula falaremos sobre a Lei nº.  6.015 que trata dos registros públicos.
 
LEI Nº 6.015
A Lei 6.015 de 31 de Dezembro de 1976 dispõe sobre os registros públicos, e das outras providências.
Em seu capítulo I, a Lei preceitua sobre as atribuições dos serviços de registros públicos e estabelece no seu artigo 1º
 
Art 1º Os serviços concernentes aos Registros Públicos, estabelecidos pela legislação civil pra a autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos, ficam sujeitos ao regime estabelecido nesta Lei.
 
TIPOS DE REGISTRO
 
A Lei também determina os tipos de registros públicos, conforme previsto no § 1º do artigo supracitado:
 
§ 1º Os Registros referidos neste artigo são os seguintes:
 I -O registro civil de pessoas naturais;
II -O registro civil de pessoas jurídicas; 
III -O registro de títulos e documentos;
IV -O registro de imóveis.
 
Aqui nesta aula apenas trataremos dos registros que se referem ao item IV, ou seja, dos registros de imóveis.
 
REGISTRO DE IMÓVEIS
As regras referentes ao registro de imóveis estão contidos nos artigos de nºs. 167 a 288-G que integram o título V da Lei.
 
O Cartório de registro de imóveis tem como atribuição o registro e a averbação da matrícula a que se refere o imóvel, conforme contido no art. 167.
Qualquer transação imobiliária seja de compra e venda, de dação em pagamento e as demais, para a obtenção da averbação e registro na matricula do imóvel deverá ser precedida de um documento que ateste e comprove a transação.
 
O art. 172 trata da escrituração dos registros públicos:
 
Art. 172 No Registro de Imóveis serão feitos, nos termos desta Lei, o registro e a averbação dos títulos ou atos constitutivos, declaratórios, translativos e extintos de direito reais sobre imóveis reconhecidos em lei, “inter vivos” ou “mortis causa” que por sua constituição, transferência e extinção, quer para sua validade em relação a terceiros, quer por sua disponibilidade.
 
 Esses registros e averbações serão transcritos em livros, conforme disposto no art. 173
 Art. 173 Haverá no Registro de Imóveis, os seguintes livros: 
I – Livro nº 1 – Protocolo.
II – Livro nº 2 – Registro Geral.
III – Livro nº 3 – Registro Auxiliar.
                           IV – Livro nº 4 – Indicador Real.
                            V – Livro nº 5 –Indicador Pessoal. 
Nos artigos 174 a 181 da Lei estão decretadas as finalidades e o conteúdo de cada um deles.
 
REGISTRO TORRENS
 
O Registro Torrens “é uma forma de registro diferenciada, pois uma vez efetivado, fornece ao proprietário um título com força absoluta de vez que contra ele não é admitido prova em contrário”. (extraído do endereço eletrônico: http://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?idmodelo=2427, acesso em 01/06/2014).
 
Originário da Austrália, o Registro Torrens teve como seu idealizador o britânico Robert R. Torrens, sendo que no Brasil foi implantado pelo Decreto nº 451-B de 31 de maio de 1890, ou seja, 32 anos depois da sua criação em 1858.
 
O artigo 277 da Lei dos Registros Públicos preceitua:
 
Art. 277 Requerida a inscrição de imóvel rural no Registro Torrens, o oficial protocolará e atuará o requerimento e documentos que o instruírem e verificará se o pedido se acha em termos de ser despachado.
 
Como podemos observar esse registro é efetuado para os imóveis rurais. 
 
Nesta aula você teve a oportunidade de conhecer um pouco sobre a Lei 6.015 que trata dos registros públicos no Brasil.
 
Até a próxima aula.
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Lei nº 6.0155 de 31 de dezembro de 1973, disponível no endereço eletrônico http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6015compilada.htm, acesso em 01/06/2014.
Decreto 451-B de 31 de maio de 1890, disponível no endereço eletrônico: http://arisp.files.wordpress.com/2009/06/decreto-451-b-de-31-de-maio-de-1890.pdf, acesso em 01/06/2014.
Aula 14_BENS DE USO COMUM
Na aula anterior, você conheceu um pouco sobre a Lei nº. 6.015 que trata dos registros públicos. Antes de darmos início a nossa aula, vamos recordar o que foi estudado na aula 03 sobre Bens de uso comum.
 
O art. 99 do Código Civil de 2002 estabelece:
 
Art.99. São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.
II – [..]
III – [..]
  
Incrementando o entendimento do conceito de bens de uso comum do povo: 
“São aqueles bens que, embora pertencentes a uma pessoa jurídica de direito público, podem ser utilizados por qualquer pessoa do povo. O domínio é da entidade de direito público e o uso é do povo”.
 “Importante ressaltar que estes bens não perdem a sua característica ainda que a administração pública limite ou suspenda o seu uso ou imponha o pagamento de retribuição 
(ex: cobrança de pedágio), conforme previsão do art. 103 do código civil”. (vide o endereço eletrônico:http://explicadireito.wordpress.com/category/dicionario-juridico/, acesso em 02.05.2014)
 
Vamos conhecer o que dispõe o artigo 103 do código civil brasileiro
 
Art.103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertence.
    
UTILIZAÇÃO – BENS DE USO COMUM
 Os bens de uso comum do povo são usados por todos os indivíduos da sociedade, sendo estes desconhecidos ou anônimos e indeterminados.
 O Poder Público tem o dever de administrar e vigiar os bens de uso comum, mantendo-os em condição de uso pela comunidade.
  
ADMINISTRAÇÃO – BENS DE USO COMUM
 Vale uma pergunta: como o gestor público administra esse patrimônio?
 A administração desses bens é efetuada por pessoa detentora de titularidade para esse fim e tendo como sua competência: a sua guarda, conservação e melhorias.
Os atos omissos e negligentes por parte da Administração Pública desrespeitam a Lei de Responsabilidade Fiscal. Esses atos levam a deterioração dos bens.
O administrador público deverá ter como prioridade a utilização dos bens de uso comum ao povo e a sua conservação para que a população possa fazer uso continuamente.
Também é função do administrador público efetuar a alienação dos bens inúteis e a aquisição de novos bens para o atendimento e o uso pelas pessoas da comunidade.
Os bens de uso comum do povo assim como os demais bens públicos estão sujeitos ao regime administrativo que tem relação com seu uso, conservação ou alienação.
 
 TERCEIRIZAÇÃO – BENS DE USO COMUM
 Dentre os bens considerados como de uso comum do povo estão as rodovias que no começo do século XXI começaram a ter a sua administração pela iniciativa privada.
 Cabe nesses casos à administração pública, a gestão dos contratos de concessão desses bens públicos.
Cabe também ao administrador público efetuar a análise da planilha de custos elaborada pela concessionária e autorizar o reajuste nos preçosdas rodovias pedagiadas.
   
Nesta aula você ficou conhecendo um pouco da gestão pública sobre os bens de uso comum do povo.
 
Até a próxima aula.
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFIC
Lei Complementar nº 101 de 04 de maio de 2000, disponível no endereço eletrônico: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm, acesso em 01/06/2014.
Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002, disponível no endereço eletrônico: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm, acesso em 01/06/2014.
Aula 15_BENS DE USO ESPECIAL 
Na aula passada, você ficou conhecendo um pouco da gestão pública sobre os bens de uso comum do povo.
 
Vamos rever o que foi dito sobre Bens de uso especial (aula 3) antes de entramos no assunto desta aula .
 
O art. 99 do Código Civil de 2002 estabelece:
 
Art.99. São bens públicos:
 I – [..]
II – II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III – [..]
 
Vamos conhecer mais um pouco sobre os bens de uso especial:
“São aqueles bens que fazem parte do aparelhamento administrativo sendo considerados instrumentais para execução dos serviços públicos”.
  
UTILIZAÇÃO – BENS DE USO ESPECIAL
O prof. Luiz Fernando Rodrigues Tavares ensina que “é a forma de utilização de bens públicos em que o indivíduo se sujeita a regras especiais e consentimento estatal, ou se submete à incidência da obrigação de pagar pelo uso”.
 
BENS DE USO PRIVATIVO
São aqueles que o Poder Público confere ao particular a utilização do bem na sua totalidade ou parcialmente.
 
“Dessa forma, a Administração Pública outorga a um particular, mediante título jurídico individual, o exercício de uso exclusivo sobre determinado bem público”, conforme ensinamento da Dra. Maria Sylvia Z. Di Pietro.
 
FORMAS DE OUTORGA
Os bens de uso privativo podem ser outorgados a particulares através de:
 
a)     Autorização de Uso 
b)    Permissão de Uso 
c)     Concessão de Uso 
d)    Concessão de direito real de uso 
e)     Cessão de Uso
 
Os dois primeiros são atos administrativos, sendo a autorização de uso do bem público para atender ao interesse público, já a permissão de uso visa o atendimento do interesse tanto público como privado.
Os demais são celebrados através de contratos administrativos. A concessão de uso e a concessão de direito de uso real diferem na utilização do bem público, visto que, o último tem como princípio o atendimento ao interesse público. A cessão de uso é aquela em que o bem público é cedido gratuitamente com a finalidade do desenvolvimento de atividades que tragam interesses para a sociedade.
 
 
ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE DOS BENS
O mestre José dos Santos Carvalho ensina sobre o controle exercido pela Administração “é o conjunto de mecanismos jurídicos e administrativos por meio dos quais exerce o poder de fiscalização e de revisão da atividade administrativa em qualquer das esferas do Poder”.
 
O Administrador Público deverá gerir a outorga dos bens públicos em consonância com o permitido pela lei.
 
Nesta aula você conheceu um pouco da gestão pública sobre os bens de uso comum do povo.
 
Até a próxima aula.
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Uso privativo de bem público por particular. São Paulo: RT, 1983.
MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 2ª. edição. São Paulo: Saraiva, 2002.
CARVALHO Fº, José Dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª. edição. Rio de Janeiro: Lúmen Juris, 2009.
Aula 16_Exercícios de Fixação – Unidade II
Nesta aula iremos apresentar uma série de exercícios para que você fixe a matéria que compõe a Unidade II, que compreende as aulas de n°. 11 a 15. Os exercícios devem ser efetuados sem consulta, visando aquilatar o nível de conhecimento adquirido, por você, nos conteúdos programáticos pertencentes à Unidade.
   
EXERCÍCIO 01
(TCE-AM – FCC – 2012) – Proprietário privado de um bem tombado, integrante do patrimônio histórico nacional, que pretenda alienar o referido bem:
 
a)   Estará impedido de fazê-lo, salvo em se tratando de alienação não onerosa, mediante doação ou sucessão causa mortis.
b)   Deverá levantar previamente o tombamento, mediante a comprovação da inexistência de prejuízo à preservação do bem.
c)    Somente poderá alienar o bem se o tombamento for de natureza provisória, não compulsório, e mediante prévia autorização do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
d)   Deverá assegurar, em se tratando de alienação onerosa, o direito de preferência à União, aos Estados e ao Município onde se localize o bem, nessa ordem.
 
EXERCÍCIO 02
(TRF – CESPE – 2011) – Com base na Constituição Federal e no Decreto-lei nº 25/1937, assinale a opção correta referente ao tombamento.
 
a)    Somente os bens privados constituem objeto e tombamento.
b)   Os bens privados podem ser tombados a pedido do proprietário desde que a coisa se revista dos requisitos necessários para constituir parte integrante do patrimônio histórico e artístico nacional.
c)    O tombamento compulsório ocorre mediante determinação do presidente do IPHAN, com anuência do particular proprietário do bem.
d)    O ato do tombamento pode ser revogado, mas não anulado.
 
 
EXERCÍCIO 03
(TJ-MS – VUNESP – 2009) – No tombamento o proprietário:
a)    é impedido de gravar o bem tomado por penhor, anticrese ou hipoteca.
b)   é impedido de alienar o bem particular tombado, já que existe uma necessidade de preservação cultural.
c)    não pode se tratando de bens móveis, retirá-los do país, por curto prazo, para fins de intercâmbio cultural, ajuízo do IPHAN.
d)    não pode realizar obras de conservação.
EXERCÍCIO 04
(TCE-PR – FCC – 2011) – O tombamento de bens de valor histórico ou artístico:
 
a)   assegura ao privado direito à indenização pelas restrições ao uso impostas, quando definitivo.
b)   pode alcançar bens privados ou públicos, não podendo recair sobre bens que pertençam a representações diplomáticas ou consulares.
c)    gera para o proprietário privado obrigações de fazer, como de conservação, e a inalienabilidade do bem.
d)   é sempre compulsório, ou de ofício, quando se tratar de bem privado e voluntário quando se tratar de bem público.
 
EXERCÍCIO 05
(PGE – PE – CESPE – 2009) – Ato unilateral, precário e discricionário quanto à decisão de outorga, pelo qual se faculta a alguém o uso de um bem público. Sempre que possível, será outorgada mediante licitação, ou no mínimo, com obediência a procedimento em que se assegure tratamento isonômico aos administrados.
 
O texto acima traduz o conceito de:
a)    autorização de uso de bem público.
b)    permissão de uso de bem público.
c)    concessão de uso de bem público.
d)    cessão de uso de bem público.
EXERCÍCIO 06
 Defina com suas palavras o que vem a ser o Registro Torens?
 
EXERCÍCIO 07
 Os registros e as averbações referentes aos imóveis são registradas no Cartório de Registro de Imóveis.
Pergunta-se: O que se registra no livro nº. 02 e 04?
EXERCÍCIO 08
Descreva o procedimento que o gestor público deverá utilizar para a “cessão de uso”  de um imóvel para um particular de forma onerosa.
 Nesta aula você teve a oportunidade de testar os seus conhecimentos sobre o conteúdo programático das aulas componentes da Unidade II.
 
Até a próxima aula.
Aula 17_GESTOR PÚBLICO: DEVERES E PODERES
Nas aulas anteriores foram tratados os assuntos referentes à Unidade II do nosso componente curricular. Você conheceu as regras e as leis que tratam do processo de tombamento de bens, as funções do IPHAN, os procedimentos do Registro de Imóveis e sobre os bens de uso comum e especial. Também testou e sedimentou os conhecimentos adquiridos nessas matérias, através da aula de Exercícios de Fixação. Nesta aula iremos falar sobre os deveres e poderes do Gestor Público.
 
 INTRODUÇÃO
O Gestor Público cerca-se de um conjunto de direitos especiais garantidos por leis para atingir a sua finalidade primordial: a satisfação

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