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Direito, moral e religião

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Podemos dizer que existe a influência dos aspectos religiosos e morais no Direito, visto que, no período primitivo, nos povos orientais, gregos, romanos e medievais, não existiam distinções entre esses aspectos. Somente a partir do século XIX que houve iniciativa para que houvesse a separação de cada um.
Assim, naturalmente o direito canônico teve atuação sobre o meio jurídico, tendo como divergência o caráter de insegurança trazido pela religião, isto é, a Igreja oferece respostas que teriam confiabilidade pela fé, sendo suas principais pressuposições inatingíveis. Já o Direito parte de preceitos concretos, fornecendo segurança e tutela ao indivíduo em suas relações entre os semelhantes e também com o Estado.
No caso da moral, segundo Miguel Reale Júnior, “o Direito representa apenas o mínimo de Moral declarado obrigatório para que a sociedade possa sobreviver”, em outras palavras, todas as pessoas são capazes de realizarem seus deveres da melhor maneira que julgarem, contudo, é inexorável a criação de limites para que o corpo social não acabe se tornando um sistema anarquista.
Dentro da ciência do Direito, podemos notar diversas condições que não são morais, todavia são protegidas pela legislação. Assim, percebemos que a diferença entre o Direito e a moral se dá no poder de coercibilidade na configuração material e social. Muitas vezes a dor psicológica é a pena do infrator, neste caso a moral é invencível. 
Desta maneira, a solução deve vir de um estudo aprofundado, onde os juristas necessitam saber distinguir uma ciência da outra. 
Eu e meus sucessores temos direito à herança deixada por Nadir, pois a legislação nos garante tal coisa. Conforme o inciso XXX do artigo 5° da CF: é garantido o direito de herança. 
A ideia existente nessa passagem da CF é resultado direto do direito de propriedade, retratado no inciso XXII desse mesmo artigo, onde garante que, em caso de falecimento, os bens deixados pelo sujeito que veio a falecer sejam transmitidos aos seus respectivos herdeiros, sejam eles filhos, descendentes, ascendentes ou cônjuge e até mesmo aqueles nomeados pelo falecido em testamento. 
Desta maneira, previsto no artigo 1790 do Código Civil, podemos afirmar que a companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, impondo-se as seguintes condições: 
Se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho; 
Se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles;
Se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;
Não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.
Não é de se estranhar que no cotidiano as farmácias e drogarias se deparam com diversas prescrições médicas ilegíveis, nas quais a letra do médico se parece com “garrancho”. Por mais que seja algo que ocorra diariamente, o paciente tem o direito de receber receitas legíveis, o que está previsto em leis que determinam a obrigatoriedade destas, sendo algumas delas:
A Lei n° 5991/73, em seu artigo 35, item a, nos esclarece que “somente será aviada a receita: que estiver escrita a tinta, em vernáculo, por extenso e de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais”.
O decreto n° 20931/32, em seu artigo 15, item b, nos diz que um dos deveres dos médicos é “escrever as receitas por extenso, legivelmente, em vernáculo, neIas indicando o uso interno ou externo dos medicamentos, o nome e a residência do doente, bem como a própria residência ou consultório”. 
E o Código de Ética Médica de 2009, em seu artigo 11, determina que “É vedado ao médico: receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação de seu número de registro no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos”. 
Vimos que nosso direito de receber prescrições médicas é previsto em diversificadas leis e até mesmo decretos. A necessidade de tais normas é para assegurar que os pacientes não sofram problemas sérios em tais episódios, afinal, um receituário ilegível pode não só atrasar o diagnóstico e tratamento de um paciente, como também pode provocar uma intervenção fatal.
A ética do advogado criminalista o impede de fazer julgamentos morais dos seus clientes, isto é, o escritório de advocacia não é um tribunal prévio que avalia se o cliente merece ser defendido ou abandonado à sua própria sorte.
Sendo assim, o advogado deve obedecer ao Código de Ética profissional, pois este não é mera recomendação, mas sim, uma norma jurídica dotada de obrigatoriedade e passível de sanção disciplinar. 
Ocorre que, o exercício da advocacia está intimamente ligado ao resguardo do sigilo profissional, já que somente pode ser efetivada por meio de uma relação de confiança com o seu cliente.
Assim, no artigo 26 do Código de Ética e Disciplina da OAB nos diz que: “o sigilo profissional é inerente à profissão, impondo-se o seu respeito, salvo grave ameaça ao direito à vida, à honra, ou quando o advogado se veja afrontado pelo próprio cliente e, em defesa própria, tenha que revelar segredo, porém sempre restrito ao interesse da causa”. 
Consequentemente, o Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil também determina, em nome da liberdade de defesa e do sigilo profissional, a inviolabilidade do escritório ou local de trabalho do advogado, de seus instrumentos de trabalho, correspondência eletrônica, telefônica e telemática, que pode ser visto no artigo 7, inciso II: “ter respeitada, em nome da liberdade de defesa e do sigilo profissional, a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, de seus arquivos e dados, de sua correspondência e de suas comunicações, inclusive telefônicas ou afins, salvo caso de busca ou apreensão determinada por magistrado e acompanhada de representante da OAB”. 
Diante da relevância dada ao resguardo do sigilo profissional do advogado, que é considerado depositário fiel das informações reveladas a ele em razão de sua profissão, que diante da violação do sigilo é possível caracterizar o crime de patrocínio infiel, previsto no art. 355 do Código Penal.
Bem como, a violação do sigilo profissional sem justa causa constitui infração disciplinar que reserva punição no âmbito corporativo da OAB, com a sanção de censura prevista no art. 36, inciso I, do Estatuto da Advocacia e da OAB, sem prejuízo da responsabilização criminal correspondente, onde é previsto também no artigo 154 do Código Penal. 
Somente em situações específicas, nas quais existam justa causa, é que o advogado estaria autorizado a quebrar o sigilo profissional, notadamente, em casos de estado de necessidade para a defesa da dignidade ou dos direitos legítimos do próprio defensor, ou para conjurar perigo atual ou iminente contra si ou contra outrem, ou, ainda, quando foi acusado pelo próprio cliente, tal como previsto no artigo 25 do Código de Ética e Disciplina da OAB.
Então, como foi notado, o sigilo profissional do advogado é obrigatoriedade da ética de sua profissão, na qual o descumprimento de tal pode acarretar sanções. Entretanto, se necessário, em casos que haja a justa causa, existe a aprovação para a quebra da confidencialidade. 
A lei para Antígona seria uma lei eterna e superior que se sobrepõe a vontade dos homens. Já para Creonte, a lei seria a lei positivada, posta, a lei vigente. Desta forma, podemos notar a oposição entre um Direito Natural e Direito positivo.
Antígona desafiou a concepção positivista de norma, invocando regras transcendentais como justificativa para sua atitude de desafio. Sua ação deve ser avaliada num contexto, onde à mulher não era deferido o uso da lei, quando desprovida de direitos, num ambiente de poder masculino, mundo de homens.
Quando Antígona defende seu direito eterno assegurado pelos deuses percebe-se a similaridade entreseu discurso e o Direito Natural que consiste em um conjunto de normas jurídicas que derivam da natureza, caracterizado por sua permanência pois deriva de valores que antecedem a criação do Estado, universalidade pois seus preceitos são idênticos a todos os seres humanos, independentemente de suas condições culturais específicas e, seu caráter absoluto pois independe de qualquer autoridade local que o positive e que lhe dê valor.
Já o discurso de Creonte revela uma aspiração positivista do direito onde as normas jurídicas são aquelas positivadas pelo Estado e não dependem de critérios externos a elas, como a moral, o costume, a religião ou o direito natural.
Antígona é fonte primária para o conhecimento do direito penal grego. Indica-nos a vingança pública (em substituição à vingança privada), a concentração dos poderes nas mãos de uma só pessoa, a ausência do princípio da reserva legal, a morte não identificada como razão extintiva de punibilidade, o clamor social contra decisão injusta. 
A linha de raciocínio de sua fala sugere dicotomia entre lei dos homens e lei dos deuses. Vislumbra perenidade nessa e volatibilidade naquela. Sobrepõe a lei divina à lei dos homens, subtraindo dos mortais o poder de diminuir as leis divinas, nunca escritas, mas irrevogáveis.

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